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UM CASAMENTO: DEUS E A HUMANIDADE
                                   BORTOLINE, José – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades – Paulus, 2007
                                                     * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
                                          ANO: C – TEMPO LITÚRGICO: 2° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE


I. INTRODUÇÃO GERAL                                                    seus aliados. Javé é o Deus que faz justiça, e esta não tarda a chegar,
1.    Pequenas ou grandes comunidades do nosso país, a maioria pois já desponta como a aurora. A ação de justiça divina é como o
delas empobrecidas e postas à margem da sociedade, se reúnem para casamento de Deus com seu povo: "Javé vai amar você, e sua terra terá
celebrar a fé. Deus vem ao encontro delas, declarando-lhes seu amor um esposo" (v. 4b).
e predileção: juntas, elas são a noiva de Javé, aquele que lhes faz 10. Realizado o casamento, vem a lua-de-mel e, com ela, iniciam os
justiça, as reconstrói e sente por elas imenso amor (1ª leitura, Is sinais de vida nova: "Como o jovem se casa com uma jovem, o seu
62,1-5).                                                               Criador se casará com você; como o esposo se alegra com a esposa, seu
2.    A Eucaristia é o momento privilegiado em que Jesus se entrega Deus se alegrará com você" (v. 5). O profeta da esperança e da recons-
por aqueles que ama. Seu sangue derramado, seu corpo doado por trução não se contenta em afirmar que a aliança entre Deus e o povo
nós selam definitivamente a aliança entre Deus e a humanidade. sofrido é o reatar relações rompidas pelo pecado e abandono da co-
Nossa resposta é a fé nele, com o desejo de fazer tudo o que ele munidade. Para ele o amor divino é sempre novo, como o primeiro
disser. Assim estaremos constituindo a comunidade-esposa do Cor- amor de um jovem por sua amada. A comunidade, apesar de suas
deiro por nós imolado (evangelho, Jo 2,1-11).                          infidelidades, é jovem cheia do fogo do amor primeiro. As ruínas do
                                                                       passado não são mais recordadas, pois o esposo reconstrói completa-
3.    A Eucaristia é comunhão com a Trindade, que é una na diver- mente a comunidade, sentindo por ela o mesmo prazer, alegria e felici-
sidade das pessoas. Para esse encontro – que é o serviço de Jesus em dade de dois apaixonados que, finalmente, se encontraram na doação
nosso favor – convergem todos os ministérios eclesiais, dons que o plena.
Espírito concede para o crescimento de todos (2ª leitura, 1Cor 12,4-
11). Celebrar a memória do serviço de Jesus é resgatar e valorizar Evangelho (Jo 2,1-11): Jesus é o esposo da humanidade
todos os dons presentes nas pessoas; mas é, sobretudo, crer que, pelo 11. O trecho deste domingo, chamado normalmente de "Bodas de
fato de pertencer à comunidade, toda e qualquer pessoa é dom de Caná", conclui uma unidade maior dentro do evangelho de João. O
Deus feito à comunidade.                                               evangelista montou os relatos que vão de 1,19 a 2,11 dentro do esque-
                                                                       ma de uma semana: 1º dia: 1,19-28; 2º dia: 1,29-34; 3º dia: 1,35-42; 4º
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
                                                                       dia: 1,43-51; 6º dia: 2,1-11 (a expressão "No terceiro dia", em 2,1,
1ª leitura (Is 62,1-5): A comunidade dos sofredores, noiva de corresponde a "dois dias depois do quarto dia", ou seja, o sexto dia).
Javé                                                                   Portanto, o episódio das "Bodas de Caná" encerra a semana. Por que o
4.    O texto pertence ao Terceiro Isaías, profeta anônimo que pro- evangelista planejou esse esquema de uma semana? Certamente porque
cura incentivar a comunidade pós-exílica. Nessa época, Jerusalém é pensava em Gn 1, a semana da criação. Lá, a humanidade foi criada no
uma cidade insignificante: depois que Nabucodonosor a destruiu, sexto dia, pronta para celebrar a festa com Javé, no sábado. Aqui, a
levando sua população para o cativeiro, Jerusalém tornou-se como nova humanidade da nova criação é quem se torna discípulo de Jesus e
viúva desamparada por Javé, seu esposo; a Judéia se encontrava em crê nele (cf. 2,11). De fato, duas idéias básicas, tiradas do Antigo Tes-
completo abandono. Tudo isso trouxe perplexidade e desânimo à tamento, estão sempre presentes no evangelho de João: aliança e cria-
população. Mais ainda: a pergunta crucial que se fazia era esta: teria ção. Jesus inaugura a Nova Aliança e dá início à Nova Criação. No
Deus, por causa da infidelidade do seu povo, anulado a aliança feita sexto dia (Bodas de Caná) temos, portanto, o retrato da nova humani-
no passado?                                                            dade.
