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BATISMO E MISSÃOBORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: BATISMO DO SENHOR - COR: BRANCO / OURO
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. A festa do batismo do Senhor revela, ao mesmo tempo,
quem é Jesus e o que ele fez, quem são seus seguidores e o
que são chamados a realizar na sociedade. Não basta termos
recebido o batismo. Não são suficientes belas celebrações. O
que se requer é um compromisso com a justiça que cria novas
relações na comunidade (igreja) e fora dela. A celebração
Santa Ceia — serviço por excelência de Jesus em vista do
mundo novo — nos ajude a sermos filhos amados do Pai,
responsáveis pela continuidade do seu projeto de liberdade e
vida para todos.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1ª leitura (Is 42,1-4.6-7): O jeito certo de servir para im-
plantar a justiça
2. Estamos diante do "primeiro canto do servo de Javé",
texto surgido no tempo do exílio (586-538 a.C.) ou imediata-
mente após, e que apresenta uma figura não facilmente identi-
ficável, ou seja, o servo de Javé. Embora não facilmente iden-
tificável do ponto de vista histórico, é fácil descobrir o perfil
dessa personagem amada por Deus (v. 1a). Em primeiro lugar,
o servo é descrito como aquele que possui o espírito de Deus
(v. 1b), e nisso ele se assemelha aos juízes do passado do povo
de Deus. O povo gostava dos juízes, líderes libertadores, e
afirmava que eram movidos pelo espírito de Javé. Alguns reis
também mereceram do povo essa distinção. Tarefa dos juízes
em Israel — bem como dos reis — era defender o povo, fa-
zendo justiça aos oprimidos. Em segundo lugar, o servo é
apresentado como aquele que "vai levar o direito às nações"
(v. 1b), ou seja, sua missão é uma espécie de sacerdócio a
serviço do projeto de Deus (o direito lembra de perto a Lei,
que contém o projeto de uma sociedade voltada para a liberda-
de e a vida de todos). Em terceiro lugar, o servo é porta-voz,
isto é, profeta e intérprete do projeto de Deus para o seu tempo
e sociedade. Portanto, o servo é, ao mesmo tempo, rei-juiz,
sacerdote e profeta da justiça. Essa é sua missão. Nesse senti-
do, ele se parece com Moisés por seu caráter de homem de paz
(v. 2) e com Davi por suas lutas constantes em defesa do povo
(v. 4).
3. O texto mostra, também, o jeito certo de servir para im-
plantar a justiça. O servo não adota os critérios nem os meios
que os poderosos utilizam para obtê-la: "Não gritará, não fala-
rá alto, nem fará ouvir sua voz pelas ruas. Não quebrará de vez
o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda está fume-
gando" (vv. 2-3a). Caniço rachado e mecha que ainda fumega
lembram, provavelmente, a situação do povo que, apesar de
estar sofrendo injustiças, ainda tem um fio de esperança. Não é
massacrando o povo, nem o frustrando, nem o enganando com
propaganda ilusória e falsa, que o servo consolidará o projeto
de Deus. Pelo contrário, será a partir do veio de esperança que
ainda resta que ele irá estabelecer a justiça no país e fora dele
(v. 6). De fato, o servo é chamado a ser aliança com o povo
(isto é, com Israel; é a dimensão nacional, fazendo o povo
voltar ao projeto de Javé) e luz das nações (dimensão interna-
cional, criando relações de justiça mediante a divulgação do
projeto de Deus). Então, os olhos dos cegos (as nações) se
abrirão, e os que estão na cadeia (pessoas e povos dominados)
obterão a liberdade e a vida (v. 7).
4. O canto do servo crê ser possível reformular a humani-
dade toda. O próprio servo está na origem de uma espécie de
nova criação: "Eu, o Senhor, te chamei com justiça e te peguei
pela mão; formei-te e te destinei" (v. 6a).
5. Diante disso a gente se pergunta: Quem é esse servo? Os
primeiros cristãos viram nele um anúncio de Jesus. Mas a
figura do servo aponta também para as nossas comunidades.
