O documento discute a reprodução humana, explicando que ocorre através da reprodução sexuada envolvendo dois indivíduos de sexos opostos. Descreve os processos de puberdade e como levam ao desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e capacidade reprodutiva. Também aborda a formação dos gâmetas masculinos (espermatozoides) e femininos (ovócitos).
2. Reprodução: processo em que os seres vivos originam outros seres
semelhantes, assegurando assim a continuidade da espécie.
Como conseguimos garantir a continuidade da vida?
3. Na espécie humana:
Reprodução sexuada
Estão envolvidos dois indivíduos de sexos distintos
Ocorre a união de duas células sexuais (gâmetas)
Dimorfismo sexual
Existem dois sexos distintos, o masculino e o feminino, cada um deles
portador de um sistema reprodutor (onde são produzidos os gâmetas) com uma
morfologia e fisiologia diferentes.
4. “A transmissão da vida acontece na
reprodução, que é uma dimensão da
sexualidade.”
5. O que é a sexualidade?
“A OMS define sexualidade como um aspecto central do ser humano,
que o acompanha toda a vida e que envolve sexo, identidade, papéis
de género, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e
reprodução. A sexualidade é vivida e expressa em pensamentos,
fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos,
práticas, papéis e relações humanas.”
6. O que é a sexualidade?
A sexualidade humana engloba várias dimensões:
Dimensão biológica;
Dimensão psicológica;
Dimensão sociocultural.
7. Durante a infância…
Só é possível distinguir facilmente um rapaz de uma rapariga através dos
órgãos sexuais externos (à nascença).
Caracteres sexuais primários
Pénis e escroto (meninos)
Vulva (meninas)
8. Na puberdade…
A partir de certa idade (9-13 anos), inicia-se um conjunto de
transformações profundas que constituem a fase da puberdade, que
marca o início da adolescência.
Caracterizada por transformações físicas,
psicológicas e sociais.
…
9. Na puberdade…
A puberdade é caracterizada por um conjunto de transformações
profundas na morfologia, na fisiologia e mesmo no comportamento.
Caracteres sexuais secundários
11. Transformações físicas
• A forma do corpo começa a mudar:
- a cintura fica mais fina;
- os ossos da bacia alargam-se;
- os seios (mamas) crescem.
• Crescem os pêlos das axilas e da região púbica
• Os órgãos genitais também mudam:
- a vagina fica com a parede mais espessa;
- o útero aumenta de tamanho.
• Dá-se a primeira menstruação ("menarca")
13. Transformações físicas
- Crescem os pêlos do rosto, das axilas e da
região púbica;
- A laringe desenvolve-se e a voz muda;
- Os ombros alargam e aumenta a massa
muscular;
- Dá-se o crescimento dos testículos e do pénis;
- Surgem as primeiras ejaculações.
15. Na puberdade…
• Início das transformações físicas
Desenvolvimento sexual
Início da capacidade reprodutiva
16. Ciclo de Vida Humano
[...] Afinal, continuas a crescer e, como tudo na vida, a adolescência também
passa, é uma fase. Uma fase entre ser criança e ser adulto, onde por vezes
parece que vos tratam como crianças mas exigem de vós comportamentos de
adulto... vais ver que passa... conversa sobre ela, é fácil e ajuda... crescer
também tem destas coisas!
http://www.juventude.gov.pt (adaptado)
17. Analisa a seguinte informação. Responde, depois, às questões que se seguem.
O aparecimento da puberdade antes dos 9 anos nos rapazes e antes dos 8 anos nas raparigas designa-
se “precoce” ou “prematuro”. Este fenómeno deve-se à produção antecipada de hormonas sexuais e é 4
vezes mais frequente nas raparigas, relativamente aos rapazes. O aparecimento de sinais prematuros
de puberdade deve ser sempre acompanhado por um médico.
1. Define puberdade.
2. Indica o tempo de duração médio da puberdade.
3. Identifica dois dos caracteres sexuais secundários:
3.1. das raparigas;
3.2. dos rapazes.
4. Refere quando se considera que a puberdade é precoce.
5. Menciona a razão da ocorrência da puberdade precoce.
6.Durante a puberdade surgem, por vezes, conflitos entre os jovens e as pessoas que os
rodeiam. Enumera algumas causas desses conflitos.
