SlideShare uma empresa Scribd logo
BATISMO E MISSÃOBORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulus, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: C – TEMPO LITÚRGICO: BATISMO DO SENHOR - COR: BRANCO
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. A festa do batismo do Senhor revela, ao mesmo tempo,
quem é Jesus e o que ele fez, quem são seus seguidores e o que
são chamados a realizar na sociedade. Não basta termos recebido
o batismo. Não são suficientes belas celebrações. O que se re-
quer é um compromisso com a justiça que cria novas relações na
comunidade e fora dela. A celebração eucarística – serviço por
excelência de Jesus em vista do mundo novo – nos ajude a ser-
mos filhos amados do Pai, responsáveis pela continuidade do seu
projeto de liberdade e vida para todos.
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1ª leitura (Is 42,1-4.6-7): O jeito certo de servir para implan-
tar a justiça
2. Estamos diante do "primeiro canto do servo de Javé", texto
surgido no tempo do exílio (586-538 a.C.) ou imediatamente
após, e que apresenta uma figura não facilmente identificável, ou
seja, o servo de Javé. Embora não facilmente identificável do
ponto de vista histórico, é fácil descobrir o perfil dessa persona-
gem amada por Deus (v. 1a). Em primeiro lugar, o servo é des-
crito como aquele que possui o espírito de Deus (v. 1b), e nisso
ele se assemelha aos juízes do passado do povo de Deus. O povo
gostava dos juízes, líderes libertadores, e afirmava que eram
movidos pelo espírito de Javé. Alguns reis também mereceram
do povo essa distinção. Tarefa dos juízes em Israel – bem como
dos reis – era defender o povo, fazendo justiça aos oprimidos.
Em segundo lugar, o servo é apresentado como aquele que "vai
levar o direito às nações" (v. 1b), ou seja, sua missão é uma
espécie de sacerdócio a serviço do projeto de Deus (o direito
lembra de perto a Lei, que contém o projeto de uma sociedade
voltada para a liberdade e a vida de todos). Em terceiro lugar, o
servo é porta-voz, isto é, profeta e intérprete do projeto de Deus
para o seu tempo e sociedade. Portanto, o servo é, ao mesmo
tempo, rei-juiz, sacerdote e profeta da justiça. Essa é sua missão.
Nesse sentido, ele se parece com Moisés por seu caráter de ho-
mem de paz (v. 2) e com Davi por suas lutas constantes em
defesa do povo (v. 4).
3. O texto mostra, também, o jeito certo de servir para im-
plantar a justiça. O servo não adota os critérios nem os meios
que os poderosos utilizam para obtê-la: "Não gritará, não falará
alto, nem fará ouvir sua voz pelas ruas. Não quebrará de vez o
caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda está fumegan-
do" (vv. 2-3a). Caniço rachado e mecha que ainda fumega lem-
bram, provavelmente, a situação do povo que, apesar de estar
sofrendo injustiças, ainda tem um fio de esperança. Não é mas-
sacrando o povo, nem o frustrando, nem o enganando com pro-
paganda ilusória e falsa, que o servo consolidará o projeto de
Deus. Pelo contrário, será a partir do veio de esperança que
ainda resta que ele irá estabelecer a justiça no país e fora dele (v.
6). De fato, o servo é chamado a ser aliança com o povo (isto é,
com Israel; é a dimensão nacional, fazendo o povo voltar ao
projeto de Javé) e luz das nações (dimensão internacional, crian-
do relações de justiça mediante a divulgação do projeto de
Deus). Então, os olhos dos cegos (as nações) se abrirão, e os que
estão na cadeia (pessoas e povos dominados) obterão a liberdade
e a vida (v. 7).
4. O canto do servo crê ser possível reformular a humanidade
toda. O próprio servo está na origem de uma espécie de nova
criação: "Eu, o Senhor, te chamei com justiça e te peguei pela
mão; formei-te e te destinei" (v. 6a).
5. Diante disso, a gente se pergunta: Quem é esse servo? Os
primeiros cristãos viram nele um anúncio de Jesus. Mas a figura
do servo aponta também para as nossas comunidades. Não é
assim que nos sentimos quando sonhamos e lutamos pela justiça?
Não é assim que as comunidades reagem quando percebem que
ainda resta esperança? Não é isso que celebramos, apesar de
percebermos que os objetivos ainda não foram atingidos?
Evangelho (Lc 3,15-16.21-22): O batismo de Jesus aponta
para seu serviço
6. O ponto alto do batismo de Jesus está no fato de o Espírito
Santo descer sobre ele em forma visível, e na voz que vem do
céu. É a voz do Pai que o proclama seu Filho amado, no qual
encontra sua complacência (v. 22). Antes disso, porém, a liturgia
traz dois versículos que falam de João Batista e da expectativa do
povo em relação à vinda do Messias.
a. Esperança do povo e resposta de João Batista (vv. 15-16)
7. O evangelho de hoje inicia falando das expectativas do
povo: ele esperava um Messias. Essa palavra hebraica (que o
grego do Novo Testamento traduz por Cristo) significa ungido e
se refere a uma pessoa, ou seja, a um rei que estaria para chegar.
Ele iria libertar o povo das opressões internacionais e estabelece-
ria no país a justiça e o direito. Por essa ocasião, sobretudo na
Galiléia, há enorme fermentação de expectativas em torno dessa
vinda. O povo, portanto, vive essa esperança. Já não suporta o
peso da dominação. Espera, sonha e se pergunta: Não seria João
Batista esse Messias?
8. João Batista vive as esperanças e expectativas do povo. E,
em vez de usurpar o lugar do Messias que está para chegar, ajuda
o povo a não desanimar. O Messias vai chegar, e ele é mais forte
que João, pois batizará com Espírito Santo e com fogo, ao passo
que o batismo de João (batismo com água) era simples prepara-
ção para uma realidade maior e definitiva. Batizando com Espíri-
to Santo e fogo, Jesus cumprirá as profecias (cf. Jl 3,1-3), inaugu-
rando dessa forma a plenitude dos bens messiânicos. O Precursor
reconhece seu papel e lugar: "Eu nem sou digno de desamarrar-
lhe as sandálias" (v. 16b). Tradicionalmente viu-se no ato de
desamarrar as sandálias de alguém o gesto característico de quem
está a serviço. João, nesse sentido, se considera indigno de sua
função de servo do Messias que está para chegar. De fato, João
pertence ao Antigo Testamento. Sua função é mostrar que Jesus é
a realização das esperanças do povo, aquele que Deus ungiu
como Messias.
9. Contudo, o ato de desamarrar as sandálias de alguém pode
ter outro sentido. O gesto recorda Rt 4,7-8. Aí se fala, ao mesmo
tempo, da lei do resgate e da lei do cunhado. O parente mais
próximo devia resgatar a pessoa que caiu na escravidão ou a
propriedade perdida. A lei do cunhado previa o seguinte: se um
homem morresse sem deixar filhos, o irmão mais novo deveria
casar com a viúva e suscitar descendência ao irmão falecido. E
quando o detentor desse direito não quisesse resgatar ou cumprir
a lei do cunhado, desamarrava a própria sandália e a entregava ao
parente mais próximo. A sandália servia de documento: aquele
que a possui tem direito de resgatar e direito de suscitar descen-
dência ao irmão falecido. João Batista reconhece, portanto, que
não pode usurpar o lugar de Jesus (desamarrar-lhe as sandálias),
pois somente Jesus é o servo que resgata a humanidade, e somen-
te a partir dele é que surgirá uma nova descendência, o novo
povo de Deus.
b. Jesus é o Messias-servo da humanidade (vv. 21-22)
10. Lucas apresenta Jesus sendo batizado junto com o povo.
Esse detalhe é importante, pois desde já ficamos sabendo que ele
veio para se solidarizar com a humanidade. É assim que realizará
seu serviço de libertação.
11. O evangelho não afirma que o Espírito Santo desceu sobre
