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AGENTES
ANTINEOPLÁSICOS
Profa. Mônica T. Pupo
Química Farmacêutica Il
Bibliografia
G. L. PATRICK. An introduction to medicinal chemistry. Oxford University Press. Anticancer Agents.
4th Ed. Cap. 21. P.519-578, 2009.
5th Ed. cap. 21, p. 514-577, 2013
6th Ed. Cap. 21, p. 543-619, 2017.
V. F. ROCHE. Cancer and Chemotherapy. In: Foye´s Principles of Medicinal Chemistry, D. A.
WILLIAMS, T. L. LEMKE (Eds). 6th ed. Lippincott Williams & Wilkins, Baltimore, 2008, p. 1147-1192.
OU 7th Ed. . Cancer and Chemotherapy, cap. 37, p. 1199-1266, 2013.
V. C. JORDAN. Selective estrogen receptor modulators. In: Foye´s Principles of Medicinal
Chemistry, D. A. WILLIAMS, T. L. LEMKE (Eds). 5th ed. Lippincott Williams & Wilkins, Baltimore,
2002, p. 1059-1069.
R.B. SILVERMAN. The organic chemistry of drug design and drug action. 2nd Ed., Elsevier
Academic Press, 2004. (Cap. 6 DNA-Interactive agents. p. 323-403).
Artigos:
V. L. de ALMEIDA, A. LEITÃO, L. C. B. REINA, C. A. MONTANARI, C. L. DONNICI, M. T. P. LOPES. Câncer e
agentes antineoplásicos ciclo-celular específicos e ciclo-celular não específicos que interagem com o DNA: uma
introdução. Química Nova 2005, 28, 118-129
J. LÖWE, H. LI, K. H. DOWING, E. NOGALES. Refined structure of α,β-tubulin at 3.5 Å resolution. J. Mol. Biol.
2001, 313, 1045-1057.
B. L. STAKER, K. HJERRILD, M. D. FREESE, C. A. BEHNKE, A. B. BURGIN JR., L. STEWART. The mechanism
of topoisomerase I poisoning by a camptothecin analog. Proc. Nat. Acad. Sci. USA 2002, 99, 15387-15392.
Quimioterapia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O termo quimioterapia refere-se ao tratamento de doenças porsubstâncias químicas que
afetam o funcionamento celular. Popularmente, o termo refere-se à quimioterapia
antineoplásica, um dos tratamentos do cânceronde são utilizadas drogas antineoplásicas.
……
A primeira droga usada para a quimioterapia do câncer, entretanto, data porvolta do
século XX, através de uma substância que não foi primeiramente usada com este
propósito. O gás mostarda foi usado na guerra química durante a Primeira Guerra
Mundiale foiestudado posteriormente durante a Segunda Guerra Mundial.
Durante uma operação militar na Segunda Guerra Mundial, pessoas foram expostas
acidentalmente ao gás mostarda e posteriormente descobriu-se que elas tiveram uma
diminuição na contagem de leucócitos do sangue. Foi então deduzido que um agente que
danificava rapidamente o crescimento de leucócitos deveria ter um efeito similar no
câncer.
Depois disto, na década de 1940, muitos pacientes com linfoma avançado receberam a
droga porvia intravenosa, ao invés de inalar o gás. A melhora destes pacientes, embora
temporária, foi notável. Esta experiência levou a pesquisas com outras substâncias que
tinham efeito similar contra o câncer. Como resultado, muitas outras drogas foram sendo
desenvolvidas no tratamento contra o câncer.
DIVISÃO CELULAR
G0 estágio de repouso:
sem crescimento
C: “checkpoints”
Defeitos neste sistema têm sido detectados em ~90% dos tumores
1 h
2-6 h
6-8 h
10 h
Ações dos antineoplásicos
• bloqueiam biossíntese de ácidos nucleicos
• bloqueiam transcrição de ácidos nucleicos
• inibem divisão celular
Principais alvos macromoleculares para fármacos antineoplásicos
• DNA
• enzimas envolvidas na biossíntese de purinas e pirimidinas
• fuso mitótico
• receptores hormonais
• mecanismos de sinalização celular (proteínas)
5’-3’
DNA-polimerase
DNA-polimerase
DNA-ligase
Primer de RNA
Fragmento de Okazaki
Helicases
Proteínas estabilizantes
N
N
N
N
N
O
O
P
O
OH
PO
O
N
N
N
O
N
H
N
O
OH
N
O
O
N
O O
P
O
OH
-O
H
H
H
ADENINA
GUANINA
N
H
N
O
N
O O
P
O
O
-O
H
H
H
CITOSINA
TIMINA
O
N
O
O
N
O
H
OH
H
H
H
H
O
P
O
O-
O
P
O
O
O-
P
O
-O
O-
O
OP
N
N
N
N
H
N
H
H
ADENINA
TIMINA
Polimerização do DNA
Classe de Fármacos Anticancerígenos
Agentes alquilantes
Antimetabólitos
Hormônios
Produtos naturais:
Microbianos – antibióticos (intercalantes)
Vegetais – antimitóticos
Miscelânia / Inibidores de vias de sinalização
FÁRMACOS ANTIMETABÓLITOS
Antimetabólitos de pirimidinas
Antimetabólitos de purinas
Antimetabólitos do ácido fólico
ANTIMETABÓLITOS DE
PIRIMIDINAS
• inibição de quinases;
• inibição de enzimas da biossíntese de
pirimidinas;
• inibição da DNA polimerase;
• incorporação no RNA ou DNA.
O
OH
OH
HO
N
N
NH2
O
O
OH
F
HO
N
N
NH2
O
F
5-fluorouracil
(5-FU)
citarabina
(ARA-C)
HN
N
H
O
O
F
gencitabina
NH
O
O
N
O
OH
HO
F
Floxuridina
(FUDR)
Semelhança Estrutural com os metabólitos
Síntese "De Novo" de Nucleotídeos pirimidínicos:
O
NH2
O
PO3H2
HO
H2N
O
CO2H
+
HO
HN
O
CO2H
O
H2N
Ácido carbamoilaspártico
Aspartato
transcarbamilase
NH
N
O
CO2H
O
Diidroorotase
H
NH
N
O
CO2H
O
NAD+
diidrooratato
desidrogenase
H
P2O6H3
HO OH
O
H2O3P
NH
N
O
CO2H
O
HO OH
O
H2O3P
Ácido Orotidílico
NH
N
O
O
HO OH
O
H2O3P
Descarboxilase
Ácido uridílico
Importância dos co-fatores derivados do ácido fólico
N
N
N
N
OH
H2N
N
H
N
H
O COOH
COOH
N
N
N
N
H
OH
H2N
N
H2C
NH
O
COOH
HOOC
5
10
N5
,N10
-metileno-FAH4
N
N
H
N
N
H
OH
H2N
N
N
H
O COOH
COOH
5 10
N
N
N
N
H
OH
H2N
N
H
N
H
O COOH
COOH
N5
-formil-FAH4
5 10
CHO
CHO
N10
-formil-FAH4
(Ácido folínico, Leucovorin)
ácido folico
metabolismo
Humanos - dieta
Participam como co-fatores
de reações de biossíntese
das bases nitrogenadas
dos ácidos nucleicos
HOOC
NH2
PABA
bactérias
parasitas
ANTICANCERÍGENOS, ANTIBACTERIANOS, ANTIPARASITÁRIOS
N
N N
N
OH
H2N
Ribose
N
N
N
N
H
OH
H2N
CH2O P O P
O
OH
O
OH
OH
H2N COOH
N
N
N
N
H
OH
H2N
N
H
COOH
Guanosina
várias
etapas
ác. p-aminobenzóico (PABA)
ác. diidropterióico
N
N
N
N
OH
H2N
N
H
N
H
O COOH
COOH
N
N
N
N
H
OH
H2N
N
H
N
H
O COOH
COOH
ÁCIDO FÓLICO (FA)
(dieta)
ácido diidrofólico (FAH2)
N
N
H
N
N
H
OH
H2N
N
H
N
H
O COOH
COOH
ácido tetraidrofólico (FAH4)
N
N
N
N
H
OH
H2N
N
H2C
NH
O
COOH
HOOC
5
10
5 10
N5
,N10
-metileno-FAH4
diidropteroato sintetase
DHFR
DHFR
Formação dos co-fatores do ácido fólico I
sulfas
Antimetabólitos
do ác. fólico
Ser
N
N
N
N
H
OH
H2N
N
H2C
NH
O
COOH
HOOC
5
10
N5
,N10
-metileno-FAH4
N
N
H
N
N
H
OH
H2N
N
N
H
O COOH
COOH
5 10
N
N
N
N
H
OH
H2N
N
H
N
H
O COOH
COOH
N5
-formil-FAH4
5 10
CHO
CHO
N10
-formil-FAH4
(Ácido folínico, Leucovorin)
Formação dos co-fatores do ácido fólico II
Nomenclatura correta
HN
N
O
O
HO
O
O3P
2' - Deoxiuridilato
N
N
NH
N
HN
O
H2N
R
N
HN
NH
N
HN
O
H2N
R
HN
N
O
O
HO
O
O3P S
Enzima
H
H
HN
N
O
O
HO
O
O3P
CH3
2'-desoxitimidilato
SH
timidilato sintetase
+
N
HN
NH
N
HN
O
H2N
R
timidilato
sintetase
SH
H+
N
HN
NH
N
HN
O
H2N
R
HN
N
O
O
HO
O
O3P
H
H+
Processonormal de
conversãodo uridilato em
timidilato, pela açãoda
TIMIDILATO SINTETASE
tetraidrofolato
5-Fluorouracil
(5-FU)
HN
N
H
O
O
F
Planejado (1957) com base na observação que
alguns tumores usavam preferencialmente a
URACILA ao invés do ácido orótico na
biossíntese de pirimidinas
NH
O
O
N
O
OH
HO
F
NH
N
H
O
O
F NH
O
O
N
O
OH
HO
F
OH
DERIVADO TRI-FOSFATO DERIVADO TRI-FOSFATO
RNA DNA
BIOATIVAÇÃO METABÓLICA
HN
N
F
O
O
5-Fluorouracil HO OH
O
