Este documento resume um artigo acadêmico que analisa os discursos sobre o trabalho feminino presentes no livro "Parque Industrial", de Patrícia Galvão, através da identificação de percursos semânticos e oposições interdiscursivas. O artigo descreve a exploração e pobreza das trabalhadoras nos teares e a oposição entre classes ricas e pobres retratada na obra. Também apresenta a personagem Rosinha, que fala sobre exploração capitalista e revolução social.
Este artigo investiga o discurso de um grupo de operárias sobre o jornal da empresa e as metáforas que elas usam para expressar conflitos entre a situação de trabalho e como é retratada no jornal. O estudo analisa as metáforas qualitativamente à luz de teorias sobre metáfora conceptual e sua função cognitiva.
Os substantivos italianos e portugueses emAna Castanho
O documento discute as formas italianas e portuguesas de substantivos abstratos derivados de adjetivos latinos, especificamente as terminações -ità/-idade e -ietà/-iedade. Apresenta as regras gerais para a formação destes termos e analisa os equívocos comuns entre essas terminações, dando exemplos de termos problemáticos como "complementarietà".
O documento discute os conceitos de referenciação, coesão referencial e progressão referencial no processamento do discurso. Ele explica que a referenciação envolve escolhas significativas dos interlocutores e constrói objetos discursivos. Também descreve estratégias de referenciação como construção e reconstrução e mecanismos como anáfora e catáfora.
Esta análise compara as definições de seis entradas lexicais (castanheiro, urso, tornozelo, povo, ser, doar) ao longo de várias edições do Dicionário da Língua Portuguesa de António de Morais entre 1789 e 1949. Mostra como as definições mudaram para refletir transformações históricas e ideológicas, com diferentes formações discursivas (religiosa, política, científica, jurídica) ganhando proeminência ao longo do tempo.
O documento discute conceitos de coesão textual, incluindo dêiticos, pronomes e conectivos. Estes elementos linguísticos ligam partes do texto e dão coordenadas espaciais e temporais, melhorando a compreensão. O distanciamento entre palavras fóricas e seus referentes pode causar ambiguidade.
O documento descreve os mecanismos de coesão e coerência textuais. Apresenta exemplos de como pronomes, sinônimos, elipses e outros recursos garantem a coesão no texto, ligando ideias e evitando repetições. Também discute a importância da coerência para manter a unidade do significado ao longo do texto.
Maria Helena Mira Mateus foi uma linguista portuguesa que se notabilizou na área da fonologia portuguesa. Licenciou-se em Filologia Românica e doutorou-se em Linguística, sendo responsável por adaptar a fonologia generativa de Noam Chomsky ao português. Foi co-autora da importante obra de referência "Gramática da Língua Portuguesa".
Contribuições da semântica da enunciação para análises discursivasLinTrab
1) O documento discute as contribuições da semântica da enunciação para análises discursivas.
2) A autora pretende estudar representações sobre o trabalho doméstico usando a semântica da enunciação e análise do discurso.
3) O documento revisa estudos sobre semântica da enunciação e como ela pode ajudar a entender a relação entre linguagem e trabalho doméstico.
Este artigo investiga o discurso de um grupo de operárias sobre o jornal da empresa e as metáforas que elas usam para expressar conflitos entre a situação de trabalho e como é retratada no jornal. O estudo analisa as metáforas qualitativamente à luz de teorias sobre metáfora conceptual e sua função cognitiva.
Os substantivos italianos e portugueses emAna Castanho
O documento discute as formas italianas e portuguesas de substantivos abstratos derivados de adjetivos latinos, especificamente as terminações -ità/-idade e -ietà/-iedade. Apresenta as regras gerais para a formação destes termos e analisa os equívocos comuns entre essas terminações, dando exemplos de termos problemáticos como "complementarietà".
O documento discute os conceitos de referenciação, coesão referencial e progressão referencial no processamento do discurso. Ele explica que a referenciação envolve escolhas significativas dos interlocutores e constrói objetos discursivos. Também descreve estratégias de referenciação como construção e reconstrução e mecanismos como anáfora e catáfora.
Esta análise compara as definições de seis entradas lexicais (castanheiro, urso, tornozelo, povo, ser, doar) ao longo de várias edições do Dicionário da Língua Portuguesa de António de Morais entre 1789 e 1949. Mostra como as definições mudaram para refletir transformações históricas e ideológicas, com diferentes formações discursivas (religiosa, política, científica, jurídica) ganhando proeminência ao longo do tempo.
O documento discute conceitos de coesão textual, incluindo dêiticos, pronomes e conectivos. Estes elementos linguísticos ligam partes do texto e dão coordenadas espaciais e temporais, melhorando a compreensão. O distanciamento entre palavras fóricas e seus referentes pode causar ambiguidade.
O documento descreve os mecanismos de coesão e coerência textuais. Apresenta exemplos de como pronomes, sinônimos, elipses e outros recursos garantem a coesão no texto, ligando ideias e evitando repetições. Também discute a importância da coerência para manter a unidade do significado ao longo do texto.
Maria Helena Mira Mateus foi uma linguista portuguesa que se notabilizou na área da fonologia portuguesa. Licenciou-se em Filologia Românica e doutorou-se em Linguística, sendo responsável por adaptar a fonologia generativa de Noam Chomsky ao português. Foi co-autora da importante obra de referência "Gramática da Língua Portuguesa".
Contribuições da semântica da enunciação para análises discursivasLinTrab
1) O documento discute as contribuições da semântica da enunciação para análises discursivas.
2) A autora pretende estudar representações sobre o trabalho doméstico usando a semântica da enunciação e análise do discurso.
3) O documento revisa estudos sobre semântica da enunciação e como ela pode ajudar a entender a relação entre linguagem e trabalho doméstico.
O documento descreve diferentes mecanismos de coesão em textos, incluindo coesão lexical por sinônimos, repetição e substituição, coesão por referência e elipse. Exemplos ilustram como esses recursos contribuem para a organização e coerência de um texto.
O documento discute estratégias de coesão referencial e sequencial em textos. Apresenta os conceitos de coesão referencial, que envolve a remissão a elementos textuais por meio de recursos gramaticais ou lexicais, e coesão sequencial, que estabelece relações semânticas entre segmentos textuais. Fornece exemplos destas estratégias e recomenda referências sobre o tema.
Exercícios sobre estilística e figuras de linguagem, 02ma.no.el.ne.ves
O documento apresenta uma série de exercícios sobre figuras de linguagem e estilística. As questões abordam figuras como hipérbole, ironia, prosopopeia, eufemismo e antítese presentes em diferentes frases ou textos curtos. O resumo fornece as respostas corretas para cada uma das questões apresentadas no documento.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 158-159luisprista
1) O texto apresenta perguntas sobre um documento não fornecido, provavelmente sobre um texto literário.
2) As perguntas são de resposta curta e avaliam compreensão de elementos gramaticais e estilísticos do documento como verbos, conjunções e correlações.
3) O texto fornece instruções sobre como responder às perguntas de forma correta e como serão avaliadas e pontuadas as respostas.
Este documento discute os estudos de sintaxe realizados por J. Mattoso Câmara Jr. Apesar de sua obra se concentrar principalmente em fonologia e morfologia, Mattoso Câmara também abordou importantes questões sintáticas. Sua distinção entre morfologia e sintaxe baseou-se nas noções saussurianas de eixo paradigmático e sintagmático. Ele classificou frases em emotivas, requisitivas e assertivas e analisou termos oracionais como o período simples e composto.
O documento discute os conceitos de coesão e coerência em textos. A coesão refere-se à ligação entre elementos de um texto através de mecanismos como pronomes. A coerência diz respeito à relação entre as partes do texto que cria uma unidade de sentido. O texto exemplifica o uso de pronomes anafóricos e catafóricos para promover a coesão referencial.
Este documento resume a estrutura e os elementos principais da epopeia "Os Lusíadas" de Luís de Camões. Apresenta a proposta, invocação e dedicatória no início, além de detalhar os planos narrativos, os narradores e aspectos estilísticos e linguísticos da obra.
1 coesão textual - referencial e sequencialLuciene Gomes
O documento discute os conceitos de coesão referencial e sequencial. A coesão referencial cria relações entre palavras e expressões no texto por meio de recursos como anáfora, catáfora e elipse. A coesão sequencial garante a progressão e articulação das ideias no texto por meio de conjunções e flexões verbais. Exemplos ilustram os diferentes tipos de referenciação dentro de um texto.
