Conexões Científicas Ciclo III 2006 - 2007: Da idéia de “impacto” a de “viver com” a internet: a percepção de jovens usuários do programa AcessaSP sobre o orkut
A presente pesquisa buscou investigar quais mudanças se estariam operando nas subjetividades destes jovens, hoje. Pretendemos compor a imagem que os jovens têm dessa realidade, quais os traços que ressaltam e as conexões que se apresentam.
Observatório da Cultura Digital - Conexões Científicas Ciclo III 2006 - 2007 ...AcessaSP
1) O documento descreve uma pesquisa sobre como jovens usuários do programa AcessaSP percebem o Orkut e como a rede social faz parte de suas vidas.
2) A pesquisa entrevistou 12 jovens de 16 a 18 anos que frequentam o posto Parque Fontes do Ipiranga para investigar como a internet afeta suas subjetividades.
3) Os resultados indicam que os jovens veem o Orkut como um lugar para encontrar e fazer novos amigos de todo o mundo, de forma complementar a outros ambientes sociais, e que eles desenvolveram
Observatório de Cultura Digital - Conexões Científicas 2014: "Tecnologia Soci...AcessaSP
Resumo:
A presente pesquisa pretende rearticular os últimos 13 anos do programa AcessaSP mediante a criação de uma narrativa transmídia em forma de hot site. A perspectiva transmídia se sustenta nos conceitos de Henry Jenkins descritos em Cultura da Convergência (2008), e pretende mapear e caracterizar as plataformas de crowdsourcing e crowdfunding de fomento ao empreendedorismo como tecnologia social em geral no universo online. Para iniciar a pesquisa, analisamos conceitos teóricos pertinentes e a literatura existente sobre empreendedorismo, inclusão digital, informação e cultura livre, cultura digital, e tecnologias sociais para melhor compreender a gênese e o desenvolvimento das iniciativas de fomento ao empreendedorismo social. Posteriormente, mapeamos e descrevemos as plataformas que tentaram incentivar o este tipo de empreendedorismo ao redor do mundo. A partir disso, elaboramos uma matriz que permite comparar as diferentes iniciativas. Finalmente, examinamos alguns aspectos importantes do panorama do crowdfunding no Brasil. A identificação e caracterização das plataformas de crowdfunding e crowdsourcing a nível internacional ajudará na proposição de novos projetos e políticas de acordo com as atuais demandas da sociedade em rede.
Observatório da Cultura Digital - Conexões Científicas 2010: Dinâmica da Comu...AcessaSP
1) O documento analisa os processos de comunicação em projetos de tecnologia da informação e comunicação para o desenvolvimento.
2) Utiliza uma abordagem sistêmica baseada na teoria dos sistemas de segunda geração para entender as interações entre parceiros dos projetos.
3) A metodologia proposta mapeia a estrutura da rede de parceiros e analisa o nível de diálogo entre eles para entender como afetam o desempenho dos projetos.
Observatório da Cultura Digital - Conexões Científicas 2012: "Tecnologia e Cr...AcessaSP
Resumo:
A pesquisa em questão reitera e complementa a série de estudos do Programa de Conexões Científicas do Programa AcessaSP. O programa de inclusão digital garante o acesso a informa- ção de forma livre e democrática para os diferentes grupos e faixas etárias de nossa socieda- de, contribuindo para a construção da cidadania, com acesso, formação e conteúdo, e ainda estratégia de mobilização. Ele contribui para a integração de municípios e regiões do estado de São Paulo e proporciona oportunidades reais por meio da Rede de Projetos e da formação con- tinuada. Abre espaço para o diálogo do cidadão com o governo de uma forma ímpar e procurar continuamente seu aprimoramento.
Conexões Científicas Ciclo III 2006 - 2007: Processos de apropriação tecnológ...AcessaSP
Processos de apropriação tecnológica e desenvolvimento de competências de informação a partir dos percursos de usuários iniciantes do Programa AcessaSP.
Observatório de Cultura Digital - Conexões Científicas 2013: "O estado da art...AcessaSP
O documento apresenta um resumo do estado da arte sobre o uso da internet sem fio no Brasil, discutindo a exclusão digital, os modelos de negócios de acesso Wi-Fi e tendências de consumo. A pesquisa mostra que embora o acesso à internet esteja crescendo, a exclusão digital permanece alta, especialmente nas classes sociais mais baixas e nas áreas rurais.
A PresençA Das Ies Do Abc Paulista Na Rede Social Orkutclauonn
Este artigo discute a presença das Instituições de Ensino Superior do ABC Paulista na rede social Orkut, visando a analisar como esta rede contribui com essas instituições na promoção e discussão dos serviços prestados a sua comunidade acadêmica. Por meio de pesquisa empírica, o estudo busca identificar como os membros destas comunidades participam das temáticas que circulam nos fóruns, enquetes e discussões relacionadas às respectivas instituições.
Palavras- chave: Comunicação; Ensino Superior; Orkut.
Compartilhar: um estudo sobre os usos da tecnologia entre os jovensAlberto Pereira
Análise da categoria "compartilhar" do ponto de vista da comunicação e da antropologia, em conjunto com o progresso dos novos meios de interação online.
--
Analysis of the category "sharing"(share with) in terms of communication and anthropology, together with the progress of new ways to interact online.
Observatório da Cultura Digital - Conexões Científicas Ciclo III 2006 - 2007 ...AcessaSP
1) O documento descreve uma pesquisa sobre como jovens usuários do programa AcessaSP percebem o Orkut e como a rede social faz parte de suas vidas.
2) A pesquisa entrevistou 12 jovens de 16 a 18 anos que frequentam o posto Parque Fontes do Ipiranga para investigar como a internet afeta suas subjetividades.
3) Os resultados indicam que os jovens veem o Orkut como um lugar para encontrar e fazer novos amigos de todo o mundo, de forma complementar a outros ambientes sociais, e que eles desenvolveram
Observatório de Cultura Digital - Conexões Científicas 2014: "Tecnologia Soci...AcessaSP
Resumo:
A presente pesquisa pretende rearticular os últimos 13 anos do programa AcessaSP mediante a criação de uma narrativa transmídia em forma de hot site. A perspectiva transmídia se sustenta nos conceitos de Henry Jenkins descritos em Cultura da Convergência (2008), e pretende mapear e caracterizar as plataformas de crowdsourcing e crowdfunding de fomento ao empreendedorismo como tecnologia social em geral no universo online. Para iniciar a pesquisa, analisamos conceitos teóricos pertinentes e a literatura existente sobre empreendedorismo, inclusão digital, informação e cultura livre, cultura digital, e tecnologias sociais para melhor compreender a gênese e o desenvolvimento das iniciativas de fomento ao empreendedorismo social. Posteriormente, mapeamos e descrevemos as plataformas que tentaram incentivar o este tipo de empreendedorismo ao redor do mundo. A partir disso, elaboramos uma matriz que permite comparar as diferentes iniciativas. Finalmente, examinamos alguns aspectos importantes do panorama do crowdfunding no Brasil. A identificação e caracterização das plataformas de crowdfunding e crowdsourcing a nível internacional ajudará na proposição de novos projetos e políticas de acordo com as atuais demandas da sociedade em rede.
Observatório da Cultura Digital - Conexões Científicas 2010: Dinâmica da Comu...AcessaSP
1) O documento analisa os processos de comunicação em projetos de tecnologia da informação e comunicação para o desenvolvimento.
2) Utiliza uma abordagem sistêmica baseada na teoria dos sistemas de segunda geração para entender as interações entre parceiros dos projetos.
3) A metodologia proposta mapeia a estrutura da rede de parceiros e analisa o nível de diálogo entre eles para entender como afetam o desempenho dos projetos.
Observatório da Cultura Digital - Conexões Científicas 2012: "Tecnologia e Cr...AcessaSP
Resumo:
A pesquisa em questão reitera e complementa a série de estudos do Programa de Conexões Científicas do Programa AcessaSP. O programa de inclusão digital garante o acesso a informa- ção de forma livre e democrática para os diferentes grupos e faixas etárias de nossa socieda- de, contribuindo para a construção da cidadania, com acesso, formação e conteúdo, e ainda estratégia de mobilização. Ele contribui para a integração de municípios e regiões do estado de São Paulo e proporciona oportunidades reais por meio da Rede de Projetos e da formação con- tinuada. Abre espaço para o diálogo do cidadão com o governo de uma forma ímpar e procurar continuamente seu aprimoramento.
Conexões Científicas Ciclo III 2006 - 2007: Processos de apropriação tecnológ...AcessaSP
Processos de apropriação tecnológica e desenvolvimento de competências de informação a partir dos percursos de usuários iniciantes do Programa AcessaSP.
Observatório de Cultura Digital - Conexões Científicas 2013: "O estado da art...AcessaSP
O documento apresenta um resumo do estado da arte sobre o uso da internet sem fio no Brasil, discutindo a exclusão digital, os modelos de negócios de acesso Wi-Fi e tendências de consumo. A pesquisa mostra que embora o acesso à internet esteja crescendo, a exclusão digital permanece alta, especialmente nas classes sociais mais baixas e nas áreas rurais.
A PresençA Das Ies Do Abc Paulista Na Rede Social Orkutclauonn
Este artigo discute a presença das Instituições de Ensino Superior do ABC Paulista na rede social Orkut, visando a analisar como esta rede contribui com essas instituições na promoção e discussão dos serviços prestados a sua comunidade acadêmica. Por meio de pesquisa empírica, o estudo busca identificar como os membros destas comunidades participam das temáticas que circulam nos fóruns, enquetes e discussões relacionadas às respectivas instituições.
Palavras- chave: Comunicação; Ensino Superior; Orkut.
Compartilhar: um estudo sobre os usos da tecnologia entre os jovensAlberto Pereira
Análise da categoria "compartilhar" do ponto de vista da comunicação e da antropologia, em conjunto com o progresso dos novos meios de interação online.
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Analysis of the category "sharing"(share with) in terms of communication and anthropology, together with the progress of new ways to interact online.
Comunicação via redes sociais digitais e mobilização socialCamilla Martins
1) O documento discute como utilizar ferramentas de redes sociais digitais para comunicação e mobilização social, mensurar resultados e realizar pesquisas acadêmicas.
2) A palestrante Camilla Martins, especialista em comunicação, apresentará um estudo de caso sobre como utilizou redes sociais para pesquisa sobre preconceito contra homossexuais.
3) O documento fornece detalhes sobre a formação e experiência da palestrante e o programa da palestra, incluindo introdução ao tema e estudo de caso.
