O documento resume os principais aspectos da avaliação cardiovascular do recém-nascido, incluindo a fisiologia cardiovascular neonatal, sinais e sintomas de cardiopatias congênitas e a importância do diagnóstico precoce por meio da ecocardiografia.
1. O documento descreve os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos que determinam os sons cardíacos normais e anormais durante a ausculta cardíaca.
2. Revisa as fases do ciclo cardíaco, princípios básicos de ondas sonoras, características da percepção sonora humana e o papel do estetoscópio para auxiliar na ausculta.
3. Tem como objetivo auxiliar estudantes de medicina a compreenderem melhor os achados da ausculta cardíaca
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infânciagisa_legal
1) O documento discute métodos de diagnóstico de cardiopatias na infância, incluindo história clínica, exame físico e diagnóstico diferencial. 2) Ponto importante é a avaliação da cianose, pulsos periféricos, ruídos cardíacos e achados no raio-x de tórax. 3) O diagnóstico diferencial é feito considerando a presença de cianose isolada ou associada a insuficiência cardíaca congestiva.
O documento discute as características anatômicas e fisiológicas do coração do recém-nascido, comparando-o com o coração da criança maior. Apresenta as peculiaridades da circulação fetal e a transição para a circulação do recém-nascido, além de abordar os principais distúrbios cardíacos que podem ocorrer nesta fase, incluindo alterações no eletrocardiograma.
Este artigo discute a avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos em crianças. O pediatra geral é o primeiro a detectar um sopro e deve saber diferenciar entre sopros inocentes e patológicos. Recém-nascidos e crianças pequenas com sopros devem ser avaliadas por um cardiologista. Condições como antecedentes familiares de cardiopatia e doenças genéticas aumentam o risco e necessitam de acompanhamento cardiovascular.
Preview cardiopatias congenitas no periodo neonatalgisa_legal
O documento descreve vários tipos de cardiopatias congênitas no período neonatal, incluindo cardiopatias cianóticas como Tetralogia de Fallot e cardiopatias acianóticas como comunicação interatrial. Também discute a fisiologia circulatória fetal e aspectos do exame cardiológico neonatal importante para o diagnóstico de cardiopatias.
Quando suspeitar cardiopatia congenita rngisa_legal
O documento discute quando suspeitar de cardiopatia congênita no recém-nascido. Os principais achados clínicos que levantam a suspeita são sopro cardíaco, cianose, taquipnéia e arritmia. Embora um sopro rude não necessariamente signifique uma cardiopatia grave, é importante realizar exames complementares para estabelecer o diagnóstico, mesmo em bebês assintomáticos ou sem sopro, devido ao risco de evolução para insuficiência cardíaca.
1) O artigo discute a importância da correlação clínico-radiográfica no diagnóstico de cardiopatias congênitas em face dos avanços da ecocardiografia.
2) A radiografia de tórax ainda pode fornecer informações funcionais úteis, como o tipo de vascularidade pulmonar, que reflete a dinâmica cardiovascular.
3) A análise conjunta dos achados clínicos, radiográficos e ecocardiográficos é fundamental para o diagnóstico e conduta corretos.
O documento descreve os principais aspectos do exame físico cardiovascular, com foco na ausculta cardíaca. Aborda tópicos como focos cardíacos, bulhas normais e alteradas, sopros, ritmos de galope, pulsos e classificação de sopros.
1. O documento descreve os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos que determinam os sons cardíacos normais e anormais durante a ausculta cardíaca.
2. Revisa as fases do ciclo cardíaco, princípios básicos de ondas sonoras, características da percepção sonora humana e o papel do estetoscópio para auxiliar na ausculta.
3. Tem como objetivo auxiliar estudantes de medicina a compreenderem melhor os achados da ausculta cardíaca
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infânciagisa_legal
1) O documento discute métodos de diagnóstico de cardiopatias na infância, incluindo história clínica, exame físico e diagnóstico diferencial. 2) Ponto importante é a avaliação da cianose, pulsos periféricos, ruídos cardíacos e achados no raio-x de tórax. 3) O diagnóstico diferencial é feito considerando a presença de cianose isolada ou associada a insuficiência cardíaca congestiva.
O documento discute as características anatômicas e fisiológicas do coração do recém-nascido, comparando-o com o coração da criança maior. Apresenta as peculiaridades da circulação fetal e a transição para a circulação do recém-nascido, além de abordar os principais distúrbios cardíacos que podem ocorrer nesta fase, incluindo alterações no eletrocardiograma.
Este artigo discute a avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos em crianças. O pediatra geral é o primeiro a detectar um sopro e deve saber diferenciar entre sopros inocentes e patológicos. Recém-nascidos e crianças pequenas com sopros devem ser avaliadas por um cardiologista. Condições como antecedentes familiares de cardiopatia e doenças genéticas aumentam o risco e necessitam de acompanhamento cardiovascular.
Preview cardiopatias congenitas no periodo neonatalgisa_legal
O documento descreve vários tipos de cardiopatias congênitas no período neonatal, incluindo cardiopatias cianóticas como Tetralogia de Fallot e cardiopatias acianóticas como comunicação interatrial. Também discute a fisiologia circulatória fetal e aspectos do exame cardiológico neonatal importante para o diagnóstico de cardiopatias.
Quando suspeitar cardiopatia congenita rngisa_legal
O documento discute quando suspeitar de cardiopatia congênita no recém-nascido. Os principais achados clínicos que levantam a suspeita são sopro cardíaco, cianose, taquipnéia e arritmia. Embora um sopro rude não necessariamente signifique uma cardiopatia grave, é importante realizar exames complementares para estabelecer o diagnóstico, mesmo em bebês assintomáticos ou sem sopro, devido ao risco de evolução para insuficiência cardíaca.
1) O artigo discute a importância da correlação clínico-radiográfica no diagnóstico de cardiopatias congênitas em face dos avanços da ecocardiografia.
2) A radiografia de tórax ainda pode fornecer informações funcionais úteis, como o tipo de vascularidade pulmonar, que reflete a dinâmica cardiovascular.
3) A análise conjunta dos achados clínicos, radiográficos e ecocardiográficos é fundamental para o diagnóstico e conduta corretos.
O documento descreve os principais aspectos do exame físico cardiovascular, com foco na ausculta cardíaca. Aborda tópicos como focos cardíacos, bulhas normais e alteradas, sopros, ritmos de galope, pulsos e classificação de sopros.
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infânciagisa_legal
O documento discute o papel do pediatra no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas na infância. É destacado que cerca de 1% dos recém-nascidos apresentam algum tipo de cardiopatia congênita e requerem atenção do cardiologista pediátrico. Algumas situações clínicas comuns são descritas, como insuficiência cardíaca, cianose grave e arritmias cardíacas. O tratamento envolve medidas clínicas, cirurgia e medicações, variando de acordo com o tipo de card
[1] O documento discute a importância do diagnóstico precoce de cardiopatias congênitas críticas em recém-nascidos através da oximetria de pulso, que mede a saturação de oxigênio.
[2] Cardiopatias críticas podem passar despercebidas clinicamente nas primeiras 48 horas e levar a choque ou óbito.
[3] A oximetria de pulso mostrou alta sensibilidade e especificidade para detecção precoce destas cardiopatias, reduzindo a
Os "focos ecogênicos" ou "bolas de golfe" frequentemente descritos no coração fetal na ultrassonografia são depósitos normais de cálcio no tecido de sustentação do coração que não representam qualquer risco para o bebê. Estudos mostraram que esses achados não estão associados a doenças cromossômicas como a Síndrome de Down, e a gestante pode ficar tranquila se o ecocardiograma fetal estiver normal.
O documento discute cardiopatias congênitas, definindo que a maioria se forma nas primeiras 8 semanas de gestação. As mais comuns são as acianóticas, como comunicação interatrial e interventricular. As causas são multifatoriais, podendo ser relacionadas a infecções, medicamentos ou problemas maternos. O diagnóstico envolve exames clínicos, de imagem e laboratoriais.
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíacagisa_legal
1) O documento discute as considerações fisiopatológicas e modificações decorrentes da correção cirúrgica das principais cardiopatias congênitas. 2) É importante conhecer essas alterações para entender os riscos perioperatórios destas crianças submetidas a cirurgias não cardíacas. 3) A avaliação pré-anestésica é essencial para identificar fatores de risco como hipoxemia, insuficiência cardíaca e arritmias.
1) O documento discute a fisiologia da circulação fetal e como isso afeta o padrão eletrocardiográfico no recém-nascido.
2) É apresentada uma revisão sobre os padrões hemodinâmicos observados em cardiopatias congênitas e como eles se refletem no eletrocardiograma.