O documento discute a metalinguagem em textos literários. Contém questões sobre o uso de metalinguagem em trechos de obras literárias, como Urupês e Pau-Brasil. As questões abordam a presença ou não de metalinguagem nos trechos e a identificação de elementos como intertextualidade.
Este documento discute os conceitos de coesão e coerência, que são mecanismos que asseguram a unidade e estruturação de um texto. A coesão refere-se aos processos linguísticos que ligam frases e elementos dentro de frases através de mecanismos gramaticais e lexicais. A coerência refere-se à lógica e progressão das ideias no texto.
O documento discute os conceitos de coerência e coesão textual. A coerência refere-se à manutenção do mesmo tema e sentido ao longo do texto, enquanto a coesão refere-se às conexões gramaticais entre as partes do texto. Um texto precisa de coerência e coesão para fazer sentido de forma clara e lógica.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 157luisprista
O documento descreve a mudança no comportamento do povo português da época, que passa do conformismo à revolta, manifestando sentimentos de rebeldia e violência, como cantar músicas subversivas. Esta alteração gera sentimentos contraditórios nas personagens de D. Miguel e do principal Sousa, entre desilusão, ódio e determinação. Também caracteriza Beresford como uma figura irónica e provocadora.
O documento apresenta informações sobre gramática e redação para um livro do professor de pré-vestibular. Inclui definições e exemplos de preposições, conjunções e locuções prepositivas, destacando suas características morfológicas, semânticas e sintáticas. Também aborda os sintagmas preposicionados e conjuncionais.
Este documento fornece informações sobre gramática e redação para um livro do professor de pré-vestibular. Ele discute conceitos como preposições, conjunções e suas características morfológicas, sintáticas e semânticas, além de exemplos de uso. O documento também apresenta informações sobre sintagmas preposicionais e conjuncionais.
O documento discute os recursos morfossintáticos, lexicais, semânticos e fonológicos na produção e compreensão textual. Aborda a análise morfológica e sintática de palavras e orações, além de figuras de linguagem e como o léxico, semântica e fonologia contribuem para a coesão textual.
O documento discute os mecanismos de coesão textual, definindo-a como a conexão entre as partes do texto através de vínculos sintáticos e semânticos. Apresenta os principais tipos de coesão, incluindo referencial, substituição, elipse, conjunção e lexical. Explica cada um destes mecanismos por meio de exemplos, destacando a importância da coesão para a compreensão do texto.
1) O documento apresenta uma resenha sobre o livro "Semântica" de Rodolfo Ilari e João Wanderley Geraldi, que discute conceitos centrais da semântica de forma acessível sem excesso de tecnicismos;
2) O livro aborda temas como a estrutura da oração, operações semânticas como negação e advérbios, significado de palavras através de sinonímia e paráfrase, e outros fenômenos semânticos;
3) A resenha elogia a ab
O documento discute os cinco tipos de coesão textual que contribuem para a ligação lógica dos argumentos em um texto: 1) coesão por referência, 2) coesão por substituição, 3) coesão por elipse, 4) coesão por conjunção e 5) coesão lexical. Esses mecanismos são importantes para a amarração e construção do texto.
Este documento apresenta os objetivos pedagógicos e o índice de uma apostila de Língua Portuguesa para o 1o ano do Ensino Médio. Os objetivos incluem o estudo da literatura, com foco nos principais autores e gêneros literários de cada época, e da gramática, com ênfase na identificação de classes gramaticais e compreensão dos conceitos gramaticais. O índice lista os tópicos literários e gramaticais que serão abordados, como estilos de época, gêneros liter
O documento discute a precarização do trabalho no capitalismo globalizado e flexível. A precarização ocorre não só na perda de direitos trabalhistas, mas também na "precarização do homem que trabalha", afetando a subjetividade humana. O trabalho flexível leva a jornadas mais longas e instabilidade, corroendo a vida pessoal e sociabilidade dos trabalhadores.
Análise linguística de discursos sobre o trabalho feminino em "Quarto de empr...LinTrab
Este documento apresenta uma introdução a uma pesquisa de doutorado sobre representações sociais do trabalho feminino no Brasil, com foco nas trabalhadoras domésticas. O autor analisará discursos sobre domésticas em obras literárias, canções e textos legais. Como exemplo inicial, analisará a peça teatral "Quarto de empregada" usando a metodologia de Faria para identificar percursos semânticos e oposições nos discursos.
Nota Técnica do DIEESE: Qualificação Social e Profissional: Análise de Indica...LinTrab
1) O documento discute a política de qualificação profissional no Brasil, desde sua criação até os dias atuais, destacando a evolução dos programas ao longo do tempo.
2) Apresenta dados sobre aspectos educacionais da população economicamente ativa brasileira entre 2009-2014, mostrando redução da taxa de analfabetismo, porém persistência de desigualdades.
3) Aborda os resultados da educação profissional técnica e tecnológica no período, além de trazer informações sobre o Plano Nacional de Qual
O documento descreve diferentes mecanismos de coesão em textos, incluindo coesão lexical por sinônimos, repetição e substituição, coesão por referência e elipse. Exemplos ilustram como esses recursos contribuem para a organização e coerência de um texto.
O documento discute estratégias de coesão referencial e sequencial em textos. Apresenta os conceitos de coesão referencial, que envolve a remissão a elementos textuais por meio de recursos gramaticais ou lexicais, e coesão sequencial, que estabelece relações semânticas entre segmentos textuais. Fornece exemplos destas estratégias e recomenda referências sobre o tema.
Exercícios sobre estilística e figuras de linguagem, 02ma.no.el.ne.ves
O documento apresenta uma série de exercícios sobre figuras de linguagem e estilística. As questões abordam figuras como hipérbole, ironia, prosopopeia, eufemismo e antítese presentes em diferentes frases ou textos curtos. O resumo fornece as respostas corretas para cada uma das questões apresentadas no documento.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 158-159luisprista
1) O texto apresenta perguntas sobre um documento não fornecido, provavelmente sobre um texto literário.
2) As perguntas são de resposta curta e avaliam compreensão de elementos gramaticais e estilísticos do documento como verbos, conjunções e correlações.
3) O texto fornece instruções sobre como responder às perguntas de forma correta e como serão avaliadas e pontuadas as respostas.
Este documento discute os estudos de sintaxe realizados por J. Mattoso Câmara Jr. Apesar de sua obra se concentrar principalmente em fonologia e morfologia, Mattoso Câmara também abordou importantes questões sintáticas. Sua distinção entre morfologia e sintaxe baseou-se nas noções saussurianas de eixo paradigmático e sintagmático. Ele classificou frases em emotivas, requisitivas e assertivas e analisou termos oracionais como o período simples e composto.
O documento discute os conceitos de coesão e coerência em textos. A coesão refere-se à ligação entre elementos de um texto através de mecanismos como pronomes. A coerência diz respeito à relação entre as partes do texto que cria uma unidade de sentido. O texto exemplifica o uso de pronomes anafóricos e catafóricos para promover a coesão referencial.
Este documento resume a estrutura e os elementos principais da epopeia "Os Lusíadas" de Luís de Camões. Apresenta a proposta, invocação e dedicatória no início, além de detalhar os planos narrativos, os narradores e aspectos estilísticos e linguísticos da obra.
1 coesão textual - referencial e sequencialLuciene Gomes
O documento discute os conceitos de coesão referencial e sequencial. A coesão referencial cria relações entre palavras e expressões no texto por meio de recursos como anáfora, catáfora e elipse. A coesão sequencial garante a progressão e articulação das ideias no texto por meio de conjunções e flexões verbais. Exemplos ilustram os diferentes tipos de referenciação dentro de um texto.
O documento discute a metalinguagem em textos literários. Contém questões sobre o uso de metalinguagem em trechos de obras literárias, como Urupês e Pau-Brasil. As questões abordam a presença ou não de metalinguagem nos trechos e a identificação de elementos como intertextualidade.
Este documento discute os conceitos de coesão e coerência, que são mecanismos que asseguram a unidade e estruturação de um texto. A coesão refere-se aos processos linguísticos que ligam frases e elementos dentro de frases através de mecanismos gramaticais e lexicais. A coerência refere-se à lógica e progressão das ideias no texto.