Não é assim que nos sentimos quando sonhamos e lutamos
pela justiça? Não é assim que as comunidades reagem quando
percebem que ainda resta uma esperança? Não é isso que cele-
bramos, apesar de percebermos que os objetivos ainda não
foram atingidos?
Evangelho (Mc 1,7-11): O batismo de Jesus aponta para
sua missão
6. Marcos escreveu seu evangelho com a clara preocupação
de mostrar quem é Jesus aos que se preparavam para receber o
batismo. A cada passo sua obra traduz essa preocupação. No
trecho escolhido pela liturgia deste domingo, a demonstração
de quem é Jesus fica por conta de João Batista (vv. 7-8) e da
voz que vem do céu (v.11).
a. Jesus é o forte (vv. 7-8)
7. O Precursor está batizando o povo no rio Jordão. Seu
batismo visa a preparar as pessoas para a chegada daquele que
vai mostrar a proximidade do Reino (cf. v. 15), ou seja, Jesus
de Nazaré que, com sua prática, revela ao mesmo tempo quem
ele é e em que consiste o Reino de Deus.
8. João Batista anuncia: "Depois de mim virá alguém mais
forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desa-
marrar suas sandálias" (v. 7). Jesus é apresentado como "o
forte". Temos, nessa afirmação, algumas indicações preciosas.
Em primeiro lugar, Jesus é mais forte que João Batista. Isso
significa que o Precursor não é o Messias esperado. João co-
nhece e respeita seu lugar e função, sem atropelar os aconte-
cimentos e sem usurpar as prerrogativas daquele que está para
vir. Em segundo lugar, a menção do forte recorda os feitos de
Javé no passado da história do povo de Deus. Em suas festas,
o povo do Antigo Testamento celebrava a força de Javé, inti-
mamente associada a seus atos libertadores (cf. Sl 24,8). Javé
é celebrado como herói vitorioso, atuando seu projeto de li-
berdade e vida em favor do povo que sofre. Agora, às portas
do Novo Testamento, Jesus resume a força de Javé libertador.
Isso faz pensar nos conflitos, aqui apenas esboçados, que Jesus
irá enfrentar. Desde já ele é apresentado como vencedor dos
sistemas injustos que conservam o povo em estado de submis-
são e morte.
9. O Precursor afirma também que Jesus irá batizar com o
Espírito Santo (v. 8). O modo como isso vai acontecer, bem
como o significado desse batismo, se tornam evidentes a partir
da prática de Jesus.
b. Jesus é o Filho amado, no qual o Pai encontra a sua com-
placência (vv. 9-11)
10. O batismo de João era um sinal que predispunha as pes-
soas à adesão a Jesus. Este, portanto, não precisava se subme-
ter ao batismo do Precursor. Esse detalhe é importante para
nós, pois demonstra que Jesus se solidariza com nossa condi-
ção de pecadores. Este é mais um elemento que ajuda a res-
ponder quem é Jesus.
11. No passado, o povo de Deus sonhava com uma manifes-
tação próxima de seu aliado. Esse anseio é descrito, por exem-
plo, em Isaías 55,9: "Tanto quanto o céu está acima dos cami-
nhos de vocês, assim os meus caminhos estão acima dos ca-
minhos de vocês, e os meus projetos estão acima dos seus
projetos". Agora, com Jesus, o caminho de Deus e o caminho
da humanidade sofrida é o mesmo. É isso que Marcos parece
intuir quando afirma que "Jesus veio de Nazaré da Galiléia"
(v. 9a). De fato, Galiléia e Nazaré são como que sinônimos de
marginalidade e sofrimento (cf. Jo 1,46).
12. O sonho do povo de Deus se torna mais claro em Isaías
63,19: "Estamos como outrora, quando ainda não nos gover-
navas, quando sobre nós o teu nome nunca fora invocado.
