1) O documento discute as contribuições da semântica da enunciação para análises discursivas.
2) A autora pretende estudar representações sobre o trabalho doméstico usando a semântica da enunciação e análise do discurso.
3) O documento revisa estudos sobre semântica da enunciação e como ela pode ajudar a entender a relação entre linguagem e trabalho doméstico.
O surgimento dos estudos sobre o texto faz parte de um amplo esforço teórico, com perspectivas e métodos diferenciados, de constituição de um outro campo (em oposição ao campo construído pela Linguística Estrutural), que procura ir além dos limites da frase, que procura reintroduzir, em seu escopo teórico, o sujeito e a situação da comunicação, excluídos das pesquisas sobre a linguagem pelos postulados dessa mesma Linguística Estrutural — que compreendia a língua como sistema e como código, com função puramente informativa.
Keimelion - revisão de textos: teses, dissertações, monografias, artigos científicos, relatórios técnicos. Já são mais de dez anos de experiência em revisar e formatar trabalhos acadêmicos. Nossos compromissos são com ética profissional, qualidade dos serviços e pontualidade. Revisamos também obras literárias e outros tipos de textos. http://www.keimelion.com
"Anáfora, contexto e coesão textual" é um slide para quem tem interesse em verificar e estudar o papel da anáfora para a manutenção temática do texto. Através de uma paralelo entre a Semântica de Contextos e Cenários e a Linguística de Texto, percebe-se que a manutenção temática do texto depende não só de conhecimento de mundo, mas de um bom repertório lexical.
Relatório Mulheres no Trabalho: tendências 2016 (Sumário)
Publicação da Organização da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Disponível em http://www.ilo.org/brasilia/publicacoes/WCMS_457096/lang--pt/index.htm
Acesso em 15/05/2016.
O surgimento dos estudos sobre o texto faz parte de um amplo esforço teórico, com perspectivas e métodos diferenciados, de constituição de um outro campo (em oposição ao campo construído pela Linguística Estrutural), que procura ir além dos limites da frase, que procura reintroduzir, em seu escopo teórico, o sujeito e a situação da comunicação, excluídos das pesquisas sobre a linguagem pelos postulados dessa mesma Linguística Estrutural — que compreendia a língua como sistema e como código, com função puramente informativa.
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"Anáfora, contexto e coesão textual" é um slide para quem tem interesse em verificar e estudar o papel da anáfora para a manutenção temática do texto. Através de uma paralelo entre a Semântica de Contextos e Cenários e a Linguística de Texto, percebe-se que a manutenção temática do texto depende não só de conhecimento de mundo, mas de um bom repertório lexical.
Relatório Mulheres no Trabalho: tendências 2016 (Sumário)
Publicação da Organização da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Disponível em http://www.ilo.org/brasilia/publicacoes/WCMS_457096/lang--pt/index.htm
Acesso em 15/05/2016.
Síntese de Indicadores Sociais: Uma análise das condições de vida da populaçã...LinTrab
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
Diretoria de Pesquisas
Coordenação de Populações e Indicadores Sociais
Estudos e Pesquisas – Informação Demográfica e Socioeconômica número 35 –
Síntese de Indicadores Sociais: Uma análise das condições de vida da população brasileira: 2015/ IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais – Rio de Janeiro: IBGE: 2015
ISSN 1516-3296
ISBN 978-85-240-4369-7
Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95011.pdf
Acessado em 10 dez. 2015
Plano Nacional de Educação PNE 2014-2015 – Linha de BaseLinTrab
Apresenta, em caráter preliminar, a linha de base dos indicadores selecionados pelo Ministério da Educação e pelo Inep para o monitoramento do Plano Nacional de Educação 2014-2024 (PNE). O documento consiste de análises descritivas das séries históricas dos indicadores. As informações foram extraídas dos dados provenientes das pesquisas do Inep (Censo da Educação Básica,Censo da Educação Superior, Saeb e Ideb), do IBGE (Pnad e Censo Demográfico) e da Capes (dados da pós-graduação), disponíveis na data de promulgação da Lei do PNE, em 25 de junho de 2014. Este documento tem como objetivo desencadear o debate a respeito dos indicadores mais adequados para o acompanhamento das metas estabelecidas no Plano.
Fonte: INEP < http://www.publicacoes.inep.gov.br/portal/download/1362. Acesso em: 06 out. 2015.
Com base na teoria semiótica greimasiana, será realizada uma análise semiótica dos procedimentos de aspectualização espacial de um texto, em língua portuguesa, publicado em forma de editorial. A proposta é verificar como a construção aspectual do espaço favorece a cooptação do leitor, e de que modo os processos de aspectualização colaboram para a produção de sentido.
