SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
Breves comentários sobre Planos Diretores Urbanos e os seus
impactos sócio-econômicos sobre as populações dos municípios
Conteúdo extraído da Dissertação de Mestrado de Antonio
Fernando de Araujo Navarro Pereira, Mestre em Saúde e Meio
Ambiente pela Universidade da Região de Joinville em 2005

As dimensões de importância do espaço urbano neste final de século tomam
proporções gigantescas, numa relação direta com a expansão do capitalismo por todos os cantos
da terra, atravessando fronteiras e regimes políticos, mercados e moedas. Dentro desse contexto,
verifica-se que a análise do desenvolvimento do ambiente urbano não é tão somente a criação
meramente material de concreto e asfalto, mas sim uma expressão da civilização, motivo pelo
qual a racionalização e organização do meio físico das cidades, bem como a própria concepção
de propriedade urbana, merecem maior relevo e atenção dos poderes estatais. As poucas áreas
que recebem melhoramentos públicos (que, no Brasil, insistentemente se situam nas zonas mais
centrais), supervalorizam-se pela enorme desproporcionalidade no que se refere à qualidade de
vida que oferecem, em contraste com as zonas mais periféricas. Essa escassez de recursos
públicos provoca, por sua vez, a exacerbação da renda diferencial imobiliária, traduzida na
ampliação da diferença de preços dos imóveis construídos e de seus aluguéis, o que faz
recrudescer a desigualdade imperante em nosso país. O Plano Diretor é parte integrante do
processo de planejamento municipal, sendo obrigatório para as cidades com mais de 20.000
habitantes, devendo conter, no mínimo, a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser
aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de
infra-estrutura e de demanda para utilização (HENNIG, 1997).
O Plano Diretor Municipal contém as "exigências fundamentais de ordenação da
cidade" a que se refere o artigo 182 da Constituição Federal:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei têm por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
Cada município tem um papel diferente no conjunto dos municípios, ou seja, tem
uma especialização funcional que lhe é peculiar e que reflete as opções de localização da
população e das atividades humanas em uma determinada região. Essa especialização funcional
requer políticas públicas peculiares a cada município. No município a população e as atividades
humanas resolvem a seu modo os conflitos entre interesses individuais e os conflitos desses com
os interesses coletivos na disputa pelo espaço urbanizado e construído, pelos equipamentos e
serviços coletivos, e pelos recursos naturais presentes na cidade. Às diferentes regulações
desses conflitos correspondem diferentes políticas públicas. Por via de conseqüência, cada
município tem diferentes "exigências fundamentais de ordenação da cidade", ou seja, têm um
Plano Diretor diferente dos Planos Diretores dos demais municípios. Os conteúdos dos Planos

1
Diretores municipais diferem uns dos outros em função da especialização funcional das cidades,
já que há diferentes intensidades entre atividades humanas de cidades com diferentes
especializações (MOREIRA, 1999).
A visão corrente do processo de desenvolvimento coloca o homem no centro da
discussão. Nessa direção, os problemas sociais relacionados ao desenvolvimento, via de regra,
têm sobrepujado a dimensão ambiental. E é justamente nesse ponto que reside o eixo da
chamada questão ambiental e, vinculada a ela, está a problemática do desenvolvimento
sustentável. Atuar com base em princípios de sustentabilidade significa independer de decisões
ou de políticas oportunistas, mas sim, em longo prazo, considerar os cenários resultantes das
ações do presente. A educação é um outro aspecto chave a ser considerado na formulação e,
principalmente, na execução de qualquer proposta de desenvolvimento sustentável. Não
exclusivamente a educação relacionada aos aspectos formais da alfabetização e da formação
profissional. Mas sim, a educação vista sob o seu mais amplo aspecto, que dê condições para o
efetivo exercício da cidadania (GOVERNO DE JOINVILLE, 1998).
O Plano Diretor é um dos instrumentos mais importantes de política de desenvolvimento e de
crescimento urbano. É parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo ser
aprovado por Lei. Com base no conhecimento da cidade que temos na vida real, o Plano Diretor
define as regras para chegarmos à cidade que queremos, um lugar melhor para se viver. Esse é
um processo que diz respeito a todas as pessoas que moram na cidade.
Muitos dos Planos redigidos não levaram em consideração os problemas sociais das cidades
como desemprego, falta de moradias e de linhas de ônibus adequadas, grande número de
favelas, etc.
Dessa forma, as cidades foram crescendo sem obedecer a nenhum planejamento e, o que é
pior, vendo seus problemas se multiplicarem, sem instrumentos para atuar sobre eles. Porém,
no momento atual, existem novas possibilidades para o planejamento municipal, graças à
aprovação da Lei Federal nº 10.257/2001, conhecida como “Estatuto da Cidade”. Esse Estatuto
estabelece no parágrafo único do Art. 1° normas de ordem pública e interesse social que
regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem estar
dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
Mais adiante, quando se refere às questões do Plano Diretor, em seu capítulo III esclarece:
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor, assegurando o atendimento
das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento
das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2º desta Lei.
Art. 40. O Plano Diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana.

