Este poema descreve o trabalho diário dos calceteiros em Lisboa através de três estações do ano - primavera, verão e outono. Através de comparações e detalhes vívidos, o poema capta a dureza física do seu trabalho e a pobreza das suas vidas.
- Biografia de Fernando Pessoa e seus principais heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos;
- O fingimento artístico/poético onde a dor real é transformada em poesia através da imaginação e não dos sentimentos;
- Poemas como "Autopsicografia" e "Isto" ilustram essa ideia de fingimento para a criação poética.
Este documento resume características da poesia de Antero de Quental, incluindo sua inquietação espiritual e procura por um sentido para a existência humana, além de aceitar uma entidade vaga como Deus. Também discute a dualidade em sua personalidade entre seu espírito crítico como filósofo e seu temperamento mórbido.
O Poeta critica os guerreiros portugueses por não valorizarem as artes e a cultura, ao contrário dos heróis da Antiguidade. Isso pode levar ao esquecimento dos feitos heroicos e falta de inspiração para novas gerações. Ele alerta especialmente Vasco da Gama e sua família que, embora tenham realizado grandes façanhas, não incentivam a poesia que as celebra.
- O documento analisa a poética de Cesário Verde, poeta português do século XIX considerado precursor de movimentos literários modernos.
- A poesia de Cesário Verde cruza várias tendências como o realismo, naturalismo, parnasianismo, simbolismo e impressionismo, renovando as práticas poéticas da época.
- Ele é apontado como precursor do modernismo, surrealismo e neorrealismo pela aliança entre literatura e artes, mecanismos de associação de ideias e retrato do povo.
O poema descreve a deambulação do sujeito poético por um bairro moderno de Cesário Verde, onde observa diferentes personagens e cenas do cotidiano. Seu olhar metamorfoseante transforma os vegetais carregados por uma regateira em partes do corpo humano. A oposição entre a cidade e o campo é evidenciada através do tratamento dado às personagens.
O documento descreve a polémica literária entre os defensores do ultra-romantismo, realismo e naturalismo retratada no romance Os Maias de Eça de Queirós. Durante um jantar, as personagens Tomás de Alencar e João da Ega discutem animadamente sobre os méritos de cada corrente literária, personificando o romantismo agonizante e o naturalismo em ascensão. A discussão destaca as diferenças entre realismo e naturalismo, sendo este último mais analítico e científico na abordagem dos problemas sociais da época
Este documento analisa uma cena do livro "Os Maias" de Eça de Queirós onde Carlos da Maia janta no Hotel Central em Lisboa. A cena apresenta vários personagens como João da Ega, Jacob Cohen, Tomás de Alencar, Dâmaso Salcede e Craft, e discute tópicos como literatura, crítica literária, finanças e história política.
- Biografia de Fernando Pessoa e seus principais heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos;
- O fingimento artístico/poético onde a dor real é transformada em poesia através da imaginação e não dos sentimentos;
- Poemas como "Autopsicografia" e "Isto" ilustram essa ideia de fingimento para a criação poética.
Este documento resume características da poesia de Antero de Quental, incluindo sua inquietação espiritual e procura por um sentido para a existência humana, além de aceitar uma entidade vaga como Deus. Também discute a dualidade em sua personalidade entre seu espírito crítico como filósofo e seu temperamento mórbido.
O Poeta critica os guerreiros portugueses por não valorizarem as artes e a cultura, ao contrário dos heróis da Antiguidade. Isso pode levar ao esquecimento dos feitos heroicos e falta de inspiração para novas gerações. Ele alerta especialmente Vasco da Gama e sua família que, embora tenham realizado grandes façanhas, não incentivam a poesia que as celebra.
- O documento analisa a poética de Cesário Verde, poeta português do século XIX considerado precursor de movimentos literários modernos.
- A poesia de Cesário Verde cruza várias tendências como o realismo, naturalismo, parnasianismo, simbolismo e impressionismo, renovando as práticas poéticas da época.
- Ele é apontado como precursor do modernismo, surrealismo e neorrealismo pela aliança entre literatura e artes, mecanismos de associação de ideias e retrato do povo.
O poema descreve a deambulação do sujeito poético por um bairro moderno de Cesário Verde, onde observa diferentes personagens e cenas do cotidiano. Seu olhar metamorfoseante transforma os vegetais carregados por uma regateira em partes do corpo humano. A oposição entre a cidade e o campo é evidenciada através do tratamento dado às personagens.
O documento descreve a polémica literária entre os defensores do ultra-romantismo, realismo e naturalismo retratada no romance Os Maias de Eça de Queirós. Durante um jantar, as personagens Tomás de Alencar e João da Ega discutem animadamente sobre os méritos de cada corrente literária, personificando o romantismo agonizante e o naturalismo em ascensão. A discussão destaca as diferenças entre realismo e naturalismo, sendo este último mais analítico e científico na abordagem dos problemas sociais da época
Este documento analisa uma cena do livro "Os Maias" de Eça de Queirós onde Carlos da Maia janta no Hotel Central em Lisboa. A cena apresenta vários personagens como João da Ega, Jacob Cohen, Tomás de Alencar, Dâmaso Salcede e Craft, e discute tópicos como literatura, crítica literária, finanças e história política.