O documento discute os conceitos de coerência e coesão textual. A coerência refere-se à manutenção do mesmo tema e sentido ao longo do texto, enquanto a coesão refere-se às conexões gramaticais entre as partes do texto. Um texto precisa de coerência e coesão para fazer sentido de forma clara e lógica.
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 157luisprista
O documento descreve a mudança no comportamento do povo português da época, que passa do conformismo à revolta, manifestando sentimentos de rebeldia e violência, como cantar músicas subversivas. Esta alteração gera sentimentos contraditórios nas personagens de D. Miguel e do principal Sousa, entre desilusão, ódio e determinação. Também caracteriza Beresford como uma figura irónica e provocadora.
O documento apresenta informações sobre gramática e redação para um livro do professor de pré-vestibular. Inclui definições e exemplos de preposições, conjunções e locuções prepositivas, destacando suas características morfológicas, semânticas e sintáticas. Também aborda os sintagmas preposicionados e conjuncionais.
Este documento fornece informações sobre gramática e redação para um livro do professor de pré-vestibular. Ele discute conceitos como preposições, conjunções e suas características morfológicas, sintáticas e semânticas, além de exemplos de uso. O documento também apresenta informações sobre sintagmas preposicionais e conjuncionais.
O documento discute os recursos morfossintáticos, lexicais, semânticos e fonológicos na produção e compreensão textual. Aborda a análise morfológica e sintática de palavras e orações, além de figuras de linguagem e como o léxico, semântica e fonologia contribuem para a coesão textual.
O documento discute os mecanismos de coesão textual, definindo-a como a conexão entre as partes do texto através de vínculos sintáticos e semânticos. Apresenta os principais tipos de coesão, incluindo referencial, substituição, elipse, conjunção e lexical. Explica cada um destes mecanismos por meio de exemplos, destacando a importância da coesão para a compreensão do texto.
1) O documento apresenta uma resenha sobre o livro "Semântica" de Rodolfo Ilari e João Wanderley Geraldi, que discute conceitos centrais da semântica de forma acessível sem excesso de tecnicismos;
2) O livro aborda temas como a estrutura da oração, operações semânticas como negação e advérbios, significado de palavras através de sinonímia e paráfrase, e outros fenômenos semânticos;
3) A resenha elogia a ab
O documento discute os cinco tipos de coesão textual que contribuem para a ligação lógica dos argumentos em um texto: 1) coesão por referência, 2) coesão por substituição, 3) coesão por elipse, 4) coesão por conjunção e 5) coesão lexical. Esses mecanismos são importantes para a amarração e construção do texto.
Este documento apresenta os objetivos pedagógicos e o índice de uma apostila de Língua Portuguesa para o 1o ano do Ensino Médio. Os objetivos incluem o estudo da literatura, com foco nos principais autores e gêneros literários de cada época, e da gramática, com ênfase na identificação de classes gramaticais e compreensão dos conceitos gramaticais. O índice lista os tópicos literários e gramaticais que serão abordados, como estilos de época, gêneros liter
O documento discute a precarização do trabalho no capitalismo globalizado e flexível. A precarização ocorre não só na perda de direitos trabalhistas, mas também na "precarização do homem que trabalha", afetando a subjetividade humana. O trabalho flexível leva a jornadas mais longas e instabilidade, corroendo a vida pessoal e sociabilidade dos trabalhadores.
Análise linguística de discursos sobre o trabalho feminino em "Quarto de empr...LinTrab
Este documento apresenta uma introdução a uma pesquisa de doutorado sobre representações sociais do trabalho feminino no Brasil, com foco nas trabalhadoras domésticas. O autor analisará discursos sobre domésticas em obras literárias, canções e textos legais. Como exemplo inicial, analisará a peça teatral "Quarto de empregada" usando a metodologia de Faria para identificar percursos semânticos e oposições nos discursos.
Nota Técnica do DIEESE: Qualificação Social e Profissional: Análise de Indica...LinTrab
1) O documento discute a política de qualificação profissional no Brasil, desde sua criação até os dias atuais, destacando a evolução dos programas ao longo do tempo.
2) Apresenta dados sobre aspectos educacionais da população economicamente ativa brasileira entre 2009-2014, mostrando redução da taxa de analfabetismo, porém persistência de desigualdades.
3) Aborda os resultados da educação profissional técnica e tecnológica no período, além de trazer informações sobre o Plano Nacional de Qual
(1) O documento discute as tendências de gênero no mercado de trabalho entre 1995 e 2015;
(2) As desigualdades entre homens e mulheres persistem, com taxas de atividade e emprego das mulheres permanecendo bem abaixo dos homens em quase todas as regiões;
(3) Embora as mulheres estejam se deslocando para o setor de serviços, elas permanecem concentradas em poucos setores e ocupações, geralmente menos valorizadas e com menor qualidade de emprego.
Síntese de Indicadores Sociais: Uma análise das condições de vida da populaçã...LinTrab
Este documento apresenta o relatório "Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2015" produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O relatório analisa aspectos demográficos, grupos sociodemográficos, educação, trabalho, distribuição de renda e domicílios no Brasil com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2014 e outras fontes.
Plano Nacional de Educação PNE 2014-2015 – Linha de BaseLinTrab
Este documento apresenta a linha de base dos indicadores selecionados pelo Ministério da Educação e pelo Inep para monitorar o Plano Nacional de Educação 2014-2024. Fornece análises descritivas das séries históricas dos indicadores extraídos de pesquisas educacionais para diagnosticar a situação atual das metas do PNE e subsidiar o debate sobre os indicadores mais adequados para o acompanhamento.
O documento discute o Fordismo, seu fundador Henry Ford, e as mudanças no modelo de produção para o Pós-Fordismo. O Fordismo envolveu a produção em massa usando linhas de montagem, enquanto o Pós-Fordismo trouxe mais flexibilidade e atenção aos clientes. O Toyotismo do Japão também influenciou a transição com sua produção enxuta e eficiente.
Slides relativos à discussão sobre Funcionalismo baseada na leitura do texto "Funcionalismo" de Angélica Furtado da Cunha no livro Manual de Linguística de Mário Eduardo Martelotta.
Este documento discute como a análise do discurso francesa aborda a materialidade discursiva segundo Michel Pêcheux. Primeiramente, descreve como a disciplina se insere na tradição francesa de refletir sobre textos. Em seguida, resume as três fases do projeto teórico de Pêcheux, desde a exploração da maquinaria discursiva até a desconstrução da mesma. Por fim, destaca que a análise do discurso investiga a estrutura e o acontecimento no discurso, articulando líng
Análise Linguística de Discurso sobre o Trabalho Feminino na Canção "Doméstica"LinTrab
1) O documento analisa os discursos sobre o trabalho das domésticas na letra da música "Doméstica" de Eduardo Dusek, utilizando a Análise do Discurso e o Interacionismo Sociodiscursivo.
2) A autora descreve a relação entre linguagem e trabalho, e a necessidade de estudar os discursos sobre as domésticas, que são numericamente significativas no Brasil.
3) Ela analisará os percursos semânticos e oposições na letra para identificar como os discursos representam o trabalho das doméstic
Este documento discute a representação da mulher e da violência contra a mulher nas canções populares brasileiras entre 1930-1945. Analisa como as letras de música frequentemente retratavam as mulheres de forma estereotipada e machista, justificando a violência doméstica e a inferioridade feminina. Também explora como a cultura do "malandro" influenciou essas representações, normalizando a agressão contra as parceiras.
1) O funcionalismo vê a linguagem como um instrumento de interação social e estuda a relação entre estrutura gramatical e contextos comunicativos.
2) Os funcionalistas concebem que as funções comunicativas influenciam a organização interna da língua.
3) A Escola de Praga foi pioneira no funcionalismo, enfatizando a função das unidades linguísticas na fonologia e na estrutura da sentença.
Este documento apresenta um livro introdutório sobre Análise de Discurso Crítica (ADC). O livro discute os conceitos centrais da ADC, sua constituição a partir de influências teóricas como Bakhtin e Foucault, e aborda o modelo tridimensional e categorias analíticas propostos por Norman Fairclough. O livro também fornece exemplos de análises discursivas realizadas pelas autoras para ilustrar a aplicação dos arcabouços teórico-metodológicos da ADC.
