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COMO CONSTRUIR A NOVA HISTÓRIABORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulus, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: C – TEMPO LITÚRGICO: 3º DOM ADVENTO - COR: ROXO / LILAS
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. “O que devemos fazer?” Esta pergunta aparece três vezes
no evangelho deste domingo. Sua resposta traça um programa
de vida para os cristãos em suas comunidades. O Natal que
está para chegar marca a presença de Deus em nosso meio,
“pequeno resto” que procura manter-se fiel ao Senhor. Co-
nosco Deus quer construir nova história e nova sociedade (1ª
leitura, Sf 3,14-17).
2. A celebração eucarística é o momento em que damos
graças ao Pai, por meio de Jesus, no Espírito. Nossa oração,
feita de agradecimento e súplica, é momento de discernimen-
to e de compromisso com Jesus e seu projeto (2ª leitura, Fl
4,4-7), pois ele irá pôr às claras quem somos e o que fazemos
para construir sociedade e história novas. A partilha do Pão
da vida nos ensina a partilhar os bens da criação, na justiça e
no serviço aos marginalizados (evangelho, Lc 3,10-18).
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1ª leitura (Sf 3,14-17): A história reinicia a partir dos
pobres
3. Sofonias exerceu sua atividade profética em Jerusalém
no tempo do rei Josias (640-609 a.C.). Foi, ao que tudo indi-
ca, uma das forças que levaram o rei a empreender a reforma
político-religiosa após a descoberta, no Templo, do núcleo
central do Deuteronômio (caps. 12-26).
4. De acordo com os estudiosos, a parte final de Sofonias
(3,9-20), à qual pertencem os versículos da leitura deste do-
mingo, não são do profeta, mas de um discípulo seu. Essa
parte é um oráculo de restauração, acrescentado depois que
os exilados voltaram da Babilônia. O objetivo desse acrésci-
mo é mostrar as mudanças radicais promovidas em Judá. É
uma mensagem de esperança dirigida à minoria que sobrevi-
veu à catástrofe nacional (um pequeno resto, v. 13). A histó-
ria do povo de Deus reinicia a partir desse pequeno resto,
composto de pobres. Com eles Javé irá construir a nova soci-
edade.
5. Os versículos escolhidos para a liturgia deste domingo
estão repletos de otimismo, alegria e esperança (v. 14). São
um convite à festa, à dança, pois chegou o dia do casamento
entre Deus e seu povo (vv. 17-18a). O motivo de tanta alegria
é este: O Senhor é rei de Israel! (v. 15b. Esta expressão é o
centro do texto). As mediações políticas (reis), com sua tira-
nia, haviam levado o país à ruína (exílio). Agora, porém,
surge nova liderança no meio do povo: é o próprio Deus que
se torna rei de Israel, liderando e organizando o pequeno
resto, iniciando com os pobres a nova sociedade e a nova
história.
6. Olhando mais de perto o texto, pode-se perceber por que
o Senhor é rei de Israel: 1. Ele é o juiz que anula a sentença
de morte que pesava sobre o povo (exílio); 2. Ele forçou os
inimigos a se retirar, deixando o povo voltar à própria terra;
3. Ele, vencendo os opressores, se torna o rei de Israel, e está
no meio do povo como guerreiro e herói que salva; 4. Ele está
no meio do povo como companheiro e esposo, com amor
renovado.
7. A função primordial da autoridade política em Israel era
defender o povo das ameaças externas, exercendo a justiça
dentro do próprio país. Mas os reis de Judá, e sobretudo os de
Israel, mostraram-se incompetentes, gananciosos, corruptos e
opressores do povo. Quem pagou todos esses desmandos? A
vítima foi o povo: os que foram levados para o exílio, mas
sobretudo os que ficaram na terra, desorganizados e explorados,
tendo que trabalhar para pagar a “dívida externa” do país.