5.   Os versículos lidos na liturgia deste domingo são um poema 12. O cerne dessa nova humanidade é a Aliança que Jesus, Cordeiro-
nupcial. O casamento de Javé com Jerusalém traduz, de modo ím- Esposo, realiza com a comunidade. Ele já havia sido anunciado por
par, o relacionamento entre Deus e seu povo.                          João, ainda que de forma indireta, como o esposo da humanidade (cf.
                                                                      1,15.27.30). Situando Jesus num casamento falido, como o de Caná da
6.   O profeta se apresenta qual sentinela sobre as muralhas da Galiléia, o evangelista não faz outra coisa senão mostrar quem é o
cidade-esposa, anunciando a volta do esposo com a mesma ansieda- esposo da humanidade. Portanto, o episódio de Caná deve ser lido em
de com que aguarda a chegada do amanhecer (cf. Sl 130,6). Javé, o chave simbólica. Nesse sentido, é importante ter presente que:
esposo, saiu para executar a justiça contra os que exploraram seu
povo: "Por causa de Sião não ficarei em silêncio, por causa de Jeru- → Com muita freqüência, o casamento é, na Bíblia, sinônimo de alian-
salém não ficarei quieto, enquanto a justiça não surgir para ela como ça (cf. 1ª leitura). Na linguagem profética, ser infiel à aliança é a mes-
aurora enquanto sua salvação não brilhar como lâmpada" (v. 1).        ma coisa que ser adúltero, prostituir-se.
7.   O rei que saiu para fazer justiça aos explorados é comparado           → A aliança antiga caducou, não tem mais razão de existir: "Eles não
com o sol. Sua volta vitoriosa coincidirá com a aurora. Por isso o          têm mais vinho" (2,3).
profeta, qual sentinela do povo, não anunciará somente o amanhe-            → O que sustentava a antiga aliança eram os ritos de purificação (cf.
cer, mas sobretudo a chegada da justiça e da vitória. A vitória do rei      2,6: as talhas para a purificação estão vazias). Os ritos de purificação
sobre os que oprimiram o povo de Deus funciona como discipulado             não são mais condição para que as comunidades se tornem esposa do
universal: há um Deus que faz justiça e se posiciona ao lado dos            Cordeiro.
sofredores, libertando-os, amando-os e protegendo-os como o espo-
so ama e zela por sua esposa: "As nações verão a sua justiça e todos→ Jesus é aquele que inaugura a Nova Aliança, aquele que traz o vinho
os reis verão a sua glória. Você então será chamada com o nome      novo, de ótima qualidade, em abundância. O vinho, por sua vez, é
novo que a boca de Javé indicou" (v. 2).                            símbolo muito forte do amor ("Seus amores são melhores do que o
                                                                    vinho" – Ct 1,2; "Sua boca é um vinho delicioso que se derrama na
8.   Vista de longe, a cidade de Jerusalém, com suas torres e amei- minha, molhando-me lábios e dentes" – Ct 7,10; "…Eu lhe daria a
as, parece uma grande coroa: "Você será coroa magnífica na mão de beber vinho perfumado e licor de minhas romãzeiras" – Ct 8,2).
Javé, um diadema real na palma do seu Deus" (v. 3). A comunidade
dos oprimidos, que lutam para manter a própria identidade, é o → O vinho que Jesus dá é de ótima qualidade, fazendo esquecer o
sinal-distintivo (coroa) da realeza de Deus. A noiva de Javé é a antigo.
comunidade dos sofredores. Deus optou por eles para mudar-lhes a → A abundância de vinho (mais de 600 litros, cf. 2,6) era o sinal da
sorte, transformando o desamparo e abandono em predileção parti- chegada do Messias, que vai trazer o amor definitivo. Chegou, portan-
cular ("Minha Delícia"), unindo-se para sempre com eles de modo to, a hora de Jesus, que se consumará na cruz, ao mostrar seu amor sem
original e único ("Desposada", v. 4).                               limites.
