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CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
EMENTA
Conceitos de Responsabilidade Social e Cidadania Corporativa.
Marketing e Endomarketing Social. Normas e Certificações. Análise do Balanço
Social e Avaliação de Programas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I - O surgimento do Terceiro Setor e da Responsabilidade Social Empresarial
II - O Conceito de Cidadania e de Cidadania Corporativa
III - Os Principais Conceitos de Responsabilidade Social
IV - A Importância da Gestão Social
V - Primeiros Passos de Responsabilidade Social Empresarial – Metodologia
Ethos
VI -Principais Itens a Serem Considerados no Desenvolvimento de um Projeto
Social
VII - Principais Certificações
VIII - As Metas do Milênio
IX - O Pacto Global
X - O Balanço Social

Facilitador: Francisco Junior
Pequeno resumo do currículo
Administrador de Empresas, professor de graduação, MBA e pós-graduação,
experiência em gestão de pessoas e controle de materiais e patrimônio, pro
atividade para elaboração de planos de ação e ferramentas da qualidade,
responsabilidade social e ambiental, elaboração de plano de marketing
baseado nos princípios do marketing 3.0. Capacidade de organização baseado
nas normas NBR ISO 9001, NBR ISO 14000, ABNT NBR 16001 com formação
na área de auditoria, Lead Assessor. Instrutor-facilitador de cursos voltados
para a área de gestão de pessoas, gestão ambiental, qualidade e
administração. Professor de Graduação nas disciplinas de: Administração de
Materiais, Administração da Produção, Sistemas Organizacionais e Estudos
Organizacionais. Professor de MBA em Gestão Ambiental, Marketing, QSMS e
Gestão Pública. Consultor de empresas nas áreas ambiental, responsabilidade
social e de qualidade.
I - O surgimento do Terceiro Setor e da Responsabilidade Social
Empresarial
A existência do Terceiro Setor no Brasil é algo relativamente jovem, este
fenômeno aparece basicamente nas últimas três décadas. O terceiro setor é
formado por associações e entidades sem fins lucrativos. Segundo o Wikipédia
Terceiro setor “é uma terminologia sociológica que dá significado a todas as
iniciativas privadas de utilidade pública com origem na sociedade civil. A
palavra é uma tradução deThird Sector, um vocábulo muito utilizado
nos Estados Unidos para definir as diversas organizações sem vínculos diretos
com o Primeiro setor (Público, o Estado) e o Segundo setor (Privado,
o Mercado)”.
A sociedade civil é dividida em três setores, primeiro, segundo e terceiro.
O primeiro setor é formado pelo Governo, o segundo setor é formado pelas
empresas privadas, e o terceiro setor são as associações sem fins lucrativos. O
terceiro setor contribui para chegar a locais onde o Estado não conseguiu
chegar, fazendo ações solidárias, portanto possui um papel fundamental na
sociedade. O Terceiro Setor não é público nem privado, mas sim uma junção
do setor estatal e do setor privado para uma finalidade maior, suprir as falhas
do Estado e do setor privado no atendimento às necessidades da população,
numa relação conjunta.
Esta mobilização de recursos privados para fins públicos rompe com a
tradição inversa e perversa representada pela apropriação privada dos
recursos públicos. A afirmação deste novo perfil participante e responsável da
sociedade brasileira se traduz na busca de novas formas e articulação entre
organizações do Terceiro Setor, órgãos governamentais e empresas.
São características próprias do terceiro setor:
Formalmente constituídas: alguma forma de institucionalização, legal ou
não, com um nível de formalização de regras e procedimentos, para
assegurar a sua permanência por um período mínimo de tempo.
Estrutura básica não governamental: são privadas, ou seja, não são
ligadas institucionalmente a governos.
Sem fins lucrativos: a geração de lucros ou excedentes financeiros deve
ser reinvestida integralmente na organização. Estas entidades não podem
distribuir dividendos de lucros aos seus dirigentes.
Trabalho voluntário: possui algum grau de mão-de-obra voluntária, ou
seja, não remunerada ou o uso voluntário de equipamentos, como
a computação voluntária.
Outra característica importante das associações do Terceiro Setor é que
elas contam com uma grande quantidade de mão-de-obra voluntária (que não
recebem remuneração pelo trabalho). As associações do Terceiro Setor atuam,
principalmente, prestando serviços para pessoas carentes que não podem
contratar serviços do setor privado (segundo setor). Como o setor público
(primeiro setor) não consegue, em nosso país, atender com qualidade todas as
pessoas necessitadas, o Terceiro Setor assume um papel de fundamental
importância. As associações do Terceiro Setor têm como objetivo principal a
melhoria da qualidade de vida das pessoas necessitadas. Portanto, atuam nas
áreas de educação, saúde, esportes, lazer, orientação vocacional, qualificação
profissional, cultura, entre outros.
O Terceiro Setor abrange ações públicas que saem do domínio estatal, e
passam a ser encampada por organizações da sociedade civil. É o surgimento
da iniciativa privada com fins públicos, com o objetivo de combater grandes
problemas do mundo atual, como a pobreza, violência, poluição, analfabetismo,
racismo, dentre outros. São instituições com grande potencial de
representatividade, podendo ser vistas como legítimas representantes dos
interesses da sociedade civil.
Dentro das organizações que fazem parte do Terceiro Setor, estão
as ONGs (Organizações
Não
Governamentais), entidades
filantrópicas, OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público), organizações sem fins lucrativos e outras formas de associações civis
sem fins lucrativos.
ONG é um acrônimo usado para as organizações não governamentais
(sem fins lucrativos), que atuam no terceiro setor da sociedade civil. Estas
organizações, de finalidade pública, atuam em diversas áreas, tais como: meio
ambiente, combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem,
desenvolvimento sustentável, entre outras. As ONGs possuem funções
importantes na sociedade, pois seus serviços chegam em locais e situações
em que o Estado é pouco presente. Muitas vezes as ONGs trabalham em
parceria com o Estado
Filantropia significa humanitarismo, é um sentimento que faz com que
os indivíduos ajudem outras pessoa. É um termo é de origem grega, que
significa "amor à humanidade". Filantropia é a atitude de ajudar ao próximo, de
fazer caridade, seja ela através de donativos, como roupas, comida, dinheiro
entre outros. O termo filantropia foi criado por um imperador romano, no ano
de 363, pois achava que filantropia era característica de uma de suas
atividades, como sinônimo de caridade, com o objetivo de ajudar as pessoas.
A filantropia acontece de diversas maneiras, através de donativos para ONGs
(Organizações Não-Governamentais), comunidades, pessoas, ou apenas o
fato de trabalhar para ajudar os demais, de forma direta ou indiretamente.

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público ou OSCIP é
um título fornecido pelo Ministério da Justiça do Brasil, cuja finalidade é
facilitar o aparecimento de parcerias e convênios com todos os níveis de
governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que
doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de
renda. OSCIPs são ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um
certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de
certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de
transparência administrativas. Em contrapartida, podem celebrar com o poder
público os chamados termos de parceria, que são uma alternativa interessante
aos convênios para ter maior agilidade e razoabilidade em prestar contas.
LEI 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999
A Lei que criou a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público –
OSCIP – regulamenta as relações entre o Estado e as organizações da
Sociedade Civil e surgiu como outra alternativa de atuação legal para o
Terceiro Setor. Veio para distinguir o caráter público do caráter privado e
também para fortalecer a Sociedade Civil ao introduzir uma nova concepção de
esfera pública social. Isto nada mais é do que o reconhecimento do caráter
público em organizações não estatais, partindo da ideia de que o público não é
monopólio do Estado. É um outro modo de a Sociedade Civil caminhar para
sua emancipação, consolidando e legitimando uma nova institucionalidade que
a reconheça como sujeito público e como ator social, construindo sistemas de
financiamento público sustentáveis para desenvolver suas atividades públicas.
As OSCIPs são, fundamentalmente, entidades sem fins lucrativos.
Essa nova possibilidade de atuação do Terceiro Setor, que implica em
mudança no padrão da relação entre Estado e Sociedade Civil, tem como
objetivos:
• Ensejar o protagonismo da sociedade civil
• Possibilitar parcerias (Termo de Parceria)
• Aumentar o estoque do nosso capital social
• Induzir e promover um desenvolvimento humano e social sustentável.
Também veio no bojo dessa Lei:
• a possibilidade de remuneração de seus dirigentes, pondo fim a uma
hipocrisia institucionalizada
• a criação do Termo de Parceria, pelo qual o Estado pode se associar à
Sociedade Civil que tenha finalidade pública
• a busca de novas vantagens para as OSCIPs, dando legitimidade a entidades
que já atuavam desse modo
• a busca de novas formas de financiamento que contemplem as organizações
voltadas ao desenvolvimento humano e social sustentável, ou seja, aquelas
que tratam da ética, da paz, da cidadania, da democracia e de novos modelos
sócio-produtivos, entre outras.
II - O Conceito de Cidadania e de Cidadania Corporativa
A cidadania nos nossos dias

A cidadania é o conjunto de direitos e deveres sociais de um indivíduo
em relação à coletividade. O conceito cidadania corporativa engloba a forma
como as empresas se relacionam e se encaixam com toda a sociedade,
através de parceiros, clientes, funcionários e até diante do governo. Cidadania
corporativa baseia-se nas ações de sustentabilidade e responsabilidade social
que, combinados, tornam-se ações que beneficiam empresas e a sociedade
em geral.
Em um mundo cada vez mais violento e desigual, estabelecer quais são
as regras de convivência em sociedade é de suma importância para
estabelecermos uma nova noção de justiça e igualdade, que garanta um
mínimo de bem estar para todos. A cidadania corporativa é um conceito que
define um alto padrão de conduta ética da corporação em relação aos dois
principais públicos de qualquer organização: funcionários e comunidade. A sua
importância está no fato de que o respeito aos direitos sociais, tanto dos
funcionários quanto da comunidade, é um forte fator de sucesso para as
empresas. Outro aspecto importante da cidadania corporativa é o compromisso
de valorizar a diversidade. Em um país com extrema desigualdade social, uma
empresa que valoriza a diversidade, que combate a discriminação de todos os
tipos e tem um código de ética dá uma valiosa contribuição para o progresso
de toda a sociedade. Para planejar um programa de cidadania corporativa, é
necessário que a empresa estabeleça um espaço institucional para os
funcionários exporem as suas propostas em encontros periódicos. Nessas
reuniões, as ações de cidadania corporativa podem ser planejadas com a
ferramenta do marketing social, buscando atender às demandas por cidadania,
dentro e fora da empresa.
Responsabilidade Social Empresarial é a relação ética e transparente da
empresa com os públicos com os quais se relaciona, estabelecendo metas
empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade.A
cidadania corporativa é um conceito que define um alto padrão de conduta
ética da corporação em relação aos dois principais públicos de qualquer
organização: funcionários e comunidade. A sua importância está no fato de que
o respeito aos direitos humanos, tanto dos funcionários quanto da comunidade,
é um forte fator de sucesso para as empresas.
Outro aspecto importante da cidadania corporativa é o compromisso de
valorizar a diversidade. Em um país com extrema desigualdade social, uma
empresa que valoriza a diversidade, combate a discriminação de todos os
tipos, tem uma política de salários iguais para cargos iguais e tem um código
de ética está contribuindo para um país melhor.
O PDCA para um Programade Cidadania Corporativa Efetiva
O PDCA é um ciclo desenvolvido por administradores onde os
processos administrativos ganham segurança de eficiência e eficácia. Com
planejamento(P), execução(D), monitoramento(C), e ação (A)
Para planejar um programa de cidadania corporativa, é interessante
estabelecer um espaço institucional para os funcionários exporem as suas
propostas em reuniões periódicas. Nessas reuniões, as ações de cidadania
corporativa podem ser planejadas com a ferramenta do marketing social,
buscando atender as demandas por cidadania, dentro e fora da empresa. As
reuniões podem ter um critério de cronograma segundo o quadro abaixo:
Reunião
Setorial
Gerencial
Análise Crítica

