O documento discute a visão de Bakhtin sobre análise do discurso. Para Bakhtin, o discurso só pode ser estudado no contexto da interação humana, e não isoladamente. Ele define os gêneros discursivos como tipos de enunciados ligados a situações sociais típicas. O enunciado é a unidade concreta da comunicação, que reflete o contexto social e a individualidade do falante.
Seminário marxismo e filosofia da linguagemdeismachadoo
Mikhail Bakhtin nasceu na Rússia no século XIX e se formou em História e Filosofia. Publicou diversos trabalhos sobre linguística, marxismo e crítica literária. Defendeu que a linguagem é dinâmica e depende do contexto social e histórico, criticando abordagens estruturalistas.
O documento discute o sujeito discursivo contemporâneo através do exemplo do sujeito da pichação. Analisa como o Estado individualiza sujeitos capitalistas e como o sujeito pichador, ligado à sociedade da qual faz parte, busca um lugar através de sua escrita nas paredes, resistindo à sua individualização. Questiona até que ponto essas formas de resistência podem afetar a forma histórica do sujeito.
O documento discute três pontos principais: 1) Como os textos são constituídos a partir de outros textos e discursos, contendo vozes e pontos de vista diferentes; 2) Os diferentes tipos de discurso direto e indireto presentes nos textos; 3) As variações linguísticas presentes em textos e discursos.
Este artigo discute como os gêneros discursivos podem contribuir para o ensino da língua portuguesa. A pesquisa é baseada nas teorias de Bakhtin, Halliday, Koch e outros que veem a linguagem como instrumento essencial para a transformação humana. Os gêneros discursivos são aprendidos socialmente e representam padrões comunicativos usados em situações específicas. Marcuschi defende que o ensino deve focar nos gêneros textuais orais e escritos para desenvolver a capacidade de expressão dos al
O documento descreve o método filosófico de Bakhtin, que envolve estudar fenômenos a partir de múltiplas perspectivas para sintetizá-las em novas concepções que abarquem todos os aspectos. Isso envolve partir da indução e da dedução, bem como revisar concepções à luz de novos entendimentos dos fenômenos.
O documento discute a teoria dos gêneros discursivos e literários. Apresenta como Bakhtin viu todos os discursos como textos que carregam significados sobre o mundo dentro de gêneros determinados por contextos socioculturais. Também descreve a definição clássica de Aristóteles para os gêneros lírico, épico e dramático com base no narrador, tempo e relação sujeito-objeto.
Este documento analisa criticamente a proposta discursiva da aliança Unidos pelo Brasil entre os candidatos Eduardo Campos e Marina Silva nas eleições presidenciais de 2014. A pesquisa utiliza a Análise Crítica do Discurso para identificar estratégias linguísticas e cognitivas usadas para acessar as representações mentais dos eleitores e apresentar a aliança como uma força contra-hegemônica, embora tenha remontado o velho jeito de fazer política partidária.
O documento discute a visão de Bakhtin sobre análise do discurso. Para Bakhtin, o discurso só pode ser estudado no contexto da interação humana, e não isoladamente. Ele define os gêneros discursivos como tipos de enunciados ligados a situações sociais típicas. O enunciado é a unidade concreta da comunicação, que reflete o contexto social e a individualidade do falante.
Seminário marxismo e filosofia da linguagemdeismachadoo
Mikhail Bakhtin nasceu na Rússia no século XIX e se formou em História e Filosofia. Publicou diversos trabalhos sobre linguística, marxismo e crítica literária. Defendeu que a linguagem é dinâmica e depende do contexto social e histórico, criticando abordagens estruturalistas.
O documento discute o sujeito discursivo contemporâneo através do exemplo do sujeito da pichação. Analisa como o Estado individualiza sujeitos capitalistas e como o sujeito pichador, ligado à sociedade da qual faz parte, busca um lugar através de sua escrita nas paredes, resistindo à sua individualização. Questiona até que ponto essas formas de resistência podem afetar a forma histórica do sujeito.
O documento discute três pontos principais: 1) Como os textos são constituídos a partir de outros textos e discursos, contendo vozes e pontos de vista diferentes; 2) Os diferentes tipos de discurso direto e indireto presentes nos textos; 3) As variações linguísticas presentes em textos e discursos.
Este artigo discute como os gêneros discursivos podem contribuir para o ensino da língua portuguesa. A pesquisa é baseada nas teorias de Bakhtin, Halliday, Koch e outros que veem a linguagem como instrumento essencial para a transformação humana. Os gêneros discursivos são aprendidos socialmente e representam padrões comunicativos usados em situações específicas. Marcuschi defende que o ensino deve focar nos gêneros textuais orais e escritos para desenvolver a capacidade de expressão dos al
O documento descreve o método filosófico de Bakhtin, que envolve estudar fenômenos a partir de múltiplas perspectivas para sintetizá-las em novas concepções que abarquem todos os aspectos. Isso envolve partir da indução e da dedução, bem como revisar concepções à luz de novos entendimentos dos fenômenos.