9.   Para marcar a opção de Deus pelos enfraquecidos e explorados, → No episódio de Caná ignora-se a presença da noiva. É possível um
o profeta da esperança e da reconstrução não encontrou termo de casamento sem noiva? Onde, pois, está a noiva da Nova Aliança?
comparação mais forte que o do noivado e casamento entre Deus e
13.   A resposta a essa última pergunta pode ser encontrada no pró-    19.  Após o impulso inicial, a comunidade se acomodou. Aos poucos
prio texto deste domingo. É estranho que Jesus se dirija à sua mãe     viu-se cercada de muitos problemas internos e externos. Estando em
chamando-a "Mulher". Os especialistas afirmam que em toda a            Éfeso, Paulo toma conhecimento da situação por meio de pessoas que
literatura rabínica daquele tempo jamais se encontra forma de trata-   lhe relataram os fatos e através de uma carta da comunidade, pedindo
mento semelhante. O Novo Testamento também não registra essa           esclarecimentos.
forma de tratamento. Isso nos leva a crer que "a mãe de Jesus", no     20. Um desses esclarecimentos solicitados dizia respeito à questão
episódio de Caná, é figura simbólica. É símbolo dos que se conser-     dos carismas. A comunidade não assimilara de modo maduro e respon-
varam fiéis a Deus, na expectativa da realização das promessas         sável a vida nova que brotava do anúncio evangélico, pois na questão
messiânicas. Representa aqueles que aguardam o novo, distancian-       dos carismas dava-se valor unicamente àqueles carismas extraordiná-
do-se do antigo modo de encarar a relação Deus-humanidade ("Eles       rios capazes de causar impacto nas pessoas: falar em línguas, profeti-
não têm mais vinho").                                                  zar, fazer curas e milagres. Para os coríntios, ter carisma era isso. Suas
14. Jesus mostra à sua mãe que a antiga aliança não tem mais razão     celebrações eram concorridas, cada qual ansioso por apresentar seu
de ser. Ele é o verdadeiro esposo da humanidade, pois traz a vida em   dom extraordinário, a fim de "aparecer". Ao mesmo tempo, um falava
plenitude, simbolizada pela abundância de vinho; ele inaugura o        em línguas, outro profetizava, outro cantava, outro ensinava, outro
novo modo de as pessoas se relacionarem com Deus: não mais na          fazia uma revelação (cf. 14,26). Paulo lhes dirá: se alguém, que não é
base de troca de favores ou ritos de purificação (as talhas estão      da comunidade, entrar nesse momento, pensará ter entrado num mani-
vazias), mas em base ao amor pleno e verdadeiro.                       cômio! (cf. 14,23).
15.  Jesus não veio remendar a aliança antiga, como se pudéssemos      21.  Os coríntios, portanto, achavam que o Espírito só se manifestava
sobrepor uma à outra. O vinho novo não provém das talhas de pedra     nos dons espetaculares. Quem não os possuísse não possuiria o Espíri-
(que representam a antiga Lei), mas é transformado longe delas (cf.   to. Por isso Paulo procura alargar o horizonte da comunidade: "São
v. 9: "O encarregado da festa não sabia de onde procedia o vinho,     distribuídos muitos dons, mas o Espírito é o mesmo" (12,4). O Espírito
mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham         não discrimina nem privilegia pessoas, mas distribui seus dons a cada
tirado a água"). Em termos teológicos, Jesus é o que põe a graça no   um, conforme ele quer (cf. v. 11; cf. Jo 3,8). Nos vv. 4-6 encontramos
lugar da Lei. Supera, com isso, uma das mais antigas instituições     uma formulação trinitária: Espírito, Senhor, Deus. Os carismas e suas
para inaugurar o novo relacionamento entre Deus e a humanidade,       manifestações concretas, isto é, os ministérios, têm como fonte e ori-
baseado exclusivamente no amor gratuito.                              gem a própria Trindade, que é comunhão. Na comunidade cristã, cada
16. A mãe de Jesus é o germe da comunidade-esposa. É a raiz do
                                                                      um recebe uma manifestação do Espírito para o crescimento de todos.
novo povo de Deus, esposa do Cordeiro. Fazendo tudo o que ele Ninguém fica sem ter seu carisma. Contudo, ninguém pode se julgar
disser (v. 5) e acreditando nele (v. 11), as pessoas vão assumindo o dono ou condicionador do Espírito. Os carismas não são algo do qual o
perfil do que é ser cristão.                                          possuidor possa se gabar ou exibir: "A cada um é dado algum sinal da
                                                                      presença do Espírito para o bem comum" (v. 7).
