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CESÁRIO VERDE
AO GÁS
Alberto Pinheiro
Margarida Almeida
Mónica Franco
11ºP
LEITURA – PÁG. 303/304
E saio. A noite pesa, esmaga.
Nos Passeios de lajedo arrastam-se as impuras.
Ó moles hospitais! Sai das embocaduras
Um sopro que arrepia os ombros quase nus.
Cercam-me as lojas, tépidas. Eu penso
Ver círios laterais, ver filas de capelas,
Com santos e fiéis, andores, ramos, velas,
Em uma catedral de um comprimento imenso.
As burguesinhas do Catolicismo
Resvalam pelo chão minado pelos canos;
E lembram-me, ao chorar doente dos pianos,
As freiras que os jejuns matavam de histerismo.
Num cutileiro, de avental, ao torno,
Um forjador maneja um malho, rubramente;
E de uma padaria exala-se, inda quente,
Um cheiro salutar e honesto a pão no forno.
E eu que medito um livro que exacerbe,
Quisera que o real e a análise mo dessem;
Casas de confecções e modas resplandecem;
Pelas vitrines olha um ratoneiro imberbe.
Longas descidas! Não poder pintar
Com versos magistrais, salubres e sinceros,
A esguia difusão dos vossos reverberos,
E a vossa palidez romântica e lunar!
Que grande cobra, a lúbrica pessoa,
Que espartilhada escolhe uns xales com debuxo!
Sua excelência atrai, magnética, entre luxo,
Que ao longo dos balcões de mogno se amontoa.
E aquela velha, de bandós! Por vezes,
A sua traîne imita um leque antigo, aberto,
Nas barras verticais, a duas tintas. Perto,
Escarvam, à vitória, os seus mecklemburgueses.
Desdobram-se tecidos estrangeiros;
Plantas ornamentais secam nos mostradores;
Flocos de pós-de-arroz pairam sufocadores,
E em nuvens de cetins requebram-se os caixeiros.
Mas tudo cansa! Apagam-se nas frentes
Os candelabros, como estrelas, pouco a pouco;
Da solidão regouga um cauteleiro rouco;
Tornam-se mausoléus as armações fulgentes.
"Dó da miséria!... Compaixão de mim!..."
E, nas esquinas, calvo, eterno, sem repouso,
Pede-me sempre esmola um homenzinho idoso,
Meu velho professor nas aulas de Latim!
VOCABULÁRIO
E saio. A noite pesa, esmaga.
Nos Passeios de lajedo arrastam-se as impuras.
Ó moles hospitais! Sai das embocaduras
Um sopro que arrepia os ombros quase nus.
Cercam-me as lojas, tépidas. Eu penso
Ver círios laterais, ver filas de capelas,
Com santos e fiéis, andores, ramos, velas,
Em uma catedral de um comprimento imenso.
As burguesinhas do Catolicismo
Resvalam pelo chão minado pelos canos;
E lembram-me, ao chorar doente dos pianos,
As freiras que os jejuns matavam de histerismo.
Num cutileiro, de avental, ao torno,
Um forjador maneja um malho, rubramente;
E de uma padaria exala-se, inda quente,
Um cheiro salutar e honesto a pão no forno.
E eu que medito um livro que exacerbe,
Quisera que o real e a análise mo dessem;
Casas de confecções e modas resplandecem;
Pelas vitrines olha um ratoneiro imberbe.
Longas descidas! Não poder pintar
Com versos magistrais, salubres e sinceros,
A esguia difusão dos vossos reverberos,
E a vossa palidez romântica e lunar!
Que grande cobra, a lúbrica pessoa,
Que espartilhada escolhe uns xales com debuxo!
Sua excelência atrai, magnética, entre luxo,
Que ao longo dos balcões de mogno se amontoa.
E aquela velha, de bandós! Por vezes,
A sua traîne imita um leque antigo, aberto,
Nas barras verticais, a duas tintas. Perto,
Escarvam, à vitória, os seus mecklemburgueses.
Desdobram-se tecidos estrangeiros;
Plantas ornamentais secam nos mostradores;
Flocos de pós-de-arroz pairam sufocadores,
E em nuvens de cetins requebram-se os caixeiros.
Mas tudo cansa! Apagam-se nas frentes
Os candelabros, como estrelas, pouco a pouco;
Da solidão regouga um cauteleiro rouco;
Tornam-se mausoléus as armações fulgentes.
"Dó da miséria!... Compaixão de mim!..."
E, nas esquinas, calvo, eterno, sem repouso,
Pede-me sempre esmola um homenzinho idoso,
Meu velho professor nas aulas de Latim!
Entrada de uma rua.