Jesus no momento em que foi batizado, e sim depois, enquanto
Jesus orava (cf. v. 21). Isso nos leva a crer que Jesus se fez bati-
zar para manifestar sua solidariedade com os seres humanos. O
Espírito desce sobre ele enquanto está orando. Esse detalhe
também é importante para Lucas, o evangelista que apresenta
Jesus como aquele que ora. Com isso aprendemos que, para
Lucas, o dom do Espírito Santo é a resposta de Deus à oração da
humanidade (cf. 11,13: "O Pai dará o Espírito Santo àqueles que
o pedirem"; cf. também At 1,12-15; 2,1-4).
12. Em Lc 1-4 temos uma intensa atividade do Espírito. De
fato, em 1,15 se diz que João Batista "desde o ventre materno
ficará cheio do Espírito Santo". Em 1,35 o anjo diz a Maria: "O
Espírito Santo virá sobre você, e a força do Altíssimo a cobrirá
com sua sombra". Em 1,41 Isabel "ficou cheia do Espírito San-
to". Em 1,67, Zacarias, "cheio do Espírito Santo, profetizou".
Em 2,26-27, o Espírito Santo revelou a Simeão que não morreria
sem primeiro ver o Messias prometido. E, movido pelo Espírito
Santo, ele vai ao Templo. Ana é profetisa (2,36), e sabemos que
o motor dos profetas se chama Espírito. No evangelho de hoje,
João Batista anuncia que Jesus irá batizar com Espírito Santo e
fogo e, enquanto orava, o Espírito Santo desceu sobre Jesus. Em
4,1, Lucas afirma que, "conduzido pelo Espírito Santo através do
deserto, Jesus volta à Galiléia", lugar onde inicia sua missão.
Finalmente, em 4,18, o próprio Jesus declara: "O Espírito do
Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção,
para anunciar a Boa Notícia aos pobres…". Portanto, podemos
afirmar que o Espírito Santo é a grande resposta de Deus à ora-
ção do povo e de Jesus.
13. Lucas afirma que, enquanto Jesus orava, o céu se abriu.
Vemos, nesse sinal, a resposta de Deus à esperança do povo. É
bom lembrar um texto de Isaías, onde o povo pede a Deus: "O-
xalá rasgasses o céu para descer! Diante de ti as montanhas se
derreteriam!" (Is 63,19). Pois bem, em Jesus, a esperança orante
do povo tem sua resposta definitiva. E a resposta de Deus é tão
forte e sentida, que o Espírito desce sobre Jesus em forma visí-
vel, como pomba (v. 22a). Especulou-se e ainda se especula
sobre o sentido dessa afirmação, que passou a representar o
Espírito na iconografia cristã. Talvez o sentido mais singelo seja
simplesmente este: o Espírito está presente em Jesus de forma
tão intensa a ponto de as pessoas terem a sensação de visualizá-
lo. Portanto, as ações e palavras de Jesus (cf. 4,18ss) são a visibi-
lidade do Espírito que nele atua. O Espírito, pois, pode ser des-
coberto nas ações de Jesus que liberta e salva as pessoas.
14. O centro do evangelho deste domingo está no v. 22, isto é,
na descida do Espírito sobre Jesus e na proclamação feita pelo
Pai (a voz que vem do céu). Ele diz: "Tu és o meu Filho amado,
em ti encontro a minha complacência" (v. 22b). Essa frase re-
corda várias coisas. Em primeiro lugar, lembra Gn 22,2, o sacri-
fício de Isaac. Em segundo lugar, remete ao salmo 2,7. É um
salmo que celebra a tomada de posse de um rei (messias). No dia
da unção e da entronização, o rei se torna filho de Deus. Jesus,
portanto, é o rei-messias que o Pai ungiu com o Espírito Santo.
Finalmente, a frase recorda o servo de Javé de Is 42,1 (cf. 1ª
leitura, Is 42,1-4.6-7). Com isso aprendemos que Jesus vai reali-
zar seu messianismo através do serviço que é resgate do povo.
Jesus assume a missão de ser o servo que, investido pelo Espírito
de Deus, promoverá o direito entre as nações. Ele não desanima-
rá, nem se abaterá, até implantar o direito na terra (cf. Is 42,1.4).
2ª leitura (At 10,34-38): O povo que Deus procura
15. No plano de Lucas, os Atos dos Apóstolos são continuação
do evangelho do mesmo autor. Neste, ele relatou o caminho de
Jesus enquanto caminho de libertação; nos Atos, apresentou o
caminho da comunidade que procura reproduzir e atualizar as
palavras e ações do Mestre. A caminhada das comunidades é,
portanto, o prolongamento da prática do Filho de Deus. Lido à
luz do evangelho deste domingo, o texto de Atos ajuda a entender
e a atualizar a realeza e serviço de Jesus em nossos dias.
16. Em At 10 temos uma situação histórica nova para a comu-
nidade cristã: a do contato com os gentios. O contato com os
pagãos (os gentios) era proibido pela legislação judaica. Quem
convivesse com eles tornava-se impuro. Os judeus chegavam a
admitir que um pagão pudesse se salvar, mas essa concessão não
supunha a convivência debaixo do mesmo teto, nem a partilha do
pão na mesma mesa.
17. Simão Pedro é o primeiro a romper esse esquema discrimi-
nador, salientando o novo modo de ser comunidade cristã. De
fato, antes de entrar na casa de Cornélio, ele está hospedado na
casa de um curtidor de peles de nome Simão. – A gente fica se
perguntando se se trata de simples coincidência de nomes, ou se
já é sinal de identificação com os marginalizados. – Os curtido-
res de peles eram tidos como pessoas impuras por parte dos ju-
deus. Era preciso evitar o contato com tais pessoas.
18. Cornélio era um militar romano e vivia em Cesaréia, nos
confins do território judaico. Ele manda chamar Simão Pedro
para que vá à sua casa. Pedro, portanto, leva a comunidade cristã
para fora do território judaico.
19. Os versículos que lemos na liturgia deste domingo perten-
cem ao discurso de Pedro na casa de Cornélio. Aí chegado, Pedro
constata e anuncia que Deus não faz distinção de pessoas. O povo
de Deus não está ligado a uma raça ou nação. O critério para
fazer parte do povo de Deus é temê-lo e praticar a justiça (v. 34).
O que Deus procura é um povo profundamente preocupado com
a causa da justiça.
20. Jesus foi quem deu dimensões universais a esse povo:
"Deus enviou sua palavra aos israelitas, e lhes anunciou a Boa
Nova da paz por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos os
homens" (v. 36). Esse tema é muito freqüente no Novo Testa-
mento (cf., por exemplo, Ef 2,14: "Cristo é a nossa paz. De dois
povos, ele fez um só. Na sua carne derrubou o muro da separa-
ção: o ódio") e construiu a grande novidade dos Atos dos Apósto-
los e de toda a pregação de Paulo. Nos vv. 37-38 Pedro sintetiza a
inteira atividade de Jesus com estas palavras: "Jesus de Nazaré
foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele an-
dou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os que esta-
vam dominados pelo demônio, porque Deus estava com ele" (v.
38). A missão de Pedro, como a de Jesus, é movida pelo Espírito
que leva à criação de novas relações (bem, liberdade) entre as
pessoas e povos. Tal é o povo que Deus procura..
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
21. O jeito certo de servir para implantar a justiça (1ª leitura Is 42,1-4.6-7). O servo de Javé é cada um de
nós e nossas comunidades. Por isso, sugere-se examinar juntos nossa missão: não quebrar o caniço rachado, não
apagar a mecha que ainda está fumegando; não cansar nem se deixar abater enquanto não for firmado na terra o di-
reito.
22. O batismo de Jesus aponta para seu serviço (Evangelho Lc 3,15-16.21-22). À luz do batismo de Jesus po-
demos nos perguntar: O que significa nosso batismo?
23. O povo que Deus procura (2ª leitura At 10,34-38) não depende de raça ou nação, pois Deus não faz distin-
ção entre as pessoas. Basta temer a Deus e estar comprometido com a justiça. O que isso tem a ver conosco? Con-
seguimos realizar ações de justiça, de bem e de libertação entre nós e ao redor de nós?