17. O episódio de Caná marca o início dos sinais de Jesus (v. 11)
que têm como finalidade levar a nova humanidade à maturidade da 22. Os vv. 8-10 apresentam um elenco de carismas extraordinários:
fé e à posse da vida (cf. Jo 20,30-31). Dentro do evangelho de João, palavra de sabedoria, palavra de ciência, fé em grau extraordinário,
Caná é um episódio que encontra seu ápice na cruz, a Hora de Je- dom das curas, poder de fazer milagres, profecia, discernimento dos
sus, quando manifesta em sinais concretos o que significa a abun- espíritos, dom das línguas, capacidade de explicar essas línguas. Nota-
dância do vinho novo. É lá que ele manifesta seu amor até as últimas se, aí, que Paulo insiste na expressão "o mesmo Espírito", para salien-
conseqüências (cf. 13,1). Em Caná Jesus manifestou sua glória (v. tar que todos esses dons extraordinários têm sua origem no mesmo
11) que consiste em revelar o projeto de vida e liberdade para todos. Espírito; é ele quem os dá de presente em vista do bem comum. No-
A comunidade cristã, entregando-se total e definitivamente ao Es- tam-se, ainda, duas coisas: 1. Paulo põe em penúltimo e último lugares
poso, participa da Nova Criação, o mundo novo. Vivemos tempos aqueles dons mais ambicionados pelos coríntios: a profecia em penúl-
de plenitude, tempos de vinho novo e de ótima qualidade. É a hora timo lugar, e o dom das línguas, em último, como o mais insignificante
de Jesus. Os que andam com ele são pessoas novas.                     da lista; 2. Paulo submete o dom das línguas e a profecia a dois caris-
                                                                      mas que lhes examinam a autenticidade: a profecia deve passar pelo
2ª leitura (1Cor 12,4-11): O Espírito age em todos, mas ninguém discernimento dos espíritos, para ver se é autêntica (é bom lembrar que
o possui plenamente                                                   alguém, na comunidade, achando-se inspirado, teria afirmado: "Maldi-
18. Paulo fundou a comunidade de Corinto durante a segunda to Jesus!"); o dom das línguas tem que se submeter à interpretação das
viagem missionária (cf. At 18,1-18). Daquela cidade cosmopolita mesmas, para que a comunidade seja edificada.
nasceu pequeno grupo de cristãos, formado em sua maioria por 23. Colocando nos últimos lugares os dois carismas mais ambiciona-
gente pobre, estivadores dos dois portos da cidade. Surgiu assim dos pelos coríntios, Paulo mostra que eles se esqueceram do mais
uma comunidade alternativa, que rompeu com o passado para viver importante, agarrando-se ao supérfluo. Importante é perceber que há
a novidade do Evangelho. A mudança foi forte, pois eliminou as diversidade de dons e que essa diversidade, longe de desunir as pesso-
barreiras de classe, raça e sexo. A ruptura é mais forte quando lem- as, deveria favorecer o crescimento mútuo, na comunhão que reflete a
bramos que "viver à moda dos coríntios" era sinônimo de vida des- comunhão da Trindade.
regrada e libertina. Essa vida desordenada tinha o apoio das religi-
ões vigentes em Corinto. Elas sustentavam uma sociedade desigual.



                                                        III. PISTAS PARA REFLEXÃO
               24.   A comunidade dos sofredores, noiva de Javé. A 1ª leitura (Is 62,1-5) reforça as convicções da caminha-
               da da Igreja latino-americana, composta, em sua maioria, de pessoas sofridas. Os profetas da esperança e da
               reconstrução não se cansam de mostrar a opção de Deus pelos marginalizados, sofredores e empobrecidos.
               Quais os sinais de justiça, vitória e libertação que animam a caminhada de nossas comunidades?
               25.   Jesus é o esposo da humanidade. A comunidade cristã é esposa de Jesus (evangelho, Jo 2,1-11). O que
               significa, para nós, crer em seus sinais e fazer o que ele está pedindo?