Quem dera rasgasses o céu para descer! Diante de ti as mon-
tanhas se derreteriam". Pois bem: as primeiras palavras de
Jesus no evangelho de Marcos anunciam a chegada daquilo
que o povo esperava: "O tempo já se cumpriu, e o Reino de
Deus está próximo" (1,15). Além disso, logo ao sair da água,
Jesus viu o céu se abrindo (isto é, se rasgando), demonstrando
dessa forma que ele é a presença do Deus que caminha conos-
co.
13. Jesus sai da água e o Espírito desce sobre ele (v. 10). A
partir desse momento, o Espírito será a força que leva Jesus a
cumprir sua missão. A liberdade é uma das principais caracte-
rísticas do Espírito. E desde o começo do evangelho de Mar-
cos vemos Jesus libertando as pessoas de todos os "espíritos
maus" que alienam, oprimem e despersonalizam o povo.
14. A voz que vem do céu é o próprio Deus falando. O Pai
mostra quem é Jesus: "Tu és o meu Filho amado, em ti encon-
tro a minha complacência" (v. 11). Essa frase recorda duas
passagens importantes do Antigo Testamento (Sl 2,7 e Is
42,1). O salmo 2 fala da entronização de um rei em Judá. No
dia da posse, o rei se torna filho adotivo de Deus, seu repre-
sentante para exercer a justiça e o direito no meio do povo:
"Você é o meu filho, eu hoje o gerei" (Sl 2,7). Segundo o
Antigo Testamento, o rei tinha como tarefa defender o povo da
exploração externa (invasões, tributos etc.) e das injustiças
internas (criação e manutenção de leis que defendessem o
povo da exploração dos gananciosos). A voz que vem do céu,
portanto, declara Jesus Filho de Deus e rei que vai exercer a
justiça e o direito em favor dos oprimidos. A expressão "em ti
encontro a minha complacência" recorda Is 42,1 (cf. 1ª leitu-
ra). Aí se fala do servo de Javé, escolhido por Deus e amado,
cuja função é, pelo espírito, "levar o direito às nações". Jesus
é, ao mesmo tempo, rei e servo, defensor da justiça para seu
povo oprimido e portador de uma nova legislação internacio-
nal, capaz de transformar completamente a sociedade. O evan-
gelho de Marcos irá, aos poucos, mostrar em que consiste a
realeza e o serviço de Jesus.
2ª leitura (At 10,34-38): O povo que Deus procura
15. No plano de Lucas, o evangelho que escreveu continua
nos Atos dos Apóstolos. No evangelho, relatou o caminho de
Jesus; nos Atos, apresenta o caminho das comunidades que
procuram atualizar as palavras e ações do Mestre em outros
tempos e lugares. A caminhada das comunidades é, portanto, o
prolongamento da prática do Filho de Deus. Lido à luz do
evangelho deste domingo, o texto de Atos ajuda a entender e a
atualizar a realeza e o serviço de Jesus em nossos dias.
16. Em At 10 temos uma situação histórica nova para a co-
munidade cristã: a do contato com os pagãos. Esse contato era
proibido pela legislação judaica. Quem convivesse com eles
tornava-se impuro. Os judeus chegavam a admitir que um
pagão pudesse se salvar, mas essa concessão não supunha a
convivência debaixo do mesmo teto, nem a partilha do pão na
mesa comum.
17. Simão Pedro é o primeiro a romper esse esquema discri-
minador, salientando o novo modo de ser da comunidade
cristã. De fato, antes de entrar na casa de Cornélio, ele está
hospedado na casa de um curtidor de peles de nome Simão. A
gente fica se perguntando se se trata de simples coincidência
de nomes, ou se já é sinal de identificação com os marginali-
zados. Os curtidores de peles eram tidos como pessoas impu-
ras por parte dos judeus. Era preciso evitar o contato com tais
pessoas.
18. Cornélio era um militar romano e vivia em Cesaréia, nos
confins do território judaico. Ele manda chamar Simão Pedro
para que vá à sua casa. (O episódio é um espelho de quanto
Lucas mostrou em seu evangelho por ocasião da cura do servo
de um centurião, cf. Lc 7,1-10.) Pedro, portanto, leva a comu-
nidade cristã para fora do território judaico.