HO
HN
N
F
O
O
5-Fluorouracilribosídeo
Uridina quinase
HO OH
O
O
HN
N
F
O
O
P
O
O-
-
O
Ácido 5-fluorouridílico
HO
O
O
HN
N
F
O
O
P
O
O-
-
O
Ribonucleotídeo
redutase
HO
O
HO
HN
N
F
O
O
Fosforilbosiltransferase
5-fluorouracil
2-deoxiribosídeo
ATIVAÇÃO DE 5-FLUORURACIL
Mecanismo de inibição da timidilato sintetase com 5-fluorouracil
N
N
NH
N
HN
O
H2N
R2
HN
N
O
O
R1
SH
Enzima
F
N
HN
NH
N
HN
O
H2N
R2
HN
N
O
O
R1
S
Enzima
F
X
não ocorre
Timidilato sintase:
enzima
responsável pela
produção do
nucleotídeo timina
à partir do ácido 2-
deoxiuridílico
Distância entre
o substrato e
o grupo –SH do
resíduo de
cisteína 146 do
sítio ativo
da enzima
ANTIMETABÓLITOS DE PURINAS
N
N
N
N
NH2
O
OH
OH
O
F
P
O
HO
OH
N
N
N
N
NH2
O
OH
HO
Cl
HN
N N
H
N
S
HN
N N
H
N
S
H2N
6-mercaptopurina 6-tioguanina
Fludarabina fosfato
Cladribina
ANTIMETABÓLITOS DO ÁCIDO FÓLICO
N
N N
N
NH2
H2N
R
N CONHCH(CH2)2CO2H
CO2H
R=H Aminopterina
R=CH3 Metotrexato
N
N
NH2 N
OCH3
N
H
OCH3
OCH3
Trimetotrexato
CH3
N
N
NH2 N
CH3 OCH3
OCH3
Piritrexim
R = CH3 METOTREXATO
R = H AMINOPTERINA
N
N N
N
NH2
H2N
R
N
N
H
COOH
O COOH
MTX - não penetra nas células bacterianas
Toxicidade para as células humanas
Grupos lipofílicos
N
N
NH2
H2N Cl
PIRIMETAMINA
N
N
OMe
OMe
OMe
NH2
H2N
TRIMETOPRIM
antimalárico antibacteriano
Aumento nas
interações de VDW
Fonte da enzima pirimetamina trimetoprim cicloguanil metotrexato
Plasmodium berghei 0,5 70 3,6 0,7
E. coli 25.000 5 - 1
Fígado humano 1.800 300.000 - 90
Fígado rato 700 260.000 - 2
Eritrócito rato 1.000 1.000.000 1.600 -
Seletividade na inibição da DHFR (IC50 em nm)
CICLOGUANIL
R = CH3 METOTREXATO
R = H AMINOPTERINA
N
N N
N
NH2
H2N
R
N
N
H
COOH
O COOH
N
N
OMe
OMe
OMe
NH2
H2N
TRIMETOPRIM
N
N
N
NH2
H2N Cl
Me
Me
N
N
NH2
H2N Cl
PIRIMETAMINA
R = CH3 METOTREXATO
R = H AMINOPTERINA
N
N N
N
NH2
H2N
R
N
N
H
COOH
O COOH
N
N
N
N
OH
H2N
N
H
N
H
O COOH
COOH
ÁCIDO FÓLICO
N
N
NH2 N
CH3 OCH3
OCH3
PIRITREXIM
N
N
H2N N
OCH3
N
H
OCH3
OCH3
CH3
TRIMETOTREXATO
Antimetabólitos
antineoplásicos
N
N
OMe
OMe
OMe
NH2
H2N
TRIMETOPRIM
CICLOGUANIL
N
N
N
NH2
H2N Cl
Me
Me
N
N
NH2
H2N Cl
PIRIMETAMINA
N
N
N
N
OH
H2N
N
H
N
H
O COOH
COOH
ÁCIDO FÓLICO
N
N
HN
NH2
H2N Cl
Me
Me
In vivo
PROGUANIL
Antimetabólitos
antimicrobianos
antibacteriano
antimaláricos
Inibidores da ribonucleotídeo redutase
Ribonucleotídeo redutase: converte ribonucleotídeos difosfatos em
desoxirribonucelotídeos
Contém co-fator essencial que envolve FERRO que reage com resíduo de tirosina para
gerar e estabilizar tirosina radicalar, a qual abstrai próton do substrato e inicia o
mecanismo;
HIDROXICARBAMIDA – clinicamente útil por desestabilizar o centro que contém FERRO
Ribonucleotídeo redutase: inibida diretamente por HIDROXICARBAMIDA mas também pode
ser inibida indiretamente pelo aumento do nível de inibidores alostéricos como dATP
Enzima adenosina desaminase – catalisa desaminação da adenosina e sua inibição
aumenta [dATP], inibindo a ribonucletídeo redutase
Mecanismo da adenosina desaminase
Pentostatina – anti-leucemia
Pentostatina: produto
natural produzido por
Streptomyces antibioticus.
Potente inibidor da
adenosina desaminase
(Ki = 2,5 pM)
adenina
ALQUILANTES
ALQUILANTES – agentes altamente eletrofílicos, que
reagem com nucleófilos formando ligações covalentes fortes
Mostardas nitrogenadas:
N
HO2C(H2C)3
CH2CH2Cl
CH2CH2Cl
Clorambucil
N
CH2CH2Cl
CH2CH2Cl
H3C
Mecloretamina
ou Clormetina
H
N
P
O
O
N
CH2CH2Cl
CH2CH2Cl
Ciclofosfamida
N
P
O
O
N
H
CH2CH2Cl
CH2CH2Cl
Ifosfamida
Mecanismo de ação das mostardas
nitrogenadas
N
H3C
CH2CH2 Cl
CH2CH2 Cl
N
CH2CH2Cl
H3C
H2C
CH2 NR3
N
H3C
CH2CH2 NR3
CH2CH2 Cl
DNA alquilado
Nucleófilo: NR3
N
CH2CH2Cl
H3C
H2C
CH2
Exemplo de alquilação na base nitrogenada de guanina
NH
N
N
O
NH2
N
O
H
H
H
H
H
OH
O
O
P
O
O
O-
O
H
H
H
H
H
O
N
NH
O
O
HN
N
N
O
H2N N
O
H
H H
H H
OH
O P O
O-
O
H
O
H
H
H
H
HO N
N
NH2
O
N
H2C
CH2
N
H3C
CH2
CH2
N
Ciclofosfamida: agente alquilante mais usado na quimioterapia do câncer
ciclofosfamida
CYP450
Grupo fosforamida: diminui a
nucleofilicidade do N, assim o
agente alquilante é mais seletivo
frente a nucleófilos fortes (ex.:
guanina)
Acroleína liberada pode
causar toxicidade aos
rins e bexiga
H
N
O
O
N
O
OC2H5
N
N
C2H5O
O
Diaziquinona
P
N
N
N
S
Tiotepa
Alquilantes: aziridinas
O
O
H2N
H3C N
CH2OCONH2
OCH3
NH
Mitomicina
N NH
O
O
H2N
H3C
O
NH2
O
OCH3
N NH
OH
OH
H2N
H3C
O
NH2
O
OCH3
N
OH
OH
H2N
H3C
O
NH2
O
N
O
OH
H2N
H3C
O
NH2
O
mitomicina C
redução
enzimática
BIOATIVAÇÃO
1 ou 2 e-
NH
H B
NH
H
B
B+
H
N
NH2
O
OH
H2N
H3C
Ligação cruzada na dupla hélice de DNA
O
NH2
O
DNA
B+
H
N
NH2
OH
OH
H2N
H3C
O
NH2
O
DNA
N
NH2
OH
OH
H2N
H3C
DNA
Mitomicina C (Streptomyces caespitosus) – alquilação do DNA
O
N
H
H
N
N
H
H3C
O2
O
N
H
N
N
H3C
+ H2O2
auto-oxidação em
pH fisiológico
O
N
H
N
N
H
H3C
O
N
H
NH2
N
H
H3C
O
H
+
metil-hidrazina
O2
in vivo e in vitro
NH
N
H3C
metildiazeno
CH3 + H + N2
ALQUILAÇÃO do DNA via RADICAIS LIVRES – HIDRAZINAS SUBSTITUÍDAS
procarbazina
Metilação do RNA e
DNA (C-8 da guanina)
N
N
H
NH2
O
N N N
CH3
CH3
CYP450
N
N
H
NH2
O
N N
H
N
CH3
H H
O
+
N
N
H
NH2
O
NH2
N N CH3
+
diazometano
dacarbazina
NH
N
N
N
O
NH2
DNA
7
NH
N
N
N
O
NH2
DNA
7
H3C
N2 +
Cl
N N
H
Cl
O
N
O
Cl
N N
H
O
N
O
O
HO
HO
NH
OH
OH
O N
N
O
CH3
NITROSOURÉIAS
carmustina lomustina
estreptozocina
Cl
N N
Cl
O
N
O
H2O
H
Cl
N N
Cl
O
N
O
O
N
N
Cl
H
N
O
NH
N
Cl
N
O
C
O
+
ác. diazótico vinílico
2-cloroetilisocianato
+ H2O
- CO2
- N2
- OH
H2C CH
H2N
Cl
Cátion vinílico 2-cloroetilamina
Agentes alquilantes
N
N
O
CH3
N
N
N
N
O
N
H
H
H
DNA
DNA
GUANINA
ALQUILADA
TIMINA
O
N N
O
O
CH3
DNA
H
TIMINA
N
N
N
N
N
H
H
DNA
ADENINA
PAREAMENTO CORRETO
PAREAMENTO
ERRÔNEO
Outros agentes antineoplásicos
Pt
NH3
Cl
NH3
Cl
Cisplatina
Pt
NH3
NH3
O
O
O
O
Carboplatina
H2
N
Pt
N
H2
Cl
Cl
Cl
Cl
Ormaplatina
H2
N
Pt
N
H2
Oxaliplatina
O
O
O
O
CISPLATINA
AULA – produtos naturais
Produtos naturais
vegetais microbianos
Atuam em proteínas
estruturais (tubulina)
Atuam por
intercalação no DNA
Inibição da
topoisomerase
Paclitaxel (taxol)
Alcaloides da vinca
Podofilotoxina*
Camptotecina e deriv.*
Podofilotoxina*
Antraciclinas*
Antraciclinas*
Bleomicinas
Dactinomicina
Camptotecina e deriv.*
Atuam por alquilação
do DNA
Mitomicina C (alquilantes)
* Mecanismos mistos, origem vegetal em verde, origem microbiana em azul
Streptomyces
Antibióticos
antitumorais
Agentes
intercalantes
Agentes intercalantes:
Ø são compostos que contém características
planares e/ou heteroaromáticas que permitem a
acomodação entre os pares de bases da dupla
hélice do DNA;
Ø os compostos se aproximam da hélice pelo sulco
maior ou sulco menor;
Ø uma vez inseridos entre os pares de bases de
ácidos nucléicos, eles interagem por forças de vdw
com os pares de bases acima e abaixo;
Ø vários agentes intercalantes também contém
grupos ionizáveis, que interagem com os
grupamentos fosfato carregados da estrutura do
DNA, aumentando a interação;
Ø uma vez intercalados, outros processos podem
acontecer para impedir a replicação e transcrição,
levando à morte celular.