Literatura e sociedade no Facebook: da palavra alheia dos outros à minha pala...Diego Pereira
Este documento apresenta um projeto didático-pedagógico que visa promover a formação do leitor literário no ensino médio por meio do uso do Facebook. O projeto se baseia em uma concepção de linguagem como forma de interação humana e de literatura como discurso que reflete seu contexto sócio-histórico-cultural. As atividades planejadas visam desenvolver a capacidade dos alunos de realizar análises metalinguísticas sobre textos literários e fluxos conversacionais no Facebook.
UMA LEITURA ALÉM DO GÊNERO TEXTUAL: uma análise que relaciona o gênero discur...Allan Diego Souza
O documento propõe uma atividade didática para alunos do 2o ano do ensino médio que analisa a obra literária "Dom Casmurro" de Machado de Assis relacionando o gênero discursivo com a gramática funcional. A atividade inclui uma discussão sobre a canção "Maria da Vila Matilde" e a análise de metáforas presentes no texto literário.
1) O documento discute a relação entre as definições de história em quadrinhos e tiras, considerando se ambos são gêneros ou se um é segmento do outro.
2) Apresenta o conceito de hipergênero para explicar como as tiras, embora apresentem gêneros distintos, compartilham características agregadas pelo hipergênero quadrinhos.
3) Discutem os conceitos de gênero de Bakhtin e Maingueneau, incluindo a noção de que os gêneros são dinâmicos e
A ordem do expor em géneros académicos...Marisa Paço
Este documento analisa a ordem de exposição em dois géneros académicos do português europeu contemporâneo: o artigo didático e o artigo científico. A análise mostra que o discurso teórico é predominante em ambos os casos, mas o discurso interativo tende a ocorrer em momentos-chave do plano de texto nos artigos científicos. O género parece regular onde e quando o discurso interativo emerge.
Este artigo discute como os gêneros discursivos podem contribuir para o ensino da língua portuguesa. A pesquisa é baseada nas teorias de Bakhtin, Halliday, Koch e outros que veem a linguagem como instrumento essencial para a transformação humana. Os gêneros discursivos são aprendidos socialmente e representam padrões comunicativos usados em situações específicas. Marcuschi defende que o ensino deve focar nos gêneros textuais orais e escritos para desenvolver a capacidade de expressão dos al
1) O documento discute o conceito de enunciado em Michel Foucault, comparando-o com a noção de enunciado na Análise do Discurso.
2) Na Análise do Discurso, o enunciado está ligado à estrutura linguística e às condições históricas e políticas, enquanto para Foucault o enunciado é plenamente histórico e está sempre em correlação com outros enunciados.
3) O documento analisa como Foucault via o enunciado como ferrament
Mundos distópico e corpos pós humanos finalSandra Mina
O documento discute neologismos em versões em português dos livros Oryx e Crake e O Ano do Dilúvio de Margaret Atwood. Aborda os contextos de investigação e tradução, tipos de neologismos como denominativos e conotativos, e temas como ficção especulativa, utopia, distopia e corpos pós-humanos na obra de Atwood.
O documento discute a intertextualidade em anúncios publicitários da rede Hortifruti que faziam referência a filmes famosos. A análise de um anúncio específico mostra como ele alude implicitamente ao filme "O Diabo Veste Prada" por meio de jogos de palavras e estilização, demonstrando processos de intertextualidade.
O documento discute as principais visões do funcionalismo linguístico em 3 frases ou menos:
1) O funcionalismo estuda a relação entre a estrutura gramatical das línguas e os contextos comunicativos em que são usadas, enfatizando a função das unidades linguísticas.
2) O funcionalismo inclui várias subteorias que consideram que a língua tem funções cognitivas e sociais que determinam suas estruturas e sistemas gramaticais.
3) Abordagens funcionais como a de Praga, Halliday e a
AULA 2- ANALISE DO DISCURSO.taquidirvasconharswizzydejesus
O documento discute termos relacionados a discurso e linguística textual. Apresenta as definições de texto, contexto e co-texto. Explora a diferença entre frase e enunciado e discute as funções das unidades conversacionais.
1) O documento discute o que é análise do discurso, como é feita e para que serve, apresentando três concepções de linguagem e a relação delas com a análise do discurso.
2) A origem da análise do discurso vem da retórica clássica de Aristóteles, ganhou forma na segunda metade do século XX e foi influenciada por estudiosos como os formalistas russos, o estruturalismo e Benveniste.
3) A análise do discurso é importante para estudar a linguagem humana
A diminuição da maioridade penal discursivizada em cartuns de AngeliVidioas
1. O artigo estuda três cartuns do cartunista Angeli publicados em 2007 que criticam a proposta de redução da maioridade penal no Brasil.
2. Os cartuns são analisados usando os conceitos de dialogismo, intertextualidade e polifonia de Bakhtin e a teoria da Análise do Discurso francesa.
3. A análise aponta que os cartuns emergem como espaços de ruptura que contestam os sentidos dominantes sobre a redução da maioridade penal no país.
I. O documento discute a relação entre linguística e outras áreas como antropologia cultural e teoria da comunicação, mostrando como a linguística estrutural antecipou formulações dessas áreas.
II. Aborda dois tipos de afasia de acordo com a capacidade de combinação e seleção de unidades linguísticas e os polos metafórico e metonímico.
III. Apresenta três tipos de tradução - intralingual, interlingual e intersemiótica - e aspectos linguísticos relevantes.
O documento discute as funções da metáfora de acordo com Ronald Landheer. Ele identifica seis funções principais: denominativa, estética, expressiva, cognitiva, didática e teórica. A função denominativa refere-se ao uso de metáforas para nomear novos conceitos ou inovações. A função cognitiva trata da compreensão de conceitos abstratos por meio de comparações metafóricas com conceitos concretos. A função didática usa metáforas para explicar fenômenos complexos relacionando-os a fenômenos
Semelhante a Análise discursiva do trabalho feminino em "Parque Industrial" (20)
Nota Técnica 185-DIEESE. Reforma da Previdência e ameaça ao magistérioLinTrab
O documento discute as mudanças propostas pela Reforma da Previdência (PEC 287-A) para as regras de aposentadoria dos professores da educação básica. As novas regras aumentam a idade mínima para 60 anos e mantém o tempo de contribuição em 25 anos para ambos os sexos, o que representa um retrocesso em relação às regras atuais. Além disso, a reforma altera o cálculo dos benefícios de forma prejudicial aos professores.
Guia de Livros Didáticos – PNLD 2016 (anos iniciais): Alfabetização e Letramento: Língua Portuguesa
Guia de livros didáticos: PNLD 2016: Alfabetização e Letramento e Língua Portuguesa: ensino fundamental anos iniciais. – Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 2015. 272 p. ISBN 978-85-7783-194-4
Disponível em: <http: /> Acesso em 30 ago.2015
Agenda Legislativa dos Trabalhadores - 2015LinTrab
Este documento fornece um resumo da agenda legislativa de 2015 de interesse dos trabalhadores no Congresso Nacional brasileiro. Apresenta as principais ameaças e oportunidades no mundo do trabalho, divididas por temas como sindical, trabalhadores do setor privado e servidores públicos. Fornece detalhes sobre proposições legislativas em tramitação na Câmara e no Senado, incluindo projetos de lei e emendas à Constituição sobre direitos sindicais e organização das entidades de classe.
Estudo nº 76 do DIEESE: “A saúde do trabalhador no processo de negociação col...LinTrab
Este documento apresenta uma pesquisa sobre cláusulas de saúde do trabalhador negociadas em acordos e convenções coletivas no Brasil entre 2010-2012. Analisou-se 9.492 cláusulas sobre saúde, que representam cerca de 20% do total. A pesquisa mostra que as negociações abordam riscos físicos, mas também questões organizacionais, como ritmo e intensidade do trabalho, que impactam a saúde dos trabalhadores. A análise qualitativa fornece referências sobre conquistas nas negociações co
Transições da escola para o mercado de trabalho de mulheres e homens jovens n...LinTrab
Venturi, Gustavo e Torini, Danilo
Transições do mercado de trabalho de mulheres e homens jovens no Brasil
/ Gustavo Venturi e Danilo Torini;
Organização Internacional do Trabalho. - Genebra: OIT, 2014 Work4Youth Publication Series; No 25, ISSN: 2309-6780 ; 2309-6799 (web pdf ) International Labour Office
Disponível em http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---dgreports/---dcomm/documents/publication/wcms_326892.pdf
Acesso em 18 jul. 2015
Sistema Nacional de Educação: diversos olhares 80 anos após o ManifestoLinTrab
O documento discute o Sistema Nacional de Educação oitenta anos após o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932. Apresenta nove capítulos escritos por especialistas que refletem sobre o tema, analisando o Manifesto e propondo caminhos para a construção de um sistema nacional. O ministro da educação enfatiza a importância do debate para honrar a memória dos pioneiros e encontrar um modelo orgânico para a educação nacional.