3) Os autores destacam elementos no eletrocardiograma que auxiliam no diagnóstico de principais cardiopatias congênitas.
O documento discute principais cardiopatias congênitas cianogênicas como tetralogia de Fallot, transposição de grandes artérias e atresia pulmonar. Detalha sinais e sintomas, exames diagnósticos e tratamentos cirúrgicos destas condições. Também aborda a síndrome de Shone e anomalia de Ebstein, explicando suas características fisiopatológicas.
As três principais cardiopatias congênitas diagnosticadas no recém-nascido são:
1) Comunicação interatrial, caracterizada por uma abertura entre os átrios que permite fluxo do sangue do átrio esquerdo para o direito.
2) Comunicação interventricular, a cardiopatia congênita mais frequente, caracterizada por uma abertura entre os ventrículos.
3) Tetralogia de Fallot, caracterizada por comunicação interventricular, estenose pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito e cavalgamento da
As cardiopatias congênitas ocorrem devido a defeitos na formação do sistema cardiovascular durante o desenvolvimento embrionário, podendo afetar a estrutura do coração e dos grandes vasos. Os principais tipos descritos são comunicações interatrial e interventricular, persistência do canal arterial, tetralogia de Fallot e transposição dos grandes vasos. O diagnóstico e tratamento dependem da gravidade da alteração anatômica.
Cardiopatias Congênitas
Incidência: 8 em cada 1.000 nascidos vivos
Por: Meirisa Medina, Ailton Bispo e Francisco Pimentel. Alunos do curso de Fisioterapia 6° semestre da Faculdade Dom Pedro II, Salvador-BA. Orientado por: Isis Veiga
O documento descreve vários tipos de cardiopatias congênitas, incluindo comunicações interatriais, comunicações interventriculares e persistência do canal arterial. Essas condições causam shunts de sangue que podem levar a insuficiência cardíaca e hipertensão pulmonar se não tratadas. O documento fornece detalhes sobre os sinais e sintomas, exames e tratamentos para cada uma dessas cardiopatias.
O documento descreve o caso de um paciente de 16 anos com transposição das grandes artérias, comunicação interventricular e estenose pulmonar. Exames como ecocardiograma e ressonância magnética confirmaram os achados e o paciente realizou cirurgia de Rastelli para correção.
A tetralogia de Fallot é caracterizada por quatro anormalidades: comunicação interventricular, estenose pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito e dextroposição da aorta. É a cardiopatia congênita cianótica mais comum em crianças maiores, com prevalência de 0,21 casos por 1000 nascidos vivos. Clinicamente pode se manifestar com cianose que piora com o esforço, perda de consciência e cansaço.
Dietoterapia nas cardiopatias congênitasgisa_legal
1) O documento discute a dieta e nutrição em crianças com cardiopatias congênitas.
2) Essas doenças cardíacas estão frequentemente associadas a déficit de crescimento e desnutrição, que podem afetar o desenvolvimento das crianças.
3) Uma dieta adequada é importante para apoiar a recuperação pós-operatória e melhorar a sobrevida, especialmente nos casos mais graves.
O documento discute vários tipos de cardiopatias congênitas, incluindo suas causas, sintomas e tratamentos. É descrito o que é uma cardiopatia congênita, com foco na tetralogia de Fallot e no tronco arterial, incluindo suas características anatômicas e a cirurgia necessária para corrigi-los.
As cardiopatias congênitas ocorrem devido a defeitos na formação embrionária do sistema cardiocirculatório, podendo haver alterações desde a estrutura do coração até a anatomia dos vasos. Os principais eventos de formação do coração ocorrem entre a 3a e 6a semana de gestação.
O documento lista vários tipos de cardiopatias congênitas, incluindo anomalias dos vasos, válvulas e câmaras cardíacas, como tetralogia de Fallot, transposição das artérias grandes, comunicações interventriculares e tronco arterioso comum. Muitas cirurgias cardíacas congênitas também são listadas, como cirurgia de Blalock-Taussig, correção da tetralogia de Fallot e cirurgia de Rastelli para correção do tronco arterioso comum.
1) O documento descreve as características da estenose mitral, incluindo sua fisiopatologia, etiologia, quadro clínico e exames complementares.
2) A estenose mitral é definida como uma restrição à abertura dos folhetos mitrais, reduzindo a área valvar mitral e causando um gradiente de pressão entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo.
3) A cardiopatia reumática crônica é a causa mais comum, acometendo principalmente mulheres.
[1] O documento discute várias cardiopatias congênitas cianogênicas, incluindo a Transposição das Grandes Artérias (TGA), a Tetralogia de Fallot (T4F) e o defeito do septo ventricular (DSV).
[2] Na TGA, o ventrículo direito conecta-se à aorta e o esquerdo ao tronco pulmonar, separando as circulações pulmonar e sistêmica. Isso causa cianose neonatal grave.
[3] A T4F envolve obstrução pulmonar,
O documento relata o caso raro de drenagem anômala parcial de quatro veias pulmonares no átrio direito e veia cava superior em uma criança de 5 anos, com septo interatrial íntegro. Apesar de poucos sintomas inicialmente, o paciente desenvolveu hipertensão pulmonar no pós-operatório, aliviada por uma comunicação interatrial. Após a cirurgia, o paciente teve boa evolução com cavidades cardíacas normais.
1) O documento discute a avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos em crianças, que é um problema comum enfrentado por pediatras.
2) É importante que pediatras saibam realizar exame físico cardiovascular completo e obter história médica detalhada para distinguir sopros inocentes de cardiopatias.
3) Condições como antecedentes familiares de cardiopatia, infecções e medicamentos na gestação podem elevar o risco de malformações cardíacas mesmo na ausência de sopros.
O documento descreve os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos por trás dos sons cardíacos normais e anormais durante a ausculta cardíaca. Detalha as fases do ciclo cardíaco, princípios básicos de ondas sonoras e como o ouvido humano percebe sons.
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infânciagisa_legal
O documento discute o papel do pediatra no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas na infância. É destacado que cerca de 1% dos recém-nascidos apresentam algum tipo de cardiopatia congênita e requerem atenção do cardiologista pediátrico. Algumas situações clínicas comuns são descritas, como insuficiência cardíaca, cianose grave e arritmias cardíacas. O tratamento envolve medidas clínicas, cirurgia e medicações, variando de acordo com o tipo de card
[1] O documento discute a importância do diagnóstico precoce de cardiopatias congênitas críticas em recém-nascidos através da oximetria de pulso, que mede a saturação de oxigênio.
[2] Cardiopatias críticas podem passar despercebidas clinicamente nas primeiras 48 horas e levar a choque ou óbito.
[3] A oximetria de pulso mostrou alta sensibilidade e especificidade para detecção precoce destas cardiopatias, reduzindo a
Os "focos ecogênicos" ou "bolas de golfe" frequentemente descritos no coração fetal na ultrassonografia são depósitos normais de cálcio no tecido de sustentação do coração que não representam qualquer risco para o bebê. Estudos mostraram que esses achados não estão associados a doenças cromossômicas como a Síndrome de Down, e a gestante pode ficar tranquila se o ecocardiograma fetal estiver normal.
O documento discute cardiopatias congênitas, definindo que a maioria se forma nas primeiras 8 semanas de gestação. As mais comuns são as acianóticas, como comunicação interatrial e interventricular. As causas são multifatoriais, podendo ser relacionadas a infecções, medicamentos ou problemas maternos. O diagnóstico envolve exames clínicos, de imagem e laboratoriais.
Anestesia para criança cardiopata submetida à cirurgia não cardíacagisa_legal
1) O documento discute as considerações fisiopatológicas e modificações decorrentes da correção cirúrgica das principais cardiopatias congênitas. 2) É importante conhecer essas alterações para entender os riscos perioperatórios destas crianças submetidas a cirurgias não cardíacas. 3) A avaliação pré-anestésica é essencial para identificar fatores de risco como hipoxemia, insuficiência cardíaca e arritmias.
1) O documento discute a fisiologia da circulação fetal e como isso afeta o padrão eletrocardiográfico no recém-nascido.
2) É apresentada uma revisão sobre os padrões hemodinâmicos observados em cardiopatias congênitas e como eles se refletem no eletrocardiograma.
3) Os autores destacam elementos no eletrocardiograma que auxiliam no diagnóstico de principais cardiopatias congênitas.
O documento discute principais cardiopatias congênitas cianogênicas como tetralogia de Fallot, transposição de grandes artérias e atresia pulmonar. Detalha sinais e sintomas, exames diagnósticos e tratamentos cirúrgicos destas condições. Também aborda a síndrome de Shone e anomalia de Ebstein, explicando suas características fisiopatológicas.
