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Índice
                             
 Poema
 Simbologia da noite na poesia pessoana
 Caracterização do estado de espírito do sujeito poético
 Identificação dos recursos mais expressivos
 Integração do poema nas temáticas do ortónimo
Poema: “Cansa sentir quando se
              pensa”
                                  
Cansa sentir quando se pensa.       Tudo isto me parece tudo.
No ar da noite a madrugar           E é uma noite a ter um fim
Há uma solidão imensa               Um negro astral silêncio surdo
Que tem por corpo o frio do ar.     E não poder viver assim.

Neste momento insone e triste       (Tudo isto me parece tudo.
Em que não sei quem hei de ser,     Mas noite, frio, negror sem fim,
Pesa-me o informe real que existe   Mundo mudo, silêncio mudo -
Na noite antes de amanhecer.        Ah, nada é isto, nada é assim!)
Simbologia da noite na
      poesia pessoana
                             
 Há uma insistência significativa no campo semântico de noite, e
  no de silêncio, através dos vocábulos: “noite”, “antes de
  amanhecer”, “negro astral”, “negror sem fim”, “silêncio
  surdo”, “Mundo mudo” e “silêncio mudo”, que simbolizam o
  movimento noturno e silencioso, demonstrando a incapacidade
  do sujeito poético de aceitar a sua condição humana, e a sua
  inquietação perante a ausência de respostas por parte da
  noite, como se esta fosse alguém que o conseguisse ajudar.
Caracterização do estado de espírito
        do sujeito poético
                            
 Tristeza: “Neste momento insone e triste”
 Incerteza: “Em que não sei quem hei de ser”
 Solidão : “Há uma solidão imensa /Que tem por corpo o
  frio do ar.”
 Dúvida: “Tudo isto me parece tudo”
 Incapacidade de viver a vida : “E não poder viver assim.”
 Confusão interior: “Ah, nada é isto, nada é assim!”
Identificação dos recursos mais
               expressivos
                          “Neste momento insone e
 Dupla Adjetivação e hipálage:
  triste”
 Perífrase: “No ar da noite a madrugar”
 Poliptoto: “negro” e “negror”
 Sugestão repetitiva do silêncio: “ silêncio surdo”, “Mundo
  mudo” e “silêncio mudo”
 Adjectivação e metáfora: “Há uma solidão imensa/Que tem
  por corpo o frio do ar”
 Enumeração: “Mas noite, frio, negror sem fim,/Mundo mudo,
  silêncio mudo –”
 Anáfora: “Mundo mudo, silêncio mudo –”
 Paradoxo: “Ah, nada é isto, nada é assim!”
Integração do poema
                                            nas temáticas do
Cansa sentir quando se pensa.
No ar da noite a madrugar                          ortónimo
Há uma solidão imensa
Que tem por corpo o frio do ar.       Dor de pensar e dicotomia
                                        sentir/pensar
                                       A solidão do ser interior
Neste momento insone e triste
Em que não sei quem hei de ser,        Enigma do ser e angústia
Pesa-me o informe real que              existencial
existe
Na noite antes de amanhecer.           A ilusão do real
                                       Necessidade de evasão da
Tudo isto me parece tudo.
E é uma noite a ter um fim              realidade (através da noite)
Um negro astral silêncio surdo         Incerteza, inquietação,
E não poder viver assim.                confusão e dúvida do sujeito
                                        poético
(Tudo isto me parece tudo.
Mas noite, frio, negror sem fim,       A incapacidade de viver a vida
Mundo mudo, silêncio mudo -
Ah, nada é isto, nada é assim!)
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"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo

  • 1.
  • 2. Índice   Poema  Simbologia da noite na poesia pessoana  Caracterização do estado de espírito do sujeito poético  Identificação dos recursos mais expressivos  Integração do poema nas temáticas do ortónimo
  • 3. Poema: “Cansa sentir quando se pensa”  Cansa sentir quando se pensa. Tudo isto me parece tudo. No ar da noite a madrugar E é uma noite a ter um fim Há uma solidão imensa Um negro astral silêncio surdo Que tem por corpo o frio do ar. E não poder viver assim. Neste momento insone e triste (Tudo isto me parece tudo. Em que não sei quem hei de ser, Mas noite, frio, negror sem fim, Pesa-me o informe real que existe Mundo mudo, silêncio mudo - Na noite antes de amanhecer. Ah, nada é isto, nada é assim!)
  • 4. Simbologia da noite na poesia pessoana   Há uma insistência significativa no campo semântico de noite, e no de silêncio, através dos vocábulos: “noite”, “antes de amanhecer”, “negro astral”, “negror sem fim”, “silêncio surdo”, “Mundo mudo” e “silêncio mudo”, que simbolizam o movimento noturno e silencioso, demonstrando a incapacidade do sujeito poético de aceitar a sua condição humana, e a sua inquietação perante a ausência de respostas por parte da noite, como se esta fosse alguém que o conseguisse ajudar.
  • 5. Caracterização do estado de espírito do sujeito poético   Tristeza: “Neste momento insone e triste”  Incerteza: “Em que não sei quem hei de ser”  Solidão : “Há uma solidão imensa /Que tem por corpo o frio do ar.”  Dúvida: “Tudo isto me parece tudo”  Incapacidade de viver a vida : “E não poder viver assim.”  Confusão interior: “Ah, nada é isto, nada é assim!”
  • 6. Identificação dos recursos mais expressivos “Neste momento insone e  Dupla Adjetivação e hipálage: triste”  Perífrase: “No ar da noite a madrugar”  Poliptoto: “negro” e “negror”  Sugestão repetitiva do silêncio: “ silêncio surdo”, “Mundo mudo” e “silêncio mudo”  Adjectivação e metáfora: “Há uma solidão imensa/Que tem por corpo o frio do ar”  Enumeração: “Mas noite, frio, negror sem fim,/Mundo mudo, silêncio mudo –”  Anáfora: “Mundo mudo, silêncio mudo –”  Paradoxo: “Ah, nada é isto, nada é assim!”
  • 7. Integração do poema nas temáticas do Cansa sentir quando se pensa. No ar da noite a madrugar ortónimo Há uma solidão imensa Que tem por corpo o frio do ar.   Dor de pensar e dicotomia sentir/pensar  A solidão do ser interior Neste momento insone e triste Em que não sei quem hei de ser,  Enigma do ser e angústia Pesa-me o informe real que existencial existe Na noite antes de amanhecer.  A ilusão do real  Necessidade de evasão da Tudo isto me parece tudo. E é uma noite a ter um fim realidade (através da noite) Um negro astral silêncio surdo  Incerteza, inquietação, E não poder viver assim. confusão e dúvida do sujeito poético (Tudo isto me parece tudo. Mas noite, frio, negror sem fim,  A incapacidade de viver a vida Mundo mudo, silêncio mudo - Ah, nada é isto, nada é assim!)
  • 8. Trabalho realizado pelas alunas: Oxana Marian nº18 Cristina Popescu nº7 12ºM