Periodicidade
Mensal
Bimestral
Trimestral

Quem Participa
Líder e liderados
Líderes
Estratégico e liderança

As reuniões estabelecem os planos de ação e os monitoram,
controlando as ações de modo a favorecer a melhoria continua do processo.
Os líderes devem conhecer os detalhes do programa e verificar com os
liderados aspectos que podem prejudicar o andamento do processo (reunião
setorial), esse levantamento de dados deve ser discutido com os líderes de
setores na empresa, a ideia é estabelecer critérios para resoluções de
problemas antes que eles aconteçam (reunião gerencial), as resoluções
encontradas para problemas eventuais deve ser analisada e aprovada pela
área estratégica da empresa (reunião de análise crítica), estes aspectos fazem
com que o programa não sofra deficiência desde o planejamento até sua ação.
Implantar um programa de cidadania gera muitas vantagens para a
empresa, como:
A melhora do clima de trabalho, pois quando o funcionário sente que os
seus direitos estão sendo respeitados, tem mais prazer em trabalhar e
cria-se um clima de cooperação interna que estimula a criatividade de
todos.
O fortalecimento da imagem da organização na sociedade, pois é
comprovado por pesquisas que os consumidores privilegiam empresas
éticas que respeitam os seus funcionários além do exigido pela lei.
Atração e retenção de talentos, visto que o cliente interno hoje visualiza
o conceito da empresa para a sociedade e como ele está inserido neste
conceito.
O aumento da automotivação dos funcionários, pois eles se veem como
cidadãos quando beneficiam a comunidade externa de forma voluntária.
Decorrente do voluntariado, temos a vantagem de estimular à próatividade solidária dos funcionários através da prática do
empreendedorismo social, pois este fortalece o espírito de equipe e
estimula a solidariedade para com os colegas.
Quando o funcionário se torna um empreendedor social, passa a ser
referência de cidadão corporativo competente, um líder que agrega seus
colegas em prol de um ambiente de trabalho melhor e de resultados.
III - Os Principais Conceitos de Responsabilidade Social
Segundo o Livro Verde da Comissão Europeia (2001), a responsabilidade
social é um conceito segundo o qual, as empresas decidem, numa base
voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais
limpo. Com base nesse pressuposto, a gestão das empresas não pode, e/ou
não deve, ser norteada apenas para o cumprimento de interesses dos
proprietários das mesmas, mas também pelos de outros detentores de
interesses como, por exemplo, os trabalhadores, as comunidades locais, os
clientes, os fornecedores, as autoridades públicas, os concorrentes e a
sociedade em geral.
Segundo a Norma ABNT NBR 16001:2012, “Responsabilidade de uma
organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no
meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que:
Contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e o
bem estar da sociedade;
leve em consideração as expectativas das partes interessadas;
esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente
com as normas internacionais de comportamento,e
esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas
relações.
NOTA 1: Atividades incluem produtos, serviços e processos.
NOTA 2: Relações referem-se às atividades da organização dentro do escopo
do sistema de gestão da responsabilidade social e da cadeia de valor.
NOTA 3: Adaptada da ANBT NBR ISO 26000:2010.”
A Responsabilidade Social (RS) necessita da participação de todos da
empresa, sem distinção, do nível estratégico ao operacional, mas
principalmente da participação da alta direção. Criando um sistema de gestão
onde, o conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos, voltados para
estabelecer políticas e objetivos, bem como para atingi-los deve estar integrado
em toda a organização. As comunicações da organização, tanto internas
quanto externas, devem respeitar este preceito.
A alta direção da organização deve definir a sua política da RS que deve
ser documentada, implementada e mantida, bem como comunicada para todas
as pessoas que trabalham para, ou em nome da organização; e deve estar
acessível às partes interessadas.A política deve estar apropriada aos objetivos
estratégicos à natureza, escala e impactos da organização. Deve assegurar
seu compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável e incluir
seus comprometimentos com os seguintes princípios da responsabilidade
social:
Responsabilização (accoutability) : condição de responsabilizar-se
por decisões e atividades e de prestar contas destas decisões e atividades aos
órgãos de governança, autoridades legais e às partes interessadas da
organização;
Transparência: fraqueza sobre decisões e atividades que afetam a
sociedade, a economia e ao meio ambiente e a disposição de comunicá-las de
forma clara, precisa, tempestiva, honesta e completa;
Comportamento ético: comportamento que esteja de acordo com os
princípios aceitos de uma conduta moral e correta no contexto de uma situação
específica e que seja consistente com as normas internacionais de
comportamento.
Respeito pelos interesses das partes interessadas (Stakeholders):
Ouvir, considerar e responder aos interesses das pessoas ou grupos que
tenham interesse em qualquer decisão ou atividade da organização ou por ela
possam ser afetados.
Atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela
organização (cumprimento da lei e outros requisitos) ;
Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento:
comportamento organizacional socialmente responsável, oriundos do direito
internacional consuetudinário, dos princípios geralmente aceitos de leis
internacionais e ou de acordos intergovernamentais que sejam universalmente
ou praticamente universalmente reconhecidos.
Direito aos humanos: Reconhecer a importância e a universalidade
dos direitos humanos, cuidando para que as atividades da organização não os
agridam direta ou indiretamente, zelando pelo ambiente econômico, social e
natural que necessitam.
Para que um programa de responsabilidade social seja bem sucedido, a
empresa precisa ouvir os seus funcionários e a comunidade. Estabelecer uma
relação de diálogo é fundamental para que esses dois públicos sintam que os
seus direitos estão sendo respeitados e desejem contribuir para com o sucesso
da corporação. Com esse pensamento, responsabilidade social deve ter dois
níveis de relacionamento estabelecidos, um nível interno (funcionários) e um
nível externo (comunidade). A melhor ideia de analise para começar o
programa de responsabilidade social na empresa é a análise de SWOT.
Análise S.W.O.T. é um instrumento de gestão utilizado para analisar o
ambiente em que se insere uma determinada organização e direcionar seu
crescimento. Para tanto, são avaliadas as forças (strengths), as fraquezas
(weaknesses), as oportunidades (opportunities) e as ameaças (threats). Com a
análise SWOT é possível definir as direções de desenvolvimento da
Responsabilidade Social, utilizando novas oportunidades, bem como visualizar
as dificuldades da empresa mediante a comunidade e aperfeiçoá-la,
promovendo seu crescimento de forma sustentável.
I. Pontos Fortes e Pontos Fracos (Análise Interna)
O estudo dos pontos fortes e fracos da empresa compreende a análise
das diversas áreas que a integram. Pontue todos os setores (administrativo,
financeiro, recursos humanos, marketing etc) e analise, em cada um deles, o
que apresentam de qualidade e de deficiência, utilize sempre o termo “ponto de
melhoria”.
Ao analisar os pontos fortes é importante identificar vantagens da sua
atividade, capacidade estrutural, forma de organização, alcance, divulgação,
público-alvo, relevância social, interesse dos investidores, atualidade, inovação
entre outros.
Os pontos de melhoria podem ser identificados pela análise das
vulnerabilidades, gestão, alcance, organização, profissionalização, legalidade,
transparência, meio ambiente, prestação de contas, capacidade de atração de
investimentos.
Os pontos fortes e fracos também podem ser analisados comparando
sua empresa com outras entidades, verificando as melhores práticas para cada
um dos segmentos da sua organização.
II. Oportunidades e Ameaças (Análise Externa)
Para avaliar as oportunidades e as ameaças de seu projeto, é
importante avaliar o ambiente externo, notadamente os aspectos: econômico, o
natural (recursos naturais), social, político, legal e tecnológico.
Para tanto, é necessário ponderar:
1) Como está o ambiente econômico: que tipos de investidores serão
atraídos? Qual a condição de investimento? A curto e médio prazo, qual a
estabilidade deles para a manutenção do investimento? Os produtos e serviços
fornecidos por sua empresa serão consumidos por quem? Qual o custo? Há
interesse do mercado no consumo?
2) Como está o ambiente natural: sua organização fará uso de recursos
naturais e de que tipo? Qual o custo destes recursos e qual a disponibilidade
deles? Quais recursos serão repostos ao ambiente? Qual o impacto da sua
entidade no ambiente? Que tipo de lixo será produzido? O que será feito com o
lixo produzido?
3) Como está o ambiente social: qual público será imediatamente beneficiado
por sua empresa? Qual a necessidade deste público? O que a organização
proporcionará a ele? Como serão atingidos pela entidade? Quais as crenças,
valores e comportamentos deste público? O que dizem as estatísticas sobre o
público beneficiado?
4) Como está o ambiente político e legal: sua organização segue as leis
vigentes? Está regularmente constituída e representada? Os produtos e
serviços fornecidos respeitam as especificações técnicas? As relações
trabalhistas são formalizadas? Como está a situação fiscal da sua entidade?
Sua entidade tem alvará de funcionamento? Existe algum projeto de lei que
pode interferir diretamente nas ações de sua empresa?
5) Como está o ambiente tecnológico: sua organização utiliza quais tipos de
mídia? De que forma a tecnologia está presente na sua organização? Quais os
meios explorados e quais ainda não foram usados?
Com a análise estabelecida, chegou a hora de compor as ações para
melhoria dos pontos fortes e oportunidades encontradas e correção e
prevenção dos pontos fracos e ameaças. Após levantar os pontos fortes e
fracos, oportunidades e ameaças, responda às seguintes perguntas:
1) Quais as oportunidades podem ser aproveitadas por minha empresa, se
utilizar meus pontos fortes?
2) Quais ameaças a organização pode neutralizar com os pontos fortes
destacados?
3) Quais pontos fracos posso corrigir? As melhores práticas de outras
organizações podem me auxiliar neste processo?
4) Quais ameaças podem prejudicar a empresa, juntamente com os pontos
fracos constatados?
As respostas a estas questões, concretam ações que farão parte do
programa de Responsabilidade Social da empresa.
IV - A Importância da Gestão Social

Gestão Social é o processo de gerência e administração de
responsabilidade social. Baseia-se num fluxo contínuo, organizado e
sistematizado de informações entre os diversos setores e níveis de atuação.
Assim, todos os atores intervenientes nas ações mantêm-se informados a
respeito dos objetivos, realizações, êxitos e fracassos do projeto, criando a
política que irá definir os métodos utilizados para responsabilidade social. A
política da responsabilidade social deve incluir o comprometimento da alta
direção com a melhoria contínua e com a prevenção de impactos adversos.
Deve fornecer a estrutura para o estabelecimento e a revisão dos objetivos e
metas da responsabilidade social.
A gestão social deve considerar os seguintes temas centrais:
1. Governança organizacional, sistema pelo qual as empresas são
dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre
Acionistas/ Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria
Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de Governança
organizacional têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade,
facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade;
2. Direitos humanos, que respondem as necessidades das pessoas, dos
grupos e sociedades e garantindo e promovendo o exercício da
dignidade;
3. Meio ambiente, ligado diretamente ao ambiente de trabalho, ou seja, o
local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais, sejam
remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do
meio e na ausência de agentes que comprometem a incolumidade
físico-psíquica dos trabalhadores, independentemente da condição que
ostentem (homens ou mulheres, maiores ou menores de idade,
celetistas, servidores públicos, autônomos, entre outros.);
4. Práticas leais de operação, a conduta ética nas atividades da
organização, onde os valores da empresas são evidenciados na prática
diária, nos processos da empresa;
5. Questões relativas ao consumidor, ou seja, respeito as necessidades
dos clientes, valorizando a marca no mercado atual, baseado no
conceito do seu produto ou serviço aos consumidores.
6. Envolvimento e desenvolvimento da comunidade, foco da
responsabilidade social, visto que a empresa é um modificador de
ambiente em que ela está inserida.
A gestão social deverealizar uma duedilligence, processo de
investigação e auditoria nas informações de empresas fundamental para
confirmar os dados disponibilizados aos potenciais compradores ou
investidores, visando prevenir, evitar e mitigar os impactos negativos
significativos, reais e potenciais das suas decisões e atividades no meio
ambiente, economia, sociedade e partes interessadas e deve avaliar a
significância destes impactos.
É compromisso da gestão social, identificar oportunidades de melhoria e
inovação (ao avaliar a pertinência e significância das questões da RS a
organização deve considerar as oportunidades de reforçar as ações em curso
relativas à RS e identificar oportunidades de melhoria). A organização deve
estabelecer, implementar e manter objetivos e metas que sejam compatíveis
com a política da RS e com os resultados da duediligence.

Exemplode governança sustentável,duediligence
V - Primeiros Passos de Responsabilidade Social Empresarial –
Metodologia Ethos
O Instituto Ethos é uma organização sem fins lucrativos que busca
disseminar ferramentas de gestão e práticas responsáveis. Por meio de
projetos, como o Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios, o instituto trata de
assuntos como direitos humanos, cidadania e meio ambiente. O Movimento
Empresarial pela Biodiversidade pretende promover a mobilização do setor
empresarial para assumir compromissos e pressionar por regulamentações
internas e externas sobre o uso da biodiversidade brasileira. Também atuando
junto dos empresários, o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho
Escravo, lançado em 2005, reúne empresas brasileiras e multinacionais que
assumiram o compromisso de não negociar com quem explora o trabalho
escravo.
O Instituto Ethos desenvolveu indicadores de RS que são referência
para as empresas e servem como ferramentas de incorporação na gestão dos
conceitos e compromissos com o desenvolvimento sustentável. O projeto tem
como base as seguintes diretrizes:
Gestão transparente, por meio de mecanismo estruturado de
governança corporativa;
Alinhar os indicadores as tendências e iniciativas nacionais e
internacionais na gestão;
Integrar as principais ferramentas de gestão, metodologias e iniciativas
em RS e sustentabilidade desenvolvidas por outras organizações;
Aplicar a linguagem Global ReportingIniciative, de modo a concretizar
essa integração;
Manter-se atualizado às mais recentes discussões em RS, para sugerir
práticas que tratem dessas questões.
A prática de diálogo e engajamento da empresa com todos os
ligados a ela, a partir de um relacionamento ético e transparenteé o
passo de RS na empresa. Por mais que a implementaçãodessas
sejam um grande desafio para as empresas, os resultados são
significativos para a gestão.

públicos
primeiro
práticas
sempre

O sistema de Indicadores Ethos permite que as organizações que
quiserem acompanhar a gestão da RS de seus fornecedores e clientes possam
ter acesso as informações geradas por eles, desde que obtenham seu
consentimento.
Essa iniciativa visa estimular e facilitar os processos de gestão
socialmente responsável nas cadeias de valor das empresas que esperam
ampliar os resultados de suas ações por meio de seus fornecedores e clientes.
O sistema permite apontar prioridades, estabelecer metas e iniciativas
conjuntas, facilitar o acompanhamento das ações por meio de avaliações
periódicas e possibilitar que a empresa e a sua cadeia de valor evoluam juntos
para a sustentabilidade.
O
temas:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.

questionário dos indicadores Ethos está baseado nos seguintes
Valores, transparência e governança;
Público interno;
Meio ambiente;
Fornecedores;
Consumidores e clientes;
Comunidade;
Governo e sociedade

A finalidade é explorar em diferentes perspectivas como a empresa pode
melhorar seu desempenho naquele aspecto, pois cada indicador é formado por
uma questão de profundidade, questões binárias e questões quantitativas.
Questão de Profundidade (ou Indicador de Profundidade): permite
avaliar o estágio atual da gestão da empresa em relação a determinada prática.
É representado por quatro quadros contíguos, que apresentam estágios dessa
prática, cujo nível de desempenho evolui do primeiro até o quarto, permitindo à
empresa situar-se facilmente na escala.