O documento discute a teoria dos gêneros discursivos e literários. Apresenta como Bakhtin viu todos os discursos como textos que carregam significados sobre o mundo dentro de gêneros determinados por contextos socioculturais. Também descreve a definição clássica de Aristóteles para os gêneros lírico, épico e dramático com base no narrador, tempo e relação sujeito-objeto.
Este documento analisa criticamente a proposta discursiva da aliança Unidos pelo Brasil entre os candidatos Eduardo Campos e Marina Silva nas eleições presidenciais de 2014. A pesquisa utiliza a Análise Crítica do Discurso para identificar estratégias linguísticas e cognitivas usadas para acessar as representações mentais dos eleitores e apresentar a aliança como uma força contra-hegemônica, embora tenha remontado o velho jeito de fazer política partidária.
1. O documento discute os gêneros do discurso e como eles refletem diferentes campos da atividade humana. 2. O autor argumenta que há uma grande heterogeneidade de gêneros do discurso, incluindo diálogos cotidianos, cartas, documentos oficiais e obras literárias. 3. Os gêneros do discurso precisam ser estudados para entender a natureza do enunciado e como a linguagem é usada em diferentes contextos.
O documento discute os conceitos de enunciado e gêneros do discurso. Afirma que cada enunciado particular pertence a um gênero discursivo específico, e que os gêneros podem ser primários ou secundários. Também distingue enunciado como unidade da comunicação discursiva de oração como unidade linguística.
1) O documento descreve a biografia de Mikhail Bakhtin e o contexto de publicação de seu livro Marxismo e Filosofia da Linguagem.
2) Bakhtin publicou o livro sob o pseudônimo de V.N. Volochinov devido a restrições políticas na época.
3) O livro aborda as relações entre linguagem e sociedade de uma perspectiva marxista, antecipando debates posteriores sobre o tema.
O documento discute conceitos-chave como ideologia, formação ideológica e discursiva. A ideologia é definida como um sistema de ideias que refletem e defendem os interesses de um grupo social. A formação ideológica compreende os valores e crenças através dos quais julgamos a realidade. A formação discursiva concretiza a ideologia por meio da linguagem.
OS GÊNEROS DE TEXTO E OS TIPOS DE
DISCURSO COMO FORMATOS DAS
INTERAÇÕES PROPICIADORAS DE
DESENVOLVIMENTO In: BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem,
discurso e desenvolvimento humano. Campinas, SP:
Mercado das Letras, 2006.
Significado e sentido para vygotsky e bakhtinVygotsky2011
O documento discute as diferenças entre sentido e significado. O sentido é dinâmico, fluido e muda de acordo com o contexto, enquanto o significado é estável e imutável. O documento também discute as visões de Vygotsky, Paulhan, Bakhtin e Volochinov sobre sentido e significado, onde Bakhtin vê o sentido como categoria central e dinâmica em oposição ao significado estático.
O documento discute os conceitos-chave da análise de discurso, incluindo: (1) A análise de discurso examina como a linguagem é usada em contextos sociais e históricos; (2) Teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault influenciaram o desenvolvimento da análise de discurso ao entender a linguagem como um ato social e discursivo; (3) A escola francesa da análise de discurso procura entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade
1) O documento discute os gêneros do discurso e define-os como tipos relativamente estáveis de enunciados que são desenvolvidos em cada campo de atividade humana para facilitar a comunicação.
2) Apresenta as diferenças entre enunciados como unidades da comunicação discurso e orações como unidades gramaticais da língua.
3) Discutem-se as peculiaridades constitutivas dos enunciados como alternância de sujeitos do discurso e conclusibilidade.
O documento descreve a evolução histórica dos estudos da linguagem, desde a gramática tradicional na Grécia Antiga até as perspectivas estruturalistas e funcionalistas do século XX. Aborda figuras-chave como William Jones, Franz Bopp, Jacob Grimm, Ferdinand de Saussure e Roman Jakobson e como suas ideias moldaram o campo. Destaca a mudança do foco histórico-comparativo para análises sincrônicas e estruturais da língua como um sistema autônomo.
O documento apresenta um resumo sobre o pensamento do filósofo Mikhail Bakhtin. Apresenta sua biografia, obras principais e ideias como o dialogismo, que defende que a linguagem é constituída pelo diálogo entre vozes no discurso. Bakhtin argumenta que todo enunciado absorve discursos anteriores e contém mais de uma voz.
1. O documento discute questões teóricas e metodológicas na análise dos gêneros do discurso a partir da teoria bakhtiniana.
2. A autora defende a opção pela teoria bakhtiniana devido à ênfase nos elementos da situação de produção dos enunciados.
3. Problematiza diferentes leituras do conceito de gênero do discurso e questões metodológicas como a relação do pesquisador com os dados.