20. Morfologia interna do Pénis
Uretra Corpo esponjoso
Corpos cavernosos
(tecido eréctil)
Glande
(prolongamento do
corpo esponjoso)
Glande Corpos
cavernosos
Corpo
esponjoso
21. Importância da higiene
Esmegma - acumulação de secreções entre o prepúcio e a glande.
Prepúcio
Pénis não circuncidado Pénis circuncidado
Morfologia externa do Pénis
23. 1- Testículos
2- Epidídimo
3- Canal deferente
4- Uretra
5- Vesículas seminais
6- Próstata
7- Pénis
Faz a legenda do sistema reprodutor masculino:
24. Cabeça
(contém o núcleo
com a informação
genética )
Segmento intermédio
(responsável pela produção de
energia que permite a mobilidade)
Cauda
(permite a mobilidade)
Gâmetas masculinos
- Espermatozoides-
25. Testículos e produção de espermatozoides
Canal Deferente
Epidídimo
Tubo
seminífero
Células
produtoras de
testosterona
Escroto
Células
germinativas
Testículo
Epidídimo
Espermatozoides
26. As células germinativas vão
passando por várias fases de
desenvolvimento até se
formarem os espermatozoides
ESPERMATOGÉNESE
Célula
germinativa
Espermatozoide
Corte de um tubo seminífero
Testículos e produção de espermatozóides
Os espermatozoides são produzidos nos tubos seminíferos
27. Testículos e produção de espermatozóides
O funcionamento do sistema reprodutor masculino é contínuo,
isto é, o homem produz milhões de espermatozóides por dia, desde a
puberdade até, praticamente à sua morte.
28. Os espermatozoides são produzidos nos tubos seminíferos (testículos).
Passam para o epidídimo onde ficam armazenados e sofrem um
processo de maturação.
Seguem para o canal deferente onde se misturam com as
secreções produzidas pela glândula anexa (vesícula
seminal) .
Vesículas seminais – segregam o líquido seminal, que é
rico em nutrientes (nutrição dos espermatozóides).
Próstata – segrega líquido prostático que facilita o
movimento dos espermatozóides, e neutraliza a acidez
da vagina (durante a relação sexual).
Glândulas de Cowper – segregam um líquido que
neutraliza a acidez da uretra, facilita a passagem do
esperma pela uretra e lubrifica a extremidade do pénis.
Seguem para a uretra onde se misturam com as
secreções produzidas pela próstata.
Formação do esperma
29. Formação do esperma
O esperma é um líquido esbranquiçado formado pelos espermatozoides,
juntamente com as secreções produzidas pelas vesículas seminais, próstata e
glândula de Cowper.
A expulsão do esperma designa-se ejaculação.
30. Curiosidades:
A espermatogénese dura cerca de 64 dias;
Por dia, os testículos podem produzir cerca de 120 milhões de
espermatozóides;
Para que um homem seja fértil, deve ter uma concentração mínima de 20
milhões de espermatozóides viáveis por mililitro de esperma;
Em cada ejaculação é emitido entre 2 a 5 mL de esperma;
Em cada ejaculação há uma média de 350 a 400 milhões de espermatozóides;
O espermatozóide desloca-se em meio líquido, a uma velocidade de 1 a 4
mm/min;
Os espermatozóides deixados na vagina sobrevivem entre 2 a 4 dias;
Os espermatozóides que não são expulsos pela ejaculação acabam por
degenerar e por ser absorvidos pelo organismo.
31. Regulação hormonal
As gónadas, além de produzirem os gâmetas também produzem certas
substâncias químicas – hormonas sexuais – que são lançadas no sangue
e vão atuar nas células de órgãos que têm receptores para essas hormonas.
Gónadas produzem
Hormonas
sexuais
lançadas
Sangue
Actuam
Diversos
órgãos
32. O encéfalo é constituído
por:
Cérebro
Cerebelo
Bolbo raquidiano
Regulação hormonal
A produção de hormonas sexuais pelas gónadas (testículos) é controlada por
outras hormonas segregadas por uma glândula situada na zona inferior do encéfalo
– a hipófise.
Hipotálamo
Corpo Caloso
Cérebro
Hipófise
Bolbo
raquidiano Cerebelo
33. A hormona sexual masculina é a testosterona;
A testosterona é produzida nos testículos.
Regulação hormonal no homem
Células responsáveis pela produção de testosterona
34. Funções da testosterona:
Responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários;
Estimula a produção de espermatozoides (espermatogénese).