Apenas um dos quatro estágios pode ser escolhido, devendo-se optar
por aquele que mais se aproxima da realidade da empresa. Nessa avaliação, é
preciso considerar que a escolha de um estágio pressupõe o cumprimento do
nível anterior.
Na hipótese de nenhuma das opções corresponder à realidade da
empresa, deve-se assinalar um dos seguintes motivos: “Não havíamos tratado
antes desse assunto” ou “Não vemos aplicação disso em nossa empresa”.
Assinalando a segunda opção, a empresa deve apresentar uma justificativa no
espaço reservado para comentários. Se optar por uma dessas alternativas, as
questões adicionais correspondentes serão automaticamente consideradas
como não aplicáveis.
Questões Binárias (ou Indicadores Binários): é composto de questões
binárias (sim ou não), que qualificam a resposta escolhida no indicador de
profundidade. Contêm elementos de validação e aprofundamento dos aspectos
ou estágio de responsabilidade social identificados pela empresa e ajudam a
entender quais práticas devem ser incorporadas à gestão dos negócios. Esses
indicadores devem ser obrigatoriamente preenchidos, exceto nos casos em
que o assunto do indicador de profundidade correspondente não foi tratado
antes pela empresa ou não é aplicável à sua realidade.
Questões Quantitativas (ou Indicadores Quantitativos): propõe o
levantamento sistemático de determinados dados, que podem ser avaliados
segundo séries anuais e cruzados com outros. Nem todos os indicadores
apresentam dados quantitativos. No entanto, os que existem devem ser
levantados precisamente, pois serão úteis, sobretudo no monitoramento interno
da empresa.
Está
disponível
no
site
dos
Indicadores
Ethos,
em
www.ethos.org.br/indicadores, um glossário de conceitos e definições dos
termos mais relevantes para a compreensão das questões apresentadas em
cada indicador, facilitando assim o preenchimento do questionário.
VI -Principais Itens a Serem Considerados no Desenvolvimento de um
Projeto Social
Numa época em que os recursos públicos destinados à área social
escasseiame as demandas, em contrapartida, aumentam, a exigência por uma
gestão“eficaz, eficiente e efetiva” dos projetos e programas sociais é
categórica.No entanto, é necessário o desenvolvimento de uma cultura
voltadapara a elaboração, o monitoramento e a avaliação, que compreenda
taisprocessos não apenas como etapas subsequentes destinadas à
definiçãodas metas, acompanhamento do cronograma e do fluxo de caixa e
checagemdos resultados, com vistas à captação de recursos e posterior
prestação decontas junto aos financiadores, mas sim como “práticas
adequadas ao aperfeiçoamentodo processo de tomada de decisão na gestão
dos projetos”,em especial na área social.
Como todo projeto é necessário primeiramente a definição do escopo,
dos limites que o projeto social terá que estabelecer. Para o enfrentamento das
questões sociais precisamos mais do que vontadede acertar. A competência
técnica para propor, conduzir e avaliar intervençõesno campo social deve ser
buscada, seja através da capacitação dosexecutores, seja por meio da
contratação de consultoria externa ou da cooperaçãotécnica de especialistas.
Isto não implica, contudo, na construçãode alternativas ambiciosas ou
complexas aos problemas sociais em foco.Muitas vezes as soluções simples e
originais são mais realistas e adequadas.

Projetar significa planejar algo que se pretende realizar no futuro,
sendoque um projeto distingue-se de outras formas de planejamento – como
oplanejamento estratégico de uma instituição ou uma simples programaçãode
atividades rotineiras – por ser fechado, isto é,tem começo, meio e fim
previsíveis e programados. Projetar socialmente, significa então, planejar
etapas consolidadas de inicio, andamento e fim desse projeto, as ações
envolvidas serão acompanhadas de forma direta com aprovações das fases e
replanejamento das ações seguintes, sempre seguindo o ciclo do PDCA.
Os itens principais que encadeam um projeto social segundo Carla
Cabrera, são os seguintes:
1. Identificação e descrição da organização proponente - Apresenta os
dados gerais da instituição, como CNPJ, endereço, telefones, site e também
um breve histórico da organização, sua missão e principais iniciativas.
2. Identificação dos responsáveis pelo projeto - Traz nomes, cargos e
contatos das pessoas responsáveis pelo projeto.
3. Título - Inclui o nome curto do projeto, que expressa sua finalidade e forma
de atuação.
4. Justificativa - Discute o contexto social em que se inserem a organização e
o projeto proposto. Serve para mostrar por que é necessário e prioritário fazer a
intervenção proposta pelo projeto.
5. Público-alvo - Descreve quantos e quem são os beneficiados diretos e
indiretos do projeto.
6. Objetivo Geral - É a razão de ser do projeto. Responde de forma clara e
objetiva à questão: “para quem se destina esse projeto e o que ele pretende
transformar?”. Este objetivo está diretamente relacionado à justificativa e é
genérico. Ele não pode ser assegurado somente pelo sucesso do projeto;
depende de outras ações e variáveis. Portanto, expressa o que se quer
alcançar em longo prazo, ultrapassando inclusive o tempo de duração do
projeto.
7. Objetivos Específicos - Explica como estarão o público-alvo e o contexto
social depois de suas necessidades serem atendidas. Cada objetivo específico
retrata uma única mudança na vida do público-alvo. Um objetivo específico é
mensurável, atingível num tempo limitado, relacionado às necessidades do
público-alvo.
8. Plano de ações - Mostra o que será feito para que os objetivos específicos
se transformem em realidade.
9. Parcerias - Relata se o projeto conta com alianças com o setor público, com
a iniciativa privada e/ou com organizações da sociedade civil organizada.
Também apresenta o tipo de parceria estabelecida e o papel de cada ator.
10. Avaliação - Apresenta os procedimentos e métodos que serão usados para
saber se as atividades estão sendo executadas, consumindo os recursos
previstos, e se os objetivos propostos estão sendo atingidos.
11. Cronograma - É a representação gráfica do tempo das ações e das
atividades planejadas. Responde quando ocorrerão as atividade previstas no
plano de ação durante o período estabelecido para o projeto.
12. Orçamento - Detalha todos os recursos materiais, financeiros e humanos
envolvidos no projeto. Pode ser feito mostrando as despesas por tipo ou
rubricas tais como, recursos humanos, equipamentos etc. Também podem ser
apresentadas por meio de um cronograma físico financeiro que mostra quando
as despesas serão efetivadas ao longo do projeto.
13. Equipe - Descreve o grupo de pessoas envolvido no projeto e qual será o
papel de cada um.
14. Sustentabilidade - Pontua as estratégias e os desdobramentos que
viabilizarão a continuidade do projeto e de seus resultados.
VII - Principais Certificações
A certificação é o reconhecimento por um órgão externo da realização e
prática de uma organização, ou seja, é o reconhecimento de um sistema de
gestão que funciona segundo os critérios estabelecidos pela própria
organização, pela Norma vinculada a certificação, pelas leis e pelas
necessidades dos clientes.
Para as certificações voltadas a cidadania e Responsabilidade social
são:
PNQ – Prêmio Nacional da Qualidade - é uma premiação entregue
pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), entidade privada e sem fins
lucrativos, às organizações sediadas no Brasil pela excelência de sua gestão.
Objetivos:Garantirqueaorganizaçãotenhaastécnicasmaisatualizadasebe
msucedidasdeadministração;Estimularaexcelênciadodesempenhoeaamplatrocad
einformaçõessobremétodosesistemasdegestãoquealcançaramsucessoesobreo
sbenefíciosdecorrentesdautilizaçãodessasestratégias.
Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social
Empresarial: Os critérios de excelência do PNQ podem ser adotados
indiscriminadamente por todo e qualquer tipo de organização,
independentemente do porte ou do setor de atividadeeconômica.
PSQT – Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho - é uma premiação
entregue pelo ServiçoSocial da Indústria (SESI) às indústrias sediadas no
Brasil pela excelência de sua política interna. Reconhece publicamente as
indústrias nacionais cujas práticas de gestão para com o público interno – os
funcionários – são consideradas de excelência, colaborando para o exercício
da responsabilidade social do setor.
Objetivos:O Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho foi criado para
estimular as empresas brasileiras a adotarem políticas e medidas que
assegurem em:
A responsabilidade social empresarial da indústria brasileira;
O exercício da ética e da transparência nas relações de trabalho;
O exercício da ética e da transparência nas relações de trabalho;
O exercício da ética e da transparência nas relações de trabalho;
PotencialidadedeaplicaçãonaResponsabilidadeSocialEmpresarial:A
premiação“éumreconhecimentopúblicoàsempresasindustriaispor suas práticas
degestãoevalorizaçãodosseuscolaboradores,umadaspartesinteressadasnoseus
ucesso”.Dessaforma,pretendeseque,aoassumirpolíticasecompromissossocialmenteresponsáveis,sejapossível
gerarvantagenscompetitivaseresultadosfavoráveispara
os
negócios
da
empresa.
Normas ISO – International Standardization Organization

ISO 9000 - As NBR ISO 90001asseguram ao cliente a garantia da
qualidade pela conformidade. Para a empresa, garante a certificação ao seu
processo da qualidade. A série ISO 9000 é composta por um conjunto de
normas – NBR ISO 9000, 9001, 9002, 9003 e 9004, que contêm elementos
relevantes para os sistemas de gestão da qualidade total e visam à avaliação
dos sistemas de qualidade dos fornecedores, em benefício do cliente e do
mercado (ABNT, 1995; apud GADELHA, 2002).
Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social
Empresarial:AsérieISO9000éumconjuntodenormasqueestabelecediretrizespar
aofuncionamento,agarantiadecontroleeacomprovaçãodaeficáciadossistemasda
qualidadeadotadospelasempresas,masnãogarantequeoprodutofabricadoatenda
arequisitosespecíficos de norma ou regulamento técnico. Assim sendo, as
normas da série ISO 9000 não tratam diretamente da qualidade de produtos;
elas asseguram a estabilidadedo seu processo de produção e sua repetição
em grandes escalas.
ISO 14000 - A elaboração da série ISO 14000 teve por base as normas
britânicasBS7750 – Specification for Environmental Management Systems
(Especificação para Sistema de Gestão Ambiental), constituindo-se em um
sistema de normas ambientais utilizado no mundo inteiro.Para estar em
conformidade com o padrão ISO 14001, as organizações devem desenvolver
uma política ambiental, um sistema de gerenciamento, uma avaliação dos
aspectos ambientais, obrigações legais e voluntárias, além de promover
auditorias internas periódicas e relatórios para a alta gerência.
Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social
Empresarial:A certificação ISO 14000 possibilitou atingir uma massa crítica de
organizações ao redor do mundo, sendo implementada em cerca de 37 mil
unidades empresariais em 112 países desde que foi publicada, no final de 2001
(ETHOS, 2004). Essa expansão dá-se namedida em que empresas certificadas
podem exigir que seus fornecedores também o sejam, facilitando a
disseminação das regras de conduta e proteção ambiental.Diante disso, as
organizações empresariais investem cada vez mais em projetos que visam
conjugar otimização dos processos de produção industrial com
desenvolvimento sustentável, no intuito de atender às necessidades do
presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atender às
suas próprias necessidades.
BS 8800 – British Standards 8800 - A British Standards, o órgão
britânico encarregado de elaborar as normas técnicas aplicadas naquele país,
elaborou a BS 88003, que é uma norma que discorre sobre os elementos aos
quais uma empresa deve se ater no desenvolvimento do seu sistema de gestão
da Segurança e da Saúde no Trabalho (SST).
Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social
Empresarial:A BS 8800 é entendida como um guia de diretrizes, bastante
genérico, que se aplica tanto a indústrias complexas, de grande porte e altos
riscos, como a organizações de pequeno porte e baixos riscos. Seus pontos
chaves visam minimizar os riscos para os trabalhadores e outros, melhoram o
desempenho nos negóciosestabelecem uma imagem responsável das
organizações perante o mercado e a sociedade em geral, mas não em termos
sociais.
OHSAS
18001,
que
significa
Occupational
Health
andSafetyAssessment Series, é uma norma para sistemas de gestão da
segurança e da saúde no trabalho (Segurança e Saúde no Trabalho). A
certificação por essa norma garante o compromisso da empresa com a
melhoria contínua de seu desempenho em saúde ocupacional e segurança de
seus funcionários.
Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social
Empresarial:Seporumladoaadoçãodesistemasindividuaisdegestãocomo
ISO
9000(qualidadedoproduto), ISO 14000 (gestão ambiental) e OHSAS 18001
(saúde e segurança no trabalho) é um ato que também é de
responsabilidadesocial, a integração desses sistemas é mais uma validação da
responsabilidade de uma organização para com o social.
SA 8000 – Social Accountability 8000 - é uma normatização em vigor
desde 1997, desenvolvida pela SAI (Social AccountabilityInternational),
organização não governamental sediada nos EUA, que certifica empresas nos
rigorosos moldes da ISO 9000. A SA 8000 estabelece como critério uma série
de itens relacionados com a Declaração Universal dos Direitos do
Homem,acordos de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente,
resoluções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), além de se basear
na legislação do país onde a empresa estiver estabelecida.
Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social
Empresarial:A SA 8000 difere dos demais códigos de conduta e cartas de
intenção por ser uma norma que pretende assegurar a integração dos temas
sociais a todos os aspectos da política empresarial, bem como ao cotidiano das
operações. Sua maior vantagem está no fato de ser um padrão tanto de
desempenho quanto de processoA obtenção e a garantia da certificação
implicam que a empresa invista em um contínuo esforço de cumprimento das
normas.Ela foi criada com o objetivo de serauditável e certificável, contendo em
seus critérios requisitos de conformidade com leis nacionais e requisitos
subscritos pela empresa.
ABNT NBR 16001:2004 – Responsabilidade
gestão -A Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR 160017, que visa estabelecer requisitos mínimos
de gestão da responsabilidade social. Segundo o