Oh, como se me alonga, de ano em ano,
A peregrinação cansada minha!
Como se encurta, e como ao fim caminha
Este meu breve e vão discurso humano!
O poeta expressa sentimentos contraditórios sobre a passagem do tempo: o cansaço de viver e a pena de se aproximar do fim. Lamenta o prolongamento e a brevidade da vida ao mesmo tempo.
O poema descreve o sujeito poético sentado junto ao mar ouvindo seu lamento enquanto interroga as forças da natureza em busca de respostas para suas inquietações, mas só encontra silêncio.
O documento fornece informações sobre o heterónimo Alberto Caeiro de Fernando Pessoa. Apresenta sua biografia, características poéticas, filosofia anti-metafísica e objetivista e ideias fundamentais como a importância das sensações e a harmonia com a natureza.
Este documento descreve o predicativo do complemento direto, que é um elemento que qualifica o complemento direto de certos verbos transitivos. Ele fornece exemplos de verbos que requerem um predicativo do complemento direto e exemplos de frases com esse elemento. Também explica que na voz passiva, o predicativo do complemento direto passa a ser o predicativo do sujeito.
Este documento descreve as Cantigas de Amor, uma forma lírica trovadoresca portuguesa influenciada pela Provença. Resume suas origens, características, vocabulário, estrutura e regras do amor cortês, no qual o trovador serve sua dama de forma idealizada e passa por provações para conquistar seus favores.
Este poema descreve uma caminhada noturna pelo sujeito poético por Lisboa, onde observa e critica aspectos da sociedade e da cidade. Ao longo do percurso, o ambiente oprime e esmaga o sujeito poético, que sofre os efeitos do ar acinzentado e do cheiro a gás. Uma quadra destaca um momento positivo com o cheiro a pão fresco. O objetivo do sujeito é criar uma obra literária que retrate a realidade de forma crítica e possa eventualmente promover mud
Este documento resume o enredo e personagens principais do romance "Os Maias" de Eça de Queirós. A história segue três gerações da família Maia e foca na intriga principal do romance de amor proibido entre Carlos e Maria Eduarda. O documento também discute temas como a educação portuguesa versus inglesa e como isso afeta as personagens.
O documento resume as principais características da lírica de Camões, distinguindo entre a influência da tradição peninsular e a influência clássica e renascentista. Apresenta os principais temas, formas poéticas e estilos presentes na obra de Camões, influenciada por ambas as correntes literárias.
O documento resume a obra "Os Maias" de Eça de Queirós. Conta a história de três gerações da família Maia ao longo do século XIX em Lisboa, incluindo o casamento infeliz de Pedro da Maia, o suicídio subsequente e a educação do filho Carlos. Mais tarde, Carlos inicia um caso incestuoso com sua irmã Maria Eduarda, levando ao colapso final da família.
O documento fornece informações sobre o poeta português Luís Vaz de Camões, incluindo detalhes sobre sua vida, obras e estilo poético. Apresenta exemplos de poemas de Camões que ilustram sua poesia tanto na tradição lírica quanto na corrente renascentista.
O poema descreve a figura feminina como perfeita, comparando-a a um paraíso. O autor elogia sua beleza física e qualidades como a graça, o bom senso e a discrição. Confessa que a vida e a morte dependem dela e que se sente cativado e rendido aos seus encantos.
O documento apresenta três cantigas de amor medievais portuguesas. A primeira descreve um homem sofrendo por amor não correspondido e incapaz de vingança. A segunda critica os trovadores provençais por apenas cantarem no verão. A terceira é uma prece onde o homem suplica a Deus para ver sua amada senhora ou dar-lhe a morte.
O documento descreve as características formais e temáticas da lírica de Camões. Apresenta duas correntes principais: a tradicional, influenciada pela poesia trovadoresca, e a renascentista, influenciada pelos modelos greco-latinos e italianos. Detalha as formas poéticas, métricas e temas abordados em cada corrente, como amor, saudade e natureza na tradicional, e reflexão filosófica e experiência pessoal na renascentista.
O documento discute a obra do poeta português Fernando Pessoa. Apresenta alguns dos principais temas em sua poesia como o fingimento artístico, a dor de pensar, a nostalgia da infância e a fragmentação do eu. Explora também dicotomias como consciência/inconsciência e realidade/sonho que estão presentes em sua obra. Resume brevemente o conteúdo de alguns de seus poemas mais conhecidos.