8. Javé reabilita o povo. Liberta os cativos (as pessoas bem
situadas na Babilônia não quiseram retornar) e organiza os que
ficaram no país, dando-lhes nova identidade, sendo ele próprio
seu líder, defensor e esposo. Com eles celebra novamente a
aliança, recomeçando a história a partir dos pobres e marginali-
zados.
Evangelho (Lc 3,10-18): Como construir a nova história
9. O texto de hoje mostra alguns dos modos pelos quais João
prepara o povo para a vinda do Senhor. Lucas não está preocu-
pado em detalhar toda a atividade de João Batista (cf. v. 18),
pois a missão deste visa somente preparar o povo para a novi-
dade trazida por Jesus. De fato, Lucas começa a falar da missão
de Jesus apresentando os requisitos básicos, contidos na prega-
ção do Precursor. A nova história e a nova sociedade nascem da
pregação de João e recebem pleno acabamento na prática de
Jesus.
10. João está no deserto, onde batiza com batismo de conver-
são os que vão a ele. Sua pregação não leva as pessoas a se
fechar em si mesmas ou em grupos. Nesse sentido, ele supera
as expectativas dos zelotes, que aguardavam um messias guer-
reiro, capaz de resolver sozinho todas as graves questões soci-
ais que afetavam o país; sua pregação supera os ritualismos
farisaicos, que pregavam um tipo de conversão voltada para
dentro das pessoas, agarrados à observância da lei nos seus
detalhes; supera a segregação grupal, como no caso dos essê-
nios de Qumrã, para os quais fazia-se necessário “fugir do
mundo” para pertencer ao messias que estava para chegar.
11. O batismo de João quer situar as pessoas diante do julga-
mento de Deus, e esse julgamento exige renovação total. Nesse
sentido, converter-se para acolher o Messias é mudar as rela-
ções entre as pessoas, pois os parâmetros da “história oficial”
não servem para que as pessoas possam aderir à novidade que
está para chegar.
12. O evangelho de hoje mostra alguns requisitos básicos para
se construir a nova história. São uma espécie de “programa de
vida”:
a. Partilha (v. 11)
13. Por três vezes encontramos, no trecho deste domingo, a
pergunta: “O que devemos fazer?” (vv. 10.12.14). Era a per-
gunta básica feita, nas comunidades primitivas, por aqueles que
se apresentavam ao batismo (cf. At 2,37). João responde, em
primeiro lugar, ao povo. Para construir a nova história é neces-
sário partilhar: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não
tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!” (v. 11). – A partilha
é o primeiro requisito para a construção da nova história e da
nova sociedade: partilhar os bens da criação –. Note-se que não
se trata de esmola: quem tem duas túnicas reparte pela metade
o que possui, dando uma a quem não tem. João mostra assim
como surge a nova sociedade e a nova história, completamente
diferente da “história oficial”, baseada na ganância e acúmulo
de bens, em detrimento dos desfavorecidos. Naquele tempo a
maioria das pessoas tinha somente uma muda de roupa. Os
ricos tinham duas ou mais. E havia os miseráveis que andavam
literalmente nus. Uma túnica para a pessoa que tem duas
representa 50% daquilo que possui. (Veja 19,1ss, Zaqueu.)
b. Justiça (vv. 12-13)
14. Os cobradores de impostos também se apresentam a João
com a mesma pergunta: “Que devemos fazer?” O povo odia-
va os cobradores de impostos, pois eram colaboracionistas
dos romanos e, por meio da pressão verbal ou da força militar
(os soldados que os acompanhavam), exploravam o povo,
enriquecendo fácil e ilicitamente. A resposta de João mostra
qual é o segundo requisito fundamental para entrar na nova
sociedade: “Vocês não devem cobrar mais do que a taxa
estabelecida”. A missão de João, porém, é somente preparató-
ria. – Para os cobradores de impostos, converter-se significa
entrar na justiça do Reino –, não se limitando à justiça da
“história oficial”. Isso se torna claro se olharmos a conversão
de Zaqueu (cf. Lc 19,1-10): ele devolve, aos que explorou,
mais do que a “justiça dos homens” estipulava.
