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Análise crítica de três relatórios de Avalia ç ã o Externa das Es cola s
                 pela Inspe c ç ã o Geral da Educa ç ã o

 ________________________________________________________________

                Optei por analisar os seguintes relatórios de AEE pela IGE:

        •       Escola Secundária da Amadora (ESA) – Amadora, em 14 e 15 de
                Fevereiro de 2007;

        •       Agrupamento de Escolas de Telheiras (AET) – Lisboa, em 27 e 29 de
                Fevereiro de 2008;

        •       Agrupamento de Escolas Conde de Oeiras (AECO) – Oeiras, em 7, 10
                e 11 de Novembro de 2008

          Para melhor entender o processo de AEE, foi sugerido a(s) leitura(s) de
     um Quadro de referência para a avaliação de Escolas e Agrupamentos e um
     conjunto de 6 campos de análise discriminados num conjunto de tópicos
     que orientaram e facilitaram as escolas na preparação da recepção da(s)
     equipa(s) da IGE. Deste modo, ficou-se a conhecer os pontos fundamentais
     de preparação da avaliação, quer de uma escola, quer de um Agrupamento.

            Os três relatórios analisados obedecem, assim, a uma organização
     muito semelhante entre eles, após uma breve introdução acerca do
     propósito deste relatório é também dado a conhecer os níveis de
     classificação (muito bom/bom/suficiente/insuficiente) dos cinco domínios
     já definidos, seguindo-se os restantes capítulos: caracterização do
     agrupamento;         conclusões       da     avaliação     por    domínio
     (resultados/prestação    do    serviço   educativo/organização  e   gestão
     escolar/liderança/capacidade     de    auto-regulação    e   melhoria   do
     agrupamento); avaliação por factor em cada um dos domínios e as
     considerações finais, onde são identificados os pontos fortes, os pontos
     fracos, as oportunidades e os constrangimentos.


            Todo este processo de avaliação externa proporciona oportunidades
     de melhoria/aperfeiçoamento e desenvolvimento das escolas agrupadas,
     sendo simultaneamente um instrumento de reflexão e de debate, em
     articulação com a administração educativa e a comunidade em que se
     insere.

           Como pude averiguar a BE aparece referenciada no âmbito dos
     seguintes sub-tópicos:

                    Gestão dos recursos materiais e financeiros (ESA);
                    Gestão     dos   recursos   materiais   e   financeiros/Parcerias,
                      protocolos e projectos (AET);
                    Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da
                      aprendizagem/Gestão        dos     recursos      materiais     e
                      financeiros/Abertura   à   inovação/Parcerias,    protocolos   e
                      projectos (AECO).
            1
Análise crítica de três relatórios de Avalia ç ã o Externa das Es cola s
                 pela Inspe c ç ã o Geral da Educa ç ã o

           Na ESA, a população escolar pertence à classe média, a maioria dos
     alunos têm acesso, em casa, à internet e a maioria do corpo docente
     pertence ao quadro da escola. Existe um clima de segurança, bem-estar e
     uma liderança solidária dos órgãos de gestão com as lideranças
     intermédias. A BE só é mencionada no item 3.3 (Gestão dos recursos
     materiais e financeiros) como um espaço insuficiente para as necessidades
     dos alunos e professores, necessitando de ser alargada, para melhor
     responder às inúmeras solicitações. No entanto, a escola possui um
     pavilhão inteiramente dedicado às TIC e uma BE bem equipada.

            No AET, predominam os estratos sociais médio e superior e os
     encarregados de educação possuem elevadas expectativas em relação ao
     futuro dos seus educandos. A maioria dos alunos tem acesso à internet e
     possuem, em casa, o seu próprio computador. Os bons resultados obtidos
     são justificados pela proveniência social e pela implementação de um
     conjunto de estratégias (PAM*/tutorias/aulas de recuperação). Os alunos,
     de um modo geral, são disciplinados e empenhados. É, igualmente, no item
     3.3 (Gestão dos recursos materiais e financeiros) que as BE’s do
     agrupamento são mencionadas como sendo um espaço polivalente e bem
     equipado. A BE da escola sede permite aos alunos o desenvolvimento de
     várias competências, nomeadamente, de pesquisa, de leitura e de escrita,
     de visionamento de filmes e onde decorre exposições e inúmeras
     actividades lúdicas. Refere, ainda, que o seu bom funcionamento se deve à
     formação específica dos elementos responsáveis pelo espaço (professores e
     auxiliar). Nas outras duas BE’s do agrupamento também possuem um
     acervo e equipamentos adequados. Neste item, ainda, é ressaltado que
     uma parte das receitas próprias foi para a compra de livros. No item 4.4
     (Parcerias, protocolos e projectos) é referido que o agrupamento aderiu à
     RNBE, PNL, CRIE*, PNEP*, plataforma Moodle, entre outros projectos.

