O documento apresenta os objetivos de aprendizagem de uma aula sobre indicadores de saúde. Os alunos aprenderão a diferenciar diagnóstico individual e coletivo, entender o que são indicadores de saúde e suas características, e como utilizá-los para planejamento de ações de saúde.
1. A Y L E N E B O U S Q U A T
C L E I D E L M A R T I N S
F S P - U S P
H S P 0 2 8 3
2 0 1 7
2. AO FINAL DA AULA O ALUNO DEVERÁ SER CAPAZ DE
:
• Elencar as diferenças entre o diagnóstico individual e o
coletivo
• COMPREENDER O QUE SÃO INDICADORES DE SAÚDE
• APONTAR AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM BOM
INDICADOR DE SAÚDE
• ENTENDER A UTILIDADE E LIMITE DO USO DOS
INDICADORES DE SAÚDE
• CITAR OS INDICADORES DE SAÚDE MAIS
COMUMENTE/CLASSICAMENTE UTILIZADOS
• EXEMPLIFICAR ALGUMAS UTILIZAÇÕES DOS DIFERENTES
INDICADORES PARA O PLANEJAMENTO DE AÇÕES DE
SAÚDE
• UTILIZAR COM DESENVOLTURA OS PRINCIPAIS
INDICADORES DE SAÚDE
3. D I A G N Ó S T I C O
I N D I V I D U A L
1-Examina o
indivíduo
2. Formula hipóteses
de diagnóstico
3. Aplica exames
complementares
4. Conclui
diagnóstico
5. Instaura
tratamento
6. Faz avaliação
D I A G N Ó S T I C O
S A N I T Á R I O
1 Identifica níveis de saúde-
doença da população
2. Formula hipóteses de
causalidade
3. Aplica métodos de
verificação
4 Elabora diagnóstico de
situação
5. Implementa ações e
programas de saúde
6. Faz avaliação do impacto
das ações nos níveis de
saúde-doença da
população
14. • Valores correspondentes às medidas de freqüência
absoluta e relativa expressas por coeficientes e taxas
ou proporções;
• Medidas de tendência central (média, mediana e
moda);
• Medidas de variabilidade (variância, desvio-padrão,
erro-padrão) que sintetizam características das
distribuições também podem ser empregadas.
Medidas de ocorrência dos eventos
27. indicadores são medidas-síntese que contêm
informação relevante sobre determinados
atributos e dimensões do estado de saúde, bem
como do desempenho do sistema de saúde.
Vistos em conjunto, devem refletir a situação
sanitária de uma população e servir para a
vigilância das condições de saúde.
A construção de um indicador é um processo cuja
complexidade pode variar desde a simples
contagem direta de casos de determinada
doença, até o cálculo de proporções, razões,
taxas ou índices mais sofisticados, como a
esperança de vida ao nascer.
28. EXEMPLOS DE INDICADORES DE SAÚDE
•Coeficiente de mortalidade infantil
•Coeficiente de mortalidade Geral
•Coeficiente de mortalidade pos
doenças transmissíveis
•Quantificações de curvas de
mortalidade proporcional
•Curvas de Mortalidade
Proporcional
29. QUALIDADE DOS INDICADORES
• Depende das propriedades dos componentes
utilizados em sua formulação (freqüência de
casos, tamanho da população em risco) e da
precisão dos sistemas de informação
empregados (registro, coleta, transmissão dos
dados).
• O grau de excelência de um indicador deve ser
definido por sua validade (capacidade de medir
o que se pretende) e confiabilidade (reproduzir
os mesmos resultados quando aplicado em
condições similares).
30. QUALIDADE DOS INDICADORES- DETERMINADA
POR:
Sensibilidade (capacidade de detectar o fenômeno
analisado)
Especificidade (capacidade de detectar somente o
fenômeno analisado).
Outros atributos de um indicador são:
Mensurabilidade (basear-se em dados disponíveis ou fáceis
de conseguir),
Relevância (responder a prioridades de saúde) e
custo-efetividade (os resultados justificam o investimento de
tempo e recursos).
31. Espera-se que os indicadores possam ser
analisados e interpretados com facilidade, e
que sejam compreensíveis pelos usuários da
informação, especialmente gerentes, gestores e
os que atuam no controle social do sistema de
saúde
32. ATRIBUTOS IMPORTANTE
Integridade ou completude (dados completos)
Consistência interna (valores coerentes e não contraditórios).
A qualidade e a comparabilidade dos indicadores de saúde dependem da
aplicação sistemática de definições operacionais e de procedimentos
padronizados de medição e cálculo.
A seleção do conjunto básico de indicadores – e de seus níveis de
desagregação – deve ajustar-se à disponibilidade de sistemas de
informação, fontes de dados, recursos, prioridades e necessidades
específicas em cada região.
Para assegurar a confiança dos usuários na informação produzida, é preciso
monitorar a qualidade dos indicadores, revisar periodicamente a
consistência da série histórica de dados, e disseminar a informação com
oportunidade e regula-
ridade.
