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O Artesanato e a moda
revestidos como bem
cultural e bem de consumo
Moda e Artesanato
Samara Sousa
Conteúdo programado
 O mundo do trabalho e suas implicações sobre a produção artesanal;
 O fazer tradicional;
 Mercantilização do Artesanato;
 O envolvimento do Design de moda;
 Brasilidade no Artesanato;
 Designer como Artesão.
Objetivos:
 Entender as implicações dos artesanatos no mercado comercial;
 Entender o envolvimento do design de moda com o Artesanato;
 Conhecer designers artesãos.
 O artesanato é dom ou técnica?
 A moda é técnica ou estilo de vida?
 O artesanato brasileiro busca se adequar ao mercado sem perder as
características originais. Uma missão impossível?
 O Artesanato vai além da arte e da tradição, o Artesanato é um meio de
trabalho, é um meio de sustento para quem produz e nos dia atuais, o
artesão não fica apenas sentado na frente de sua casa produzindo, ele
está sendo empregado em lojas, feiras, ateliês, grandes confecções, o
trabalho do artesão de casa para o mundo da moda.
As implicações do mercado sobre a produção
Artesanal
 as atividades industriais manuais não foram definitivamente condenadas
pela mecanização cada vez maior da era pós-industrial.
 Surge na nova sociedade uma assimilação inovadora entre as tecnologias
de ponta e os conhecimentos artesanais.
 A indústria e o trabalho manual se combinam laçadas e pontos e um novo
modo de viver, mesmo com a industrialização, o artesanato pode
contribuir para deixar as peças mais atraentes para o público jovem, pois
a mistura de peças com o tricô vem encantando esse público desde
sempre.
“O aspecto do artesanal, daquilo que é ou parece ser feito à mão, um a um,
ainda persiste com um forte apelo junto ao consumidor. O produto que
recebe maior atenção, que tem etapas de produção “personalizadas”, que é
criado de uma forma distinta tem, por extensão, um novo preço. Esse
produto não deve ser comparado ou confundido com o artesanato feito à
mão, individualmente.”
(LIMA, 2008, p. 101)
O fazer tradicional
 Fazer tradicional é não deixar apagar o histórico do artesanato e nem fugir
dessa cultura nordestina que é o que mais encanta.
 Trata-se da produção de objetos que, tanto pela origem, pelos locais de
onde provém, quanto pelo perfil daqueles que os produzem e pelas
matérias primas e técnicas com que são produzidos, é extremamente
diversificada.
 Um produto visto como atividade espontânea, desenvolvida na zona rural
ou na periferia das cidades. Atividade bastante explorada, que favorece
principalmente aos atravessadores.
Fazer tradicional
 O artesanato indígena também não conseguiu atrair muito o interesse dos
turistas .
 A sustentabilidade ambiental é outro fator para ser pensado e estudado
para que, além do serviço prestado aos consumidores, o meio ambiente
não sofra com a falta de sua matéria prima.
 o artesanato faz parte da arte popular, que é toda a produção plástica,
musical, teatral, poética, de dança etc. Feita espontaneamente por uma
população, e que expressa claramente a cultura e as tradições do grupo
humano que a produziu, seja indígena ou não.
Mercantilização do Artesanato
“Não é uma tarefa fácil encontrar estudos sobre artesanato que não tenham
como principal foco de análise os aspectos econômicos ou o enfoque
direcionado para uma visão romântica que destaca principalmente
características como “originalidade”, “pureza” e “tradição”. Essas duas
abordagens mais frequentemente encontradas nos estudos sobre o
artesanato lançam um olhar muito mais para o produto artesanal do que
para os agentes envolvidos nas atividades.”
(LIMA, 2004, p.21-22)
O envolvimento do design de moda
 O design de moda tem uma relação social no envolvimento com a moda.
 Seus produtos tem valor de mercado como bem de consumo, tudo isso se
reflete num trabalho bem desenvolvido, criativo, que desperte desejo e
tenha significado no mundo da moda.
 Possui valor cultural, social que o produto produzido pelo design carrega.
 O design de moda tem natureza exploratória.
 A moda também faz parceria com o artesanato tornando-os um bem
cultural e um bem de consumo.
O envolvimento do design de moda
 O design de moda dá muita visibilidade às peças, pois agrega uma marca e a
partir daí o produto tem uma identidade, isso torna diferenciado na visão de
mercado.