            No AECO, a maioria dos encarregados de educação possui cursos
     médios e superiores e o corpo docente é estável. O comportamento dos
     alunos é considerado bom e o abandono escolar não tem expressão. Existe
     uma boa articulação interdisciplinar e o agrupamento dinamiza múltiplas
     actividades que ultrapassam o currículo formal. Foi também estratégia
     adoptada pelo mesmo, a utilização e investimento nas TIC, para melhorar
     as aprendizagens, estimular a criatividade e promover o sucesso. Este
     agrupamento evidencia elevados níveis de motivação e está aberto à
     inovação. No item 2.4 (Abrangência do currículo e valorização dos saberes e
     da aprendizagem) a BE é focada como sendo um espaço com equipamentos
     informáticos (computadores portáteis), com acesso à internet.



     PAM*- Plano de Acção para a Matemática


     CRIE* - Computadores, Redes e Internet nas Escolas


     PNEP* - Programa Nacional de Ensino do Português




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Análise crítica de três relatórios de Avalia ç ã o Externa das Es cola s
                 pela Inspe c ç ã o Geral da Educa ç ã o



            Salienta também que há elevadas taxas de ocupação e de requisição
     de livros. Para motivar e incutir hábitos de leitura é oferecido um livro aos
     alunos que efectuarem o maior número de leituras. No item 3.3(Gestão dos
     recursos materiais e financeiros) apenas é dito que a BE está inserida na
     RBE. No item 4.3 (Abertura à inovação) está explícito que tem havido um
     importante trabalho na promoção da leitura e da escrita, através de
     actividades criativas, no âmbito do PNL e da dinamização de actividades na
     BE. Ainda no item 4.4 (Parcerias, protocolos e projectos) é referido que este
     agrupamento envolveu-se em vários projectos nacionais, designadamente
     na RBE, PNL, entre outros projectos.

            Da análise cuidada aos três relatórios, pode-se concluir, e é comum
     em todos eles, que são escolas que possuem, de um modo geral, um corpo
     docente estável, alunos empenhados e há um bom clima relacional entre
     os vários actores da comunidade educativa, no entanto, há pouca referência
     de qual é o contributo do trabalho desenvolvido pelas BE’s nas
     aprendizagens efectivas dos alunos, ainda, não há um reconhecimento do
     estatuto/qualidade da BE, enquanto suporte ao desenvolvimento curricular.
     Contudo, nos dois últimos agrupamentos é notório a crescente adesão dos
     alunos na requisição de livros e na utilização dos meios que este dispõe.
     Assim como, uma preocupação em promover e desenvolver inúmeras
     actividades de leitura e escrita.

            No meu ponto de vista, a equipa da IGE, ao longo de todo este
     processo, ainda, não considera a BE como um espaço de excelência na
     promoção de saberes, o papel da BE na escola, nem sequer é equacionado
     nas considerações finais dos relatórios.