Dactinomicina (Actinomicina D) (Streptomyces parvulus, 1953)
Ácido 3-fenoxazona-1,9-dicarboxílico
ü Intercalação ou inserção entre 2 pares de bases do DNA, formando complexo
altamente estável que impede o desenrolamento da dupla hélice
ü A RNA polimerase dependendede DNA é impedida de catalisar a síntese de
mRNA e a transcrição é inibida
Intercalação da actinomicina no DNA
Ocorre desenovelamento parcial da hélice
para a acomodação da actinomicina
Interações π-π “stacking” estabilizam
o complexo actinomicina-DNA
A distorção causada pela
actinomicina na dupla hélice afeta
a atividade da RNA polimerase
DNA-dependende
transcrição afetada
Reconhecimento
celular
Intercalação com
DNA
Sítios de
quelação
Sítio metabólico
N N
H
N
O
NH2
NH2
O
H2N
H2N
HN
O
O
NH
N
O
N
H
HO
O
H
N
HO
O
NH
S N
S
N
OH
O
O
O
OH
OH
HO
O
OH
O
O NH2
OH
OH
Bleomicina
(Streptomyces verticillus, 1962)
Ocorrem naturalmente como quelatos de cobre
Após a intercalação, os N formam quelatos
com íon ferroso, que então interage com
oxigênio e é oxidado a íon férrico
Liberação de radicais
superóxido e hidroxílico
(efeito citotóxico no
DNA)
ü Não causa depressão da medula óssea
BLEOMICINA
Ligação com DNA
Sítio metabólico
Reconhecimento celular
Sítios de quelação
daunosamina Interação iônica do –NH3
+ com
a cadeia de açúcar do DNA
Intercalação no DNA
Antraciclinas (Streptomyces peucetius)
Doxorrubicina R1 = MeO; R2 = OH; R3 = H; R4 = OH
Daunorrubicina R1 = MeO; R2 = H; R3 = H; R4 = OH
Idarrubicina R1 = R2 = R3 = H; R4 = OH
Epirrubicina R1 = MeO; R2 = R3 = OH; R4 = H
ü Doxorrubicina: um dos antineoplásicos mais
efetivos já descobertos (1967);
ü antraciclinas aproximam-se do DNA pelo
sulco maior;
ü intercalação e interação iônica
ü intercalação impede a função normal da
TOPOISOMERASE II (antraciclinas estabilizam o
complexo DNA-enzima e bloqueiam o processo)
ü hidroxiquinona: quela ferro gerando espécies
reativas de oxigênio → quebra na fita simples
de DNA e efeitos cardiotóxicos
Derivados sem o aminoaçúcar
apresentam fraca atividade
Doxorubicin–DNA complex 1D12.png
Doxorubicin–DNA complex
Agentes antimitóticos
Produtos naturais vegetais:
Alcalóides da vinca e diterpenos taxanos
Ligam-se na tubulina
impedindo a sua
polimerização e
formação dos
microtúbulos
Ligam-se nos
microtúbulos
impedindo sua
despolimerização
Os cromossomos não segregam corretamente
(morte celular)
Fármacos que atuam em
proteína estrutural: tubulina
Alcaloides da vinca
Taxanos
Fármacos que atuam em proteínas estruturais
tubulina
ü Proteína estrutural crucial para divisão celular;
ü moléculas de tubulina se polimerizam para formar
os microtúbulos no citoplasma da célula;
ü Atua, portanto, como bloco construtor para
microtúbulos, que são polimerizados e
despolimerizados durante a divisão celular
Ø Quando a célula vai se dividir, seus microtúbulos de despolimerizam
formando a tubulina;
Ø A tubulina é então repolimerizada para formar o fuso que separa as
duas novas células e atua como estrutura na qual os cromossomos da
célula original são transferidos para os núcleos das células filhas
pela ligação na tubulina impedindo polimerização
pela ligação nos
microtúbulos impedindo despolimerização
fármacos podem impedir
este processo
Ex: vincristina, vimblastina, vindesina,
vinorelbina, podofilotoxina, epipodofilotoxina
Triagens: filantosídeo, espongiostatina I,
criptoficina, maytansina 1, combreostatinas
Ex: paclitaxel (taxol)
Triagens: epotilonas, eleuterobin, discodermolídeo
N
H
N
OH
CH2CH3
CO2CH3
N
N
H
CH2CH3
OAc
OH
CO2CH3
H
H3CO
R
Alcaloides da vinca (Vinca rosea)
R=CH3 vimblastina
R=CHO vincristina
Ligam-se à tubulina, impedindo sua
polimerização e consequente
formação dos microtúbulos
Alcalóides da vinca (Vinca rosea)
Ligam-se à tubulina, impedindo sua
polimerização
Taxol (Taxus brevifolia)
O
O
OH
O
O
O
O
O
O
HO
O
N
H
O
OH
O
ü A ligação dos taxoides na subunidade β da tubulina acelera a
polimerização e estabiliza os microtúbulos formados
ü A despolimerização da tubulina é inibida
ü Ocorre supressão da mitose (morte celular)
T. baccata
T. brevifolia
Análogo com > atividade em triagens clínicas
Importantes
grupos de ligação
Paclitaxel (taxol) Docetaxel (taxotere)
O
O
OH
O
O
O
O
O
O
HO
O
N
H
O
OH
O
Reconhecimento molecular TAXOL / tubulina
Löwe, J. et al. (2001) J. Mol. Biol. 313, 1045.
Ligação H
Interações
hidrofóbicas
Reconhecimento molecular TAXOL / tubulina
O
O
OH
O
O
O
O
O
O
HO
O
N
H
O
OH
O
Interações hidrofóbicas
Löwe, J. et al. (2001) J. Mol. Biol. 313, 1045.
Reconhecimento molecular TAXOL / tubulina
O
O
OH
O
O
O
O
O
O
HO
O
N
H
O
OH
O
Löwe, J. et al. J. (2001) Mol. Biol. 313, 1045.
Reconhecimento molecular TAXOL / tubulina
PNs Antineoplásicos de ação mista
Epipodofilotoxinas (Podophyllum peltatum)
• Ligam-se à tubulina em locais diferentes dos alcalóides
da Vinca e não afetam a estrutura microtubular normal
• Inibição da topoisomerase II, que leva a quebra da fita
de DNA
podofilotoxina
N
N
O
O
OH
O
Camptotecina
(Camptotheca acuminata)
N
N
O
O
OH
O
R2
R1
R3
N N
O
O
R1 =
R2 = H;R3 = CH3CH2
irinotecan
Topotecan R1 = OH; R2 = CH2N(CH3)2; R3 = H
• Inibição da topoisomerase I
• Causam quebra da fita simples do DNA
Relaxa, às custas da
hidrólise de ATP, a dupla
hélice do DNA para
permitir a replicação
(quebra na fita)
Também promove reparos
no DNA
Tyr-723: é esterificada pela lig.
fosfodiéster do DNA (complexo
covalente DNA-Topo I)
Após a relaxação, ocorre a
liberação do resíduo de Tyr pela
5’-OH da fita quebrada
(mais rápido)
Algumas lesões no DNA e
substâncias estabilizam o
intermediário covalente
3’-fosfotirosil
H2N CH C
CH2
OH
O
OH
Camptotecina e
análogos
Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I
Staker B. L. et al. (2002) Proc. Nat. Acad. Sci. USA 99 (24), 15387.
N
N
O
O
OH
O
HO
NH
Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I
Staker B. L. et al. (2002) Proc. Nat. Acad. Sci. USA 99 (24), 15387.
topotecan
N
N
O
O
OH
O
HO
NH
N
N
O
O
OH
O
HO
NH
1
2 3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14 15
16
20
21
22
17
Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I
topotecan
Interações (Lig H) dos
resíduos da topo I
que posicionam o
fosfodiéster no
complexo
Quebra na fita
do DNA
Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I
topotecan
Lig H entre Thr-718
(OH) e O do
fosfodiéster da
guanosina da fita
quebrada
N
N
O
O
OH
O
HO
NH
1
2 3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14 15
16
20
21
22
17
Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I
Lig H entre Arg364 e adenosina
(fita íntegra)
Ligação covalente entre a fosfoTyr-
723 e timina do DNA
Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I
Lig H entre Asp533 e 20S OH
N
N
O
O
OH
O
HO
NH
1
2 3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14 15
16
20
21
22
17
AULA - Terapias baseadas em hormônios
ü Usados em cânceres dependentes de hormônios
ü Câncer de mama – antiestrogênios
ü Câncer de próstata – antiandrogênios e
- agonistas do hormônio de liberação de gonadotrofina
ü Hormônios esteroides interagem com receptores intracelulares formando
complexos que atuam como fatores de transcrição nucleares ⇒ controlam se
a transcrição ocorre ou não
Moduladores seletivos do receptor de estrógeno:
Podem bloquear a ação do estrógeno na mama e no útero, mantendo a
densidade óssea e reduzir os níveis de colesterol circulante
As principais formas do
estrógeno humano
produzidas por mulheres
são estradiol e estrona.
Ambas são produzidas e
secretadas pelos ovários.
Estrona também é
produzida nas glândulas
adrenais e outros órgãos.
Antiestrogênios
estradiol
estrona
Núcleo androstano
Funcionamento de receptores intracelulares pela ligação com o mensageiro (ligante)
Controle da transcrição pelo receptor de estrógeno
Antiestrogênios
A) Estradiol / domínio de
ligação do ligante no
receptor
B) Raloxifeno / domínio de
ligação do ligante no
receptor
A posição da hélice-12 é essencial para a ligação dos coativadores (CoA) para
formar um complexo de trancrição no gene responsivo ao estrógeno
A hélice-12 fecha o ligante no bolsão
hidrofóbico. Acredita-se que esta
conformação permita a ligação do
coativador.
A hélice-12 NÃO fecha o ligante no bolsão
hidrofóbico. A transcrição não ocorre
porque os coativadores não podem ligar.
Modos de ligação de estradiol e raloxifeno (antagonista) no receptor estrogênico
Grupo +NRH estabelece ligação de H com Asp-351,
que não ocorre com estradiol.