Social – Sistema de
(ABNT) criou a norma
relativos a um sistema
Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – (Inmetro), o Brasil é o
primeiro país no mundo a desenvolver uma norma em seu sistema oficial
dedicada à responsabilidade social. O desenvolvimento da norma brasileira em
Responsabilidade Social Empresarial contou com a participação e a
contribuição de diversas entidades representativas do assunto. A ABNT
coordenou o processo de elaboração do texto da norma (responsabilidade
social – sistema de gestão – requisitos) e contou com a colaboração de
diversas instituições públicas e privadas.
Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social
Empresarial:A norma brasileira da gestão em Responsabilidade Social
Empresarial da ABNT estabelece metas e objetivos gerais e específicos de
desenvolvimento ambiental, econômico e social a serem atingidos por meio da
adoção de uma política de responsabilidade social e de resultados
mensuráveis da gestão de uma organização nos seus aspectos de
responsabilidade social.A NBR 16001 utiliza o conceito de que a
responsabilidade social está associada à concepção de desenvolvimento
sustentável e reflete nas suas três dimensões: econômica, ambiental e social.
A norma permite a formulação e a implantação de políticas e objetivos que
abrangem exigências legais, compromissos éticos, transparência, cidadania e
desenvolvimento sustentável das atividades de uma organização.
VIII - As Metas do Milênio
Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas, ao analisar os
maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que
no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo – que devem ser
atingidos por todos os países até 2015.Todos os 191 Estados-Membros das
Nações Unidas assumiram o compromisso de:Erradicar a extrema pobreza e a
fome; Atingir o ensino básico universal; Promover a igualdade entre os sexos e
a autonomia das mulheres; Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde
materna; Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças; Garantir a
sustentabilidade ambiental; Estabelecer uma Parceria Mundial para o
Desenvolvimento.

Por mais que muitos países estejam longe de cumprir os oito Objetivos
do Milênio, conhecidos como ODM, principalmente no que se refere ao
combate à fome e à pobreza extrema, o estabelecimento de novas metas a
partir de 2015 só será feito quando os parâmetros iniciais tiverem sido
cumpridos. Foi criado o Prêmio Brasil ODM, que tem como objetivos incentivar
e dar visibilidade a práticas que contribuam a consecução dos Objetivos,
reconhecer publicamente os esforços em favor dos ODM e desenvolver um
banco de boas práticas que sirva como referência de política pública para a
sociedade e para o Estado. A iniciativa brasileira inspirou a criação pelas
Nações Unidas do Prêmio Internacional sobre os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio.
O Prêmio ODM Brasil foi criado pelo Governo Federal em 2004 e é
coordenado pela Secretaria Geral da Presidência da República em conjunto
com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o
Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade – Nós Podemos. Surgiu
para incentivar, valorizar e dar visibilidade a práticas de prefeituras e
organizações da sociedade civil que contribuam para o alcance dos ODM.
Os primeiros levantamentos acerca dos resultados da Declaração foram
desanimadores. Em algumas regiões, como a África Meridional (ao sul do
deserto do Saara), houve retrocesso. Em 46 países as pessoas são mais
pobres hoje do que há uma década. Em 25 existem mais famélicos.O
desenvolvimento sustentável requer muita inovação, ciência e tecnologia. As
abordagens até agora discutidas falam muito pouco em inovação e adotam um
modelo de economia velho. É mais ou menos como se tudo que tivéssemos a
fazer fosse reformar a economia, como fazemos com um prédio velho, para
torna-la sustentável. Os dados foram discutidos e analisados na Rio+20 e um
conjunto de metas, com indicadores para o desenvolvimento sustentável global
que possam ir além do produto interno bruto (PIB) foram estabelecidos com a
RIO+20. Tais metas seriam inspiradas nos Objetivos do Desenvolvimento do
Milênio, adotadas pela ONU em 2000, com indicadores sociais objetivos, nas
áreas de educação, saúde e alimentação, que possam levar à redução da fome
e da miséria, as metas seriam um compromisso político, igual para todos os
países e não seriam usadas para punir quem não as cumpre, mas como
incentivo à sustentabilidade. As metas também não substituiriam os acordos
internacionais para redução de emissão de gases causadores de efeito estufa
e de combate às mudanças climáticas.
Com base em estatísticas oficiais da ONU, o Relatório dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio 2013 mostra que as ações conjuntas dos governos
nacionais, da comunidade internacional, da sociedade civil e do setor
privadoestão tornando realidade o cumprimento dos ODM.O Relatório afirma
que uma conclusão bem-sucedida para os ODM será um importante alicerce
para uma agenda de desenvolvimento posterior, e que o volume de
experiências e lições aprendidas com os ODM irão beneficiar as perspectivas
de progresso contínuo.
IX - O Pacto Global
É uma iniciativa proposta pela ONU para encorajar empresas a adotar
políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade. Sendo uma
iniciativa planejada para empresas comprometidas em alinhar suas operações
e estratégias com os dez princípios universalmente aceitosnas áreas de
direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Assim, as
corporações, que são os principais agentes da globalização, podem ajudar a
garantir que organizações de mercado, comércio, tecnologia e finanças
progridam de maneira a beneficiar as economias e sociedades em todos os
lugares. Esse pacto pretende promover um diálogo entre empresas,
organizações
das
Nações
Unidas,
sindicatos,
organizações
nãogovernamentais e demais parceiros, para o desenvolvimento de um
mercado global mais inclusivo e sustentável, a ideia é conseguir dar uma
dimensão social a globalização.
O Pacto Global tem dois objetivos complementares:
integrar os dez princípios nas atividades empresariais ao redor do mundo;
catalisar ações em apoio aos mais amplos objetivos de desenvolvimento
da ONU, incluindo, por exemplo, as Metas de Desenvolvimento do
Milênio (MDMs).
Para o atingimento desses objetivos, o Pacto Global oferece às empresas
participantes a oportunidade de melhorar suas práticas por meio de vários
mecanismos: colaboração, aprendizagem, Redes Locais e parcerias.

Participar do Pacto Global é assumir um compromisso amplamente
visível de implementação, divulgação e promoção dos Dez Princípios
universais. A expectativa é que cada empresa afiliada ao Pacto Global:
1. faça do Pacto Global e de seus princípios parte integrante da sua
estratégia empresarial, operações do dia-a-dia e sua cultura
organizacional;
2. inclua o Pacto Global e incorpore os seus princípios nos processos de
decisão do corpo diretivo da empresa (exemplo: conselho diretor, etc.);
3. tome medidas em apoio às questões e objetivos mais amplos da ONU
("refere-se a uma série de questões globais - baseados nos mais intensos
e frequentes desafios globais - incluindo Paz & Segurança; as Metas de
Desenvolvimento do Milênio (MDMs); Direitos Humanos; Direitos da
Criança; Igualdade dos Sexos, Saúde, Educação, Assistência
Humanitária; Migração; Segurança Alimentar, Ecossistemas e
Biodiversidade Sustentável; Mitigação e Adaptação às Mudanças
Climáticas; Segurança da Água e Saneamento; Emprego e Condição de
Trabalho Decente e combate à corrupção'');
4. inclua em seu relatório anual (ou em outro documento público
comparável, como, por exemplo, um relatório de sustentabilidade) uma
descrição de como a empresa vem adotando os princípios e apoiando as
questões e objetivos mais amplos da ONU (esse documento é chamado
também de Comunicação de Progresso – COP – “Communication
onProgress”); e
5. divulgue o Pacto Global e defenda a causa em favor de práticas
corporativas responsáveis por meio da promoção e divulgação ativa entre
seus colegas, parceiros, clientes, consumidores e público em geral.
O Pacto Global é uma iniciativa voluntária direcionada principalmente a
empresas, mas também busca alcançar uma gama de outras organizações,
tais como associações empresariais e organizações não governamentais. Para
participar, a organização interessada deverá:
1. revisar as instruções de preenchimento do formulário de inscrição online
(Online ApplicationGuideline);
2. enviar uma “Carta de Compromisso” assinada pelo diretor executivo da
empresa (e endossada pelo conselho, se for o caso) endereçada ao
Secretário-geral das Nações Unidas, expressando o compromisso com:
(i) apoio ao Pacto Global e seus Dez Princípios, (ii) engajamento em
parcerias para promover as questões e objetivos mais amplos da ONU e
(iii) comprometer-se em submeter anualmente o relatório Comunicação
de Progresso (COP);
3. Preencher o formulário de inscrição online e postar uma cópia digital
assinada da “Carta de Compromisso” do diretor executivo. O nome do
executivo que assinou a “Carta de Compromisso” deve corresponder
àquele que consta no formulário de inscrição online.
O formulário de inscrição online e o modelo da “Carta de Compromisso”
podem ser encontrados na sessão “HowtoParticipate” no portal do Pacto Global
da ONU.Quando da adesão ao Pacto Global da ONU, as empresas devem
fazer, anualmente, uma contribuição regular, a fim de apoiar o trabalho do
Escritório do Pacto Global da ONU.
X - O Balanço Social
O balanço social é um demonstrativo publicado anualmente pela
empresa reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e
ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado,
acionistas e à comunidade. É também um instrumento estratégico para avaliar
e multiplicar o exercício da responsabilidade social corporativa.
O Balanço Social se constitui uma consequência das pressões sociais
realizadas pela sociedade às empresas materializando a transparência das
ações sócioambientais e econômicas realizadas por essas instituições, isto é
um instrumento evidenciador da responsabilidade social corporativa. Esse
demonstrativo também é empregado como ferramenta gerencial por evidenciar
informações sobre políticas administrativas contribuindo no controle e ajuda do
processo decisório e de determinação de estratégias.
O balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a
empresa. Aos dirigentes fornece informações úteis à tomada de decisões
relativas aos programas sociais que a empresa desenvolve. Seu processo de
realização estimula a participação dos funcionários e funcionárias na escolha
das ações e projetos sociais, gerando um grau mais elevado de comunicação
interna e integração nas relações entre dirigentes e o corpo funcional.Aos
fornecedores e investidores, informa como a empresa encara suas
responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza, o que é um
bom indicador da forma como a empresa é administrada.Para os
consumidores, dá uma idéia de qual é a postura dos dirigentes e a qualidade
do produto ou serviço oferecido, demonstrando o caminho que a empresa
escolheu para construir sua marca. E ao Estado, ajuda na identificação e na
formulação de políticas públicas. Enfim, como dizia Betinho: "o balanço social
não tem donos, só beneficiários".
A procedência da palavra balanço provém do latim bilancis e significa hidois; lancis = prato, ou seja, dá a idéia de balança, o que nos remete a noção de
equilíbrio entre grandezas. Por isso, o termo Balanço Social, no sentido
conceitual, é considerado como inadequado por estudiosos contábeis, já que
esse demonstrativo corresponde a um relatório de evidenciação das ações
sociais corporativas. O Balanço social, também denominado Relatório de
Sustentabilidade ou Relatório da Responsabilidade Social, é um produto da
Contabilidade Social publicado anualmente pela empresa que procura
demonstrar aos interessados um conjunto de informações relacionadas aos
projetos ambientais e ações sociais.Portanto, o Balanço Social, na qualidade
de ferramenta gerencial fornece à empresa informações valiosas para tomada
de decisão e adoção de estratégias.
O Balanço Social tem como o principal objetivo mostrar à sociedade a
atuação socialmente responsável da empresa, uma vez que, as ações
desenvolvidas em prol da melhoria da sociedade e do meio ambiente ajudam
instigar a valorização da cidadania corporativa acarretando no estreitamento da
relação da empresa/sociedade.