Produção de testosterona ao longo da vida do homem
Regulação hormonal no homem
43. Gâmetas femininos
- Oócitos II ou Ovócitos II-
1º glóbulo
polar
Citoplasma (abundante e rico em
substâncias de reserva)
Membrana
Zona
pelúcida
O conjunto de fenómenos que levam à formação dos ovócitos II designa-se oógenese
ou ovogénese.
A oógenese inicia-se na vida intra-uterina e é interrompida do nascimento até à
puberdade.
Ovários e produção de ovócitos II
46. Quando a rapariga nasce, os seus ovários já possuem cerca
de 2 milhões de folículos primordiais.
Com o nascimento, estes folículos primordiais cessam o seu
desenvolvimento e entram numa longa fase de repouso até à
puberdade.
Na puberdade, os ovários possuem cerca de 300 a 400 mil
folículos primordiais e o seu desenvolvimento é retomado.
Dos 400 mil folículos primordiais existentes no início da
puberdade, apenas 400 completam a sua evolução ao longo da
vida fértil da mulher. (os restantes degeneram).
Todos os meses é libertado um ovócito II, indo alternando o
ovário onde ocorre a ovulação.
A partir da menopausa, deixa de haver desenvolvimento
folicular e termina a idade fértil da mulher (50 anos).
Ovários e produção de ovócitos II
Ovários e produção de ovócitos II
47. Ciclo sexual ou menstrual
Ciclo ovárico (28 dias)
dia
fase
0 14 28
Fase folicular
Ovulação
Fase luteínica
ou do corpo amarelo
Desenvolvimento de alguns folículos,
sendo que só um atinge a maturação
O folículo maduro rompe a
cavidade folicular e a
parede do ovário e é
libertado o ovócito II
(minutos)
O folículo de onde saiu o ovócito II
inicia o desenvolvimento do corpo
lúteo (ou amarelo)
7 21
48. Ciclo ovárico (28 dias)
dia
fase
0 14 28
Fase folicular Ovulação Fase luteínica ou do corpo amarelo
217
Ciclo sexual ou menstrual
49. Ciclo uterino (28 dias)
Estrutura do útero
Ciclo sexual ou menstrual
50. Ciclo uterino (28 dias)
dia
fase
0 14 2821
Fase
menstrual
5
Fase
proliferativa
Fase secretora
Hemorragia
originada pela
degradação do
endométrio
Ocorre a reconstituição do
endométrio (multiplicação
celular, reconstituição dos
vasos sanguíneos e começam a
desenvolver-se glândulas)
Ocorre o progressivo desenvolvimento
dos vasos sanguíneos e das glândulas do
endométrio. Estas tornam-se mais
ramificadas e produzem um muco
(prepara o útero para receber o
embrião)
7
Ciclo sexual ou menstrual
54. Regulação hormonal
O ciclo uterino é controlado pelo ciclo ovárico através da produção de hormonas
sexuais femininas – Estrogénios e Progesterona.
dia
fase
0 14 28
Fase folicular
Ovulação
Fase luteínica ou do corpo amarelo
217
Os folículos produzem Estrogénios. O corpo amarelo (ou lúteo) produz
elevadas quantidades de Progesterona e
quantidades mais baixas de Estrogénios.
55. O ciclo uterino é controlado pelo ciclo ovárico através da produção de hormonas
sexuais femininas – Estrogénios e Progesterona
dia
fase
0 14 28
Fase folicular
Ovulação
Fase luteínica ou do corpo amarelo
217
Estrogénio
Progesterona
Regulação hormonal
56. Ciclo ovárico
Fase folicular Fase luteínica
Ciclo hormonal
Fase
menstrual
Fase secretora
Fase
proliferativa
Ciclo uterino
Estrogénios
Progesterona
Regulação hormonal
57. Regulação hormonal
Estrogénios Progesterona
Desencadeiam o desenvolvimento
dos caracteres sexuais secundários.
Acentua o espessamento da mucosa
uterina, com desenvolvimento dos
vasos sanguíneos e das glândulas.
Actuam no endométrio onde:
• Estimulam a multiplicação das
células da mucosa;
• Estimulam o aumento do número
de glândulas;
• Favorecem o aumento da irrigação
sanguínea.
Estimula a secreção de um líquido
nutritivo pelas glândulas da mucosa.
59. Funcionamento do Sistema Reprodutor Feminino
O funcionamento do sistema reprodutor feminino é descontínuo e
cíclico.
Inicia-se na vida intra-uterina, fica suspenso desde o nascimento até à
puberdade onde se retoma, terminando na menopausa.