A cadeia lateral se projeta para fora
do sítio de ligação, impedindo a
hélice 12 de se mover sobre o
ligante
Ações seletivas do tamoxifeno em diferentes tecidos
alvo de estrógeno no mesmo hospedeiro: diferentes
sinais regulatórios em um sítio e em outro
Mudanças conformacionais dos receptores, atraindo
novos coativadores ou correpressores para modular a
ação do estrógeno em diferentes tecidos
O
N
TAMOXIFENO
S
O
O
N
HO
RALOXIFENO
Raloxifeno, aprovado pelo FDA em 1997 para
prevenção de osteoporose em mulheres pós-
menopausa
Ambos antiestrogênios:
• Funcionam como estrogênio nos ossos, mantendosua força e aumentandosua densidade (como
estradiol).
• Diminuem os níveis de LDL, diminuindo os riscos de doenças cardíacas.
• Causam modesto aumento norisco de câncer do endométrio, comoestradiol.
• Causam efeito antiestrogênio nas mamas - inibem o câncer de mama.
• Causam aumento nas ondas de calor (antiestrogênio) e aumentona incidência de coágulos
sanguíneos (estrogênio)
Análogos rígidos do trifenilestilbeno
ü O desafio para os químicos medicinais é
manter ação antiestrogênica absoluta nas
mamas e útero.
ü Flutamida e acetato de ciproterona são usados para tratar câncerde próstata e bloqueiam a
ação dos androgênios nos seus receptores.
ü Tratamento atual de câncer de próstata: antiandrogênio + agonista de LHRH (agonista de
liberação do hormônio luteinizante).
ü Agonistas LHRH: hormônios decapeptídeos que se ligam aos receptores nas células
pituitárias e estimulam a liberação de hormônio luteinizante (LH).
üEm exposição prolongada a LHRH, o receptorse torna dessensibilizado, levando a queda dos
níveis de LH.
üUma vez que LH estimula a síntese de testosterona, a [testosterona] irá diminuir.
ü Outra estratégia terapêutica: Abiraterona - agente que inibe CYP45017a – enzima envolvida
na formação dos androgênios. Aprovada em 2011 para câncerde próstata.
Antiandrogênios
O
O
HO
O
HO
OH
ANDROSTENODIONA ESTRONA ESTRADIOL
AROMATASE
INIBIDORES DA AROMATASE
CH3
CH3
CN
H3C
CH3
CN
N
N
N
ANASTRAZOL
N
N
N
LETROZOL
CN
NC
ü Segunda linha de
fármacos para
tratamento de câncer
de mama resistente
ao tamoxifeno
Ø Inibidores reversíveis
Ø O N do anel triazol é importante na interação com íon Fe do grupo heme da aromatase
Inibidores de vias de sinalização
ü desenvolvidos graças aos avanços na genética e biologia molecular, que têm
permitido um maior entendimento dos processos moleculares envolvidos em
cânceres específicos,
üe também à identificação de vários alvos moleculares que ou são únicos a uma
célula cancerígena ou são super-expressos comparados às células normais
ü fármacos mais recentes, mais seletivos para células tumorais, e menos tóxicos
Ø Inibidores da farnesil transferase e da proteína Ras
Ø Inibidores de proteínas quinases
Do fator de crescimento à transcrição gênica
Grb2: proteína
Ras: proteína de membrana
Raf: ser-thr-quinase
Mek: tyr-thr-quinase
Map quinase: quinase ativada por mitogênio
Crescimento
e divisão
celular
ü Função anormalda proteína de sinalização Ras está presente em 30% dos cânceres
humanos, e é principalmente prevalente em cânceres de cólon e pâncreas;
ü Ras anormal deriva de mutação no gene ras;
ü Ras ligada a GDP: estado de repouso / Ras ligada a GTP: estado ativo
ü Os mutantes ligam-se persistentemente ao GTP e não conseguem hidrolisá-lo, portanto
ficam constantemente ativos;
ü Ras é parte de um sistema integralde vias de sinalização que controla crescimento e divisão
celular, portanto acredita-se que isso contribua para o desenvolvimento do câncer;
ü Métodos para neutralizar Ras – úteis no tratamento do câncer;
ü Enzima farnesil transferase (zinco-metaloenzima): responsávelpela ligação de um grupo
farnesila (C-15) à proteína Ras no citoplasma.
O grupo farnesila é hidrofóbico e atua como uma âncora para segurara proteína Ras na
superfície interna da membrana celular – necessário para a interação da Ras com outros
elementos do processo de transdução do sinal.
ü Inibidores da Farnesil Transferase – controlam células cancerígenas que contém o oncogene
ras in vitro
PPO
farnesyl diphosphate
Ras
H
N
N
H
H
N
N
H
O
O
O
OH
O
HS
S
Met
Val
Cys FTase
Ras
H
N
N
H
H
N
N
H
O
O
O
OH
O
S
S
Further
processing
Ras
H
N
OMe
O
S
Methyl ester
Farnesil transferase: mecanismo enzimático
PPO
farnesyl diphosphate
• Farnesil difosfato (FPP) liga-se primeiro no sítio ativo
• FPP auxilia a ligação da proteína Ras no sítio ativo
• Íons magnésio e ferro estão presentes como cofatores
• Magnésio interage com grupo pirofosfato, resultando em melhorgrupo abandonador
• Ferro interage com grupo tiol da cisteína, resultando em melhor nucleófilo
C-a-a-X
Substrato
•C = cysteine
• a = valine, isoleucine or leucine
•X = methionine, glutamine or serine
Substratos da farnesil transferase compartilham uma sub-unidade tetrapeptídica
terminal denominada peptídeo CaaX
Inibidores da FT devem apresentar
•Boa atividade inibitória da enzima
•Capacidade de cruzar a membrana celularpara chegarna enzima
•Estabilidade metabólica
•Solubilidade aquosa
•Absorção oral
• Propriedades farmacocinéticas favoráveis
•Inibidores foram desenvolvidos para mimetizar o tetrapeptideo terminal -
CaaX
•Tetrapeptideos com Phe próximo ao X atuam como inibidores
•Lead compounds
C-a-a-X
Substrato
C-a-Phe-X
Inibidor
•C = cysteine
• a = valine, isoleucine or leucine
•X = methionine, glutamine or serine
Inibidores da FT
Lead compound
H2N
N
H
H
N
N
H
OH
O
O
HS
SMe
O
O
Cys
Val
Phe
Met
Desvantagens
•Ácido carboxílico terminal ionizável – ruim para absorção
•Ligações peptidícas susceptíveis a hidrólise enzimática
•Fraca estabilidade frente a enzimas digestivas e metabólicas (e.g.
aminopeptidases)
N
Br
N
Br
Cl
O
N NH2
O
Lonafarnib
IC50 1.9 nM
Exemplos de inibidores de FT
•Não peptídico
•Desenvolvido a partir de um lead compound descoberto por triagem de
coleções de compostos
•10,000 vezes mais ativo que o lead compound
•Inibidor FT não peptídico
•Desenvolvido a partir do lonafarnibe
por desenho baseado em estrutura
•Anel imidazólico foi introduzido como
ligante do zinco
•Anel aromático introduzido como
bloqueio estérico contra o
metabolismo
N
N
N
Cl
O O
N
O
N
N
Me
Sch 226374
IC50 0.36 nM
N
Br
N
Br
Cl
O
N NH2
O
Lonafarnib
IC50 1.9 nM
Steric
shield
N
N
N
Cl
O O
N
O
N
N
Me
Sch 226374
IC50 0.36 nM
Imidazole
ring
Steric
shield
N
N
N
Cl
O O
N
O
N
N
Me
Sch 226374
IC50 0.36 nM
Desenvolvimento do Tipifarnibe
•Lead compound
•Identificado pela triagem de coleções de
compostos
•Imidazol – ligante do zinco
•Ambos anéis aromáticos são importantes
para atividade
N
HN
Cl
N
O
I; IC50 180 nM
Imidazole
Quinolone
N
HN
Cl
N
O
I; IC50 180 nM
•estratégia – variação dos
substituintes
•Atividade aumenta com a
introdução de substituinte meta-
cloro
N
HN
Cl
N
O
Cl
II; IC50 35 nM
Imidazole
Quinolone
N
HN
Cl
N
O
I; IC50 180 nM
Desenvolvimento do Tipifarnibe
•Estratégia – variação dos
substituintes
•Atividade aumenta com
introdução do substituinte N-
metílico
N
HN
Cl
N
O
Cl
II; IC50 35 nM
N
MeN
Cl
N
O
Cl
III; IC50 15 nM
Imidazole
Quinolone
N
HN
Cl
N
O
I; IC50 180 nM
Desenvolvimento do Tipifarnibe
N
HN
Cl
N
O
Cl
II; IC50 35 nM
N
MeN
Cl
N
O
Cl
III; IC50 15 nM
MeN
Cl
N
N
O
Cl
Me
IV; IC50 2.5 nM
•Estratégia – variação da substituição
do anel
•Atividade aumenta
Imidazole
Quinolone
N
HN
Cl
N
O
I; IC50 180 nM
Desenvolvimento do Tipifarnibe
N
MeN
Cl
N
O
Cl
III; IC50 15 nM
MeN
Cl
N
N
O
Cl
Me
IV; IC50 2.5 nM
MeN
Cl
Cl
N
N
Me
H2N
O
Tipifarnibe; IC50 0.6 nM
•Estratégia- extensão
•Grupo funcional extra
•Interações de ligação
extra
•Atividade aumenta
Imidazole
Quinolone
N
HN
Cl
N
O
I; IC50 180 nM
N
HN
Cl
N
O
Cl
II; IC50 35 nM
Desenvolvimento do Tipifarnibe
-Inibidores FT: potencial ag.