Mecanismos de debreagem e embreagem actanciais empregados na língua faladaLetícia J. Storto
Mecanismos de debreagem e embreagem actanciais
empregados na língua falada
Vanessa Hagemeyer Burgo*
Eduardo Francisco Ferreira**
Letícia Jovelina Storto***
Estudos Semióticos
ISSN 1980-4016
vol. 7, no 2, p. 16 –25
Resumo: Este estudo tem por objetivo discutir a constituição da categoria de pessoa no discurso político,
analisando os efeitos de sentido produzidos pelos mecanismos de debreagem e embreagem actanciais empregados
na conversação. O arcabouço teórico deste trabalho consiste, portanto, em uma abordagem textual-interativa da
língua falada, pautada, sobretudo, em conceitos da semiótica em relação de interface com formulações advindas
da análise da conversação. O corpus é composto de transcrições do debate entre os candidatos à presidência da
República Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, realizado no dia 8 de outubro de 2006, transmitido pela
TV Bandeirantes. Vale ressaltar que optamos por trabalhar com trechos do primeiro bloco, os quais apresentam
elementos mais pertinentes à análise. Considerando-se que todo político tem como finalidade maior a adesão
dos eleitores e, consequentemente, seus votos, há uma grande preocupação com a imagem que querem passar
à sociedade e, por isso, as exposições são voltadas, sobretudo, aos telespectadores. Porém, na parte inicial
do debate, embora haja a presença da plateia e de jornalistas, os candidatos devem dirigir suas perguntas e
respostas um ao outro, em uma situação de interação face a face, Assim, mesmo que o destinatário direto
pareça ser o oponente, o real destinatário é o público.
O caráter multifuncional dos marcadores conversacionais de opinião “Eu acho q...UENP
RESUMO: Os marcadores conversacionais, elementos independentes sintaticamente do verbo, são formados por um ou mais itens ou expressões lexicais. Eles contribuem para o monitoramento da conversação e para a organização do texto falado. Além disso, apresentam caráter multifuncional, porque podem operar como organizadores e/ou articuladores textuais, indicadores de força ilocutória do discurso, planejadores verbais, atenuadores, dentre outras funções. Embora possam ser considerados semanticamente vazios, são muito relevantes na manutenção da interação verbal. Por isso, este trabalho tem o objetivo de analisar o emprego multifuncional dos marcadores conversacionais “eu acho que” e “I think” em entrevistas concedidas pelo ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e pelo atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Como o objeto de análise realizou-se em situação real de interlocução, a metodologia empregada foi a hipotético-indutiva (GALEMBECK, 1999). As análises demonstraram que ambos os políticos empregam esses marcadores (“I think” para Barack Obama e “eu acho que” para Luiz Inácio Lula da Silva) de modo recorrente, com objetivos variados: atenuar o discurso, planejar a sua fala, manifestar opinião, entre outras. Enfim, os marcadores conversacionais são de extrema importância para desenvolvimento coerente do texto falado.
Nota Técnica 185-DIEESE. Reforma da Previdência e ameaça ao magistérioLinTrab
Fonte Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Disponível em https://www.dieese.org.br/notatecnica/2017/notaTec185aposentadoriaProfessores.html
Acesso em 28 jul. 2017
Guia de Livros Didáticos – PNLD 2016 (anos iniciais): Alfabetização e Letramento: Língua Portuguesa
Guia de livros didáticos: PNLD 2016: Alfabetização e Letramento e Língua Portuguesa: ensino fundamental anos iniciais. – Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 2015. 272 p. ISBN 978-85-7783-194-4
Disponível em: <http: /> Acesso em 30 ago.2015
Agenda Legislativa dos Trabalhadores - 2015LinTrab
Agenda Legislativa dos Trabalhadores do Congresso Nacional
Edição nº 3, Ano 3 - 2015 Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar - DIAP SBS - Quadra 01 - Bloco K - Ed. Seguradoras - 3º andar - Salas 301 a 307 70093-900 - Brasília - DF Telefones: (61) 3225-9704 / 3225-9744 Fax: (61) 3225-9150 Página: www.diap.org.br E-mail: diap@diap.org.br
Coordenação editorial Antônio Augusto de Queiroz,Diretor de Documentação - Supervisão Ulisses Riedel de Resende, Diretor-Técnico - Texto André Luís dos Santos Antônio, Augusto de Queiroz, Neuriberg Dias do Rêgo.
Disponível em http://www.diap.org.br/index.php?option=com_jdownloads&Itemid=513&view=finish&cid=2889&catid=69
Acesso em 24Ago15
Estudo nº 76 do DIEESE: “A saúde do trabalhador no processo de negociação col...LinTrab
Este estudo apresenta pesquisa inédita elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos - DIEESE, com o objetivo de analisar o conteúdo das cláusulas negociadas e das reivindicações de greves que abordam o tema saúde do trabalhador. As informações foram coletadas de dois bancos de dados do Departamento, o Sistema de Acompanhamento de Contratações Coletivas - SACC e o Sistema de Acompanhamento de Greves - SAG.
Fonte: DIEESE
Disponível em: <http: /> Acesso em 06/08/2015.
Transições da escola para o mercado de trabalho de mulheres e homens jovens n...LinTrab
Venturi, Gustavo e Torini, Danilo
Transições do mercado de trabalho de mulheres e homens jovens no Brasil
/ Gustavo Venturi e Danilo Torini;
Organização Internacional do Trabalho. - Genebra: OIT, 2014 Work4Youth Publication Series; No 25, ISSN: 2309-6780 ; 2309-6799 (web pdf ) International Labour Office
Disponível em http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---dgreports/---dcomm/documents/publication/wcms_326892.pdf
Acesso em 18 jul. 2015
Sistema Nacional de Educação: diversos olhares 80 anos após o ManifestoLinTrab
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino
O Sistema Nacional de Educação: diversos olhares 80 anos após o Manifesto /
Ministério da Educação. Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino. --
Brasília : MEC/SASE, 2014.
