A Minasul está organizando o evento "Vitrine do Campo" para apresentar novidades tecnológicas aos seus cooperados. O evento ocorrerá em seis cidades de Minas Gerais entre os dias 12 e 14 de abril. Um estudo mostrou que o consumo moderado de café, de uma a três xícaras por dia, protege contra doenças cardiovasculares devido aos compostos fenólicos presentes na bebida. A área plantada com café conilon vem diminuindo no Espírito Santo devido a problemas climátic
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CLIPPING – 11/04/2017
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Minasul concentra esforços para realização do “Vitrine do Campo”
Ascom Minasul
11/04/20147
A partir do dia 12 de abril, cooperados
da Minasul de todas as regiões de
atuação da cooperativa vão ter a
oportunidade de conhecer as novidades
tecnológicas do setor cafeeiro. O Vitrine
do Campo é uma evolução do Dia de
Campo, com a oferta de conhecimentos
e tecnologias que possam agregar mais valor à saca de café dos cooperados e proporcionar,
também, uma maior proximidade com a cooperativa.
As 12 unidades de operação da Minasul estão envolvidas no evento e uma reunião foi
realizada na sexta-feira(6), para discutir os últimos detalhes da primeira edição do Vitrine do
Campo. A partir do dia 12, trinta colaboradores vão estar, diretamente, à disposição para
garantir o sucesso do evento, que será realizado em seis cidades: Elói Mendes, Carmo da
Cachoeira, Coqueiral, Oliveira, Cambuquira e Monsenhor Paulo. A Minasul espera a
participação de mil cooperados nos seis circuitos do Vitrine do Campo.
Nos estandes da cooperativa, estações de pesquisa, setor comercial, agrônomos, portfólio,
SPA Saúde e exposição dos tratores Mahindra, Agrótopus e Fox Estação Inteligente vão estar
disponíveis aos produtores. O Vitrine do Campo também proporciona uma chance para as
empresas envolvidas na cadeia do abastecimento e produção agrícola apresentarem seus
principais produtos e serviços. As empresas parceiras da primeira edição do Vitrine do Campo
são Adama, Bayer, Basf, Café Brasil, FMC, Quimifol, Syngenta e Wiser.
Consumo moderado de café protege contra doenças cardiovasculares
Jornal da USP
11/04/2017
Por Ivanir Ferreira - Editorias: Ciências da Saúde
O efeito ocorre apenas para os que têm uma ingestão moderada da
bebida – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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Estudos epidemiológicos mostram que o consumo de uma xícara de café por dia pode ser
suficiente para trazer benefícios ao coração. O efeito protetor contra fatores de riscos para
doenças cardiovasculares vem dos compostos fenólicos encontrados em quantidade razoável
na bebida mais tradicional do desjejum dos brasileiros. Os resultados fazem parte de uma
pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP com 550 pessoas que vivem na
capital paulistana.
As doenças cardiovasculares são consideradas a principal causa de morte entre a população
mundial. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que se não forem bem
trabalhadas as políticas públicas de saúde e de prevenção, a estatística de mortalidade que
hoje é de 17,3 milhões de pessoas passará para mais de 23,6 milhões em 2030.
As causas são multifatoriais e incluem as não modificáveis, como a hereditariedade e a idade,
por exemplo, e as relacionadas ao comportamento do indivíduo, que podem ser alteradas,
como o tabagismo, o sedentarismo e o consumo de alimentos com alto teor de sal, gordura e
açúcares que estão associados ao aumento da obesidade. Já a ingestão de café, frutas e
verduras, ricos em polifenóis, entram na contramão dos vilões do coração.
As razões que levaram a autora da
pesquisa, Andreia Miranda (foto:
Cecília Bastos/USP Imagens),
doutoranda da FSP, a escolher o
café como objeto de sua pesquisa
foram o fato de o café ter grande
presença no dia a dia das pessoas.
“Embora tenha teor semelhante de
polifenóis ao das frutas e verduras,
a bebida acaba tendo maior
contribuição nutricional porque o
consumo diário dele é mais frequente. Cerca de 70% dos polifenóis ingeridos dos alimentos
pelos paulistanos têm como fonte o café.”
Como foi feita a pesquisa
Com dados obtidos do Inquérito de Saúde do Município de São Paulo (ISA-Capital 2008/09),
estudo ligado à prefeitura da capital, o consumo diário de café e a ingestão de seus polifenóis
foram avaliados em homens e mulheres com idade acima de 20 anos.
