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Epidemiologia
& Conceito de
risco
Profa Me Karla Mychelle Cezario de Lima
011010206@prof.uninassau.edu.br
Revisando...
“os usos da epidemiologia são: 1)
diagnóstico da situação de
saúde; 2)
OBJETIVOS APLICAÇÕES USOS (Morris, 1987)
Descrever a distribuição e a
magnitude dos problemas de
saúde das populações
humanas.
Descrever as condições
de saúde da população.
• Realização de estudos históricos
da doença;
• Identificação de síndromes.
Proporcionar dados essenciais
para planejamento, execução e
avaliação das ações de
prevenção, controle e
tratamento das doenças, bem
como para estabelecer
prioridades.
Realizar planejamento
em saúde
• Diagnóstico de saúde da
comunidade,
• Avaliação do funcionamento dos
serviços de saúde
• Estabelecimento de riscos e
probabilidades individuais de
sofrer agravos à saúde.
Identificar fatores etiológicos
na gênese das enfermidades.
Identificar quais são os
fatores determinantes
da situação de saúde .
• Busca das causas da doença
• Complementação do quadro
clínico
O risco na
epidemiologia
01
Conceito, fatores de risco e relação
com o planejamento em saúde
Relação entre fatores de risco e
planejamento em saúde
CASTIEL;
RIVERA, 1985
Conceito de risco
É a probabilidade de
um membro de uma
população definida
desenvolver uma dada
doença em um
período de tempo.
ALMEIDAFILHO, 1989 apud CASTELO-BRANCO, 2019
Perguntas a serem realizadas
● Todos indivíduos expostos a determinado fator de
risco adoecem?
● Indivíduos expostos podem não adoecer?
● Indivíduos podem ficar doentes sem terem sido
expostos?
● E aqueles que não se expõem e nem ficam
doentes?
Representação
gráfica da
relação
evento/doença
e população
População (P)
Doença (D)
Exemplos
Altos níveis de colesterol
sérico e estresse
IAM
Disseminação de Legionela
pneumophila através do
sistema de ar condicionado
e ventilação
Pneumonia
nos EUA
Quanto mais se vive
perigosamente, maiores
as chances de morte
precoce.
Morte
prematura
Contato com lesões
presentes em vacas
Varíola bovina
Classificação
dos fatores
de risco
B
• FATORES BIOLÓGICOS E COMPORTAMENTAIS
• Sexo, idade, peso, densidade óssea
• Tabagismo, excesso de álcool, inatividade física, sexo desprotegido
E
• FATORES DE ENTORNO (AMBIENTAIS)
• Acesso a água potável, qualidade do ar, saneamento básico, riscos no
local de trabalho.
I
• FATORES IMUNOLÓGICOS
• Ausência de vacinação; excesso de higiene.
N
• FATORES NUTRICIONAIS
• Desnutrição, obesidade, consumo elevado de açúcar, sal e gordura
saturada.
G
• FATORES GENÉTICOS
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S
• FATORES SOCIAIS, ESPIRITUAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE
• Pobreza, baixo nível educacional
• Significado e propósito da vida, acesso ao perdão,
• Uso indiscriminado de antibióticos, negligência, imprudência e imperícia;
excesso de procedimentos.
02
Risco absoluto, risco
relativo e risco atribuível
Cálculo do
risco
A identificação do fator de risco,
que não necessariamente é a
causa da doença, possibilita a
instituição de programas de
prevenção primária com a meta
de reduzir a exposição da
população ao fator de risco
evidenciado.
Risco absoluto – RA (taxa de incidência)
● Avalia a magnitude da doença e possibilita seu monitoramento no tempo;
● Mostra quantos casos novos da doença aparecem no grupo, em um dado
período;
● Indica, para um membro daquele grupo, a probabilidade que
tem de ser acometido por um dado agravo à saúde, em um período
especificado.
● O risco absoluto mostra a probabilidade de ocorrência de um agravo na
população no futuro, baseado em dados do passado.
Exemplo - RA
● Em 2017, a população residente no Pará, estimada pelo IBGE,
totalizou 8.366.628 habitantes. Neste mesmo ano ocorreram
7.779 casos de Dengue. Logo, a taxa de incidência (I) de
Dengue ou o risco absoluto (RA) de contrair a doença no Pará
em 2017 foi de:
RA = 7.779 X 100.000 = 93,0 casos para cada 100.00 hab.
8.366.628
Exemplo 2 - RA
● Em 2018, a população residente no Pará, estimada pelo IBGE
totalizou 8.513.497. Neste mesmo ano ocorreram 740 casos
de Câncer de mama (de acordo com estimativas do INCA), ou
seja, a taxa de incidência (I) de Câncer de mama ou o risco
absoluto (RA) de contrair a doença no Pará em 2018 foi de:
RA = 740 x 100.000 = 8,69 casos para cada 100.000 hab.