Impetuosamente
Intensamente
Gatuno
Sem BarbaSãos
Saudáveis
Brilhos
Sensual
Esboço
As duas partes em
que se divide o
cabelo por meio de
risca da testa à nuca
Cauda do
Vestido
Escavar
Superficialmente
Cavalos importados da
região de Meclemburg
na Alemanha
ASSUNTO
Este poema é a terceira parte do poema “O
Sentido dum Ocidental” (Pág.298). Nele,
Cesário Verde descreve Lisboa com a
intenção de criticar não só a cidade com a
sociedade. Com este livro, Cesário Verde
pretendia dar a conhecer os podres da
sociedade da época para eventualmente
retificar alguns pontos fracos da mesma.
COMPREENSÃO
1. Apresenta uma explicação para o
subtítulo desta secção do poema.
A escolha deste subtítulo deve-se
ao cheiro a gás de Lisboa associado
ao ar acinzentado das casas
envoltas em neblina.
2. Na sua deambulação, o sujeito
poético continua a sofrer os efeitos
opressivos do ambiente da cidade.
2.1. Transcreve os verbos que,
na duas primeiras estrofes, os
mencionam.
E saio. A noite pesa, esmaga.
Nos Passeios de lajedo arrastam-se as
impuras.
Ó moles hospitais! Sai das embocaduras
Um sopro que arrepia os ombros quase
nus.
Cercam-me as lojas, tépidas. Eu penso
Ver círios laterais, ver filas de capelas,
Com santos e fiéis, andores, ramos, velas,
Em uma catedral de um comprimento
imenso.
3. Destaca a importância de que se
reveste a quarta estrofe, atendendo à
oposição temática que estabelece com
as restantes quadras do texto.
Num cutileiro, de avental, ao torno,
Um forjador maneja um malho, rubramente;
E de uma padaria exala-se, inda quente,
Um cheiro salutar e honesto a pão no
forno.
Esta quadra destaca-se das outras por
descrever algo de positivo nesta descrição
sombria feita por Cesário Verde. A maior
oposição encontra-se no último verso que
contraria o cheiro a gás de Lisboa, com um
cheiro agradável e honesto do pão.
4. Face às circunstâncias presentes, o
sujeito poético deseja concretizar uma
obra com um objetivo particular.
4.1. Refere-o.
4.2. Indica os meios que lhe
permitirão atingi-lo.
O objetivo do sujeito poético é criticar a
sociedade da época assim como a Lisboa
podre em que vive.
Para esse efeito, ele decide passear por
Lisboa e descrevê-la da forma mais realista
possível.
TRABALHO CRIATIVO

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Cesário Verde - "Ao Gás"

  • 1. CESÁRIO VERDE AO GÁS Alberto Pinheiro Margarida Almeida Mónica Franco 11ºP
  • 3. E saio. A noite pesa, esmaga. Nos Passeios de lajedo arrastam-se as impuras. Ó moles hospitais! Sai das embocaduras Um sopro que arrepia os ombros quase nus. Cercam-me as lojas, tépidas. Eu penso Ver círios laterais, ver filas de capelas, Com santos e fiéis, andores, ramos, velas, Em uma catedral de um comprimento imenso. As burguesinhas do Catolicismo Resvalam pelo chão minado pelos canos; E lembram-me, ao chorar doente dos pianos, As freiras que os jejuns matavam de histerismo. Num cutileiro, de avental, ao torno, Um forjador maneja um malho, rubramente; E de uma padaria exala-se, inda quente, Um cheiro salutar e honesto a pão no forno. E eu que medito um livro que exacerbe, Quisera que o real e a análise mo dessem; Casas de confecções e modas resplandecem; Pelas vitrines olha um ratoneiro imberbe. Longas descidas! Não poder pintar Com versos magistrais, salubres e sinceros, A esguia difusão dos vossos reverberos, E a vossa palidez romântica e lunar! Que grande cobra, a lúbrica pessoa, Que espartilhada escolhe uns xales com debuxo! Sua excelência atrai, magnética, entre luxo, Que ao longo dos balcões de mogno se amontoa. E aquela velha, de bandós! Por vezes, A sua traîne imita um leque antigo, aberto, Nas barras verticais, a duas tintas. Perto, Escarvam, à vitória, os seus mecklemburgueses. Desdobram-se tecidos estrangeiros; Plantas ornamentais secam nos mostradores; Flocos de pós-de-arroz pairam sufocadores, E em nuvens de cetins requebram-se os caixeiros. Mas tudo cansa! Apagam-se nas frentes Os candelabros, como estrelas, pouco a pouco; Da solidão regouga um cauteleiro rouco; Tornam-se mausoléus as armações fulgentes. "Dó da miséria!... Compaixão de mim!..." E, nas esquinas, calvo, eterno, sem repouso, Pede-me sempre esmola um homenzinho idoso, Meu velho professor nas aulas de Latim!