Além da dieta, o questionário aplicado aos entrevistados considerou informações
sociodemográficas e de estilo de vida (idade, sexo, raça, renda familiar per capita, atividade
física e tabagismo). Houve também coleta de sangue para referências bioquímicas (glicose,
triglicérides, colesterol total, HDL e LDL, e a homocisteína, um aminoácido presente no sangue
que está relacionado a riscos de eventos cardiovasculares), além de medição antropométrica
(peso e altura) e aferição da pressão arterial.
O consumo de café foi dividido em três grupos: quem bebia menos de uma xícara de café por
dia; os que tomavam de uma a três; e os que ingeriam três ou mais xícaras diariamente. Os
indivíduos que consumiram de uma a três xícaras de café por dia reduziram em 55% a chance
de ter pressão alta sistólica e em 56% pressão alta diastólica quando comparados aos
indivíduos que consumiram menos de uma xícara. O mesmo se verificou com a homocisteína:
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houve uma redução em 68% de chance de ter níveis aumentados de homocisteína no sangue.
O mesmo resultado não foi observado naqueles indivíduos que consumiram mais de três
xícaras de café por dia.
Dessa forma, ficou demonstrado que o efeito protetor do café para o coração ocorreu apenas
para aqueles que tiveram um consumo moderado, afirmou a pesquisadora. E
independentemente da forma como é consumido (com leite, chá, ser expresso ou coado), as
concentrações de polifenóis na bebida são mantidas.
Polifenóis
Os compostos fenólicos estão presentes nos alimentos de origem vegetal em geral – verduras,
legumes, frutas, cereais e leguminosas, nas bebidas alcoólicas (vinho e cerveja) e não
alcoólicas (chás, café, cacau, suco de frutas e de soja). Os polifenóis têm demonstrado ação
protetora na prevenção de várias doenças crônicas como as cardiovasculares, alguns tipos de
cânceres, osteoporose, doenças neurodegenerativas e diabetes mellitus.
O artigo Association between coffee consumption and its polyphenols with cardiovascular risk
factors: a population – based study foi publicado em janeiro na revista Nutrients Open Access
Human Nutrition Journal, Basel, da Suíça.
Área com café conilon cai no Espírito Santo; produtores apostam na diversificação
Notícias Agrícolas
11/04/2017
Jhonatas Simião
Diante de seguidos anos com problemas climáticos, o Espírito Santo, maior estado produtor de
café conilon do Brasil, não tem apresentado apenas queda na produção da variedade nos
últimos anos, mas também registrado diminuição na área. Para se manterem na atividade,
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cafeicultores capixabas (foto: divulgação/Incaper) têm apostado na diversificação de culturas
em suas lavouras.
Neste ano de 2017, a área colhida da variedade no estado deve ser em torno de 240 mil
hectares, o que representa uma queda de cerca de 30 mil hectares. Um ano antes, de acordo
com o boletim da conjuntura agropecuária do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa,
Assistência Técnica e Extensão Rural), a área era de 274,41 mil hectares. A Conab
(Companhia Nacional de Abastecimento) estima a produção capixaba neste ano entre 4,60 e
5,03 milhões de sacas de 60 kg por conta de melhores condições climáticas nos últimos
meses. A colheita deve começar nos príóximos dias.
"Temos verificado que com os efeitos da seca acelerou-se o processo de renovação das
lavouras no estado. Muitos produtores fizerem a recepa, alguns optaram por substituir as
plantas antigas por mudas novas e outros têm diversificado a plantação de café com árvores
frutíferas e até pecuária. Eles perceberam que não dá pra ter só uma cultura", afirma o
coordenador de cafeicultura do Incaper, Romário Gava Ferrão.
Lenivaldo Sartório já há alguns anos tem apostado na diversificação em sua lavoura na cidade
de Vila Valério (ES), onde planta além do café também pimenta do reino, laranja e outras
culturas. "Se não estivéssemos plantado outras coisas, não seria o que seria de nós. No ano
passado, não colhemos nada de café. Mas a perspectiva pra esse ano é melhor", diz o
produtor.
Em 2016, Sartório
chegou a vender
pimenta do reino em
cerca de R$ 30,00 o
kg, o que garantiu
renda para se manter
na atividade.
Atualmente, ele tem
cerca de 9 mil pés de
café e 3 mil de
pimenta do reino.
Anos atrás ele só
plantava o grão.