220 p.
ISBN: 978-85-7994-086-6
1. Sistema Educacional 2. Educação e Estado 3. Brasil I. Título
--------------------------
Fonte: http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002309/230901POR.pdf
Acesso em 05/06/2015
Cartilha editada pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, órgão do Ministério Público Federal.
O arquivo foi acessado em http://www.diap.org.br/index.php?option=com_jdownloads&Itemid=513&view=finish&cid=2682&catid=88
Acesso em 04/02/2015.
Nota tecnica141/2014-DIEESE - Transformações recentes no perfil do docente da...LinTrab
Nota Técnica 141/2014, produzida pelo DIEESE.
Fonte: DIEESE
http://www.dieese.org.br/sitio/buscaDirigida?tipoBusca=tipo&valorBusca=nota+t%E9cnica
Acesso em 20 dez. 2014
Cartilha lançada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).
A publicação, que faz parte da série Estudos Políticos do Diap, com o sugestivo título “Poder Legislativo: como é organizado, o que faz e como funciona”, tem por finalidade levar ao conhecimento da população informações acerca do que são, o que fazem e como funcionam as instituições do Poder Legislativo brasileiro. A cartilha, de autoria do jornalista, analista político e Diretor de Documentação do Diap, Antônio Augusto de Queiroz, preenche uma lacuna na formação cívica de estudantes, trabalhadores, empresários, militantes políticos e sociais e dos próprios jornalistas sobre o Poder Legislativo, cujo objetivo, nas democracias, é representar os cidadãos, elaborar e aprovar as leis, fiscalizar o Poder Executivo, contrabalançando suas prerrogativas, e reconhecer, garantir e proteger as liberdades e os direitos fundamentais da cidadania.
Ficha catalográfica:
Poder Legislativo: como é organizado, o que faz e como funciona /
Antônio Augusto de Queiroz. — Brasília, DF: DIAP, 2014.
72 p. : il ; (Série Estudos Políticos)
ISBN: 978-85-62483-16-5
Disponível em: http://www.diap.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=24437:diap-lanca-cartilha-poder-legislativo-como-e-organizado-o-que-faz-e-como-funciona&catid=59:noticias&Itemid=392
Acesso em 05/09/2014
Guia de livros didáticos - PNLD/2015 - Português.
Disponível em http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/escolha-pnld-2015 > acesso em 05/08/2014.
Guia de livros didáticos : PNLD 2015 : língua portuguesa : ensino médio. – Brasília :
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2014.
104p. : il.
ISBN: 978-85-7783-166-1
1. Livro didático. 2. Programa Nacional do Livro Didático. 3. Língua portuguesa. I. Brasil.
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
CDU 371.671
Cartilha Eleições Gerais 2014: orientação a candidatos e eleitoresLinTrab
Eleições Gerais 2014 – orientações a candidatos e eleitores/ Antônio Augusto de Queiroz. Brasília, DF: DIAP, 2014.
Esta publicação faz parte da série Educação Política do DIAP - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, março de 2014.
Disponível em http://www.diap.org.br/index.php?option=com_content&view=featured&Itemid=101
Acesso em 13/04/2014
Rotatividade e políticas públicas para o mercado de trabalhoLinTrab
Dando continuidade aos estudos referentes à rotatividade no mercado de trabalho, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) lança o livro Rotatividade e políticas públicas para o mercado de trabalho.
Segundo o DIEESE, a expectativa, com a publicação, “é ampliar as discussões sobre os temas aqui abordados, suscitando uma ação e um debate conjuntos de vários setores da sociedade. Para o DIEESE e o MTE, o combate à rotatividade e o aprimoramento do Sistema Público de Emprego, para dar resposta também a outras diversas questões do mercado de trabalho, são temas que devem ser tratados por meio de diálogo social.”.
Fonte: http://www.dieese.org.br/ Acesso em 04/04/2014.
Livro Mais Mulher na Política - Produzido pelo Senado Federal em parceria com a Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados, espelha a participação da mulher na política.
Boletim Especial publicado pelo DIEESE: Os negros no trabalhoLinTrab
A desigualdade no acesso a uma ocupação e a disparidade nas condições de trabalho creditadas às diferenças de cor têm ocupado papel de destaque nas agendas de pesquisas e estudos de diversas instituições. A centralidade dada a esta relação é compreensível.
Para a maioria da população, o mercado de trabalho constitui meio primordial de acesso à renda. Em troca do exercício profissional disponibilizado a um empregador ou através da produção de bens ou serviços do trabalho independente, um amplo contingente de pessoas busca suprir as necessidades materiais da existência, própria e de suas famílias. Essencial na compreensão das estruturas produtivas e de distribuição, esta noção-núcleo pode e deve ser substantivamente alargada para o entendimento das sociedades contemporâneas. O mercado de trabalho também abriga outras dimensões sociológicas e culturais que influenciam a inserção de indivíduos na estrutura das comunidades, associadas ao prestígio social decorrente das diferentes ocupações e da efetiva possibilidade de participação organizada na sociedade sob a forma de grupos de interesses ou classes sociais.