19. Os versículos que lemos na liturgia deste domingo per-
tencem ao discurso de Pedro na casa de Cornélio. Aí chegan-
do, ele constata e anuncia que Deus não faz distinção de pes-
soas. O povo de Deus não está ligado a uma raça ou nação. O
critério para fazer parte do povo de Deus é temê-lo e praticar a
justiça (v. 34). O que Deus procura é um povo profundamente
preocupado com a causa da justiça.
20. Jesus foi quem deu dimensões universais a esse povo:
"Deus enviou sua palavra aos israelitas, e lhes anunciou a Boa
Nova da paz por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos
os homens" (v. 36). Esse tema é muito freqüente no Novo
Testamento (cf., por exemplo, Ef 2,14: "Cristo é a nossa paz.
De dois povos, ele fez um só. Na sua carne derrubou o muro
da separação: o ódio") e constitui a grande novidade dos Atos
dos Apóstolos e de toda a pregação de Paulo. Nos vv. 37-38
Pedro sintetiza a inteira atividade de Jesus com estas pala-
vras: "Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito
Santo e com poder. Ele andou por toda parte, fazendo o bem e
curando todos os que estavam dominados pelo demônio, por-
que Deus estava com ele" (v. 38). A missão de Pedro, como a
de Jesus, é movida pelo Espírito que leva à criação de novas
relações (bem, liberdade) entre as pessoas e povos. Tal é o
povo que Deus procura.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
21. O jeito de servir para implantar a justiça. O servo de Javé hoje é cada um de nós
e nossas comunidades. Por isso, sugere-se examinar juntos nossa missão: não quebrar o
caniço rachado, não apagar a mecha que ainda está fumegando; não cansar nem se dei-
xar abater enquanto não for firmado na terra o direito.
22. O batismo de Jesus aponta para sua missão e para a nossa também. Seu batismo
significa solidariedade; o nosso representa o compromisso com Deus na construção de
um mundo novo. Como dar expressão ao que assumimos ao receber o batismo?
23. O povo que Deus procura não depende de raça ou nação, pois Deus não faz distin-
ção entre as pessoas. Basta temer a Deus e estar comprometido com a justiça. O que isso
tem que ver conosco? Conseguimos realizar ações de justiça, de bem e de libertação en-
tre nós e ao redor de nós?

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Batismo revela missão de Jesus e seus seguidores

  • 1. BATISMO E MISSÃOBORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: B – TEMPO LITÚRGICO: BATISMO DO SENHOR - COR: BRANCO / OURO I. INTRODUÇÃO GERAL 1. A festa do batismo do Senhor revela, ao mesmo tempo, quem é Jesus e o que ele fez, quem são seus seguidores e o que são chamados a realizar na sociedade. Não basta termos recebido o batismo. Não são suficientes belas celebrações. O que se requer é um compromisso com a justiça que cria novas relações na comunidade (igreja) e fora dela. A celebração Santa Ceia — serviço por excelência de Jesus em vista do mundo novo — nos ajude a sermos filhos amados do Pai, responsáveis pela continuidade do seu projeto de liberdade e vida para todos. II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Is 42,1-4.6-7): O jeito certo de servir para im- plantar a justiça 2. Estamos diante do "primeiro canto do servo de Javé", texto surgido no tempo do exílio (586-538 a.C.) ou imediata- mente após, e que apresenta uma figura não facilmente identi- ficável, ou seja, o servo de Javé. Embora não facilmente iden- tificável do ponto de vista histórico, é fácil descobrir o perfil dessa personagem amada por Deus (v. 1a). Em primeiro lugar, o servo é descrito como aquele que possui o espírito de Deus (v. 1b), e nisso ele se assemelha aos juízes do passado do povo de Deus. O povo gostava dos juízes, líderes libertadores, e afirmava que eram movidos pelo espírito de Javé. Alguns reis também mereceram do povo essa distinção. Tarefa dos juízes em Israel — bem como dos reis — era