1. O documento apresenta informações sobre o crime de trabalho escravo contemporâneo no Brasil, incluindo sua definição, características, aspectos legais e instituições envolvidas no combate.
2. São abordados temas como o que constitui trabalho escravo e trabalho em condições degradantes, como se caracteriza o trabalho escravo no Brasil, quais os direitos trabalhistas garantidos pela Constituição, crimes relacionados e a definição internacional de trabalho forçado.
3. O documento tem o objetivo de esclarecer a
Nota tecnica141/2014-DIEESE - Transformações recentes no perfil do docente da...LinTrab
Nota Técnica 141/2014, produzida pelo DIEESE.
Fonte: DIEESE
http://www.dieese.org.br/sitio/buscaDirigida?tipoBusca=tipo&valorBusca=nota+t%E9cnica
Acesso em 20 dez. 2014
O documento descreve a estrutura e o funcionamento do Poder Legislativo brasileiro, explicando que ele é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Detalha as funções do Legislativo, como legislar, fiscalizar o Executivo e representar a população, e apresenta os processos e etapas para tramitação de proposições legislativas.
Guia de livros didáticos - PNLD/2015 - Português.
Disponível em http://www.fnde.gov.br/programas/livro-didatico/escolha-pnld-2015 > acesso em 05/08/2014.
Guia de livros didáticos : PNLD 2015 : língua portuguesa : ensino médio. – Brasília :
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2014.
104p. : il.
ISBN: 978-85-7783-166-1
1. Livro didático. 2. Programa Nacional do Livro Didático. 3. Língua portuguesa. I. Brasil.
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica.
CDU 371.671
Cartilha Eleições Gerais 2014: orientação a candidatos e eleitoresLinTrab
Este documento fornece orientações sobre as eleições gerais de 2014 no Brasil. Ele discute tópicos como planejamento de campanha, financiamento, propaganda, marketing, combate à corrupção, voto consciente e funções dos cargos eletivos. O objetivo é incentivar a participação política ética e a escolha de candidatos comprometidos com os interesses da população.
Rotatividade e políticas públicas para o mercado de trabalhoLinTrab
Dando continuidade aos estudos referentes à rotatividade no mercado de trabalho, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) lança o livro Rotatividade e políticas públicas para o mercado de trabalho.
Segundo o DIEESE, a expectativa, com a publicação, “é ampliar as discussões sobre os temas aqui abordados, suscitando uma ação e um debate conjuntos de vários setores da sociedade. Para o DIEESE e o MTE, o combate à rotatividade e o aprimoramento do Sistema Público de Emprego, para dar resposta também a outras diversas questões do mercado de trabalho, são temas que devem ser tratados por meio de diálogo social.”.
Fonte: http://www.dieese.org.br/ Acesso em 04/04/2014.
Este documento discute a participação política das mulheres no Brasil ao longo da história, desde as primeiras conquistas do movimento feminista até os dias atuais. Ele destaca figuras pioneiras que lutaram pelo direito ao voto feminino no país e ressalta que, apesar dos avanços, as mulheres ainda estão subrepresentadas nos espaços de poder político. O texto também menciona resoluções internacionais que defendem maior participação feminina e a necessidade de reformas políticas no Brasil para garantir a igualdade de gênero na política.
Boletim Especial publicado pelo DIEESE: Os negros no trabalhoLinTrab
A desigualdade no acesso a uma ocupação e a disparidade nas condições de trabalho creditadas às diferenças de cor têm ocupado papel de destaque nas agendas de pesquisas e estudos de diversas instituições. A centralidade dada a esta relação é compreensível.
Para a maioria da população, o mercado de trabalho constitui meio primordial de acesso à renda. Em troca do exercício profissional disponibilizado a um empregador ou através da produção de bens ou serviços do trabalho independente, um amplo contingente de pessoas busca suprir as necessidades materiais da existência, própria e de suas famílias. Essencial na compreensão das estruturas produtivas e de distribuição, esta noção-núcleo pode e deve ser substantivamente alargada para o entendimento das sociedades contemporâneas. O mercado de trabalho também abriga outras dimensões sociológicas e culturais que influenciam a inserção de indivíduos na estrutura das comunidades, associadas ao prestígio social decorrente das diferentes ocupações e da efetiva possibilidade de participação organizada na sociedade sob a forma de grupos de interesses ou classes sociais.
Fonte: DIEESE: http://www.dieese.org.br/analiseped/negros.html
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Este documento analisa o discurso sindical das trabalhadoras domésticas em uma matéria jornalística. A presidente do sindicato das trabalhadoras domésticas de São Paulo é citada defendendo os direitos trabalhistas da categoria, como FGTS obrigatório e jornada de trabalho de 44 horas semanais. Ela critica empregadores que não cumprem a legislação e políticos que se opõem a melhorias. O artigo aplica teorias de análise do discurso para examinar os temas e posicionamentos express
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2. São apresentadas proposições legislativas em tramitação no Congresso Nacional relacionadas a sindicatos, trabalhadores do setor privado e servidores públicos, com detalhes sobre o tema e situação de cada uma.
3. As bancadas informais, constituídas por parlamentares de diferentes partidos e visões
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Análise discursiva do trabalho feminino em "Parque Industrial"
1. Viana, Priscila Lopes. Análise discursiva do trabalho feminino em Parque Industrial. Revista Intercâmbio,
volume XX: 139-149, 2009. São Paulo: LAEL/PUC-SP. ISSN 1806-275x
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ANÁLISE DISCURSIVA DO TRABALHO FEMININO EM PARQUE INDUSTRIAL
Priscila Lopes VIANA
(Universidade Federal de Minas Gerais)
priscilaviana@live.com
RESUMO: O objetivo deste artigo é analisar os percursos semânticos
intradiscursivos e as oposições interdiscursivas de alguns segmentos,
que tematizam o trabalho feminino, do livro Parque Industrial, de
Patrícia Galvão (1923/1994). Para isso, utilizaremos, sobretudo, o
aparato teórico utilizado por Faria (1999; 2000; 2001a; 2001b; 2002;
2005) em suas análises dos discursos ficcionais. Vale ressaltar a
relevância de estudos que procuram, por meio das contribuições da
Análise do Discurso, compreender a linguagem ficcional, uma vez que
sendo esta linguagem constitutiva da linguagem humana, ela se torna
um instrumento revelador das atividades de linguagem verbal e não-
verbal humanas.
PALAVRAS-CHAVE: Parque Industrial; discurso; linguagem; trabalhadora.
ABSTRACT: This article aims to analyze the intradiscoursive semantic
pathways and interdiscoursive oppositions of some segments that bring
the work of women as theme, in the book Parque Industrial (Industrial
Park) of Patrícia Galvão (1923/1994). For this purpose, we utilize
especially the theoretical apparatus used by Faria (1999, 2000, 2001a;
2001b, 2002, 2005) in his analysis of fictional discourse. It is worth
emphasizing the relevance of studies that try to understand, through the
contributions of discourse analysis, the fictional language, since this
language is constitutive of human language it becomes a tool revealing
the activities of verbal and non-verbal language of human being.
KEYWORDS: Industrial Park; discourse, language, worker.
0. Introdução
Neste trabalho, pretendemos analisar os discursos presentes em
alguns segmentos do livro Parque Industrial (1923/1994) de Patrícia
Galvão, concebendo discurso como o conceitua Fiorin (1989: 32): “um
conjunto de temas e figuras que materializa uma dada visão de mundo”.
Nosso objetivo é, portanto, situar as trabalhadoras como personagens
relacionadas aos percursos semânticos intradiscursivos e às oposições
interdiscursivas.