O poeta expressa sentimentos disfóricos sobre o dia em que nasceu através de uma maldição apocalíptica. Ele deseja que o dia nunca tenha acontecido e que, se voltar a ocorrer, seja acompanhado por fenômenos extraordinários como eclipses e monstros para que todos saibam que nele nasceu a pessoa mais desgraçada.
D. Sebastião é retratado como um símbolo da loucura audaciosa que transfigura e da esperança que alenta o povo português no sonho de que Portugal volte a ser grande com o seu regresso. Embora tenha falhado na batalha de Alcácer-Quibir, D. Sebastião morreu lutando por um ideal de grandeza, persistindo como um exemplo a seguir, mesmo após a morte.
"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa OrtónimoOxana Marian
O poema descreve o estado de espírito triste e confuso do sujeito poético numa noite de insônia. A solidão e o silêncio da noite aumentam seus sentimentos de dúvida sobre a própria identidade e incapacidade de lidar com a realidade. Os recursos estilísticos como a repetição de termos relacionados à noite e ao silêncio transmitem essa atmosfera de inquietação existencial típica da obra de Pessoa.
Este poema é uma prece de Fernando Pessoa a Deus pedindo ajuda para reacender a alma portuguesa e permitir que Portugal conquiste novamente sua glória, seja nos mares ou culturalmente. O poema contrasta a situação atual de tristeza com a esperança de que, assim como uma chama quase apagada pode ser reavivada, Portugal também pode renascer de suas cinzas com a ajuda divina.
Este documento é uma seleção de poemas da poeta norte-americana Elizabeth Bishop, traduzidos para o português. A seleção inclui poemas de quatro livros publicados pela autora entre 1946 e 1976, além de poemas inéditos. O documento apresenta as traduções dos poemas, notas introdutórias e biográficas sobre a autora.
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
Este poema descreve as impressões do poeta enquanto caminha pelas ruas de Lisboa à noite, desde o anoitecer até altas horas da noite. A cidade provoca sentimentos de melancolia e desejo de fuga. O poeta evoca figuras do passado de Portugal e contrasta as classes burguesas com os trabalhadores do mar.
Oh, como se me alonga, de ano em ano,
A peregrinação cansada minha!
Como se encurta, e como ao fim caminha
Este meu breve e vão discurso humano!
O poeta expressa sentimentos contraditórios sobre a passagem do tempo: o cansaço de viver e a pena de se aproximar do fim. Lamenta o prolongamento e a brevidade da vida ao mesmo tempo.
O poema descreve o sujeito poético sentado junto ao mar ouvindo seu lamento enquanto interroga as forças da natureza em busca de respostas para suas inquietações, mas só encontra silêncio.
O documento fornece informações sobre o heterónimo Alberto Caeiro de Fernando Pessoa. Apresenta sua biografia, características poéticas, filosofia anti-metafísica e objetivista e ideias fundamentais como a importância das sensações e a harmonia com a natureza.
Este documento descreve o predicativo do complemento direto, que é um elemento que qualifica o complemento direto de certos verbos transitivos. Ele fornece exemplos de verbos que requerem um predicativo do complemento direto e exemplos de frases com esse elemento. Também explica que na voz passiva, o predicativo do complemento direto passa a ser o predicativo do sujeito.
Este documento descreve as Cantigas de Amor, uma forma lírica trovadoresca portuguesa influenciada pela Provença. Resume suas origens, características, vocabulário, estrutura e regras do amor cortês, no qual o trovador serve sua dama de forma idealizada e passa por provações para conquistar seus favores.
Este poema descreve uma caminhada noturna pelo sujeito poético por Lisboa, onde observa e critica aspectos da sociedade e da cidade. Ao longo do percurso, o ambiente oprime e esmaga o sujeito poético, que sofre os efeitos do ar acinzentado e do cheiro a gás. Uma quadra destaca um momento positivo com o cheiro a pão fresco. O objetivo do sujeito é criar uma obra literária que retrate a realidade de forma crítica e possa eventualmente promover mud
Este documento resume o enredo e personagens principais do romance "Os Maias" de Eça de Queirós. A história segue três gerações da família Maia e foca na intriga principal do romance de amor proibido entre Carlos e Maria Eduarda. O documento também discute temas como a educação portuguesa versus inglesa e como isso afeta as personagens.
O documento resume as principais características da lírica de Camões, distinguindo entre a influência da tradição peninsular e a influência clássica e renascentista. Apresenta os principais temas, formas poéticas e estilos presentes na obra de Camões, influenciada por ambas as correntes literárias.
O documento resume a obra "Os Maias" de Eça de Queirós. Conta a história de três gerações da família Maia ao longo do século XIX em Lisboa, incluindo o casamento infeliz de Pedro da Maia, o suicídio subsequente e a educação do filho Carlos. Mais tarde, Carlos inicia um caso incestuoso com sua irmã Maria Eduarda, levando ao colapso final da família.