Este documento discute como a análise do discurso francesa aborda a materialidade discursiva segundo Michel Pêcheux. Primeiramente, descreve como a disciplina se insere na tradição francesa de refletir sobre textos. Em seguida, resume as três fases do projeto teórico de Pêcheux, desde a exploração da maquinaria discursiva até a desconstrução da mesma. Por fim, destaca que a análise do discurso investiga a estrutura e o acontecimento no discurso, articulando líng
1) A Lingüística Textual surgiu como uma reação à Lingüística Estrutural, que se limitava à análise da frase. 2) Os primeiros estudos se concentraram na análise transfrástica, observando fenômenos como a co-referenciação. 3) Posteriormente, surgiram propostas de gramáticas textuais para descrever a competência textual dos falantes.
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade - nº 43 espéculo (ucm),...Edilson A. Souza
O documento discute os conceitos de intertextualidade, polifonia e citação de vozes. Apresenta as visões de Bakhtin e Ducrot sobre polifonia, onde várias vozes coexistem em um texto. Também explica as formas de citação de vozes segundo a gramática normativa: discurso direto, indireto e indireto livre.
O documento discute a evolução do conceito de gêneros textuais desde a antiguidade clássica até os estudos contemporâneos. Originalmente definidos por Aristóteles como categorias literárias fixas, os estudos modernos enfatizam a natureza dinâmica e socialmente construída dos gêneros. Mikhail Bakhtin contribuiu com a ideia de gêneros como respostas típicas a contextos sociais variáveis. Nos Estados Unidos, diferentes perspectivas analisam a relação entre texto e contexto.
Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologiaAdail Sobral
O documento discute tipos de textos e gêneros discursivos. Apresenta descrições de tipos de texto como descrição, narração e dissertação. Também discute conceitos como tipologia textual, gêneros discursivos e intertextualidade.
O documento discute a obra "Marxismo e Filosofia da Linguagem" de Bakhtin. Apresenta resumos do prefácio e das introduções, que descrevem a autoria controversa da obra e o contexto intelectual em que foi produzida. Também resume trechos-chave do capítulo 5 sobre língua, fala e enunciação, que criticam a abordagem objetivista e abstrata da linguística da época.
O documento discute os conceitos de gêneros do discurso e estilo de acordo com Bakhtin. Afirma que os gêneros surgem da necessidade de comunicação em determinados contextos sociais e podem ser primários ou secundários. Também discute que o estilo está ligado aos gêneros e reflete a individualidade do falante, mas depende do gênero escolhido para a comunicação.
O documento discute a teoria de Bakhtin sobre estética da criação verbal. Segundo Bakhtin, a unidade fundamental da comunicação discursiva é o enunciado, não a palavra ou oração. O enunciado possui características como alternância de sujeitos e conclusibilidade. Além disso, todo enunciado contém elementos expressivos que refletem a individualidade do falante dentro de um determinado gênero discursivo.
O documento discute os conceitos-chave da Análise de Discurso, incluindo suas origens na linguística e desenvolvimento a partir de teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault. A AD busca entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade, considerando fatores linguísticos e extralinguísticos como ideologia e poder.
1) O texto descreve a evolução histórica da Análise do Discurso como disciplina, desde suas primeiras tentativas na década de 1960 até sua consolidação.
2) As primeiras tentativas ainda estavam presas à dicotomia saussuriana entre língua e fala e não conseguiam definir claramente o objeto discurso.
3) Jean Dubois e Michel Pêcheux, na década de 1968, fundaram a Análise do Discurso de linha francesa, definindo o discurso como determinado historicamente e o sujeito
1. O documento discute os gêneros do discurso e como eles refletem diferentes campos da atividade humana. 2. O autor argumenta que há uma grande heterogeneidade de gêneros do discurso, incluindo diálogos cotidianos, cartas, documentos oficiais e obras literárias. 3. Os gêneros do discurso precisam ser estudados para entender a natureza do enunciado e como a linguagem é usada em diferentes contextos.
O documento discute os conceitos de enunciado e gêneros do discurso. Afirma que cada enunciado particular pertence a um gênero discursivo específico, e que os gêneros podem ser primários ou secundários. Também distingue enunciado como unidade da comunicação discursiva de oração como unidade linguística.
1) O documento descreve a biografia de Mikhail Bakhtin e o contexto de publicação de seu livro Marxismo e Filosofia da Linguagem.
2) Bakhtin publicou o livro sob o pseudônimo de V.N. Volochinov devido a restrições políticas na época.
3) O livro aborda as relações entre linguagem e sociedade de uma perspectiva marxista, antecipando debates posteriores sobre o tema.
O documento discute conceitos-chave como ideologia, formação ideológica e discursiva. A ideologia é definida como um sistema de ideias que refletem e defendem os interesses de um grupo social. A formação ideológica compreende os valores e crenças através dos quais julgamos a realidade. A formação discursiva concretiza a ideologia por meio da linguagem.
OS GÊNEROS DE TEXTO E OS TIPOS DE
DISCURSO COMO FORMATOS DAS
INTERAÇÕES PROPICIADORAS DE
DESENVOLVIMENTO In: BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem,
discurso e desenvolvimento humano. Campinas, SP:
Mercado das Letras, 2006.