8.513.497
Risco relativo (RR)
● É uma razão entre dois coeficientes de incidência.
● Informa quantas vezes o risco é maior em um grupo, quando
comparado a outro.
Interpretação
RR = 1 Não existe associação entre a
exposição e a doença ou evento.
RR > 1 O risco em pessoas expostas é maior
do que em não expostas. Existe
associação entre exposição e doença
ou evento, indica associação causal.
RR <1 O risco nos expostos é menor do que
em não expostos. Indica efeito protetor
da exposição estudada sobre aquela
doença
Exemplo
RR
O risco relativo é a probabilidade de
DAC ocorrer nos expostos com nível
sérico do colesterol total ≥225mg/dL,
comparada com a probabilidade de
DAC ocorrer em não expostos,
considerado no exemplo.
Risco atribuível (à exposição) - RAT
● Indica a diferença de incidências entre os dois grupos, diferença que
é atribuída à exposição ao fator de risco.
● Expressa o excesso de incidência de um evento em razão de um
fator de risco.
● Assim, se a incidência da doença dependesse de um único fator, o
risco atribuível seria 100%.
Exemplo RAT
● DE acordo com a tabela anterior:
Risco atribuível populacional (RAp)
● Se um fator de risco apresentar frequência alta na população, o
maior número de expostos poderá desencadear mais doença,
portanto, a frequência do fator de risco na população afeta a medida
do risco.
● Para avaliar o risco em uma determinada população, utiliza-se o
risco atribuível na população (RAp):
Consolidadando o aprendizado
Exemplo RAp
Isso significa que um
programa de redução
dos níveis de colesterol
reduziria 11 casos de
DAC para cada 1000
habitantes.
● CASTELO-BRANCO, S. EPIDEMIOLOGIA E O CONCEITO
DE RISCO. PARÁ: UFPA; UNASUS, 2019.
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/1375
4.
● CASTIEL, L.D.; RIVERA, F.J.U. Planejamento em Saúde
e Epidemiologia no Brasil: casamento ou divórcio?
Cad. Saúde Pública, n. 1, v. 4 , Dez 1985. Disponível
em: https://doi.org/10.1590/S0102-
311X1985000400005
● PEREIRA, M.G. Epidemiologia: teoria e prática.
[Reimpr.]. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2018.
Referências bibliográficas
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  • 1. Epidemiologia & Conceito de risco Profa Me Karla Mychelle Cezario de Lima 011010206@prof.uninassau.edu.br
  • 2. Revisando... “os usos da epidemiologia são: 1) diagnóstico da situação de saúde; 2) OBJETIVOS APLICAÇÕES USOS (Morris, 1987) Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações humanas. Descrever as condições de saúde da população. • Realização de estudos históricos da doença; • Identificação de síndromes. Proporcionar dados essenciais para planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer prioridades. Realizar planejamento em saúde • Diagnóstico de saúde da comunidade, • Avaliação do funcionamento dos serviços de saúde • Estabelecimento de riscos e probabilidades individuais de sofrer agravos à saúde. Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades. Identificar quais são os fatores determinantes da situação de saúde . • Busca das causas da doença • Complementação do quadro clínico
  • 3. O risco na epidemiologia 01 Conceito, fatores de risco e relação com o planejamento em saúde
  • 4. Relação entre fatores de risco e planejamento em saúde CASTIEL; RIVERA, 1985
  • 5. Conceito de risco É a probabilidade de um membro de uma população definida desenvolver uma dada doença em um período de tempo. ALMEIDAFILHO, 1989 apud CASTELO-BRANCO, 2019
  • 6. Perguntas a serem realizadas ● Todos indivíduos expostos a determinado fator de risco adoecem? ● Indivíduos expostos podem não adoecer? ● Indivíduos podem ficar doentes sem terem sido expostos? ● E aqueles que não se expõem e nem ficam doentes?