O documento fornece informações sobre o poeta português Luís Vaz de Camões, incluindo detalhes sobre sua vida, obras e estilo poético. Apresenta exemplos de poemas de Camões que ilustram sua poesia tanto na tradição lírica quanto na corrente renascentista.
O poema descreve a figura feminina como perfeita, comparando-a a um paraíso. O autor elogia sua beleza física e qualidades como a graça, o bom senso e a discrição. Confessa que a vida e a morte dependem dela e que se sente cativado e rendido aos seus encantos.
O documento apresenta três cantigas de amor medievais portuguesas. A primeira descreve um homem sofrendo por amor não correspondido e incapaz de vingança. A segunda critica os trovadores provençais por apenas cantarem no verão. A terceira é uma prece onde o homem suplica a Deus para ver sua amada senhora ou dar-lhe a morte.
O documento descreve as características formais e temáticas da lírica de Camões. Apresenta duas correntes principais: a tradicional, influenciada pela poesia trovadoresca, e a renascentista, influenciada pelos modelos greco-latinos e italianos. Detalha as formas poéticas, métricas e temas abordados em cada corrente, como amor, saudade e natureza na tradicional, e reflexão filosófica e experiência pessoal na renascentista.
O documento discute a obra do poeta português Fernando Pessoa. Apresenta alguns dos principais temas em sua poesia como o fingimento artístico, a dor de pensar, a nostalgia da infância e a fragmentação do eu. Explora também dicotomias como consciência/inconsciência e realidade/sonho que estão presentes em sua obra. Resume brevemente o conteúdo de alguns de seus poemas mais conhecidos.
O poeta expressa sentimentos disfóricos sobre o dia em que nasceu através de uma maldição apocalíptica. Ele deseja que o dia nunca tenha acontecido e que, se voltar a ocorrer, seja acompanhado por fenômenos extraordinários como eclipses e monstros para que todos saibam que nele nasceu a pessoa mais desgraçada.
D. Sebastião é retratado como um símbolo da loucura audaciosa que transfigura e da esperança que alenta o povo português no sonho de que Portugal volte a ser grande com o seu regresso. Embora tenha falhado na batalha de Alcácer-Quibir, D. Sebastião morreu lutando por um ideal de grandeza, persistindo como um exemplo a seguir, mesmo após a morte.
"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa OrtónimoOxana Marian
O poema descreve o estado de espírito triste e confuso do sujeito poético numa noite de insônia. A solidão e o silêncio da noite aumentam seus sentimentos de dúvida sobre a própria identidade e incapacidade de lidar com a realidade. Os recursos estilísticos como a repetição de termos relacionados à noite e ao silêncio transmitem essa atmosfera de inquietação existencial típica da obra de Pessoa.
Este poema é uma prece de Fernando Pessoa a Deus pedindo ajuda para reacender a alma portuguesa e permitir que Portugal conquiste novamente sua glória, seja nos mares ou culturalmente. O poema contrasta a situação atual de tristeza com a esperança de que, assim como uma chama quase apagada pode ser reavivada, Portugal também pode renascer de suas cinzas com a ajuda divina.
Este documento é uma seleção de poemas da poeta norte-americana Elizabeth Bishop, traduzidos para o português. A seleção inclui poemas de quatro livros publicados pela autora entre 1946 e 1976, além de poemas inéditos. O documento apresenta as traduções dos poemas, notas introdutórias e biográficas sobre a autora.
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
Este poema descreve as impressões do poeta enquanto caminha pelas ruas de Lisboa à noite, desde o anoitecer até altas horas da noite. A cidade provoca sentimentos de melancolia e desejo de fuga. O poeta evoca figuras do passado de Portugal e contrasta as classes burguesas com os trabalhadores do mar.
Este poema é uma ode ao pintor Salvador Dalí. Em três frases ou menos, o poema elogia a imaginação fantástica de Dalí e sua preferência por formas definidas e exatas em sua arte, contrastando com as formas incríveis da selva. Também celebra o amor de Dalí pela luz e explicações possíveis vindas de sua terra natal, Catalunha.
O documento descreve a produção de cerâmica de barro na cidade de Granja, no Ceará. Detalha o processo de fabricação das peças, desde a preparação do barro até a queima e decoração final, realizado principalmente por mulheres com poucos instrumentos. A cerâmica produzida inclui itens de cozinha como potes, panelas e pratos.
O documento descreve o litoral como o espaço de contato entre a terra e o mar. Apresenta os tipos de costa alta e baixa e suas características, como arribas escarpadas na costa alta e praias arenosas na costa baixa. Também explica formas litorais como praias, dunas e estuários resultantes da interação entre processos marinhos e continentais.
- O documento descreve as memórias do cego Damião das Bróteas e seu amigo dourado Aníbal, incluindo notas e manuscritos sobre variados assuntos como viagens, leituras e cores.