Fonte: DIEESE: http://www.dieese.org.br/analiseped/negros.html
Uma Análise de Discursos Jornalísticos sobre Trabalhadoras DomésticasLinTrab
FURST, Priscila Lopes Viana. Uma análise de discursos jornalísticos sobre trabalhadoras domésticas. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Faculdade de Letras da UFMG, 2013. 237 fl.
Trabalhadores, personagens em discursos de mensários sociopolíticos: Caros Am...LinTrab
SOARES, M. J. H. Trabalhadores, personagens em discursos de mensários sociopolíticos: Caros Amigos e Le Monde Diplomatique Brasil. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Faculdade de Letras da UFMG, 2013. 267 fl.
Linguagem, trabalho e educação: estudo exploratório de livros didáticos para EJALinTrab
GUALBERTO, Clarice Lage. Linguagem, trabalho e educação: estudo exploratório de livros didáticos de EJA. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Faculdade de Letras da UFMG, 2012. 120 fl.
Agenda Legislativa dos Trabalhadores no Congresso Nacional em 2013, elaborada pelo DIAP.
"Com esta publicação, a equipe do Diap oferece à sociedade, em geral, e às lideranças dos movimentos sindicais e sociais, em particular, elementos essenciais para a atuação, acompanhamento e monitoramento do processo de elaboração das leis em matérias de interesse dos assalariados (trabalhadores, servidores públicos, aposentados e pensionistas)"
Poemas brasileiros sobre trabalhadores: uma antologia de domínio públicoLinTrab
A obra traz um conjunto de textos que faz dos trabalhadores seus personagens protagonistas. Os leitores identificarão nos poemas diferentes discursos, que linguisticamente materializam diferentes conjuntos de ideias sobre o trabalho e os trabalhadores.
Trata-se de um dos resultados dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos pelo Grupo em Estudos em Linguagem, Trabalho, Educação e Cultura (LinTrab), composto por pesquisadores da UFMG.
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 2º Trimestre de 2024, adultos, Tema, A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA, O CAMINHO DA SALVAÇÃO, SANTIDADE E PERSEVERANÇA PARA CHEGAR AO CÉU, Coment Osiel Gomes, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, tel-What, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxMariaSantos298247
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta duração – CP4 – Processos identitários, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.
livro em pdf para professores da educação de jovens e adultos dos anos iniciais ( alfabetização e 1º ano)- material excelente para quem trabalha com turmas de eja. Material para quem dar aula na educação de jovens e adultos . excelente material para professores
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
Contribuições da semântica da enunciação para análises discursivas
1. ANAIS DO XV CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA
Cadernos do CNLF, Vol. XV, Nº 5, t. 1. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011 p. 395
CONTRIBUIÇÕES DA SEMÂNTICA DA ENUNCIAÇÃO
PARA ANÁLISES DISCURSIVAS
Priscila Lopes Viana (UFMG)
priscilalviana@gmail.com
1. Introdução
O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão em alguns dos estu-
dos publicados por Dias (2005; 2009) para verificar em que medida o
quadro teórico da semântica da enunciação poderá contribuir para a nossa
tese de doutoramento. Em nossa pesquisa, pretendemos estudar represen-
tações sobre o trabalho da doméstica na perspectiva do interacionismo
sociodiscursivo (ISD), proposto por Bronckart (1999), e por meio das
contribuições da análise do discurso (FARIA, 2005; FIORIN, 1989; MA-
INGUENEAU, 1984; entre outras).
O nosso corpus é constituído por em letras de canções, poemas,
contos, romances, peças teatrais, textos legislativos e jornalísticos. Para a
análise de um corpus tão diversificado, tanto em relação aos domínios
discursivos quanto aos gêneros textuais, temos a consciência de que a
contribuição de modelos teóricos, como o desenvolvido por Dias (2005;
2009), poderá ser útil para compreendermos melhor a relação entre a lin-
guagem e o trabalho das domésticas.
Vale lembrarmos que o ISD rejeita os postulados epistemológicos
e as restrições metodologias do positivismo para investigar as ações do
homem em suas dimensões sociais e discursivas constitutivas. E, para a
análise dos sistemas semióticos, o interacionismo utiliza abordagens que
consideram os fatos de linguagem como traços de condutas humanas so-
cialmente contextualizadas, isto é, o interacionismo se refere preferenci-
almente aos trabalhos que integram dimensões psicossociais. Trata-se de
trabalhos centrados na interação verbal e, sobretudo no estudo e análise
dos gêneros e tipos textuais provenientes de Bakhtin (2000) e na análise
das formações sociais de Foucault (2004). De acordo com Bronckart
(1999), essas proposições expandem a concepção das interações entre
(1961; 1975). Bronckart (1999) sustenta ainda a contribuição teórica im-
prescindível da análise de Saussure (1994) sobre a arbitrariedade do sig-
no linguístico para que se compreenda o estatuto das relações interde-
pendentes entre a linguagem, as línguas e o pensamento humano.