               26.   O Espírito age em todos, mas ninguém o possui plenamente. Ser cristão é crer que cada pessoa é dom
               de Deus para a comunidade (2ª leitura, 1Cor 12,4-11). Celebrar os serviços (ministérios) mais esquecidos e
               menos valorizados. Por que se dá mais valor ao que é mais vistoso e tem aparência de extraordinário? Os ser-
               viços e as pastorais unem ou desunem a comunidade? Qual é o objetivo de um carisma específico: o serviço à
               comunidade ou o status social da pessoa?

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Comentário 2° domingo tempo comum -Ano C

  • 1. UM CASAMENTO: DEUS E A HUMANIDADE BORTOLINE, José – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades – Paulus, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: C – TEMPO LITÚRGICO: 2° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE I. INTRODUÇÃO GERAL seus aliados. Javé é o Deus que faz justiça, e esta não tarda a chegar, 1. Pequenas ou grandes comunidades do nosso país, a maioria pois já desponta como a aurora. A ação de justiça divina é como o delas empobrecidas e postas à margem da sociedade, se reúnem para casamento de Deus com seu povo: "Javé vai amar você, e sua terra terá celebrar a fé. Deus vem ao encontro delas, declarando-lhes seu amor um esposo" (v. 4b). e predileção: juntas, elas são a noiva de Javé, aquele que lhes faz 10. Realizado o casamento, vem a lua-de-mel e, com ela, iniciam os justiça, as reconstrói e sente por elas imenso amor (1ª leitura, Is sinais de vida nova: "Como o jovem se casa com uma jovem, o seu 62,1-5). Criador se casará com você; como o esposo se alegra com a esposa, seu 2. A Eucaristia é o momento privilegiado em que Jesus se entrega Deus se alegrará com você" (v. 5). O profeta da esperança e da recons- por aqueles que ama. Seu sangue derramado, seu corpo doado por trução não se contenta em afirmar que a aliança entre Deus e o povo nós selam definitivamente a aliança entre Deus e a humanidade. sofrido é o reatar relações rompidas pelo pecado e abandono da co- Nossa resposta é a fé nele, com o desejo de fazer tudo o que ele munidade. Para ele o amor divino é sempre novo, como o primeiro disser. Assim estaremos constituindo a comunidade-esposa do Cor- amor de um jovem por sua amada. A comunidade, apesar de suas deiro por nós imolado (evangelho, Jo 2,1-11). infidelidades, é jovem cheia do fogo do amor primeiro. As ruínas do passado não são mais recordadas, pois o esposo reconstrói completa- 3. A Eucaristia é comunhão com a Trindade, que é una na diver- mente a comunidade, sentindo por ela o mesmo prazer, alegria e felici- sidade das pessoas. Para esse encontro – que é o serviço de Jesus em dade de dois apaixonados que, finalmente, se encontraram na doação nosso favor – convergem todos os ministérios eclesiais, dons que o plena. Espírito concede para o crescimento de todos (2ª leitura, 1Cor 12,4- 11). Celebrar a memória do serviço de Jesus é resgatar e valorizar Evangelho (Jo 2,1-11): Jesus é o esposo da humanidade todos os dons presentes nas pessoas; mas é, sobretudo, crer que, pelo 11. O trecho deste domingo, chamado normalmente de "Bodas de fato de pertencer à comunidade, toda e qualquer pessoa é dom de Caná", conclui uma unidade maior dentro do evangelho de João. O Deus feito à comunidade. evangelista montou os relatos que vão de 1,19 a 2,11 dentro do esque- ma de uma semana: 1º dia: 1,19-28; 2º dia: 1,29-34; 3º dia: 1,35-42; 4º II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS dia: 1,43-51; 6º dia: 2,1-11 (a expressão "No terceiro dia", em 2,1, 1ª leitura (Is 62,1-5): A comunidade dos sofredores, noiva de corresponde a "dois dias depois do quarto dia", ou seja, o sexto dia). Javé Portanto, o episódio das "Bodas de Caná" encerra a semana. Por que o 4. O texto pertence ao Terceiro Isaías, profeta anônimo que pro- evangelista planejou esse esquema de uma semana? Certamente porque cura incentivar a comunidade pós-exílica. Nessa época, Jerusalém é pensava em Gn 1, a semana da criação. Lá, a humanidade foi criada no uma cidade insignificante: depois que Nabucodonosor a destruiu, sexto