Significado e sentido para vygotsky e bakhtinVygotsky2011
O documento discute as diferenças entre sentido e significado. O sentido é dinâmico, fluido e muda de acordo com o contexto, enquanto o significado é estável e imutável. O documento também discute as visões de Vygotsky, Paulhan, Bakhtin e Volochinov sobre sentido e significado, onde Bakhtin vê o sentido como categoria central e dinâmica em oposição ao significado estático.
O documento discute os conceitos-chave da análise de discurso, incluindo: (1) A análise de discurso examina como a linguagem é usada em contextos sociais e históricos; (2) Teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault influenciaram o desenvolvimento da análise de discurso ao entender a linguagem como um ato social e discursivo; (3) A escola francesa da análise de discurso procura entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade
1) O documento discute os gêneros do discurso e define-os como tipos relativamente estáveis de enunciados que são desenvolvidos em cada campo de atividade humana para facilitar a comunicação.
2) Apresenta as diferenças entre enunciados como unidades da comunicação discurso e orações como unidades gramaticais da língua.
3) Discutem-se as peculiaridades constitutivas dos enunciados como alternância de sujeitos do discurso e conclusibilidade.
O documento descreve a evolução histórica dos estudos da linguagem, desde a gramática tradicional na Grécia Antiga até as perspectivas estruturalistas e funcionalistas do século XX. Aborda figuras-chave como William Jones, Franz Bopp, Jacob Grimm, Ferdinand de Saussure e Roman Jakobson e como suas ideias moldaram o campo. Destaca a mudança do foco histórico-comparativo para análises sincrônicas e estruturais da língua como um sistema autônomo.
O documento apresenta um resumo sobre o pensamento do filósofo Mikhail Bakhtin. Apresenta sua biografia, obras principais e ideias como o dialogismo, que defende que a linguagem é constituída pelo diálogo entre vozes no discurso. Bakhtin argumenta que todo enunciado absorve discursos anteriores e contém mais de uma voz.
1. O documento discute questões teóricas e metodológicas na análise dos gêneros do discurso a partir da teoria bakhtiniana.
2. A autora defende a opção pela teoria bakhtiniana devido à ênfase nos elementos da situação de produção dos enunciados.
3. Problematiza diferentes leituras do conceito de gênero do discurso e questões metodológicas como a relação do pesquisador com os dados.
Este documento discute como a análise do discurso francesa aborda a materialidade discursiva segundo Michel Pêcheux. Primeiramente, descreve como a disciplina se insere na tradição francesa de refletir sobre textos. Em seguida, resume as três fases do projeto teórico de Pêcheux, desde a exploração da maquinaria discursiva até a desconstrução da mesma. Por fim, destaca que a análise do discurso investiga a estrutura e o acontecimento no discurso, articulando líng
1) A Lingüística Textual surgiu como uma reação à Lingüística Estrutural, que se limitava à análise da frase. 2) Os primeiros estudos se concentraram na análise transfrástica, observando fenômenos como a co-referenciação. 3) Posteriormente, surgiram propostas de gramáticas textuais para descrever a competência textual dos falantes.
Breve reflexão sobre o fenômeno da intertextualidade - nº 43 espéculo (ucm),...Edilson A. Souza
O documento discute os conceitos de intertextualidade, polifonia e citação de vozes. Apresenta as visões de Bakhtin e Ducrot sobre polifonia, onde várias vozes coexistem em um texto. Também explica as formas de citação de vozes segundo a gramática normativa: discurso direto, indireto e indireto livre.
O documento discute a evolução do conceito de gêneros textuais desde a antiguidade clássica até os estudos contemporâneos. Originalmente definidos por Aristóteles como categorias literárias fixas, os estudos modernos enfatizam a natureza dinâmica e socialmente construída dos gêneros. Mikhail Bakhtin contribuiu com a ideia de gêneros como respostas típicas a contextos sociais variáveis. Nos Estados Unidos, diferentes perspectivas analisam a relação entre texto e contexto.
Gêneros discursivos, formas de textualização e tipologiaAdail Sobral
O documento discute tipos de textos e gêneros discursivos. Apresenta descrições de tipos de texto como descrição, narração e dissertação. Também discute conceitos como tipologia textual, gêneros discursivos e intertextualidade.
O documento discute a obra "Marxismo e Filosofia da Linguagem" de Bakhtin. Apresenta resumos do prefácio e das introduções, que descrevem a autoria controversa da obra e o contexto intelectual em que foi produzida. Também resume trechos-chave do capítulo 5 sobre língua, fala e enunciação, que criticam a abordagem objetivista e abstrata da linguística da época.
O documento discute os conceitos de gêneros do discurso e estilo de acordo com Bakhtin. Afirma que os gêneros surgem da necessidade de comunicação em determinados contextos sociais e podem ser primários ou secundários. Também discute que o estilo está ligado aos gêneros e reflete a individualidade do falante, mas depende do gênero escolhido para a comunicação.
O documento discute a teoria de Bakhtin sobre estética da criação verbal. Segundo Bakhtin, a unidade fundamental da comunicação discursiva é o enunciado, não a palavra ou oração. O enunciado possui características como alternância de sujeitos e conclusibilidade. Além disso, todo enunciado contém elementos expressivos que refletem a individualidade do falante dentro de um determinado gênero discursivo.