Um Estudo sobre o Contexto e Motivação do Uso das Redes Sociais por Empresas ...janierson
Este estudo analisa o uso das redes sociais Facebook e Orkut por empresas de pequenos municípios no Ceará. Questionários e entrevistas com 5 empresas exploraram como elas usam as redes sociais para se posicionar no mercado, superar limitações de distância e competir em nível nacional. Os resultados podem ajudar no desenvolvimento de estratégias de negócios para comunicação digital.
Quando o virtual transforma-se em real: as Redes Sociais como Ferramentas da ...Viviane de Carvalho
O desenvolvimento da Internet e as possibilidades criadas pelo avanço tecnológico propiciaram o surgimento das redes sociais on-line que estão revolucionando a tradicional comunicação organizacional. Neste artigo investiga-se como está sendo transformado o relacionamento entre empresas e seus públicos por meio das interações sociais mediadas pelas redes on-line. O objetivo é elucidar como os sites de redes sociais estão sendo utilizados pelas empresas como ferramentas de comunicação organizacional e quais estratégias são aplicadas. Para ilustrar o estudo foram analisados dados colhidos de três modalidades usadas pela Petrobras em sites de redes sociais: o Blog Fatos e Dados, o Twitter e a Fan page no Facebook.
Este documento discute a inclusão digital no Brasil e projetos governamentais para promover o acesso à tecnologia e internet, como o Acessa SP e Acessa Escola. Apresenta dados sobre o perfil dos usuários destes programas e como as redes sociais podem ser usadas para apoiar a aprendizagem colaborativa.
Artigo - Os microblogs como ferramenta de comunicação organizacionalLaís Bueno
O documento discute o papel das mídias sociais, especialmente os microblogs, na comunicação organizacional. Apresenta como as organizações podem usar ferramentas como o Twitter para se conectar com públicos, obter feedback e influenciar decisões de compra. Também destaca desafios como a falta de controle sobre as informações e a necessidade de estratégias eficientes de engajamento.
Esta tese analisa como a interatividade digital potencializa a cooperação em comunidades de desenvolvimento de software livre. A pesquisa mapeou as práticas de interação digital em diversos projetos, demonstrando como transformam a comunicação e constituem vínculos sociais para a ação coletiva. A análise aplicou um modelo de fluência digital e o framework da análise institucional de Ostrom, associando a comunicação digital à sua potência expressiva, afetiva e cooperativa. A pesquisa conclui propondo sete princípios de design para pot
1) A pesquisa analisa como a juventude brasileira está se adaptando ao mundo digital e as oportunidades e desafios gerados por essa transição.
2) Quatro eixos são investigados: educação, ativismo, empreendedorismo e comportamento dos jovens na era digital.
3) Foram entrevistados 1.440 jovens de diferentes regiões, classes sociais e gêneros para entender suas perspectivas e estilos de navegação na internet.
O documento discute o uso do Twitter como ferramenta estratégica para relações públicas digitais. Primeiramente, apresenta o contexto do surgimento das redes sociais online e como elas transformaram a comunicação organizacional em uma comunicação bidirecional. Em seguida, descreve especificamente o Twitter, definindo-o como um microblog e explicando como ele funciona. Por fim, destaca o grande uso do Twitter no Brasil, especialmente por jovens.
O documento discute o potencial da Internet e das TICs para promover a colaboração e a generosidade entre comunidades científicas. A Internet facilitou novas formas de comunicação entre pesquisadores e a disseminação do conhecimento. Isso pode levar ao estabelecimento de uma rede global de cooperação científica, onde pesquisas são compartilhadas para resolver problemas locais e globais.
O documento discute como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade de três maneiras: (1) permitindo que todos produzam e recebam informações, tornando os leitores ativos; (2) revolucionando o jornalismo ao fornecer notícias em tempo real e dando voz aos cidadãos; (3) permitindo novas formas de mobilização social e protesto.
Este documento discute o papel das redes sociais na comunicação da sociedade no século XXI. Analisa os principais tipos de redes sociais no Brasil em 2013, perfis de usuários e como as redes sociais podem ser usadas para divulgar notícias, embora seja necessária cautela para verificar a credibilidade das informações. Um caso sobre a divulgação incorreta da morte de uma celebridade através das redes sociais é usado para ilustrar este ponto.
O uso de ferramentas digitais na comunicação corporativa e institucional como...Izabel Machado
Análise de referências bibliográficas da disciplina de Gestão Estratégica da Comunicação, ministrada pelo professor Pedro Augusto Ramirez Monteiro, durante o curso de Pós-Graduação em Comunicação Legislativa, oferecido pelo Instituto Legislativo Brasileiro – ILB. Novembro/2014.
Este documento apresenta os tópicos e organização da unidade A do curso "Media e Sociedade". Aborda o contexto histórico do novo paradigma comunicacional e os efeitos dos novos media nas dinâmicas sociais, incluindo assimetrias na participação digital.
Esse trabalho se propõe a analisar o desenvolvimento da internet, suas influências na sociedade e no indivíduo, e por fim as consequências disso no ativismo, com o surgimento do ativismo digital.
O desenvolvimento do estudo ocorre inicialmente com um histórico da internet, desde seu surgimento até sua transformação como é hoje. Posteriormente, são apresentados os usos da internet ao longo do tempo e analisados estudos que mostram como as redes sociais refletem na formação do indivíduo moderno frente aos seus relacionamentos e persona frente a sociedade. A mudança dos processos de comunicação, a convergência midiática e a dualidade entre informação e conhecimento fecham os estudos sobre sociedade e indivíduo, abrindo o caminho para o reflexo sobre os efeitos dessas mudanças na forma de engajamento das pessoas e em como o ativismo foi potencializado por isso. Por fim, é feita uma análise do ativismo no ponto de vista pragmático, e o trabalho é finalizado com o estudo de diferentes casos relacionados ao ativismo digital que concretizam esse hábito moderno.
Pesquisa da Fundação Telefônica Vivo em parceria com o IBOPE Inteligência, Instituto Paulo Montenegro e Escola do Futuro – USP que visa entender o comportamento do jovem brasileiro na era digital.
Uso do WhatsApp pelas Assessorias de ImprensaLeandro Santos
1. O documento analisa como o aplicativo WhatsApp vem modificando as interações entre assessorias de imprensa e jornalistas, tomando como exemplo o grupo "PRF & Imprensa" criado pela Polícia Rodoviária Federal no Maranhão.
2. Discorre sobre como as novas tecnologias influenciaram os padrões de sociabilidade e a produção jornalística, e como essas mudanças impactaram o trabalho de assessorias de imprensa.
3. Aponta que ferramentas como o WhatsApp permitiram
Políticas de conduta em mídias sociais: atribuição de relações públicasLaís Bueno
[1] O documento discute as políticas de conduta que organizações adotam para as mídias sociais visando minimizar riscos à sua reputação. [2] Ele explora estudos de manuais de conduta reais disponíveis online. [3] Também discute como as mídias sociais alteraram a relação entre organizações, comunicadores e públicos, dando voz aos consumidores.
O Impacto das Novas Tecnologias na Esfera Pública: Estudo de Caso do TwitterJuliana Menezes
Este trabalho analisa o impacto das novas tecnologias, especificamente o Twitter, na esfera pública política. A pesquisa observa interações entre cidadãos e políticos no Twitter e discute como esta rede social pode ampliar a participação política e o debate democrático. O estudo de caso do Twitter sugere que esta plataforma oferece um espaço para livre expressão e discussão política que pode mudar a concepção do processo político e do exercício da cidadania no Brasil.
Este artigo discute como profissionais de relações públicas podem usar mídias sociais como ferramentas de comunicação para gerenciar crises. As mídias sociais estão se tornando parte importante da comunicação entre organizações e públicos, e podem ajudar a espalhar informações rapidamente durante uma crise, mas requerem planejamento e profissionais capacitados para lidar com possíveis conflitos nesses ambientes.
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
1) A virtualização das relações sociais é um fenômeno crescente com o avanço das tecnologias de comunicação, que permitem novas formas de interação e comunidades online.
2) As redes sociais desempenham um papel importante na virtualização das relações, permitindo que pessoas se conectem e mantenham relacionamentos mediados pela tecnologia.
3) No entanto, questões sobre a autenticidade e transparência surgem nessas novas relações virtuais, à medida que informações sobre identidades e vidas pessoais são
Comunicação via redes sociais digitais e mobilização socialCamilla Martins
1) O documento discute como utilizar ferramentas de redes sociais digitais para comunicação e mobilização social, mensurar resultados e realizar pesquisas acadêmicas.
2) A palestrante Camilla Martins, especialista em comunicação, apresentará um estudo de caso sobre como utilizou redes sociais para pesquisa sobre preconceito contra homossexuais.
3) O documento fornece detalhes sobre a formação e experiência da palestrante e o programa da palestra, incluindo introdução ao tema e estudo de caso.
Um Estudo sobre o Contexto e Motivação do Uso das Redes Sociais por Empresas ...janierson
Este estudo analisa o uso das redes sociais Facebook e Orkut por empresas de pequenos municípios no Ceará. Questionários e entrevistas com 5 empresas exploraram como elas usam as redes sociais para se posicionar no mercado, superar limitações de distância e competir em nível nacional. Os resultados podem ajudar no desenvolvimento de estratégias de negócios para comunicação digital.
Quando o virtual transforma-se em real: as Redes Sociais como Ferramentas da ...Viviane de Carvalho
O desenvolvimento da Internet e as possibilidades criadas pelo avanço tecnológico propiciaram o surgimento das redes sociais on-line que estão revolucionando a tradicional comunicação organizacional. Neste artigo investiga-se como está sendo transformado o relacionamento entre empresas e seus públicos por meio das interações sociais mediadas pelas redes on-line. O objetivo é elucidar como os sites de redes sociais estão sendo utilizados pelas empresas como ferramentas de comunicação organizacional e quais estratégias são aplicadas. Para ilustrar o estudo foram analisados dados colhidos de três modalidades usadas pela Petrobras em sites de redes sociais: o Blog Fatos e Dados, o Twitter e a Fan page no Facebook.
Este documento discute a inclusão digital no Brasil e projetos governamentais para promover o acesso à tecnologia e internet, como o Acessa SP e Acessa Escola. Apresenta dados sobre o perfil dos usuários destes programas e como as redes sociais podem ser usadas para apoiar a aprendizagem colaborativa.