2
§ 1º O Plano Diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano
plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as
prioridades nele contidas.
§ 2º O Plano Diretor deverá englobar o território do Município como um todo.
§ 3º A lei que instituir o Plano Diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos.
§ 4º No processo de elaboração do Plano Diretor e na fiscalização de sua implementação, os
Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão:
I-

a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de
associações representativas dos vários segmentos da comunidade;

II - a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos;
III - o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos.
As políticas públicas relativas ao espaço urbano, no campo da competência dos
municípios, são "exigências fundamentais de ordenação da cidade" que integram o Plano Diretor.
Os conflitos entre interesses individuais entre si e destes com os interesses coletivos relativos ao
espaço urbano são, geralmente, a disputa pelo espaço (território) urbanizado; a disputa pelos
recursos naturais (ar, água, solo, silêncio, ventilação, insolação); a disputa pelos equipamentos e
serviços coletivos (redes de água, de esgoto, de energia elétrica, de iluminação pública, de
drenagem de águas de chuva, de comunicações, de vias pavimentadas, de transportes públicos,
etc.); a disputa pela preservação ou destruição do patrimônio cultural - inclusive a paisagem
(MOREIRA, 1999).
Esta disputa pelo espaço urbanizado resulta, ainda, na subdivisão do território da
cidade em compartimentos destinados à diferentes atividades, tais como, habitação, comércio e
serviços, produção industrial, circulação, recreação, etc. Trata-se da especialização funcional a
que se refere a Carta de Atenas (CIAM) que tanto influenciou a concepção modernista das
cidades. Trata-se, também, da segregação social a que se refere Lojkine (1981) e que a
legislação de zoneamento freqüentemente, e equivocadamente, procura cristalizar.
As políticas públicas para regulação das disputas relativas a invasão de
propriedades públicas e privadas - a favelização - tem sido a produção de habitações de interesse
social com recursos geridos pelo poder público. Mas, diante do agravamento da questão
habitacional, e da indisponibilidade de recursos para produção e de recursos para produção
habitacional na escala requerida pela dimensão da população favelada, as políticas públicas têm
sido reorientadas para regularização da posse e para urbanização das áreas invadidas - inclusive
na forma de mutirões, autogestão, ou verticalização, com a correspondente indenização dos
proprietários e com a reposição, das áreas públicas em outros locais.
A Constituição Federal de 1988, em seu Capítulo da Política Urbana, dispõe que
compete aos municípios executar a política de desenvolvimento urbano, através de diretrizes
gerais fixadas em lei municipal, visando o ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais

3
da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. (art. 182 da CF). A Legislação Urbana é
constituída basicamente dos seguintes instrumentos legais:
Lei do Plano Diretor;
Lei de Parcelamento do Solo para Fins Urbanos;
Lei do Perímetro Urbano, e da Expansão Urbana;
Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano (Zoneamento);
Lei do Sistema Viário;
Código de Obras;
Código de Posturas.
Outros instrumentos legais podem se incorporar ao conjunto da Legislação
Urbana, como a Lei do Meio Ambiente, a Lei Sanitária, e leis necessárias para a implementação
dos novos instrumentos exigidos pelo Estatuto da Cidade, Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de
2001.
Especificamente quanto a questão ambiental, os planos diretores estudados
como comparativo se manifestam de modo diferente. As distintas visões para o mesmo problema
– meio ambiente – decorrem muitas vezes do momento por que passa o município, também do
maior ou menor envolvimento da população, e dos problemas existentes nesses. Cada um dos
municípios analisados tem, em seu Plano Diretor um maior comprometimento com determinadas
questões, como por exemplo:
Blumenau – drenagem urbana.
Londrina - espaços verdes.
Petrópolis - preservação das encostas.
Porto Alegre - espaços naturais e culturais.
Santo André - desenvolvimento econômico, social e proteção do meio ambiente.
Joinville – meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Deve-se salientar que, especificamente quanto ao município de Petrópolis, no
estado do Rio de Janeiro, esse está contido em uma Área de Proteção Ambiental (APA), criada
pelo Decreto Nº 87.561, em 13 de setembro de 1982. Essa é considerada a primeira Área de
Proteção Ambiental criada no país e só foi delimitada 10 anos depois, pelo Decreto Nº 527, em 20
de maio de 1992, abrangendo áreas urbanas, periurbanas e rurais. Outro aspecto interessante do
Plano Diretor desse município é o da incorporação das propostas comunitárias na revisão pela
qual passou em 2003, definindo-se datas futuras para a implementação das ações.

4.4.3 Município de Petrópolis / RJ

Lei Municipal n° 6070, 18/12/2003
Este município, como elaborou a revisão do seu Plano após a edição do Estatuto
das Cidades (Lei Federal n° 10.257), já apresenta forte participação da comunidade,

4
estabelecendo, inclusive, um cronograma para implementação de suas ações. Do anexo referente
às Políticas Públicas de Desenvolvimento Sustentável destacaram-se algumas das Ações
Mestras, como a seguir:
Elaboração de uma política de Meio Ambiente.
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

Montagem de banco de dados que permita a ação

2.005

Código Florestal em vigor, Plano Setorial de Meio Ambiente (OS/MADS) operacional, Conselho Municipal de Meio Ambiente, mecanismos
de participação operacionais

2.012

Metas de “longo prazo” definidas pelo PS/MA-DS

Delimitação de áreas a serem rigorosamente preservadas em função de seu interesse na
preservação de recursos hídricos.
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

Banco de dados em fase de montagem

2.005

Áreas definidas pelo PS/MA-DS

2.012

Avaliação da primeira década de experiência e adequação através de
propostas ao SiplaM

Plano permanente de preservação e combate a incêndios florestais.
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

Banco de dados em fase de montagem, em parceria com Defesa Civil,
IEF, e outros órgãos interessados

2.005

Plano incluso no PS/MA-DS

2.012

Avaliação da primeira década de experiência e adequação através de
propostas ao SiplaM

Criação de Parques Ecológicos com visitação controlada, objetivando a divulgação das riquezas
naturais do Município e sua preservação.
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

Montagem de banco de dados e pelo menos um Parque ecológico
criado, preferencialmente o da Av. Ipiranga, como projeto-piloto

2.005

Avaliação dos resultados e estudos para a implantação de novos
parques ecológicos

2.012

A partir da experiência vivida, pelo menos mais um segundo Parque
Ecológico criado, preferencialmente nos Distritos.

5
Programa de incentivo à gestão ambiental nas empresas (Selo Verde).
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

Montagem de banco de dados, e estudo do Balanço Social (Betinho)

2.005

Inserção de lista de ações de incentivo específicas no PS/MA-DS

2.012

Avaliação da experiência e adequações através do SiplaM

Elaboração de um programa de educação ambiental.
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

Inventário das experiências existentes

2.005

Sistema implantado e operacional, em escala experimental, e inserção
do tema no PS/MA-DS

2.012

Sistema plenamente implantado, apto a satisfazer demanda municipal.