O documento discute os conceitos-chave da Análise de Discurso, incluindo suas origens na linguística e desenvolvimento a partir de teóricos como Bakhtin, Saussure e Foucault. A AD busca entender como os discursos são produzidos e circulam na sociedade, considerando fatores linguísticos e extralinguísticos como ideologia e poder.
1) O texto descreve a evolução histórica da Análise do Discurso como disciplina, desde suas primeiras tentativas na década de 1960 até sua consolidação.
2) As primeiras tentativas ainda estavam presas à dicotomia saussuriana entre língua e fala e não conseguiam definir claramente o objeto discurso.
3) Jean Dubois e Michel Pêcheux, na década de 1968, fundaram a Análise do Discurso de linha francesa, definindo o discurso como determinado historicamente e o sujeito
1. O documento apresenta uma introdução à análise do discurso, discutindo sua evolução histórica e perspectivas teóricas.
2. Aborda a distinção entre língua e fala proposta por Saussure e como Bakhtin superou essa dicotomia valorizando o discurso.
3. Discorre sobre como a linguagem é o lugar de manifestação da ideologia e não pode ser estudada de forma isolada do contexto social.
1) O documento discute a definição e funcionalidade dos gêneros textuais, definindo-os como fenômenos históricos e sociais que surgem vinculados à vida cultural e social para ordenar atividades comunicativas.
2) Faz a distinção entre tipos textuais, que são construções teóricas definidas por propriedades linguísticas, e gêneros textuais, que são realizações concretas definidas por propriedades sócio-comunicativas.
3) Aponta que novos gêneros
O documento discute a intertextualidade como estratégia criativa em textos publicitários. Apresenta o conceito de dialogismo de Bakhtin e como ele está relacionado à intertextualidade e polifonia. Explora como a intertextualidade ocorre em anúncios publicitários por meio de citação, alusão, estilização e paródia.
CONCEITOS BAKTINIANOS NA ANÁLISE DA INSCRIÇÃO DA SUBJETIVIDADE NO DISCURSO TR...planetanet
Este documento resume uma pesquisa sobre como os conceitos bakhtinianos podem ser aplicados à análise do discurso tradutório e da subjetividade do tradutor. Analisa como o tradutor apreende o discurso do autor original e como conceitos como dialogismo e polifonia são úteis para entender a produção do texto traduzido.
O documento discute como o gênero da canção adquire características particulares quando utilizado em diferentes esferas discursivas, como a artística e a publicitária. O autor analisa os elementos temáticos, estilísticos e composicionais da canção e do jingle em cada esfera, com base na teoria dos gêneros discursivos de Bakhtin. Ele exemplifica sua análise comparando uma canção de Gilberto Gil e seu uso em um jingle publicitário do Itaú.
[1] O documento apresenta uma análise da obra O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, buscando identificar características da linguagem de autoajuda na constituição do discurso. [2] A análise baseia-se nos estudos de Bakhtin sobre gêneros do discurso e dialogismo e busca interpretar como a linguagem literária agrega elementos da linguagem de autoajuda. [3] O trabalho desenvolve-se por meio de análise composicional, temática e estilística da obra para identificar suas rel
O banner como gênero discursivo uma leitura a luz das teorias bakhtinianasAtitude Digital
Este documento discute o gênero discursivo do banner na internet à luz das teorias de Bakhtin. Analisa o banner como um gênero secundário que se adapta ao imediatismo da internet para divulgar marcas e produtos de forma concisa em apenas um clique, levando o usuário ao site principal.
Este documento apresenta um resumo de três frases ou menos do documento fornecido:
O documento discute a diferença entre intertextualidade e interdiscursividade segundo Bakhtin e outros autores. Intertextualidade refere-se à incorporação de um texto em outro, enquanto interdiscursividade se refere à interação com um discurso ou memória discursiva que constitui o contexto da atividade linguística. A obra de Bakhtin mostra que o dialogismo, ou relação entre enunciados, é a forma de funcionamento real da linguagem.
Este documento discute as contribuições de Roman Jakobson e Lev Vygotsky para o estudo das funções da linguagem. Jakobson propôs um modelo de seis funções da linguagem que inclui a função poética, fática e metalinguística, além das propostas por Karl Bühler. Vygotsky também estudou as funções da linguagem e sua relação com o desenvolvimento psicológico humano. O objetivo é mostrar os paralelos entre as concepções desses autores, reconhecendo a importância de cada um.
O documento discute as teorias de Bakhtin sobre interdiscursividade e intertextualidade. Resume que a interdiscursividade ocorre quando há relações dialógicas entre enunciados, enquanto a intertextualidade é um tipo particular de interdiscursividade que envolve duas materialidades textuais distintas dentro de um texto. Também diferencia texto de enunciado e explica como Bakhtin via a linguagem de forma dialógica.