- Duas passagens descrevem cenas da natureza com detalhes sobre cores, uma sobre um lobo atacando um veado e outra sobre um anjo esverdeado à noite.
- Uma terceira passagem discute a percepção e projeção de cores na noite segundo o tratado de Telésio De colloribus.
- O documento descreve três histórias curtas narradas por Damião das Bróteas e seu amigo Aníbal sobre observações de cores e natureza. A primeira história descreve uma cena bucólica de um lobo atacando um veado. A segunda fala sobre o efeito de uma chuva constante no humor das pessoas. A terceira história trata da fascinação de Damião pela noite e como ele via cores na escuridão.
O texto resume:
1) A ilha referida nos Cantos IX e X de Os Lusíadas nunca foi denominada "Ilha dos Amores" no poema.
2) Camões usou a expressão "Ilha namorada" para se referir a ela.
3) Os marinheiros aportaram na ilha para obter água potável antes de prosseguirem viagem.
Este documento é a 42a edição do e-zine de literatura e ideias Chicos, de Cataguases, MG. Apresenta poemas e artigos de vários colaboradores, incluindo uma homenagem à poeta Celina Ferreira e notícias sobre eventos literários como o Clube de Leitura Nossas Causas e os 70 anos da morte de Mário de Andrade.
Retrato da Sertã e das gentes da Sertã nos meses quentesIlda Bicacro
O documento descreve a vida na vila da Sertã durante os meses quentes, com referências à ribeira, aos visitantes de verão e à diversidade geracional entre os mais velhos nas colinas e os mais novos junto à ribeira.
O poema descreve a vida difícil dos angolares, um grupo étnico de São Tomé, que dependem do mar para sua subsistência. Eles vivem em cubatas perto da praia e remam em pequenas canoas para pescar, arriscando suas vidas contra tubarões. Embora dependam do mar, eles não possuem terra para cultivar.
1. O poema descreve uma cena de calceteiros trabalhando em uma rua suburbana da cidade.
2. Os calceteiros são caracterizados como "terrosos e grosseiros" e representam o "Povo" e seu sofrimento e luta.
3. O poema contrasta os calceteiros com uma atriz que passa, representando a artificialidade da cidade em oposição à dureza da vida dos trabalhadores.
O documento discute as pedras preciosas incolores usadas em jóias portuguesas dos séculos XVIII e XIX, incluindo quartzo, topázio e berilo. Explica que pontos negros nas pedras incolores eram na verdade tinta colocada para dar efeito. Também descreve a descoberta de topázios incolores de alta qualidade em Minas Gerais, Brasil, no início do século XIX.
Este documento é uma carta escrita por Pero Vaz de Caminha descrevendo a chegada da frota portuguesa à costa do atual Brasil em 1500. A carta detalha a viagem da frota, o primeiro contato com os indígenas, incluindo suas aparências físicas e costumes, e a descoberta de um porto seguro para ancorar as naus.
Este documento descreve a Costa de Santo André, uma praia no sul de Portugal. Fala sobre a história da praia e como era originalmente uma vila de pescadores. Também discute os desafios de equilibrar o crescimento do turismo com a preservação ambiental à medida que a praia se torna mais popular.
Este documento apresenta poemas de diferentes países e culturas. A maioria dos poemas explora temas como a natureza, o amor, a saudade e a fugacidade da vida. Os poemas estão escritos em português, romeno, russo, ucraniano, espanhol e outras línguas, refletindo a diversidade cultural.
Este documento contém poemas e excertos de poemas de vários autores portugueses. Os poemas tratam de temas como a poesia, o amor, a saudade, a natureza e visões de Portugal.
O poema traduzido por Dirceu Villa é o Canto II de Ezra Pound. Ele descreve cenas do mar Mediterrâneo com referências à mitologia grega e romana, descrevendo deuses como Posêidon e criaturas como tritões. O poema também faz alusões à obra de Homero e Ovídio e à transformação de personagens como Dafne em árvores e animais.
Este documento contém 5 questões sobre o Arcadismo. A primeira questão trata dos princípios do Arcadismo como o retorno aos ideais clássicos. A segunda questão aborda a presença do carpe diem no Arcadismo. A terceira questão discute o ponto de vista político misturado com o bucolismo na poesia arcadista. A quarta questão analisa a nostalgia da paisagem campestre na obra de Cláudio Manuel da Costa. A quinta questão utiliza um ditado popular para expressar a ideia de que os apelos do povo rar
A extraordinária carta de Pero Vaz de Caminha.
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O documento discute vários estudos e projetos relacionados à literacia da informação, incluindo o projeto ALFIN que promove boas práticas na área, e o projeto PIL que estuda os hábitos de pesquisa de jovens. Também aborda um estudo sobre a relação entre resultados acadêmicos e capacidade de pesquisa de informação, e outro sobre como educar por meio da diversificação de fontes.