2. ANAIS DO XV CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA
Cadernos do CNLF, Vol. XV, Nº 5, t. 1. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011 p. 396
2. Algumas abordagens da enunciação
As pesquisas de Dias (2005; 2009) têm se centrado, sobretudo, na
observação da sintaxe a partir da semântica da enunciação. De acordo
com Dias (2009), a enunciação tem sido, desde meados do século XX,
objeto de abordagens diversas. Algumas delas não concebem o funcio-
namento da língua na relação indissociável com o campo da enunciação.
Ao observar o lugar do linguístico na formulação desses modelos
teóricos, Dias (2009, p. 1) cita Benveniste (1989, p. 83-
enunciação, a língua não é senão possibilidade de língua. Depois da
enunciação, a língua é efetuada em uma instância do dis
-se nessa passagem da possibilidade da
da língua ocorre nessa passagem, na qual há um desdobramento da ins-
tância do possível da língua em uma instância discursiva. Enunciar é,
nessa perspectiva, mobilizar a instância do possível para se situar na ins-
tância discursiva da língua.
Segundo Dias (2009: 4), Guimarães (2005) aborda a enunciação
como o faz Ducrot (1984), isto é, ambos veem a enunciação como acon-
tecimento. Para Ducrot (1984), a condição de acontecimento de um
enunciado é determinada pela sua incidência em uma frase. O exemplo
i -se de
uma construção abstrata, no nível da frase, recorrente, concebida pelo au-
tor como type. Todavia, se tal construção for usada em uma situação par-
i-
i
-se
enunciado, por sua vez, como token.
Em sua abordagem mais recente, Ducrot (2002) desenvolve, jun-
tamente com Carel, o modelo dos blocos semânticos, no qual o sentido
de uma entidade linguística advém da evocação ou modificação de dis-
cursos, ou seja, é no encadeamento discursivo que o sentido é construído.
Sendo assim, uma teoria da enunciação teria como papel a formulação
dos limites do conjunto dos discursos doadores de sentido. No modelo
proposto, isso se dá na forma de sequências de duas proposições ligadas
por um conector, estabelecendo-se encadeamentos argumentativos.
Sobre a nova abordagem de Ducrot, Dias (2009, p. 3) salienta o
fato de o acontecimento proporcionar existência ao enunciado e incluir
uma evocação ou uma modificação de discursos anteriores. Nessa abor-
3. ANAIS DO XV CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA
Cadernos do CNLF, Vol. XV, Nº 5, t. 1. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011 p. 397
afastamento teórico das coordenadas situacionais que determinam a refe-
rência no seu temp i-
mento da enunciação e constitui, de acordo com Dias (Ibidem n-
Achard (1999), por sua vez, ao tratar sobre a memória, aborda di-
ferentemente i-
que o implícito (re)construído tenha sido discurso autônomo em algum
lugar. Desse modo, o implícito trabalharia sobre a base de um imaginário
que o representa como memorizado.
Guimarães (2005) também é retomado por Dias (2009, p. 4). Para
a-
interdiscurso designa a relação entre discursos orientados e particulariza-
dos pela história. A definição de enunciação, para Guimarães (2005), é,
portanto, a língua em funcionamento pelo interdiscurso no acontecimen-
to.
As formas linguísticas se confrontam com a memória discursiva e
o presente do acontecimento, de acordo com Guimarães (2005, p. 32),
para que elas deem suporte à significação. Nesse sentido, a memória da
língua comporta uma latência, isto é, uma condição para o confronto en-
tre a instância de um presente e a instância do dizível histórico.
Recuperando os autores supracitados, Dias (2009, p. 5) salienta
que, em todas as suas formulações, as formas da língua são constitutivas
da relação que uma instância de anterioridade (vista de modos distintos
pelos autores) estabelece com uma instância de um presente do enunciar.
A seguir, antes de tratarmos da atribuição e da ocupação dos luga-
res de sujeito e objeto, abordaremos a concepção de Dias (2009, p. 5) so-
ível para a compreensão
da tese do autor.
3. O virtual e o atual
O conceito de virtual, de acordo com Dias (2009, p. 5), foi ideali-
zado pelo filósofo Deleuze e utilizado por Sousa Dias (1995) no desen-
volvimento de uma importante reflexão sobre o estatuto do verbo no in-
4. ANAIS DO XV CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA
Cadernos do CNLF, Vol. XV, Nº 5, t. 1. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011 p. 398
finitivo. Tal reflexão auxilia Dias (2009) a investir no conceito da dupla
apreensão da unidade do dizer. Segundo o autor, é no enunciado e na
sentença que essa dupla apreensão se consubstancia. Por um lado, quan-
do essa unidade do dizer se consubstancia no enunciado, sua apreensão é
relativa à memória da língua e das enunciações. Por outro lado, quando
essa unidade se consubstancia na sentença, ela é apreendida relativamen-
te aos aspectos da sua organização articulada.