anticancerígenos
-Atividade não é necessariamente
apenas devida à inibição da FT
Inibidores de Proteína quinases
•Enzimas que catalisam reações de fosforilação em substratos proteicos
•500-2000 proteinas quinases na célula
•Proteínas quinases estão presentes no citoplasma
•Receptores de Proteínas quinases – função dupla como receptor e enzima
•Super-expressão pode resultar em cancer
•Tirosina quinases, serina-treonina quinases e histidina quinases
•ATP usado como cofator enzimático – agente de fosforilação
N
N N
N
N
O
OH OH
H H
H H
O P O
O
O
P O
O
O
P
O
O
O
H H
6
1
N
N N
N
N
O
OH OH
H H
H H
O P O
O
O
P O
O
O
H H
6
1
O P
O
O
O
Tyrosine kinases
H
N
O
Protein Protein
H
OH
ATP ADP
H
N
O
Protein Protein
H
O
P
OH
OH
O
Serine-threonine kinases
Serine
H
N
O
OH
Protein Protein
H
ATP ADP
H
N
O
O
Protein Protein
H
P
O OH
OH
Threonine
H
N
O
H3C OH
Protein Protein
H
ATP ADP
H
N
O
H3C O
Protein Protein
H
P
O OH
OH
ATP binding site
N
N
O
H
H
O
H
N
H2
NOC
H3
C
H3
C
O
S
H3
C
Gln-767
Met-769
Leu-768
Ribose pocket
Hydrophobic
pocket
Cleft
N
N N
N
N
O
OH OH
H H
H H
O P O
O
O
P O
O
O
P
O
O
O
H H
HBD
HBA
N
N N
N
N
O
OH OH
H H
H H
O P O
O
O
P O
O
O
P
O
O
O
H H
Inibidores de proteína quinase
Inibidores Tipo I
• atuamna conformação ativa da enzima
• ligam no sítio de interação do ATP e bloqueiamo acesso do ATP
• ex: gefitinibe, erlotinibe, SU11248 e seliciclibe
Inibidores Tipo II
• atuamna conformação inativa da enzima
• ligam na enzima e estabilizama conformação inativa
• provavelmentesão mais seletivos
• ex: imatinibe,lapatinibe,sorafenibe e vatalanibe
O
F
Cl NH
N
N
O
HN
SO2Me
Lapatinibe – tipo II
Erlotinibe (Tarceva) – tipo I
IC50 2 nM
N
N
NH
O
O
OMe
OMe
4
N
N
HN
OMe
O N
O
F
Cl
4 6
7
3
1 Morpholine
Quinazoline
Aniline
Gefitinibe (Iressa) – tipo I
N
N
N
H
N
Me
N
H
O
N
N
Me
Imatinibe (Glivec ou Gleevec)
tipo II
•Primeiro inibidor de PK a chegarao mercado (FDA: 2001)
•Seletivo para um híbrido tirosina kinase (Bcr-Abl)
•Bcr-Ablé ativa em certas células tumorais
• Imatinibe: indicação para tratamento da Leucemia
Mieloide Crônica (LMC) – inovação terapêutica
(CombChem-HTS)
N
N
N
N
H
Me
N
H
O
N N Me
H
O N
H
O
MeS
Met
Gatekeeper
residue
Hydrophobic pocket
Selectivity region 1
O
Thr
O
O
Glu
H
N
O
O2C
Asp
H
Hydrophobic region
Selectivity region 2
Inibidores receptor-multi-tirosina quinases
•Sorafenibe aprovado como inibidor de VEGF-R quinase
•Sunitinibe aprovado em 2006 - inibe VEGF-R, PDGF-R e receptor KIT quinases
•Vatalanibe em triagens clínicas
F
N
H
O
N
H
Me
Me
O
N
H
NEt2
Sunitinib
N N
NH
N
Cl
Vatalanib
N
N
O
H3C O
N
H
N
O
Cl
CF3
Sorafenib IC50 12 nM
H
H

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  • 1. AGENTES ANTINEOPLÁSICOS Profa. Mônica T. Pupo Química Farmacêutica Il
  • 2. Bibliografia G. L. PATRICK. An introduction to medicinal chemistry. Oxford University Press. Anticancer Agents. 4th Ed. Cap. 21. P.519-578, 2009. 5th Ed. cap. 21, p. 514-577, 2013 6th Ed. Cap. 21, p. 543-619, 2017. V. F. ROCHE. Cancer and Chemotherapy. In: Foye´s Principles of Medicinal Chemistry, D. A. WILLIAMS, T. L. LEMKE (Eds). 6th ed. Lippincott Williams & Wilkins, Baltimore, 2008, p. 1147-1192. OU 7th Ed. . Cancer and Chemotherapy, cap. 37, p. 1199-1266, 2013. V. C. JORDAN. Selective estrogen receptor modulators. In: Foye´s Principles of Medicinal Chemistry, D. A. WILLIAMS, T. L. LEMKE (Eds). 5th ed. Lippincott Williams & Wilkins, Baltimore, 2002, p. 1059-1069. R.B. SILVERMAN. The organic chemistry of drug design and drug action. 2nd Ed., Elsevier Academic Press, 2004. (Cap. 6 DNA-Interactive agents. p. 323-403). Artigos: V. L. de ALMEIDA, A. LEITÃO, L. C. B. REINA, C. A. MONTANARI, C. L. DONNICI, M. T. P. LOPES. Câncer e agentes antineoplásicos ciclo-celular específicos e ciclo-celular não específicos que interagem com o DNA: uma introdução. Química Nova 2005, 28, 118-129 J. LÖWE, H. LI, K. H. DOWING, E. NOGALES. Refined structure of α,β-tubulin at 3.5 Å resolution. J. Mol. Biol. 2001, 313, 1045-1057. B. L. STAKER, K. HJERRILD, M. D. FREESE, C. A. BEHNKE, A. B. BURGIN JR., L. STEWART. The mechanism of topoisomerase I poisoning by a camptothecin analog. Proc. Nat. Acad. Sci. USA 2002, 99, 15387-15392.
  • 3. Quimioterapia Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. O termo quimioterapia refere-se ao tratamento de doenças porsubstâncias químicas que afetam o funcionamento celular. Popularmente, o termo refere-se à quimioterapia antineoplásica, um dos tratamentos do cânceronde são utilizadas drogas antineoplásicas. …… A primeira droga usada para a quimioterapia do câncer, entretanto, data porvolta do século XX, através de uma substância que não foi primeiramente usada com este propósito. O gás mostarda foi usado na guerra química durante a Primeira Guerra Mundiale foiestudado posteriormente durante a Segunda Guerra Mundial. Durante uma operação militar na Segunda Guerra Mundial, pessoas foram expostas acidentalmente ao gás mostarda e posteriormente descobriu-se que elas tiveram uma diminuição na contagem de leucócitos do sangue. Foi então deduzido que um agente que danificava rapidamente o crescimento de leucócitos deveria ter um efeito similar no câncer. Depois disto, na década de 1940, muitos pacientes com linfoma avançado receberam a droga porvia intravenosa, ao invés de inalar o gás. A melhora destes pacientes, embora temporária, foi notável. Esta experiência levou a pesquisas com outras substâncias que tinham efeito similar contra o câncer. Como resultado, muitas outras drogas foram sendo desenvolvidas no tratamento contra o câncer.
  • 4.
  • 5. DIVISÃO CELULAR G0 estágio de repouso: sem crescimento C: “checkpoints”
  • 6. Defeitos neste sistema têm sido detectados em ~90% dos tumores
  • 7. 1 h 2-6 h 6-8 h 10 h Ações dos antineoplásicos • bloqueiam biossíntese de ácidos nucleicos • bloqueiam transcrição de ácidos nucleicos • inibem divisão celular Principais alvos macromoleculares para fármacos antineoplásicos • DNA • enzimas envolvidas na biossíntese de purinas e pirimidinas • fuso mitótico • receptores hormonais • mecanismos de sinalização celular (proteínas)
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. 5’-3’ DNA-polimerase DNA-polimerase DNA-ligase Primer de RNA Fragmento de Okazaki Helicases Proteínas estabilizantes
  • 17. Classe de Fármacos Anticancerígenos Agentes alquilantes Antimetabólitos Hormônios Produtos naturais: Microbianos – antibióticos (intercalantes) Vegetais – antimitóticos Miscelânia / Inibidores de vias de sinalização
  • 18. FÁRMACOS ANTIMETABÓLITOS Antimetabólitos de pirimidinas Antimetabólitos de purinas Antimetabólitos do ácido fólico
  • 19. ANTIMETABÓLITOS DE PIRIMIDINAS • inibição de quinases; • inibição de enzimas da biossíntese de pirimidinas; • inibição da DNA polimerase; • incorporação no RNA ou DNA. O OH OH HO N N NH2 O O OH F HO N N NH2 O F 5-fluorouracil (5-FU) citarabina (ARA-C) HN N H O O F gencitabina NH O O N O OH HO F Floxuridina (FUDR)
  • 20. Semelhança Estrutural com os metabólitos
  • 21. Síntese "De Novo" de Nucleotídeos pirimidínicos: O NH2 O PO3H2 HO H2N O CO2H + HO HN O CO2H O H2N Ácido carbamoilaspártico Aspartato transcarbamilase NH N O CO2H O Diidroorotase H NH N O CO2H O NAD+ diidrooratato desidrogenase H P2O6H3 HO OH O H2O3P NH N O CO2H O HO OH O H2O3P Ácido Orotidílico NH N O O HO OH O H2O3P Descarboxilase Ácido uridílico
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27. Importância dos co-fatores derivados do ácido fólico N N N N OH H2N N H N H O COOH COOH N N N N H OH H2N N H2C NH O COOH HOOC 5 10 N5 ,N10 -metileno-FAH4 N N H N N H OH H2N N N H O COOH COOH 5 10 N N N N H OH H2N N H N H O COOH COOH N5 -formil-FAH4 5 10 CHO CHO N10 -formil-FAH4 (Ácido folínico, Leucovorin) ácido folico metabolismo Humanos - dieta Participam como co-fatores de reações de biossíntese das bases nitrogenadas dos ácidos nucleicos HOOC NH2 PABA bactérias parasitas ANTICANCERÍGENOS, ANTIBACTERIANOS, ANTIPARASITÁRIOS
  • 28. N N N N OH H2N Ribose N N N N H OH H2N CH2O P O P O OH O OH OH H2N COOH N N N N H OH H2N N H COOH Guanosina várias etapas ác. p-aminobenzóico (PABA) ác. diidropterióico N N N N OH H2N N H N H O COOH COOH N N N N H OH H2N N H N H O COOH COOH ÁCIDO FÓLICO (FA) (dieta) ácido diidrofólico (FAH2) N N H N N H OH H2N N H N H O COOH COOH ácido tetraidrofólico (FAH4) N N N N H OH H2N N H2C NH O COOH HOOC 5 10 5 10 N5 ,N10 -metileno-FAH4 diidropteroato sintetase DHFR DHFR Formação dos co-fatores do ácido fólico I sulfas Antimetabólitos do ác. fólico Ser
  • 29. N N N N H OH H2N N H2C NH O COOH HOOC 5 10 N5 ,N10 -metileno-FAH4 N N H N N H OH H2N N N H O COOH COOH 5 10 N N N N H OH H2N N H N H O COOH COOH N5 -formil-FAH4 5 10 CHO CHO N10 -formil-FAH4 (Ácido folínico, Leucovorin) Formação dos co-fatores do ácido fólico II
  • 31. HN N O O HO O O3P 2' - Deoxiuridilato N N NH N HN O H2N R N HN NH N HN O H2N R HN N O O HO O O3P S Enzima H H HN N O O HO O O3P CH3 2'-desoxitimidilato SH timidilato sintetase + N HN NH N HN O H2N R timidilato sintetase SH H+ N HN NH N HN O H2N R HN N O O HO O O3P H H+ Processonormal de conversãodo uridilato em timidilato, pela açãoda TIMIDILATO SINTETASE tetraidrofolato
  • 32. 5-Fluorouracil (5-FU) HN N H O O F Planejado (1957) com base na observação que alguns tumores usavam preferencialmente a URACILA ao invés do ácido orótico na biossíntese de pirimidinas
  • 33. NH O O N O OH HO F NH N H O O F NH O O N O OH HO F OH DERIVADO TRI-FOSFATO DERIVADO TRI-FOSFATO RNA DNA BIOATIVAÇÃO METABÓLICA
  • 34. HN N F O O 5-Fluorouracil HO OH O HO HN N F O O 5-Fluorouracilribosídeo Uridina quinase HO OH O O HN N F O O P O O- - O Ácido 5-fluorouridílico HO O O HN N F O O P O O- - O Ribonucleotídeo redutase HO O HO HN N F O O Fosforilbosiltransferase 5-fluorouracil 2-deoxiribosídeo ATIVAÇÃO DE 5-FLUORURACIL
  • 35.