dia, pronta para celebrar a festa com Javé, no sábado. Aqui, a levando sua população para o cativeiro, Jerusalém tornou-se como nova humanidade da nova criação é quem se torna discípulo de Jesus e viúva desamparada por Javé, seu esposo; a Judéia se encontrava em crê nele (cf. 2,11). De fato, duas idéias básicas, tiradas do Antigo Tes- completo abandono. Tudo isso trouxe perplexidade e desânimo à tamento, estão sempre presentes no evangelho de João: aliança e cria- população. Mais ainda: a pergunta crucial que se fazia era esta: teria ção. Jesus inaugura a Nova Aliança e dá início à Nova Criação. No Deus, por causa da infidelidade do seu povo, anulado a aliança feita sexto dia (Bodas de Caná) temos, portanto, o retrato da nova humani- no passado? dade. 5. Os versículos lidos na liturgia deste domingo são um poema 12. O cerne dessa nova humanidade é a Aliança que Jesus, Cordeiro- nupcial. O casamento de Javé com Jerusalém traduz, de modo ím- Esposo, realiza com a comunidade. Ele já havia sido anunciado por par, o relacionamento entre Deus e seu povo. João, ainda que de forma indireta, como o esposo da humanidade (cf. 1,15.27.30). Situando Jesus num casamento falido, como o de Caná da 6. O profeta se apresenta qual sentinela sobre as muralhas da Galiléia, o evangelista não faz outra coisa senão mostrar quem é o cidade-esposa, anunciando a volta do esposo com a mesma ansieda- esposo da humanidade. Portanto, o episódio de Caná deve ser lido em de com que aguarda a chegada do amanhecer (cf. Sl 130,6). Javé, o chave simbólica. Nesse sentido, é importante ter presente que: esposo, saiu para executar a justiça contra os que exploraram seu povo: "Por causa de Sião não ficarei em silêncio, por causa de Jeru- → Com muita freqüência, o casamento é, na Bíblia, sinônimo de alian- salém não ficarei quieto, enquanto a justiça não surgir para ela como ça (cf. 1ª leitura). Na linguagem profética, ser infiel à aliança é a mes- aurora enquanto sua salvação não brilhar como lâmpada" (v. 1). ma coisa que ser adúltero, prostituir-se. 7. O rei que saiu para fazer justiça aos explorados é comparado → A aliança antiga caducou, não tem mais razão de existir: "Eles não com o sol. Sua volta vitoriosa coincidirá com a aurora. Por isso o têm mais vinho" (2,3). profeta, qual sentinela do povo, não anunciará somente o amanhe- → O que sustentava a antiga aliança eram os ritos de purificação (cf. cer, mas sobretudo a chegada da justiça e da vitória. A vitória do rei 2,6: as talhas para a purificação estão vazias). Os ritos de purificação sobre os que oprimiram o povo de Deus funciona como discipulado não são mais condição para que as comunidades se tornem esposa do universal: há um Deus que faz justiça e se posiciona ao lado dos Cordeiro. sofredores, libertando-os, amando-os e protegendo-os como o espo- so ama e zela por sua esposa: "As nações verão a sua justiça e todos→ Jesus é aquele que inaugura a Nova Aliança, aquele que traz o vinho os reis verão a sua glória. Você então será chamada com o nome novo, de ótima qualidade, em abundância. O vinho, por sua vez, é novo que a boca de Javé indicou" (v. 2). símbolo muito forte do amor ("Seus amores são melhores do que o vinho" – Ct 1,2; "Sua boca é um vinho delicioso que se derrama na 8. Vista de longe, a cidade de Jerusalém, com suas torres e amei- minha, molhando-me lábios e dentes" – Ct 7,10; "…Eu lhe daria a as, parece uma grande coroa: "Você será coroa magnífica na mão de beber vinho perfumado e licor de minhas romãzeiras" – Ct 8,2). Javé, um diadema real na palma do seu Deus" (v. 3). A comunidade dos oprimidos, que lutam para manter a própria identidade, é o → O vinho que Jesus dá é de ótima qualidade, fazendo esquecer o sinal-distintivo (coroa) da realeza de Deus. A noiva de Javé é a antigo. comunidade dos sofredores. Deus optou por eles para mudar-lhes a → A abundância de vinho (mais de 600 litros, cf. 2,6) era o sinal da sorte, transformando o desamparo e abandono em predileção parti- chegada do Messias, que vai trazer o amor definitivo. Chegou, portan- cular ("Minha Delícia"), unindo-se para sempre com eles de modo to, a hora de Jesus, que se consumará na cruz, ao mostrar seu amor sem original e único ("Desposada", v. 4). limites. 9. Para marcar a opção de Deus pelos enfraquecidos e explorados, → No episódio de Caná ignora-se a presença da noiva. É possível um o profeta da esperança e da reconstrução não encontrou termo de casamento sem noiva? Onde, pois, está a noiva da Nova Aliança? comparação mais forte que o do noivado e casamento entre Deus e