A articulação sintática afeta os verbos em estado de infinitivo; as-
sim, na constituição de um predicativo, os verbos ganham finitude, sem
perder, entretanto, o seu estatuto de devir, já que continuam aptos para
serem acionados em sentenças futuras. Nesse sentido, Dias (2009, p. 5)
af -
se em virtualidade, em um devir, em um movimen
cita algumas palavras de Souza Dias, que exemplifica, por meio do verbo
esquiva de presente, de atuali-
tudo o que acontece que escapa a toda a atualidade, bem como a parte em
I-
AS, 1995, p. 96, apud DIAS, 2009, p. 6).
apre-
senta-se permeado por uma temporalidade (passado) relacionada à cena
u-
sintática do enunciado. Deleuze, de acordo com
Dias (2009), compreende que a temporalidade própria do acontecimento
é anacrônica; por isso, o acontecimento é apreendido como sentido-
acontecimento, que se situa na órbita do virtual, somente atravessando a
instância do atual. Dessa forma, o sentido de algo se dá porque o dizer
está associado a uma dimensão pressuposta da realidade objetiva, a um
campo de possíveis, e não exatamente pela sua associação às entidades,
aos eventos, e ao tempo cronológico em que o dizer se manifesta materi-
almente.
Na perspectiva adotada por Dias (2009), há uma relação entre a
dimensão pressuposta da realidade e a interdiscursividade. A unidade que
a sintaxe apreende como sentença, por sua vez, é habitada pelo enuncia-
do, que domina os lugares sintáticos, antes mesmo de os componentes
linguísticos se estabelecerem na organicidade oracional. Com isso, o au-
tor conclui que não se pode afirmar que os lugares de objeto relativos aos
que se viu e o que (ou quem) se venceu são entidades do sentido-
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acontecimento, podem ser apreendidos como presença virtual. Segundo o
autor, essa sentença pode ser enunciada para além da pontualidade tem-
poral, não carecendo, portanto, de atualização. Não há nela uma trans-
gressão na transitividade verbal.
Baseado nessa reflexão, Dias (2009, p. 6) constata um equívoco
a presença e a não presença do complemento, entre o haver e o não haver
é-
ficit de complemento, da noção de ausência de um item lexical na rede de
Dias (2009, p. 7) concebe o lugar não ocupado como um lugar virtual,
constitutivo do real, que não requer ocupação. Buscando o conceito de
-se em
organicamente como um possível não realizado é conceber que é a reali-
zação que signifi
autor é contrário à apreensão das entidades no limite entre o possível e o
real.
Vale, enfim, salientarmos o destaque dado pelo autor ao verbo
como participante privilegiado da relação entre o virtual e o atual. Já a
sentença é concebida pelo autor, tendo em vista a esteira da concepção
do acontecimento que se extrai da relação entre o virtual e o real, a partir
de uma unidade apreendida também como enunciado.
4. A constituição, a atribuição e a ocupação dos lugares de sujeito e
objeto
A abordagem do autor sobre a atribuição e a ocupação dos lugares
de sujeito e objeto (DIAS, 2009) poderá ser interessante para a nossa
pesquisa na medida em que pensamos a ocupação ou a não ocupação
como índices linguístico-discursivos para uma análise dos percursos se-
mânticos intradiscursivos (FARIA, 2005) e das oposições interdiscursi-
vas (MAINGUENEAU, 1984) presentes nos textos de nosso corpus.
Dias (2009) busca dimensionar o alcance dos aspectos estruturais
e enunciativos na constituição dos lugares de sujeito e objeto. O autor
trabalha com a tese de que, tendo em vista a dupla instanciação do acon-
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Cadernos do CNLF, Vol. XV, Nº 5, t. 1. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011 p. 400
tecimento enunciativo, condições diversas em relação à constituição do
GN-objeto74
determinam a constituição do GN-sujeito.
O verbo é acionado pelo lugar GN-sujeito afetado pelo cruzamen-
to entre o virtual e o atual. Ou seja, o GN-sujeito é o lugar que arrebata o
verbo da sua condição de infinitivo. Uma anterioridade de predicação de-
termina a constituição do lugar GN-sujeito. Nesse sentido, o verbo sai do
e-
vido ao GN-sujeito que se instala o predicado e uma unidade mínima da
sentença. Por isso, Dias (2009, p.14) afirma que o lugar do GN-sujeito se
Outras três noções transversais no estudo do sujeito gramatical
são citadas por Dias (2009, p. 14): a anterioridade de orientação, a ante-
rioridade actorial e a anterioridade processual. A primeira está relaciona-
da à organização da sentença; a segunda diz respeito à armação do evento
que a sentença dá suporte; e, por fim, a terceira é relativa à instalação da
perspectiva de enunciação apreendida pelo verbo. Na anterioridade de
predicação é constituída com base num suposto de existência. Ela se sus-
tenta, na perspectiva de Dias (2009), na passagem da instância do virtual
para a instância do atual no acontecimento enunciativo.
O autor aborda a anterioridade de predicação como característica
básica do GN-sujeito, apreendido pelas condições de atribuição do lugar
sintático, uma vez que um verbo (no infinitivo, na virtualidade), sendo
acionado, recebe as coordenadas de enunciação (a de pessoa, particular-
mente), passível de materialização na forma sufixal. Assim, a condição
para que ele receba a coordenada proeminente na predicação a pessoa-
lidade é a submissão ao lugar do sujeito.