Este documento discute as convergências teóricas entre a sociolinguística e a gramaticalização. Ambas as abordagens veem a língua como uma estrutura variável e mutável, reconhecendo que fatores sociais influenciam a mudança linguística. A sociolinguística estuda a variação linguística e seus condicionamentos sociais, enquanto a gramaticalização examina como itens lexicais adquirem características gramaticais. Juntas, essas perspectivas podem fornecer ferramentas complement
O documento descreve a vida e obra do filósofo Mikhail Bakhtin, incluindo seu nascimento em 1895 na Rússia, seus estudos em história e filosofia e seu trabalho como professor. O texto também resume suas principais publicações e ideias sobre linguística, discurso e diálogo.
1) O documento discute o conceito de enunciado em Michel Foucault, comparando-o com a noção de enunciado na Análise do Discurso.
2) Na Análise do Discurso, o enunciado está ligado à estrutura linguística e às condições históricas e políticas, enquanto para Foucault o enunciado é plenamente histórico e está sempre em correlação com outros enunciados.
3) O documento analisa como Foucault via o enunciado como ferrament
Intertextualidade interdiscursividade 121022125333-phpapp02Edilson A. Souza
O documento discute os conceitos de intertextualidade e interdiscursividade a partir da obra de Bakhtin e de outros autores. Segundo Fiorin, interdiscursividade refere-se a qualquer relação dialógica entre enunciados, enquanto intertextualidade é um tipo particular onde há incorporação de materialidade textual de um texto em outro. Kristeva define intertextualidade como a noção de que todo texto é construído a partir de citações de outros textos.
- Bakhtin critica as abordagens subjetivistas e objetivistas da linguística, defendendo uma visão social e dialógica da linguagem.
- Ele rejeita a noção de que a língua é um sistema fechado de normas ou uma mera expressão da subjetividade individual.
- Para Bakhtin, a enunciação ocorre no diálogo e é determinada ideologicamente pelas relações sociais.
Este documento discute a enunciação e os tipos de discurso. Apresenta conceitos como enunciador, narrador explícito e implícito. Discute como a enunciação constrói uma ilusão referencial e enunciativa na comunicação. Também aborda os tipos de discurso direto, indireto e indireto livre e como cada um assume um papel distinto na produção textual.
I. O documento discute a relação entre linguística e outras áreas como antropologia cultural e teoria da comunicação, mostrando como a linguística estrutural antecipou formulações dessas áreas.
II. Aborda dois tipos de afasia de acordo com a capacidade de combinação e seleção de unidades linguísticas e os polos metafórico e metonímico.
III. Apresenta três tipos de tradução - intralingual, interlingual e intersemiótica - e aspectos linguísticos relevantes.
A concepção de sujeito da psicanalise a analise do discurso carmem e chagasMarcos Silvabh
Este documento discute concepções de sujeito na psicanálise, análise do discurso e linguística. Apresenta definições de língua, linguagem e discurso segundo diferentes autores e discute como o sujeito é construído na e pela linguagem. Também faz um paralelo entre as ideias de Freud, Lacan, Foucault e Pêcheux sobre o conceito de sujeito.
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Concepções de linguagem fundamentos dialógicos do circulo de bakhtin
1. Concepção(es) de linguagem: Fundamentos dialógicos do Círculo de
Bakhtin
Para começarmos essa reflexão, faz-se mister trazer à baila o modo de
pensar a linguagem presente nas correntes estruturalistas, o qual Bakhtin
denominou de “objetivismo abstrato”, para, de forma dialógica, trazer à luz a
concepção de linguagem construída pelo Círculo. Essa corrente, da qual o
mestre genebrino Ferdinand de Saussure é compositor e regente, nos
apresenta a seguinte dicotomia: Língua e Fala, sendo o primeiro elemento
dessa bifurcação considerado a dimensão social da linguagem, e o segundo é
encarado pelo linguista como expressão individual de cada sujeito falante.
Saussure, ao instituir as categorias analíticas fundamentais para estudo
da língua, como a fonética e a morfologia, baseou-se nos estudos da linguística
comparativa indo-europeia, aquela criada para estudar, de forma mais
adequada, as línguas mortas e as estrangeiras. Saussure não negava o
aspecto social da língua, contudo o modo de fazer ciência da sua época exigia
que o objeto de estudo apresentasse comportamentos idênticos, portanto
passíveis de normatização, como a fonética, a morfologia etc. Mas esse modo
de tratar a língua atava a diversidade, a pluralidade e a mutabilidade,
constitutivas da linguagem, em um sistema fechado de regras.
Dentro dessa perspectiva estruturalista de pensar o fenômeno da
linguagem, as variações sociais da língua, bem como as variantes individuais
dos falantes não podiam ser consideradas nos estudos linguísticos. Para os
estruturalistas, esses fatores eram considerados desordenados,
demasiadamente heterogêneos e aleatórios, fugindo do padrão e do rigor
exigidos pela ciência. Isso fez com que a fala assumisse um papel quase que
irrelevante, nos estudos linguísticos do final do século XIX, a fim de não
inviabilizar o projeto estruturalista de instituir uma unidade da língua como
sistema.