  • 2. 13. A resposta a essa última pergunta pode ser encontrada no pró- 19. Após o impulso inicial, a comunidade se acomodou. Aos poucos prio texto deste domingo. É estranho que Jesus se dirija à sua mãe viu-se cercada de muitos problemas internos e externos. Estando em chamando-a "Mulher". Os especialistas afirmam que em toda a Éfeso, Paulo toma conhecimento da situação por meio de pessoas que literatura rabínica daquele tempo jamais se encontra forma de trata- lhe relataram os fatos e através de uma carta da comunidade, pedindo mento semelhante. O Novo Testamento também não registra essa esclarecimentos. forma de tratamento. Isso nos leva a crer que "a mãe de Jesus", no 20. Um desses esclarecimentos solicitados dizia respeito à questão episódio de Caná, é figura simbólica. É símbolo dos que se conser- dos carismas. A comunidade não assimilara de modo maduro e respon- varam fiéis a Deus, na expectativa da realização das promessas sável a vida nova que brotava do anúncio evangélico, pois na questão messiânicas. Representa aqueles que aguardam o novo, distancian- dos carismas dava-se valor unicamente àqueles carismas extraordiná- do-se do antigo modo de encarar a relação Deus-humanidade ("Eles rios capazes de causar impacto nas pessoas: falar em línguas, profeti- não têm mais vinho"). zar, fazer curas e milagres. Para os coríntios, ter carisma era isso. Suas 14. Jesus mostra à sua mãe que a antiga aliança não tem mais razão celebrações eram concorridas, cada qual ansioso por apresentar seu de ser. Ele é o verdadeiro esposo da humanidade, pois traz a vida em dom extraordinário, a fim de "aparecer". Ao mesmo tempo, um falava plenitude, simbolizada pela abundância de vinho; ele inaugura o em línguas, outro profetizava, outro cantava, outro ensinava, outro novo modo de as pessoas se relacionarem com Deus: não mais na fazia uma revelação (cf. 14,26). Paulo lhes dirá: se alguém, que não é base de troca de favores ou ritos de purificação (as talhas estão da comunidade, entrar nesse momento, pensará ter entrado num mani- vazias), mas em base ao amor pleno e verdadeiro. cômio! (cf. 14,23). 15. Jesus não veio remendar a aliança antiga, como se pudéssemos 21. Os coríntios, portanto, achavam que o Espírito só se manifestava sobrepor uma à outra. O vinho novo não provém das talhas de pedra nos dons espetaculares. Quem não os possuísse não possuiria o Espíri- (que representam a antiga Lei), mas é transformado longe delas (cf. to. Por isso Paulo procura alargar o horizonte da comunidade: "São v. 9: "O encarregado da festa não sabia de onde procedia o vinho, distribuídos muitos dons, mas o Espírito é o mesmo" (12,4). O Espírito mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham não discrimina nem privilegia pessoas, mas distribui seus dons a cada tirado a água"). Em termos teológicos, Jesus é o que põe a graça no um, conforme ele quer (cf. v. 11; cf. Jo 3,8). Nos vv. 4-6 encontramos lugar da Lei. Supera, com isso, uma das mais antigas instituições uma formulação trinitária: Espírito, Senhor, Deus. Os carismas e suas para inaugurar o novo relacionamento entre Deus e a humanidade, manifestações concretas, isto é, os ministérios, têm como fonte e ori- baseado exclusivamente no amor gratuito. gem a própria Trindade, que é comunhão. Na comunidade cristã, cada 16. A mãe de Jesus é o germe da comunidade-esposa. É a raiz do um recebe uma manifestação do Espírito para o crescimento de todos. novo povo de Deus, esposa do Cordeiro. Fazendo tudo o que ele Ninguém fica sem ter seu carisma. Contudo, ninguém pode se julgar disser (v. 5) e acreditando nele (v. 11), as pessoas vão assumindo o dono ou condicionador do Espírito. Os carismas não são algo do qual o perfil do que é ser cristão. possuidor possa se gabar ou exibir: "A cada um é dado algum sinal da presença do Espírito para o bem comum" (v. 7). 