2. Viana, Priscila Lopes. Análise discursiva do trabalho feminino em Parque Industrial. Revista Intercâmbio,
volume XX: 139-149, 2009. São Paulo: LAEL/PUC-SP. ISSN 1806-275x
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Estudos realizados por Faria (1999; 2000; 2001a; 2001b; 2002;
2005) têm demonstrado relevantes contribuições da Análise do Discurso
também para a compreensão da linguagem ficcional que, por sua vez,
sendo constitutiva da linguagem humana, torna-se um instrumento
revelador das atividades de linguagens verbais e não-verbais humanas.
A metodologia utilizada por Faria (op.cit.) - que se vale de
aparatos teóricos de Maingueneau (1984), Fiorin (1989), entre outros -
inclui as seguintes categorias analíticas, com as quais também
pretendemos realizar as análises de alguns segmentos do livro Parque
Industrial:
1. do intradiscurso, isto é, dos textos que materializam o
discurso, identificam-se os percursos semânticos que
englobam dois elementos semânticos: o percurso temático
e o figurativo – o primeiro mais abstrato e o segundo mais
concreto e
2. do interdiscurso, a categoria de oposição.
Dessa forma, os passos metodológicos para a análise de alguns
segmentos do livro Parque industrial concebidos como discursos serão,
primeiramente, a identificação dos percursos semânticos do
intradiscurso; a seguir, a identificação dos traços distintivos subjacentes
aos percursos semânticos intradiscursivos; posteriormente, a
identificação das correspondentes oposições constitutivas do
interdiscurso através dos já identificados traços distintivos subjacentes
aos percursos semânticos do intradiscurso; e, por último, o
estabelecimento das relações entre os percursos semânticos
intradiscursivos e as oposições interdiscursivas.
Acreditamos que o referencial teórico citado servirá de
instrumento que compreenderá alguns aspectos discursivos dos
segmentos selecionados de Parque Industrial, o que nos possibilitará
caracterizar sócio-historicamente os temas abordados, na complexidade
das relações discursivas.
1. Noções teóricas
De acordo com Faria (2005), há um aspecto referente à visão de
mundo defendido por um discurso que pode ser descrito a partir dos
percursos semânticos intradiscursivamente identificados nos textos que
materializam o discurso. Noções greimasianas de percurso temático e
percurso figurativo são englobadas na noção de percurso semântico
utilizada pelo autor (Faria, 2005) por serem, nas estruturas narrativas,
revestimentos mais abstratos ou mais concretos, respectivamente.
Assim, a manifestação isotópica mais disseminada de um tema é o
percurso temático (Greimas & Courtés, s/d); enquanto que o
encadeamento isotópico de figuras relativas a um tema dado é o
percurso figurativo (Greimas & Courtés, s/d).
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volume XX: 139-149, 2009. São Paulo: LAEL/PUC-SP. ISSN 1806-275x
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Fiorin (1989), por sua vez, conceitua tema como o elemento
semântico designador de um elemento abstrato que exerce, no entanto,
o papel de categoria ordenadora dos fatos observáveis. E a figura é, por
sua vez, conceituada como um elemento semântico que se refere a um
elemento concreto, como mesa, casa, flor etc.
Outro aspecto considerado por Faria (2005) na descrição do
intradiscurso refere-se aos traços distintivos subjacentes aos percursos
semânticos. Para o autor, o traço distintivo é o mais abstrato aspecto de
sentido subjacente a um percurso semântico capaz de opô-lo a outro
percurso semântico, de outro discurso. Ele exemplifica, com as análises
dos livros Germinal e Morro Velho, em que há o traço distintivo
/determinação/, elemento mais abstrato a expressar a tese postulada
pelo discurso naturalista, que subjaz ao percurso semântico da
natureza, do discurso realista naturalista.
O interdiscurso, por sua vez, é concebido por Faria (2005) como o
é para Maingueneau (1984), que o toma em três instâncias. A primeira
é o universo discursivo, que é o vasto conjunto de todos os discursos
que interagem em uma dada conjuntura. No caso de Parque Industrial,
assim como no de Germinal e Morro Velho, podemos citar o conjunto
que abrange a totalidade dos discursos que têm os trabalhadores como
personagens.
A segunda é o campo discursivo, que é o campo recortado pelo
analista do discurso, dentro do universo discursivo, para fins de estudo.
Como no caso dos romances analisados por Faria (2005), Parque
Industrial situa-se na interface de dois campos discursivos: no plano da
enunciação, o literário, e, no plano do enunciado, o sociopolítico.
A terceira instância, segundo Maingueneau (1984), é o espaço
discursivo. Os espaços discursivos estão dentro de cada campo
discursivo e é justamente neles que os discursos estabelecem relações
de oposição ou de aliança. Do mesmo modo como ocorre em Germinal e
Morro Velho, Parque Industrial se situa em um espaço discursivo no qual
os discursos a favor do proletariado opõem-se aos discursos a favor da
burguesia.
Assim, o intradiscurso e o interdiscurso são duas dimensões
diferentes, mas interdependentes, abrangidas pelo discurso. Sendo que
a primeira dimensão é organizada a partir de percursos semânticos e a
segunda é constituida a partir de oposições estabelecidas com outros
discursos.
2. As análises
Como afirmamos anteriormente, focalizaremos, em nossas
análises, trechos de Parque Industrial que exponham, explícita ou
implicitamente, os trabalhos realizados pelas mulheres brasileiras do
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início do século XX. A princípio, vale fazermos algumas considerações
sobre o próprio nome da obra. No primeiro parágrafo de Parque
Industrial, o narrador já explica que “São Paulo é o maior parque
industrial da América do Sul” (Galvão, 1994: 17). Assim, a narrativa se
passa na cidade de São Paulo e o nome da obra evidencia, de certo
modo, o percurso semântico do trabalho.
O primeiro setor do parque industrial a ser abordado na novela é o
de teares. O narrador afirma que “Os chinelos de cor se arrastam
sonolentos ainda e sem pressa na segunda-feira. Com vontade de ficar
para trás. Aproveitando o último restinho de liberdade” (Galvão, 1994:
17). Nesse segmento, observamos que há uma personificação dos
“chinelos de cor” que representam as trabalhadoras tecelãs
(personagens implícitas). São eles que “se arrastam sonolentos” e têm
“vontade” de aproveitar o “restinho de liberdade”. Através dessa figura
de linguagem, percebe-se, implicitamente, a situação econômica dessas
trabalhadoras, que não possuem calçados adequados para irem ao
trabalho, bem como sua condição escrava nos teares, em oposição ao
“restinho de liberdade” do fim de semana.
Tanto a falta de calçados adequados quanto a falta de liberdade
das trabalhadoras são ressaltadas nos trechos seguintes (Galvão,
1994:18): “Uma chinelinha vermelha é largada sem contraforte na
sarjeta. Um pé descalço se fere nos cacos de uma garrafa de leite. Uma
garota parda vai pulando e chorando alcançar a porta negra” e “Na
grande penitenciária social os teares se elevam e marcham esgoelando”.
Os termos “chinelo”, “chinelinha”, “restinho de liberdade” e
“penitenciária social” deixam implícitos os temas da pobreza e da
exploração das trabalhadoras, ao mesmo tempo em que constroem uma
oposição interdiscursiva entre “liberdade” e “prisão”.
A seguir, o episódio da tecelã Bruna (Galvão, 1994: 19), que está
sonolenta por ter ido a um baile no dia anterior (domingo), aborda
explicitamente o tema das diferenças de classes. Como exemplos,
podemos citar as palavras da Bruna, que afirma: “- Puxa! Que este
domingo não durou... Os ricos podem dormir à vontade”, bem como as
palavras do narrador que ironiza as falas dos “poetas lacaios” nos ricos
salões enquanto as trabalhadoras dos teares são humilhadas “todos os
dias, todas as semanas, todos os anos”. Tais poetas, segundo o
narrador, afirmam: “- Como é lindo o teu tear!”. Percebemos, portanto,
a oposição interdiscursiva entre “ricos” e “pobres”.
Por sua vez, o segmento “Nas latrinas sujas as meninas passam o
mínimo de alegria roubada ao trabalho escravo” (Galvão, 1994: 20),
explicita o tema da “exploração do trabalho” que havia sido colocado,
outrora, implicitamente.