Artigo - Os microblogs como ferramenta de comunicação organizacionalLaís Bueno
O documento discute o papel das mídias sociais, especialmente os microblogs, na comunicação organizacional. Apresenta como as organizações podem usar ferramentas como o Twitter para se conectar com públicos, obter feedback e influenciar decisões de compra. Também destaca desafios como a falta de controle sobre as informações e a necessidade de estratégias eficientes de engajamento.
Esta tese analisa como a interatividade digital potencializa a cooperação em comunidades de desenvolvimento de software livre. A pesquisa mapeou as práticas de interação digital em diversos projetos, demonstrando como transformam a comunicação e constituem vínculos sociais para a ação coletiva. A análise aplicou um modelo de fluência digital e o framework da análise institucional de Ostrom, associando a comunicação digital à sua potência expressiva, afetiva e cooperativa. A pesquisa conclui propondo sete princípios de design para pot
1) A pesquisa analisa como a juventude brasileira está se adaptando ao mundo digital e as oportunidades e desafios gerados por essa transição.
2) Quatro eixos são investigados: educação, ativismo, empreendedorismo e comportamento dos jovens na era digital.
3) Foram entrevistados 1.440 jovens de diferentes regiões, classes sociais e gêneros para entender suas perspectivas e estilos de navegação na internet.
O documento discute o uso do Twitter como ferramenta estratégica para relações públicas digitais. Primeiramente, apresenta o contexto do surgimento das redes sociais online e como elas transformaram a comunicação organizacional em uma comunicação bidirecional. Em seguida, descreve especificamente o Twitter, definindo-o como um microblog e explicando como ele funciona. Por fim, destaca o grande uso do Twitter no Brasil, especialmente por jovens.
O documento discute o potencial da Internet e das TICs para promover a colaboração e a generosidade entre comunidades científicas. A Internet facilitou novas formas de comunicação entre pesquisadores e a disseminação do conhecimento. Isso pode levar ao estabelecimento de uma rede global de cooperação científica, onde pesquisas são compartilhadas para resolver problemas locais e globais.
O documento discute como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade de três maneiras: (1) permitindo que todos produzam e recebam informações, tornando os leitores ativos; (2) revolucionando o jornalismo ao fornecer notícias em tempo real e dando voz aos cidadãos; (3) permitindo novas formas de mobilização social e protesto.
Este documento discute o papel das redes sociais na comunicação da sociedade no século XXI. Analisa os principais tipos de redes sociais no Brasil em 2013, perfis de usuários e como as redes sociais podem ser usadas para divulgar notícias, embora seja necessária cautela para verificar a credibilidade das informações. Um caso sobre a divulgação incorreta da morte de uma celebridade através das redes sociais é usado para ilustrar este ponto.
O uso de ferramentas digitais na comunicação corporativa e institucional como...Izabel Machado
Análise de referências bibliográficas da disciplina de Gestão Estratégica da Comunicação, ministrada pelo professor Pedro Augusto Ramirez Monteiro, durante o curso de Pós-Graduação em Comunicação Legislativa, oferecido pelo Instituto Legislativo Brasileiro – ILB. Novembro/2014.
Este documento apresenta os tópicos e organização da unidade A do curso "Media e Sociedade". Aborda o contexto histórico do novo paradigma comunicacional e os efeitos dos novos media nas dinâmicas sociais, incluindo assimetrias na participação digital.
Esse trabalho se propõe a analisar o desenvolvimento da internet, suas influências na sociedade e no indivíduo, e por fim as consequências disso no ativismo, com o surgimento do ativismo digital.
O desenvolvimento do estudo ocorre inicialmente com um histórico da internet, desde seu surgimento até sua transformação como é hoje. Posteriormente, são apresentados os usos da internet ao longo do tempo e analisados estudos que mostram como as redes sociais refletem na formação do indivíduo moderno frente aos seus relacionamentos e persona frente a sociedade. A mudança dos processos de comunicação, a convergência midiática e a dualidade entre informação e conhecimento fecham os estudos sobre sociedade e indivíduo, abrindo o caminho para o reflexo sobre os efeitos dessas mudanças na forma de engajamento das pessoas e em como o ativismo foi potencializado por isso. Por fim, é feita uma análise do ativismo no ponto de vista pragmático, e o trabalho é finalizado com o estudo de diferentes casos relacionados ao ativismo digital que concretizam esse hábito moderno.
Pesquisa da Fundação Telefônica Vivo em parceria com o IBOPE Inteligência, Instituto Paulo Montenegro e Escola do Futuro – USP que visa entender o comportamento do jovem brasileiro na era digital.
Uso do WhatsApp pelas Assessorias de ImprensaLeandro Santos
1. O documento analisa como o aplicativo WhatsApp vem modificando as interações entre assessorias de imprensa e jornalistas, tomando como exemplo o grupo "PRF & Imprensa" criado pela Polícia Rodoviária Federal no Maranhão.
2. Discorre sobre como as novas tecnologias influenciaram os padrões de sociabilidade e a produção jornalística, e como essas mudanças impactaram o trabalho de assessorias de imprensa.
3. Aponta que ferramentas como o WhatsApp permitiram
Políticas de conduta em mídias sociais: atribuição de relações públicasLaís Bueno
[1] O documento discute as políticas de conduta que organizações adotam para as mídias sociais visando minimizar riscos à sua reputação. [2] Ele explora estudos de manuais de conduta reais disponíveis online. [3] Também discute como as mídias sociais alteraram a relação entre organizações, comunicadores e públicos, dando voz aos consumidores.
O Impacto das Novas Tecnologias na Esfera Pública: Estudo de Caso do TwitterJuliana Menezes
Este trabalho analisa o impacto das novas tecnologias, especificamente o Twitter, na esfera pública política. A pesquisa observa interações entre cidadãos e políticos no Twitter e discute como esta rede social pode ampliar a participação política e o debate democrático. O estudo de caso do Twitter sugere que esta plataforma oferece um espaço para livre expressão e discussão política que pode mudar a concepção do processo político e do exercício da cidadania no Brasil.
Este artigo discute como profissionais de relações públicas podem usar mídias sociais como ferramentas de comunicação para gerenciar crises. As mídias sociais estão se tornando parte importante da comunicação entre organizações e públicos, e podem ajudar a espalhar informações rapidamente durante uma crise, mas requerem planejamento e profissionais capacitados para lidar com possíveis conflitos nesses ambientes.
As Mídias Sociais Como Instrumentos de Relações Públicas no
Semelhante a Conexões Científicas Ciclo III 2006 - 2007: Da idéia de “impacto” a de “viver com” a internet: a percepção de jovens usuários do programa AcessaSP sobre o orkut
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
1) A virtualização das relações sociais é um fenômeno crescente com o avanço das tecnologias de comunicação, que permitem novas formas de interação e comunidades online.
2) As redes sociais desempenham um papel importante na virtualização das relações, permitindo que pessoas se conectem e mantenham relacionamentos mediados pela tecnologia.
3) No entanto, questões sobre a autenticidade e transparência surgem nessas novas relações virtuais, à medida que informações sobre identidades e vidas pessoais são
O documento discute o papel das tecnologias e da sociedade em rede na educação do século XXI. A sociedade em rede potencializou o acesso à informação através da internet, transformando as interações sociais e a disseminação do conhecimento. Isso traz desafios para a educação acompanhar estas mudanças e desenvolver competências digitais nos estudantes.
O documento discute como o Facebook afeta as relações sociais dos jovens e como a internet promove a desterritorialização cultural através da globalização. Também analisa como o filme "A Rede Social" retrata essas questões e a influência do site na vida amorosa dos adolescentes.
O documento discute como a Internet pode fortalecer a sociedade civil através de novas formas de associação e comunicação, permitindo o envolvimento cívico e protestos a nível global. No entanto, também reconhece desafios como a desigualdade no acesso e riscos de individualismo e perda de privacidade.
Este documento discute o conceito de comunidades virtuais. Ele explica que comunidades virtuais são grupos de pessoas que se conectam através da internet com interesses comuns. O documento também contrasta comunidades virtuais com comunidades tradicionais e modernas, notando que comunidades virtuais compartilham algumas características como sentido de pertencimento, mas diferem em aspectos como territorialidade física.
Este documento discute o conceito de comunidades virtuais. Ele explica que as comunidades virtuais são grupos de pessoas que se conectam através da internet com interesses comuns, apesar de não estarem fisicamente juntas. O documento também contrasta comunidades virtuais com comunidades tradicionais e modernas, notando que as virtuais permitem que as pessoas escolham quais comunidades pertencer independentemente de sua localização geográfica.
Fernando Maviuco - Nova Forma de Fazer Política na era digital (artigo)Editora
Este artigo discute como a era digital transformou a política e a sociedade através da internet e das redes sociais, permitindo novas formas de comunicação global, ativismo online e mobilização política fora dos canais tradicionais como TV e rádio. A habilidade de uma sociedade em adotar essas novas tecnologias remodela a história social de forma acelerada.
Reflexões sobre a Comunicação Face a Face / Comunicação Mediada por Computado...Hélder Pereira
Este documento discute as vantagens e desvantagens da comunicação mediada por computador (CMC) em comparação com a comunicação face a face. Ele argumenta que, embora a CMC possa parecer superficial, ela permite novas formas de comunicação global e conectada que podem ser benéficas para a aprendizagem online. A CMC deve ser entendida em seus próprios termos e pode desenvolver interações e dimensões significativas quando usada corretamente no contexto educacional.
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
A Sociedade em Rede caracteriza-se por uma sociabilidade assente numa dimensão virtual possibilitada pelas novas tecnologias, transcendendo tempo e espaço. Ela encontra-se vinculada ao nosso quotidiano através da internet, que permite ler notícias, comunicar, pesquisar e partilhar conhecimento em tempo real. A Sociedade em Rede revela uma vivência social diferente através da partilha de ideias independentemente da localização física.
Da pastoral dos meios para uma pastoral da comunicaçãoAndréia Gripp
O documento discute a necessidade da Igreja adotar uma abordagem pastoral focada na cultura midiática digital, ao invés de apenas nos meios de comunicação. A internet criou um novo ambiente que desafia a Igreja a se integrar e anunciar o Evangelho nesse contexto. Também destaca como a cultura digital influencia as formas de relacionamento e pode dificultar a compreensão dos valores defendidos pela Igreja.