defender o povo, fa- zendo justiça aos oprimidos. Em segundo lugar, o servo é apresentado como aquele que "vai levar o direito às nações" (v. 1b), ou seja, sua missão é uma espécie de sacerdócio a serviço do projeto de Deus (o direito lembra de perto a Lei, que contém o projeto de uma sociedade voltada para a liberda- de e a vida de todos). Em terceiro lugar, o servo é porta-voz, isto é, profeta e intérprete do projeto de Deus para o seu tempo e sociedade. Portanto, o servo é, ao mesmo tempo, rei-juiz, sacerdote e profeta da justiça. Essa é sua missão. Nesse senti- do, ele se parece com Moisés por seu caráter de homem de paz (v. 2) e com Davi por suas lutas constantes em defesa do povo (v. 4). 3. O texto mostra, também, o jeito certo de servir para im- plantar a justiça. O servo não adota os critérios nem os meios que os poderosos utilizam para obtê-la: "Não gritará, não fala- rá alto, nem fará ouvir sua voz pelas ruas. Não quebrará de vez o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda está fume- gando" (vv. 2-3a). Caniço rachado e mecha que ainda fumega lembram, provavelmente, a situação do povo que, apesar de estar sofrendo injustiças, ainda tem um fio de esperança. Não é massacrando o povo, nem o frustrando, nem o enganando com propaganda ilusória e falsa, que o servo consolidará o projeto de Deus. Pelo contrário, será a partir do veio de esperança que ainda resta que ele irá estabelecer a justiça no país e fora dele (v. 6). De fato, o servo é chamado a ser aliança com o povo (isto é, com Israel; é a dimensão nacional, fazendo o povo voltar ao projeto de Javé) e luz das nações (dimensão interna- cional, criando relações de justiça mediante a divulgação do projeto de Deus). Então, os olhos dos cegos (as nações) se abrirão, e os que estão na cadeia (pessoas e povos dominados) obterão a liberdade e a vida (v. 7). 4. O canto do servo crê ser possível reformular a humani- dade toda. O próprio servo está na origem de uma espécie de nova criação: "Eu, o Senhor, te chamei com justiça e te peguei pela mão; formei-te e te destinei" (v. 6a). 5. Diante disso a gente se pergunta: Quem é esse servo? Os primeiros cristãos viram nele um anúncio de Jesus. Mas a figura do servo aponta também para as nossas comunidades. Não é assim que nos sentimos quando sonhamos e lutamos pela justiça? Não é assim que as comunidades reagem quando percebem que ainda resta uma esperança? Não é isso que cele- bramos, apesar de percebermos que os objetivos ainda não foram atingidos? Evangelho (Mc 1,7-11): O batismo de Jesus aponta para sua missão 6. Marcos escreveu seu evangelho com a clara preocupação de mostrar quem é Jesus aos que se preparavam para receber o batismo. A cada passo sua obra traduz essa preocupação. No trecho escolhido pela liturgia deste domingo, a demonstração de quem é Jesus fica por conta de João Batista (vv. 7-8) e da voz que vem do céu (v.11). a. Jesus é o forte (vv. 7-8) 7. O Precursor está batizando o povo no rio Jordão. Seu batismo visa a preparar as pessoas para a chegada daquele que vai mostrar a proximidade do Reino (cf. v. 15), ou seja, Jesus de Nazaré que, com sua prática, revela ao mesmo tempo quem ele é e em que consiste o Reino de Deus. 8. João Batista anuncia: "Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desa- marrar suas sandálias" (v. 7). Jesus é apresentado como "o forte". Temos, nessa afirmação, algumas indicações preciosas. Em primeiro lugar, Jesus é mais forte que João Batista. Isso significa que o Precursor não é o Messias esperado. João co- nhece e respeita seu lugar e função, sem atropelar os aconte- cimentos e sem usurpar as prerrogativas daquele que está para vir. Em segundo lugar, a menção do forte recorda os feitos de Javé no passado da história do povo de Deus. Em suas festas, o povo do Antigo Testamento celebrava a força de Javé, inti- mamente associada a seus atos libertadores (cf. Sl 24,8). Javé é celebrado como herói vitorioso, atuando seu projeto de li- berdade e vida em favor do povo que sofre. Agora, às portas do Novo Testamento, Jesus resume a força de Javé libertador. Isso faz pensar nos conflitos, aqui apenas esboçados, que Jesus irá enfrentar. Desde já ele é apresentado como vencedor dos sistemas injustos que conservam o povo em estado de submis- são e morte. 