c. Acabar com os abusos do poder (v. 14)
15. O terceiro grupo de pessoas que se apresentam a João
são os soldados de Herodes Antipas, que acompanhavam os
cobradores de impostos. Quando estes não conseguiam rou-
bar o povo mediante pressões verbais, utilizavam-se da força
militar da polícia. Esta intimidava, batia, levantava falsas
acusações… Assim, cobradores de impostos e polícia viviam
à sombra da impunidade e da tutela dos poderosos. Estavam
entre os maiores violadores dos direitos humanos. Aos “ho-
mens da lei” João dá esta ordem: “Não tomem pela força o
dinheiro de ninguém, nem façam acusações falsas: fiquem
contentes com o seu soldo!” – Os abusos de poder não levam
a construir sociedade e história novas.
d. Jesus vai eliminar o mal (vv. 15-18)
16. O programa de vida apresentado na pregação de João
suscitou expectativas messiânicas no povo, que se pergunta
se o Batista não seria o Messias (v. 15). A resposta de João o
identifica como Precursor da grande novidade. Ele é o que
prepara a comunidade para o encontro com o esposo, aquele
que irá “batizar com o fogo do Espírito Santo” (v. 16). O
Messias é Jesus. – É ele quem vai realizar com o povo que o
segue a nova história e a nova sociedade –. Ele possui um
“Espírito” que é novo, portador da própria santidade divina.
O programa de vida de João é simples preparação à acolhida
do Messias.
17. O Messias vai trazer o julgamento à terra. O julgamento
é descrito sob a metáfora do agricultor que, na eira, separa os
grãos da palha: ele recolhe os grãos no celeiro e queima a
palha (v. 17). – A missão de Jesus vai mostrar “quem é
quem” na sociedade e na história –. Irá desmascarar a “histó-
ria oficial”, cujo projeto é de morte. Urge, portanto, optar
pela nova sociedade, associando-se aos que praticam a justiça
que manifesta a presença do reino da vida.
2ª leitura (Fl 4,4-7): Alegrem-se sempre no Senhor
18. Os Atos dos Apóstolos (16,11-40) mostram como foi a
fundação da comunidade de Filipos. Ela surgiu na casa de uma
senhora de nome Lídia e em torno da família do carcereiro, do
qual Paulo salvou a vida. Filipos foi a primeira cidade da Euro-
pa a receber o anúncio do Evangelho. A comunidade cristã
nascida nessa cidade se caracterizou por relacionamento estrei-
to e solidário com a missão de Paulo, que tinha como norma
não receber bens em troca de pregação. Mas com os filipenses
foi diferente.
19. A comunidade ficou sabendo da prisão de Paulo (prova-
velmente em Éfeso, entre os anos 56 e 57), e lhe mandou uma
ajuda, manifestando assim a solidariedade para com o Apóstolo
e, sobretudo, com a causa do Evangelho.
20. A carta aos Filipenses é uma coleção de três bilhetes que
Paulo escreveu a essa comunidade, em breve espaço de tempo.
Cada um desses bilhetes tem preocupação própria. O texto de
hoje contém algumas recomendações feitas em nome do Se-
nhor. O Apóstolo ficou sabendo que havia desentendimento
entre duas mulheres líderes da comunidade. Isso causou divi-
sões e descontentamento. Depois de fazer um apelo ao diálogo
e à união das lideranças, Paulo convoca todos à alegria, um dos
temas fortes da carta.
21. Ser cristão é motivo de alegria; é também apelo ao equilí-
brio: “Como cristãos, alegrem-se sempre! Repito: Alegrem-se!