Dados do Incaper
apontam que a área
colhida de pimenta e
outras especiarias
subiu mais de 186%
de 2014 para 2016,
totalizando 7,67 mil
hectares no estado no
ano passado.
Desde 2014, o
Espírito Santo tem
enfrentado problemas
climáticos que fizeram
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com que a safra da variedade no estado despencasse. De 2014 até o ano passado, a queda
acumulada na produção chegou a 49%, segundo dados do Incaper. A quebra em seguidas
temporadas fez com que a indústria solicitasse ao governo, sem sucesso até o momento, a
importação do Vietnã, maior produtor do mundo.
Apesar dos problemas, a cafeicultura segue como destaque na agropecuária do estado, com
mais de 35% do VBPA (Valor Bruto da Produção Agropecuária) capixaba.
Produção de café aumenta 13 vezes em quase 50 anos no Sul de Minas
G1 Sul de Minas
11/04/2017
Por Lucas Soares, G1 Sul de Minas
Sul de Minas é responsável atualmente por cerca de 30% da produção de café do Brasil, o
maior produtor do mundo. No entanto, nem sempre a região teve tanto destaque na produção
cafeeira. O controle de doenças, como a ferrugem e um plano com foco em produtividade
fizeram a região aumentar sua participação na produção nacional, de 1,2 milhão de sacas, na
década de 1970, para 16,3 milhões no ano passado, junto com a região Centro-Oeste,
conforme números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo o engenheiro agrônomo pesquisador da Fundação Pró-café, José Bráz Matiello, o
café teve forte expansão no Sul de Minas a partir do início da década de 1970, se
desenvolvendo a partir de ações de crédito e de assistência técnica, através do Plano Nacional
de Renovação e Revigoramento de Cafezais, executado durante a década até o início de 1980.
Naquele tempo, o parque cafeeiro da região compreendia apenas cerca de 100 mil hectares,
com uma produção anual média de cerca de 1,2 milhão de sacas.
"Nessa época ocorreu a temida doença – a ferrugem do cafeeiro - constatada pela primeira vez
no Brasil, em janeiro de 1970 e logo chegou ao Sul de Minas Gerais, já em 1971. Temia-se
pela dizimação da lavoura cafeeira, como contava a história de fatos ocorridos em outros
países, no passado", conta Matiello.
A partir disso, segundo o pesquisador, houve um zoneamento da cafeicultura e foi feito um
plano para novos plantios. O que se procurava era fomentar novas variedades, ter
espaçamentos mais adequados, para favorecer o controle da ferrugem e implantar cafezais
mais produtivos, que suportassem, economicamente, os custos adicionais de controle químico
da doença.
"Como resultado, o Estado de Minas Gerais, cuja maior região cafeeira era o Sul de Minas, que
produzia, em 1969/70, cerca de 2 milhões de sacas de café, com a expansão fomentada pelo
Plano de Renovação, passou pra a faixa anual de 10 milhões de sacas produzidas,
anualmente, em 1980, apenas 10 anos após, com um acréscimo de mais de 400%. Minas, que
na ocasião representava, em 1970, somente 9% da produção brasileira passou para cerca de
30% do total produzido no país", conta Matiello.
O surgimento de novas áreas para o cultivo do café e a expansão da mecanização também
contribuíram para o aumento da produção. Esse período de crescimento, no entanto, viveu
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pequenos períodos críticos, como em 1989, quando a os preços caíram para cerca de US$ 40
a saca, devido à extinção das cláusulas econômicas do Acordo Internacional do Café. Períodos
de geada também prejudicaram o cultivo, mas a cultura conseguiu retomar o fôlego nos anos
seguintes.
"Atualmente a cafeicultura do Sul de Minas conta com uma área de cerca de 642 mil hectares
de lavouras, da qual cerca de 22% ainda está em fase de formação. A média das safras atuais
se situa em cerca de 15 milhões de sacas/ano, podendo crescer, ainda, com a entrada em
produção dos cafeeiros novos, cujo plantio vem sendo feito anualmente, em função da fase
favorável de preços, verificada nos últimos anos", conclui o pesquisador.
Lavouras de café terão impactos das mudanças climáticas compensados
ESALQ/USP
11/04/2017
Texto: Caio Albuquerque
Pesquisas acerca dos impactos das mudanças climáticas nas lavouras de café no Brasil
indicam diminuição drástica na produtividade de Arábica até 2050. “No entanto, nenhum
desses estudos incorporou os efeitos da elevação de CO
2
”, aponta o gestor holandês Fabian
Verhage.