O documento discute três modelos de redes sociais: 1) Modelo de redes aleatórias de Rényi e Erdös, onde os nós se conectam aleatoriamente; 2) Modelo de "mundos pequenos" de Milgram, que mostrou que as pessoas estão ligadas por poucos graus de separação; 3) Modelo de Watts e Strogatz que mostra que as redes sociais têm alta conectividade localmente, mas também ligam diferentes grupos.
O documento discute modelos de redes sociais e como elas são estudadas. Aborda três modelos principais (aleatório, mundo pequeno e sem escala), além de redes sociais na internet e comunidades virtuais.
Este documento apresenta um resumo de um número da revista Media & Jornalismo que analisa a inclusão e participação digital na sociedade portuguesa através de vários artigos de investigação. Os artigos exploram tópicos como os Espaços Internet públicos, diferenças de gênero no acesso digital, uso do celular por jovens e mulheres, cultura digital de jovens negros, fotografia em redes sociais e o lançamento do computador Magalhães em Portugal.
Comunicação instantânea: uma nova prática sociocultural no contexto organizac...Blog Mídia8!
Este documento discute a comunicação instantânea no contexto organizacional. Ele explica como as novas tecnologias de comunicação permitem novas formas de interação entre funcionários e podem alterar a cultura organizacional, tornando-a mais participativa. A comunicação instantânea pode potencializar a participação dos funcionários no processo comunicativo e causar mudanças na cultura das organizações.
1. O documento discute a transformação da sociedade para uma "sociedade em rede" devido ao uso crescente de tecnologias digitais e redes, com impactos na economia, organização social e política.
2. Castells argumenta que o poder na sociedade em rede está ligado ao controle dos fluxos de informação e recursos nas redes globais. Instituições precisam se adaptar aos novos conceitos de tempo e espaço digital.
3. As políticas devem ajudar a transição para a sociedade em rede, especialmente reformando o setor
Project carried out by the Strategic Planning Team Strat, with the main objective to understand the importance of social networks in people's lives.
By: João Dionisio, Sónia Teixeira and Nuno Ferreira
O documento discute os desafios para a organização da informação em ambientes colaborativos virtuais no contexto do uso de folksonomias, redes sociais e competências de classificação de usuários. Apresenta como esses fatores alteraram a mediação na organização e acesso à informação e discute os conceitos de identidade informacional, ambientes virtuais de trocas, culturas informacionais e competência de classificação.
Semelhante a Conexões Científicas Ciclo III 2006 - 2007: Da idéia de “impacto” a de “viver com” a internet: a percepção de jovens usuários do programa AcessaSP sobre o orkut (20)
Observatório da Cultura Digital - Conexões Científicas 2009: Análise de padr...AcessaSP
A abordagem de problemas reais utilizando a teoria dos Grafos a muito vem ganhando importância, unido a esta, as possibilidades da informática e atualmente o crescimento da Internet e sua crescente importância para disseminação de informações em proporções nunca antes imaginadas, estabelece um novo paradigma científico. O presente trabalho possui como propósito a construção de um software (de código aberto) para extração e análise de informações das redes sociais estabelecidas na infovia, proporcionando gerar arquivos de imagem que representem a rede social e sua representação na forma de grafos.
Os avanços tecnológicos, em particular a revolução que a informática proporcionou para a ciência é indiscutível e irreversível, não obstante a matemática pode se valer dessa tecnologia para provar alguns fatos sem as metodologias clássicas. Na base estrutural da informática encontram-se aninhadas diversas idéias matemáticas e um dos produtos da informática que mais ganhou importância em todos os ramos da sociedade, a Internet, pode ser entendida segundo a visão matemática como um grafo, que se estende por todo o globo terrestre, se expandindo a cada dia.
O estudo do comportamento e da topologia deste tipo de grafo, não apresenta ainda material conclusivo, principalmente em português, existindo poucos estudos na área.
Por isso, durante esse texto eu traduzi vários termos da literatura estrangeira para os seus equivalentes em português, alguns, porém eu não consegui achar tradução razoável, optando então por utilizar os termos técnicos em inglês. Isso aconteceu, por exemplo, com o termo principal desse documento, Scale-free Networks, o qual a tradução aproximada para português seria “Redes livres de Escala” ou “Redes de escala invariante” mas optar por elas dificultaria ao leitor interessado na hora de buscar por mais literatura na Internet.
Especial Estadão "Brasil Conectado" - parte 1AcessaSP
1) 94,2 milhões de brasileiros, ou 55% da população com mais de 10 anos, usam a internet regularmente.
2) Há grandes desigualdades no acesso à internet entre classes socioeconômicas, com apenas 21% de conexão nas favelas.
3) Políticas públicas precisam promover o acesso à internet em escolas e comunidades, além de cursos para capacitação digital.
Especial Estadão "Brasil Conectado" - parte 3AcessaSP
O governo de São Paulo lançou uma iniciativa chamada PitchGovSP para encontrar soluções tecnológicas de startups para desafios da administração pública. Empresas podem se inscrever até 18 de outubro para apresentar propostas em 17 de novembro. Os melhores projetos podem se tornar políticas públicas no estado.
1) O documento apresenta uma introdução ao Design Thinking, descrevendo os principais conceitos e etapas do método.
2) Inclui definições, exemplos históricos e referências que explicam como o Design Thinking aborda problemas de forma centrada nas pessoas.
3) Fornece links e citações sobre economia colaborativa, pensamento abdutivo e como o Design Thinking pode ser aplicado por educadores.
Observatório da Cultura Digital - Conexões Científicas 2011: "Acessa SP: 11 a...AcessaSP
O documento discute os desafios da sustentabilidade no setor de alimentos e bebidas. Ele destaca a necessidade de reduzir o desperdício de alimentos e água, bem como o uso de embalagens sustentáveis para ajudar a resolver os problemas ambientais.
Este manual fornece instruções sobre como usar o Sistema de Cadastro Online do programa Acessa São Paulo, incluindo como acessar o sistema, pesquisar e editar dados de usuários, registrar atendimentos, cadastrar novos usuários e perguntas frequentes.
Ponline (Pesquisa Online), é aplicada anulamente nos postos do programa Acessa SP e tem o objetivo de mapear o perfil dos usuários, sua avaliação em relação aos serviços prestados pelo programa bem como seus hábitos em relação a cultura digital.
O documento fornece informações sobre o Programa Acessa SP, incluindo:
1) Uma breve história do programa e seus números atuais de atendimentos, postos, usuários e municípios atendidos.
2) Os objetivos, indicadores e metas da qualidade do programa.
3) As diversas formas como o programa avalia e mede seu desempenho e os serviços oferecidos.
[1] O documento apresenta o cronograma de atividades de uma capacitação de supervisores do Programa Acessa SP, com blocos de conteúdo sobre gestão, papéis e responsabilidades e oportunidades.
[2] O Programa Acessa SP é uma iniciativa do governo de São Paulo para inclusão digital que oferece acesso gratuito à internet em mais de 800 postos, atendendo cerca de 2,9 milhões de usuários.
[3] Além do acesso à internet, o Acessa SP ofere
Apresentação utilizada por Reinaldo Campos dos Instituto EducaDigital na oficina de Design Thinking que foi aplicada no Encontro Regional realizado em abril de 2015 na sede do Sebrae Botucatu.
Mais informações sobre os Encontros Regionais: http://rede.acessasp.sp.gov.br/encontrosregionais
[1] A Ponline é uma pesquisa online anual aplicada entre os usuários do Programa Acessa SP desde 2003 para identificar o perfil dos usuários e avaliar o programa. [2] Durante uma semana a cada ano, um em cada dez usuários que forem aos postos devem ser convidados a responder o questionário online. [3] Os monitores devem coletar assinaturas em uma lista de presença diariamente e convidar os usuários selecionados a responder a pesquisa, mas a participação é voluntária.
Este documento fornece instruções sobre a Pesquisa On-line com Usuários do Programa Acessa SP (Ponline), realizada anualmente. A pesquisa é respondida on-line por usuários selecionados aleatoriamente e fornece dados sobre o perfil e uso da Internet no estado de São Paulo. Os monitores devem convidar 1 a cada 10 usuários a responder o questionário na semana designada e registrar as respostas no link para controle diário.
Como preencher seu perfil no Moodle - AcessaSPAcessaSP
O documento fornece instruções em 4 etapas para preencher e personalizar o perfil do usuário em uma plataforma de ensino a distância: 1) acessar o perfil; 2) modificar as informações pessoais e preferências; 3) inserir uma imagem de perfil; 4) salvar as alterações.
O documento fornece instruções em 4 passos para preencher e personalizar o perfil no Moodle:
1) Acessar o perfil clicando no nome do usuário;
2) Clicar em "Modificar Perfil" para editar as informações;
3) Inserir uma imagem selecionando um arquivo salvo no computador;
4) Salvar as alterações clicando em "Atualizar Perfil".
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O documento discute o impacto ambiental e na saúde pública do lixo eletrônico, incluindo estatísticas sobre a produção desse tipo de resíduo, seus componentes tóxicos e como afeta o meio ambiente e a saúde humana através da contaminação do solo, água e alimentos. Também aborda legislações sobre o assunto e imagens da realidade do descarte irregular desse lixo em diferentes países.
A MetaReciclagem é uma rede que propõe o estudo e reconstrução de tecnologias para transformação social de forma livre e compartilhada. Seus princípios incluem transformar ideias, criar em liberdade e compartilhar descobertas. As atividades incluem oficinas de reciclagem tecnológica, desenvolvimento de software livre e robótica.
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Conexões Científicas Ciclo III 2006 - 2007: Da idéia de “impacto” a de “viver com” a internet: a percepção de jovens usuários do programa AcessaSP sobre o orkut
1. Da idéia de “impacto” a de “viver com” a
internet: a percepção de jovens usuários
do programa AcessaSP sobre o orkut
Pesquisadora
Melissa Migliori S. Machado
Mestranda em Comunicação e Semiótica
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
São Paulo – Brasil
Pesquisadora do Programa Conexões Científicas
Escola do Futuro da USP
Maio de 2007
1
2. Índice
Introdução – p. 03
A passagem da idéia de “comunidade” para as “redes sociais” – p. 05
Da idéia de “impacto” para a de “viver com” a internet – p. 07
A Pesquisa – p. 09
Os Resultados – p. 10
A Confiança – p. 11
Conclusões – p. 18
Encaminhamentos – p. 20
Bibliografia – p. 22
2
3. Introdução
O público da Internet é predominantemente jovem. Em todas as pesquisas
realizadas, a proporção de jovens acessando a rede é maior do que na população adulta.