Que todo mundo note que vocês são compreensivos (= equili-
brados). O Senhor está próximo” (4,4-5). A união da comuni-
dade em torno de um objetivo comum – o projeto de Deus – é
propaganda para os que estão fora da comunidade: vendo a
união e harmonia dos membros, os de fora percebem que o
Senhor está próximo, morando no meio das pessoas (cf. 1ª
leitura, Sf 3,14-17).
22. O equilíbrio é remédio para os momentos de tensão. Paulo
não ignora as dificuldades internas e externas enfrentadas pela
comunidade. Por isso pede que tudo seja resolvido em clima de
diálogo com as pessoas e com Deus, na oração: “Não se angus-
tiem com nada, mas sempre, em orações e súplicas e com ação
de graças, apresentem suas necessidades a Deus” (v. 6). Nem
sempre o discernimento é suficiente para se chegar à paz de
Deus. Mas esta, uma vez buscada com vontade e coragem, será
capaz de orientar, modificar ou aperfeiçoar as opções que a
comunidade fez: a paz de Deus, que vai além de todo entendi-
mento humano, guardará seus corações (a sede das opções
profundas) e pensamentos em sintonia com o projeto de Cristo
Jesus (cf. v. 7).
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
23. A história reinicia a partir dos pobres (1ª leitura, Sf 3,14-17). O Natal, que estamos prestes a
celebrar, marca a presença definitiva do Deus pobre que se alia aos pobres para construir com eles a
nova sociedade e a nova história. Nossa comunidade tem compreendido esta lógica?
24. Como construir a nova história. O evangelho deste domingo (Lc 3,10-18) é um pequeno "pro-
grama de vida" para a comunidade cristã: viver a partilha, a justiça e o poder-serviço. O nascimento
do Deus pobre desmascara a sociedade que se regula pela ganância, injustiça e abuso de poder. Quais
atos de partilha, justiça e serviço podemos realizar hoje em vista da vinda do Senhor?
25. Alegrem-se sempre no Senhor. Diálogo, união, equilíbrio, fraternidade e discernimento geram alegria e – le-
vam as comunidades e famílias ao crescimento contínuo –. Ser cristão é processo dinâmico de ajustamento ao pro-
jeto de Deus (2ª leitura, Fl 4,4-7).

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Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano C

  • 1. COMO CONSTRUIR A NOVA HISTÓRIABORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulus, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: C – TEMPO LITÚRGICO: 3º DOM ADVENTO - COR: ROXO / LILAS I. INTRODUÇÃO GERAL 1. “O que devemos fazer?” Esta pergunta aparece três vezes no evangelho deste domingo. Sua resposta traça um programa de vida para os cristãos em suas comunidades. O Natal que está para chegar marca a presença de Deus em nosso meio, “pequeno resto” que procura manter-se fiel ao Senhor. Co- nosco Deus quer construir nova história e nova sociedade (1ª leitura, Sf 3,14-17). 2. A celebração eucarística é o momento em que damos graças ao Pai, por meio de Jesus, no Espírito. Nossa oração, feita de agradecimento e súplica, é momento de discernimen- to e de compromisso com Jesus e seu projeto (2ª leitura, Fl 4,4-7), pois ele irá pôr às claras quem somos e o que fazemos para construir sociedade e história novas. A partilha do Pão da vida nos ensina a partilhar os bens da criação, na justiça e no serviço aos marginalizados (evangelho, Lc 3,10-18). II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Sf 3,14-17): A história reinicia a partir dos pobres 3. Sofonias exerceu sua atividade profética em Jerusalém no tempo do rei Josias (640-609 a.C.). Foi, ao que tudo indi- ca, uma das forças que levaram o rei a empreender a reforma político-religiosa após a descoberta, no Templo, do núcleo central do Deuteronômio (caps. 12-26). 