                                                   Trabalho elaborado por Filipa Neves




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Maabe 4ªSessao
 

Análise de relatórios de avaliação externa focando bibliotecas escolares

  • 1. Análise crítica de três relatórios de Avalia ç ã o Externa das Es cola s pela Inspe c ç ã o Geral da Educa ç ã o ________________________________________________________________ Optei por analisar os seguintes relatórios de AEE pela IGE: • Escola Secundária da Amadora (ESA) – Amadora, em 14 e 15 de Fevereiro de 2007; • Agrupamento de Escolas de Telheiras (AET) – Lisboa, em 27 e 29 de Fevereiro de 2008; • Agrupamento de Escolas Conde de Oeiras (AECO) – Oeiras, em 7, 10 e 11 de Novembro de 2008 Para melhor entender o processo de AEE, foi sugerido a(s) leitura(s) de um Quadro de referência para a avaliação de Escolas e Agrupamentos e um conjunto de 6 campos de análise discriminados num conjunto de tópicos que orientaram e facilitaram as escolas na preparação da recepção da(s) equipa(s) da IGE. Deste modo, ficou-se a conhecer os pontos fundamentais de preparação da avaliação, quer de uma escola, quer de um Agrupamento. Os três relatórios analisados obedecem, assim, a uma organização muito semelhante entre eles, após uma breve introdução acerca do propósito deste relatório é também dado a conhecer os níveis de classificação (muito bom/bom/suficiente/insuficiente) dos cinco domínios já definidos, seguindo-se os restantes capítulos: caracterização do agrupamento; conclusões da avaliação por domínio (resultados/prestação do serviço educativo/organização e gestão escolar/liderança/capacidade de auto-regulação e melhoria do agrupamento); avaliação por factor em cada um dos domínios e as considerações finais, onde são identificados os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e os constrangimentos. Todo este processo de avaliação externa proporciona oportunidades de melhoria/aperfeiçoamento e desenvolvimento das escolas agrupadas, sendo simultaneamente um instrumento de reflexão e de debate, em articulação com a administração educativa e a comunidade em que se insere. Como pude averiguar a BE aparece referenciada no âmbito dos seguintes sub-tópicos:  Gestão dos recursos materiais e financeiros (ESA);  Gestão dos recursos materiais e financeiros/Parcerias, protocolos e projectos (AET);  Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem/Gestão dos recursos materiais e financeiros/Abertura à inovação/Parcerias, protocolos e projectos (AECO). 1
  • 2. Análise crítica de três relatórios de Avalia ç ã o Externa das Es cola s pela Inspe c ç ã o Geral da Educa ç ã o Na ESA, a população escolar pertence à classe média, a maioria dos alunos têm acesso, em casa, à internet e a maioria do corpo docente pertence ao quadro da escola. Existe um clima de segurança, bem-estar e uma liderança solidária dos órgãos de gestão com as lideranças intermédias. A BE só é mencionada no item 3.3 (Gestão dos recursos materiais e financeiros) como um espaço insuficiente para as necessidades dos alunos e professores, necessitando de ser alargada, para melhor responder às inúmeras solicitações. No entanto, a escola possui um pavilhão inteiramente dedicado às TIC e uma BE bem equipada. No AET, predominam os estratos sociais médio e superior e os encarregados de educação possuem elevadas expectativas em relação ao futuro dos seus educandos. A maioria dos alunos tem acesso à internet e possuem, em casa, o seu próprio computador. Os bons resultados obtidos são justificados pela proveniência social e pela implementação de um conjunto de estratégias (PAM*/tutorias/aulas de recuperação). Os alunos, de um modo geral, são disciplinados e empenhados. É, igualmente, no item 3.3 (Gestão dos recursos materiais e financeiros) que as BE’s do agrupamento são mencionadas como sendo um espaço polivalente e bem equipado. A BE da escola sede permite aos alunos o desenvolvimento de várias competências, nomeadamente, de pesquisa, de leitura e de escrita, de visionamento de filmes e onde decorre exposições e inúmeras actividades lúdicas. Refere, ainda, que o seu bom funcionamento se deve à formação específica dos elementos responsáveis pelo espaço (professores e auxiliar). Nas outras duas BE’s do agrupamento também possuem um acervo e equipamentos adequados. Neste item, ainda, é ressaltado que uma parte das receitas próprias foi para a compra de livros. No item 4.4 (Parcerias, protocolos e projectos) é referido que o agrupamento aderiu à RNBE, PNL, CRIE*, PNEP*, plataforma Moodle, entre outros projectos. No AECO, a maioria dos encarregados de educação possui cursos médios e superiores e o corpo docente é estável. O comportamento dos alunos é considerado bom e o abandono escolar não tem expressão. Existe uma boa articulação interdisciplinar e o agrupamento dinamiza múltiplas actividades que ultrapassam o currículo formal. Foi também estratégia adoptada pelo mesmo, a utilização e investimento nas TIC, para melhorar as aprendizagens, estimular a criatividade e promover o sucesso. Este agrupamento evidencia elevados níveis de motivação e está aberto à inovação. No item 2.4 (Abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem) a BE é focada como sendo um espaço com equipamentos informáticos (computadores portáteis), com acesso à internet. PAM*- Plano de Acção para a Matemática CRIE* - Computadores, Redes e Internet nas Escolas PNEP* - Programa Nacional de Ensino do Português 2
  • 3. Análise crítica de três relatórios de Avalia ç ã o Externa das Es cola s pela Inspe c ç ã o Geral da Educa ç ã o Salienta também que há elevadas taxas de ocupação e de requisição de livros. Para motivar e incutir hábitos de leitura é oferecido um livro aos alunos que efectuarem o maior número de leituras. No item 3.3(Gestão dos recursos materiais e financeiros) apenas é dito que a BE está inserida na RBE. No item 4.3 (Abertura à inovação) está explícito que tem havido um importante trabalho na promoção da leitura e da escrita, através de actividades criativas, no âmbito do PNL e da dinamização de actividades na BE. Ainda no item 4.4 (Parcerias, protocolos e projectos) é referido que este agrupamento envolveu-se em vários projectos nacionais, designadamente na RBE, PNL, entre outros projectos. Da análise cuidada aos três relatórios, pode-se concluir, e é comum em todos eles, que são escolas que possuem, de um modo geral, um corpo docente estável, alunos empenhados e há um bom clima relacional entre os vários actores da comunidade educativa, no entanto, há pouca referência de qual é o contributo do trabalho desenvolvido pelas BE’s nas aprendizagens efectivas dos alunos, ainda, não há um reconhecimento do estatuto/qualidade da BE, enquanto suporte ao desenvolvimento curricular. Contudo, nos dois últimos agrupamentos é notório a crescente adesão dos alunos na requisição de livros e na utilização dos meios que este dispõe. Assim como, uma preocupação em promover e desenvolver inúmeras actividades de leitura e escrita. No meu ponto de vista, a equipa da IGE, ao longo de todo este processo, ainda, não considera a BE como um espaço de excelência na promoção de saberes, o papel da BE na escola, nem sequer é equacionado nas considerações finais dos relatórios. Trabalho elaborado por Filipa Neves 3