Criar política de incentivos à substituição dos sistemas de esgotamento sanitário, por outras
formas não agressivas ao Meio Ambiente.
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

Criação de GT específico para estudo da questão, de relevante
importância para o Município

2.005

Incentivos introduzidos no código Tributário, em interface com a SEF,
através do SiplaM; inserção no PS/MA-DS

2.012

Avaliação dos resultados alcançados e revisão eventual

Proposta Comunitária: Transformar as áreas públicas planas, morros e encostas do Município,
que se encontram com suas áreas verdes preservadas, em reserva florestal
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

estudar a proposta comunitária (PC)

2.005

sendo viável a implementação, iniciar o programa

2.012

avaliar a experiência

Proposta Comunitária: Transformar as áreas particulares, planas, morros e encostas do Município,
que se encontram com suas áreas verdes preservadas, e cujos proprietários estiverem
inadimplentes com seus impostos em mais de cinco anos, em reserva florestal, mediante
desapropriação.
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

Estudar a Proposta Comunitária

2.005

Sendo viável a implementação, ter iniciado o programa

2.012

Avaliar a experiência

6
Proposta Comunitária: As áreas citadas em 19 e 20, caso estejam desmatadas, ao serem
transformadas em áreas de proteção ambiental, serão imediatamente reflorestadas pela PMP, em
parceria com outros órgãos e com o desejado apoio da Comunidade.
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

Estudar a PC

2.005

Sendo viável a proposta, ter iniciado o programa

2.012

Avaliar a experiência

Proposta Comunitária: Criação, nas Comunidades, de Agentes Comunitários Ambientais
Voluntários, treinados pelas SMADS e SOB, que terão autoridade, concedida pelo poder público,
para notificar o infrator e encaminhar o auto de notificação à autoridade competente.
Ano

Ações propostas

2.003/2.004

Estudar a PC

2.005

Sendo viável a proposta ter implementado o programa

2.012

Avaliar a experiência

7

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Plano Diretor Instrumento de Planejamento Urbano - Graduação
Plano Diretor Instrumento de Planejamento Urbano - GraduaçãoPlano Diretor Instrumento de Planejamento Urbano - Graduação
Plano Diretor Instrumento de Planejamento Urbano - GraduaçãoPaulo Orlando
 
Estatuto da cidade
Estatuto da cidadeEstatuto da cidade
Estatuto da cidadediegobart07
 
Estatuto da cidade comentado lfb
Estatuto da cidade comentado lfbEstatuto da cidade comentado lfb
Estatuto da cidade comentado lfbCarlos Elson Cunha
 
Cartilha sobre Regularização Fundiária
Cartilha sobre Regularização Fundiária Cartilha sobre Regularização Fundiária
Cartilha sobre Regularização Fundiária imaginacao
 
Planej urb dimensoes planej
Planej urb dimensoes planejPlanej urb dimensoes planej
Planej urb dimensoes planejPaulo Orlando
 
Do uso e ocupação do solo Carlos Henrique Lage Silva
Do uso e ocupação do solo   Carlos Henrique Lage SilvaDo uso e ocupação do solo   Carlos Henrique Lage Silva
Do uso e ocupação do solo Carlos Henrique Lage Silvacarlosilva1710
 
Entenda como funciona_o_plano_diretor
Entenda como funciona_o_plano_diretorEntenda como funciona_o_plano_diretor
Entenda como funciona_o_plano_diretorGuilherme Thies
 
Lei do ordenamento_do_territorio_e_do_urbanismo
Lei do ordenamento_do_territorio_e_do_urbanismoLei do ordenamento_do_territorio_e_do_urbanismo
Lei do ordenamento_do_territorio_e_do_urbanismoJoão Manuel Juvandes
 
Resumo plano diretor santana-ap
Resumo plano diretor santana-apResumo plano diretor santana-ap
Resumo plano diretor santana-apPedro Almeida
 
02 plano diretor arrumado
02 plano diretor arrumado02 plano diretor arrumado
02 plano diretor arrumadoAylce da Silva
 
10. planejamento urbano
10. planejamento urbano10. planejamento urbano
10. planejamento urbanoAna Cunha
 
Políticas publicas e planejamento ambiental urbano geografia upe
Políticas publicas e planejamento ambiental urbano geografia upePolíticas publicas e planejamento ambiental urbano geografia upe
Políticas publicas e planejamento ambiental urbano geografia upeItalo Alan
 
Lei 115 06 pdmfi plano diretor de foz do iguaçu
Lei 115 06 pdmfi plano diretor de foz do iguaçuLei 115 06 pdmfi plano diretor de foz do iguaçu
Lei 115 06 pdmfi plano diretor de foz do iguaçuFabio Malikoski
 
Um breve histórico do planejamento urbano no brasil
Um breve histórico do planejamento urbano no brasilUm breve histórico do planejamento urbano no brasil
Um breve histórico do planejamento urbano no brasilPaulo Orlando
 

Mais procurados (20)

Renan edison
Renan edisonRenan edison
Renan edison
 
Plano Diretor Instrumento de Planejamento Urbano - Graduação
Plano Diretor Instrumento de Planejamento Urbano - GraduaçãoPlano Diretor Instrumento de Planejamento Urbano - Graduação
Plano Diretor Instrumento de Planejamento Urbano - Graduação
 
Slides estatuto da cidade
Slides estatuto da cidadeSlides estatuto da cidade
Slides estatuto da cidade
 
Estatuto da cidade
Estatuto da cidadeEstatuto da cidade
Estatuto da cidade
 
Estatuto da cidade comentado lfb
Estatuto da cidade comentado lfbEstatuto da cidade comentado lfb
Estatuto da cidade comentado lfb
 