Algumas iniciativas de se lançar a ideia e a prática da realização do
balanço social e de estímulo à responsabilidade social das empresas vêm
acontecendo nos últimos anos. Porém, mais do que nunca, precisam continuar,
ser ampliadas e incentivadas. A parceria entre empresas, governo e sociedade
é fundamental para reduzir a pobreza e a injustiça social, promovendo um
maior progresso e desenvolvimento social e humano. Contudo, muito ainda
precisa ser estudado, pesquisado, e realizado na prática para que esta ideia
possa, de fato, gerar frutos concretos para toda sociedade.

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Cidadania e Responsabilidade Social na Empresa

  • 1. CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMENTA Conceitos de Responsabilidade Social e Cidadania Corporativa. Marketing e Endomarketing Social. Normas e Certificações. Análise do Balanço Social e Avaliação de Programas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I - O surgimento do Terceiro Setor e da Responsabilidade Social Empresarial II - O Conceito de Cidadania e de Cidadania Corporativa III - Os Principais Conceitos de Responsabilidade Social IV - A Importância da Gestão Social V - Primeiros Passos de Responsabilidade Social Empresarial – Metodologia Ethos VI -Principais Itens a Serem Considerados no Desenvolvimento de um Projeto Social VII - Principais Certificações VIII - As Metas do Milênio IX - O Pacto Global X - O Balanço Social Facilitador: Francisco Junior Pequeno resumo do currículo Administrador de Empresas, professor de graduação, MBA e pós-graduação, experiência em gestão de pessoas e controle de materiais e patrimônio, pro atividade para elaboração de planos de ação e ferramentas da qualidade, responsabilidade social e ambiental, elaboração de plano de marketing baseado nos princípios do marketing 3.0. Capacidade de organização baseado nas normas NBR ISO 9001, NBR ISO 14000, ABNT NBR 16001 com formação na área de auditoria, Lead Assessor. Instrutor-facilitador de cursos voltados para a área de gestão de pessoas, gestão ambiental, qualidade e administração. Professor de Graduação nas disciplinas de: Administração de Materiais, Administração da Produção, Sistemas Organizacionais e Estudos Organizacionais. Professor de MBA em Gestão Ambiental, Marketing, QSMS e Gestão Pública. Consultor de empresas nas áreas ambiental, responsabilidade social e de qualidade.
  • 2. I - O surgimento do Terceiro Setor e da Responsabilidade Social Empresarial A existência do Terceiro Setor no Brasil é algo relativamente jovem, este fenômeno aparece basicamente nas últimas três décadas. O terceiro setor é formado por associações e entidades sem fins lucrativos. Segundo o Wikipédia Terceiro setor “é uma terminologia sociológica que dá significado a todas as iniciativas privadas de utilidade pública com origem na sociedade civil. A palavra é uma tradução deThird Sector, um vocábulo muito utilizado nos Estados Unidos para definir as diversas organizações sem vínculos diretos com o Primeiro setor (Público, o Estado) e o Segundo setor (Privado, o Mercado)”. A sociedade civil é dividida em três setores, primeiro, segundo e terceiro. O primeiro setor é formado pelo Governo, o segundo setor é formado pelas empresas privadas, e o terceiro setor são as associações sem fins lucrativos. O terceiro setor contribui para chegar a locais onde o Estado não conseguiu chegar, fazendo ações solidárias, portanto possui um papel fundamental na sociedade. O Terceiro Setor não é público nem privado, mas sim uma junção do setor estatal e do setor privado para uma finalidade maior, suprir as falhas do Estado e do setor privado no atendimento às necessidades da população, numa relação conjunta. Esta mobilização de recursos privados para fins públicos rompe com a tradição inversa e perversa representada pela apropriação privada dos recursos públicos. A afirmação deste novo perfil participante e responsável da sociedade brasileira se traduz na busca de novas formas e articulação entre organizações do Terceiro Setor, órgãos governamentais e empresas. São características próprias do terceiro setor: Formalmente constituídas: alguma forma de institucionalização, legal ou não, com um nível de formalização de regras e procedimentos, para assegurar a sua permanência por um período mínimo de tempo. Estrutura básica não governamental: são privadas, ou seja, não são ligadas institucionalmente a governos. Sem fins lucrativos: a geração de lucros ou excedentes financeiros deve ser reinvestida integralmente na organização. Estas entidades não podem distribuir dividendos de lucros aos seus dirigentes. Trabalho voluntário: possui algum grau de mão-de-obra voluntária, ou seja, não remunerada ou o uso voluntário de equipamentos, como a computação voluntária.
  • 3. Outra característica importante das associações do Terceiro Setor é que elas contam com uma grande quantidade de mão-de-obra voluntária (que não recebem remuneração pelo trabalho). As associações do Terceiro Setor atuam, principalmente, prestando serviços para pessoas carentes que não podem contratar serviços do setor privado (segundo setor). Como o setor público (primeiro setor) não consegue, em nosso país, atender com qualidade todas as pessoas necessitadas, o Terceiro Setor assume um papel de fundamental importância. As associações do Terceiro Setor têm como objetivo principal a melhoria da qualidade de vida das pessoas necessitadas. Portanto, atuam nas áreas de educação, saúde, esportes, lazer, orientação vocacional, qualificação profissional, cultura, entre outros. O Terceiro Setor abrange ações públicas que saem do domínio estatal, e passam a ser encampada por organizações da sociedade civil. É o surgimento da iniciativa privada com fins públicos, com o objetivo de combater grandes problemas do mundo atual, como a pobreza, violência, poluição, analfabetismo, racismo, dentre outros. São instituições com grande potencial de representatividade, podendo ser vistas como legítimas representantes dos interesses da sociedade civil. Dentro das organizações que fazem parte do Terceiro Setor, estão as ONGs (Organizações Não Governamentais), entidades filantrópicas, OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse
  • 4. Público), organizações sem fins lucrativos e outras formas de associações civis sem fins lucrativos. ONG é um acrônimo usado para as organizações não governamentais (sem fins lucrativos), que atuam no terceiro setor da sociedade civil. Estas organizações, de finalidade pública, atuam em diversas áreas, tais como: meio ambiente, combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento sustentável, entre outras. As ONGs possuem funções importantes na sociedade, pois seus serviços chegam em locais e situações em que o Estado é pouco presente. Muitas vezes as ONGs trabalham em parceria com o Estado Filantropia significa humanitarismo, é um sentimento que faz com que os indivíduos ajudem outras pessoa. É um termo é de origem grega, que significa "amor à humanidade". Filantropia é a atitude de ajudar ao próximo, de fazer caridade, seja ela através de donativos, como roupas, comida, dinheiro entre outros. O termo filantropia foi criado por um imperador romano, no ano de 363, pois achava que filantropia era característica de uma de suas atividades, como sinônimo de caridade, com o objetivo de ajudar as pessoas. A filantropia acontece de diversas maneiras, através de donativos para ONGs (Organizações Não-Governamentais), comunidades, pessoas, ou apenas o fato de trabalhar para ajudar os demais, de forma direta ou indiretamente. Organização da Sociedade Civil de Interesse Público ou OSCIP é um título fornecido pelo Ministério da Justiça do Brasil, cuja finalidade é
  • 5. facilitar o aparecimento de parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda. OSCIPs são ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência administrativas. Em contrapartida, podem celebrar com o poder público os chamados termos de parceria, que são uma alternativa interessante aos convênios para ter maior agilidade e razoabilidade em prestar contas. LEI 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999 A Lei que criou a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP – regulamenta as relações entre o Estado e as organizações da Sociedade Civil e surgiu como outra alternativa de atuação legal para o Terceiro Setor. Veio para distinguir o caráter público do caráter privado e também para fortalecer a Sociedade Civil ao introduzir uma nova concepção de esfera pública social. Isto nada mais é do que o reconhecimento do caráter público em organizações não estatais, partindo da ideia de que o público não é monopólio do Estado. É um outro modo de a Sociedade Civil caminhar para sua emancipação, consolidando e legitimando uma nova institucionalidade que a reconheça como sujeito público e como ator social, construindo sistemas de financiamento público sustentáveis para desenvolver suas atividades públicas. As OSCIPs são, fundamentalmente, entidades sem fins lucrativos. Essa nova possibilidade de atuação do Terceiro Setor, que implica em mudança no padrão da relação entre Estado e Sociedade Civil, tem como objetivos: • Ensejar o protagonismo da sociedade civil • Possibilitar parcerias (Termo de Parceria) • Aumentar o estoque do nosso capital social • Induzir e promover um desenvolvimento humano e social sustentável. Também veio no bojo dessa Lei: • a possibilidade de remuneração de seus dirigentes, pondo fim a uma hipocrisia institucionalizada • a criação do Termo de Parceria, pelo qual o Estado pode se associar à Sociedade Civil que tenha finalidade pública • a busca de novas vantagens para as OSCIPs, dando legitimidade a entidades que já atuavam desse modo • a busca de novas formas de financiamento que contemplem as organizações voltadas ao desenvolvimento humano e social sustentável, ou seja, aquelas que tratam da ética, da paz, da cidadania, da democracia e de novos modelos sócio-produtivos, entre outras.
  • 6. II - O Conceito de Cidadania e de Cidadania Corporativa A cidadania nos nossos dias A cidadania é o conjunto de direitos e deveres sociais de um indivíduo em relação à coletividade. O conceito cidadania corporativa engloba a forma como as empresas se relacionam e se encaixam com toda a sociedade, através de parceiros, clientes, funcionários e até diante do governo. Cidadania corporativa baseia-se nas ações de sustentabilidade e responsabilidade social que, combinados, tornam-se ações que beneficiam empresas e a sociedade em geral. Em um mundo cada vez mais violento e desigual, estabelecer quais são as regras de convivência em sociedade é de suma importância para estabelecermos uma nova noção de justiça e igualdade, que garanta um mínimo de bem estar para todos. A cidadania corporativa é um conceito que define um alto padrão de conduta ética da corporação em relação aos dois principais públicos de qualquer organização: funcionários e comunidade. A sua importância está no fato de que o respeito aos direitos sociais, tanto dos funcionários quanto da comunidade, é um forte fator de sucesso para as empresas. Outro aspecto importante da cidadania corporativa é o compromisso de valorizar a diversidade. Em um país com extrema desigualdade social, uma empresa que valoriza a diversidade, que combate a discriminação de todos os tipos e tem um código de ética dá uma valiosa contribuição para o progresso de toda a sociedade. Para planejar um programa de cidadania corporativa, é necessário que a empresa estabeleça um espaço institucional para os funcionários exporem as suas propostas em encontros periódicos. Nessas reuniões, as ações de cidadania corporativa podem ser planejadas com a ferramenta do marketing social, buscando atender às demandas por cidadania, dentro e fora da empresa. Responsabilidade Social Empresarial é a relação ética e transparente da empresa com os públicos com os quais se relaciona, estabelecendo metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade.A cidadania corporativa é um conceito que define um alto padrão de conduta ética da corporação em relação aos dois principais públicos de qualquer organização: funcionários e comunidade. A sua importância está no fato de que o respeito aos direitos humanos, tanto dos funcionários quanto da comunidade, é um forte fator de sucesso para as empresas. Outro aspecto importante da cidadania corporativa é o compromisso de valorizar a diversidade. Em um país com extrema desigualdade social, uma empresa que valoriza a diversidade, combate a discriminação de todos os tipos, tem uma política de salários iguais para cargos iguais e tem um código de ética está contribuindo para um país melhor. O PDCA para um Programade Cidadania Corporativa Efetiva
  • 7. O PDCA é um ciclo desenvolvido por administradores onde os processos administrativos ganham segurança de eficiência e eficácia. Com planejamento(P), execução(D), monitoramento(C), e ação (A) Para planejar um programa de cidadania corporativa, é interessante estabelecer um espaço institucional para os funcionários exporem as suas propostas em reuniões periódicas. Nessas reuniões, as ações de cidadania corporativa podem ser planejadas com a ferramenta do marketing social, buscando atender as demandas por cidadania, dentro e fora da empresa. As reuniões podem ter um critério de cronograma segundo o quadro abaixo: Reunião Setorial Gerencial Análise Crítica Periodicidade Mensal Bimestral Trimestral Quem Participa Líder e liderados Líderes Estratégico e liderança As reuniões estabelecem os planos de ação e os monitoram, controlando as ações de modo a favorecer a melhoria continua do processo. Os líderes devem conhecer os detalhes do programa e verificar com os liderados aspectos que podem prejudicar o andamento do processo (reunião setorial), esse levantamento de dados deve ser discutido com os líderes de setores na empresa, a ideia é estabelecer critérios para resoluções de problemas antes que eles aconteçam (reunião gerencial), as resoluções encontradas para problemas eventuais deve ser analisada e aprovada pela área estratégica da empresa (reunião de análise crítica), estes aspectos fazem com que o programa não sofra deficiência desde o planejamento até sua ação. Implantar um programa de cidadania gera muitas vantagens para a empresa, como: A melhora do clima de trabalho, pois quando o funcionário sente que os seus direitos estão sendo respeitados, tem mais prazer em trabalhar e cria-se um clima de cooperação interna que estimula a criatividade de todos. O fortalecimento da imagem da organização na sociedade, pois é comprovado por pesquisas que os consumidores privilegiam empresas éticas que respeitam os seus funcionários além do exigido pela lei. Atração e retenção de talentos, visto que o cliente interno hoje visualiza o conceito da empresa para a sociedade e como ele está inserido neste conceito. O aumento da automotivação dos funcionários, pois eles se veem como cidadãos quando beneficiam a comunidade externa de forma voluntária. Decorrente do voluntariado, temos a vantagem de estimular à próatividade solidária dos funcionários através da prática do empreendedorismo social, pois este fortalece o espírito de equipe e estimula a solidariedade para com os colegas. Quando o funcionário se torna um empreendedor social, passa a ser referência de cidadão corporativo competente, um líder que agrega seus colegas em prol de um ambiente de trabalho melhor e de resultados.