9. O Precursor afirma também que Jesus irá batizar com o Espírito Santo (v. 8). O modo como isso vai acontecer, bem como o significado desse batismo, se tornam evidentes a partir da prática de Jesus. b. Jesus é o Filho amado, no qual o Pai encontra a sua com- placência (vv. 9-11) 10. O batismo de João era um sinal que predispunha as pes- soas à adesão a Jesus. Este, portanto, não precisava se subme- ter ao batismo do Precursor. Esse detalhe é importante para nós, pois demonstra que Jesus se solidariza com nossa condi- ção de pecadores. Este é mais um elemento que ajuda a res- ponder quem é Jesus. 11. No passado, o povo de Deus sonhava com uma manifes- tação próxima de seu aliado. Esse anseio é descrito, por exem- plo, em Isaías 55,9: "Tanto quanto o céu está acima dos cami- nhos de vocês, assim os meus caminhos estão acima dos ca-
  • 2. minhos de vocês, e os meus projetos estão acima dos seus projetos". Agora, com Jesus, o caminho de Deus e o caminho da humanidade sofrida é o mesmo. É isso que Marcos parece intuir quando afirma que "Jesus veio de Nazaré da Galiléia" (v. 9a). De fato, Galiléia e Nazaré são como que sinônimos de marginalidade e sofrimento (cf. Jo 1,46). 12. O sonho do povo de Deus se torna mais claro em Isaías 63,19: "Estamos como outrora, quando ainda não nos gover- navas, quando sobre nós o teu nome nunca fora invocado. Quem dera rasgasses o céu para descer! Diante de ti as mon- tanhas se derreteriam". Pois bem: as primeiras palavras de Jesus no evangelho de Marcos anunciam a chegada daquilo que o povo esperava: "O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo" (1,15). Além disso, logo ao sair da água, Jesus viu o céu se abrindo (isto é, se rasgando), demonstrando dessa forma que ele é a presença do Deus que caminha conos- co. 13. Jesus sai da água e o Espírito desce sobre ele (v. 10). A partir desse momento, o Espírito será a força que leva Jesus a cumprir sua missão. A liberdade é uma das principais caracte- rísticas do Espírito. E desde o começo do evangelho de Mar- cos vemos Jesus libertando as pessoas de todos os "espíritos maus" que alienam, oprimem e despersonalizam o povo. 14. A voz que vem do céu é o próprio Deus falando. O Pai mostra quem é Jesus: "Tu és o meu Filho amado, em ti encon- tro a minha complacência" (v. 11). Essa frase recorda duas passagens importantes do Antigo Testamento (Sl 2,7 e Is 42,1). O salmo 2 fala da entronização de um rei em Judá. No dia da posse, o rei se torna filho adotivo de Deus, seu repre- sentante para exercer a justiça e o direito no meio do povo: "Você é o meu filho, eu hoje o gerei" (Sl 2,7). Segundo o Antigo Testamento, o rei tinha como tarefa defender o povo da exploração externa (invasões, tributos etc.) e das injustiças internas (criação e manutenção de leis que defendessem o povo da exploração dos gananciosos). A voz que vem do céu, portanto, declara Jesus Filho de Deus e rei que vai exercer a justiça e o direito em favor dos oprimidos. A expressão "em ti encontro a minha complacência" recorda Is 42,1 (cf. 1ª leitu- ra). Aí se fala do servo de Javé, escolhido por Deus e amado, cuja função é, pelo espírito, "levar o direito às nações". Jesus é, ao mesmo tempo, rei e servo, defensor da justiça para seu povo oprimido e portador de uma nova legislação internacio- nal, capaz de transformar completamente a sociedade. O evan- gelho de Marcos irá, aos poucos, mostrar em que consiste a realeza e o serviço de Jesus. 