Esta atividade visa ensinar estudantes de 2o e 3o ciclo a produzir uma reportagem sobre um Sarau de Leitura. Os professores planejam a atividade e treinam os estudantes nas habilidades necessárias, como entrevistas, fotografia e edição de vídeo. Os estudantes então realizam a reportagem e a apresentam no final do período letivo.
O documento discute o papel da escola, bibliotecas escolares e professores bibliotecários na promoção da literacia da informação. A escola deve garantir competências como selecionar e interpretar informação para lidar com mudanças. Bibliotecas escolares apoiam o desenvolvimento de literacias múltiplas através de recursos e TIC. Uma cultura de colaboração entre professores e bibliotecários é essencial para o sucesso da literacia da informação.
- O documento apresenta o modelo PLUS, um modelo de pesquisa de informação aplicado no Ensino Secundário composto por várias etapas como planificar, localizar, utilizar e auto-avaliar.
- Inclui exemplos de como aplicar cada etapa do modelo a um trabalho de projeto, desde definir o tema e objetivos até citar fontes e avaliar o processo.
- O modelo visa desenvolver competências de literacia de informação nos estudantes através de um processo guiado de pesquisa e produção de conhecimento.
O documento discute o conceito de literacia da informação e como tem evoluído de um conceito relacionado à alfabetização para um conceito baseado em competências como leitura, escrita e cálculo. Também explora como a literacia da informação é essencial para a vida cotidiana e para a capacidade de lidar com a abundância de informação disponível atualmente.
Este documento fornece orientações sobre como preparar e apresentar uma exposição oral de forma eficaz. Inclui instruções sobre como elaborar um guião, definir o tema e objetivos, pesquisar informações, estruturar a apresentação, usar suportes visuais, e dicas para a apresentação oral.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Betel, Ordenança para buscar a paz e fazer o bem, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
2. “Cristalizações”
Localização temporal do poema
―Faz frio. Mas, depois duns dias de aguaceiros
Vibra uma imensa claridade crua‖
Primavera
Sinestesia: referências tácteis e visuais
3. “Cristalizações”
De cócoras, em linha, os calceteiros, /
Com lentidão, terrosos e grosseiros,
/Calçam de lado a lado a longa rua.
4. “Cristalizações”
De cócoras porque nem sequer tinham o banquinho de mestre calceteiro
Em linha – os calceteiros têm de trabalhar em equipa e muitos dos ajudantes
eram trazidos da prisão agrilhoados e teriam que manter forçosamente a fila
5. “Cristalizações”
Com lentidão – devido ao esforço dispendido, os aguilhoados teriam
forçosamente os seus movimentos muito mais lentos do que os homens
libertos, se bem que este trabalho fosse sempre moroso e penoso
Terrosos – adquiriam o tom da terra e da pedra ainda por limpar; quase que
fazem parte do próprio solo
6. “Cristalizações”
Grosseiros – não se trata de uma grosseria em relação a estes homens, mas
antes um libelo sobre a penosa situação em que se encontravam. Para se chegar
a mestre calceteiro era necessário começar a profissão aos sete ou oito anos de
idade dado que mais tarde as articulações das mãos já não lhes permitia
flexibilidade, tornando-se desajeitadas para o ofício
8. “Cristalizações”
A frialdade exige o movimento – roupas pouco adequadas em que o trabalho
era a única forma de aquecerem
E as poças de água, como em chão
vidrento – a água reflecte-se nos olhos,
como se fora um vidro colocado no chão,
assim como nas habitações
9. “Cristalizações”
A molhada casaria – molhada por ter chovido e,
muitas vezes, os próprios revestimentos das casas,
tantas vezes em mosaico, não serem propícios a
secarem rapidamente
10. “Cristalizações”
Casaria – é interessante notar que esta palavra é pouco vulgar empregando-
se o seu masculino „casario‟. Casaria são filas de casas tal como os calceteiros
são filas de homens. „Casaria‟ empregue no final da segunda estrofe liga-se
harmoniosamente a longa rua, localizada no final da primeira estrofe
ficando os calceteiros no meio, fechados por este cenário.
12. “Cristalizações”
Em pé e perna, dando aos rins que a marcha
agita, / Disseminadas, gritam as peixeiras;
/Luzem, aquecem na manhã bonita, /Uns
barracões de gente pobrezita /E uns
quintalórios velhos com parreiras.