  • 36.
  • 37. Mecanismo de inibição da timidilato sintetase com 5-fluorouracil N N NH N HN O H2N R2 HN N O O R1 SH Enzima F N HN NH N HN O H2N R2 HN N O O R1 S Enzima F X não ocorre
  • 38.
  • 39. Timidilato sintase: enzima responsável pela produção do nucleotídeo timina à partir do ácido 2- deoxiuridílico
  • 40. Distância entre o substrato e o grupo –SH do resíduo de cisteína 146 do sítio ativo da enzima
  • 41. ANTIMETABÓLITOS DE PURINAS N N N N NH2 O OH OH O F P O HO OH N N N N NH2 O OH HO Cl HN N N H N S HN N N H N S H2N 6-mercaptopurina 6-tioguanina Fludarabina fosfato Cladribina
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47. ANTIMETABÓLITOS DO ÁCIDO FÓLICO N N N N NH2 H2N R N CONHCH(CH2)2CO2H CO2H R=H Aminopterina R=CH3 Metotrexato N N NH2 N OCH3 N H OCH3 OCH3 Trimetotrexato CH3 N N NH2 N CH3 OCH3 OCH3 Piritrexim
  • 48. R = CH3 METOTREXATO R = H AMINOPTERINA N N N N NH2 H2N R N N H COOH O COOH MTX - não penetra nas células bacterianas Toxicidade para as células humanas Grupos lipofílicos N N NH2 H2N Cl PIRIMETAMINA N N OMe OMe OMe NH2 H2N TRIMETOPRIM antimalárico antibacteriano Aumento nas interações de VDW
  • 49. Fonte da enzima pirimetamina trimetoprim cicloguanil metotrexato Plasmodium berghei 0,5 70 3,6 0,7 E. coli 25.000 5 - 1 Fígado humano 1.800 300.000 - 90 Fígado rato 700 260.000 - 2 Eritrócito rato 1.000 1.000.000 1.600 - Seletividade na inibição da DHFR (IC50 em nm) CICLOGUANIL R = CH3 METOTREXATO R = H AMINOPTERINA N N N N NH2 H2N R N N H COOH O COOH N N OMe OMe OMe NH2 H2N TRIMETOPRIM N N N NH2 H2N Cl Me Me N N NH2 H2N Cl PIRIMETAMINA
  • 50. R = CH3 METOTREXATO R = H AMINOPTERINA N N N N NH2 H2N R N N H COOH O COOH N N N N OH H2N N H N H O COOH COOH ÁCIDO FÓLICO N N NH2 N CH3 OCH3 OCH3 PIRITREXIM N N H2N N OCH3 N H OCH3 OCH3 CH3 TRIMETOTREXATO Antimetabólitos antineoplásicos
  • 51. N N OMe OMe OMe NH2 H2N TRIMETOPRIM CICLOGUANIL N N N NH2 H2N Cl Me Me N N NH2 H2N Cl PIRIMETAMINA N N N N OH H2N N H N H O COOH COOH ÁCIDO FÓLICO N N HN NH2 H2N Cl Me Me In vivo PROGUANIL Antimetabólitos antimicrobianos antibacteriano antimaláricos
  • 52. Inibidores da ribonucleotídeo redutase Ribonucleotídeo redutase: converte ribonucleotídeos difosfatos em desoxirribonucelotídeos Contém co-fator essencial que envolve FERRO que reage com resíduo de tirosina para gerar e estabilizar tirosina radicalar, a qual abstrai próton do substrato e inicia o mecanismo; HIDROXICARBAMIDA – clinicamente útil por desestabilizar o centro que contém FERRO Ribonucleotídeo redutase: inibida diretamente por HIDROXICARBAMIDA mas também pode ser inibida indiretamente pelo aumento do nível de inibidores alostéricos como dATP Enzima adenosina desaminase – catalisa desaminação da adenosina e sua inibição aumenta [dATP], inibindo a ribonucletídeo redutase
  • 53.
  • 54. Mecanismo da adenosina desaminase Pentostatina – anti-leucemia Pentostatina: produto natural produzido por Streptomyces antibioticus. Potente inibidor da adenosina desaminase (Ki = 2,5 pM) adenina
  • 56. ALQUILANTES – agentes altamente eletrofílicos, que reagem com nucleófilos formando ligações covalentes fortes Mostardas nitrogenadas: N HO2C(H2C)3 CH2CH2Cl CH2CH2Cl Clorambucil N CH2CH2Cl CH2CH2Cl H3C Mecloretamina ou Clormetina H N P O O N CH2CH2Cl CH2CH2Cl Ciclofosfamida N P O O N H CH2CH2Cl CH2CH2Cl Ifosfamida
  • 57. Mecanismo de ação das mostardas nitrogenadas N H3C CH2CH2 Cl CH2CH2 Cl N CH2CH2Cl H3C H2C CH2 NR3 N H3C CH2CH2 NR3 CH2CH2 Cl DNA alquilado Nucleófilo: NR3 N CH2CH2Cl H3C H2C CH2
  • 58. Exemplo de alquilação na base nitrogenada de guanina NH N N O NH2 N O H H H H H OH O O P O O O- O H H H H H O N NH O O HN N N O H2N N O H H H H H OH O P O O- O H O H H H H HO N N NH2 O N H2C CH2 N H3C CH2 CH2 N
  • 59. Ciclofosfamida: agente alquilante mais usado na quimioterapia do câncer ciclofosfamida CYP450 Grupo fosforamida: diminui a nucleofilicidade do N, assim o agente alquilante é mais seletivo frente a nucleófilos fortes (ex.: guanina) Acroleína liberada pode causar toxicidade aos rins e bexiga
  • 61. N NH O O H2N H3C O NH2 O OCH3 N NH OH OH H2N H3C O NH2 O OCH3 N OH OH H2N H3C O NH2 O N O OH H2N H3C O NH2 O mitomicina C redução enzimática BIOATIVAÇÃO 1 ou 2 e- NH H B NH H B B+ H N NH2 O OH H2N H3C Ligação cruzada na dupla hélice de DNA O NH2 O DNA B+ H N NH2 OH OH H2N H3C O NH2 O DNA N NH2 OH OH H2N H3C DNA Mitomicina C (Streptomyces caespitosus) – alquilação do DNA
  • 62. O N H H N N H H3C O2 O N H N N H3C + H2O2 auto-oxidação em pH fisiológico O N H N N H H3C O N H NH2 N H H3C O H + metil-hidrazina O2 in vivo e in vitro NH N H3C metildiazeno CH3 + H + N2 ALQUILAÇÃO do DNA via RADICAIS LIVRES – HIDRAZINAS SUBSTITUÍDAS procarbazina Metilação do RNA e DNA (C-8 da guanina)
  • 63. N N H NH2 O N N N CH3 CH3 CYP450 N N H NH2 O N N H N CH3 H H O + N N H NH2 O NH2 N N CH3 + diazometano dacarbazina NH N N N O NH2 DNA 7 NH N N N O NH2 DNA 7 H3C N2 +
  • 64. Cl N N H Cl O N O Cl N N H O N O O HO HO NH OH OH O N N O CH3 NITROSOURÉIAS carmustina lomustina estreptozocina
  • 65. Cl N N Cl O N O H2O H Cl N N Cl O N O O N N Cl H N O NH N Cl N O C O + ác. diazótico vinílico 2-cloroetilisocianato + H2O - CO2 - N2 - OH H2C CH H2N Cl Cátion vinílico 2-cloroetilamina Agentes alquilantes
  • 69. AULA – produtos naturais Produtos naturais vegetais microbianos Atuam em proteínas estruturais (tubulina) Atuam por intercalação no DNA Inibição da topoisomerase Paclitaxel (taxol) Alcaloides da vinca Podofilotoxina* Camptotecina e deriv.* Podofilotoxina* Antraciclinas* Antraciclinas* Bleomicinas Dactinomicina Camptotecina e deriv.* Atuam por alquilação do DNA Mitomicina C (alquilantes) * Mecanismos mistos, origem vegetal em verde, origem microbiana em azul
  • 71. Agentes intercalantes: Ø são compostos que contém características planares e/ou heteroaromáticas que permitem a acomodação entre os pares de bases da dupla hélice do DNA; Ø os compostos se aproximam da hélice pelo sulco maior ou sulco menor; Ø uma vez inseridos entre os pares de bases de ácidos nucléicos, eles interagem por forças de vdw com os pares de bases acima e abaixo; Ø vários agentes intercalantes também contém grupos ionizáveis, que interagem com os grupamentos fosfato carregados da estrutura do DNA, aumentando a interação; Ø uma vez intercalados, outros processos podem acontecer para impedir a replicação e transcrição, levando à morte celular.