As três principais cardiopatias congênitas diagnosticadas no recém-nascido são:
1) Comunicação interatrial, caracterizada por uma abertura entre os átrios que permite fluxo do sangue do átrio esquerdo para o direito.
2) Comunicação interventricular, a cardiopatia congênita mais frequente, caracterizada por uma abertura entre os ventrículos.
3) Tetralogia de Fallot, caracterizada por comunicação interventricular, estenose pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito e cavalgamento da
As cardiopatias congênitas ocorrem devido a defeitos na formação do sistema cardiovascular durante o desenvolvimento embrionário, podendo afetar a estrutura do coração e dos grandes vasos. Os principais tipos descritos são comunicações interatrial e interventricular, persistência do canal arterial, tetralogia de Fallot e transposição dos grandes vasos. O diagnóstico e tratamento dependem da gravidade da alteração anatômica.
Cardiopatias Congênitas
Incidência: 8 em cada 1.000 nascidos vivos
Por: Meirisa Medina, Ailton Bispo e Francisco Pimentel. Alunos do curso de Fisioterapia 6° semestre da Faculdade Dom Pedro II, Salvador-BA. Orientado por: Isis Veiga
O documento descreve vários tipos de cardiopatias congênitas, incluindo comunicações interatriais, comunicações interventriculares e persistência do canal arterial. Essas condições causam shunts de sangue que podem levar a insuficiência cardíaca e hipertensão pulmonar se não tratadas. O documento fornece detalhes sobre os sinais e sintomas, exames e tratamentos para cada uma dessas cardiopatias.
O documento descreve o caso de um paciente de 16 anos com transposição das grandes artérias, comunicação interventricular e estenose pulmonar. Exames como ecocardiograma e ressonância magnética confirmaram os achados e o paciente realizou cirurgia de Rastelli para correção.
A tetralogia de Fallot é caracterizada por quatro anormalidades: comunicação interventricular, estenose pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito e dextroposição da aorta. É a cardiopatia congênita cianótica mais comum em crianças maiores, com prevalência de 0,21 casos por 1000 nascidos vivos. Clinicamente pode se manifestar com cianose que piora com o esforço, perda de consciência e cansaço.
Dietoterapia nas cardiopatias congênitasgisa_legal
1) O documento discute a dieta e nutrição em crianças com cardiopatias congênitas.
2) Essas doenças cardíacas estão frequentemente associadas a déficit de crescimento e desnutrição, que podem afetar o desenvolvimento das crianças.
3) Uma dieta adequada é importante para apoiar a recuperação pós-operatória e melhorar a sobrevida, especialmente nos casos mais graves.
O documento discute vários tipos de cardiopatias congênitas, incluindo suas causas, sintomas e tratamentos. É descrito o que é uma cardiopatia congênita, com foco na tetralogia de Fallot e no tronco arterial, incluindo suas características anatômicas e a cirurgia necessária para corrigi-los.
As cardiopatias congênitas ocorrem devido a defeitos na formação embrionária do sistema cardiocirculatório, podendo haver alterações desde a estrutura do coração até a anatomia dos vasos. Os principais eventos de formação do coração ocorrem entre a 3a e 6a semana de gestação.
O documento lista vários tipos de cardiopatias congênitas, incluindo anomalias dos vasos, válvulas e câmaras cardíacas, como tetralogia de Fallot, transposição das artérias grandes, comunicações interventriculares e tronco arterioso comum. Muitas cirurgias cardíacas congênitas também são listadas, como cirurgia de Blalock-Taussig, correção da tetralogia de Fallot e cirurgia de Rastelli para correção do tronco arterioso comum.
1) O documento descreve as características da estenose mitral, incluindo sua fisiopatologia, etiologia, quadro clínico e exames complementares.
2) A estenose mitral é definida como uma restrição à abertura dos folhetos mitrais, reduzindo a área valvar mitral e causando um gradiente de pressão entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo.
3) A cardiopatia reumática crônica é a causa mais comum, acometendo principalmente mulheres.
[1] O documento discute várias cardiopatias congênitas cianogênicas, incluindo a Transposição das Grandes Artérias (TGA), a Tetralogia de Fallot (T4F) e o defeito do septo ventricular (DSV).
[2] Na TGA, o ventrículo direito conecta-se à aorta e o esquerdo ao tronco pulmonar, separando as circulações pulmonar e sistêmica. Isso causa cianose neonatal grave.
[3] A T4F envolve obstrução pulmonar,
O documento relata o caso raro de drenagem anômala parcial de quatro veias pulmonares no átrio direito e veia cava superior em uma criança de 5 anos, com septo interatrial íntegro. Apesar de poucos sintomas inicialmente, o paciente desenvolveu hipertensão pulmonar no pós-operatório, aliviada por uma comunicação interatrial. Após a cirurgia, o paciente teve boa evolução com cavidades cardíacas normais.
1) O documento discute a avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos em crianças, que é um problema comum enfrentado por pediatras.
2) É importante que pediatras saibam realizar exame físico cardiovascular completo e obter história médica detalhada para distinguir sopros inocentes de cardiopatias.
3) Condições como antecedentes familiares de cardiopatia, infecções e medicamentos na gestação podem elevar o risco de malformações cardíacas mesmo na ausência de sopros.
O documento descreve os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos por trás dos sons cardíacos normais e anormais durante a ausculta cardíaca. Detalha as fases do ciclo cardíaco, princípios básicos de ondas sonoras e como o ouvido humano percebe sons.
História ex e diag diferencial das cardiopatias na infânciagisa_legal
Este documento discute os métodos de diagnóstico de cardiopatias na infância, incluindo a história clínica, exame físico e diagnóstico diferencial. Ele descreve as etapas da avaliação inicial, como investigar a presença de cianose e insuficiência cardíaca, e fornece detalhes sobre a ausculta cardíaca e pulsos periféricos para orientar o diagnóstico diferencial entre diferentes tipos de cardiopatia.
O documento descreve as principais cardiopatias congênitas cianogênicas e acianogênicas com hiperfluxo pulmonar, incluindo suas características anatômicas, fisiopatológicas, clínicas, exames complementares e tratamento. As cardiopatias descritas são comunicação interatrial, comunicação interventricular, persistência do canal arterial, tetralogia de Fallot e transposição das grandes artérias. Detalha os achados para cada cardiopatia de acordo com o tamanho do defeito e presença de
Este documento fornece informações sobre o exame físico do sistema cardiovascular, com foco na ausculta cardíaca. Descreve os focos cardíacos, uso do estetoscópio, bulhas cardíacas normais e alteradas, sopros, ritmos de galope, pulsos e classificação geral de sopros.
Quando suspeitar cardiopatia congenita rngisa_legal
1) O documento discute os principais sinais clínicos que podem indicar a presença de cardiopatia congênita em recém-nascidos, incluindo sopros cardíacos, cianose, taquipnéia e arritmias.
2) É destacada a importância de se suspeitar de cardiopatia mesmo na ausência de sopros, já que alguns defeitos podem não apresentar este sinal.
3) Recém-nascidos aparentemente assintomáticos com certas cardiopatias podem evoluir rapidamente para insuf
O documento descreve as características anatômicas e fisiológicas do coração do recém-nascido, comparando-o com o coração da criança maior. Aborda a circulação fetal, a transição para a circulação do recém-nascido, as diferenças estruturais e elétricas entre os corações, e os principais distúrbios cardíacos que podem ocorrer nesta fase.
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infânciagisa_legal
O documento discute o papel do pediatra no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas na infância. Aborda especificamente: 1) Insuficiência cardíaca, dividida em três grupos de gravidade e seu tratamento com digitalização e diuréticos; 2) Cianose grave em cardiopatias congênitas, tratada com oxigenoterapia, hemodiluição ou cirurgia paliativa; 3) Arritmias cardíacas como extra-sístoles e taquicardia, tratadas com medicação.
Este documento apresenta um manual sobre o Método Canguru para a atenção humanizada a recém-nascidos de baixo peso. O manual foi elaborado pelo Ministério da Saúde e destina-se a capacitar profissionais no atendimento perinatal com base na Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso pelo Método Canguru.
1. O documento apresenta o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil entre 2011-2022.
2. O objetivo é preparar o país para enfrentar e deter as principais doenças crônicas nos próximos 10 anos, abordando circulatórias, câncer, respiratórias e diabetes.