34. VALORES ABSOLUTOS E RELATIVOS
Óbitos por suicídio- 2010
Estado Número
Acre 41
Pará 188
São Paulo 1964
Fonte: Datasus
35. VALORES ABSOLUTOS
• Não dá para comparar
• Restrito a eventos localizados no tempo e no espaço
• Utilizado para estimitava de leitos, medicações
• Conceito de “evento sentinela”
36. Óbitos por suicídio- 2010
Estado Número pop estado taxa /100.000
Acre 41 732793 5,60
Pará 188 7588078 2,48
São Paulo 1964 41252160 4,76
Fonte: Datasus/ IBGE
39. COEFICIENTES
•É A RELAÇÃO ENTRE O
NÚMERO DE EVENTOS
REAIS E OS QUE
PODERIAM ACONTECER
•EVENTOS REAIS
NUMERADOR
•POPULAÇÃO
POTENCIALMENTE
ATINGIDA DENOMINADOR
47. COEFICIENTES
Mort Infantil =
Óbitos < 1 ano (ano)
_________________ x 1000
Nasc. Vivos
Brasil - 2015
Pop total = 204.450.649
Nascidos Vivos = 2.945.344
Óbitos total = 1.227.396
Óbitos < 1 ano = 31160
48. COEFICIENTES
Mort Infantil =
Óbitos < 1 ano (ano)
_________________ x 1000
Nasc. Vivos
Neonatal precoce: 0 a 6 dias
Neonatal tardia: 7 a 28 dias
Infantil tardia: 29 a 365 dias
Perinatal: natimortos + neonatal precoce
50. COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR DETERMINADA
DOENÇA
ÓBITOS POR DETERMINADA DOENÇA NA POPULAÇÃO
DURANTE O ANO X 100000
POPULAÇÃO DA ÁREA
( MEIO DO ANO)
51. COEFICIENTE DE LETALIDADE
LETALIDADE É A CAPACIDADE DE UMA DOENÇA PROVOCAR A MORTE
nº ÓBITOS POR DETERMINADA DOENÇA
______________________________
Nº TOTAL DE CASOS DA DOENÇA
54. NÚMERO DE CASOS E ÓBITOS E COEFICIENTE
DE LETALIDADE POR MENINGITE DE
ETIOLOGIAS DIVERSAS, BRASIL, 1981
Agente
Etiológico
CASOS óbitos letalidade
Salmonella
enterides
26 23 88,5%
Escherichia
coli
44 24 54,5%
Haemophilus 344 88 25,6%
Neisseria 1229 312 25,2%
55.
56.
57. ESPERANÇA DE VIDA
O NÚMERO MÉDIO DE ANOS QUE AINDAM
RESTAM PARA SEREM VIVIDOS PELAS
PESSOAS QUE SOBREVIVEM ATÉ A IDADE
CONSIDERADA, PRESSUPONDO-SE QUE AS
PROBABILIDADES DE MORTE QUE SERVIRAM
PARA O CÁLCULO CONTINUEM AS MESMAS.”
58. ESPERANÇA DE VIDA
PRÉ-HISTÓRIA: 18 ANOS
ROMA: 20 A 30 ANOS
SÃO PAULO, 1890: 44 ANOS
SÃO PAULO, 1990: 68 ANOS
SÃO PAYLO, 2010: 77, 2 ANOS
62. ÍNDICES
•RELAÇÕES ENTRE
FREQÜÊNCIAS ATRIBUÍDAS DA
MESMA UNIDADE!
•EXS.: NUMERADOR: ÓBITOS DE
CRIANÇAS COM MENOS DE UMA
ANO /DENOMINADOR: ÓBITOS
GERAIS
•O NUMERADOR ESTÁ CONTIDO
NO DENOMINADOR , POR ISSO
NORMALMENTE É
APRESENTADO EM TERMOS DE
PERCENTUAL
63. ÍNDICE DE MORTALIDADE PROPORCIONAL
POR CAUSA
N º ÓBITOS POR_DETERMINADA CAUSA
X 100
N º ÓBITOS POR TODAS AS CAUSAS
64. CURVAS DE MORTALIDADE PROPORCIONAL
(MORAES)
• MORTALIDADE PROPORCIONAL SEGUNDO AS SEGUINTES FAIXAS
ETÁRIAS
• MENOR 1 ANO
• 1 A 4 ANOS
• 5- 19 ANOS
• 20-49 ANOS
• MAIOR QUE 50 ANOS
71. ANOS POTENCIAIS DEVIDA PERDIDOS
Expressa o efeito das mortes ocorridas
precocemente em relação à duração de vida
esperada para uma determinada população
77. TAXA DE PREVALÊNCIA DE ALEITAMENTO MATERNO
Percentual de crianças que estão sendo alimentadas com leite materno,
diretamente do peito ou por expressão, aos 30, 120, 180 e 365 dias de
vida, na população residente em determinado espaço geográfico, no
ano considerado. Independe de a criança estar recebendo outros
líquidos, tipos de leite ou alimentos sólidos e semi-sólidos.
78. TAXA DE PREVALÊNCIA DE ALEITAMENTO
MATERNO
Esse indicador (full breastfeeding) agrega as modalidades
de: (i) aleitamento materno exclusivo ; (ii) aleitamento
materno predominante, quando além do leite materno, a
criança recebe água, chás e sucos; e (iii) aleitamento
materno complementadocom a ingestão de alimentos
sólidos, semi-sólidos e líquidos, incluindo leite artificial
79. TAXA DE PREVALÊNCIA DE DÉFICIT PONDERAL
PARA A IDADE EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO
ANOS DE IDADE
Percentual de crianças residentes menores de cinco anos
de idade que apresentam déficit ponderal para a idade,
em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Define-se como déficit ponderal o valor de peso corporal
abaixo de menos 2 desvios-padrão da mediana do peso
para a idade comparado ao parâmetro de referência
80. TAXA DE PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO
Percentual de indivíduos com Índice de Massa
Corporal (IMC) maior ou igual a 25 kg/m2, na
população de 15 anos ou mais, residentes em
determinado espaço geográfico, no período
considerado.
O Índice de Massa Corporal (IMC) é definido como
o peso em quilogramas dividido pelo quadrado
da altura em metros. O IMC é uma medida
altamente correlacionada com a gordura
corporal, embora não represente sua medida
direta