  • 8. III - Os Principais Conceitos de Responsabilidade Social Segundo o Livro Verde da Comissão Europeia (2001), a responsabilidade social é um conceito segundo o qual, as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. Com base nesse pressuposto, a gestão das empresas não pode, e/ou não deve, ser norteada apenas para o cumprimento de interesses dos proprietários das mesmas, mas também pelos de outros detentores de interesses como, por exemplo, os trabalhadores, as comunidades locais, os clientes, os fornecedores, as autoridades públicas, os concorrentes e a sociedade em geral. Segundo a Norma ABNT NBR 16001:2012, “Responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que: Contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e o bem estar da sociedade; leve em consideração as expectativas das partes interessadas; esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com as normas internacionais de comportamento,e esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações. NOTA 1: Atividades incluem produtos, serviços e processos. NOTA 2: Relações referem-se às atividades da organização dentro do escopo do sistema de gestão da responsabilidade social e da cadeia de valor. NOTA 3: Adaptada da ANBT NBR ISO 26000:2010.” A Responsabilidade Social (RS) necessita da participação de todos da empresa, sem distinção, do nível estratégico ao operacional, mas principalmente da participação da alta direção. Criando um sistema de gestão onde, o conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos, voltados para estabelecer políticas e objetivos, bem como para atingi-los deve estar integrado em toda a organização. As comunicações da organização, tanto internas quanto externas, devem respeitar este preceito. A alta direção da organização deve definir a sua política da RS que deve ser documentada, implementada e mantida, bem como comunicada para todas as pessoas que trabalham para, ou em nome da organização; e deve estar acessível às partes interessadas.A política deve estar apropriada aos objetivos estratégicos à natureza, escala e impactos da organização. Deve assegurar seu compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável e incluir seus comprometimentos com os seguintes princípios da responsabilidade social: Responsabilização (accoutability) : condição de responsabilizar-se por decisões e atividades e de prestar contas destas decisões e atividades aos
  • 9. órgãos de governança, autoridades legais e às partes interessadas da organização; Transparência: fraqueza sobre decisões e atividades que afetam a sociedade, a economia e ao meio ambiente e a disposição de comunicá-las de forma clara, precisa, tempestiva, honesta e completa; Comportamento ético: comportamento que esteja de acordo com os princípios aceitos de uma conduta moral e correta no contexto de uma situação específica e que seja consistente com as normas internacionais de comportamento. Respeito pelos interesses das partes interessadas (Stakeholders): Ouvir, considerar e responder aos interesses das pessoas ou grupos que tenham interesse em qualquer decisão ou atividade da organização ou por ela possam ser afetados. Atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização (cumprimento da lei e outros requisitos) ; Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento: comportamento organizacional socialmente responsável, oriundos do direito internacional consuetudinário, dos princípios geralmente aceitos de leis internacionais e ou de acordos intergovernamentais que sejam universalmente ou praticamente universalmente reconhecidos. Direito aos humanos: Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente, zelando pelo ambiente econômico, social e natural que necessitam. Para que um programa de responsabilidade social seja bem sucedido, a empresa precisa ouvir os seus funcionários e a comunidade. Estabelecer uma relação de diálogo é fundamental para que esses dois públicos sintam que os seus direitos estão sendo respeitados e desejem contribuir para com o sucesso da corporação. Com esse pensamento, responsabilidade social deve ter dois níveis de relacionamento estabelecidos, um nível interno (funcionários) e um nível externo (comunidade). A melhor ideia de analise para começar o programa de responsabilidade social na empresa é a análise de SWOT. Análise S.W.O.T. é um instrumento de gestão utilizado para analisar o ambiente em que se insere uma determinada organização e direcionar seu crescimento. Para tanto, são avaliadas as forças (strengths), as fraquezas (weaknesses), as oportunidades (opportunities) e as ameaças (threats). Com a análise SWOT é possível definir as direções de desenvolvimento da Responsabilidade Social, utilizando novas oportunidades, bem como visualizar as dificuldades da empresa mediante a comunidade e aperfeiçoá-la, promovendo seu crescimento de forma sustentável. I. Pontos Fortes e Pontos Fracos (Análise Interna) O estudo dos pontos fortes e fracos da empresa compreende a análise das diversas áreas que a integram. Pontue todos os setores (administrativo, financeiro, recursos humanos, marketing etc) e analise, em cada um deles, o que apresentam de qualidade e de deficiência, utilize sempre o termo “ponto de melhoria”.
  • 10. Ao analisar os pontos fortes é importante identificar vantagens da sua atividade, capacidade estrutural, forma de organização, alcance, divulgação, público-alvo, relevância social, interesse dos investidores, atualidade, inovação entre outros. Os pontos de melhoria podem ser identificados pela análise das vulnerabilidades, gestão, alcance, organização, profissionalização, legalidade, transparência, meio ambiente, prestação de contas, capacidade de atração de investimentos. Os pontos fortes e fracos também podem ser analisados comparando sua empresa com outras entidades, verificando as melhores práticas para cada um dos segmentos da sua organização. II. Oportunidades e Ameaças (Análise Externa) Para avaliar as oportunidades e as ameaças de seu projeto, é importante avaliar o ambiente externo, notadamente os aspectos: econômico, o natural (recursos naturais), social, político, legal e tecnológico. Para tanto, é necessário ponderar: 1) Como está o ambiente econômico: que tipos de investidores serão atraídos? Qual a condição de investimento? A curto e médio prazo, qual a estabilidade deles para a manutenção do investimento? Os produtos e serviços fornecidos por sua empresa serão consumidos por quem? Qual o custo? Há interesse do mercado no consumo? 2) Como está o ambiente natural: sua organização fará uso de recursos naturais e de que tipo? Qual o custo destes recursos e qual a disponibilidade deles? Quais recursos serão repostos ao ambiente? Qual o impacto da sua entidade no ambiente? Que tipo de lixo será produzido? O que será feito com o lixo produzido? 3) Como está o ambiente social: qual público será imediatamente beneficiado por sua empresa? Qual a necessidade deste público? O que a organização proporcionará a ele? Como serão atingidos pela entidade? Quais as crenças, valores e comportamentos deste público? O que dizem as estatísticas sobre o público beneficiado? 4) Como está o ambiente político e legal: sua organização segue as leis vigentes? Está regularmente constituída e representada? Os produtos e serviços fornecidos respeitam as especificações técnicas? As relações trabalhistas são formalizadas? Como está a situação fiscal da sua entidade? Sua entidade tem alvará de funcionamento? Existe algum projeto de lei que pode interferir diretamente nas ações de sua empresa? 5) Como está o ambiente tecnológico: sua organização utiliza quais tipos de mídia? De que forma a tecnologia está presente na sua organização? Quais os meios explorados e quais ainda não foram usados?
  • 11. Com a análise estabelecida, chegou a hora de compor as ações para melhoria dos pontos fortes e oportunidades encontradas e correção e prevenção dos pontos fracos e ameaças. Após levantar os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, responda às seguintes perguntas: 1) Quais as oportunidades podem ser aproveitadas por minha empresa, se utilizar meus pontos fortes? 2) Quais ameaças a organização pode neutralizar com os pontos fortes destacados? 3) Quais pontos fracos posso corrigir? As melhores práticas de outras organizações podem me auxiliar neste processo? 4) Quais ameaças podem prejudicar a empresa, juntamente com os pontos fracos constatados? As respostas a estas questões, concretam ações que farão parte do programa de Responsabilidade Social da empresa.
  • 12. IV - A Importância da Gestão Social Gestão Social é o processo de gerência e administração de responsabilidade social. Baseia-se num fluxo contínuo, organizado e sistematizado de informações entre os diversos setores e níveis de atuação. Assim, todos os atores intervenientes nas ações mantêm-se informados a respeito dos objetivos, realizações, êxitos e fracassos do projeto, criando a política que irá definir os métodos utilizados para responsabilidade social. A política da responsabilidade social deve incluir o comprometimento da alta direção com a melhoria contínua e com a prevenção de impactos adversos. Deve fornecer a estrutura para o estabelecimento e a revisão dos objetivos e metas da responsabilidade social. A gestão social deve considerar os seguintes temas centrais: 1. Governança organizacional, sistema pelo qual as empresas são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas/ Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de Governança organizacional têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade; 2. Direitos humanos, que respondem as necessidades das pessoas, dos grupos e sociedades e garantindo e promovendo o exercício da dignidade; 3. Meio ambiente, ligado diretamente ao ambiente de trabalho, ou seja, o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais, sejam remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometem a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independentemente da condição que ostentem (homens ou mulheres, maiores ou menores de idade, celetistas, servidores públicos, autônomos, entre outros.); 4. Práticas leais de operação, a conduta ética nas atividades da organização, onde os valores da empresas são evidenciados na prática diária, nos processos da empresa; 5. Questões relativas ao consumidor, ou seja, respeito as necessidades dos clientes, valorizando a marca no mercado atual, baseado no conceito do seu produto ou serviço aos consumidores. 6. Envolvimento e desenvolvimento da comunidade, foco da responsabilidade social, visto que a empresa é um modificador de ambiente em que ela está inserida. A gestão social deverealizar uma duedilligence, processo de investigação e auditoria nas informações de empresas fundamental para confirmar os dados disponibilizados aos potenciais compradores ou investidores, visando prevenir, evitar e mitigar os impactos negativos significativos, reais e potenciais das suas decisões e atividades no meio ambiente, economia, sociedade e partes interessadas e deve avaliar a significância destes impactos.
  • 13. É compromisso da gestão social, identificar oportunidades de melhoria e inovação (ao avaliar a pertinência e significância das questões da RS a organização deve considerar as oportunidades de reforçar as ações em curso relativas à RS e identificar oportunidades de melhoria). A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas que sejam compatíveis com a política da RS e com os resultados da duediligence. Exemplode governança sustentável,duediligence
  • 14. V - Primeiros Passos de Responsabilidade Social Empresarial – Metodologia Ethos O Instituto Ethos é uma organização sem fins lucrativos que busca disseminar ferramentas de gestão e práticas responsáveis. Por meio de projetos, como o Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios, o instituto trata de assuntos como direitos humanos, cidadania e meio ambiente. O Movimento Empresarial pela Biodiversidade pretende promover a mobilização do setor empresarial para assumir compromissos e pressionar por regulamentações internas e externas sobre o uso da biodiversidade brasileira. Também atuando junto dos empresários, o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, lançado em 2005, reúne empresas brasileiras e multinacionais que assumiram o compromisso de não negociar com quem explora o trabalho escravo. O Instituto Ethos desenvolveu indicadores de RS que são referência para as empresas e servem como ferramentas de incorporação na gestão dos conceitos e compromissos com o desenvolvimento sustentável. O projeto tem como base as seguintes diretrizes: Gestão transparente, por meio de mecanismo estruturado de governança corporativa; Alinhar os indicadores as tendências e iniciativas nacionais e internacionais na gestão; Integrar as principais ferramentas de gestão, metodologias e iniciativas em RS e sustentabilidade desenvolvidas por outras organizações; Aplicar a linguagem Global ReportingIniciative, de modo a concretizar essa integração; Manter-se atualizado às mais recentes discussões em RS, para sugerir práticas que tratem dessas questões. A prática de diálogo e engajamento da empresa com todos os ligados a ela, a partir de um relacionamento ético e transparenteé o passo de RS na empresa. Por mais que a implementaçãodessas sejam um grande desafio para as empresas, os resultados são significativos para a gestão. públicos primeiro práticas sempre O sistema de Indicadores Ethos permite que as organizações que quiserem acompanhar a gestão da RS de seus fornecedores e clientes possam ter acesso as informações geradas por eles, desde que obtenham seu consentimento. Essa iniciativa visa estimular e facilitar os processos de gestão socialmente responsável nas cadeias de valor das empresas que esperam ampliar os resultados de suas ações por meio de seus fornecedores e clientes. O sistema permite apontar prioridades, estabelecer metas e iniciativas conjuntas, facilitar o acompanhamento das ações por meio de avaliações periódicas e possibilitar que a empresa e a sua cadeia de valor evoluam juntos para a sustentabilidade.