Vindo de uma das instituições de ensino mais conceituadas no setor agro, a Wageningen
University, Verhage veio ao Brasil para concluir seu doutorado sob orientação do professor
Paulo Cesar Sentelhas, do Departamento de Engenharia de Biossistemas. “Meu interesse pela
agricultura nasceu ainda na graduação e como o Brasil é uma dos maiores produtores de
alimentos, minha intenção foi aproveitar o conhecimento produzido aqui e tentar apontar
soluções para mitigar os efeitos do clima em escala global”.
Na prática, o pesquisador integrou um estudo desenvolvido na Embrapa Meio Ambiente, que
avaliou os impactos do aumento da concentração de CO
2
do ar e disponibilidade de água em
duas cultivares de café e propôs um modelo de projeção da produtividade aplicado para 42
municípios em um cenário futuro entre os anos de 2.040 e 2.070.
A projeção mostrou que as perdas devido à elevação da temperatura e ao déficit hídrico irão
aumentar. No entanto, as perdas adicionais serão compensadas pelo efeito da fertilização com
o CO
2
, resultando em um aumento de produtividade. “Entre 2.040 e 2.070, as simulações
indicam diminuição das perdas devido à geada e os rendimentos futuros podem atingir 1,81
tonelada por hectare em média no Brasil”, aponta Verhage.
Segundo o autor, se o produtor ainda pouco pode fazer para alterar o cenário das mudanças
climáticas, a projeção indicada no estudo ajuda a entender melhor o cenário dessa importante
commoditie agrícola. “Esse trabalho ajuda a compreender melhor o impacto dos efeitos do
clima na produção do café brasileiro e direcionar produtores, pesquisadores e formuladores de
políticas e estratégias de mitigação e adaptação da atividade agrícola”.
Se a concentração de CO
2
terá impacto positivo, Verhage alerta, no entanto, para outros
efeitos que podem impactar negativamente as lavouras. “O comportamento de pragas e
doenças, o manejo das reservas de água e outros fatores não devem ser deixados de lado”.
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De volta para o país de origem, Verhage afirma que continuará dedicando esforços à
diminuição das mudanças climáticas. “Pretendo estudar a área de transporte, verificar por
exemplo se o transporte entre continentes pode ser realizado de forma mais sustentável e, não
me esquecendo do café, quero ainda estudar a possibilidade de cultivar café no sul da
Europa”.
Na Holanda, a pesquisa teve orientação do professor Niels P.R. Anten, do Centre for Crop
Systems Analysis.
Café: pesquisas sobre biologia floral e reprodutiva contribui p/ melhoramento genético
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
11/04/2017
Lucas Tadeu Ferreira e Eduardo Aiache
Pesquisas sobre a biologia floral e reprodutiva do
cafeeiro têm contribuído para o melhoramento
genético da planta e visam ao desenvolvimento de
cultivares de elevado potencial produtivo e boa
qualidade da bebida. As pesquisas visam também
adaptar cultivares a diferentes ambientes com
resistência a pragas e doenças. Entre as qualidades
das plantas melhoradas está a disponibilidade de
grãos de pólen normais e viáveis, que são
essenciais para a produção de grandes quantidades
de frutos, atributo positivo desejado pelos
cafeicultores.
Para acrescentar informações ao conjunto de
conhecimentos sobre a biologia reprodutiva do
cafeeiro, a Embrapa Café está lançando a
publicação “Aspectos Citológicos da
Microgametogênese no Cafeeiro”, disponível na
íntegra no Observatório do Café do Consórcio
Pesquisa Café. A publicação, de autoria da
pesquisadora da Embrapa Café Paula Cristina da
Silva Angelo, lotada na Fundação Procafé em Varginha, MG, apresenta painéis dos aspectos
citológicos das células germinativas masculinas de cafeeiros ao longo da microgametogênese.
A microgametogênese é o processo de desenvolvimento das células germinativas masculinas,
dentro das anteras, até que estejam aptas para a fecundação. As células germinativas
masculinas maduras são os grãos de pólen, que fecundam os ovários das flores para produzir
os frutos e sementes de café. Estas células foram retiradas de botões florais e flores em
diferentes etapas do desenvolvimento, coradas e fotografas utilizando microscópio para a
construção dos painéis de imagens.