Estamos presenciando o início de uma era na qual jovens estão crescendo com/na
Internet e, portanto está se desenvolvendo uma cultura de Internet. Não se trata de
agregar “uma coisa a mais” na vida dos jovens, mas sim de compreender que a vida em
si mudou.
Algumas tecnologias são consideradas revolucionárias na medida em que
introduzem profundas alterações tanto no tecido social quanto nas formas de pensar,
agir, sentir e ser de seus contemporâneos. A internet é uma dessas tecnologias
revolucionárias. Segundo Costa (2005), os impactos da internet podem ser divididos em
dois tipos principais - a) impactos diretos: aqueles gerados pela interação dos usuários
com a rede de computadores ou pela interação entre usuários por meio dela; b) impactos
indiretos: aqueles que incidem tanto sobre os usuários da rede quanto sobre homens e
mulheres que podem jamais ter tido qualquer experiência direta com a internet. Isso
porque tanto os primeiros quanto os últimos sofrem os efeitos das profundas alterações
introduzidas pela internet no mercado de trabalho, na circulação do capital, no exercício
da cidadania, no acesso à informação, na educação etc.
Uma das principais manifestações de uma determinada sociedade (ou de um
conjunto de sociedades), em uma dada época, é a tecnologia por ela desenvolvida e
usada. A internet não é uma exceção a essa regra. Ela faz parte do conjunto de
tecnologias (computadores, satélites, fibras ópticas, celulares etc.) que está tornando
possível a emergência de uma nova "era" (por muitos chamada de pós-moderna, ver
Bauman, 2001; Harvey, 1989; Sennett, 1998); uma era cujas principais características
são a integração, a globalização, a relativização, o imediatismo, a agilidade, a derrubada
de fronteiras, a extraterritorialidade, o nomadismo etc. (Costa, 2002)
Ao fazer parte do conjunto de fatores que estão mudando a configuração social
do mundo em que vivemos, a internet evidentemente também vem tendo um importante
papel nas mudanças que estão ocorrendo nos nossos comportamentos, nas nossas
3
4. formas de ver o mundo, bem como de nos vermos nele, e, acima de tudo, nas nossas
formas de ser.
Há muito nos foi mostrado que aquilo que acontece no nível social tem um
importante papel na construção da organização subjetiva. Todo ambiente sócio-cultural
é feito de um conjunto dinâmico de universos. (Rolnik, 1997). Tais universos afetam as
subjetividades, traduzindo-se como sensações que mobilizam um investimento de
desejo em diferentes graus de intensidade. O contorno de uma subjetividade delineia-se
a partir de uma composição singular de forças. A cada novo universo que se incorpora,
novas sensações entram em cena e um novo mapa de relações se estabelece, sem que
mude necessariamente a figura através da qual a subjetividade se reconhece. O conceito
de subjetividade é um conceito híbrido por excelência já que não descreve uma essência
ou uma natureza, mas diz respeito a um processo de produção de si que se realiza com
componentes heterogêneos, matérias distintas ou vetores de existencialização diversos.
(Passos, 2002).
Estamos aqui falando não só das relações familiares, dos acontecimentos da
infância ou dos componentes biológicos, mas também das relações com a cidade, com a
política, com os meios de comunicação, com as novas tecnologias etc. Sem incluirmos
aspectos da subjetividade contemporânea nas pesquisas e atividades, corremos o risco
de nos tornarmos inadequados ou mesmo preconceituosos (como é o caso daqueles para
os quais qualquer mudança recebe valoração negativa a partir de parâmetros
tradicionais).
Dentre os elementos da internet que vêm co-habitando todas essas mudanças, os
sites de comunidades de relacionamento, principalmente o orkut, têm sido de grande
destaque. O programa de inclusão digital Acessa São Paulo, com a preocupação de
acompanhar o desenvolvimento do perfil dos usuários freqüentadores, seus hábitos e
atitude em relação as novas tecnologias, o impacto pessoal e comunitário, realiza
anualmente uma pesquisa chamada Ponline. Segundo os resultados da pesquisa de 2006,
seu público é predominantemente jovem, a grande maioria utiliza os postos mais de uma
vez por semana, e em resposta a questão “o que você faz na internet?”, as três principais
são: recebo e envio e-mail – 86,4%; converso via mensagens instantâneas (exemplo:
MSN, Google talk) – 64,8%; participo de sites de comunidades de relacionamento
(exemplo orkut) – 63,1%.
4
5. Esse dado é importante porque muitos estudiosos (vide Castells, 2003; Lévy,
1999, Rheingold, 1994) consideram a comunicação mediada por computador como uma
forma de conexão entre as pessoas e aumento do senso de comunidade, através do
surgimento de comunidades virtuais. A sinergia entre as pessoas via internet,
dependendo do projeto em que estejam envolvidas, pode ser multiplicada com enorme
sucesso. (Costa, 2205) Essas redes digitais representam hoje fator determinante para a
compreensão da expansão de novas formas de redes sociais.
Embora isso possa acontecer, o exemplo do orkut leva-nos a inferir como esta
dinâmica, pesquisada do ponto de vista da subjetividade, pode se traduzir em aplicações
no contexto de um programa de inclusão digital.
A passagem da idéia de “comunidade” para as “redes sociais”
As diversas formas de comunidades virtuais, a explosão dos blogs e wikis, e a
própria febre do orkut são prova de que o ciberespaço constitui fator crucial na
constituição de um novo jeito de fazer sociedade e, consequentemente, nos contornos da
subjetividade. Os estudos que levam a passagem da compreensão de “comunidade” para
“redes sociais” se deve em grande parte a explosão das comunidades virtuais no
ciberespaço e a estrutura dinâmica das redes de comunicação. Com tantos eventos
coletivos disparados pelo orkut, não há dúvidas sobre seu potencial de reorganização da
dinâmica dos movimentos sociais. As redes digitais representam hoje um fator
determinante para a compreensão e ampliação de novas formas de redes sociais.
A discussão sobre o termo “comunidade” se dá em torno da idéia de que esse
termo pode, de fato, ter mudado de sentido. Alguns autores relacionam o termo
comunidade com o sentido mais tradicional que conhecemos: laços por proximidade
local, parentesco, solidariedade de vizinhanças. Neste sentido, a perda da possibilidade
de se relacionar desta maneira, pelo crescimento das cidades e outros fatores
relacionados à revolução industrial das últimas décadas, nos traria relações não coesas,
uma vez que este desenho de comunidade é a base para relacionamentos consistentes.
Essa revolução teria trazido relações superficiais, exploratórias, transitórias,
especializadas e desconectadas nas vizinhanças. Wellman & Berkowitz afirmam que
5
6. recentes análises fazem uma comparação nostálgica das comunidades contemporâneas
com os supostos bons tempos, e oferecem uma análise mais complexa trazendo a idéia
de que estamos em rede, mas associados em comunidades pessoais, e que as
comunidades contemporâneas não estão mortas.
O que os recentes analistas de redes apontam é para a necessidade de uma mudança no
modo como se compreende o conceito de comunidade: novas formas de comunidade
surgiram, o que tornou mais complexa nossa forma de relação com as antigas formas.
De fato, se focarmos diretamente os laços sociais e sistemas informais de troca de
recursos, ao invés de focarmos as pessoas vivendo em vizinhanças e pequenas cidades,
teremos uma imagem das relações interpessoais bem diferente daquela com a qual nos
habituamos.(Costa, 2005, p.239).
Isso nos leva a passagem da idéia de “comunidade” para a de “redes sociais”.
Nas redes as relações não estão mais presas a padrões específicos e estabelecidos.
Cobrar das comunidades virtuais aquilo que se entendia “romanticamente por
comunidade”, pode ser simplesmente se impedir de ver o que vem acontecendo nos
movimentos coletivos de nossa época. Uma vez entendido que comunidades virtuais são
uma nova forma de se fazer sociedade, essa forma fala de uma outra divisão dos
espaços. É desprendida, baseada muito mais na cooperação, trocas objetivas e interesses
específicos do que na permanência de laços próximos. Estes termos só foram possíveis
com o apoio das novas tecnologias de comunicação.
No entanto, essas novas formas de associação que estabelecem as dinâmicas de
nossa atividade atualmente trazem desafios interessantes. As redes sociais pedem novas
maneiras de estender nossas “simpatias” para além dos clãs e vizinhanças próximas e
conhecidas, ou seja, as “comunidades” em seu sentido mais tradicional. A questão que
aparece é como caminhar para um arranjo de comunidades pessoais em redes. Como
analisar as tendências, o intenso uso do orkut, por exemplo, e buscar o que precisa ser
fortalecido para que esse movimento se constitua de fato numa organização proveitosa
para todos. Segundo o estudioso de redes sociais Rogério da Costa:
Um dos aspectos essências para a consolidação de comunidades pessoais ou redes
sociais é, sem dúvida, o sentimento de confiança mútua que precisa existir em maior ou
menor escala entre as pessoas. A construção dessa confiança está diretamente
6
7. relacionada com a capacidade que cada um teria de entrar em relação com os outros, de
perceber o outro e incluí-lo em seu universo de referência. (p.243)
Da idéia de “impacto” a de “viver com” a internet
Muito tem sido produzido a respeito do impacto dessas tecnologias no modo de
vida no século XXI, especialmente na atual geração de crianças e jovens. A geração
dos jovens que nasceram em meados dos anos 80, nasceu e cresceu com a informática e
a Internet como parte elementar da contemporaneidade. Essa geração não viu a
“transformação” de um mundo analógico em digital, mas sim cresceu dentro de um
ambiente no qual a vida virtual nada mais é que parte de seu cotidiano, uma ampliação
de território.
Uma pesquisa realizada durante seis anos, Annenberg Digital Future Project,
encomendada pela Universidade do Sul da California (USC), entre o público jovem
americano, mostra que muitos internautas acreditam que pertencer a
comunidades virtuais é tão importante quanto os laços estabelecidos
no mundo real. De acordo com a pesquisa, cada vez mais gente participa de atividades
sociais "online", como escrever "blogs", participar de fóruns e manter contato com
amigos e parentes. E um em cada cinco pais acredita que seus filhos passam muito
tempo na internet. Mas a maioria acha que isso não melhora nem prejudica seu
rendimento escolar.
Quais os efeitos dessa informatização nesses jovens?
É interessante notar o percurso dos temas de interesse das pesquisas e notícias na
mídia sobre a internet. Desde meados da década de 1990, iniciou-se uma difusão da
internet com foco nas diversas patologias que seu uso poderia causar e, daí em diante, as
crenças nos comportamentos patológicos associados à internet.