Cartilha sobre Regularização Fundiária
Cartilha sobre Regularização Fundiária Cartilha sobre Regularização Fundiária
Cartilha sobre Regularização Fundiária
 
Estatuto da cidade
Estatuto da cidadeEstatuto da cidade
Estatuto da cidade
 
Cartilha Plano Diretor
Cartilha Plano Diretor Cartilha Plano Diretor
Cartilha Plano Diretor
 
Planej urb dimensoes planej
Planej urb dimensoes planejPlanej urb dimensoes planej
Planej urb dimensoes planej
 
Plano Diretor
Plano DiretorPlano Diretor
Plano Diretor
 
Do uso e ocupação do solo Carlos Henrique Lage Silva
Do uso e ocupação do solo   Carlos Henrique Lage SilvaDo uso e ocupação do solo   Carlos Henrique Lage Silva
Do uso e ocupação do solo Carlos Henrique Lage Silva
 
Comparativo entre distintos planos diretores urbanos
Comparativo entre distintos planos diretores urbanosComparativo entre distintos planos diretores urbanos
Comparativo entre distintos planos diretores urbanos
 
Entenda como funciona_o_plano_diretor
Entenda como funciona_o_plano_diretorEntenda como funciona_o_plano_diretor
Entenda como funciona_o_plano_diretor
 
Lei do ordenamento_do_territorio_e_do_urbanismo
Lei do ordenamento_do_territorio_e_do_urbanismoLei do ordenamento_do_territorio_e_do_urbanismo
Lei do ordenamento_do_territorio_e_do_urbanismo
 
Resumo plano diretor santana-ap
Resumo plano diretor santana-apResumo plano diretor santana-ap
Resumo plano diretor santana-ap
 
02 plano diretor arrumado
02 plano diretor arrumado02 plano diretor arrumado
02 plano diretor arrumado
 
10. planejamento urbano
10. planejamento urbano10. planejamento urbano
10. planejamento urbano
 
Políticas publicas e planejamento ambiental urbano geografia upe
Políticas publicas e planejamento ambiental urbano geografia upePolíticas publicas e planejamento ambiental urbano geografia upe
Políticas publicas e planejamento ambiental urbano geografia upe
 
Lei 115 06 pdmfi plano diretor de foz do iguaçu
Lei 115 06 pdmfi plano diretor de foz do iguaçuLei 115 06 pdmfi plano diretor de foz do iguaçu
Lei 115 06 pdmfi plano diretor de foz do iguaçu
 
Um breve histórico do planejamento urbano no brasil
Um breve histórico do planejamento urbano no brasilUm breve histórico do planejamento urbano no brasil
Um breve histórico do planejamento urbano no brasil
 

Semelhante a Avaliação de planos diretores

Engenharia urbana modulo ii avaliação
Engenharia urbana modulo ii avaliaçãoEngenharia urbana modulo ii avaliação
Engenharia urbana modulo ii avaliaçãoIsa Guerreiro
 
Política urbana
Política urbanaPolítica urbana
Política urbanaCRESS-MG
 
Minuta do Substitutivo do PL 671/07
Minuta do Substitutivo do PL 671/07Minuta do Substitutivo do PL 671/07
Minuta do Substitutivo do PL 671/07pelacidadeviva
 
Politica urbana e_gestao_ambiental
Politica urbana e_gestao_ambientalPolitica urbana e_gestao_ambiental
Politica urbana e_gestao_ambientalGuilherme Thies
 
A NECESSIDADE DE REALIZAR INTERVENÇÕES URBANAS REGIONAIS PARA.pptx
A NECESSIDADE DE REALIZAR  INTERVENÇÕES URBANAS REGIONAIS PARA.pptxA NECESSIDADE DE REALIZAR  INTERVENÇÕES URBANAS REGIONAIS PARA.pptx
A NECESSIDADE DE REALIZAR INTERVENÇÕES URBANAS REGIONAIS PARA.pptxJssicaMarreiros
 
ADEQUAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS URBANAS.pptx
ADEQUAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS URBANAS.pptxADEQUAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS URBANAS.pptx
ADEQUAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS URBANAS.pptxmanoeljunior759580
 
Seminário "O papel dos órgãos de Controle Urbano e Ambiental" - 2
Seminário "O papel dos órgãos de Controle Urbano e Ambiental" - 2Seminário "O papel dos órgãos de Controle Urbano e Ambiental" - 2
Seminário "O papel dos órgãos de Controle Urbano e Ambiental" - 2Prefeitura de Olinda
 
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7CETUR
 
Boletim fnru edição 6
Boletim fnru   edição 6Boletim fnru   edição 6
Boletim fnru edição 6Cendhec Ong
 

Semelhante a Avaliação de planos diretores (20)

2015_04_0239_0263.pdf
2015_04_0239_0263.pdf2015_04_0239_0263.pdf
2015_04_0239_0263.pdf
 
Engenharia urbana modulo ii avaliação
Engenharia urbana modulo ii avaliaçãoEngenharia urbana modulo ii avaliação
Engenharia urbana modulo ii avaliação
 
Política urbana
Política urbanaPolítica urbana
Política urbana
 
Boletim fnru 3
Boletim fnru   3Boletim fnru   3
Boletim fnru 3
 
Boletim fnru 3
Boletim fnru   3Boletim fnru   3
Boletim fnru 3
 
Boletim fnru 3
Boletim fnru   3Boletim fnru   3
Boletim fnru 3
 
Minuta do Substitutivo do PL 671/07
Minuta do Substitutivo do PL 671/07Minuta do Substitutivo do PL 671/07
Minuta do Substitutivo do PL 671/07
 
0d4cf1ced12e4510b8c0.pdf
0d4cf1ced12e4510b8c0.pdf0d4cf1ced12e4510b8c0.pdf
0d4cf1ced12e4510b8c0.pdf
 
Politica urbana e_gestao_ambiental
Politica urbana e_gestao_ambientalPolitica urbana e_gestao_ambiental
Politica urbana e_gestao_ambiental
 