  • 15. O temas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. questionário dos indicadores Ethos está baseado nos seguintes Valores, transparência e governança; Público interno; Meio ambiente; Fornecedores; Consumidores e clientes; Comunidade; Governo e sociedade A finalidade é explorar em diferentes perspectivas como a empresa pode melhorar seu desempenho naquele aspecto, pois cada indicador é formado por uma questão de profundidade, questões binárias e questões quantitativas. Questão de Profundidade (ou Indicador de Profundidade): permite avaliar o estágio atual da gestão da empresa em relação a determinada prática. É representado por quatro quadros contíguos, que apresentam estágios dessa prática, cujo nível de desempenho evolui do primeiro até o quarto, permitindo à empresa situar-se facilmente na escala. Apenas um dos quatro estágios pode ser escolhido, devendo-se optar por aquele que mais se aproxima da realidade da empresa. Nessa avaliação, é preciso considerar que a escolha de um estágio pressupõe o cumprimento do nível anterior. Na hipótese de nenhuma das opções corresponder à realidade da empresa, deve-se assinalar um dos seguintes motivos: “Não havíamos tratado antes desse assunto” ou “Não vemos aplicação disso em nossa empresa”. Assinalando a segunda opção, a empresa deve apresentar uma justificativa no espaço reservado para comentários. Se optar por uma dessas alternativas, as questões adicionais correspondentes serão automaticamente consideradas como não aplicáveis. Questões Binárias (ou Indicadores Binários): é composto de questões binárias (sim ou não), que qualificam a resposta escolhida no indicador de profundidade. Contêm elementos de validação e aprofundamento dos aspectos ou estágio de responsabilidade social identificados pela empresa e ajudam a entender quais práticas devem ser incorporadas à gestão dos negócios. Esses indicadores devem ser obrigatoriamente preenchidos, exceto nos casos em que o assunto do indicador de profundidade correspondente não foi tratado antes pela empresa ou não é aplicável à sua realidade.
  • 16. Questões Quantitativas (ou Indicadores Quantitativos): propõe o levantamento sistemático de determinados dados, que podem ser avaliados segundo séries anuais e cruzados com outros. Nem todos os indicadores apresentam dados quantitativos. No entanto, os que existem devem ser levantados precisamente, pois serão úteis, sobretudo no monitoramento interno da empresa. Está disponível no site dos Indicadores Ethos, em www.ethos.org.br/indicadores, um glossário de conceitos e definições dos termos mais relevantes para a compreensão das questões apresentadas em cada indicador, facilitando assim o preenchimento do questionário.
  • 17. VI -Principais Itens a Serem Considerados no Desenvolvimento de um Projeto Social Numa época em que os recursos públicos destinados à área social escasseiame as demandas, em contrapartida, aumentam, a exigência por uma gestão“eficaz, eficiente e efetiva” dos projetos e programas sociais é categórica.No entanto, é necessário o desenvolvimento de uma cultura voltadapara a elaboração, o monitoramento e a avaliação, que compreenda taisprocessos não apenas como etapas subsequentes destinadas à definiçãodas metas, acompanhamento do cronograma e do fluxo de caixa e checagemdos resultados, com vistas à captação de recursos e posterior prestação decontas junto aos financiadores, mas sim como “práticas adequadas ao aperfeiçoamentodo processo de tomada de decisão na gestão dos projetos”,em especial na área social. Como todo projeto é necessário primeiramente a definição do escopo, dos limites que o projeto social terá que estabelecer. Para o enfrentamento das questões sociais precisamos mais do que vontadede acertar. A competência técnica para propor, conduzir e avaliar intervençõesno campo social deve ser buscada, seja através da capacitação dosexecutores, seja por meio da contratação de consultoria externa ou da cooperaçãotécnica de especialistas. Isto não implica, contudo, na construçãode alternativas ambiciosas ou complexas aos problemas sociais em foco.Muitas vezes as soluções simples e originais são mais realistas e adequadas. Projetar significa planejar algo que se pretende realizar no futuro, sendoque um projeto distingue-se de outras formas de planejamento – como oplanejamento estratégico de uma instituição ou uma simples programaçãode atividades rotineiras – por ser fechado, isto é,tem começo, meio e fim previsíveis e programados. Projetar socialmente, significa então, planejar etapas consolidadas de inicio, andamento e fim desse projeto, as ações envolvidas serão acompanhadas de forma direta com aprovações das fases e replanejamento das ações seguintes, sempre seguindo o ciclo do PDCA.
  • 18. Os itens principais que encadeam um projeto social segundo Carla Cabrera, são os seguintes:
  • 19. 1. Identificação e descrição da organização proponente - Apresenta os dados gerais da instituição, como CNPJ, endereço, telefones, site e também um breve histórico da organização, sua missão e principais iniciativas. 2. Identificação dos responsáveis pelo projeto - Traz nomes, cargos e contatos das pessoas responsáveis pelo projeto. 3. Título - Inclui o nome curto do projeto, que expressa sua finalidade e forma de atuação. 4. Justificativa - Discute o contexto social em que se inserem a organização e o projeto proposto. Serve para mostrar por que é necessário e prioritário fazer a intervenção proposta pelo projeto. 5. Público-alvo - Descreve quantos e quem são os beneficiados diretos e indiretos do projeto. 6. Objetivo Geral - É a razão de ser do projeto. Responde de forma clara e objetiva à questão: “para quem se destina esse projeto e o que ele pretende transformar?”. Este objetivo está diretamente relacionado à justificativa e é genérico. Ele não pode ser assegurado somente pelo sucesso do projeto; depende de outras ações e variáveis. Portanto, expressa o que se quer alcançar em longo prazo, ultrapassando inclusive o tempo de duração do projeto. 7. Objetivos Específicos - Explica como estarão o público-alvo e o contexto social depois de suas necessidades serem atendidas. Cada objetivo específico retrata uma única mudança na vida do público-alvo. Um objetivo específico é mensurável, atingível num tempo limitado, relacionado às necessidades do público-alvo. 8. Plano de ações - Mostra o que será feito para que os objetivos específicos se transformem em realidade. 9. Parcerias - Relata se o projeto conta com alianças com o setor público, com a iniciativa privada e/ou com organizações da sociedade civil organizada. Também apresenta o tipo de parceria estabelecida e o papel de cada ator.
  • 20. 10. Avaliação - Apresenta os procedimentos e métodos que serão usados para saber se as atividades estão sendo executadas, consumindo os recursos previstos, e se os objetivos propostos estão sendo atingidos. 11. Cronograma - É a representação gráfica do tempo das ações e das atividades planejadas. Responde quando ocorrerão as atividade previstas no plano de ação durante o período estabelecido para o projeto. 12. Orçamento - Detalha todos os recursos materiais, financeiros e humanos envolvidos no projeto. Pode ser feito mostrando as despesas por tipo ou rubricas tais como, recursos humanos, equipamentos etc. Também podem ser apresentadas por meio de um cronograma físico financeiro que mostra quando as despesas serão efetivadas ao longo do projeto. 13. Equipe - Descreve o grupo de pessoas envolvido no projeto e qual será o papel de cada um. 14. Sustentabilidade - Pontua as estratégias e os desdobramentos que viabilizarão a continuidade do projeto e de seus resultados.
  • 21. VII - Principais Certificações A certificação é o reconhecimento por um órgão externo da realização e prática de uma organização, ou seja, é o reconhecimento de um sistema de gestão que funciona segundo os critérios estabelecidos pela própria organização, pela Norma vinculada a certificação, pelas leis e pelas necessidades dos clientes. Para as certificações voltadas a cidadania e Responsabilidade social são: PNQ – Prêmio Nacional da Qualidade - é uma premiação entregue pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), entidade privada e sem fins lucrativos, às organizações sediadas no Brasil pela excelência de sua gestão. Objetivos:Garantirqueaorganizaçãotenhaastécnicasmaisatualizadasebe msucedidasdeadministração;Estimularaexcelênciadodesempenhoeaamplatrocad einformaçõessobremétodosesistemasdegestãoquealcançaramsucessoesobreo sbenefíciosdecorrentesdautilizaçãodessasestratégias. Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial: Os critérios de excelência do PNQ podem ser adotados indiscriminadamente por todo e qualquer tipo de organização, independentemente do porte ou do setor de atividadeeconômica. PSQT – Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho - é uma premiação entregue pelo ServiçoSocial da Indústria (SESI) às indústrias sediadas no Brasil pela excelência de sua política interna. Reconhece publicamente as indústrias nacionais cujas práticas de gestão para com o público interno – os funcionários – são consideradas de excelência, colaborando para o exercício da responsabilidade social do setor. Objetivos:O Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho foi criado para estimular as empresas brasileiras a adotarem políticas e medidas que assegurem em: A responsabilidade social empresarial da indústria brasileira; O exercício da ética e da transparência nas relações de trabalho; O exercício da ética e da transparência nas relações de trabalho; O exercício da ética e da transparência nas relações de trabalho; PotencialidadedeaplicaçãonaResponsabilidadeSocialEmpresarial:A premiação“éumreconhecimentopúblicoàsempresasindustriaispor suas práticas degestãoevalorizaçãodosseuscolaboradores,umadaspartesinteressadasnoseus ucesso”.Dessaforma,pretendeseque,aoassumirpolíticasecompromissossocialmenteresponsáveis,sejapossível gerarvantagenscompetitivaseresultadosfavoráveispara os negócios da empresa.
  • 22. Normas ISO – International Standardization Organization ISO 9000 - As NBR ISO 90001asseguram ao cliente a garantia da qualidade pela conformidade. Para a empresa, garante a certificação ao seu processo da qualidade. A série ISO 9000 é composta por um conjunto de normas – NBR ISO 9000, 9001, 9002, 9003 e 9004, que contêm elementos relevantes para os sistemas de gestão da qualidade total e visam à avaliação dos sistemas de qualidade dos fornecedores, em benefício do cliente e do mercado (ABNT, 1995; apud GADELHA, 2002). Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial:AsérieISO9000éumconjuntodenormasqueestabelecediretrizespar aofuncionamento,agarantiadecontroleeacomprovaçãodaeficáciadossistemasda qualidadeadotadospelasempresas,masnãogarantequeoprodutofabricadoatenda arequisitosespecíficos de norma ou regulamento técnico. Assim sendo, as normas da série ISO 9000 não tratam diretamente da qualidade de produtos; elas asseguram a estabilidadedo seu processo de produção e sua repetição em grandes escalas. ISO 14000 - A elaboração da série ISO 14000 teve por base as normas britânicasBS7750 – Specification for Environmental Management Systems (Especificação para Sistema de Gestão Ambiental), constituindo-se em um sistema de normas ambientais utilizado no mundo inteiro.Para estar em conformidade com o padrão ISO 14001, as organizações devem desenvolver uma política ambiental, um sistema de gerenciamento, uma avaliação dos aspectos ambientais, obrigações legais e voluntárias, além de promover auditorias internas periódicas e relatórios para a alta gerência. Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial:A certificação ISO 14000 possibilitou atingir uma massa crítica de organizações ao redor do mundo, sendo implementada em cerca de 37 mil unidades empresariais em 112 países desde que foi publicada, no final de 2001 (ETHOS, 2004). Essa expansão dá-se namedida em que empresas certificadas podem exigir que seus fornecedores também o sejam, facilitando a disseminação das regras de conduta e proteção ambiental.Diante disso, as organizações empresariais investem cada vez mais em projetos que visam conjugar otimização dos processos de produção industrial com desenvolvimento sustentável, no intuito de atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atender às suas próprias necessidades. BS 8800 – British Standards 8800 - A British Standards, o órgão britânico encarregado de elaborar as normas técnicas aplicadas naquele país, elaborou a BS 88003, que é uma norma que discorre sobre os elementos aos