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Lição 1 Hebreus
Lição 1   HebreusLição 1   Hebreus
Lição 6 - Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia
Lição 6 - Perseverança e Fé em Tempo de ApostasiaLição 6 - Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia
Lição 6 - Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia
Éder Tomé
 
igreja de tiatira
 igreja de tiatira igreja de tiatira
igreja de tiatira
cristovaoalves4
 
Panorama do AT - Malaquias
Panorama do AT - MalaquiasPanorama do AT - Malaquias
Panorama do AT - Malaquias
Respirando Deus
 
Panorama do NT - Romanos
Panorama do NT - RomanosPanorama do NT - Romanos
Panorama do NT - Romanos
Respirando Deus
 
Lição 11 hebreus
Lição 11   hebreusLição 11   hebreus
Lição 11 hebreus
Escola Bíblica Sem Fronteiras
 
Lição 8 - Uma Aliança Superior
Lição 8 - Uma Aliança SuperiorLição 8 - Uma Aliança Superior
Lição 8 - Uma Aliança Superior
Éder Tomé
 
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova AliançaLição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
Éder Tomé
 
Lição 9 - Contraste na adoração da Antiga e Nova Aliança
Lição 9 - Contraste na adoração da Antiga e Nova AliançaLição 9 - Contraste na adoração da Antiga e Nova Aliança
Lição 9 - Contraste na adoração da Antiga e Nova Aliança
Éder Tomé
 
Slide Lição 3 - O Despertamento Renova o Altar
Slide Lição 3 - O Despertamento Renova o AltarSlide Lição 3 - O Despertamento Renova o Altar
Slide Lição 3 - O Despertamento Renova o Altar
Éder Tomé
 
Lição 13 - O Sacerdócio Celestial
Lição 13 - O Sacerdócio CelestialLição 13 - O Sacerdócio Celestial
Lição 13 - O Sacerdócio Celestial
Marina de Morais
 
Lição 13 hebreus
Lição 13   hebreusLição 13   hebreus
Lição 13 hebreus
Escola Bíblica Sem Fronteiras
 
Lição 8 - Edificados Sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas
Lição 8 - Edificados Sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas Lição 8 - Edificados Sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas
Lição 8 - Edificados Sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas
Éder Tomé
 
Lição 13 - Jesus Cristo, o Modelo Supremo de caráter
Lição 13 - Jesus Cristo, o Modelo Supremo de caráterLição 13 - Jesus Cristo, o Modelo Supremo de caráter
Lição 13 - Jesus Cristo, o Modelo Supremo de caráter
Éder Tomé
 
Alianças e Dispensações - Ourilândia - Atual.pptx
Alianças e Dispensações - Ourilândia - Atual.pptxAlianças e Dispensações - Ourilândia - Atual.pptx
Alianças e Dispensações - Ourilândia - Atual.pptx
CarlosAzevedo109
 
Lição 1 - A Pessoa do Espírito Santo
Lição 1 - A Pessoa do Espírito SantoLição 1 - A Pessoa do Espírito Santo
Lição 1 - A Pessoa do Espírito Santo
Éder Tomé
 
Lição 11 final
Lição 11   finalLição 11   final
Conferência nacional dos bispos do brasil
Conferência nacional dos bispos do brasilConferência nacional dos bispos do brasil
Conferência nacional dos bispos do brasil
Helio Diniz
 
Lição 13- Sobre a Família e a sua Natureza
Lição 13- Sobre a Família e a sua NaturezaLição 13- Sobre a Família e a sua Natureza
Lição 13- Sobre a Família e a sua Natureza
Éder Tomé
 
Jesus cristo
Jesus cristoJesus cristo
Jesus cristo
Francisco Baptista
 

Mais procurados (20)