Na página 21 da novela, aparece uma personagem importante – a
Rosinha. Como a novela não se pauta por uma linearidade, o leitor vai
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compreender esta personagem após meados da obra. Trata-se de uma
revolucionária. A fala dessa personagem mostra explicitamente as
temáticas da “exploração capitalista” e da “revolução social”: “- O dono
da fábrica rouba de cada operário o maior pedaço do dia de trabalho. É
assim que enriquece às nossas custas! (...) Mas, felizmente, existe um
partido, o partido dos trabalhadores, que é quem dirige a luta para fazer
a revolução social. (...) O partido comunista” (Galvão, 1994: 21). Essas
temáticas iniciam um importante percurso semântico na obra: o da luta
operária.
A segunda seção do livro, denominada “Trabalhadoras de agulha”,
apresenta “seis costureirinhas” (personagens explícitas), que, em um
primeiro momento, são apresentadas como “as doze mãos” (Galvão,
1994: 24-5). Há, portanto, o uso de uma figura de linguagem – a
metonímia – que faz referência implícita às seis trabalhadoras por meio
da identificação de suas partes, ou seja, de suas mãos.
“Madame” é o modo como as seis costureiras se dirigem à
costureira que, provavelmente, é a proprietária do ateliê. No segmento
exposto a seguir, pode-se observar a analogia irônica do narrador da
novela que compara os olhos roxos das costureirinhas (devido ao
trabalho noturno: tematizando implicitamente a exploração) com os
olhos roxos de rímel da Madame (tematizando implicitamente a vida
confortável da burguesia): “Madame, enrijecida de elásticos e borrada
de rímel, fuma no âmbar da piteira o cigarro displicente. Os olhos roxos
das trabalhadoras são como os seus. Tingidos de roxo, mas pelo
trabalho noturno” (Galvão, 1994: 24). Nesse segmento, percebemos a
oposição interdiscursiva entre “proletários” versus “burgueses”.
A narrativa prossegue e passa a tematizar explicitamente a
exploração das trabalhadoras e as diferenças de classes. A presença de
uma cliente no ateliê faz com que Madame exija trabalho extra das
proletárias. Uma das costureiras, identificada como “uma menina pálida”
(Galvão, 1994: 25), diz que a mãe está doente e, por isso, não poderá
ficar à noite. Madame, sem compaixão, afirma que demitirá quem não
ficar.
Ainda na segunda seção da obra, vale ressaltar a breve citação de
mais duas categorias de trabalhadoras que abarrotam os bondes em
direção aos “seus cortiços na imensa cidade proletária, o Brás” (Galvão,
1994: 26). São elas as “empregadinhas dos magazines” e as
“telefonistas”.
Na terceira seção do livro, intitulada “Em um setor da luta de
classes”, há a voz de uma trabalhadora (personagem explícita), que
manifesta contra as condições que lhe são dadas: “Minha mãe está
morrendo! Ganho cinquenta mil réis por mês. O senhorio me tirou tudo
na saida da oficina. Não tenho dinheiro para remédio. Nem para comer”
(Galvão, 1994: 31). A voz do narrador intensifica o tema da
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desigualdade social: “Na cidade, os teatros estão cheios. Os palacetes
gastam nas mesas fartas. As operárias trabalham cinco anos para
ganhar o preço de um vestido burguês. Precisam trabalhar a vida toda
para comprar um berço” (Galvão, 1994: 31). Dessa forma, esses
segmentos abordam, intradiscursivamente, o tema da miséria nas
figuras da falta de dinheiro, de remédio e de alimento. Já no nível do
interdiscurso, opõe-se a fartura da burguesia à miséria do proletariado.
Já na quarta seção da novela, denominada “Instrução pública”, é
relevante ressaltar a presença de uma nova categoria de trabalhadoras
apresentada na obra: as professoras. Percebe-se que se trata de uma
profissão para as filhas da pequena burguesia. Segundo o narrador,
esses pequenos burgueses, por sua vez, esforçavam-se para tornar as
filhas professoras: “Os pais querem que as filhas sejam professoras,
mesmo que isso custe comer feijão, banana e broa todo dia” (Galvão,
1994: 32). Na casa de uma das normalistas – Eleonora -, há a presença
de uma trabalhadora que não devemos deixar de citar: a empregada
doméstica. “Uma preta ajuda o serviço da casa” (Galvão, 1994: 36).
Percebemos, assim, que as figuras “professora”, “pequena burguesia”
(e, implicitamente, “alta burguesia”) e “preta” empregada doméstica
constroem, intradiscursivamente, o tema da segmentação de classes. Ao
mesmo tempo, há a construção interdiscursiva da oposição de classes.
A quinta seção, intitulada “Ópio de cor”, denuncia as intenções dos
rapazes burgueses com as moças operárias no carnaval do Brás. O tema
principal é, portanto, a exploração sexual. Este segmento pode ilustrar
essa temática:
Todas as meninas bonitas estão sendo bolinadas. Os
irmãozinhos seguram as velas em troco de balas. A burguesia
procura no Brás carne fresca e nova.
- Que pedaço de italianinha!
- Só figura. Vá falar com ela. Uma analfabeta.
- Pra uma noite ninguém precisa saber ler. (Galvão, 1994: 40).
Podem-se observar, também nesse segmento, os temas da
pobreza e do analfabetismo. Todavia, compreendemos que o foco
central dessa seção é a personagem Corina. Caracterizada na segunda
seção como “a mulata do ateliê” que “Pensa no amor da baratinha que
vai passar para encontrá-la de novo à hora da saída” (Galvão, 1994:
25), na quinta seção ela aparece grávida de um burguês. Nessas
condições, é despedida por Madame do ateliê. Deixa, portanto, de ser
costureira e se torna prostituta. Pensamos que, em alguma medida, o
título da quinta seção pode estar fazendo referência implícita à
personagem da Corina. O “ópio” (substância que se extrai de frutos
imaturos de papoulas) pode estar representando a dignidade e a pureza
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da jovem e imatura mulata (e, por isso, ópio “de cor”) que foram
extraídas pelo burguês.
Na seção intitulada “Onde se gasta a mais-valia”, o tema explícito
é a vida luxuosa e promíscua da classe burguesa, que tudo compra à
custa do proletariado. Implicitamente, temos o tema da prostituição da
“criadinha chinesa” que “recebe friamente os beijos do patrão” e “Levará
uma nota nova para o china paralítico e gordo da rua Conde Sarzedas”
(Galvão, 1994: 51).
As duas próximas seções, intituladas “Mulher da vida” e “Casas de
parir” retomam a personagem Corina. A sujeira, a pobreza e as doenças
são temas explícitos nas duas seções. Podemos exemplificar com três
passagens: em primeiro lugar, há as palavras de um cliente da “rua das
mulheres alegres” que afirma: “- Eu prefiro a corcunda porque ninguém
quer. Essa ao menos é limpa!” (Galvão, 1994: 53). Em segundo lugar,
há a Corina que trabalha “fatigada” já com “o corpo deformado pela
gravidez adiantada”, visando ter “dinheiro para o berço do filhinho”
(Galvão, 1994: 54). E, em terceiro lugar, pode-se observar um diálogo,
no qual uma prostituta reclama: “- Se eu pudesse sair dessa vida!” e
outra responde: “- Trouxa! As ricas são piores do que nós! Não
escondemos. E é por necessidade” (Galvão, 1994: 55). Percebe-se que,
também nessa seção, há uma denúncia explícita da promiscuidade
burguesa em contraposição à necessidade das mulheres, que, como
Corina, outrora foram proletárias, de vender o seu corpo e adoecer por
alguns trocados.
No momento do parto, o sofrimento de Corina é tematizado
explicitamente. Os temas da sujeira e das doenças continuam
presentes, como se pode verificar no trecho a seguir:
Lá no fundo das pernas um buraco enorme se avoluma
descomunalmente. Se rasga, negro. Aumenta. Como uma goela.
Para vomitar, de repente, uma coisa viva, vermelha.
A enfermeira recua. A parteira recua. O médico permanece.
Um levantamento de sobrancelhas denuncia a surpresa. Examina
a massa ensanguentada que grita sujando a colcha. Dois braços
magros reclamam a criança.
- Não deixe ver!
- É um monstro. Sem pele. E está vivo!
- Esta mulher está podre... (Galvão, 1994: 57-8).