  • 8. Exemplos Altos níveis de colesterol sérico e estresse IAM Disseminação de Legionela pneumophila através do sistema de ar condicionado e ventilação Pneumonia nos EUA Quanto mais se vive perigosamente, maiores as chances de morte precoce. Morte prematura Contato com lesões presentes em vacas Varíola bovina
  • 9. Classificação dos fatores de risco B • FATORES BIOLÓGICOS E COMPORTAMENTAIS • Sexo, idade, peso, densidade óssea • Tabagismo, excesso de álcool, inatividade física, sexo desprotegido E • FATORES DE ENTORNO (AMBIENTAIS) • Acesso a água potável, qualidade do ar, saneamento básico, riscos no local de trabalho. I • FATORES IMUNOLÓGICOS • Ausência de vacinação; excesso de higiene. N • FATORES NUTRICIONAIS • Desnutrição, obesidade, consumo elevado de açúcar, sal e gordura saturada. G • FATORES GENÉTICOS • Anemia falciforme, lupus, distrofia muscular. S • FATORES SOCIAIS, ESPIRITUAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE • Pobreza, baixo nível educacional • Significado e propósito da vida, acesso ao perdão, • Uso indiscriminado de antibióticos, negligência, imprudência e imperícia; excesso de procedimentos.
  • 10. 02 Risco absoluto, risco relativo e risco atribuível Cálculo do risco
  • 11. A identificação do fator de risco, que não necessariamente é a causa da doença, possibilita a instituição de programas de prevenção primária com a meta de reduzir a exposição da população ao fator de risco evidenciado.
  • 12. Risco absoluto – RA (taxa de incidência) ● Avalia a magnitude da doença e possibilita seu monitoramento no tempo; ● Mostra quantos casos novos da doença aparecem no grupo, em um dado período; ● Indica, para um membro daquele grupo, a probabilidade que tem de ser acometido por um dado agravo à saúde, em um período especificado. ● O risco absoluto mostra a probabilidade de ocorrência de um agravo na população no futuro, baseado em dados do passado.
  • 13. Exemplo - RA ● Em 2017, a população residente no Pará, estimada pelo IBGE, totalizou 8.366.628 habitantes. Neste mesmo ano ocorreram 7.779 casos de Dengue. Logo, a taxa de incidência (I) de Dengue ou o risco absoluto (RA) de contrair a doença no Pará em 2017 foi de: RA = 7.779 X 100.000 = 93,0 casos para cada 100.00 hab. 8.366.628
  • 14. Exemplo 2 - RA ● Em 2018, a população residente no Pará, estimada pelo IBGE totalizou 8.513.497. Neste mesmo ano ocorreram 740 casos de Câncer de mama (de acordo com estimativas do INCA), ou seja, a taxa de incidência (I) de Câncer de mama ou o risco absoluto (RA) de contrair a doença no Pará em 2018 foi de: RA = 740 x 100.000 = 8,69 casos para cada 100.000 hab. 8.513.497
  • 15. Risco relativo (RR) ● É uma razão entre dois coeficientes de incidência. ● Informa quantas vezes o risco é maior em um grupo, quando comparado a outro. Interpretação RR = 1 Não existe associação entre a exposição e a doença ou evento. RR > 1 O risco em pessoas expostas é maior do que em não expostas. Existe associação entre exposição e doença ou evento, indica associação causal. RR <1 O risco nos expostos é menor do que em não expostos. Indica efeito protetor da exposição estudada sobre aquela doença
  • 17. O risco relativo é a probabilidade de DAC ocorrer nos expostos com nível sérico do colesterol total ≥225mg/dL, comparada com a probabilidade de DAC ocorrer em não expostos, considerado no exemplo.
  • 18. Risco atribuível (à exposição) - RAT ● Indica a diferença de incidências entre os dois grupos, diferença que é atribuída à exposição ao fator de risco. ● Expressa o excesso de incidência de um evento em razão de um fator de risco. ● Assim, se a incidência da doença dependesse de um único fator, o risco atribuível seria 100%.
  • 19. Exemplo RAT ● DE acordo com a tabela anterior:
  • 20. Risco atribuível populacional (RAp) ● Se um fator de risco apresentar frequência alta na população, o maior número de expostos poderá desencadear mais doença, portanto, a frequência do fator de risco na população afeta a medida do risco. ● Para avaliar o risco em uma determinada população, utiliza-se o risco atribuível na população (RAp):
  • 22.
  • 23. Exemplo RAp Isso significa que um programa de redução dos níveis de colesterol reduziria 11 casos de DAC para cada 1000 habitantes.
  • 24. ● CASTELO-BRANCO, S. EPIDEMIOLOGIA E O CONCEITO DE RISCO. PARÁ: UFPA; UNASUS, 2019. https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/1375 4. ● CASTIEL, L.D.; RIVERA, F.J.U. Planejamento em Saúde e Epidemiologia no Brasil: casamento ou divórcio? Cad. Saúde Pública, n. 1, v. 4 , Dez 1985. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102- 311X1985000400005 ● PEREIRA, M.G. Epidemiologia: teoria e prática. [Reimpr.]. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2018. Referências bibliográficas
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