Lição 1 Hebreus
Lição 1   HebreusLição 1   Hebreus
Lição 1 Hebreus
 
Lição 6 - Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia
Lição 6 - Perseverança e Fé em Tempo de ApostasiaLição 6 - Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia
Lição 6 - Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia
 
igreja de tiatira
 igreja de tiatira igreja de tiatira
igreja de tiatira
 
Panorama do AT - Malaquias
Panorama do AT - MalaquiasPanorama do AT - Malaquias
Panorama do AT - Malaquias
 
Panorama do NT - Romanos
Panorama do NT - RomanosPanorama do NT - Romanos
Panorama do NT - Romanos
 
Lição 11 hebreus
Lição 11   hebreusLição 11   hebreus
Lição 11 hebreus
 
Lição 8 - Uma Aliança Superior
Lição 8 - Uma Aliança SuperiorLição 8 - Uma Aliança Superior
Lição 8 - Uma Aliança Superior
 
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova AliançaLição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
 
Lição 9 - Contraste na adoração da Antiga e Nova Aliança
Lição 9 - Contraste na adoração da Antiga e Nova AliançaLição 9 - Contraste na adoração da Antiga e Nova Aliança
Lição 9 - Contraste na adoração da Antiga e Nova Aliança
 
Slide Lição 3 - O Despertamento Renova o Altar
Slide Lição 3 - O Despertamento Renova o AltarSlide Lição 3 - O Despertamento Renova o Altar
Slide Lição 3 - O Despertamento Renova o Altar
 
Lição 13 - O Sacerdócio Celestial
Lição 13 - O Sacerdócio CelestialLição 13 - O Sacerdócio Celestial
Lição 13 - O Sacerdócio Celestial
 
Lição 13 hebreus
Lição 13   hebreusLição 13   hebreus
Lição 13 hebreus
 
Lição 8 - Edificados Sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas
Lição 8 - Edificados Sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas Lição 8 - Edificados Sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas
Lição 8 - Edificados Sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas
 
Lição 13 - Jesus Cristo, o Modelo Supremo de caráter
Lição 13 - Jesus Cristo, o Modelo Supremo de caráterLição 13 - Jesus Cristo, o Modelo Supremo de caráter
Lição 13 - Jesus Cristo, o Modelo Supremo de caráter
 
Alianças e Dispensações - Ourilândia - Atual.pptx
Alianças e Dispensações - Ourilândia - Atual.pptxAlianças e Dispensações - Ourilândia - Atual.pptx
Alianças e Dispensações - Ourilândia - Atual.pptx
 
Lição 1 - A Pessoa do Espírito Santo
Lição 1 - A Pessoa do Espírito SantoLição 1 - A Pessoa do Espírito Santo
Lição 1 - A Pessoa do Espírito Santo
 
Lição 11 final
Lição 11   finalLição 11   final
Lição 11 final
 
Conferência nacional dos bispos do brasil
Conferência nacional dos bispos do brasilConferência nacional dos bispos do brasil
Conferência nacional dos bispos do brasil
 
Lição 13- Sobre a Família e a sua Natureza
Lição 13- Sobre a Família e a sua NaturezaLição 13- Sobre a Família e a sua Natureza
Lição 13- Sobre a Família e a sua Natureza
 
Jesus cristo
Jesus cristoJesus cristo
Jesus cristo
 

Destaque

Rentabilidade acumulada fundos imobiliários novembro 2015
Rentabilidade acumulada fundos imobiliários novembro 2015Rentabilidade acumulada fundos imobiliários novembro 2015
Rentabilidade acumulada fundos imobiliários novembro 2015
claudiusinhos
 
RNDG Apresentacao
RNDG ApresentacaoRNDG Apresentacao
RNDG Apresentacao
Rafael Nunes
 
buy pfizer zoloft
buy pfizer zoloftbuy pfizer zoloft
buy pfizer zoloft
dengebarsixf1971
 
Palestara ocultismo
Palestara   ocultismoPalestara   ocultismo
Palestara ocultismo
Gustavo Pereira dos Santos
 
Tecnol. de la inf. y com. I práctica del libro
Tecnol. de la inf. y com. I  práctica del libroTecnol. de la inf. y com. I  práctica del libro
Tecnol. de la inf. y com. I práctica del libro
Ana Cepeda
 
MIS
MISMIS
Anúncio de recrutamento para o Serviço de Ajuda Domiciliária nos concelho de ...
Anúncio de recrutamento para o Serviço de Ajuda Domiciliária nos concelho de ...Anúncio de recrutamento para o Serviço de Ajuda Domiciliária nos concelho de ...
Anúncio de recrutamento para o Serviço de Ajuda Domiciliária nos concelho de ...
causasocial
 
El clasicismo
El clasicismoEl clasicismo
El clasicismo
IES Rosario de Acuña
 
Mergulhando na benção da oração. parte 02
Mergulhando na benção da oração. parte 02Mergulhando na benção da oração. parte 02
Mergulhando na benção da oração. parte 02
Pastor Paulo Francisco
 
zewwez
zewwezzewwez
zewwez
kart_driver
 
At cronicas aps_esp_2014
At cronicas aps_esp_2014At cronicas aps_esp_2014
At cronicas aps_esp_2014
José Luis Contreras Muñoz
 
ENGENHARIA AMBIENTAL
ENGENHARIA AMBIENTALENGENHARIA AMBIENTAL
ENGENHARIA AMBIENTAL
Erllon Ygor
 
Req. candidatura 16 de dezembro de 2015
Req. candidatura 16 de dezembro de 2015Req. candidatura 16 de dezembro de 2015
Req. candidatura 16 de dezembro de 2015
causasocial
 
Cintia
CintiaCintia
Natal de 2015.msglinkedin
Natal de 2015.msglinkedinNatal de 2015.msglinkedin
Natal de 2015.msglinkedin
JORGE ZAKZUK
 
RNDG Apresentacao
RNDG ApresentacaoRNDG Apresentacao
RNDG Apresentacao
Rafael Nunes
 
Ficha de leitura - Rodrigo
Ficha de leitura - RodrigoFicha de leitura - Rodrigo
Ficha de leitura - Rodrigo
12º A Golegã
 
Minuta demencias
Minuta demenciasMinuta demencias
Minuta demencias
José Luis Contreras Muñoz
 

Destaque (20)

Rentabilidade acumulada fundos imobiliários novembro 2015
Rentabilidade acumulada fundos imobiliários novembro 2015Rentabilidade acumulada fundos imobiliários novembro 2015
Rentabilidade acumulada fundos imobiliários novembro 2015
 
RNDG Apresentacao
RNDG ApresentacaoRNDG Apresentacao
RNDG Apresentacao
 
buy pfizer zoloft
buy pfizer zoloftbuy pfizer zoloft
buy pfizer zoloft
 
Palestara ocultismo
Palestara   ocultismoPalestara   ocultismo
Palestara ocultismo
 
Tecnol. de la inf. y com. I práctica del libro
Tecnol. de la inf. y com. I  práctica del libroTecnol. de la inf. y com. I  práctica del libro
Tecnol. de la inf. y com. I práctica del libro
 
MIS
MISMIS
MIS
 
Anúncio de recrutamento para o Serviço de Ajuda Domiciliária nos concelho de ...
Anúncio de recrutamento para o Serviço de Ajuda Domiciliária nos concelho de ...Anúncio de recrutamento para o Serviço de Ajuda Domiciliária nos concelho de ...
Anúncio de recrutamento para o Serviço de Ajuda Domiciliária nos concelho de ...
 