A NECESSIDADE DE REALIZAR INTERVENÇÕES URBANAS REGIONAIS PARA.pptx
A NECESSIDADE DE REALIZAR  INTERVENÇÕES URBANAS REGIONAIS PARA.pptxA NECESSIDADE DE REALIZAR  INTERVENÇÕES URBANAS REGIONAIS PARA.pptx
A NECESSIDADE DE REALIZAR INTERVENÇÕES URBANAS REGIONAIS PARA.pptx
 
Ordenamento Territorial
Ordenamento TerritorialOrdenamento Territorial
Ordenamento Territorial
 
Boletim FNRU
Boletim FNRUBoletim FNRU
Boletim FNRU
 
ADEQUAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS URBANAS.pptx
ADEQUAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS URBANAS.pptxADEQUAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS URBANAS.pptx
ADEQUAÇÃO AMBIENTAL EM ÁREAS URBANAS.pptx
 
apresenta-o_6-cnc_final.pdf
apresenta-o_6-cnc_final.pdfapresenta-o_6-cnc_final.pdf
apresenta-o_6-cnc_final.pdf
 
Seminário "O papel dos órgãos de Controle Urbano e Ambiental" - 2
Seminário "O papel dos órgãos de Controle Urbano e Ambiental" - 2Seminário "O papel dos órgãos de Controle Urbano e Ambiental" - 2
Seminário "O papel dos órgãos de Controle Urbano e Ambiental" - 2
 
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7
Curso para Gestores de Cidades Socialistas - Módulo 1 Aula 7
 
Trab cadastro
Trab cadastroTrab cadastro
Trab cadastro
 
Trab cadastro
Trab cadastroTrab cadastro
Trab cadastro
 
Lei plano diretor sbc
Lei plano diretor sbcLei plano diretor sbc
Lei plano diretor sbc
 
Boletim fnru edição 6
Boletim fnru   edição 6Boletim fnru   edição 6
Boletim fnru edição 6
 

Mais de Universidade Federal Fluminense

Associating technical methodologies of “multi scenario” risk analysis to supo...
Associating technical methodologies of “multi scenario” risk analysis to supo...Associating technical methodologies of “multi scenario” risk analysis to supo...
Associating technical methodologies of “multi scenario” risk analysis to supo...Universidade Federal Fluminense
 
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais ...
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais  ...Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais  ...
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais ...Universidade Federal Fluminense
 
A evolução do mercado de seguros no Brasil e no Mundo: Estudo Cronológico
A evolução do mercado de seguros no Brasil e no Mundo: Estudo CronológicoA evolução do mercado de seguros no Brasil e no Mundo: Estudo Cronológico
A evolução do mercado de seguros no Brasil e no Mundo: Estudo CronológicoUniversidade Federal Fluminense
 
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais ...
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais  ...Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais  ...
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais ...Universidade Federal Fluminense
 
Programas de gerenciamento de riscos - notas de aula Curso de Ciências Atuari...
Programas de gerenciamento de riscos - notas de aula Curso de Ciências Atuari...Programas de gerenciamento de riscos - notas de aula Curso de Ciências Atuari...
Programas de gerenciamento de riscos - notas de aula Curso de Ciências Atuari...Universidade Federal Fluminense
 
Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do tribunal de contas da...
Os desmandos públicos em vários momentos:  a atuação do tribunal de contas da...Os desmandos públicos em vários momentos:  a atuação do tribunal de contas da...
Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do tribunal de contas da...Universidade Federal Fluminense
 
Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do Tribunal de Contas da ...
Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do Tribunal de Contas da ...Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do Tribunal de Contas da ...
Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do Tribunal de Contas da ...Universidade Federal Fluminense
 
Obras completas de Rui Barbosa - discursos parlamentares - a falta de justiça...
Obras completas de Rui Barbosa - discursos parlamentares - a falta de justiça...Obras completas de Rui Barbosa - discursos parlamentares - a falta de justiça...
Obras completas de Rui Barbosa - discursos parlamentares - a falta de justiça...Universidade Federal Fluminense
 
Os impactos nos programas de gestão de riscos: avaliação de uma pesquisa rand...
Os impactos nos programas de gestão de riscos: avaliação de uma pesquisa rand...Os impactos nos programas de gestão de riscos: avaliação de uma pesquisa rand...
Os impactos nos programas de gestão de riscos: avaliação de uma pesquisa rand...Universidade Federal Fluminense
 
Transporte de cargas especiais e os riscos envolvidos aplicação da metodolo...
Transporte de cargas especiais e os riscos envolvidos   aplicação da metodolo...Transporte de cargas especiais e os riscos envolvidos   aplicação da metodolo...
Transporte de cargas especiais e os riscos envolvidos aplicação da metodolo...Universidade Federal Fluminense
 
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações apl...
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações   apl...Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações   apl...
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações apl...Universidade Federal Fluminense
 
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriais
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriaisCenários críticos na implantação de empreendimentos industriais
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriaisUniversidade Federal Fluminense
 
Modelo de mensuração de riscos e vulnerabilidade social a desastres de popula...
Modelo de mensuração de riscos e vulnerabilidade social a desastres de popula...Modelo de mensuração de riscos e vulnerabilidade social a desastres de popula...
Modelo de mensuração de riscos e vulnerabilidade social a desastres de popula...Universidade Federal Fluminense
 
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriais
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriaisCenários críticos na implantação de empreendimentos industriais
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriaisUniversidade Federal Fluminense
 
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações apl...
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações   apl...Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações   apl...
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações apl...Universidade Federal Fluminense
 

Mais de Universidade Federal Fluminense (20)

Associating technical methodologies of “multi scenario” risk analysis to supo...
Associating technical methodologies of “multi scenario” risk analysis to supo...Associating technical methodologies of “multi scenario” risk analysis to supo...
Associating technical methodologies of “multi scenario” risk analysis to supo...
 
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais ...
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais  ...Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais  ...
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais ...
 