4. De acordo com os estudiosos, a parte final de Sofonias (3,9-20), à qual pertencem os versículos da leitura deste do- mingo, não são do profeta, mas de um discípulo seu. Essa parte é um oráculo de restauração, acrescentado depois que os exilados voltaram da Babilônia. O objetivo desse acrésci- mo é mostrar as mudanças radicais promovidas em Judá. É uma mensagem de esperança dirigida à minoria que sobrevi- veu à catástrofe nacional (um pequeno resto, v. 13). A histó- ria do povo de Deus reinicia a partir desse pequeno resto, composto de pobres. Com eles Javé irá construir a nova soci- edade. 5. Os versículos escolhidos para a liturgia deste domingo estão repletos de otimismo, alegria e esperança (v. 14). São um convite à festa, à dança, pois chegou o dia do casamento entre Deus e seu povo (vv. 17-18a). O motivo de tanta alegria é este: O Senhor é rei de Israel! (v. 15b. Esta expressão é o centro do texto). As mediações políticas (reis), com sua tira- nia, haviam levado o país à ruína (exílio). Agora, porém, surge nova liderança no meio do povo: é o próprio Deus que se torna rei de Israel, liderando e organizando o pequeno resto, iniciando com os pobres a nova sociedade e a nova história. 6. Olhando mais de perto o texto, pode-se perceber por que o Senhor é rei de Israel: 1. Ele é o juiz que anula a sentença de morte que pesava sobre o povo (exílio); 2. Ele forçou os inimigos a se retirar, deixando o povo voltar à própria terra; 3. Ele, vencendo os opressores, se torna o rei de Israel, e está no meio do povo como guerreiro e herói que salva; 4. Ele está no meio do povo como companheiro e esposo, com amor renovado. 7. A função primordial da autoridade política em Israel era defender o povo das ameaças externas, exercendo a justiça dentro do próprio país. Mas os reis de Judá, e sobretudo os de Israel, mostraram-se incompetentes, gananciosos, corruptos e opressores do povo. Quem pagou todos esses desmandos? A vítima foi o povo: os que foram levados para o exílio, mas sobretudo os que ficaram na terra, desorganizados e explorados, tendo que trabalhar para pagar a “dívida externa” do país. 8. Javé reabilita o povo. Liberta os cativos (as pessoas bem situadas na Babilônia não quiseram retornar) e organiza os que ficaram no país, dando-lhes nova identidade, sendo ele próprio seu líder, defensor e esposo. Com eles celebra novamente a aliança, recomeçando a história a partir dos pobres e marginali- zados. Evangelho (Lc 3,10-18): Como construir a nova história 9. O texto de hoje mostra alguns dos modos pelos quais João prepara o povo para a vinda do Senhor. Lucas não está preocu- pado em detalhar toda a atividade de João Batista (cf. v. 18), pois a missão deste visa somente preparar o povo para a novi- dade trazida por Jesus. De fato, Lucas começa a falar da missão de Jesus apresentando os requisitos básicos, contidos na prega- ção do Precursor. A nova história e a nova sociedade nascem da pregação de João e recebem pleno acabamento na prática de Jesus. 10. João está no deserto, onde batiza com batismo de conver- são os que vão a ele. Sua pregação não leva as pessoas a se fechar em si mesmas ou em grupos. Nesse sentido, ele supera as expectativas dos zelotes, que aguardavam um messias guer- reiro, capaz de resolver sozinho todas as graves questões soci- ais que afetavam o país; sua pregação supera os ritualismos farisaicos, que pregavam um tipo de conversão voltada para dentro das pessoas, agarrados à observância da lei nos seus detalhes; supera a segregação grupal, como no caso dos essê- nios de Qumrã, para os quais fazia-se necessário “fugir do mundo” para pertencer ao messias que estava para chegar. 11. O batismo de João quer situar as pessoas diante do julga- mento de Deus, e esse julgamento exige renovação total. Nesse sentido, converter-se para acolher o Messias é mudar as rela- ções entre as pessoas, pois os parâmetros da “história oficial” não servem para que as pessoas possam aderir à novidade que está para chegar. 