13. “Cristalizações”
Cesário burila, à maneira de Baudelaire, a descrição das peixeiras
• Sinédoque (toma o todo pela parte) para destacar elementos mais
importantes para o exercício da dura profissão: pé e perna
14. “Cristalizações”
• Metonímia - Dando aos rins que a marcha agita – (causa/efeito) para
conseguirmos visualizar o bambolear das ancas que devido ao peso e à
caminhada provoca dores nos rins, começando a estrofe por afirmar: em pé,
ligando novamente o pé à caminhada
15. “Cristalizações”
Paralelamente ao trabalho dos calceteiros, as peixeiras com o seu ar gingão e
sonoro pregão espalham-se pela cidade dando brilho onde só há barracões de
gente pobre
16. “Cristalizações”
Luzem, aquecem na manhã bonita – Luzem, hipérbole (exagero poético)
sublinhando assim que são elas que dão luminosidade aos seres opacos do
quotidiano; aquecem porque calcorreiam as ruas vergadas ao peso da canasta
(sentido denotativo) e um outro subentendido (conotativo), aquecem o
coração dos homens. A manhã bonita interliga-se também às peixeiras que
alegram as manhãs dos pobres
17. “Cristalizações”
E uns quintalórios velhos com parreiras – os
únicos que podem assistir ao duro trabalho
dos calceteiros porque Não se ouvem aves;
nem o choro duma nora! /Tornam por outra
parte os viandantes
18. “Cristalizações”
Não se ouvem aves; nem o choro duma nora! – é Verão - perífrase
Nem o choro duma nora! – muito provavelmente os poços estavam secos
como tantas vezes aconteceu no estio lisboeta
Tornam por outra parte os viandantes – Quem pode parte para a sua
aldeia ou vai “a ares‖
19. “Cristalizações”
E o ferro e a pedra — que união
sonora! — /Retinem alto pelo
espaço fora, /Com choques rijos,
ásperos, cantantes.
20. “Cristalizações”
O ferro dos instrumentos do calceteiro: pá, picareta, forquilha, baldes (para
molhar a calçada), formas para os desenhos artísticos
21. “Cristalizações”
Pedra – basalto ou calcário empregues para a calçada
A união áspera dos sons do ferro e da pedra criam uma harmónica
dissonante
22. “Cristalizações”
Bom tempo. E os rapagões, morosos,
duros, braços, /Cuja coluna nunca se
endireita, /Partem penedos. Cruzam-se
estilhaços. /Pesam enormemente os
grossos maços, /Com que outros batem a
calçada feita.
23. “Cristalizações”
Bom tempo – A marcha do tempo
e dos calceteiros não pára.
Chegámos ao Verão, mas a
lentidão e a postura curvada do
corpo continuam
24. “Cristalizações”
A expressão hiperbólica partem penedos mostra o trabalho duro e pesado
Cruzam-se estilhaços – os calceteiros cortam as meias-pedras (assim
denominadas) na mão, em postura de concha, de uma forma irregular, com a
face superior aparelhada saltando as lascas e quase se entrechocando no ar
com as dos outros trabalhadores. Mostra também que o trabalho não é
solitário e que é realizado numa área contígua
25. “Cristalizações”
Pesam enormemente os grossos maços – é o peso do instrumento e a pressão
do trabalhador sobre o maço ou marreta que faz com que as pedras se
enterrem na argamassa
Com que outros batem a calçada – frisando novamente um trabalho
colectivo
26. “Cristalizações”
A sua barba agreste! A lã dos seus
barretes!/ Que espessos forros! Numa das
regueiras/Acamam-se as japonas, os
coletes;/E eles descalçam com os
picaretes,/Que ferem lume sobre
pederneiras.
27. “Cristalizações”
A sua barba agreste! – Cesário insurge-se muitas vezes ao longo da sua
vida, com o número de horas de trabalho que faz com que os trabalhadores
não tenham tempo para cuidar deles próprios. Assim a barba é descuidada e
áspera devido ao pó e a deficientes lavagens
28. “Cristalizações”
A lã dos seus barretes!/ Que espessos forros! – carapuços também forrados a
lã e com um debrum largo para o suor ser ensopado e não escorrer para os
olhos.
A admiração de Cesário em relação aos forros é sublinhada pelo ponto de
exclamação
29. “Cristalizações”
Acamam-se as japonas, os coletes – os trabalhadores dobram as jaquetas e os
coletes, colocando-os geralmente em cima de uma pedra, quase rente ao chão.
É interessante notar que este verso liga-se ao da primeira quintilha seguinte
porque japonas também significa arbustos que ficam acamados em bacelos
durante o Outono e Inverno. Este verso faz a ligação com a próxima estação
do ano que irá estar presente: o Outono
30. “Cristalizações”
E nesse rude mês, que não consente as
flores, /Fundeiam, como esquadra em fria
paz, /As árvores despidas. Sóbrias cores!/
Mastros, enxárcias, vergas. Valadores/
Atiram terra com as largas pás.