Cada estádio do processo de microgametogênese pode ser influenciado pela compatibilidade e
a qualidade das combinações entre genitores e pelas variáveis ambientais, especialmente a
disponibilidade de água e a temperatura do ar. Portanto, o desenvolvimento normal dos tecidos
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das anteras, dos micrósporos (células germinativas imaturas) e a viabilidade dos grãos de
pólen (células germinativas maduras) são aspectos da biologia reprodutiva que podem interferir
diretamente no sucesso do melhoramento, e que são melhor investigados se a coleta do
material biológico para exame for realizada nos períodos apropriados do desenvolvimento das
flores.
Para o estudo em foco, os botões florais e flores de plantas férteis de Coffea arabica e C.
canephora foram coletados entre setembro e outubro de 2015 e de junho a setembro de 2016,
na fazenda experimental da Fundação Procafé em Varginha, MG. Os resultados são inéditos e
complementam análises citogenéticas de segregação de cromossomas durante a meiose e
viabilidade de micrósporos. As imagens da células germinativas, botões florais e flores poderão
ser úteis para orientar coleta de material biológico para investigação complementar, em
qualquer um dos campos correlatos à biologia reprodutiva, como genômica e transcriptômica
de células isoladas e para outras áreas de pesquisa, como biotecnologia. Para essas
investigações, o estádio das células estudadas interfere na obtenção de respostas. Coletar
células em estádios de desenvolvimento diferentes no campo e submetê-las todas a um
mesmo procedimento no laboratório pode impedir a obtenção de resultados úteis e confiáveis.
A publicação é destinada a técnicos, produtores, estudantes, professores, pesquisadores e a
todos que tem interesse na área da literatura técnico-científica e trabalhos sobre o
melhoramento do cafeeiro. Para quem quiser ter acesso à pesquisa completa, pode acessar
gratuitamente o documento por meio de computadores, notebooks, tablets e smartphones
clicando aqui
(http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/seriedocumentos/serie_documentos_n12.pdf)
para obter diretamente o arquivo, ou acessando o site do Consórcio Pesquisa Café,
coordenado pela Embrapa Café, na sessão Publicações sobre tecnologias.
Acesse a publicação “Aspectos Citológicos da Microgametogênese no Cafeeiro” (Série
Documentos 12):
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/seriedocumentos/serie_documentos_n12.pdf
IBGE projeta safra 2017 de café do Brasil em 45,6 milhões de sacas
Agência SAFRAS
11/04/2017
Dylan Della Pasqua
A estimativa da produção do canephora
(conillon) alcança 566.315 toneladas, ou
9,4 milhões de sacas de 60 kg, aumento
de 4,8% frente a fevereiro. Embora a área
a ser colhida tenha reduzido em 0,7%, o
rendimento médio aumentou 5,5%,
influenciado pelo bom desenvolvimento
das lavouras em Rondônia, segundo maior
produtor do País.
O Espírito Santo é o maior produtor do
País e responsável por 59,9% do total
9. Conselho Nacional do Café – CNC
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previsto para 2017. Em 2015 e 2016, em decorrência da seca que assolou as principais regiões
produtoras do Estado, as lavouras sentiram em diferentes graus as condições climáticas
adversas, muitas, inclusive, sem condições de recuperação, havendo necessidade de replantio.
A estimativa da produção total de café do País, somadas as espécies canephora e arábica, é
de 2.735.797 toneladas, ou 45,6 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 1,5% frente ao mês
anterior. A estimativa da produção do café arábica alcança 2.169.482 toneladas, ou 36,2
milhões de sacas, aumento de 0,7% frente ao mês anterior.
Exportações de café da Colômbia sobem 5% em março
Notícias Agrícolas
11/04/2017
As exportações de café da Colômbia totalizaram 1,15 milhão de sacas de 60 kg em março, um
salto de 5% em relação ao mesmo mês de 2016. No primeiro trimistre do ano, os embarques
do país atingem quase 3,5 milhões de sacas, também um aumento de 5% em comparação com
as 3,3 milhões de sacas exportadas no mesmo período de 2016.
A Colômbia é o maior produtor mundial de café arábica lavado suave do mundo.
Nos últimos doze meses, as exportações de café caíram 1% em relação ao período de abril de
2015 e março de 2016, atingindo 13 milhões de sacas. Até o momento, neste ano-safra
(outubro de 2016 a março de 2017), as exportações subiram 10%, atingindo quase 7,5 milhões
de sacas.