3. O plano define diretrizes para implementar ações de vigilância, promoção da saúde e cuidado integral relacionadas a esses problemas de saúde
Preven o de doen_a cv renal e cerebrovasculargisa_legal
O documento discute a prevenção clínica de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. Aborda conceitos de risco cardiovascular e renal, estratificação de risco, avaliação clínica e laboratorial, escores de risco e intervenções preventivas farmacológicas e não farmacológicas. Também descreve atribuições da equipe de saúde no manejo da prevenção dessas doenças e critérios de encaminhamento.
This document reviews the advances in 3D and 4D ultrasound technology for fetal cardiac scanning. Recent technologies like spatiotemporal image correlation and multiplanar reconstruction allow clinicians to generate real-time 3D/4D scans of the fetal heart. This provides significant benefits for evaluating normal and abnormal fetal heart anatomy and function. It facilitates interdisciplinary consultation, parental counseling, and professional training. While more research is still needed, 3D/4D ultrasound provides additional views of the fetal heart that can improve the accuracy of prenatal cardiac screening.
1) Um estudo no Rio Grande do Sul descobriu que substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias em alimentos saudáveis como suco de uva podem prejudicar o coração do feto nos últimos meses de gestação.
2) Essas substâncias, chamadas flavonoides, inibem a produção de prostaglandina que mantém aberto um canal entre a artéria pulmonar e a aorta, levando a problemas cardíacos no bebê.
3) A pesquisa recomenda que gestantes evitem alimentos ricos em flavonoides, como uva
Bibliografia para o ambulatório de cardiologia pediátricagisa_legal
Este documento fornece uma bibliografia para o ambulatório de cardiologia pediátrica com artigos sobre aspectos fisiopatológicos de cardiopatias congênitas, semiologia cardiológica em pediatria, exames complementares, cardiopatias congênitas, cardiologia preventiva e cardiopatias adquiridas. Os dois artigos mais importantes são sobre a história clínica e diagnóstico diferencial de cardiopatias na infância e sobre a avaliação do sistema cardiovascular na infância.
Este documento discute a importância do diagnóstico precoce de cardiopatias congênitas críticas em recém-nascidos através da oximetria de pulso, que mede a saturação de oxigênio. A oximetria de pulso mostrou alta sensibilidade e especificidade na detecção destas cardiopatias, que podem não apresentar sintomas claros nas primeiras 48 horas de vida. Um resultado anormal na oximetria requer ecocardiograma para confirmação do diagnóstico.
Os "focos ecogênicos" ou "bolas de golfe" frequentemente descritos na ultrassonografia fetal do coração são depósitos normais de cálcio no tecido conjuntivo do coração que não apresentam riscos ou problemas para o bebê. Embora estudos iniciais tentaram associá-los ao risco de síndrome de Down, pesquisas posteriores mostraram que sua presença não aumenta esse risco e é comum em fetos saudáveis.
Este documento trata de estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica de obesidade. Apresenta diretrizes para classificação, diagnóstico e manejo da obesidade em diferentes faixas etárias, além de abordagens para promoção da alimentação saudável, atividade física e mudança de comportamento. Inclui também informações sobre prevenção e controle da obesidade nos diferentes níveis da Atenção à Saúde.
Estrategias cuidado pessoa_doenca_cronica has 2013gisa_legal
O documento fornece diretrizes sobre estratégias para o cuidado de pessoas com hipertensão arterial sistêmica na Atenção Básica. Aborda temas como rastreamento, diagnóstico, tratamento clínico e não-farmacológico, acompanhamento, recomendações nutricionais e de atividade física. Inclui também orientações sobre o manejo de hipertensos na odontologia e em diferentes faixas etárias.
Este documento fornece informações sobre prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco. Ele discute como esses fatores de risco, como tabagismo, dieta inadequada e sedentarismo, estão associados a doenças como câncer, doenças cardíacas e diabetes. O documento destina-se a agentes de saúde e destaca a importância da modificação desses fatores de risco para promover a saúde da população.
Cadeno de aten o b_sica. n_ 23 - sa_de da crian_agisa_legal
Este documento trata sobre a importância do aleitamento materno e da alimentação complementar para crianças menores de dois anos. Ele discute os benefícios do aleitamento materno, a produção e características do leite materno, a técnica de amamentação e como lidar com problemas relacionados à amamentação. Também aborda a introdução da alimentação complementar de acordo com a idade da criança e orientações para uma alimentação saudável.
O documento revisa a avaliação cardiovascular do recém-nascido, enfatizando a importância do exame clínico e da ecocardiografia no diagnóstico de cardiopatias congênitas. As cardiopatias congênitas representam uma importante causa de morbimortalidade neonatal, sendo necessário diagnóstico precoce para conduta imediata em casos como persistência do canal arterial, tetralogia de Fallot e outras patologias dependentes do canal arterial. O exame físico minucioso é fundamental para o diagnóstico diferencial com outras doen
1) O documento discute vários defeitos cardíacos congênitos, incluindo defeitos do septo atrial e ventricular, transposição das grandes artérias, tetralogia de Fallot e ducto arterial persistente.
2) Os principais sinais e sintomas discutidos incluem cianose, dispnéia e intolerância ao exercício.
3) O documento fornece detalhes sobre o diagnóstico desses defeitos por meio de ausculta cardíaca, radiografia de tórax e ecocardiograma.
1) O documento descreve várias síndromes cardíacas adquiridas e congênitas, incluindo insuficiências e estenoses valvares, defeitos septais e canal arterial persistente.
2) As principais causas de insuficiência aórtica descritas são febre reumática, aterosclerose e endocardite infecciosa. Os sintomas incluem dispnéia e angina.
3) A estenose aórtica ocorre geralmente por malformação congênita, febre reumática ou degeneração
Este documento discute várias valvulopatias cardíacas, incluindo estenose e insuficiência aórtica e valvulopatia pulmonar. A estenose aórtica é causada principalmente pelo estreitamento anormal da válvula aórtica e causa hipertrofia ventricular compensatória. O caso clínico apresentado sugere estenose aórtica severa devido aos achados no ecocardiograma. A opção de tratamento seria cirurgia de substituição da válvula aórtica.
1. Tetralogia de Fallot é uma cardiopatia congênita cianogênica causada por anomalias no desenvolvimento fetal do coração.
2. Apresenta quatro anomalias: comunicação interventricular, estenose pulmonar, cavalgamento da aorta e hipertrofia do ventrículo direito.
3. O diagnóstico é realizado através de exames como ecocardiograma e cateterismo cardíaco para avaliar a gravidade dos defeitos.
O documento descreve a hipertensão pulmonar, definindo-a, classificando suas causas e estágios funcionais, e explicando sua fisiopatologia, que envolve vasoconstrição e remodelamento vascular, levando a lesões como lesões plexiformes. Também aborda o diagnóstico clínico e exames complementares como ECG, radiografia de tórax e prova ventilatória para avaliar a função pulmonar.
1) O documento descreve a fisiologia da circulação fetal e como isso afeta o padrão eletrocardiográfico no recém-nascido, mostrando sobrecarga ventricular direita.
2) São apresentados os padrões hemodinâmicos em cardiopatias congênitas e como eles se refletem no eletrocardiograma.
3) Os principais elementos do eletrocardiograma no recém-nascido são descritos, incluindo a análise sistemática do traçado normal e alterações sugestivas de cardiop
O documento discute a importância da avaliação clínica e laboratorial de sopros cardíacos na infância pelo pediatra geral, que geralmente é o primeiro a detectar este achado. É essencial que o pediatra saiba diferenciar sopros inocentes de possíveis cardiopatias para direcionar corretamente os casos. A anamnese e exame físico detalhado do sistema cardiovascular são fundamentais neste processo.
O exame cardiológico inicial em pediatria seu papel na atenção primáriagisa_legal
Este documento discute a importância do exame cardiológico inicial em pediatria para a detecção precoce de cardiopatias congênitas. O autor descreve os principais achados clínicos e exames subsidiários que podem identificar as cardiopatias mais comuns, como comunicações interatriais e interventriculares, persistência do canal arterial, estenoses valvares e tetralogia de Fallot. Ele enfatiza que mais de 90% das cardiopatias significativas podem ser detectadas no exame físico, eletrocardiogra
O exame cardiológico inicial em pediatria: seu papel na atenção primáriaLaped Ufrn
Este documento discute a importância do exame cardiológico inicial em pediatria para a detecção precoce de cardiopatias congênitas. O autor descreve os principais achados clínicos e exames subsidiários que podem identificar as cardiopatias mais comuns, como comunicações interatriais e interventriculares, persistência do canal arterial, estenoses valvares e tetralogia de Fallot. Ele enfatiza que mais de 90% das cardiopatias significativas podem ser detectadas no exame físico, eletrocardiogra
Este documento relata o caso de uma paciente com Arterite de Takayasu que desenvolveu hipertensão arterial pulmonar grave e acidente vascular encefálico. A paciente apresentava estenoses múltiplas nas artérias pulmonares e cerebrais. O resumo descreve como a inflamação vascular causada pela doença pode levar a complicações cardiovasculares e neurológicas.