Os psicólogos americanos Kimberly Young (1996, 1998) e David Greenfield
(1999, 2000), divulgaram a existência de um novo comportamento compulsivo, com
referencia inclusive ao Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-
IV), dizendo se tratar de comportamento semelhante ao do jogo compulsivo. Esta nova
patologia foi chamada de Internet addiction ou Pathological Internet Use (PIU) e tanto
Young quanto Greenfield passaram a se dedicar ao seu tratamento.
7
8. Outra pesquisa que encontrou muita receptividade na mídia norte-americana foi
aquela levada a cabo pelo Stanford Institute for the Quantitative Study of Society
(SIQSS, 2000). De acordo com o professor Norman Nie, diretor do SIQSS, o estudo
revela que o uso intensivo da Internet está gerando uma legião de pessoas solitárias que
não se interessam pelas obrigações e prazeres do mundo real e substituem vínculos
afetivos fortes e reais por vínculos afetivos mais fracos e virtuais.
Estes estudos foram seguidos de muitos outros sobre os efeitos negativos do uso
intensivo da Rede. Pesquisas americanas, canadenses, francesas, suíças, todas ganharam
muito espaço na mídia nacional.
Brasileiros tiveram acesso nos últimos anos a noticias e informações do tipo:
Instituições tentam curar viciados em Internet: a nova doença foi identificada em
janeiro de 1995, e seu histórico e sintomas podem ser encontrados na homepage
mantida pelo Centro para Viciados On line da Universidade de Pittsburgh
(http://www.pitt.edu/~ksy/). (Folha de São Paulo, 20 de novembro de1996); Médico
diz que Internet vicia como cocaína: Essa é a conclusão do psicólogo britânico Mark
Griffiths, que, após um ano e meio de pesquisas, definiu o perfil do viciado: é o
adolescente solitário que usa o computador para criar um universo paralelo (Jornal do
Brasil, 7 de agosto de 1997); Viciados em Internet: o número de viciados em
informações obtidas na Internet está aumentando em todo o mundo, segundo estudo
realizado pela agência Reuters. Um total de 53% das mil pessoas entrevistadas admitiu
que sofrem de incontrolável ânsia de obter informação pela Internet (Jornal O Globo, 8
dezembro de 1997); Internet vira vício para 10% dos usuários: [Segundo o psicólogo
canadense Jean-Pierre Rouchon], homens entre 25 e 35 anos com um bom nível
socioeconômico, que passam incontáveis horas trabalhando na frente dos seus
computadores, são o principal grupo de risco para um novo tipo de dependência que
começa a ser detectado: o vício em Internet (Folha de São Paulo,30 de agosto de 1998).
A revista Superinteressante, em outubro de 2000, buscando oferecer um panorama geral
sobre a internet publica a matéria: Armadilha Digital, na qual é ressaltada mais uma vez
a dependência, o isolamento social e a substituição da realidade “real” pela “virtual” e
seus prejuízos.
É isso o que vem sendo passado para o público em geral desde o início da
difusão da Internet.
8
9. Como estamos no olho do furacão, vivendo todas estas transformações,
conseguir se afastar e desenvolver uma visão reflexiva sobre os acontecimentos é um
grande exercício. A proposta desse trabalho não é, portanto, fazer mais uma análise de
impacto, e sim tentar caminhar na direção de iluminar pontos emergentes de uma nova
configuração. Diferente de medir impactos em relação a outros cenários anteriores ou
posteriores.
Esta, certamente, é a geração considerada como depositária das novas
informações, ou seja, existe em nossa sociedade um conceito de que as crianças e os
jovens têm domínio sobre o “mundo dos fios e dos botões”. Segundo FEIXA (2001),
agora são os pais que começam a aprender com os filhos, os quais constituem um novo
referencial de autoridade e transformam certas condições biográficas que definem o
ciclo vital. São os jovens os encarregados de dar conta das novas tecnologias.
Não é nosso foco aprofundar no julgamento destas colocações, mas apenas
ressaltar que uma grande mudança ocorre no desenho das relações e nos conceitos de
aprendizagem e construção do conhecimento. Ao analisar tudo aquilo que, em nossa
forma de pensar, depende da oralidade, da escrita e da impressão descobriremos que
apreendemos o conhecimento por simulação, típico da cultura informática, com os
critérios e os reflexos mentais ligados às tecnologias intelectuais anteriores (Levy,
2002).
Colocar em perspectiva, relativizar as formas teóricas ou críticas que perdem
terreno hoje, isto talvez facilite o indispensável trabalho de luto que permitirá abrimo-
nos a novas formas de comunicar e de conhecer. A cultura de rede exige novos
aspectos e competências de sociabilidade em novos contextos: atenção, cooperação,
confiança e inter-relação. (Costa, R.; 2002) Tais aspectos apontam para o surgimento de
uma nova linguagem e convidam para uma análise sobre nossas capacidades de se
comunicar, de se relacionar com inúmeros indivíduos e ambientes de informação.
A pesquisa
A presente pesquisa buscou investigar quais mudanças se estariam operando nas
subjetividades destes jovens, hoje, considerando-se a configuração das redes sociais. O
foco da pesquisa foi o orkut, por ser o “campeão de audiência” entre os jovens usuários
do programa Acessasp.
9
10. Uma vez que é sabido que o jovem usa muito o orkut, buscamos investigar qual
sua percepção sobre esta rede e como começou a fazer parte de sua vida.
Universo:
Foi selecionada uma mostra de jovens com idade entre 16 a 18 anos, faixa etária
com grande intensidade de participação no orkut, freqüentadores dos postos do
programa. A escolha do posto se deu pensando na influência que seu perfil poderia ter
nas possibilidades de comparações entre o encontro com amigos no ambiente virtual e
no presencial. Nesta perspectiva, foi escolhido o Posto Parque Fontes do Ipiranga, que
fica dentro de um parque e tem características de um “ponto de encontro” entre turmas
de conhecidos.
Metodologia:
A perspectiva de investigar aspectos da subjetividade direcionou a opção por
uma metodologia de pesquisa qualitativa. Foi elaborado um roteiro semi-estruturado de
entrevista a fim de realizar os estudos de caso.
Para isso foram realizadas entrevistas-piloto, para se aproximar da linguagem e
imagens utilizadas pelos jovens. O desafio dessa conversa-entrevista era não direcionar
imagens e buscar perceber os sentimentos que acompanham as falas. O roteiro foi
modificado após o piloto, com ajustes desta natureza.
Foram realizadas doze entrevistas, sendo uma mostra de três meninas e nove
meninos. As entrevistas aconteceram no posto escolhido, enquanto esperavam sua vez
de usar as máquinas.
Os Resultados
A dinâmica das entrevistas permitiu que a análise e comparação dos dados, a
partir de indicadores de referencia estabelecidos do agrupamento e cruzamento dos
conteúdos obtidos, formasse um corpo coeso que passa a constituir nosso “jovem
imaginário”, que representará o resultado deste coletivo na narrativa a seguir. Os
resultados serão indicados no texto como comentários ilustrativos das idéias e conceitos
trazidos a partir da análise das entrevistas.
Três grandes vetores emergiram do universo da pesquisa: a questão da
linguagem e comunicação, do território e da confiança, que é ressaltada pelo viés da
segurança. Muitos outros caminhos de aprofundamento podem ser traçados a partir dos
10
11. depoimentos sobre relacionamentos, o que dizem sobre ser amigo e fazer novos amigos,
pois, olhar estes temas pensando na configuração das subjetividades é um universo
amplo de exploração.
Os dois primeiros temas não foram aprofundados em sua análise e merecem
nova investigação por sua riqueza de conteúdos. A questão da linguagem e
comunicação refere-se às novas competências da maneira de escrever, perceber
sutilezas da comunicação verbal e não-verbal, se emocionar, perceber o todo da
comunicação, e da capacidade de realizar uma colagem entre elementos separados para
formar a imagem de uma pessoa. Esta competência de colagem, no caso do orkut, é a
composição da foto, das mensagens, das comunidades, do perfil, seus afetos,
pensamentos e imaginação, para criar seu interlocutor e estabelecer uma relação.
A questão do território fica bem marcada na medida em que os jovens não se
referem, durante a entrevista, a dois mundos diferentes: o presencial e o virtual.
Referem-se as suas vidas, ao que fazem, aos amigos, às diferenças de graus de
intensidade de relações, mais do que à diferenças físicas e espaciais. Fica a percepção de
fato, de um território ampliado, de uma nova percepção da realidade e de um modo de
vida, mais do que a soma de uma parte a uma vida que sempre existiu.
Estes temas aparecem na apresentação geral da pesquisa, mas não se consolidam
como análise aprofundada. O recorte mais trabalhado aqui é referente à construção de
confiança.
A Confiança
Percebemos que a participação em redes sociais não é uma mera apropriação
tecnológica ou conceitual, mas sim um modo de vida, um jeito de ser, existir, fazer e se
relacionar. A internet, de fato, é tida como uma experiência, e não um conceito
entendido. Pura apreensão do conhecimento por simulação.
Em primeiro lugar, vale ressaltar que o orkut está inserido num ambiente de
tecnologias da inteligência. O mundo informacional do coletivo, a cybercultura, etc. É
sabido que o orkut foi lançado sem pretensões estabelecidas e quando, nesta pesquisa,
nos referimos a ele como objeto central a partir do qual fazemos nossas análises, não
estamos nos referindo somente a ele, mas arriscamos conectar o pensamento a tudo o
que ele pode representar para os jovens quanto à relação com seu ambiente de inserção.
11
12. Na conceituação dos jovens entrevistados, o orkut é um lugar para encontrar os
amigos e fazer novos, podendo ainda conhecer gente do mundo inteiro. Quando são
perguntados se há algum lugar que freqüentam que poderia se assemelhar ao orkut (um
lugar onde encontram e fazem novos amigos), surgem relações interessantes: escolas,
shoppings, parques e festas, lugares com possibilidade de encontrar os amigos. As
respostas não indicam comparação ou exclusão/substituição de um pelo outro, não é
uma relação deste tipo, mas sim a percepção de complementaridade. Não há um lugar
que possa ser comparado ao orkut, mas sim que se complementa a ele, como poder ir
aos encontros combinados pelo orkut, conhecer pessoalmente um novo amigo, namorar.