  • 72. Dactinomicina (Actinomicina D) (Streptomyces parvulus, 1953) Ácido 3-fenoxazona-1,9-dicarboxílico ü Intercalação ou inserção entre 2 pares de bases do DNA, formando complexo altamente estável que impede o desenrolamento da dupla hélice ü A RNA polimerase dependendede DNA é impedida de catalisar a síntese de mRNA e a transcrição é inibida
  • 73. Intercalação da actinomicina no DNA Ocorre desenovelamento parcial da hélice para a acomodação da actinomicina Interações π-π “stacking” estabilizam o complexo actinomicina-DNA A distorção causada pela actinomicina na dupla hélice afeta a atividade da RNA polimerase DNA-dependende transcrição afetada
  • 74. Reconhecimento celular Intercalação com DNA Sítios de quelação Sítio metabólico N N H N O NH2 NH2 O H2N H2N HN O O NH N O N H HO O H N HO O NH S N S N OH O O O OH OH HO O OH O O NH2 OH OH Bleomicina (Streptomyces verticillus, 1962) Ocorrem naturalmente como quelatos de cobre Após a intercalação, os N formam quelatos com íon ferroso, que então interage com oxigênio e é oxidado a íon férrico Liberação de radicais superóxido e hidroxílico (efeito citotóxico no DNA) ü Não causa depressão da medula óssea
  • 75. BLEOMICINA Ligação com DNA Sítio metabólico Reconhecimento celular Sítios de quelação
  • 76. daunosamina Interação iônica do –NH3 + com a cadeia de açúcar do DNA Intercalação no DNA Antraciclinas (Streptomyces peucetius) Doxorrubicina R1 = MeO; R2 = OH; R3 = H; R4 = OH Daunorrubicina R1 = MeO; R2 = H; R3 = H; R4 = OH Idarrubicina R1 = R2 = R3 = H; R4 = OH Epirrubicina R1 = MeO; R2 = R3 = OH; R4 = H ü Doxorrubicina: um dos antineoplásicos mais efetivos já descobertos (1967); ü antraciclinas aproximam-se do DNA pelo sulco maior; ü intercalação e interação iônica ü intercalação impede a função normal da TOPOISOMERASE II (antraciclinas estabilizam o complexo DNA-enzima e bloqueiam o processo) ü hidroxiquinona: quela ferro gerando espécies reativas de oxigênio → quebra na fita simples de DNA e efeitos cardiotóxicos Derivados sem o aminoaçúcar apresentam fraca atividade
  • 79. Agentes antimitóticos Produtos naturais vegetais: Alcalóides da vinca e diterpenos taxanos Ligam-se na tubulina impedindo a sua polimerização e formação dos microtúbulos Ligam-se nos microtúbulos impedindo sua despolimerização Os cromossomos não segregam corretamente (morte celular) Fármacos que atuam em proteína estrutural: tubulina Alcaloides da vinca Taxanos
  • 80. Fármacos que atuam em proteínas estruturais tubulina ü Proteína estrutural crucial para divisão celular; ü moléculas de tubulina se polimerizam para formar os microtúbulos no citoplasma da célula; ü Atua, portanto, como bloco construtor para microtúbulos, que são polimerizados e despolimerizados durante a divisão celular
  • 81. Ø Quando a célula vai se dividir, seus microtúbulos de despolimerizam formando a tubulina; Ø A tubulina é então repolimerizada para formar o fuso que separa as duas novas células e atua como estrutura na qual os cromossomos da célula original são transferidos para os núcleos das células filhas
  • 82. pela ligação na tubulina impedindo polimerização pela ligação nos microtúbulos impedindo despolimerização fármacos podem impedir este processo Ex: vincristina, vimblastina, vindesina, vinorelbina, podofilotoxina, epipodofilotoxina Triagens: filantosídeo, espongiostatina I, criptoficina, maytansina 1, combreostatinas Ex: paclitaxel (taxol) Triagens: epotilonas, eleuterobin, discodermolídeo
  • 83. N H N OH CH2CH3 CO2CH3 N N H CH2CH3 OAc OH CO2CH3 H H3CO R Alcaloides da vinca (Vinca rosea) R=CH3 vimblastina R=CHO vincristina Ligam-se à tubulina, impedindo sua polimerização e consequente formação dos microtúbulos
  • 84. Alcalóides da vinca (Vinca rosea) Ligam-se à tubulina, impedindo sua polimerização
  • 85. Taxol (Taxus brevifolia) O O OH O O O O O O HO O N H O OH O ü A ligação dos taxoides na subunidade β da tubulina acelera a polimerização e estabiliza os microtúbulos formados ü A despolimerização da tubulina é inibida ü Ocorre supressão da mitose (morte celular) T. baccata T. brevifolia
  • 86. Análogo com > atividade em triagens clínicas Importantes grupos de ligação Paclitaxel (taxol) Docetaxel (taxotere)
  • 87.
  • 88. O O OH O O O O O O HO O N H O OH O Reconhecimento molecular TAXOL / tubulina Löwe, J. et al. (2001) J. Mol. Biol. 313, 1045. Ligação H Interações hidrofóbicas
  • 89. Reconhecimento molecular TAXOL / tubulina O O OH O O O O O O HO O N H O OH O Interações hidrofóbicas Löwe, J. et al. (2001) J. Mol. Biol. 313, 1045.
  • 90. Reconhecimento molecular TAXOL / tubulina O O OH O O O O O O HO O N H O OH O Löwe, J. et al. J. (2001) Mol. Biol. 313, 1045.
  • 92. PNs Antineoplásicos de ação mista
  • 93. Epipodofilotoxinas (Podophyllum peltatum) • Ligam-se à tubulina em locais diferentes dos alcalóides da Vinca e não afetam a estrutura microtubular normal • Inibição da topoisomerase II, que leva a quebra da fita de DNA podofilotoxina
  • 94. N N O O OH O Camptotecina (Camptotheca acuminata) N N O O OH O R2 R1 R3 N N O O R1 = R2 = H;R3 = CH3CH2 irinotecan Topotecan R1 = OH; R2 = CH2N(CH3)2; R3 = H • Inibição da topoisomerase I • Causam quebra da fita simples do DNA
  • 95. Relaxa, às custas da hidrólise de ATP, a dupla hélice do DNA para permitir a replicação (quebra na fita) Também promove reparos no DNA Tyr-723: é esterificada pela lig. fosfodiéster do DNA (complexo covalente DNA-Topo I) Após a relaxação, ocorre a liberação do resíduo de Tyr pela 5’-OH da fita quebrada (mais rápido) Algumas lesões no DNA e substâncias estabilizam o intermediário covalente 3’-fosfotirosil H2N CH C CH2 OH O OH Camptotecina e análogos
  • 96. Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I Staker B. L. et al. (2002) Proc. Nat. Acad. Sci. USA 99 (24), 15387. N N O O OH O HO NH
  • 97. Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I Staker B. L. et al. (2002) Proc. Nat. Acad. Sci. USA 99 (24), 15387. topotecan N N O O OH O HO NH
  • 98. N N O O OH O HO NH 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 20 21 22 17 Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I topotecan Interações (Lig H) dos resíduos da topo I que posicionam o fosfodiéster no complexo Quebra na fita do DNA
  • 99. Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I topotecan Lig H entre Thr-718 (OH) e O do fosfodiéster da guanosina da fita quebrada N N O O OH O HO NH 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 20 21 22 17
  • 100. Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I Lig H entre Arg364 e adenosina (fita íntegra) Ligação covalente entre a fosfoTyr- 723 e timina do DNA
  • 101. Complexo DNA-topotecan-topoisomerase I Lig H entre Asp533 e 20S OH N N O O OH O HO NH 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 20 21 22 17
  • 102. AULA - Terapias baseadas em hormônios ü Usados em cânceres dependentes de hormônios ü Câncer de mama – antiestrogênios ü Câncer de próstata – antiandrogênios e - agonistas do hormônio de liberação de gonadotrofina ü Hormônios esteroides interagem com receptores intracelulares formando complexos que atuam como fatores de transcrição nucleares ⇒ controlam se a transcrição ocorre ou não Moduladores seletivos do receptor de estrógeno: Podem bloquear a ação do estrógeno na mama e no útero, mantendo a densidade óssea e reduzir os níveis de colesterol circulante
  • 103.
  • 104. As principais formas do estrógeno humano produzidas por mulheres são estradiol e estrona. Ambas são produzidas e secretadas pelos ovários. Estrona também é produzida nas glândulas adrenais e outros órgãos. Antiestrogênios estradiol estrona Núcleo androstano
  • 105. Funcionamento de receptores intracelulares pela ligação com o mensageiro (ligante) Controle da transcrição pelo receptor de estrógeno
  • 107. A) Estradiol / domínio de ligação do ligante no receptor B) Raloxifeno / domínio de ligação do ligante no receptor A posição da hélice-12 é essencial para a ligação dos coativadores (CoA) para formar um complexo de trancrição no gene responsivo ao estrógeno A hélice-12 fecha o ligante no bolsão hidrofóbico. Acredita-se que esta conformação permita a ligação do coativador. A hélice-12 NÃO fecha o ligante no bolsão hidrofóbico. A transcrição não ocorre porque os coativadores não podem ligar.
  • 108. Modos de ligação de estradiol e raloxifeno (antagonista) no receptor estrogênico Grupo +NRH estabelece ligação de H com Asp-351, que não ocorre com estradiol. A cadeia lateral se projeta para fora do sítio de ligação, impedindo a hélice 12 de se mover sobre o ligante
  • 109. Ações seletivas do tamoxifeno em diferentes tecidos alvo de estrógeno no mesmo hospedeiro: diferentes sinais regulatórios em um sítio e em outro Mudanças conformacionais dos receptores, atraindo novos coativadores ou correpressores para modular a ação do estrógeno em diferentes tecidos
  • 110. O N TAMOXIFENO S O O N HO RALOXIFENO Raloxifeno, aprovado pelo FDA em 1997 para prevenção de osteoporose em mulheres pós- menopausa Ambos antiestrogênios: • Funcionam como estrogênio nos ossos, mantendosua força e aumentandosua densidade (como estradiol). • Diminuem os níveis de LDL, diminuindo os riscos de doenças cardíacas. • Causam modesto aumento norisco de câncer do endométrio, comoestradiol. • Causam efeito antiestrogênio nas mamas - inibem o câncer de mama. • Causam aumento nas ondas de calor (antiestrogênio) e aumentona incidência de coágulos sanguíneos (estrogênio)
  • 111. Análogos rígidos do trifenilestilbeno ü O desafio para os químicos medicinais é manter ação antiestrogênica absoluta nas mamas e útero.