El clasicismo
El clasicismoEl clasicismo
El clasicismo
 
Mergulhando na benção da oração. parte 02
Mergulhando na benção da oração. parte 02Mergulhando na benção da oração. parte 02
Mergulhando na benção da oração. parte 02
 
MK PHOTO
MK PHOTOMK PHOTO
MK PHOTO
 
AADC CERT AMRO-2014
AADC CERT AMRO-2014AADC CERT AMRO-2014
AADC CERT AMRO-2014
 
zewwez
zewwezzewwez
zewwez
 
At cronicas aps_esp_2014
At cronicas aps_esp_2014At cronicas aps_esp_2014
At cronicas aps_esp_2014
 
ENGENHARIA AMBIENTAL
ENGENHARIA AMBIENTALENGENHARIA AMBIENTAL
ENGENHARIA AMBIENTAL
 
Req. candidatura 16 de dezembro de 2015
Req. candidatura 16 de dezembro de 2015Req. candidatura 16 de dezembro de 2015
Req. candidatura 16 de dezembro de 2015
 
Cintia
CintiaCintia
Cintia
 
Natal de 2015.msglinkedin
Natal de 2015.msglinkedinNatal de 2015.msglinkedin
Natal de 2015.msglinkedin
 
RNDG Apresentacao
RNDG ApresentacaoRNDG Apresentacao
RNDG Apresentacao
 
Ficha de leitura - Rodrigo
Ficha de leitura - RodrigoFicha de leitura - Rodrigo
Ficha de leitura - Rodrigo
 
Minuta demencias
Minuta demenciasMinuta demencias
Minuta demencias
 

Semelhante a Comentário: O Batismo do Senhor - Ano C

Comentário: 2° Domingo da Quaresma - Ano A
Comentário: 2° Domingo da Quaresma - Ano AComentário: 2° Domingo da Quaresma - Ano A
Comentário: 2° Domingo da Quaresma - Ano A
José Lima
 
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano BComentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
José Lima
 
Comentário: 14° Domingo Tempo Comum - Ano C
Comentário: 14° Domingo Tempo Comum - Ano C Comentário: 14° Domingo Tempo Comum - Ano C
Comentário: 14° Domingo Tempo Comum - Ano C
José Lima
 
Lição 5 Hebreus
Lição 5   Hebreus Lição 5   Hebreus
Lição 5 Hebreus
Escola Bíblica Sem Fronteiras
 
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano BComentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
José Lima
 
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano CComentário: 1° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano C
José Lima
 
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
Cristobal Avalos Rojas
 
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
Cristobal Avalos Rojas
 
Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano CComentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
José Lima
 
Uma teologia do espirito santo numa perspectiva atual
Uma teologia do espirito santo numa perspectiva atualUma teologia do espirito santo numa perspectiva atual
Uma teologia do espirito santo numa perspectiva atual
Pastor Paulo Francisco
 
Comentário: Ano Novo - 1° de janeiro
Comentário: Ano Novo - 1° de janeiroComentário: Ano Novo - 1° de janeiro
Comentário: Ano Novo - 1° de janeiro
José Lima
 
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano CComentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
José Lima
 
Comentário Bíblico: 2° domingo da quaresma - Ano C
Comentário Bíblico: 2° domingo da quaresma - Ano CComentário Bíblico: 2° domingo da quaresma - Ano C
Comentário Bíblico: 2° domingo da quaresma - Ano C
José Lima
 
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano C
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano CComentário: Domingo de Pentecostes - Ano C
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano C
José Lima
 
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano BComentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
José Lima
 
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano B
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano BComentário: Domingo de Pentecostes - Ano B
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano B
José Lima
 
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano A, B e C
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano A, B e CComentário: Domingo de Pentecostes - Ano A, B e C
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano A, B e C
José Lima
 
Lição 02 - Missões Transculturais - A Origem na Natureza de Deus.pptx
Lição 02 - Missões Transculturais - A Origem na Natureza de Deus.pptxLição 02 - Missões Transculturais - A Origem na Natureza de Deus.pptx
Lição 02 - Missões Transculturais - A Origem na Natureza de Deus.pptx
HumbertoRodrigoOlive
 
Espírito santo
Espírito santoEspírito santo
Espírito santo
josiel alves
 
Espírito santo
Espírito santoEspírito santo
Espírito santo
josiel alves
 

Semelhante a Comentário: O Batismo do Senhor - Ano C (20)

Comentário: 2° Domingo da Quaresma - Ano A
Comentário: 2° Domingo da Quaresma - Ano AComentário: 2° Domingo da Quaresma - Ano A
Comentário: 2° Domingo da Quaresma - Ano A
 
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano BComentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 3º Domingo do Advento - Ano B
 
Comentário: 14° Domingo Tempo Comum - Ano C
Comentário: 14° Domingo Tempo Comum - Ano C Comentário: 14° Domingo Tempo Comum - Ano C
Comentário: 14° Domingo Tempo Comum - Ano C
 
Lição 5 Hebreus
Lição 5   Hebreus Lição 5   Hebreus
Lição 5 Hebreus
 
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano BComentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
Comentário: 1º Domingo do Advento - Ano B
 
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano CComentário: 1° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 1° Domingo do Advento - Ano C
 
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao) (1)
 
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
O reino de deus na pregação de jesus (correcao)
 
Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano CComentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Tempo Comum - Ano C
 
Uma teologia do espirito santo numa perspectiva atual
Uma teologia do espirito santo numa perspectiva atualUma teologia do espirito santo numa perspectiva atual
Uma teologia do espirito santo numa perspectiva atual
 