A tese de Dias (2009, p. 16) é a de que há três modos de ocupação
do GN-sujeito, cada um operando diferentemente na sustentação de uma
anterioridade na instância da atualidade na enunciação. A ocupação do
GN-sujeito pode se dar pela definitude, pela identificação e pela prospec-
tiva. Por sua vez, três aspectos são apresentados pela definitude: em nú-
cleo (ex. 1: Teddy saiu), em ancoragem (ex. 2: Entrei na sala) e em con-
fluência (ex. 3: Choveu pouco pela manhã; ex. 4: Cansado de sofrer,
Adriano desistiu de sua vida).
74
Dias (2009, p. 13) toma a expressão grupo nominal (GN) como equivalente a sintagma
nominal.
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A tese do autor é muito mais complexa do que a apresentada no
presente artigo, mas, resumindo, podemos perceber que, na definitude em
úcleo substantivo a
base em função da qual as determinações se agregam, o que produz um
efeito de unidade. Na definitude em ancoragem, é necessário um aporte
de um GN que se encontra fora do lugar sujeito, como ocorre no ex. 2, no
qual o sufixo verbal de 1ª pessoa projeta a indexação da nominalidade.
Já na definitude em confluência, há dois fenômenos diferentes: o
da convergência sintática e o da pessoalidade dependente. O primeiro,
a
um verbo que, de acordo com as gramáticas tradicionais, faria dessa
ocorrência uma oração sem sujeito. Segundo Dias (2009, p. 17), trata-se
de uma ocorrência na qual a nominalidade que sustenta o lugar do sujeito
converge para a base lexical do verbo.
O segundo, a pessoalidade dependente, apresenta ocorrências com
formas verbais no gerúndio ou no particípio, que é o caso do ex. 4. Nesse
tipo de ocorrência, embora a forma verbal denuncie o acionamento do
verbo, a informação relativa ao lugar do GN-sujeito se encontra na sen-
tença principal: tem-se definitude em núcleo no ex. 4.
Sobre o segundo modo de ocupação do lugar do sujeito, o da iden-
tificação, Dias (2009, p. 18) ressalta que a projeção de identidade é a
condição necessária para que o lugar GN-sujeito se estabeleça como aci-
-sujeito) não recebe as condições de
definitude, mas projeta uma identificação.
Por fim, o terceiro modo de ocupação do lugar do sujeito a
prospectiva , bem como o segundo, não recebe, na relação entre as duas
instâncias da enunciação, as condições para a constituição do campo de
pertinência, nem em núcleo, nem em ancoragem, nem em confluência. É
na configuração de um perfil em relação ao qual se possa reconhecer uma
identidade para além do presente que está, nesse modo, a força de acio-
namento do verbo. Pode
pronominal representando um regime de nominalidade que opera com
delineamento de um perfil identitário. Assim, poderia ser substituído por
Após explanar sobre a constituição do GN-sujeito, que é determi-
nada, como vimos, por condições diferentes em relação à constituição do
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GN-objeto, Dias (2009, p. 20) delineia uma diferença entre sujeito e ob-
jeto quanto a atribuição e ocupação de lugares sintáticos. O autor trabalha
com a hipótese de que o lugar GN-objeto é uma projeção do verbo. Nas
-objeto] é constituído na
mesma instância em que o verbo circula na língua como virtualidade,
afirma que ele não se constitui como integrante do sentido do verbo.
Como mencionamos acima, para Dias (2009), o lugar GN-sujeito
se constitui na passagem do virtual para o atual, no ponto em que a sen-
tença é determinada pela enunciação. Assim, quando o lugar GN-sujeito
aciona o verbo, a sentença é constituída. O verbo, por sua vez, agrega-se
à sintaxe com seus lugares de GN-objeto: condição fundamental da pre-
dicação. Ou seja, o lugar GN-objeto se relaciona ao ponto em que a pre-
dicação no âmbito da sentença é determinada pela enunciação.
Segundo o autor, há uma potencialidade da projeção do lugar GN-
objeto nos verbos em português. Entretanto, dois tipos de predicação
predicação centrada e predicação dirigida fazem com que a ocupação
desse lugar sintático obedeça a suas especificações. Dias (2006) apud
Dias (2009, p. 21) desenvolve os aspectos básicos dessa diferença,
exemplificando com as seguintes ocorrên a-
A primeira ocorrência apresenta a predicação dirigida, pois nela
há uma demanda de ocupação do lugar GN-objeto relacionada à própria
cena constituída na enunciação. As condições para que se anuncie o que
Paulo alugou são produzidas nessa cena. Já a segunda ocorrência apre-
senta a predicação centrada, na medida em que não há, nesse caso, uma
demanda de ocupação do lugar GN-objeto na cena. Dias (2009, p. 21)
expl
enunciação de cena genérico, em que o domínio de referência do lugar
GN-objeto se amplia, favorecendo a comparação entre as ações de alugar
e comprar, independente da saturação do domínio de ref
-objeto apresenta características
próximas do GN- paralelo ao
que o autor apresentou na discussã
estudo do lugar GN-sujeito constituem-se em ancoragem em um domí-
nio de referência. Contudo, podem-se perceber distinções entre os dois
lugares sintáticos quando o autor faz uma leitura do fenômeno sintático
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conhecido com a-
-objeto, que recebem grupos
nominais que se situariam no lugar GN-sujeito. Para ocupação dos luga-
res GN-sujeito, configura-se um hiato na cena. Esse intervalo de cena
não é apreendido na atualidade da estrutura. Cenas virtuais se interpõem
nele, como a determinação do estudo por parte de Romero, no sentido de
matricular os filhos na escola e incentivá-los e convencê-los a estudar,
por exemplo. Desse modo, o verbo recebe a flexão devida ao GN-sujeito
e se constitui unidade sintática sob um não dito constitutivo, embora haja
esse hiato de cena.