O documento discute vários tipos de cardiopatias congênitas, incluindo suas causas, sintomas e tratamentos. É descrito o que é uma cardiopatia congênita, com foco na tetralogia de Fallot e no tronco arterial, incluindo suas características anatômicas e a cirurgia necessária para corrigi-los.
[1] A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica que resulta da incapacidade do coração bombear sangue em quantidade suficiente para atender às necessidades metabólicas dos tecidos ou o faz com elevação excessiva da pressão de enchimento. [2] Ela é uma importante causa de morbidade e mortalidade no Brasil e no mundo, sendo a principal causa de internação de pacientes acima de 60 anos pelo SUS. [3] Fatores de risco como hipertensão, tabagismo e doenças cardiovasculares são responsáveis pela maioria dos
O documento discute a Persistência do Canal Arterial (PCA), que ocorre quando o canal arterial permanece aberto após o nascimento. Isso pode causar problemas respiratórios em recém-nascidos prematuros. O diagnóstico é feito por ecocardiografia e o tratamento inclui medicamentos ou cirurgia para fechar o canal arterial. A PCA é mais comum quanto mais prematuro for o bebê.
Este documento descreve um caso clínico de um paciente com síndrome de Noonan que também apresentou a síndrome de Wolf-Parkinson-White. O paciente teve uma ablação por radiofrequência de via acessória cardíaca em outro hospital, sem sucesso. Um estudo eletrofisiológico identificou uma via acessória epicárdica que foi ablada com sucesso, eliminando os sintomas do paciente.
Este documento discute a insuficiência cardíaca (IC), definindo-a como uma síndrome que torna o coração incapaz de oferecer oxigênio em taxa adequada aos tecidos. Aborda a epidemiologia, etiologia, fisiopatologia, classificação e manifestações clínicas da IC, destacando a importância de identificar fatores de risco modificáveis para desenvolver estratégias de prevenção.
Cardiopatias complexas do conceito à evoluçãogisa_legal
Este documento discute o conceito de cardiopatias complexas e sua evolução. Define cardiopatias complexas como aquelas com associações de defeitos cardíacos difíceis de corrigir cirurgicamente ou com evolução pós-operatória inadequada. Descreve exemplos de cardiopatias complexas e discute as abordagens cirúrgicas paliativas e corretivas funcionais, destacando a importância do tratamento precoce nestas patologias.
Este documento discute a hipertensão arterial como um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Ele revisa evidências de estudos epidemiológicos que mostram que a hipertensão arterial sistêmica aumenta significativamente o risco de complicações cardiovasculares como doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. O documento também discute os mecanismos pelos quais a hipertensão arterial contribui para o desenvolvimento de aterosclerose e analisa as características clínicas da pressão arterial elevada que estão associadas a maior r
Semelhante a Avaliação cardiovascular do neonato (20)
1. 1
ARTIGO DE REVISÃO
Avaliação Cardiovascular do Neonato
Examination of the Cardiovascular System of the Neonate
VALESKA TAVARES DA SILVA
JAQUELINE ALESSNDER DA SILVA
Divisão de Cardiologia Pediátrica
Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras – MS RJ
RESUMO
O exame clínico cardiovascular do neonato e aspectos
fundamentais da fisiologia cardiovascular neo-natal
são revisados, enfatizando a importância da aplicação
da ecocardiografia como método básico para o
diagnóstico cardiovascular neonatal.
PALAVRAS-CHAVE
Cardiopatia congênita
Cardiologia neonatal
Cardiopatia congênita cianótica
Prostaglandina E1
SUMMARY
The clinical cardiovascular exam of the newborn and
fundamental aspects of the pre-natal cardiovascular
physiology are analysed emphasizing the importance
of the use of echocardiography as a basic method for
neonatal cardiovascular diagnosis.
KEY-WORDS
Congenital heart disease
Neonatal cardiology
Cyanotic congenital heart disease
Prostaglandin E1
As cardiopatias congênitas ocorrem em
aproximadamente 8:1000 nascidos vivos (5,17) e seu
diagnóstico precoce se impõe pela necessidade de
uma conduta imediata, seja intervencionista ou não.
As cardiopatias congênitas representam causa
importante de morbimortalidade no período neonatal,
sendo a síndrome do coração esquerdo hipoplásico,
anomalias do arco aórtico, estenose aórtica grave,
transposição dos grandes vasos da base, síndrome
do coração direito hipoplásico, tetralogia de Fallot e
outras patologias com atresia pulmonar as que
necessitam de conduta imediata pela dependência do
Rev SOCERJ Vol XIII NO 1 Jan / Fev / Mar 2000 13
2. canal arterial pérvio para sobrevida do recém-nascido
(4, 6, 16, 20, 21, 38, 39, 44).
No feto, a circulação ocorre de forma mais complexa
do que a circulação do adulto e sua compreensão é
importante para a análise das cardiopatias congênitas.
Intraútero, o oxigênio é extraído da placenta e retorna
ao átrio direito através da veia umbilical e do ducto
venoso.
O sangue proveniente da parte superior do corpo é
desoxigenado e atinge o átrio direito através da veia
cava superior. O sangue oxigenado (da veia umbilical)
será direcionado, através da fossa oval, para o átrio
esquerdo, ventrículo esquerdo e aorta, enquanto a
maior parte do sangue proveniente da veia cava
superior será direcionado ao ventrículo direito e à
artéria pulmonar.
A maior parte do sangue ejetado pelo ventrículo direito
não atingirá os pulmões, sendo desviado ao nível do
ductus arteriosus para a aorta descendente torácica,
atingindo a circulação sistêmica e retornando à
placenta para ser novamente oxigenado (8). As
pressões no interior dos ventrículos são praticamente
as mesmas, pois ambos bombeiam sangue contra a
resistência da aorta, que está conectada a placenta .
Após o nascimento, com o início das incursões
respiratórias, ocorre a queda da resistência arterial
pulmonar e os pulmões passam a ser os responsáveis
pelas trocas gasosas (10, 14, 15, 22, 36). Em torno
das primeiras 10 horas de vida, haverá o fechamento
fisiológico do ductus arteriosus (22, 34, 36). Através
da fossa oval ainda pérvia, pode ser observado shunt
da direita para a esquerda, enquanto a pressão na
artéria pulmonar permanecer elevada.
O relato das condições de nascimento do recém-nascido
(RN), a presença de asfixia, a prematuridade
ou infecção congênita podem justificar achados do
exame físico e direcionar o diagnóstico de
determinadas cardiopatias (13).
Dentre as infecções perinatais, a rubéola congênita é
responsável por elevada incidência de cardiopatia
congênita (canal arterial pérvio, estenose pulmonar
valvar, estenose de ramos periféricos da artéria
pulmonar) (2, 24, 43).
A presença de outras infecções congênitas
(toxoplasmose, herpes, vírus HIV, sífilis, CMV, rubéola)
pode ser responsável por quadros de grave disfunção
ventricular decorrente de miocardite, com variáveis
graus de repercussão hemodinâmica.
A persistência do canal arterial está associada à
prematuridade, principalmente nos menores que
1.250g (6, 7, 8, 9, 10, 34). O quadro clínico varia desde
sopro cardíaco infraclavicular à esquerda e pulsos
periféricos de amplitude aumentada até quadros mais
dramáticos, com indicação cirúrgica de emergência,
em RN gravemente enfermos, com insuficiência
cardíaca de difícil tratamento.
A asfixia perinatal é causa de sofrimento miocárdico,
com lesões compatíveis com isquemia, acompanhada
de graus variáveis de disfunção ventricular e
hipertensão arterial pulmonar (13).
A evolução do quadro clínico do RN é um dado
importante no diagnóstico inicial das cardiopatias. Os
shunts esquerda-direita, de moderados a amplos,
provocam pressão elevada nas arteríolas pulmonares,
tronco da artéria pulmonar (TAP) e ventrículo direito
(VD), sendo um fator de atraso no amadurecimento
das arteríolas pulmonares, com queda lenta da
resistência vascular pulmonar (14, 36, 37).