Esse modelo positivista de conceber a linguagem como um sistema
abstrato, tomando por base suas características formais, passíveis de serem
repetidas, seguindo o modo de fazer científico da época, levou à ideia de que a
língua é um fenômeno estático. Tal concepção admitia que o sentido é pré-
fabricado, fechado dentro de um sistema de normas linguísticas, como se a
2. linguagem fosse uma espécie de espelho do mundo, refletindo verdades únicas
e universais, e que, para a compreensão do enunciado, os aspectos sociais da
língua eram irrelevantes. Tal postura desconsiderava, portanto, as diversidades
e multiplicidades do signo, deixando a intencionalidade dos falantes em
segundo plano (BRAIT, 2011).
Por outro lado, em oposição ao pensamento de Saussure e dos
estruturalistas que se seguiram, Bakhtin enfatizou a heterogeneidade concreta
da fala, ou seja, a dimensão que leva em conta a pluralidade das
manifestações linguísticas em circunstâncias concretas de interação social. Ele
acreditava que a realidade fundamental da linguagem estava centrada na
interação entre os falantes, no seu uso real e não em um ponto de vista ideal,
intangível. Ele concebia a linguagem não como um sistema abstrato, mas como
algo vivo, dinâmico e coletivo, parte de um diálogo cumulativo entre o eu e o
outro, entre muitos “eus” e muitos outros (STAM, 1992). Mas Bakhtin não nega
a existência da língua enquanto sistema, já que “por trás de todo texto,
encontra-se o sistema da língua” (BAKHTIN, 2003, p. 332). Ao contrário de
desqualificar qualquer estudo sério da estrutura da língua, o filósofo russo
considera-o adequado para estudar as suas unidades (fonemas, morfemas,
orações). Por outro lado, com sua translinguística1, ele demonstra que
linguística estruturalista não é suficiente para explicar o funcionamento, no
âmbito social, da linguagem, que possui como unidade mínima o enunciado,
irrepetível, instável e inclassificável.
Para Bakhtin, a estabilidade da língua constitui-se um mito, pois, para
ele, a mutabilidade do signo é uma das características constitutivas da
linguagem. Sobre isso, ele esclarece:
Assim, o elemento que torna a forma linguística um signo não é
sua identidade como sinal, mas sua mobilidade específica; da
mesma forma que aquilo que constitui a descodificação da
forma linguística não é o reconhecimento do sinal, mas a
compreensão das palavras no seu sentido particular, isto é, a
apreensão da orientação que é conferida à palavra por um
contexto e uma situação precisos, uma orientação no sentido
da evolução e não do imobilismo (BAKHTIN, 2003, p. 94).
1
Disciplina proposta por Bakhtin, que visa ao estudo e análise de elementos externos à língua
enquanto sistema. Tal disciplina daria conta dos aspectos dialógicos e polifônicos da
linguagem, principalmente da fala, não contemplados pela linguística.
3. Spinelli (2005) enfatiza que o dinamismo social do signo, historicamente
gerado, vivifica esse mesmo signo. Ela lembra ainda sua dimensão político-
ideológica, por meio da qual é ressignificado o tempo todo na arena da palavra,
onde as classes e grupos sociais, com seus interesses e conflitos
permanentes, se apropriam dele, dando-lhe novos significados. A essa
capacidade que possuem os signos de extrair variáveis tons e valorações
sociais, a depender das situações sócio-históricas, Bakhtin (apud SPINELLI
2005, p.34) denominou de “multiacentualidade”.
Acertadamente, a partir das reflexões realizadas por Bakhtin e o seu
Círculo, no início do século XX, em obra conjunta denominada Marxismo e
Filosofia da Linguagem, os estudos de linguagem, atualmente, vêm adotando
uma postura que supera a visão estruturalista de língua. Os linguistas
hodiernos, sobretudo os sociolinguístas, têm assumido uma postura que leva
em conta os mecanismos variáveis responsáveis também pela produção de
sentidos. Essa nova atitude situa, par e passo, estrutura linguística e a
dimensão histórica, cultural, social e ideológica da linguagem, copartícipes na
significação dos signos. Assim, apresentam-se novas possibilidades de
entender e significar o mundo, baseadas numa concepção dialógica de
linguagem que contempla as pluralidades, desfazendo, de uma vez, o mito do
sentido pré-fixado.
Tais reflexões em torno das concepções de linguagem fazem-nos
recordar de um conceito bakhtiniano, o qual nos parece bastante produtivo
para enriquecer este debate. Trata-se da noção de forças centrípetas e
centrífugas, que nos ajuda a compreender esse jogo dialético mencionado por
Bakhtin, que, segundo o filósofo, caracteriza toda a linguagem. Desta forma, as
forças centrípetas atuariam numa direção favorável à concepção estruturalista
de linguagem, atuando na normatização. De outro lado, as forças centrífugas
agiriam de forma corroborativa com a concepção interacionista, tendendo às
diversificações da língua, embora ambas as forças existam e atuam
independentemente da concepção de linguagem. Para ele, essas forças
convivem, dialética, simultânea e ininterruptamente. Nas palavras do autor:
(...) esta estratificação e contradição reais não são apenas a
estática da vida da língua, mas também a sua dinâmica: a
estratificação e o plurilinguismo ampliam-se e aprofundam-se
4. na medida em que a língua está viva e desenvolvendo-se; ao
lado das forças centrípetas caminha o trabalho contínuo das
forças centrífugas da língua, ao lado da centralização verbo-
ideológica e da união, caminham ininterruptos os processos de
descentralização e desunificação” (BAKHTIN, 1998, p. 82).