Comentário: Ano Novo - 1° de janeiro
Comentário: Ano Novo - 1° de janeiroComentário: Ano Novo - 1° de janeiro
Comentário: Ano Novo - 1° de janeiro
 
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano CComentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
Comentário: 3° Domingo do Advento - Ano C
 
Comentário Bíblico: 2° domingo da quaresma - Ano C
Comentário Bíblico: 2° domingo da quaresma - Ano CComentário Bíblico: 2° domingo da quaresma - Ano C
Comentário Bíblico: 2° domingo da quaresma - Ano C
 
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano C
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano CComentário: Domingo de Pentecostes - Ano C
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano C
 
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano BComentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
Comentário: 1º Domingo da Quaresma - Ano B
 
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano B
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano BComentário: Domingo de Pentecostes - Ano B
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano B
 
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano A, B e C
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano A, B e CComentário: Domingo de Pentecostes - Ano A, B e C
Comentário: Domingo de Pentecostes - Ano A, B e C
 
Lição 02 - Missões Transculturais - A Origem na Natureza de Deus.pptx
Lição 02 - Missões Transculturais - A Origem na Natureza de Deus.pptxLição 02 - Missões Transculturais - A Origem na Natureza de Deus.pptx
Lição 02 - Missões Transculturais - A Origem na Natureza de Deus.pptx
 
Espírito santo
Espírito santoEspírito santo
Espírito santo
 
Espírito santo
Espírito santoEspírito santo
Espírito santo
 

Último

Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxasMalleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Lourhana
 
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptxA CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
JonasRibeiro61
 
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptxBíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
Igreja Jesus é o Verbo
 
CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
ESCRIBA DE CRISTO
 
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxLição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Celso Napoleon
 
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
Igreja Jesus é o Verbo
 
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
ESCRIBA DE CRISTO
 
Escola de A E Aula 96 Evolução Animica
Escola de A E Aula 96 Evolução AnimicaEscola de A E Aula 96 Evolução Animica
Escola de A E Aula 96 Evolução Animica
AlessandroSanches8
 
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOSDIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
ESCRIBA DE CRISTO
 
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxLição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Celso Napoleon
 
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
ESCRIBA DE CRISTO
 
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimentoHabacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
ayronleonardo
 
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresOração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Nilson Almeida
 
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdfO-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
WELITONNOGUEIRA3
 
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
ESCRIBA DE CRISTO
 
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO [MUSEOLOGIA]
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO      [MUSEOLOGIA]MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO      [MUSEOLOGIA]
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO [MUSEOLOGIA]
ESCRIBA DE CRISTO
 

Último (16)

Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxasMalleus Maleficarum: o martelo das bruxas
Malleus Maleficarum: o martelo das bruxas
 
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptxA CRUZ DE CRISTO-  ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
A CRUZ DE CRISTO- ELE MORREU PARA NOS SALVAE.pptx
 
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptxBíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
Bíblia Sagrada - Jonas - slides testamento3 (1).pptx
 
CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
CRISTO E EU [MENSAGEM DE CHARLES SPURGEON]
 
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxLição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptx
 
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptxBíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
Bíblia Sagrada - Odabias - slides powerpoint.pptx
 
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
1984 DE GEORGE ORWELL ILUSTRADO E COMENTADO
 
Escola de A E Aula 96 Evolução Animica
Escola de A E Aula 96 Evolução AnimicaEscola de A E Aula 96 Evolução Animica
Escola de A E Aula 96 Evolução Animica
 
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOSDIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
DIDÁTICA MAGNA DE COMENIUS COM COMENTÁRIOS
 
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxLição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptx
 
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
DIDASCALIA APOSTOLORUM [ HISTÓRIA DO CRISTIANISMO]
 
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimentoHabacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
Habacuque.docx estudo bíblico, conhecimento
 
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresOração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
Oração Para Pedir Bênçãos Aos Agricultores
 
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdfO-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
O-livro-de-Jasher-O-Justo, the book of jasher.pdf
 
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
JERÔNIMO DE BELÉM DA JUDÉIA [TERRA SANTA]
 
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO [MUSEOLOGIA]
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO      [MUSEOLOGIA]MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO      [MUSEOLOGIA]
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO [MUSEOLOGIA]
 