Com a queda da pressão arterial pulmonar, o shunt
ED aumenta progressivamente e o sopro e a
taquipnéia tornam-se evidentes (36, 37). Sinais e
sintomas de congestão pulmonar, hipertensão
venocapilar pulmonar, insuficiência cardíaca irão se
manifestar.
Admite-se que o shunt máximo irá ocorrer em torno
do primeiro mês de vida, ocorrendo insuficiência
cardíaca congestiva, geralmente após este período.
Com o fechamento do canal arterial, cardiopatias ducto
dependentes manifestam-se clinicamente, geralmente
em torno da segunda semana de vida.
TABELA 1
PRINCIPAIS CARDIOPATIAS DUCTO
DEPENDENTES
1. TGVB
2. Atresias pulmonares (com septo integro e
comunicação interventricular)
3. Atresia tricúspide com estenose pulmonar severa
4. Coarctação da aorta do recém nascido
5. nterrupção do arco aórtico
6. Tetralogia de Fallot (hipóxia grave no período
neonatal)
7. Estenose aórtica grave
Diante das cardiopatias cianóticas, a história clínica
será pobre, com gestação geralmente sem
intercorrências, parto sem complicações e evolução
clínica sem desconforto respiratório que justifique a
cianose.
14 Jan / Fev / Mar 2000 Rev SOCERJ Vol XIII NO 1
3. A asfixia perinatal e aspiração de mecônio serão
causas de cianose na presença da HAP (14, 15), assim
como a presença de doenças maternas como Lúpus
Eritematoso Sistêmico induzindo ao BAV congênito
no RN e miocardiopatia hipertrófica do RN pelo
Diabetes Mellitus materno (31). História de infecção
viral durante a gestação pode sugerir miocardite no
RN (2, 43). O maior fator de erro diagnóstico é a
presença de sepses neonatal, que pode simular ou
mascarar cardiopatias.
O exame físico deve ser minucioso e direcionado ao
dignóstico da cardiopatia e ao dignóstico diferencial
com as primeiras doenças do período neonatal, como
sepses, infecções congênitas e erros inatos do
metabolismo.
A atividade do RN merece especial atenção. A letargia
e a hiporreatividade aos estímulos podem ser sinal
de baixo débito ou hipóxia. A irritabilidade, com choro
persistente, sudorese e palidez também são achados
indicativos de insuficiência cardíaca. A má perfusão
periférica, pele moteada, extremidades frias e pálidas
acompanham o baixo débito.
A dificuldade respiratória é um dado de avaliação
cardiovascular. Na ausência de cianose, deve-se
pensar em cardiopatia sempre que a história e a
evolução não forem clássicas de pneumopatia ou
hipertensão pulmonar (22).
Nos grandes shunts ED, a taquipnéia surge
progressivamente conforme cai a pressão no TAP nas
arteríolas pulmonares, com conseqüente aumento do
fluxo pulmonar. A taquipnéia geralmente antecede o
esforço respiratório e o batimento de asa do nariz. O
aumento do fluxo pulmonar leva ao acúmulo de líquido
no interstício, aumento do trabalho respiratório,
redução da complacência pulmonar, dificuldade de
sucção, déficit ponderal.
O aumento do trabalho respiratório também é
observado nos pacientes com obstrução ao trato de
saída do ventrículo esquerdo, que evoluem com
congestão pulmonar e baixo débito. O quadro pode
apresentar-se de forma gradual ou abrupta,
dependendo do grau da obstrução e da dependência
do canal arterial para manutenção do débito sistêmico.
A cianose é o dado do exame físico que mais sugere
cardiopatia congênita. A maioria dos RN cianóticos
apresentará causa cardiovascular ou respiratória. As
causas hematológicas ou metabólicas devem ser
avaliadas caso as anteriores tenham sido afastadas.
TABELA 2
CAUSAS DE TAQUIPNÉIA NO RN
Respiratórias
Hipertensão arterial pulmonar, pneumonia,
doença de membrana hialina, atelectasia,
enfisema lobar congênito, cisto broncogênico,
hérnia diafragmática, hipoplasia pulmonar,
laringomalácia, anel vascular.
Cardiovasculares
Shunt ED: Persistência do ducto arterioso,
comunicação interventricular ampla, defeito do
septo átrio ventricular, fístula arteriovenosa
pulmonar, janela aorto pulmonar.
Shunt bidirecional: Drenagem anômala total
de veias pulmonares, atresia tricúspide com
comunicação interventricular sem estenose
pulmonar, dupla via de saída do ventrículo
direito sem estenose pulmonar, ventrículo
único sem estenose pulmonar, transposição
dos grandes vasos com comunicação
interventricular, tronco arterioso comum.
TABELA 3A
CAUSAS PULMONARES DE CIANOSE
Síndrome de angústia respiratória do recém-nascido
Hérnia diafragmática
Pneumonia
Aspiração do mecônio
Hipoplasia pulmonar
Hemotórax
Pneumotórax
Quilotórax
Derrame pleural
Cisto broncogênico
Enfisema lobar congênito
Obstrução das vias respiratórias
Atelectasia
Edema pulmonar
TABELA 3B
CAUSAS CARDIOVASCULARES DE CIANOSE
a. Com Hipofluxo Pulmonar no RN
1. Estenose pulmonar grave
2. Atresia pulmonar (com ou sem CIV)
3. Tetralogia de Fallot
4. Atresia tricúspide
5. Transposição dos grandes vasos da base com
estenose pulmonar
6. Anomalia de Ebstein
b. Com Hiperfluxo Pulmonar no RN
1. Síndrome do coração esquerdo hipoplásico
2. Drenagem anômala total
3. Transposição dos grandes vasos da base
(com ou sem CIV)
4. Ventrículo único
5. Atresia tricúspide com TGVB
6. Tronco arterioso comum
Rev SOCERJ Vol XIII NO 1 Jan / Fev / Mar 2000 15
4. A cianose caracteriza-se por cor azul-acinzentada da
pele e mucosas pela presença de hemoglobina
desoxigenada na concentração de, pelo menos, 5 g/
dl. A presença de cianose central sem sinais de
insuficiência respiratória sugere cardiopatia congênita
cianótica. Geralmente há leve taquipnéia, com pouca
ou nenhuma dificuldade respiratória, pela estimulação
dos quimiorreceptores pela hipóxia. A dificuldade
respiratória torna-se presente quando houver acidose
(1, 16, 18, 23, 25).
Os RN com cardiopatia congênita cianótica irão
apresentar manifestações, em sua maior parte, nas
primeiras semanas de vida. Com a transição da
circulação fetal para a circulação extrauterina e o
fechamento do canal arterial, há a redução do fluxo
sangüíneo para o leito vascular pulmonar, o seu
fechamento provocará piora drástica do quadro clínico
e a intervenção torna-se necessária imediatamente
(36, 14, 15).
Inicialmente a cianose pode ser evidenciada somente
durante o choro ou na sucção, progredindo conforme
a circulação fetal se adaptar e o canal arterial se fechar.
Há dois grupos de cardiopatia que irão cursar com
cianose e, em ambos, há redução do fluxo pulmonar
efetivo. (Vide tabela 3)
1) Patologias com hipofluxo pulmonar
2) Patologia com fluxo pulmonar preservado
Quando a saturação do oxigênio sangüínea do RN
cair a níveis de 85-88%, a cianose torna-se visível. A
alta concentração de hemoglobina do RN facilita
a observação da cianose.
A avaliação física deve ser cuidadosa, com palpação
dos pulsos em busca de patologias do arco aórtico
associadas, palpação do precórdio, onde, na maioria
das vezes, haverá impulsão do VD pela sobrecarga
pressórica, seja por obstrução ao trato de saída do
VD, ou por tentar vencer a resistência sistêmica, como
ocorre na transposição dos grandes vasos de base (11).
A segunda bulha única está geralmente presente na
cardiopatia cianótica. Sopro cardíaco pode estar
presente, mas sua ausência não afasta o
diagnóstico de cardiopatia (11, 32).
A radiografia do tórax irá auxiliar na diferenciação da
cianose por pneumopatia. Alterações no parênquima
pulmonar devem ser avaliadas, bem como a área
cardíaca, a forma da silhueta cardíaca, o padrão da
trama vascular pulmonar, a posição do arco aórtico, o
situs cardíaco e abdominal.
O teste de hiperóxia também auxilia no diagnóstico. A
inspiração de O2 a 100% elevará a saturação de O2,
caso a cianose seja em conseqüência de pneumopatia.
Nesses casos, a PO2 irá aumentar em 20-30mmHg ou
a saturação de O2 em 10% do valor inicial. Os RN com
cardiopatia cianótica apresentarão elevação da PO2 e
da SAT O2 em valores inferiores a estes.