12. O evangelho de hoje mostra alguns requisitos básicos para se construir a nova história. São uma espécie de “programa de vida”: a. Partilha (v. 11) 13. Por três vezes encontramos, no trecho deste domingo, a pergunta: “O que devemos fazer?” (vv. 10.12.14). Era a per- gunta básica feita, nas comunidades primitivas, por aqueles que se apresentavam ao batismo (cf. At 2,37). João responde, em primeiro lugar, ao povo. Para construir a nova história é neces- sário partilhar: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!” (v. 11). – A partilha é o primeiro requisito para a construção da nova história e da nova sociedade: partilhar os bens da criação –. Note-se que não se trata de esmola: quem tem duas túnicas reparte pela metade o que possui, dando uma a quem não tem. João mostra assim como surge a nova sociedade e a nova história, completamente diferente da “história oficial”, baseada na ganância e acúmulo de bens, em detrimento dos desfavorecidos. Naquele tempo a maioria das pessoas tinha somente uma muda de roupa. Os ricos tinham duas ou mais. E havia os miseráveis que andavam
  • 2. literalmente nus. Uma túnica para a pessoa que tem duas representa 50% daquilo que possui. (Veja 19,1ss, Zaqueu.) b. Justiça (vv. 12-13) 14. Os cobradores de impostos também se apresentam a João com a mesma pergunta: “Que devemos fazer?” O povo odia- va os cobradores de impostos, pois eram colaboracionistas dos romanos e, por meio da pressão verbal ou da força militar (os soldados que os acompanhavam), exploravam o povo, enriquecendo fácil e ilicitamente. A resposta de João mostra qual é o segundo requisito fundamental para entrar na nova sociedade: “Vocês não devem cobrar mais do que a taxa estabelecida”. A missão de João, porém, é somente preparató- ria. – Para os cobradores de impostos, converter-se significa entrar na justiça do Reino –, não se limitando à justiça da “história oficial”. Isso se torna claro se olharmos a conversão de Zaqueu (cf. Lc 19,1-10): ele devolve, aos que explorou, mais do que a “justiça dos homens” estipulava. c. Acabar com os abusos do poder (v. 14) 15. O terceiro grupo de pessoas que se apresentam a João são os soldados de Herodes Antipas, que acompanhavam os cobradores de impostos. Quando estes não conseguiam rou- bar o povo mediante pressões verbais, utilizavam-se da força militar da polícia. Esta intimidava, batia, levantava falsas acusações… Assim, cobradores de impostos e polícia viviam à sombra da impunidade e da tutela dos poderosos. Estavam entre os maiores violadores dos direitos humanos. Aos “ho- mens da lei” João dá esta ordem: “Não tomem pela força o dinheiro de ninguém, nem façam acusações falsas: fiquem contentes com o seu soldo!” – Os abusos de poder não levam a construir sociedade e história novas. d. Jesus vai eliminar o mal (vv. 15-18) 16. O programa de vida apresentado na pregação de João suscitou expectativas messiânicas no povo, que se pergunta se o Batista não seria o Messias (v. 15). A resposta de João o identifica como Precursor da grande novidade. Ele é o que prepara a comunidade para o encontro com o esposo, aquele que irá “batizar com o fogo do Espírito Santo” (v. 16). O Messias é Jesus. – É ele quem vai realizar com o povo que o segue a nova história e a nova sociedade –. Ele possui um “Espírito” que é novo, portador da própria santidade divina. O programa de vida de João é simples preparação à acolhida do Messias. 