17. O episódio de Caná marca o início dos sinais de Jesus (v. 11) que têm como finalidade levar a nova humanidade à maturidade da 22. Os vv. 8-10 apresentam um elenco de carismas extraordinários: fé e à posse da vida (cf. Jo 20,30-31). Dentro do evangelho de João, palavra de sabedoria, palavra de ciência, fé em grau extraordinário, Caná é um episódio que encontra seu ápice na cruz, a Hora de Je- dom das curas, poder de fazer milagres, profecia, discernimento dos sus, quando manifesta em sinais concretos o que significa a abun- espíritos, dom das línguas, capacidade de explicar essas línguas. Nota- dância do vinho novo. É lá que ele manifesta seu amor até as últimas se, aí, que Paulo insiste na expressão "o mesmo Espírito", para salien- conseqüências (cf. 13,1). Em Caná Jesus manifestou sua glória (v. tar que todos esses dons extraordinários têm sua origem no mesmo 11) que consiste em revelar o projeto de vida e liberdade para todos. Espírito; é ele quem os dá de presente em vista do bem comum. No- A comunidade cristã, entregando-se total e definitivamente ao Es- tam-se, ainda, duas coisas: 1. Paulo põe em penúltimo e último lugares poso, participa da Nova Criação, o mundo novo. Vivemos tempos aqueles dons mais ambicionados pelos coríntios: a profecia em penúl- de plenitude, tempos de vinho novo e de ótima qualidade. É a hora timo lugar, e o dom das línguas, em último, como o mais insignificante de Jesus. Os que andam com ele são pessoas novas. da lista; 2. Paulo submete o dom das línguas e a profecia a dois caris- mas que lhes examinam a autenticidade: a profecia deve passar pelo 2ª leitura (1Cor 12,4-11): O Espírito age em todos, mas ninguém discernimento dos espíritos, para ver se é autêntica (é bom lembrar que o possui plenamente alguém, na comunidade, achando-se inspirado, teria afirmado: "Maldi- 18. Paulo fundou a comunidade de Corinto durante a segunda to Jesus!"); o dom das línguas tem que se submeter à interpretação das viagem missionária (cf. At 18,1-18). Daquela cidade cosmopolita mesmas, para que a comunidade seja edificada. nasceu pequeno grupo de cristãos, formado em sua maioria por 23. Colocando nos últimos lugares os dois carismas mais ambiciona- gente pobre, estivadores dos dois portos da cidade. Surgiu assim dos pelos coríntios, Paulo mostra que eles se esqueceram do mais uma comunidade alternativa, que rompeu com o passado para viver importante, agarrando-se ao supérfluo. Importante é perceber que há a novidade do Evangelho. A mudança foi forte, pois eliminou as diversidade de dons e que essa diversidade, longe de desunir as pesso- barreiras de classe, raça e sexo. A ruptura é mais forte quando lem- as, deveria favorecer o crescimento mútuo, na comunhão que reflete a bramos que "viver à moda dos coríntios" era sinônimo de vida des- comunhão da Trindade. regrada e libertina. Essa vida desordenada tinha o apoio das religi- ões vigentes em Corinto. Elas sustentavam uma sociedade desigual. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 24. A comunidade dos sofredores, noiva de Javé. A 1ª leitura (Is 62,1-5) reforça as convicções da caminha- da da Igreja latino-americana, composta, em sua maioria, de pessoas sofridas. Os profetas da esperança e da reconstrução não se cansam de mostrar a opção de Deus pelos marginalizados, sofredores e empobrecidos. Quais os sinais de justiça, vitória e libertação que animam a caminhada de nossas comunidades? 25. Jesus é o esposo da humanidade. A comunidade cristã é esposa de Jesus (evangelho, Jo 2,1-11). O que significa, para nós, crer em seus sinais e fazer o que ele está pedindo? 26. O Espírito age em todos, mas ninguém o possui plenamente. Ser cristão é crer que cada pessoa é dom de Deus para a comunidade (2ª leitura, 1Cor 12,4-11). Celebrar os serviços (ministérios) mais esquecidos e menos valorizados. Por que se dá mais valor ao que é mais vistoso e tem aparência de extraordinário? Os ser- viços e as pastorais unem ou desunem a comunidade? Qual é o objetivo de um carisma específico: o serviço à comunidade ou o status social da pessoa?