A evolução do mercado de seguros no Brasil e no Mundo: Estudo Cronológico
A evolução do mercado de seguros no Brasil e no Mundo: Estudo CronológicoA evolução do mercado de seguros no Brasil e no Mundo: Estudo Cronológico
A evolução do mercado de seguros no Brasil e no Mundo: Estudo Cronológico
 
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais ...
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais  ...Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais  ...
Precificação de riscos segurados e constituição de reservas técnicas legais ...
 
Programas de gerenciamento de riscos - notas de aula Curso de Ciências Atuari...
Programas de gerenciamento de riscos - notas de aula Curso de Ciências Atuari...Programas de gerenciamento de riscos - notas de aula Curso de Ciências Atuari...
Programas de gerenciamento de riscos - notas de aula Curso de Ciências Atuari...
 
Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do tribunal de contas da...
Os desmandos públicos em vários momentos:  a atuação do tribunal de contas da...Os desmandos públicos em vários momentos:  a atuação do tribunal de contas da...
Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do tribunal de contas da...
 
Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do Tribunal de Contas da ...
Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do Tribunal de Contas da ...Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do Tribunal de Contas da ...
Os desmandos públicos em vários momentos: a atuação do Tribunal de Contas da ...
 
Obras completas de Rui Barbosa - discursos parlamentares - a falta de justiça...
Obras completas de Rui Barbosa - discursos parlamentares - a falta de justiça...Obras completas de Rui Barbosa - discursos parlamentares - a falta de justiça...
Obras completas de Rui Barbosa - discursos parlamentares - a falta de justiça...
 
Os impactos nos programas de gestão de riscos: avaliação de uma pesquisa rand...
Os impactos nos programas de gestão de riscos: avaliação de uma pesquisa rand...Os impactos nos programas de gestão de riscos: avaliação de uma pesquisa rand...
Os impactos nos programas de gestão de riscos: avaliação de uma pesquisa rand...
 
The five structural columns of risk analysis techniques
The five structural columns of risk analysis techniquesThe five structural columns of risk analysis techniques
The five structural columns of risk analysis techniques
 
Transporte de cargas especiais e os riscos envolvidos aplicação da metodolo...
Transporte de cargas especiais e os riscos envolvidos   aplicação da metodolo...Transporte de cargas especiais e os riscos envolvidos   aplicação da metodolo...
Transporte de cargas especiais e os riscos envolvidos aplicação da metodolo...
 
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações apl...
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações   apl...Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações   apl...
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações apl...
 
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriais
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriaisCenários críticos na implantação de empreendimentos industriais
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriais
 
Modelo de mensuração de riscos e vulnerabilidade social a desastres de popula...
Modelo de mensuração de riscos e vulnerabilidade social a desastres de popula...Modelo de mensuração de riscos e vulnerabilidade social a desastres de popula...
Modelo de mensuração de riscos e vulnerabilidade social a desastres de popula...
 
Metodologias de mensuração de riscos
Metodologias de mensuração de riscosMetodologias de mensuração de riscos
Metodologias de mensuração de riscos
 
Estruturando uma matriz de decisão para uma obra civil
Estruturando uma matriz de decisão para uma obra civilEstruturando uma matriz de decisão para uma obra civil
Estruturando uma matriz de decisão para uma obra civil
 
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriais
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriaisCenários críticos na implantação de empreendimentos industriais
Cenários críticos na implantação de empreendimentos industriais
 
Os seguros e os riscos como compreendê-los
Os seguros e os riscos   como compreendê-losOs seguros e os riscos   como compreendê-los
Os seguros e os riscos como compreendê-los
 
Estruturando uma matriz de decisão para uma obra civil
Estruturando uma matriz de decisão para uma obra civilEstruturando uma matriz de decisão para uma obra civil
Estruturando uma matriz de decisão para uma obra civil
 
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações apl...
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações   apl...Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações   apl...
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações apl...
 

Último

Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 

Último (20)

Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 

Avaliação de planos diretores

  • 1. Breves comentários sobre Planos Diretores Urbanos e os seus impactos sócio-econômicos sobre as populações dos municípios Conteúdo extraído da Dissertação de Mestrado de Antonio Fernando de Araujo Navarro Pereira, Mestre em Saúde e Meio Ambiente pela Universidade da Região de Joinville em 2005 As dimensões de importância do espaço urbano neste final de século tomam proporções gigantescas, numa relação direta com a expansão do capitalismo por todos os cantos da terra, atravessando fronteiras e regimes políticos, mercados e moedas. Dentro desse contexto, verifica-se que a análise do desenvolvimento do ambiente urbano não é tão somente a criação meramente material de concreto e asfalto, mas sim uma expressão da civilização, motivo pelo qual a racionalização e organização do meio físico das cidades, bem como a própria concepção de propriedade urbana, merecem maior relevo e atenção dos poderes estatais. As poucas áreas que recebem melhoramentos públicos (que, no Brasil, insistentemente se situam nas zonas mais centrais), supervalorizam-se pela enorme desproporcionalidade no que se refere à qualidade de vida que oferecem, em contraste com as zonas mais periféricas. Essa escassez de recursos públicos provoca, por sua vez, a exacerbação da renda diferencial imobiliária, traduzida na ampliação da diferença de preços dos imóveis construídos e de seus aluguéis, o que faz recrudescer a desigualdade imperante em nosso país. O Plano Diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, sendo obrigatório para as cidades com mais de 20.000 habitantes, devendo conter, no mínimo, a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de infra-estrutura e de demanda para utilização (HENNIG, 1997). O Plano Diretor Municipal contém as "exigências fundamentais de ordenação da cidade" a que se refere o artigo 182 da Constituição Federal: Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei têm por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. Cada município tem um papel diferente no conjunto dos municípios, ou seja, tem uma especialização funcional que lhe é peculiar e que reflete as opções de localização da população e das atividades humanas em uma determinada região. Essa especialização funcional requer políticas públicas peculiares a cada município. No município a população e as atividades humanas resolvem a seu modo os conflitos entre interesses individuais e os conflitos desses com os interesses coletivos na disputa pelo espaço urbanizado e construído, pelos equipamentos e serviços coletivos, e pelos recursos naturais presentes na cidade. Às diferentes regulações desses conflitos correspondem diferentes políticas públicas. Por via de conseqüência, cada município tem diferentes "exigências fundamentais de ordenação da cidade", ou seja, têm um Plano Diretor diferente dos Planos Diretores dos demais municípios. Os conteúdos dos Planos 1
  • 2. Diretores municipais diferem uns dos outros em função da especialização funcional das cidades, já que há diferentes intensidades entre atividades humanas de cidades com diferentes especializações (MOREIRA, 1999). A visão corrente do processo de desenvolvimento coloca o homem no centro da discussão. Nessa direção, os problemas sociais relacionados ao desenvolvimento, via de regra, têm sobrepujado a dimensão ambiental. E é justamente nesse ponto que reside o eixo da chamada questão ambiental e, vinculada a ela, está a problemática do desenvolvimento sustentável. Atuar com base em princípios de sustentabilidade significa independer de decisões ou de políticas oportunistas, mas sim, em longo prazo, considerar os cenários resultantes das ações do presente. A educação é um outro aspecto chave a ser considerado na formulação e, principalmente, na execução de qualquer proposta de desenvolvimento sustentável. Não exclusivamente a educação relacionada aos aspectos formais da alfabetização e da formação profissional. Mas sim, a educação vista sob o seu mais amplo aspecto, que dê condições para o efetivo exercício da cidadania (GOVERNO DE JOINVILLE, 1998). O Plano Diretor é um dos instrumentos mais importantes de política de desenvolvimento e de crescimento urbano. É parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo ser aprovado por Lei. Com base no conhecimento da cidade que temos na vida real, o Plano Diretor define as regras para chegarmos à cidade que queremos, um lugar melhor para se viver. Esse é um processo que diz respeito a todas as pessoas que moram na cidade. Muitos dos Planos redigidos não levaram em consideração os problemas sociais das cidades como desemprego, falta de moradias e de linhas de ônibus adequadas, grande número de favelas, etc. Dessa forma, as cidades foram crescendo sem obedecer a nenhum planejamento e, o que é pior, vendo seus problemas se multiplicarem, sem instrumentos para atuar sobre eles. Porém, no momento atual, existem novas possibilidades para o planejamento municipal, graças à aprovação da Lei Federal nº 10.257/2001, conhecida como “Estatuto da Cidade”. Esse Estatuto estabelece no parágrafo único do Art. 1° normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. Mais adiante, quando se refere às questões do Plano Diretor, em seu capítulo III esclarece: Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas no art. 2º desta Lei. Art. 40. O Plano Diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. 2
  • 3. § 1º O Plano Diretor é parte integrante do processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. § 2º O Plano Diretor deverá englobar o território do Município como um todo. § 3º A lei que instituir o Plano Diretor deverá ser revista, pelo menos, a cada dez anos. § 4º No processo de elaboração do Plano Diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão: I- a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade; II - a publicidade quanto aos documentos e informações produzidos; III - o acesso de qualquer interessado aos documentos e informações produzidos. As políticas públicas relativas ao espaço urbano, no campo da competência dos municípios, são "exigências fundamentais de ordenação da cidade" que integram o Plano Diretor. Os conflitos entre interesses individuais entre si e destes com os interesses coletivos relativos ao espaço urbano são, geralmente, a disputa pelo espaço (território) urbanizado; a disputa pelos recursos naturais (ar, água, solo, silêncio, ventilação, insolação); a disputa pelos equipamentos e serviços coletivos (redes de água, de esgoto, de energia elétrica, de iluminação pública, de drenagem de águas de chuva, de comunicações, de vias pavimentadas, de transportes públicos, etc.); a disputa pela preservação ou destruição do patrimônio cultural - inclusive a paisagem (MOREIRA, 1999). Esta disputa pelo espaço urbanizado resulta, ainda, na subdivisão do território da cidade em compartimentos destinados à diferentes atividades, tais como, habitação, comércio e serviços, produção industrial, circulação, recreação, etc. Trata-se da especialização funcional a que se refere a Carta de Atenas (CIAM) que tanto influenciou a concepção modernista das cidades. Trata-se, também, da segregação social a que se refere Lojkine (1981) e que a legislação de zoneamento freqüentemente, e equivocadamente, procura cristalizar. As políticas públicas para regulação das disputas relativas a invasão de propriedades públicas e privadas - a favelização - tem sido a produção de habitações de interesse social com recursos geridos pelo poder público. Mas, diante do agravamento da questão habitacional, e da indisponibilidade de recursos para produção e de recursos para produção habitacional na escala requerida pela dimensão da população favelada, as políticas públicas têm sido reorientadas para regularização da posse e para urbanização das áreas invadidas - inclusive na forma de mutirões, autogestão, ou verticalização, com a correspondente indenização dos proprietários e com a reposição, das áreas públicas em outros locais. A Constituição Federal de 1988, em seu Capítulo da Política Urbana, dispõe que compete aos municípios executar a política de desenvolvimento urbano, através de diretrizes gerais fixadas em lei municipal, visando o ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais 3