O ecocardiograma bidimensional será fundamental na
avaliação diagnóstica. Comprovada a existência de
cardiopatia cianótica, o paciente precisará ser
prontamente estabilizado do ponto de vista
hemodinâmico, metabólico e respiratório. Se a
patologia for canal dependente, a infusão de
prostaglandina E 1 (PGE 1), na dose de 0,05 a
0,1 mg/Kg/min, deverá ser iniciada. A via aérea pérvia
deverá ser assegurada, pois a apnéia é um efeito
colateral comum (8, 9, 10).
Na TGVB, havendo mistura sangüínea adequada, sem
acidose metabólica, poderá ser realizada cirurgia
corretiva em curto espaço de tempo, porém, caso o
RN esteja gravemente hipoxêmico e acidótico, a
atriosseptostomia por balão torna-se necessária (4, 7).
A presença de síndromes genéticas deve ser
observada, pela freqüente associação com má
formações associadas (29,41).
TABELA 4
PRINCIPAIS SÍNDROMES ASSOCIADAS A
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Síndrome de Down CIV e DSAV
Trissomia do 13 CIV, DA pérvio
Trissomia do 18 CIV, displasia polivalvular
Síndrome de Turner Coarctação de Ao, Válvula Ao
bicúspide
Síndrome Noonan Estenose pulmonar,
cardiomiopatia
Síndrome de Marfan Prolapso de válvula mitral e
dilatação da raiz da Ao
Síndrome de Williams Eao supravalvar, estenose
pulmonar distal
Síndrome Holt-Oran CIA, CIV
Síndrome DiGeorge Tronco arterioso comum,
interrupção de arco aórtico
Síndrome alcoólica-fetal CIV, CIA, Tetralogia de Fallot
Alagille Estenose pulmonar periférica
CHARGE CIV, DSAV, CIA
Ellis-van Creveld Átrio único
Fanconi PCA, CIV
Cimitarra Hipoplasia do pulmão direito,
DAPVPD
A cuidadosa palpação dos pulsos arteriais periféricos
e a comparação da amplitude e tensão dos pulsos
16 Jan / Fev / Mar 2000 Rev SOCERJ Vol XIII NO 1
5. nos membros inferiores e superiores são dados de
importância diagnóstica nas cardiopatias obstrutivas
(30). O diagnóstico de coarctação da aorta deve
sempre ser suspeitado em RN que evoluam com
hipertensão arterial sistêmica e com redução dos
pulsos em membros inferiores, após o fechamento do
canal arterial. Os pulsos no membro superior esquerdo
também poderão estar diminuídos pelo envolvimento
freqüente da artéria subclávia esquerda, na zona de
coarctação. Quando a obstrução for severa, pode se
instalar disfunção ventricular esquerda grave, baixo
débito e congestão pulmonar (30, 33, 35, 40).
A estenose aórtica crítica e miocardiopatia hipertrófica
com obstrução ao trato de saída do ventrículo
esquerdo são causas de pulsos difusamente finos,
bem como os estados de baixo débito (3, 21, 44).
A mensuração da pressão arterial acompanha este
diagnóstico. Deve ser medida a pressão nos membros
superior direito e esquerdo e no membro inferior com
a intenção de avaliar gradiente pressórico. Os pulsos
amplos com pressão de pulso aumentada, muitas
vezes classificados como pulso célere, são
característicos da persistência do canal arterial.
Pulsos finos, difusamente diminuídos de amplitude,
são sugestivos de patologia obstrutiva do trato de
saída do ventrículo esquerdo (VE), como estenose
aórtica ou déficit contrátil do VE.
Os pulsos dos quatro membros devem ser avaliados
diariamente durante o exame físico do RN. A redução
da amplitude dos pulsos nos membros inferiores,
evolutivamente, podendo vir acompanhada de sopro
cardíaco e taquipnéia, com diferentes graus de aumento
do trabalho respiratório, é indicativa de patologia ducto
dependente, em que a aorta descendente depende do
fluxo do canal arterial para ser nutrida de forma
anterógrada (hipoplasia de cavidades esquerdas,
coarctação da aorta, interrupção do arco aórtico).
A hepatomegalia estará presente nos quadros de
congestão venosa sistêmica, sendo necessário o
diagnóstico diferencial com inúmeras causas não
cardiovasculares de hepatomegalia.
A ausculta cardíaca em cardiopatia congênita é valiosa,
porém raramente é diagnóstica. A primeira bulha
geralmente é normal. A segunda bulha, com
desdobramento amplo e fixo, pode estar presente em
patologias com aumento do volume do ventrículo direito
ou na presença de retardo da condução ventricular direita.
O desdobramento fisiológico durante a inspiração pode ser
difícil de ser avaliado pela elevada freqüência respiratória
dos recém-nascidos. A segunda bulha será única em
condições como atresia pulmonar ou estenose pulmonar
crítica. Na estenose da válvula pulmonar, poderá estar
presente um clique de ejeção, mais audível na expiração.
Caso haja cianose acompanhada de segunda bulha
amplamente desdobrada e fixa, devemos suspeitar de
Doença de Ebstein. A presença de terceira bulha na
infância é um achado fisiológico.
Um sopro audível nas primeiras 12 horas de vida tem
a chance de 1:12 de haver cardiopatia congênita. A
maioria é causada por PCA e irá desaparecer ainda
durante a internação hospitalar do RN (8, 11).
Outro sopro freqüentemente audível nos berçários é
causado por estenose periférica dos ramos da artéria
pulmonar. Caracteriza-se por ser de intensidade baixa,
sistólico, curto, ejetivo, melhor audível no bordo
esternal esquerdo alto com irradiação para axila e
dorso. Geralmente desaparece em torno do sexto mês
de vida. Estes sopros são, geralmente, proto ou
mesossistólicos (11). A presença de sopro cardíaco
pode indicar cardiopatia ou ser decorrente de estados
hipercinéticos. Sopros que surgem tardiamente são
sugestivos de grandes shunts esquerda direita, pela
demora em reduzir a pressão no leito arterial pulmonar
(26, 32, 42). A ausência de sopro cardíaco não
afasta a presença de cardiopatia.
A presença de bulhas hipofonéticas sugere derrame
pericárdio volumoso, que deve ser confirmado através
de baixa voltagem no ECG, aumento de área cardíaca
na radiografia de tórax e pela visualização deste ao
ecocardiograma.
O ritmo e a freqüência cardíacos devem ser avaliados
na procura de arritmias neonatais e na avaliação do
estado hemodinâmico.
AVALIAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO COM
CHOQUE CARDIOGÊNICO
Afastadas as causas infecciosas (sepses, miocardite,
derrame pericárdio), as cardiopatias congênitas e
arritmias no período neonatal são as principais causas
de insuficiência cardíaca e de choque cardiogênico.
A insuficiência cardíaca congestiva surge de forma
mais gradual e manifesta-se inicialmente com
taquicardia e distúrbio respiratório, dificuldade às
mamadas, evoluindo para sudorese, má perfusão,
pulsos finos, hepatomegalia e extremidades frias. São
causas de insuficiência cardíaca o aumento do fluxo
sangüíneo pulmonar em conseqüência de shunt
esquerda direita, insuficiência ventricular esquerda
por lesões obstrutivas do trato de saída do ventrículo
Rev SOCERJ Vol XIII NO 1 Jan / Fev / Mar 2000 17
6. esquerdo, miocardite, cardiomiopatias ou origem
anômala coronariana (5, 13, 14, 15, 22, 27, 43, 44).
O choque cardiogênico em decorrência de cardiopatia
congênita geralmente ocorre nas primeiras duas
semanas de vida (3, 38, 39, 44).
O RN pode ter permanecido assintomático até o
fechamento do canal arterial, com conseqüente
redução do fluxo sangüíneo a partir da aorta
descendente torácica, queda do débito sistêmico,
hipotensão, pulsos finos e má perfusão (quando já
houver falência ventricular), desconforto respiratório,
dificuldade de sucção e letargia (36).
A síndrome do coração esquerdo hipoplásico,
estenose aórtica crítica, coarctação de aorta grave e
interrupção do arco aórtico são exemplos de
cardiopatias canal-dependente, que se manifestam
com choque cardiogênico ou insuficiência cardíaca
após seu fechamento (3, 44).