  • 112. ü Flutamida e acetato de ciproterona são usados para tratar câncerde próstata e bloqueiam a ação dos androgênios nos seus receptores. ü Tratamento atual de câncer de próstata: antiandrogênio + agonista de LHRH (agonista de liberação do hormônio luteinizante). ü Agonistas LHRH: hormônios decapeptídeos que se ligam aos receptores nas células pituitárias e estimulam a liberação de hormônio luteinizante (LH). üEm exposição prolongada a LHRH, o receptorse torna dessensibilizado, levando a queda dos níveis de LH. üUma vez que LH estimula a síntese de testosterona, a [testosterona] irá diminuir. ü Outra estratégia terapêutica: Abiraterona - agente que inibe CYP45017a – enzima envolvida na formação dos androgênios. Aprovada em 2011 para câncerde próstata. Antiandrogênios
  • 113. O O HO O HO OH ANDROSTENODIONA ESTRONA ESTRADIOL AROMATASE INIBIDORES DA AROMATASE CH3 CH3 CN H3C CH3 CN N N N ANASTRAZOL N N N LETROZOL CN NC ü Segunda linha de fármacos para tratamento de câncer de mama resistente ao tamoxifeno Ø Inibidores reversíveis Ø O N do anel triazol é importante na interação com íon Fe do grupo heme da aromatase
  • 114. Inibidores de vias de sinalização ü desenvolvidos graças aos avanços na genética e biologia molecular, que têm permitido um maior entendimento dos processos moleculares envolvidos em cânceres específicos, üe também à identificação de vários alvos moleculares que ou são únicos a uma célula cancerígena ou são super-expressos comparados às células normais ü fármacos mais recentes, mais seletivos para células tumorais, e menos tóxicos Ø Inibidores da farnesil transferase e da proteína Ras Ø Inibidores de proteínas quinases
  • 115. Do fator de crescimento à transcrição gênica Grb2: proteína Ras: proteína de membrana Raf: ser-thr-quinase Mek: tyr-thr-quinase Map quinase: quinase ativada por mitogênio Crescimento e divisão celular
  • 116. ü Função anormalda proteína de sinalização Ras está presente em 30% dos cânceres humanos, e é principalmente prevalente em cânceres de cólon e pâncreas; ü Ras anormal deriva de mutação no gene ras; ü Ras ligada a GDP: estado de repouso / Ras ligada a GTP: estado ativo ü Os mutantes ligam-se persistentemente ao GTP e não conseguem hidrolisá-lo, portanto ficam constantemente ativos; ü Ras é parte de um sistema integralde vias de sinalização que controla crescimento e divisão celular, portanto acredita-se que isso contribua para o desenvolvimento do câncer; ü Métodos para neutralizar Ras – úteis no tratamento do câncer; ü Enzima farnesil transferase (zinco-metaloenzima): responsávelpela ligação de um grupo farnesila (C-15) à proteína Ras no citoplasma. O grupo farnesila é hidrofóbico e atua como uma âncora para segurara proteína Ras na superfície interna da membrana celular – necessário para a interação da Ras com outros elementos do processo de transdução do sinal. ü Inibidores da Farnesil Transferase – controlam células cancerígenas que contém o oncogene ras in vitro
  • 117. PPO farnesyl diphosphate Ras H N N H H N N H O O O OH O HS S Met Val Cys FTase Ras H N N H H N N H O O O OH O S S Further processing Ras H N OMe O S Methyl ester Farnesil transferase: mecanismo enzimático PPO farnesyl diphosphate • Farnesil difosfato (FPP) liga-se primeiro no sítio ativo • FPP auxilia a ligação da proteína Ras no sítio ativo • Íons magnésio e ferro estão presentes como cofatores • Magnésio interage com grupo pirofosfato, resultando em melhorgrupo abandonador • Ferro interage com grupo tiol da cisteína, resultando em melhor nucleófilo
  • 118. C-a-a-X Substrato •C = cysteine • a = valine, isoleucine or leucine •X = methionine, glutamine or serine Substratos da farnesil transferase compartilham uma sub-unidade tetrapeptídica terminal denominada peptídeo CaaX Inibidores da FT devem apresentar •Boa atividade inibitória da enzima •Capacidade de cruzar a membrana celularpara chegarna enzima •Estabilidade metabólica •Solubilidade aquosa •Absorção oral • Propriedades farmacocinéticas favoráveis
  • 119. •Inibidores foram desenvolvidos para mimetizar o tetrapeptideo terminal - CaaX •Tetrapeptideos com Phe próximo ao X atuam como inibidores •Lead compounds C-a-a-X Substrato C-a-Phe-X Inibidor •C = cysteine • a = valine, isoleucine or leucine •X = methionine, glutamine or serine Inibidores da FT
  • 120. Lead compound H2N N H H N N H OH O O HS SMe O O Cys Val Phe Met Desvantagens •Ácido carboxílico terminal ionizável – ruim para absorção •Ligações peptidícas susceptíveis a hidrólise enzimática •Fraca estabilidade frente a enzimas digestivas e metabólicas (e.g. aminopeptidases)
  • 121. N Br N Br Cl O N NH2 O Lonafarnib IC50 1.9 nM Exemplos de inibidores de FT •Não peptídico •Desenvolvido a partir de um lead compound descoberto por triagem de coleções de compostos •10,000 vezes mais ativo que o lead compound
  • 122. •Inibidor FT não peptídico •Desenvolvido a partir do lonafarnibe por desenho baseado em estrutura •Anel imidazólico foi introduzido como ligante do zinco •Anel aromático introduzido como bloqueio estérico contra o metabolismo N N N Cl O O N O N N Me Sch 226374 IC50 0.36 nM N Br N Br Cl O N NH2 O Lonafarnib IC50 1.9 nM Steric shield N N N Cl O O N O N N Me Sch 226374 IC50 0.36 nM Imidazole ring Steric shield N N N Cl O O N O N N Me Sch 226374 IC50 0.36 nM
  • 123. Desenvolvimento do Tipifarnibe •Lead compound •Identificado pela triagem de coleções de compostos •Imidazol – ligante do zinco •Ambos anéis aromáticos são importantes para atividade N HN Cl N O I; IC50 180 nM Imidazole Quinolone N HN Cl N O I; IC50 180 nM
  • 124. •estratégia – variação dos substituintes •Atividade aumenta com a introdução de substituinte meta- cloro N HN Cl N O Cl II; IC50 35 nM Imidazole Quinolone N HN Cl N O I; IC50 180 nM Desenvolvimento do Tipifarnibe
  • 125. •Estratégia – variação dos substituintes •Atividade aumenta com introdução do substituinte N- metílico N HN Cl N O Cl II; IC50 35 nM N MeN Cl N O Cl III; IC50 15 nM Imidazole Quinolone N HN Cl N O I; IC50 180 nM Desenvolvimento do Tipifarnibe
  • 126. N HN Cl N O Cl II; IC50 35 nM N MeN Cl N O Cl III; IC50 15 nM MeN Cl N N O Cl Me IV; IC50 2.5 nM •Estratégia – variação da substituição do anel •Atividade aumenta Imidazole Quinolone N HN Cl N O I; IC50 180 nM Desenvolvimento do Tipifarnibe
  • 127. N MeN Cl N O Cl III; IC50 15 nM MeN Cl N N O Cl Me IV; IC50 2.5 nM MeN Cl Cl N N Me H2N O Tipifarnibe; IC50 0.6 nM •Estratégia- extensão •Grupo funcional extra •Interações de ligação extra •Atividade aumenta Imidazole Quinolone N HN Cl N O I; IC50 180 nM N HN Cl N O Cl II; IC50 35 nM Desenvolvimento do Tipifarnibe -Inibidores FT: potencial ag. anticancerígenos -Atividade não é necessariamente apenas devida à inibição da FT
  • 128. Inibidores de Proteína quinases •Enzimas que catalisam reações de fosforilação em substratos proteicos •500-2000 proteinas quinases na célula •Proteínas quinases estão presentes no citoplasma •Receptores de Proteínas quinases – função dupla como receptor e enzima •Super-expressão pode resultar em cancer •Tirosina quinases, serina-treonina quinases e histidina quinases •ATP usado como cofator enzimático – agente de fosforilação N N N N N O OH OH H H H H O P O O O P O O O P O O O H H 6 1 N N N N N O OH OH H H H H O P O O O P O O O H H 6 1 O P O O O
  • 129. Tyrosine kinases H N O Protein Protein H OH ATP ADP H N O Protein Protein H O P OH OH O Serine-threonine kinases Serine H N O OH Protein Protein H ATP ADP H N O O Protein Protein H P O OH OH Threonine H N O H3C OH Protein Protein H ATP ADP H N O H3C O Protein Protein H P O OH OH
  • 130. ATP binding site N N O H H O H N H2 NOC H3 C H3 C O S H3 C Gln-767 Met-769 Leu-768 Ribose pocket Hydrophobic pocket Cleft N N N N N O OH OH H H H H O P O O O P O O O P O O O H H HBD HBA N N N N N O OH OH H H H H O P O O O P O O O P O O O H H
  • 131. Inibidores de proteína quinase Inibidores Tipo I • atuamna conformação ativa da enzima • ligam no sítio de interação do ATP e bloqueiamo acesso do ATP • ex: gefitinibe, erlotinibe, SU11248 e seliciclibe Inibidores Tipo II • atuamna conformação inativa da enzima • ligam na enzima e estabilizama conformação inativa • provavelmentesão mais seletivos • ex: imatinibe,lapatinibe,sorafenibe e vatalanibe
  • 132. O F Cl NH N N O HN SO2Me Lapatinibe – tipo II Erlotinibe (Tarceva) – tipo I IC50 2 nM N N NH O O OMe OMe 4 N N HN OMe O N O F Cl 4 6 7 3 1 Morpholine Quinazoline Aniline Gefitinibe (Iressa) – tipo I
  • 133. N N N H N Me N H O N N Me Imatinibe (Glivec ou Gleevec) tipo II •Primeiro inibidor de PK a chegarao mercado (FDA: 2001) •Seletivo para um híbrido tirosina kinase (Bcr-Abl) •Bcr-Ablé ativa em certas células tumorais • Imatinibe: indicação para tratamento da Leucemia Mieloide Crônica (LMC) – inovação terapêutica (CombChem-HTS) N N N N H Me N H O N N Me H O N H O MeS Met Gatekeeper residue Hydrophobic pocket Selectivity region 1 O Thr O O Glu H N O O2C Asp H Hydrophobic region Selectivity region 2
  • 134. Inibidores receptor-multi-tirosina quinases •Sorafenibe aprovado como inibidor de VEGF-R quinase •Sunitinibe aprovado em 2006 - inibe VEGF-R, PDGF-R e receptor KIT quinases •Vatalanibe em triagens clínicas F N H O N H Me Me O N H NEt2 Sunitinib N N NH N Cl Vatalanib N N O H3C O N H N O Cl CF3 Sorafenib IC50 12 nM H H