Em qualquer um destes ambientes “... não vai ter todo mundo que tem no orkut,
e também não vai ter meus amigos do orkut, vai ter só alguns [os amigos do grupo
daquela balada].” A possibilidade de se comunicar em escala e estar em contato com
todos ou muitos ao mesmo tempo é um atributo essencial e já incorporado.
Outro aspecto interessante é a complementaridade que o orkut faz às paqueras e
aproximações entre novos amigos. Pelo orkut “podemos mandar mensagens sem ter
medo da reação da menina, se ela não gostar nem chegamos nela quando encontramos.
Mas se ela for receptiva, marcamos um encontro.” A timidez é citada pela grande
maioria dos jovens entrevistados como atributo do encontro presencial, o olho no olho,
o tom de voz, a aparência, são aspectos que falam muito sobre a pessoa, que vão
aprendendo a usar e reservam para momentos “especiais”. “A facilidade de fazer
amigos no orkut é muito bom, não é como na festa”; além da timidez, “na festa nem dá
tempo de saber tudo, ou muita coisa da pessoa.” Pelo esquema de “analisar o orkut da
pessoa” (termo usado por eles), ou seja, seu perfil, fotos e amigos em comum, pode-se
obter bastante informação, e se houver interesse é só enviar um convite.
Mas aceitar convites não é uma simplicidade sem nenhuma implicação. “Se a
pessoa não me escrever um recado eu não aceito”, há uma exigência, sabem de quem
querem se aproximar, e de quem não querem. Geralmente a rede se expande via a rede
de amigos dos conhecidos, “vou pesquisando os amigos dos meus amigos e quem eu me
interessar eu convido, principalmente menina, se for bonita!”. Outra possibilidade é
começar a se relacionar com pessoas de comunidades de interesses. Começam a trocar
vídeos, informações, dicas “dicas de lugar onde tem uma pista de skate legal”, por
exemplo.
Um comportamento comum, mas não formalizado vai se esboçando. Práticas
vão se disseminando e a tal cultura de internet vai aparecendo. A semelhança nas
12
13. respostas aponta para um conjunto de conhecimentos e competências que estão sendo
usados, mas a dinâmica da internet não facilita esse olhar reflexivo para “descolar” a
prática do aprendizado. A dificuldade dos jovens em responder a perguntas objetivas
(como avaliado nas entrevistas-piloto) ressalta tais características.
Outros aspectos relevantes de serem apontados, no que diz respeito a
competências e práticas, é a fala constante de que foram apresentados ao orkut pelo
convite ou insistência de um amigo para que participassem. As novas descobertas como
incluir vídeos, enviar mensagens não públicas, incluir e modificar fotos, são todos
conhecimentos passados por amigos. Vão aparecendo claramente competências de
colaboração e troca. E por fim, a percepção geral de que vão ao posto do Acessa “ficar
no orkut” por diversão, mas uma diversão que faz emergir essas diversas competências
e que “não dá mais para ficar sem”, porque a dinâmica social já está estabelecida por
entre ela.
O presencial e o virtual
Quando são perguntados sobre conhecer uma pessoa presencialmente, há a
percepção de que fora do orkut é mais difícil. Mas como é fazer amigos pelo orkut? “Se
souber conversar dá para saber tudo. É só saber ir perguntando”, “dá para conhecer
mesmo alguém, de verdade. Conheci uma amiga do interior, vi as fotos dela, da família
dela, os amigos, e um dia ela veio aqui para ficar na minha casa.” O conceito de
“amigo” é entendido desta maneira, uma relação que começa pela troca de mensagens e
vai ampliando seu conteúdo podendo chegar a um encontro pessoalmente ou não. Essa,
portanto, não é uma meta, as pessoas conhecem novos amigos para se relacionar, e se
relacionar não significa necessariamente conhecer pessoalmente.
Os jovens parecem saber compor o presencial com os encontros no orkut,
quando transitar de um ambiente para outro, encontrar para namorar, para conhecer
mais a fundo. Esta dinâmica não aparece como uma tensão, ou alguma forma de
privação de contato. No entanto, fica claro que o orkut, e tudo o que representa, não
substitui nenhum outro tipo de relacionamento, e sim amplia e modifica as
possibilidades de se relacionar e se comunicar. Foi muito comum encontrar no posto
jovens em turmas ou acompanhados de amigos, queriam inclusive um participar da
entrevista do outro fazendo comentários engraçados! Os amigos ali presentes eram da
mesma comunidade em geral, mas a partir do momento que “entram” no orkut, essas
fronteiras realmente vão se apagando.
13
14. A referencia de “comunidade”, local, restrita a laços próximos e conhecidos
parece mesmo estar se ampliando para uma nova filosofia do encontro: em redes
sociais. É real o uso da possibilidade de conversar e manter contato com antigos colegas
de trabalho, com aqueles que mudaram do bairro e da escola, ou iniciar uma amizade
com alguém que tem interesses parecidos, como “gostar de skate” e passar a trocar uma
série de recursos. Este aspecto tão ressaltado pelos jovens de aumentar sua rede de
amigos, conhecer a rede dos seus conhecidos, iniciar “redes de conversa”, trocar, traz a
questão da segurança, mas com ela, também a da confiança.
A construção da confiança
Quando questionados sobre esta dinâmica da rede social, trazem suas
competências de segurança. Dizem já saber distinguir bons encontros de maus
encontros. Este aprendizado digital, de um novo jeito de comunicar e fazer amigos tem
sutilezas e subjetividades que os jovens conseguem ler nas telas e, por exemplo, saber
identificar ameaças.
“Ah, a gente sabe, o tipo de mensagem, o jeito que ela fala. Aí não aceita [o
convite].” “Eu sei que o orkut tem muitas coisas erradas também né, essas coisas que
as pessoas ficam falando: essas coisas de pedófilos, de marcar encontro com outras
pessoas... Isso eu sei, eu tenho consciência disso que está acontecendo, tanto que, não
vou ficar ouvindo tudo o que as pessoas falam [no orkut]. Vou conversar normal, e se
alguém me chamar para ir em algum lugar, depende de quantas pessoas vão, se é
conhecido ou não. Não é uma pessoa que vai acessar o meu orkut e dizer que vai ter
uma festa, vai ser assim e assim, eu não vou. É preciso ter cabeça, é preciso saber usar
o orkut. Sabendo usar não vai acontecer nada.” “Acho que isso pode acontecer num
shopping também. Porque é um lugar livre, um lugar público e se a pessoa não
conhece a outra, ela pode arrastar a pessoa pelo braço para algum lugar e ninguém
saber.”
Na medida em que a questão da segurança parece estar integrada no seu universo
de percepção, e que estão buscando suas respostas, podemos abordar este ponto também
sob um outro aspecto: a confiança. Mesmo sabendo dos riscos, continuam a e lançar em
relacionamentos com “desconhecidos”. Um dos entrevistados relatou já ter criado, ele
próprio, um perfil fake. Divertiu-se com isso, mas desistiu, “ah, não e legal né. E
depois dá pra saber, eu ia me dar mal no final”. A questão da segurança, portanto, pode
ser vista sob a ótica da confiança e desconfiança.
14
15. O conceito de confiança está atrelado à relação mútua entre indivíduos em
interação social, onde se produzem expectativas e estas são concretizadas. “Confiança é
a expectativa que aparece dentro de uma comunidade regular, honesta e com um
comportamento cooperativo, baseado em normas comuns; estas normas podem
representar questões profundas em relação à origem do bem ou da justiça ou podem
estar relacionadas aos códigos de comportamento. (Fukuyama,1995,p.26) A confiança
requer então, algum grau de entendimento e de cooperação mútuos. Porém “a
desconfiança não é tanto o oposto como é a ‘outra face’ da confiança (como a outra face
de uma moeda; não se pode ter uma face sem a outra).” (Flores, 2002, p. 54)
O interessante é que construir confiança não é tão complexo quanto se imagina.
O casamento como exemplo, é uma resolução mútua de confiar. O amor não está
garantido, mas a partir daí concluir que todo casamento está em perigo é nos
alongarmos no negativo, na desconfiança, na crença da ameaçadora falta de segurança.
Embora se fale em “confiança incondicional”, a confiança quase sempre possui seus
limites, como os jovens colocam, por exemplo, na atenção especial com algumas
mensagens, ou o convite de um desconhecido. A percepção desses limites é essencial
para a confiança. Para além dos limites da confiança está a desconfiança, a sensação de
falta de segurança generalizada no orkut. A confiança sempre envolve riscos. Mas
estender-se na confiança com a sensação dominante de risco é não perceber o ponto
principal da confiança: o de que esta abre a porta para resultados positivos, sem ela
impossíveis.
A quantidade de publicações que encontramos na internet sobre “segurança no
orkut” é bastante grande. Listas de coisas que devem e que não devem ser feitas para
garantir, ou ao menos buscar o máximo de segurança. Esta postura generaliza a
sensação de falta de segurança e a fragilidade do internauta. Vai criando-se uma cultura
de desconfiança, um cenário que está dado. No entanto, este é um erro comum, muitos
agem como se a confiança fosse um estado e, ao invés disso, ela é uma dinâmica.
Segundo Flores:
Ela é de fato parte da vida, não da base inerte, dos relacionamentos. A confiança é uma
prática social, não um conjunto de crenças. É um aspecto da cultura e o produto de uma
prática, não só questão de psicologia ou de atitude individual. O problema da confiança
é prático: como criar e manter confiança, como se mover da desconfiança para a
confiança, de um abuso na confiança para sua recuperação. A confiança é questão de
15
16. relacionamentos recíprocos, não de previsão, de risco ou de dependência. A confiança é
questão de tecer e manter compromissos, e o problema da confiança não é perder a
confiança, mas sim o fracasso em se cultivar o tecer de compromissos.”(p. 31)
Flores nos apresenta as idéias de “confiança ingênua”, ou simples, aquela
confiança plena, sem nenhum questionamento ou dúvida, que se distingue da “confiança
autêntica”, que não é simplesmente uma questão de confiança cega, mas sim uma forma
de auto-superação, e é a desconfiança que deve ser superada, mas não negada. Esta
seria, portanto, uma confiança madura, articulada e cuidadosamente considerada.
Quando os jovens afirmam saber dos casos de “quebra de confiança” no orkut e
continuam participando, e muito, desta rede, estão sem dúvidas treinando e
amadurecendo sua confiança, sem negar os riscos, mas sem deixar de apostar nos
resultados e ganhos que estas relações podem trazer. Essa construção mostra que a
confiança não é apenas uma questão de predisposição para considerar argumentos e
evidencias, nem tão pouco subjetiva, cega e irracional. A colocação dos jovens nos leva
a se aproximar das idéias de Flores de que a confiança é (ou pode ser) racional, pode
levar em conta toda evidência disponível. “Não é subjetiva tanto quanto é intersubjetiva
– depende de relacionamentos sociais e de respostas mútuas”.