31. “Cristalizações”
E nesse rude mês, que não consente as
flores (…) As árvores despidas. Sóbrias
cores! - No Outono as árvores perdem as
folhas e as cores que elas espalham pelo
chão são verdes escuras e castanhos de
vários matizes
32. “Cristalizações”
Fundeiam, como esquadra em
fria paz – é de salientar a
comparação entre a inércia da
natureza com os navios parados
durante o tempo de sossego
33. “Cristalizações”
Mastros, enxárcias, vergas – Cesário continua a comparar o trabalho dos
arruamentos com a frota de guerra e mais particularmente com os apetrechos
náuticos e a interdependência entre si
No trabalho de calcetaria os homens usam um pau a prumo ao qual está
ligado um fio que indicará o desnível do passeio
O pau atravessado como o da verga é indispensável porque faz de compasso
para a marcação dos desenhos na calçada
34. “Cristalizações”
Eu julgo-me no Norte, ao frio — o
grande agente! — /Carros de mão, que
chiam carregados, /Conduzem saibros,
vagarosamente; /Vê-se a cidade,
mercantil, contente: /Madeiras, águas,
multidões, telhados!
35. “Cristalizações”
Eu julgo-me no Norte, ao frio — o grande agente!
É Inverno e duro como são os do norte do país, esta estação do ano
provoca mudanças na natureza e na vida das pessoas
36. “Cristalizações”
Negreiam os quintais enxuga a alvenaria; /Em arco, sem as nuvens
flutuantes, /O céu renova a tinta corredia; /E os charcos brilham tanto, que
eu diria /Ter ante mim lagoas de brilhantes!
Sinédoque: as casas abarracadas interligam-se e reagem com o tempo
atmosférico, não chove e as casas têm a oportunidade de secarem
37. “Cristalizações”
E os charcos brilham tanto, que eu diria /Ter ante mim lagoas de
brilhantes! - metáfora
E engelhem muito embora, os fracos, os tolhidos – a natureza brilha e
renova-se como nos é descrita nos últimos versos, mas o homem vai
envelhecendo, minguando, tema da mudança tão querido a Camões
38. “Cristalizações”
Eu tudo encontro alegremente exacto. /Lavo, refresco, limpo os meus
sentidos. /E tangem-me, excitados, sacudidos, /O tacto, a vista, o ouvido, o
gosto, o olfacto! – Cesário o poeta das sinestesias, mistura as sensações
ligadas aos cincos sentidos
Na quintilha seguinte continua a mostrar a interligação quase simbiótica
entre a natureza e o seu próprio ser
39. “Cristalizações”
Com ela sofres, bebes, agonizas:/ Listrões de vinho lançam-lhe divisas,/ E os
suspensórios traçam-lhe uma cruz! – o povo desfeito como as suas roupas
refugia-se no vinho; é a sua única consolação, mas também essa o leva à
agonia (morte) que se torna visível nas manchas da roupa que são as suas
“medalhas”. Os suspensórios que prendem a vestimenta têm o formato de uma
cruz, simbolizando o sofrimento da vida que têm de acarretar
40. “Cristalizações”
O martírio do povo denuncia poderosamente a injustiça social que está na
base “mercantil” da cidade contente, pondo em questão a própria ideologia
do progresso que nela se baseia
Como os trabalhadores são camponeses, a exploração do campo pela cidade
fica também implícita nesta cristalização
41. “Cristalizações”
De escuro, bruscamente, ao cimo da barroca,
/Surge um perfil direito que se aguça; /E ar
matinal de quem saiu da toca, /Uma figura
fina, desemboca, /Toda abafada num casaco
à russa.
42. “Cristalizações”
Uma figura fina, desemboca, /Toda abafada num casaco à russa – no contexto
do poema uma figura fina tem duas leituras: fina por pertencer a uma classe
social mais privilegiada e por ser esguia
43. “Cristalizações”
Donde ela vem! A actriz que tanto
cumprimento /E a quem, à noite na plateia,
atraio /Os olhos lisos como polimento!
/Com seu rostinho estreito, friorento,
/Caminha agora para o seu ensaio.
44. “Cristalizações”
Os olhos lisos como polimento! /Com seu rostinho estreito, friorento,
/Caminha agora para o seu ensaio. – descrição da mulher amada: olhos
brilhantes e rosto magro
Esta figura feminina quebra a monotonia da pobreza, mas só por instantes
45. “Cristalizações”
E aos outros eu admiro os dorsos, os costados /Como lajões. Os bons
trabalhadores! /Os filhos das lezírias, dos montados: /Os das planícies,
altos, aprumados; /Os das montanhas, baixos, trepadores!
– a frágil figura feminina amada, que quebrou a monotonia da pobreza, é o
contraste em relação ao povo das diferentes regiões do país: ribatejanos,
alentejanos, estremanhos ou transmontanos
46. “Cristalizações”
Nesta composição, o poeta relata a azáfama citadina constatada por ele,
associando-a à injustiça que vitima as classes trabalhadoras
Através de pensamentos expressos em linguagem simbólica, surge a vida
campestre, como denunciadora da exploração dos grandes meios urbanos