TABELA 5
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
a) No feto
Taquiarritmia
Eritroblastose fetal
Malformação arteriovenosa
Fechamento precoce do canal arterial
b) No RN
Sepses
Miocardite
Taquiarritmias
Malformação arteriovenosa
Drenagem anômala total de veias
pulmonares (obstrutiva)
Interrupção do arco aórtico
Coarctação de aorta
Estenose aórtica grave
Hipoplasia de cavidades esquerdas
Ducto arterio amplo
CIV amplo, ventrículo único
O diagnóstico e início da terapia devem ser imediatos,
pois a deterioração do paciente é rápida (9).
A correção da acidose metabólica e da estabilidade
hemodinâmica através do uso de agentes
inotrópicos e a manutenção da hemoglobina em
níveis próprios para idade são fundamentais.
Diagnosticada a presença de lesões obstrutivas, o
início da infusão de prostaglandina E1 deve ser
imediato, com o propósito de tornar o ducto arterioso
pérvio e de restabelecer a perfusão da parte distal do
corpo através do fluxo proveniente da artéria pulmonar.
GASOMETRIA ARTERIAL
A análise do estado ácido-básico e dos gases
sangüíneos do paciente auxilia no dignóstico e no
diagnóstico diferencial das cardiopatias congênitas,
principalmente nas cianóticas. A presença de resposta
ao teste da hiperóxia com elevação da PO2 em 20-30
mmHg e/ou 10% da saturação arterial de oxigênio será
excluída na cardiopatia cianótica grave.
A hipercapnia sugere patologia pulmonar ou grave
congestão pulmonar (em conseqüência de lesões
obstrutivas à drenagem venosa pulmonar, estenose
mitral congênita grave, atresia mitral com fossa oval
restritiva, síndrome do coração esquerdo hipoplásico).
Nestes casos haverá hipóxia, que responderá ao
fornecimento de elevadas concentrações de oxigênio.
A hipoxemia sem hipercapnia significativa sugere
cardiopatia congênita cianótica.
As medidas transcutâneas de PO2 ou oximetria de
pulso são imprecisas quanto à saturação de oxigênio,
quando esta for muito baixa ou em estado de
hipoperfusão. Poderão ser úteis no acompanhamento
do uso de PGE1 (28).
A acidose metabólica poderá estar presente em
estados de má perfusão e hipóxia graves, com
conseqüente metabolismo anaeróbio tecidual (16).
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
A análise da radiografia de tórax fornece dados como
o padrão da trama vascular pulmonar, posição do arco
aórtico, tamanho da área cardíaca, forma da silhueta
cardíaca, contorno do tronco da artéria pulmonar e
posição do coração no tórax.
Para determinar o tamanho da área cardíaca, devemos
considerar a razão entre o maior comprimento da
silhueta cardíaca e do hemitórax. A razão deve ser
menor que 0,6. A radiografia deve estar centrada e
bem inspirada, com o diafragma abaixo do nono
espaço intercostal, sob o risco de ser feito um
diagnóstico de cardiomegalia em pacientes normais.
Devemos também diferenciar a imagem tímica da
silhueta cardíaca, nem sempre de fácil realização.
A trama vascular pulmonar pode estar aumentada
(figura 1), diminuída ou normal, de acordo com o fluxo
pulmonar. Na presença de hipertensão arterial
pulmonar grave, a trama vascular pulmonar estará
diminuída na periferia pulmonar e o tronco da artéria
pulmonar abaulado.
Em cardiopatias congênitas cianóticas por hipoplasia
pulmonar ou atresia pulmonar, o tronco da artéria
pulmonar está escavado (figura 2). A forma da silhueta
18 Jan / Fev / Mar 2000 Rev SOCERJ Vol XIII NO 1
7. cardíaca pode sugerir algumas cardiopatias
congênitas, como a transposição dos grandes vasos
da base (“ovo deitado”, com mediastino estreito e
aumento do ventrículo direito) e tetralogia de Fallot
(tamanco holandês) (28).
FIGURA 1
Radiografia de tórax em PA. Aumento da trama vascular pulmonar
(TVP), aumento da área cardíaca (AC), retificação do tronco da
artéria pulmonar (TAP) em paciente com ampla CIV.
FIGURA 2
Radiografia de tórax em PA.
Redução da TVP, elevação da ponta do coração em
conseqüência de aumento do ventrículo direito, em paciente
com dextrocardia e atresia pulmonar com CIV.
ELETROCARDIOGRAMA
As sutilezas na interpretação e anormalidades
específicas de cada patologia podem não ser
reconhecidas, porém as variações principais em relação
ao normal devem ser identificadas. A análise do ritmo
cardíaco a procura de arritmias neonatais, da freqüência
cardíaca (em geral normal, quando está entre 110-160
bpm), da medida do intervalo PR, da duração e eixo do
complexo QRS, de distúrbios de condução, bem como
de hipertrofia de cavidades e lesões compatíveis com
isquemia (origem anômala coronariana, asfixia neonatal)
deve ser sempre realizada. A baixa voltagem será
sugestiva de derrame pericárdico volumoso.
Recém-nascidos normais apresentam predomínio do
ventrículo direito sobre o ventrículo esquerdo, que tende
a desaparecer em torno do primeiro ano de vida pela
queda da pressão arterial pulmonar e,
conseqüentemente, do ventrículo direito. Em raros
casos, como nas arritmias, o eletrocardiograma será
diagnóstico. Será, porém, de grande utilidade na
confirmação de suspeita clínica de cardiopatia.
ECOCARDIOGRAFIA
A ecocardiografia, além de confirmar as hipóteses
diagnósticas sugeridas pelo exame físico, pela radiografia
de tórax, pelo ECG e por exames laboratoriais, vem também
permitindo a realização imediata de condutas diante de RN
com cardiopatia, auxiliando nos procedimentos de
urgência, em indicações cirúrgicas e no estudo
hemodinâmico, alterando de maneira benéfica o
prognóstico de diversas cardiopatias.
São indicações rotineiras na avaliação ecocardiográfica
de RN prematuros, história de asfixia perinatal,
insuficiência cardíaca, distúrbio respiratório, alteração
no exame dos pulsos, sopro cardíaco, cardiomegalia,
má formação congênita e síndromes genéticas.
A observação da ponta do coração, da drenagem venosa
sistêmica e pulmonar, da posição dos apêndices atriais,
da relação veia cava inferior X aorta X coluna vertebral,
é capaz de determinar o situs visceroatrial, importante
na suspeita de cardiopatia congênita. As veias cavas
devem desembocar no átrio direito, podendo estar
dilatadas na presença de insuficiência tricúspide grave,
hipertensão arterial pulmonar, atresia tricúspide,
drenagem anômala de veias pulmonares, CIA amplo
ou defeito do septo atrioventricular.
Os septos interatrial e interventricular devem ser
avaliados na procura de comunicações patológicas
(lembrar que fossa oval pérvia é normal no período
neonatal).
As válvulas atriventriculares e ventriculoarteriais
devem ser avaliadas quanto à presença de estenose
ou de lesões regurgitantes, bem como a relação
atrioventricular e ventriculoarterial, tendo em vista que
as válvulas atrioventriculares correlacionam-se com os
ventrículos e as válvulas ventriculoarteriais, com as
respectivas artérias.
Rev SOCERJ Vol XIII NO 1 Jan / Fev / Mar 2000 19
8. O arco aórtico, a aorta descendente torácica e a aorta
abdominal devem ser avaliados através da
dopplerfluxometria na procura de coarctação ou
hipoplasia. O tronco da artéria pulmonar deve ser
avaliado quanto à presença de lesões estenóticas ou
de dilatação, sua confluência com os ramos arteriais
pulmonares, presença de sinais ao Doppler de
hipertensão arterial pulmonar, canal arterial pérvio e
estenose relativa de ramos pulmonares.
A pressão arterial pulmonar e no interior do ventrículo
direito pode ser estimada atarvés da dopplerfluxometria.
O grau de dilatação das cavidades, hipoplasia, hipertrofia
de paredes e função ventricular também devem ser
analisadas.
A associação dos métodos diagnósticos
complementares ao exame físico minucioso do recém-nascido
é capaz de realizar o dignóstico exato da maioria
das cardiopatias congênitas. O estudo hemodinâmico,
como método diagnóstico, no período neonatal,
raramente é necessário após o desenvolvimento da
ecocardiografia. O diagnóstico precoce e as medidas
de suporte e intervenção serão decisivos no prognóstico
do RN cardiopata. De uma avaliação precoce e correta
depende a conduta adequada.
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3 - A
3 - B
3 - C
FIGURA 3
Atriosseptostomia por balão sob visão ecocardiográfica,
demonstrando :
A – O septo inter atrial integro em corte sub costal
B – Cateter balão inflado e posicionado em átrio esquerdo
C – O defeito inter atrial criando após a septostomia
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