17. O Messias vai trazer o julgamento à terra. O julgamento é descrito sob a metáfora do agricultor que, na eira, separa os grãos da palha: ele recolhe os grãos no celeiro e queima a palha (v. 17). – A missão de Jesus vai mostrar “quem é quem” na sociedade e na história –. Irá desmascarar a “histó- ria oficial”, cujo projeto é de morte. Urge, portanto, optar pela nova sociedade, associando-se aos que praticam a justiça que manifesta a presença do reino da vida. 2ª leitura (Fl 4,4-7): Alegrem-se sempre no Senhor 18. Os Atos dos Apóstolos (16,11-40) mostram como foi a fundação da comunidade de Filipos. Ela surgiu na casa de uma senhora de nome Lídia e em torno da família do carcereiro, do qual Paulo salvou a vida. Filipos foi a primeira cidade da Euro- pa a receber o anúncio do Evangelho. A comunidade cristã nascida nessa cidade se caracterizou por relacionamento estrei- to e solidário com a missão de Paulo, que tinha como norma não receber bens em troca de pregação. Mas com os filipenses foi diferente. 19. A comunidade ficou sabendo da prisão de Paulo (prova- velmente em Éfeso, entre os anos 56 e 57), e lhe mandou uma ajuda, manifestando assim a solidariedade para com o Apóstolo e, sobretudo, com a causa do Evangelho. 20. A carta aos Filipenses é uma coleção de três bilhetes que Paulo escreveu a essa comunidade, em breve espaço de tempo. Cada um desses bilhetes tem preocupação própria. O texto de hoje contém algumas recomendações feitas em nome do Se- nhor. O Apóstolo ficou sabendo que havia desentendimento entre duas mulheres líderes da comunidade. Isso causou divi- sões e descontentamento. Depois de fazer um apelo ao diálogo e à união das lideranças, Paulo convoca todos à alegria, um dos temas fortes da carta. 21. Ser cristão é motivo de alegria; é também apelo ao equilí- brio: “Como cristãos, alegrem-se sempre! Repito: Alegrem-se! Que todo mundo note que vocês são compreensivos (= equili- brados). O Senhor está próximo” (4,4-5). A união da comuni- dade em torno de um objetivo comum – o projeto de Deus – é propaganda para os que estão fora da comunidade: vendo a união e harmonia dos membros, os de fora percebem que o Senhor está próximo, morando no meio das pessoas (cf. 1ª leitura, Sf 3,14-17). 22. O equilíbrio é remédio para os momentos de tensão. Paulo não ignora as dificuldades internas e externas enfrentadas pela comunidade. Por isso pede que tudo seja resolvido em clima de diálogo com as pessoas e com Deus, na oração: “Não se angus- tiem com nada, mas sempre, em orações e súplicas e com ação de graças, apresentem suas necessidades a Deus” (v. 6). Nem sempre o discernimento é suficiente para se chegar à paz de Deus. Mas esta, uma vez buscada com vontade e coragem, será capaz de orientar, modificar ou aperfeiçoar as opções que a comunidade fez: a paz de Deus, que vai além de todo entendi- mento humano, guardará seus corações (a sede das opções profundas) e pensamentos em sintonia com o projeto de Cristo Jesus (cf. v. 7). III. PISTAS PARA REFLEXÃO 23. A história reinicia a partir dos pobres (1ª leitura, Sf 3,14-17). O Natal, que estamos prestes a celebrar, marca a presença definitiva do Deus pobre que se alia aos pobres para construir com eles a nova sociedade e a nova história. Nossa comunidade tem compreendido esta lógica? 24. Como construir a nova história. O evangelho deste domingo (Lc 3,10-18) é um pequeno "pro- grama de vida" para a comunidade cristã: viver a partilha, a justiça e o poder-serviço. O nascimento do Deus pobre desmascara a sociedade que se regula pela ganância, injustiça e abuso de poder. Quais atos de partilha, justiça e serviço podemos realizar hoje em vista da vinda do Senhor? 25. Alegrem-se sempre no Senhor. Diálogo, união, equilíbrio, fraternidade e discernimento geram alegria e – le- vam as comunidades e famílias ao crescimento contínuo –. Ser cristão é processo dinâmico de ajustamento ao pro- jeto de Deus (2ª leitura, Fl 4,4-7).