Diante dessa explanação dialógica das concepções de linguagem,
conforme prenunciado na introdução deste capítulo, passemos agora a um
fecundo diálogo entre tais conceitos e o cinema. Acreditamos que essa
aproximação nos fornece subsídios que nos possibilitam identificar qual
concepção de linguagem tem balizado os produtores de filmes. Entendemos
que a crítica feita por Bakhtin ao “objetivismo abstrato”, no âmbito da linguagem
verbal, seja perfeitamente aplicável ao sistema imagético utilizado pelo cinema,
cujas possiblidades de interpretação são potencializadas pela natureza de sua
linguagem. O simples fato de mudar o ângulo de uma imagem por meio do jogo
de câmeras já possibilita a produção de novas interpretações.
Mas, para que essa relação seja concebível, precisamos deixar claro
que encaramos o cinema como linguagem. Esse posicionamento nos permite
aplicar ao cinema a mesma metáfora que Bakhtin (1992) utilizou em Marxismo
e Filosofia da Linguagem para explicar a natureza dialógica da linguagem, a
qual se constitui uma ponte entre um eu e um tu. Essa alegoria revela a igual
importância atribuída por Bakhtin ao locutor e ao interlocutor na construção dos
enunciados, dado que, se, por um lado, essa ponte tem o eu por sustentação,
necessariamente precisará de um segundo pilar de apoio, o tu.
Tendo como base essa linha de raciocínio, o autor de uma obra
cinematográfica e o espectador possuem, ou deveriam possuir, igual relevância
no procedimento comunicacional, pois ambos fazem parte do processo de
interação e contribuem diretamente para a produção de sentidos. Nessa
perspectiva, o texto fílmico é considerado, então, como uma criação solidária
de sentido, cuja propriedade não é exclusiva do autor nem do telespectador.
Trata-se, porém, do resultado de uma interação verbo-visual entre os sujeitos
da enunciação, a qual gera seus sentidos na relação, afastando a ideia de uma
mensagem encerrada em si, com um sentido imanente.
No entanto, como bem disse Bakhtin (1998, p.82), paralelas a essa
tendência centrífuga natural da linguagem de descentralização e desunificação,
existem as forças centrípetas ideológicas e centralizadoras na indústria
5. cinematográfica também; sobretudo nos longas americanos, os quais sofrem a
pressão centrípeta da ideologia dominante, do poder institucional, hegemônico,
financiado pelo capital, no qual predomina a voz masculina, branca,
heterossexual e euro-americana, tendendo à “monoglossia”. Assim, as
produções cinematográficas que privilegiam a linguagem hegemônica
demonstram adotar uma concepção monologizante da linguagem.
Nesse modelo de pensar a linguagem, o sentido é unidirecional, partindo
invariavelmente do emissor até encontrar o receptor. Nesse paradigma,
diferentemente da concepção dialógica de linguagem, retira-se do
telespectador qualquer participação na produção de significados, uma vez que
o sentido da mensagem vai depender apenas do diretor da obra
cinematográfica. Trata-se de um modelo hermético, cujo emissor é ativo e o
receptor totalmente passivo. Neste caso, o sentido do filme é algo dado, pronto
e acabado, e não produzido dialogicamente.
Na outra ponta, em contrapartida à hegemonia da linguagem utilizada
pelos enlatados, estão os “dialetos”, ou equivalentes, que destoam do padrão
euro-americano, como o curta-metragem, o cinema engajado e o documentário
independente, os quais recebem influências das forças centrífugas radiadas
pela ideologia do cotidiano, privilegiando o periférico e o marginal, em oposição
ao central e ao dominante. Essas produções se utilizam de linguagens
cinematográficas que demonstram respeito às pluralidades das identidades
linguísticas dos grupos representados nas narrativas, tendendo à
“heteroglossia” e revelando, portanto, a partir de nosso prisma teórico, uma
filiação à concepção interacionista de linguagem.
Assim, propomos explorar a pertinência das categorias conceituais de
Bakhtin para pensar um cinema que adote uma concepção de linguagem em
que se valorize o outro, o diferente e o multicultural. Nessa proposta, deve-se
chamar a atenção para o uso crítico dos conceitos e categorias de Bakhtin,
especialmente sua visão de linguagem baseada no dialogismo, que permita
identificar um cinema que assuma uma postura democrática e heteroglota, em
que as múltiplas vozes tenham seus espaços garantidos. Nessa direção,
recomendamos ao professor fazer uso didático dos curtas-metragens do
projeto Curta na Escola. Voltaremos a falar desse assunto no capítulo III,
porque na próxima seção abordaremos as especificidades da linguagem
6. cinematográfica e como o conhecimento dessa pode contribuir para uma
compreensão ativa do discurso cinematográfico.