Essa cena grotesca de um bebê que é chamado de “monstro” por
ter nascido sem pele, remete-nos à doença sífilis. Trata-se de uma
doença sexualmente transmissível, mas que, dependendo de sua fase
evolutiva, pode afetar à prole. No caso do filho da Corina (prostituta),
essa doença fica implicitamente marcada nas lesões no órgão
responsável pelo revestimento humano: a pele. É interessante notar
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que, na seção intitulada “Ópio de cor”, Corina lamenta a cor de sua
pele:
Por que nascera mulata? É tão bonita! Quando se pinta,
então! O diabo é a cor! Por que essa diferença das outras? O filho
era dele também. E se saisse assim, com a sua cor de rosa seca!
Por que os pretos têm filhos? (Galvão, 1994: 44).
Há certa ironia no segmento exposto acima, no qual Corina não
quer ter um filho com a pela negra, demonstrando seu preconceito com
sua própria etnia, em relação ao nascimento de um bebê sem pele.
Dessa forma, o nascimento de um “monstro” sem pele aborda
implicitamente a temática do preconceito étnico.
Na seção “Paredes isolantes”, novas figuras femininas aparecem
em um bar. “São as emancipadas, as intelectuais e as feministas que a
burguesia de São Paulo produz” (Galvão, 1994: 68). Outra personagem
feminina surge no bar, identificada como “matrona de gravata e grandes
miçangas”, e afirma: “O recenseamento está pronto. Temos um grande
número de mulheres que trabalha. Os pais já deixam as filhas serem
professoras. E trabalhar nas secretarias” (Galvão, 1994: 68). Esses
trechos da novela explicitam os temas do trabalho feminino e da
emancipação das mulheres. Sobretudo, a emancipação de mulheres da
classe média, que passam a ter a opção de trabalhar ao invés de
apostar seu futuro em um casamento.
Por sua vez, a seção intitulada “Habitação coletiva” expõe outras
trabalhadoras: as lavadeiras.
Os tanques comuns do cortiço estão cheios de roupas e de
espuma. No capim, meia dúzia de calças de homem e algumas
camisolas rasgadas. Mãos esfoladas se esfolam. Criancinhas
ranhudas, de um loiro queimado, puxam as saias molhadas.
(Galvão, 1994: 71).
Ainda nessa seção, há a introdução de mais algumas personagens
explícitas. Dona Catita é uma prostituta que tem uma criadinha surda, a
Iaiá, que lava “os lençóis manchados da casa 12” (Galvão, 1994: 73).
Explicitamente, a mãe de Ambrozinha afirma que a filha é “datilógrafa
dum doutor”, mas a vizinhança deixa implícita a prostituição da moça:
“- Aposto que já é... / - O Miguel viu ela entrar numa casa feia... / Eu
tenho pena da mãe! / - Coitada o quê? Pensa que ela não sabe?”
(Galvão, 1994: 75).
Na seção “Brás no mundo”, relata-se a história da personagem
Rosinha. Interessa-nos ressaltar que, quando criança, a Rosinha, que
“viera da Lituânia com os pais miseráveis” foi escravizada em um
cafezal e apanhava juntamente aos seus pais. “Tinham sido
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endereçados como escravos para a fazenda feudal que os escravizara
aos pés de café. Até a criança apanhava” (Galvão, 1994: 80). Esse
trecho é relevante na medida em que denuncia a escravidão de pessoas
em uma sociedade não mais escravista. O trabalho escravo de
imigrantes e de crianças, isto é, a exploração de trabalhadores é,
portanto, um tema explícito desse segmento. Assim, aos doze anos,
Rosinha inicia o trabalho na fábrica de tecidos. Revoltada por todos os
problemas que passara, entra para o sindicato, adere à luta de classes e
se torna uma revolucionária.
A seção “Em que se fala de Rosa de Luxemburgo” apresenta uma
trabalhadora que não havia sido mencionada anteriormente: uma
cozinheira. O segmento no qual essa trabalhadora aparece, exposto a
seguir, tematiza o rapto de crianças pela classe burguesa.
Carlos Marx e Frederico Engels entram correndo para contar
que roubaram o filho da cozinheira ali do vizinho. A mãe estava no
trabalho. ficara tomando conta do pequenito a maiorzinha de seis
anos.
- Uma burguesa bem vestida achou ele bonito no colo da
irmã. Desceu do automóvel e levou ele... Ontem de tarde (Galvão,
1994: 88-9).
Na antepenúltima parte do livro, denominada “Proletarização”, é
iniciada por uma carta da personagem Matilde (tecelã). Transcrevemos
um segmento a seguir.
Tenho que te dar uma noticiazinha má. Como você me
ensinou, para o materialista tudo está certo. Acabaram de me
despedir da fábrica, sem uma explicação nem motivo. Porque me
recusei a ir ao quarto do chefe. Como sinto, companheira, mais do
que nunca, a luta de classes. Como estou revoltada e feliz por ter
consciência! Quando o gerente me pôs na rua senti todo o alcance
da minha definitiva proletarização, tantas vezes adiada!
É uma coisa fatal. É impossível que os proletários não se
revoltem. Agora eu senti toda a injustiça, toda a iniquidade, toda
a infâmia do regime capitalista. Só tenho uma coisa a fazer. Lutar
encarniçadamente contra esses patifes da burguesia. Lutar ao
lado dos meus camaradas de escravidão. (Galvão, 1994: 91).
Além dos temas explícitos do sistema capitalista, do materialismo
burguês, exploração burguesa, da luta de classes, da consciência e
revolta proletária, implicitamente esse segmento explora os resquícios
de um país escravocrata, no qual os senhores de escravos possuiam
direitos sexuais sobre as suas escravas. Assim, não bastou à
personagem Matilde ser uma tecelã competente, ela deveria também
frequentar o quarto de seu patrão.
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O tema da revolta proletária contra a exploração burguesa, ou
seja, o percurso semântico da luta operária, é mantido nessa seção
através da figura de outras trabalhadoras. Os dois segmentos a seguir
explicitam a exploração e insatisfação de criadas domésticas e
garçonetes: (1) “a criadagem humilhada, de touquinha e avental,
conspira nas cozinhas e nos quintais dos palacetes. A massa explorada
cansou e quer um mundo melhor!” (Galvão, 1994: 92) e (2) “A outra
garçonete, pequena e ruiva, passa carregando na espinha a cruz do
avental” (Galvão, 1994: 95).
Por fim, a última seção da novela, intitulada “Reserva industrial”,
aborda novamente as três categorias de trabalhadoras: costureira,
lavadeira e prostituta. Vale salientar, sobre a profissional do sexo, que,
no início da seção, o narrador cita algumas palavras de Marx, que
afirma: “Sem falar dos vagabundos, dos criminosos e das prostitutas,
isto é, do verdadeiro proletariado miserando” (Galvão, 1994: 100).
Embora, nesse momento, as prostitutas sejam tratadas como
proletárias, na próxima página, relata-se da seguinte maneira sobre a
personagem Corina (costureira que virou prostituta):
Nunca mais trabalhara. Quando tem fome abre as pernas
para os machos. Saira da cadeia. Quisera fazer nova vida.
Procurara um emprego de criada no Diário Popular. Está pronta
para fazer qualquer serviço por qualquer preço. Fora sempre
repelida. Entregara-se de novo à prostituição. (Galvão, 1994:
101).
Desse modo, a contradição entre prostitutas serem proletárias
“miserando” e a afirmação de que a personagem prostituta Corina
“Nunca mais trabalhara”, faz-nos refletir sobre os valores que o
vocábulo “trabalho” traz consigo de ser algo que dignifica o ser humano,
o que se contrapõe aos valores sociais de que o trabalho da prostituta é
degradante e desmoralizante.
3. Considerações finais
Neste artigo, verificamos que os principais percursos semânticos
de Parque Industrial são: o do trabalho e o da luta operária. A pobreza,
a fome, a humilhação e o sofrimento das trabalhadoras são temas que
perpassam por toda a obra, bem como os temas das diferenças de
classes e dos abusos burgueses para com as proletárias.
Pensamos que os posicionamentos enunciativos presentes nos
discursos do narrador das histórias se constroem para que o
enunciatário construa sentidos em favor das trabalhadoras e contra a
burguesia. Percebemos em muitos dos segmentos citados durante esta
análise um tom de denúncia contra o sistema capitalista, a burguesia e
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a situação deplorável de muitas trabalhadoras que são, em sua maioria,
também exploradas sexualmente.
Sendo assim, explícita e implicitamente os temas são abordados
nessa novela podendo levar o enunciatário a refletir sobre o sofrimento
e a pobreza das mulheres trabalhadoras do início do século XX.
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