Em certo sentido, a confiança não se reporta em nada às evidencias e aos
resultados, exceto como preocupações secundárias. A confiança autêntica trata, em
última instância, dos relacionamentos e do que é necessário para criá-los, mantê-los e
restabelecê-los.
Afirmar que a confiança está associada a relacionamentos não nega que a
desconfiança a ser superada seja produto de pressões sociais, familiares, forças
abrangentes e impessoais. Esta desconfiança pode crescer questionando o sentido, a
produção, o bem gerado, os vínculos e terminar por contaminar uma sociedade ou
comunidade e terminar com suas possibilidades mais elementares de cooperação
comunitária. Para Solomon & Flores:
Tanto a confiança como a desconfiança tendem a se confirmar, e é fácil entender por
quê. Se uma pessoa confia na outra, a segunda pessoa, sabendo-se recebedora da
confiança, estará mais inclinada a ser confiável, confirmando assim a confiança da parte
da primeira pessoas. A recompensa psicológica da confiança é o fato de ser gratificante
receber confiança. É também gratificante, de modo mais profundo, confiar. A confiança
indica respeito, e a confiança cria um laço (se apenas, de início, um laço de confiança).
16
17. O problema de pensar a confiança como sendo a atitude em relação a outras pessoas é o
de ignorar a natureza recíproca da confiança. A maioria das pessoas reage à confiança
sendo confiável, tornando ainda mais provável a confiança. (pg. 60)
Essa tendência de confirmação também acontece para a desconfiança, uma vez
que nessa rota, sempre tendemos a interpretar comportamentos de modo a buscar
evidencias de que não merecem confiança de forma a confirmar nosso comportamento
prudente em ser cauteloso e a recusa em confiar nela. Tanto a atual discussão sobre a
confiança como a crença na difundida desconfiança são acompanhadas dos mais
estranhos exemplos de uma confiança tola.
Não é o que mostra nossas entrevistas com os jovens do orkut. Não há a
confiança cega, nem tão pouco uma desconfiança que enfraquece, percebemos o
nascimento de comportamentos que vão fortalecendo a perspicácia e senso comum de
confiança. A construção da confiança começa por uma compreensão, mas também
requer rotinas e práticas diárias. E isso no dia-a-dia dos jovens não é problema! Visto a
intensidade do uso e da prática do orkut.
A construção da confiança não é só “uma brincadeira de criança” para fazer
redes, mas está relacionada a temas como capital social. Capital Social é um conjunto de
hábitos e normas sociais formais e informais que afetam os níveis de confiança,
interação e aprendizado em um sistema social. Acumular capital social significa
fomentar processos de desenvolvimento e de confiança entre membros de uma
determinada sociedade local ou nacional. Capital social também pode ser entendido
como o conjunto de normas e valores informais compartilhados entre os membros de
um grupo, possibilitando-lhes a cooperação e a solidariedade. A confiança numa
sociedade não é garantida, é o produto de uma ação coletiva consciente. Neste sentido, a
questão da segurança no orkut pode ser abordada não apenas por uma visão unilateral,
mas com a perspectiva da construção de confiança.
Considerando que jovens, nesta faixa etária, estão rastreando informações,
conhecimentos e experiências estruturantes de seu modo de ser e agir, é interessante
pensar em impactos futuros de um programa de inclusão digital. Talvez hoje não esteja
clara a implicação destas experiências na construção de uma nova organização de
sociedade, com novos instrumentos, tecnologias e competências, para de fato promover
uma inclusão e inter-relação entre muitos. No entanto, parece ser um processo em
andamento a pleno vapor. Ao final da conversa, vem a pergunta: como seria sua vida
17
18. hoje se não pudesse mais acessar o orkut? “Vixxxxx, impossível!”. “não poderia mais
manter o contato com amigos que não vejo sempre”, “os colegas do emprego passado
que não encontro mais todos os dias”, “um amigo que mudou de escola e do bairro”,
“meus amigos do Canadá e Japão”. E quando perguntados da importância dos postos
do AcessaSP, todos se referem a ele como sua única possibilidade de vivenciar esta
dimensão de suas vidas.
Conclusão
Considerando-se os dados e análises apresentadas é possível traçar alguns
comentários finais indicando possibilidades de aprofundamento a partir deste estudo.
O fato de o posto AcessaSP ter acesso gratuito foi mencionado diversas vezes e
indica a percepção clara do lugar que ocupa na satisfação de certas necessidades sociais
imediatas. No entanto, sabemos que, o que o acesso aos postos promove é mais do que
diversão e preenchimento do tempo livre, vide as análises feitas nesta pesquisa. Estes
outros resultados como colaboração, confiança, ampliação da rede pessoal, talvez não
tão imediatos, podem ser cada vez mais explorados e intensificados.
O grande uso do orkut e as trocas de mensagens como principal ação de
interação com outros usuários indica a crescente comunicação que se estabelece entre os
jovens. Não entramos em nenhuma questão relacionada aos conteúdos trocados, porque
o que nos interessava era saber da sua percepção sobre isso. E o que ficou claro foi a
importância que dão para manter essa comunicação, a possibilidade de troca de
informações interessantes e o sentimento de pertencimento. O que nos interessou foi
perceber que não usam a linguagem somente como instrumentos abstratos, mas a
exercitam todos os dias. Essa possibilidade de comunicação ampliada, instantânea e de
muitos para muitos já está incorporada em seus universos subjetivos.
O espaço para ações casadas nos ambientes presencial e não-presencial é fértil.
Não há por parte dos jovens, a priorização de um em detrimento do outro. Podem existir
preferências, mas no mais são ambientes complementares para seus interesses. A
relação entre orkut, suas redes pessoais e ambientes presenciais parece estar dada pelos
18
19. usuários do programa quando vinculam encontros, “baladas” e pessoas em especial. No
entanto, poderia ser interessante apresentar para eles outras possibilidades que estas
redes podem oferecer. Desta maneira, expandir ações do programa do posto para
comunidades ou locais próximos, alinhados com interesses das políticas de inclusão
digital parece ser produtivo. Os aspectos de colaboração, confiança e participação
poderiam ser mais explorados.
A percepção da dinâmica do uso do orkut como “redes sociais” amplia as
possibilidades de leitura sobre a prática dos jovens nos postos e abre espaço para
reflexão sobre: como dinamizar esta prática, como fazer a apropriação da capacidade e
competência de estabelecer redes pessoais e, como esse conjunto pode ser aproveitado
para os fins do programa AcessaSP. Neste sentido, seria interessante também, se pensar
em pesquisas de mapeamento de capital social, com foco especial para ações de
implicação nas comunidades locais, ou mesmo participação em movimentos nacionais e
internacionais.
Este ponto traz a discussão da relevância ou não do uso de sites de
relacionamento pelos jovens. Como vimos nas análises, este uso pode ser muito
proveitoso desde que seja desenvolvido uma linha de trabalho que reconheça estas
produções e crie um terreno que valorize suas aplicações. Competências como
colaboração e participação têm que passar a integrar nosso olhar consciente sobre as
atividades que desempenhamos. Devem passar a ser percebidas como características
que se aprende, se pratica e, que são essenciais para a realização de inúmeras tarefas que
realizamos todos os dias, mas nunca foram ressaltadas.
Em relação à construção de conhecimento e aquisição de conhecimento por
simulação, fica claro que todos estes ganhos e aprendizados acontecem em clima de
diversão e cooperação. Este traço pode ser, de alguma maneira, incorporado aos
processos tradicionais de ensino e aprendizagem e bem aproveitados nas suas
características positivas. A percepção dessa dinâmica pode fornecer diretrizes para
futuros programas que possam se dirigir a estes públicos, como por exemplo a atuação
de monitoria nos postos.
Por fim, fica claro que a análise da atuação de grupos hoje em dia tem que
estar voltada, sobretudo, à formação de coletivos, redes, comunidades, mas dentro de
19
20. uma perspectiva filosófica que envolve discussões sobre afeto, confiança, potência de
ser e estar em relação. Isso significa que precisamos ter um olhar cuidadoso para a
socialização dos afetos, o modo encarnado e comprometido de se construir
conhecimentos, relações, trabalho, vida em comum.
A perspectiva de uma análise da subjetividade nos indica que é preciso aprender
a incluir o afeto como a capacidade de criar relações, de criar linguagem. São
justamente, construções mentais de afeto, de imaginação, de razão, de técnicas. E
pensando em explorar e multiplicar este potencial, de que forma ele poderia ser
explorado? Explorando-se a relação. Explorando-se a cooperação, explorando-se as
condições imateriais nas quais este processo se desenvolve, se reproduz.
Encaminhamentos
Como estes resultados podem contribuir para uma proposta de inclusão digital?
Podemos deslocar a ênfase do olhar do objeto (o computador, o programa, o orkut, este
ou aquele software) para o projeto (o ambiente cognitivo, a rede de relações humanas
que se quer instituir).
A questão não é regularizar/normatizar um bom uso da máquina e seus
componentes, mas sim articular as possibilidades de desenvolvimento que surgem da
relação com este universo. Pode-se pensar que um programa de inclusão digital não
persegue uma finalidade concreta e imediata, mas que pode estar encarregado de
compor os equipamentos coletivos da inteligência, contribuindo para estruturar os
espaços cognitivos dos indivíduos, assim como os arquitetos definem o espaço físico no
qual se desenvolve boa parte da vida privada e das atividades sociais. É um desafio atual
pensar políticas públicas considerando-se as novas dinâmicas dos coletivos.
Um dos papéis mais importantes das instituições não é exatamente o de governar
as relações entre as pessoas, mas o de mobilizar suas tendências, integrando-as num
todo maior. Para tanto, pesquisas como essa são importantes para desenhar tendências,
analisar cenários e definir estratégias.
Este recorte da subjetividade dos jovens apresentado acima pode indicar que
necessidades sociais atuais são supridas pelo programa, mas cujo resultados serão a
longo prazo, é uma construção social. Para que estes resultados se tornem efetivos, seria
interessante fortalecer a matriz de identidade do programa de inclusão digital: seus
20
21. princípios, missão e diretrizes, para expressá-los em suas ações e saber compor da
melhor maneira com os dados apresentados.
21
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