  • 23. quais uma empresa deve se ater no desenvolvimento do seu sistema de gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho (SST). Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial:A BS 8800 é entendida como um guia de diretrizes, bastante genérico, que se aplica tanto a indústrias complexas, de grande porte e altos riscos, como a organizações de pequeno porte e baixos riscos. Seus pontos chaves visam minimizar os riscos para os trabalhadores e outros, melhoram o desempenho nos negóciosestabelecem uma imagem responsável das organizações perante o mercado e a sociedade em geral, mas não em termos sociais. OHSAS 18001, que significa Occupational Health andSafetyAssessment Series, é uma norma para sistemas de gestão da segurança e da saúde no trabalho (Segurança e Saúde no Trabalho). A certificação por essa norma garante o compromisso da empresa com a melhoria contínua de seu desempenho em saúde ocupacional e segurança de seus funcionários. Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial:Seporumladoaadoçãodesistemasindividuaisdegestãocomo ISO 9000(qualidadedoproduto), ISO 14000 (gestão ambiental) e OHSAS 18001 (saúde e segurança no trabalho) é um ato que também é de responsabilidadesocial, a integração desses sistemas é mais uma validação da responsabilidade de uma organização para com o social. SA 8000 – Social Accountability 8000 - é uma normatização em vigor desde 1997, desenvolvida pela SAI (Social AccountabilityInternational), organização não governamental sediada nos EUA, que certifica empresas nos rigorosos moldes da ISO 9000. A SA 8000 estabelece como critério uma série de itens relacionados com a Declaração Universal dos Direitos do Homem,acordos de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, resoluções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), além de se basear na legislação do país onde a empresa estiver estabelecida. Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial:A SA 8000 difere dos demais códigos de conduta e cartas de intenção por ser uma norma que pretende assegurar a integração dos temas sociais a todos os aspectos da política empresarial, bem como ao cotidiano das operações. Sua maior vantagem está no fato de ser um padrão tanto de desempenho quanto de processoA obtenção e a garantia da certificação implicam que a empresa invista em um contínuo esforço de cumprimento das normas.Ela foi criada com o objetivo de serauditável e certificável, contendo em seus critérios requisitos de conformidade com leis nacionais e requisitos subscritos pela empresa. ABNT NBR 16001:2004 – Responsabilidade gestão -A Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 160017, que visa estabelecer requisitos mínimos de gestão da responsabilidade social. Segundo o Social – Sistema de (ABNT) criou a norma relativos a um sistema Instituto Nacional de
  • 24. Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – (Inmetro), o Brasil é o primeiro país no mundo a desenvolver uma norma em seu sistema oficial dedicada à responsabilidade social. O desenvolvimento da norma brasileira em Responsabilidade Social Empresarial contou com a participação e a contribuição de diversas entidades representativas do assunto. A ABNT coordenou o processo de elaboração do texto da norma (responsabilidade social – sistema de gestão – requisitos) e contou com a colaboração de diversas instituições públicas e privadas. Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial:A norma brasileira da gestão em Responsabilidade Social Empresarial da ABNT estabelece metas e objetivos gerais e específicos de desenvolvimento ambiental, econômico e social a serem atingidos por meio da adoção de uma política de responsabilidade social e de resultados mensuráveis da gestão de uma organização nos seus aspectos de responsabilidade social.A NBR 16001 utiliza o conceito de que a responsabilidade social está associada à concepção de desenvolvimento sustentável e reflete nas suas três dimensões: econômica, ambiental e social. A norma permite a formulação e a implantação de políticas e objetivos que abrangem exigências legais, compromissos éticos, transparência, cidadania e desenvolvimento sustentável das atividades de uma organização.
  • 25. VIII - As Metas do Milênio Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo – que devem ser atingidos por todos os países até 2015.Todos os 191 Estados-Membros das Nações Unidas assumiram o compromisso de:Erradicar a extrema pobreza e a fome; Atingir o ensino básico universal; Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde materna; Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças; Garantir a sustentabilidade ambiental; Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento. Por mais que muitos países estejam longe de cumprir os oito Objetivos do Milênio, conhecidos como ODM, principalmente no que se refere ao combate à fome e à pobreza extrema, o estabelecimento de novas metas a partir de 2015 só será feito quando os parâmetros iniciais tiverem sido cumpridos. Foi criado o Prêmio Brasil ODM, que tem como objetivos incentivar e dar visibilidade a práticas que contribuam a consecução dos Objetivos, reconhecer publicamente os esforços em favor dos ODM e desenvolver um banco de boas práticas que sirva como referência de política pública para a sociedade e para o Estado. A iniciativa brasileira inspirou a criação pelas Nações Unidas do Prêmio Internacional sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O Prêmio ODM Brasil foi criado pelo Governo Federal em 2004 e é coordenado pela Secretaria Geral da Presidência da República em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade – Nós Podemos. Surgiu para incentivar, valorizar e dar visibilidade a práticas de prefeituras e organizações da sociedade civil que contribuam para o alcance dos ODM.
  • 26. Os primeiros levantamentos acerca dos resultados da Declaração foram desanimadores. Em algumas regiões, como a África Meridional (ao sul do deserto do Saara), houve retrocesso. Em 46 países as pessoas são mais pobres hoje do que há uma década. Em 25 existem mais famélicos.O desenvolvimento sustentável requer muita inovação, ciência e tecnologia. As abordagens até agora discutidas falam muito pouco em inovação e adotam um modelo de economia velho. É mais ou menos como se tudo que tivéssemos a fazer fosse reformar a economia, como fazemos com um prédio velho, para torna-la sustentável. Os dados foram discutidos e analisados na Rio+20 e um conjunto de metas, com indicadores para o desenvolvimento sustentável global que possam ir além do produto interno bruto (PIB) foram estabelecidos com a RIO+20. Tais metas seriam inspiradas nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, adotadas pela ONU em 2000, com indicadores sociais objetivos, nas áreas de educação, saúde e alimentação, que possam levar à redução da fome e da miséria, as metas seriam um compromisso político, igual para todos os países e não seriam usadas para punir quem não as cumpre, mas como incentivo à sustentabilidade. As metas também não substituiriam os acordos internacionais para redução de emissão de gases causadores de efeito estufa e de combate às mudanças climáticas. Com base em estatísticas oficiais da ONU, o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2013 mostra que as ações conjuntas dos governos nacionais, da comunidade internacional, da sociedade civil e do setor privadoestão tornando realidade o cumprimento dos ODM.O Relatório afirma que uma conclusão bem-sucedida para os ODM será um importante alicerce para uma agenda de desenvolvimento posterior, e que o volume de experiências e lições aprendidas com os ODM irão beneficiar as perspectivas de progresso contínuo.
  • 27. IX - O Pacto Global É uma iniciativa proposta pela ONU para encorajar empresas a adotar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade. Sendo uma iniciativa planejada para empresas comprometidas em alinhar suas operações e estratégias com os dez princípios universalmente aceitosnas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Assim, as corporações, que são os principais agentes da globalização, podem ajudar a garantir que organizações de mercado, comércio, tecnologia e finanças progridam de maneira a beneficiar as economias e sociedades em todos os lugares. Esse pacto pretende promover um diálogo entre empresas, organizações das Nações Unidas, sindicatos, organizações nãogovernamentais e demais parceiros, para o desenvolvimento de um mercado global mais inclusivo e sustentável, a ideia é conseguir dar uma dimensão social a globalização. O Pacto Global tem dois objetivos complementares: integrar os dez princípios nas atividades empresariais ao redor do mundo; catalisar ações em apoio aos mais amplos objetivos de desenvolvimento da ONU, incluindo, por exemplo, as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDMs). Para o atingimento desses objetivos, o Pacto Global oferece às empresas participantes a oportunidade de melhorar suas práticas por meio de vários mecanismos: colaboração, aprendizagem, Redes Locais e parcerias. Participar do Pacto Global é assumir um compromisso amplamente visível de implementação, divulgação e promoção dos Dez Princípios universais. A expectativa é que cada empresa afiliada ao Pacto Global:
  • 28. 1. faça do Pacto Global e de seus princípios parte integrante da sua estratégia empresarial, operações do dia-a-dia e sua cultura organizacional; 2. inclua o Pacto Global e incorpore os seus princípios nos processos de decisão do corpo diretivo da empresa (exemplo: conselho diretor, etc.); 3. tome medidas em apoio às questões e objetivos mais amplos da ONU ("refere-se a uma série de questões globais - baseados nos mais intensos e frequentes desafios globais - incluindo Paz & Segurança; as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDMs); Direitos Humanos; Direitos da Criança; Igualdade dos Sexos, Saúde, Educação, Assistência Humanitária; Migração; Segurança Alimentar, Ecossistemas e Biodiversidade Sustentável; Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas; Segurança da Água e Saneamento; Emprego e Condição de Trabalho Decente e combate à corrupção''); 4. inclua em seu relatório anual (ou em outro documento público comparável, como, por exemplo, um relatório de sustentabilidade) uma descrição de como a empresa vem adotando os princípios e apoiando as questões e objetivos mais amplos da ONU (esse documento é chamado também de Comunicação de Progresso – COP – “Communication onProgress”); e 5. divulgue o Pacto Global e defenda a causa em favor de práticas corporativas responsáveis por meio da promoção e divulgação ativa entre seus colegas, parceiros, clientes, consumidores e público em geral. O Pacto Global é uma iniciativa voluntária direcionada principalmente a empresas, mas também busca alcançar uma gama de outras organizações, tais como associações empresariais e organizações não governamentais. Para participar, a organização interessada deverá: 1. revisar as instruções de preenchimento do formulário de inscrição online (Online ApplicationGuideline); 2. enviar uma “Carta de Compromisso” assinada pelo diretor executivo da empresa (e endossada pelo conselho, se for o caso) endereçada ao Secretário-geral das Nações Unidas, expressando o compromisso com: (i) apoio ao Pacto Global e seus Dez Princípios, (ii) engajamento em parcerias para promover as questões e objetivos mais amplos da ONU e (iii) comprometer-se em submeter anualmente o relatório Comunicação de Progresso (COP); 3. Preencher o formulário de inscrição online e postar uma cópia digital assinada da “Carta de Compromisso” do diretor executivo. O nome do executivo que assinou a “Carta de Compromisso” deve corresponder àquele que consta no formulário de inscrição online. O formulário de inscrição online e o modelo da “Carta de Compromisso” podem ser encontrados na sessão “HowtoParticipate” no portal do Pacto Global da ONU.Quando da adesão ao Pacto Global da ONU, as empresas devem fazer, anualmente, uma contribuição regular, a fim de apoiar o trabalho do Escritório do Pacto Global da ONU.
  • 29. X - O Balanço Social O balanço social é um demonstrativo publicado anualmente pela empresa reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. É também um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o exercício da responsabilidade social corporativa. O Balanço Social se constitui uma consequência das pressões sociais realizadas pela sociedade às empresas materializando a transparência das ações sócioambientais e econômicas realizadas por essas instituições, isto é um instrumento evidenciador da responsabilidade social corporativa. Esse demonstrativo também é empregado como ferramenta gerencial por evidenciar informações sobre políticas administrativas contribuindo no controle e ajuda do processo decisório e de determinação de estratégias. O balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa. Aos dirigentes fornece informações úteis à tomada de decisões relativas aos programas sociais que a empresa desenvolve. Seu processo de realização estimula a participação dos funcionários e funcionárias na escolha das ações e projetos sociais, gerando um grau mais elevado de comunicação interna e integração nas relações entre dirigentes e o corpo funcional.Aos fornecedores e investidores, informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza, o que é um bom indicador da forma como a empresa é administrada.Para os consumidores, dá uma idéia de qual é a postura dos dirigentes e a qualidade do produto ou serviço oferecido, demonstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca. E ao Estado, ajuda na identificação e na formulação de políticas públicas. Enfim, como dizia Betinho: "o balanço social não tem donos, só beneficiários". A procedência da palavra balanço provém do latim bilancis e significa hidois; lancis = prato, ou seja, dá a idéia de balança, o que nos remete a noção de equilíbrio entre grandezas. Por isso, o termo Balanço Social, no sentido conceitual, é considerado como inadequado por estudiosos contábeis, já que esse demonstrativo corresponde a um relatório de evidenciação das ações sociais corporativas. O Balanço social, também denominado Relatório de Sustentabilidade ou Relatório da Responsabilidade Social, é um produto da Contabilidade Social publicado anualmente pela empresa que procura demonstrar aos interessados um conjunto de informações relacionadas aos projetos ambientais e ações sociais.Portanto, o Balanço Social, na qualidade de ferramenta gerencial fornece à empresa informações valiosas para tomada de decisão e adoção de estratégias. O Balanço Social tem como o principal objetivo mostrar à sociedade a atuação socialmente responsável da empresa, uma vez que, as ações desenvolvidas em prol da melhoria da sociedade e do meio ambiente ajudam
  • 30. instigar a valorização da cidadania corporativa acarretando no estreitamento da relação da empresa/sociedade. Algumas iniciativas de se lançar a ideia e a prática da realização do balanço social e de estímulo à responsabilidade social das empresas vêm acontecendo nos últimos anos. Porém, mais do que nunca, precisam continuar, ser ampliadas e incentivadas. A parceria entre empresas, governo e sociedade é fundamental para reduzir a pobreza e a injustiça social, promovendo um maior progresso e desenvolvimento social e humano. Contudo, muito ainda precisa ser estudado, pesquisado, e realizado na prática para que esta ideia possa, de fato, gerar frutos concretos para toda sociedade.