  • 4. da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. (art. 182 da CF). A Legislação Urbana é constituída basicamente dos seguintes instrumentos legais: Lei do Plano Diretor; Lei de Parcelamento do Solo para Fins Urbanos; Lei do Perímetro Urbano, e da Expansão Urbana; Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano (Zoneamento); Lei do Sistema Viário; Código de Obras; Código de Posturas. Outros instrumentos legais podem se incorporar ao conjunto da Legislação Urbana, como a Lei do Meio Ambiente, a Lei Sanitária, e leis necessárias para a implementação dos novos instrumentos exigidos pelo Estatuto da Cidade, Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Especificamente quanto a questão ambiental, os planos diretores estudados como comparativo se manifestam de modo diferente. As distintas visões para o mesmo problema – meio ambiente – decorrem muitas vezes do momento por que passa o município, também do maior ou menor envolvimento da população, e dos problemas existentes nesses. Cada um dos municípios analisados tem, em seu Plano Diretor um maior comprometimento com determinadas questões, como por exemplo: Blumenau – drenagem urbana. Londrina - espaços verdes. Petrópolis - preservação das encostas. Porto Alegre - espaços naturais e culturais. Santo André - desenvolvimento econômico, social e proteção do meio ambiente. Joinville – meio ambiente ecologicamente equilibrado. Deve-se salientar que, especificamente quanto ao município de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, esse está contido em uma Área de Proteção Ambiental (APA), criada pelo Decreto Nº 87.561, em 13 de setembro de 1982. Essa é considerada a primeira Área de Proteção Ambiental criada no país e só foi delimitada 10 anos depois, pelo Decreto Nº 527, em 20 de maio de 1992, abrangendo áreas urbanas, periurbanas e rurais. Outro aspecto interessante do Plano Diretor desse município é o da incorporação das propostas comunitárias na revisão pela qual passou em 2003, definindo-se datas futuras para a implementação das ações. 4.4.3 Município de Petrópolis / RJ Lei Municipal n° 6070, 18/12/2003 Este município, como elaborou a revisão do seu Plano após a edição do Estatuto das Cidades (Lei Federal n° 10.257), já apresenta forte participação da comunidade, 4
  • 5. estabelecendo, inclusive, um cronograma para implementação de suas ações. Do anexo referente às Políticas Públicas de Desenvolvimento Sustentável destacaram-se algumas das Ações Mestras, como a seguir: Elaboração de uma política de Meio Ambiente. Ano Ações propostas 2.003/2.004 Montagem de banco de dados que permita a ação 2.005 Código Florestal em vigor, Plano Setorial de Meio Ambiente (OS/MADS) operacional, Conselho Municipal de Meio Ambiente, mecanismos de participação operacionais 2.012 Metas de “longo prazo” definidas pelo PS/MA-DS Delimitação de áreas a serem rigorosamente preservadas em função de seu interesse na preservação de recursos hídricos. Ano Ações propostas 2.003/2.004 Banco de dados em fase de montagem 2.005 Áreas definidas pelo PS/MA-DS 2.012 Avaliação da primeira década de experiência e adequação através de propostas ao SiplaM Plano permanente de preservação e combate a incêndios florestais. Ano Ações propostas 2.003/2.004 Banco de dados em fase de montagem, em parceria com Defesa Civil, IEF, e outros órgãos interessados 2.005 Plano incluso no PS/MA-DS 2.012 Avaliação da primeira década de experiência e adequação através de propostas ao SiplaM Criação de Parques Ecológicos com visitação controlada, objetivando a divulgação das riquezas naturais do Município e sua preservação. Ano Ações propostas 2.003/2.004 Montagem de banco de dados e pelo menos um Parque ecológico criado, preferencialmente o da Av. Ipiranga, como projeto-piloto 2.005 Avaliação dos resultados e estudos para a implantação de novos parques ecológicos 2.012 A partir da experiência vivida, pelo menos mais um segundo Parque Ecológico criado, preferencialmente nos Distritos. 5
  • 6. Programa de incentivo à gestão ambiental nas empresas (Selo Verde). Ano Ações propostas 2.003/2.004 Montagem de banco de dados, e estudo do Balanço Social (Betinho) 2.005 Inserção de lista de ações de incentivo específicas no PS/MA-DS 2.012 Avaliação da experiência e adequações através do SiplaM Elaboração de um programa de educação ambiental. Ano Ações propostas 2.003/2.004 Inventário das experiências existentes 2.005 Sistema implantado e operacional, em escala experimental, e inserção do tema no PS/MA-DS 2.012 Sistema plenamente implantado, apto a satisfazer demanda municipal. Criar política de incentivos à substituição dos sistemas de esgotamento sanitário, por outras formas não agressivas ao Meio Ambiente. Ano Ações propostas 2.003/2.004 Criação de GT específico para estudo da questão, de relevante importância para o Município 2.005 Incentivos introduzidos no código Tributário, em interface com a SEF, através do SiplaM; inserção no PS/MA-DS 2.012 Avaliação dos resultados alcançados e revisão eventual Proposta Comunitária: Transformar as áreas públicas planas, morros e encostas do Município, que se encontram com suas áreas verdes preservadas, em reserva florestal Ano Ações propostas 2.003/2.004 estudar a proposta comunitária (PC) 2.005 sendo viável a implementação, iniciar o programa 2.012 avaliar a experiência Proposta Comunitária: Transformar as áreas particulares, planas, morros e encostas do Município, que se encontram com suas áreas verdes preservadas, e cujos proprietários estiverem inadimplentes com seus impostos em mais de cinco anos, em reserva florestal, mediante desapropriação. Ano Ações propostas 2.003/2.004 Estudar a Proposta Comunitária 2.005 Sendo viável a implementação, ter iniciado o programa 2.012 Avaliar a experiência 6
  • 7. Proposta Comunitária: As áreas citadas em 19 e 20, caso estejam desmatadas, ao serem transformadas em áreas de proteção ambiental, serão imediatamente reflorestadas pela PMP, em parceria com outros órgãos e com o desejado apoio da Comunidade. Ano Ações propostas 2.003/2.004 Estudar a PC 2.005 Sendo viável a proposta, ter iniciado o programa 2.012 Avaliar a experiência Proposta Comunitária: Criação, nas Comunidades, de Agentes Comunitários Ambientais Voluntários, treinados pelas SMADS e SOB, que terão autoridade, concedida pelo poder público, para notificar o infrator e encaminhar o auto de notificação à autoridade competente. Ano Ações propostas 2.003/2.004 Estudar a PC 2.005 Sendo viável a proposta ter implementado o programa 2.012 Avaliar a experiência 7