  • 5. E saio. A noite pesa, esmaga. Nos Passeios de lajedo arrastam-se as impuras. Ó moles hospitais! Sai das embocaduras Um sopro que arrepia os ombros quase nus. Cercam-me as lojas, tépidas. Eu penso Ver círios laterais, ver filas de capelas, Com santos e fiéis, andores, ramos, velas, Em uma catedral de um comprimento imenso. As burguesinhas do Catolicismo Resvalam pelo chão minado pelos canos; E lembram-me, ao chorar doente dos pianos, As freiras que os jejuns matavam de histerismo. Num cutileiro, de avental, ao torno, Um forjador maneja um malho, rubramente; E de uma padaria exala-se, inda quente, Um cheiro salutar e honesto a pão no forno. E eu que medito um livro que exacerbe, Quisera que o real e a análise mo dessem; Casas de confecções e modas resplandecem; Pelas vitrines olha um ratoneiro imberbe. Longas descidas! Não poder pintar Com versos magistrais, salubres e sinceros, A esguia difusão dos vossos reverberos, E a vossa palidez romântica e lunar! Que grande cobra, a lúbrica pessoa, Que espartilhada escolhe uns xales com debuxo! Sua excelência atrai, magnética, entre luxo, Que ao longo dos balcões de mogno se amontoa. E aquela velha, de bandós! Por vezes, A sua traîne imita um leque antigo, aberto, Nas barras verticais, a duas tintas. Perto, Escarvam, à vitória, os seus mecklemburgueses. Desdobram-se tecidos estrangeiros; Plantas ornamentais secam nos mostradores; Flocos de pós-de-arroz pairam sufocadores, E em nuvens de cetins requebram-se os caixeiros. Mas tudo cansa! Apagam-se nas frentes Os candelabros, como estrelas, pouco a pouco; Da solidão regouga um cauteleiro rouco; Tornam-se mausoléus as armações fulgentes. "Dó da miséria!... Compaixão de mim!..." E, nas esquinas, calvo, eterno, sem repouso, Pede-me sempre esmola um homenzinho idoso, Meu velho professor nas aulas de Latim! Entrada de uma rua. Impetuosamente Intensamente Gatuno Sem BarbaSãos Saudáveis Brilhos Sensual Esboço As duas partes em que se divide o cabelo por meio de risca da testa à nuca Cauda do Vestido Escavar Superficialmente Cavalos importados da região de Meclemburg na Alemanha
  • 7. Este poema é a terceira parte do poema “O Sentido dum Ocidental” (Pág.298). Nele, Cesário Verde descreve Lisboa com a intenção de criticar não só a cidade com a sociedade. Com este livro, Cesário Verde pretendia dar a conhecer os podres da sociedade da época para eventualmente retificar alguns pontos fracos da mesma.
  • 9. 1. Apresenta uma explicação para o subtítulo desta secção do poema.
  • 10. A escolha deste subtítulo deve-se ao cheiro a gás de Lisboa associado ao ar acinzentado das casas envoltas em neblina.
  • 11. 2. Na sua deambulação, o sujeito poético continua a sofrer os efeitos opressivos do ambiente da cidade. 2.1. Transcreve os verbos que, na duas primeiras estrofes, os mencionam.
  • 12. E saio. A noite pesa, esmaga. Nos Passeios de lajedo arrastam-se as impuras. Ó moles hospitais! Sai das embocaduras Um sopro que arrepia os ombros quase nus. Cercam-me as lojas, tépidas. Eu penso Ver círios laterais, ver filas de capelas, Com santos e fiéis, andores, ramos, velas, Em uma catedral de um comprimento imenso.
  • 13. 3. Destaca a importância de que se reveste a quarta estrofe, atendendo à oposição temática que estabelece com as restantes quadras do texto.
  • 14. Num cutileiro, de avental, ao torno, Um forjador maneja um malho, rubramente; E de uma padaria exala-se, inda quente, Um cheiro salutar e honesto a pão no forno. Esta quadra destaca-se das outras por descrever algo de positivo nesta descrição sombria feita por Cesário Verde. A maior oposição encontra-se no último verso que contraria o cheiro a gás de Lisboa, com um cheiro agradável e honesto do pão.
  • 15. 4. Face às circunstâncias presentes, o sujeito poético deseja concretizar uma obra com um objetivo particular. 4.1. Refere-o. 4.2. Indica os meios que lhe permitirão atingi-lo.
  • 16. O objetivo do sujeito poético é criticar a sociedade da época assim como a Lisboa podre em que vive. Para esse efeito, ele decide passear por Lisboa e descrevê-la da forma mais realista possível.