Comentário: O Batismo do Senhor - Ano C

  • 1. BATISMO E MISSÃOBORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulus, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: C – TEMPO LITÚRGICO: BATISMO DO SENHOR - COR: BRANCO I. INTRODUÇÃO GERAL 1. A festa do batismo do Senhor revela, ao mesmo tempo, quem é Jesus e o que ele fez, quem são seus seguidores e o que são chamados a realizar na sociedade. Não basta termos recebido o batismo. Não são suficientes belas celebrações. O que se re- quer é um compromisso com a justiça que cria novas relações na comunidade e fora dela. A celebração eucarística – serviço por excelência de Jesus em vista do mundo novo – nos ajude a ser- mos filhos amados do Pai, responsáveis pela continuidade do seu projeto de liberdade e vida para todos. II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Is 42,1-4.6-7): O jeito certo de servir para implan- tar a justiça 2. Estamos diante do "primeiro canto do servo de Javé", texto surgido no tempo do exílio (586-538 a.C.) ou imediatamente após, e que apresenta uma figura não facilmente identificável, ou seja, o servo de Javé. Embora não facilmente identificável do ponto de vista histórico, é fácil descobrir o perfil dessa persona- gem amada por Deus (v. 1a). Em primeiro lugar, o servo é des- crito como aquele que possui o espírito de Deus (v. 1b), e nisso ele se assemelha aos juízes do passado do povo de Deus. O povo gostava dos juízes, líderes libertadores, e afirmava que eram movidos pelo espírito de Javé. Alguns reis também mereceram do povo essa distinção. Tarefa dos juízes em Israel – bem como dos reis – era defender o povo, fazendo justiça aos oprimidos. Em segundo lugar, o servo é apresentado como aquele que "vai levar o direito às nações" (v. 1b), ou seja, sua missão é uma espécie de sacerdócio a serviço do projeto de Deus (o direito lembra de perto a Lei, que contém o projeto de uma sociedade voltada para a liberdade e a vida de todos). Em terceiro lugar, o servo é porta-voz, isto é, profeta e intérprete do projeto de Deus para o seu tempo e sociedade. Portanto, o servo é, ao mesmo tempo, rei-juiz, sacerdote e profeta da justiça. Essa é sua missão. Nesse sentido, ele se parece com Moisés por seu caráter de ho- mem de paz (v. 2) e com Davi por suas lutas constantes em defesa do povo (v. 4). 3. O texto mostra, também, o jeito certo de servir para im- plantar a justiça. O servo não adota os critérios nem os meios que os poderosos utilizam para obtê-la: "Não gritará, não falará alto, nem fará ouvir sua voz pelas ruas. Não quebrará de vez o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda está fumegan- do" (vv. 2-3a). Caniço rachado e mecha que ainda fumega lem- bram, provavelmente, a situação do povo que, apesar de estar sofrendo injustiças, ainda tem um fio de esperança. Não é mas- sacrando o povo, nem o frustrando, nem o enganando com pro- paganda ilusória e falsa, que o servo consolidará o projeto de Deus. Pelo contrário, será a partir do veio de esperança que ainda resta que ele irá estabelecer a justiça no país e fora dele (v. 6). De fato, o servo é chamado a ser aliança com o povo (isto é, com Israel; é a dimensão nacional, fazendo o povo voltar ao projeto de Javé) e luz das nações (dimensão internacional, crian- do relações de justiça mediante a divulgação do projeto de Deus). Então, os olhos dos cegos (as nações) se abrirão, e os que estão na cadeia (pessoas e povos dominados) obterão a liberdade e a vida (v. 7). 4. O canto do servo crê ser possível reformular a humanidade toda. O próprio servo está na origem de uma espécie de nova criação: "Eu, o Senhor, te chamei com justiça e te peguei pela mão; formei-te e te destinei" (v. 6a). 5. Diante disso, a gente se pergunta: Quem é esse servo? Os primeiros cristãos viram nele um anúncio de Jesus. Mas a figura do servo aponta também para as nossas comunidades. Não é assim que nos sentimos quando sonhamos e lutamos pela justiça? Não é assim que as comunidades reagem quando percebem que ainda resta esperança? Não é isso que celebramos, apesar de percebermos que os objetivos ainda não foram atingidos? Evangelho (Lc 3,15-16.21-22): O batismo de Jesus aponta para seu serviço 6. O ponto alto do batismo de Jesus está no fato de o Espírito Santo descer sobre ele em forma visível, e na voz que vem do céu. É a voz do Pai que o proclama seu Filho amado, no qual encontra sua complacência (v. 22). Antes disso, porém, a liturgia traz dois versículos que falam de João Batista e da expectativa do povo em relação à vinda do Messias. a. Esperança do povo e resposta de João Batista (vv. 15-16) 7. O evangelho de hoje inicia falando das expectativas do povo: ele esperava um Messias. Essa palavra hebraica (que o grego do Novo Testamento traduz por Cristo) significa ungido e se refere a uma pessoa, ou seja, a um rei que estaria para chegar. Ele iria libertar o povo das opressões internacionais e estabelece- ria no país a justiça e o direito. Por essa ocasião, sobretudo na Galiléia, há enorme fermentação de expectativas em torno dessa vinda. O povo, portanto, vive essa esperança. Já não suporta o peso da dominação. Espera, sonha e se pergunta: Não seria João Batista esse Messias? 8. João Batista vive as esperanças e expectativas do povo. E, em vez de usurpar o lugar do Messias que está para chegar, ajuda o povo a não desanimar. O Messias vai chegar, e ele é mais forte que João, pois batizará com Espírito Santo e com fogo, ao passo que o batismo de João (batismo com água) era simples prepara- ção para uma realidade maior e definitiva. Batizando com Espíri- to Santo e fogo, Jesus cumprirá as profecias (cf. Jl 3,1-3), inaugu- rando dessa forma a plenitude dos bens messiânicos. O Precursor reconhece seu papel e lugar: "Eu nem sou digno de desamarrar- lhe as sandálias" (v. 16b). Tradicionalmente viu-se no ato de desamarrar as sandálias de alguém o gesto característico de quem está a serviço. João, nesse sentido, se considera indigno de sua função de servo do Messias que está para chegar. De fato, João pertence ao Antigo Testamento. Sua função é mostrar que Jesus é a realização das esperanças do povo, aquele que Deus ungiu como Messias. 9. Contudo, o ato de desamarrar as sandálias de alguém pode ter outro sentido. O gesto recorda Rt 4,7-8. Aí se fala, ao mesmo tempo, da lei do resgate e da lei do cunhado. O parente mais próximo devia resgatar a pessoa que caiu na escravidão ou a propriedade perdida. A lei do cunhado previa o seguinte: se um homem morresse sem deixar filhos, o irmão mais novo deveria casar com a viúva e suscitar descendência ao irmão falecido. E quando o detentor desse direito não quisesse resgatar ou cumprir a lei do cunhado, desamarrava a própria sandália e a entregava ao parente mais próximo. A sandália servia de documento: aquele que a possui tem direito de resgatar e direito de suscitar descen- dência ao irmão falecido. João Batista reconhece, portanto, que não pode usurpar o lugar de Jesus (desamarrar-lhe as sandálias), pois somente Jesus é o servo que resgata a humanidade, e somen- te a partir dele é que surgirá uma nova descendência, o novo povo de Deus. b. Jesus é o Messias-servo da humanidade (vv. 21-22) 10. Lucas apresenta Jesus sendo batizado junto com o povo. Esse detalhe é importante, pois desde já ficamos sabendo que ele veio para se solidarizar com a humanidade. É assim que realizará seu serviço de libertação.