Outro tipo de construção analisada por Dias (2009, p. 22) é simi-
o-
-sujeito e GN-objeto apresentam-
r
endo em vista o acontecimento enunciativo,
l-
ta o fato de o conceito de lacuna não estar relacionado a vazio, falta, au-
sência, mas a um regime do real do acontecimento que produz eficácia
exatamente por meio do não dito.
Devido ao regime de virtualidade que sustenta significativamente
essas lacunas, o autor concebe a não ocupação do lugar GN-sujeito como
algo relativo à sustentação temática do texto. Sendo assim, atender ao
que a virtualidade da lacuna invoca ocupando esses lugares, é incorrer na
Por um lado, ocupar os lugares GN-
roseiras. Janete estacou, Nataly plantou, Wilson irrigou, Max colheu, Li-
sa podou e Douglas -se outro texto. Por outro lado,
ocupar os lugares GN-objeto, atendendo ao que a virtualidade da lacuna
invoca, não é incorrer à repetição, e sim situar-se em um campo de cons-
trução, com vistas a um domínio de referência. Pode-se verificar isso em
o-
N-objeto ocupado por
não seria corrompida. Dias (2009, p. 22) conclui que a projeção de luga-
res sintáticos que operam numa virtualidade controlada pela condição de
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enunciado faz com que esses verbos entrem, portanto, no campo da sen-
tença.
5. Uma pequena análise
Para exemplificar o modo pelo qual pensamos que a abordagem
de Dias (2005; 2009) pode contribuir em nossa tese de doutorado, fare-
mos uma pequena análise sobre um segmento, exposto a seguir, da obra
-89), no qual dois
Uma bur-
guesa bem vestida achou ele bonito no colo da irmã. Desceu do automó-
Nesse segmento da novela, podemos observar que as sentenças
-sujeito não ocupados. Por um
lado, poderíamos pensar que ocupar esses lugares, atendendo ao que a
ela desceu do
automóvel e ela
que quem desceu do automóvel foi a burguesa bem vestida.
Concebendo discurso
conjunto de temas e figuras
O segmento exposto aborda, intradiscursivamente75
, o tema de raptos de
crianças pela classe burguesa, e no nível do interdiscurso, opõem-se os
bens materiais burgueses (representados pela figura do automóvel) à po-
breza do proletariado (representada pela sua prole que, mesmo sendo o
único bem que possui, é roubada). Essa oposição interdiscursiva entre ri-
queza versus pobreza pode ser recuperada exatamente pela não necessi-
dade de se explicitar, por meio da ocupação do GN-sujeito, quem estaria
no automóvel. Nesse sentido, nota-se que há um caráter lacunar produtor
de eficácia pelo não dito, na medida em que se recobra facilmente o su-
75
O intradiscurso e o interdiscurso são duas dimensões diferentes, mas interdependentes,
abrangidas pelo discurso, sendo que a primeira dimensão é organizada a partir de percursos
semânticos e a segunda é constituída a partir de oposições estabelecidas com outros
discursos. Para mais detalhes, ver Faria (1999).
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6. Conclusões
No presente trabalho, centramo-nos especialmente nas investiga-
ções de Dias (2009) sobre a constituição, a atribuição e a ocupação dos
lugares de sujeito e objeto.
Essas pesquisas do autor podem, como exemplificamos com uma
pequena análise no item 5 deste artigo, subsidiar uma análise linguística-
discursiva dos textos de nosso corpus. Por um lado, pensamos que a ocu-
pação ou não ocupação desses lugares sintáticos poderá ser característica
constitutiva de alguns gêneros e, por outro lado, pensamos que os efeitos
causados por essa ocupação ou não ocupação são significativos nas aná-
lises dos percursos semânticos intradiscursivos (FARIA, 2005) e das
oposições interdiscursivas (MAINGUENEAU, 1984) presentes nos tex-
tos de nosso corpus
Por fim, a nossa última motivação em buscar compreender melhor
e aplicar a sintaxe de base enunciativa deve-se à necessidade que temos
percebido de o analista do discurso não deixar de lado a materialidade
linguística em suas análises. Assim, um modelo para análises sintáticas,
que considere a enunciação, é mais adequado ao modelo interacionista
utilizado por nós.
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