2ª leitura (At 10,34-38): O povo que Deus procura 15. No plano de Lucas, o evangelho que escreveu continua nos Atos dos Apóstolos. No evangelho, relatou o caminho de Jesus; nos Atos, apresenta o caminho das comunidades que procuram atualizar as palavras e ações do Mestre em outros tempos e lugares. A caminhada das comunidades é, portanto, o prolongamento da prática do Filho de Deus. Lido à luz do evangelho deste domingo, o texto de Atos ajuda a entender e a atualizar a realeza e o serviço de Jesus em nossos dias. 16. Em At 10 temos uma situação histórica nova para a co- munidade cristã: a do contato com os pagãos. Esse contato era proibido pela legislação judaica. Quem convivesse com eles tornava-se impuro. Os judeus chegavam a admitir que um pagão pudesse se salvar, mas essa concessão não supunha a convivência debaixo do mesmo teto, nem a partilha do pão na mesa comum. 17. Simão Pedro é o primeiro a romper esse esquema discri- minador, salientando o novo modo de ser da comunidade cristã. De fato, antes de entrar na casa de Cornélio, ele está hospedado na casa de um curtidor de peles de nome Simão. A gente fica se perguntando se se trata de simples coincidência de nomes, ou se já é sinal de identificação com os marginali- zados. Os curtidores de peles eram tidos como pessoas impu- ras por parte dos judeus. Era preciso evitar o contato com tais pessoas. 18. Cornélio era um militar romano e vivia em Cesaréia, nos confins do território judaico. Ele manda chamar Simão Pedro para que vá à sua casa. (O episódio é um espelho de quanto Lucas mostrou em seu evangelho por ocasião da cura do servo de um centurião, cf. Lc 7,1-10.) Pedro, portanto, leva a comu- nidade cristã para fora do território judaico. 19. Os versículos que lemos na liturgia deste domingo per- tencem ao discurso de Pedro na casa de Cornélio. Aí chegan- do, ele constata e anuncia que Deus não faz distinção de pes- soas. O povo de Deus não está ligado a uma raça ou nação. O critério para fazer parte do povo de Deus é temê-lo e praticar a justiça (v. 34). O que Deus procura é um povo profundamente preocupado com a causa da justiça. 20. Jesus foi quem deu dimensões universais a esse povo: "Deus enviou sua palavra aos israelitas, e lhes anunciou a Boa Nova da paz por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos os homens" (v. 36). Esse tema é muito freqüente no Novo Testamento (cf., por exemplo, Ef 2,14: "Cristo é a nossa paz. De dois povos, ele fez um só. Na sua carne derrubou o muro da separação: o ódio") e constitui a grande novidade dos Atos dos Apóstolos e de toda a pregação de Paulo. Nos vv. 37-38 Pedro sintetiza a inteira atividade de Jesus com estas pala- vras: "Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os que estavam dominados pelo demônio, por- que Deus estava com ele" (v. 38). A missão de Pedro, como a de Jesus, é movida pelo Espírito que leva à criação de novas relações (bem, liberdade) entre as pessoas e povos. Tal é o povo que Deus procura. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 21. O jeito de servir para implantar a justiça. O servo de Javé hoje é cada um de nós e nossas comunidades. Por isso, sugere-se examinar juntos nossa missão: não quebrar o caniço rachado, não apagar a mecha que ainda está fumegando; não cansar nem se dei- xar abater enquanto não for firmado na terra o direito. 22. O batismo de Jesus aponta para sua missão e para a nossa também. Seu batismo significa solidariedade; o nosso representa o compromisso com Deus na construção de um mundo novo. Como dar expressão ao que assumimos ao receber o batismo? 23. O povo que Deus procura não depende de raça ou nação, pois Deus não faz distin- ção entre as pessoas. Basta temer a Deus e estar comprometido com a justiça. O que isso tem que ver conosco? Conseguimos realizar ações de justiça, de bem e de libertação en- tre nós e ao redor de nós?