  • 2. 11. O evangelho não afirma que o Espírito Santo desceu sobre Jesus no momento em que foi batizado, e sim depois, enquanto Jesus orava (cf. v. 21). Isso nos leva a crer que Jesus se fez bati- zar para manifestar sua solidariedade com os seres humanos. O Espírito desce sobre ele enquanto está orando. Esse detalhe também é importante para Lucas, o evangelista que apresenta Jesus como aquele que ora. Com isso aprendemos que, para Lucas, o dom do Espírito Santo é a resposta de Deus à oração da humanidade (cf. 11,13: "O Pai dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem"; cf. também At 1,12-15; 2,1-4). 12. Em Lc 1-4 temos uma intensa atividade do Espírito. De fato, em 1,15 se diz que João Batista "desde o ventre materno ficará cheio do Espírito Santo". Em 1,35 o anjo diz a Maria: "O Espírito Santo virá sobre você, e a força do Altíssimo a cobrirá com sua sombra". Em 1,41 Isabel "ficou cheia do Espírito San- to". Em 1,67, Zacarias, "cheio do Espírito Santo, profetizou". Em 2,26-27, o Espírito Santo revelou a Simeão que não morreria sem primeiro ver o Messias prometido. E, movido pelo Espírito Santo, ele vai ao Templo. Ana é profetisa (2,36), e sabemos que o motor dos profetas se chama Espírito. No evangelho de hoje, João Batista anuncia que Jesus irá batizar com Espírito Santo e fogo e, enquanto orava, o Espírito Santo desceu sobre Jesus. Em 4,1, Lucas afirma que, "conduzido pelo Espírito Santo através do deserto, Jesus volta à Galiléia", lugar onde inicia sua missão. Finalmente, em 4,18, o próprio Jesus declara: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres…". Portanto, podemos afirmar que o Espírito Santo é a grande resposta de Deus à ora- ção do povo e de Jesus. 13. Lucas afirma que, enquanto Jesus orava, o céu se abriu. Vemos, nesse sinal, a resposta de Deus à esperança do povo. É bom lembrar um texto de Isaías, onde o povo pede a Deus: "O- xalá rasgasses o céu para descer! Diante de ti as montanhas se derreteriam!" (Is 63,19). Pois bem, em Jesus, a esperança orante do povo tem sua resposta definitiva. E a resposta de Deus é tão forte e sentida, que o Espírito desce sobre Jesus em forma visí- vel, como pomba (v. 22a). Especulou-se e ainda se especula sobre o sentido dessa afirmação, que passou a representar o Espírito na iconografia cristã. Talvez o sentido mais singelo seja simplesmente este: o Espírito está presente em Jesus de forma tão intensa a ponto de as pessoas terem a sensação de visualizá- lo. Portanto, as ações e palavras de Jesus (cf. 4,18ss) são a visibi- lidade do Espírito que nele atua. O Espírito, pois, pode ser des- coberto nas ações de Jesus que liberta e salva as pessoas. 14. O centro do evangelho deste domingo está no v. 22, isto é, na descida do Espírito sobre Jesus e na proclamação feita pelo Pai (a voz que vem do céu). Ele diz: "Tu és o meu Filho amado, em ti encontro a minha complacência" (v. 22b). Essa frase re- corda várias coisas. Em primeiro lugar, lembra Gn 22,2, o sacri- fício de Isaac. Em segundo lugar, remete ao salmo 2,7. É um salmo que celebra a tomada de posse de um rei (messias). No dia da unção e da entronização, o rei se torna filho de Deus. Jesus, portanto, é o rei-messias que o Pai ungiu com o Espírito Santo. Finalmente, a frase recorda o servo de Javé de Is 42,1 (cf. 1ª leitura, Is 42,1-4.6-7). Com isso aprendemos que Jesus vai reali- zar seu messianismo através do serviço que é resgate do povo. Jesus assume a missão de ser o servo que, investido pelo Espírito de Deus, promoverá o direito entre as nações. Ele não desanima- rá, nem se abaterá, até implantar o direito na terra (cf. Is 42,1.4). 2ª leitura (At 10,34-38): O povo que Deus procura 15. No plano de Lucas, os Atos dos Apóstolos são continuação do evangelho do mesmo autor. Neste, ele relatou o caminho de Jesus enquanto caminho de libertação; nos Atos, apresentou o caminho da comunidade que procura reproduzir e atualizar as palavras e ações do Mestre. A caminhada das comunidades é, portanto, o prolongamento da prática do Filho de Deus. Lido à luz do evangelho deste domingo, o texto de Atos ajuda a entender e a atualizar a realeza e serviço de Jesus em nossos dias. 16. Em At 10 temos uma situação histórica nova para a comu- nidade cristã: a do contato com os gentios. O contato com os pagãos (os gentios) era proibido pela legislação judaica. Quem convivesse com eles tornava-se impuro. Os judeus chegavam a admitir que um pagão pudesse se salvar, mas essa concessão não supunha a convivência debaixo do mesmo teto, nem a partilha do pão na mesma mesa. 17. Simão Pedro é o primeiro a romper esse esquema discrimi- nador, salientando o novo modo de ser comunidade cristã. De fato, antes de entrar na casa de Cornélio, ele está hospedado na casa de um curtidor de peles de nome Simão. – A gente fica se perguntando se se trata de simples coincidência de nomes, ou se já é sinal de identificação com os marginalizados. – Os curtido- res de peles eram tidos como pessoas impuras por parte dos ju- deus. Era preciso evitar o contato com tais pessoas. 18. Cornélio era um militar romano e vivia em Cesaréia, nos confins do território judaico. Ele manda chamar Simão Pedro para que vá à sua casa. Pedro, portanto, leva a comunidade cristã para fora do território judaico. 19. Os versículos que lemos na liturgia deste domingo perten- cem ao discurso de Pedro na casa de Cornélio. Aí chegado, Pedro constata e anuncia que Deus não faz distinção de pessoas. O povo de Deus não está ligado a uma raça ou nação. O critério para fazer parte do povo de Deus é temê-lo e praticar a justiça (v. 34). O que Deus procura é um povo profundamente preocupado com a causa da justiça. 20. Jesus foi quem deu dimensões universais a esse povo: "Deus enviou sua palavra aos israelitas, e lhes anunciou a Boa Nova da paz por meio de Jesus Cristo, que é o Senhor de todos os homens" (v. 36). Esse tema é muito freqüente no Novo Testa- mento (cf., por exemplo, Ef 2,14: "Cristo é a nossa paz. De dois povos, ele fez um só. Na sua carne derrubou o muro da separa- ção: o ódio") e construiu a grande novidade dos Atos dos Apósto- los e de toda a pregação de Paulo. Nos vv. 37-38 Pedro sintetiza a inteira atividade de Jesus com estas palavras: "Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele an- dou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os que esta- vam dominados pelo demônio, porque Deus estava com ele" (v. 38). A missão de Pedro, como a de Jesus, é movida pelo Espírito que leva à criação de novas relações (bem, liberdade) entre as pessoas e povos. Tal é o povo que Deus procura.. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 21. O jeito certo de servir para implantar a justiça (1ª leitura Is 42,1-4.6-7). O servo de Javé é cada um de nós e nossas comunidades. Por isso, sugere-se examinar juntos nossa missão: não quebrar o caniço rachado, não apagar a mecha que ainda está fumegando; não cansar nem se deixar abater enquanto não for firmado na terra o di- reito. 22. O batismo de Jesus aponta para seu serviço (Evangelho Lc 3,15-16.21-22). À luz do batismo de Jesus po- demos nos perguntar: O que significa nosso batismo? 23. O povo que Deus procura (2ª leitura At 10,34-38) não depende de raça ou nação, pois Deus não faz distin- ção entre as pessoas. Basta temer a Deus e estar comprometido com a justiça. O que isso tem a ver conosco? Con- seguimos realizar ações de justiça, de bem e de libertação entre nós e ao redor de nós?