 O design se preocupa com a criação, catálogo, ponto de venda,
embalagem, publicidade, vitrine, internet, tudo que está vinculado ao seu
trabalho.
 O design de moda além dessas possiblidades de mercado tem um diálogo
aberto e direto com o consumidor, despertando desejos mais que a
necessidade.
 O design promove experiências com textura, cor, novos materiais,
caracterizando uma construção de linguagem de moda em seu trabalho.
O envolvimento do design de moda
 A região nordeste, concentra boa parte das atividades artesanais
desenvolvidas no país e a moda cresce junto com ela, já que uma está
ligada a outra.
 o trabalho do artesão é tão enriquecedor quanto do estilista, o que vai
diferenciar é que muitas vezes o estilista acaba criando uma marca, um
nome que na sociedade já está bem marcado e isso faz com que o preço
fique um pouco mais elevado do que o do artesão.
 O corpo é o suporte material e sensível para que o design de moda
desenvolva seus projetos.
 A proposta do design de moda é de
tirar do nada uma peça qualquer e
transformá-la em discurso no meio da
moda, dando uma maneira de ser as
qualidades e problemáticas de cada
tempo, dando ao usuário da peça a
possibilidade de integrar-se ao mundo
de valores instalados.
Brasilidade no artesanato
 Identificação de elementos
cotidianos da região (arquitetura,
monumentos);
 Verificação da história local para
identificar possíveis temas a
serem representados;
 Utilização de matéria-prima
abundante na região e por
vezes, exclusiva;
 Confecção de peças com
técnicas artesanais tradicionais.
 Diferenciação em relação aos
artesanatos feitos nas outras
regiões do País, seja pelo tema
representado, pela matéria-prima
utilizada ou pela técnica
empregada;
 Fortalecimento da cultura
regional, ao ressaltar as
características locais;
 Aumento da competitividade,
por ser um artesanato com alto
valor agregado, dentre outros.
Abordagem Vantagens
Colaboração do design na brasilidade
 Identificação das necessidades dos consumidores e de possíveis
temáticas;
 Identificação de demandas;
 Verificação de matérias-primas diferenciadas;
 Incorporação das três funções do design na criação dos artesanatos, de
forma a agregar brasilidade;
 Incorporação de outros conceitos relativos ao design, como a ergonomia
e a sustentabilidade.
Ações:
 Buscar parceria com um designer para trabalhar em conjunto nas
iniciativas que serão apresentadas nos próximos tópicos;
 Identificar matérias-primas locais possíveis de serem utilizadas. No caso de
matérias orgânicas, deve-se estudar a melhor forma de manejo e como
torná-las duráveis;
 Realizar estudos sobre a cultura local e a iconografia para auxiliar na
identificação de temas.
 Vale ressaltar a importância de exercitar o olhar sobre o cotidiano para
identificar elementos para serem abordados nos artesanatos;
 Pesquisar sobre necessidades e comportamentos dos consumidores e
tendências, com o objetivo de criar produtos adequados e que terão
demanda, gerando negócios perenes
Ações:
 Melhorar processos e produtos, por meio da observação e aplicação de
conceitos como as três funções do design (prática, estética e simbólica),
ergonomia (produto adequado ao uso) e sustentabilidade (equilíbrio entre as
esferas social, ambiental e econômica);
 Desenvolver critérios de qualidade de produção e de acabamento, para
tornar o artesanato mais competitivo;
 Criar embalagem adequada, atentando para as características do
artesanato, de forma que proteja a peça e valorize o trabalho do artesão;
 Investir em identidade visual, ao comunicar valores intangíveis relacionados ao
artesanato. Neste aspecto entram a matéria prima, a responsabilidade social e
ambiental, entre outros.
 A identidade visual engloba: marca, etiqueta, embalagem, catálogo, site e
outros.
Designer como Artesão
 Um designer pode ser artesão?
 Um designer faz trabalhos manuais?
 Um artesão pode ser designer?
Mobu ateliê
 O Atelier Moreau Bueno é composto por três sócios das áreas de
arquitetura e design baseados em São Paulo.
 Formado em 2015, MoBu se dedica à criação de mobiliário interno e
urbano que traga a sensibilidade da peça ao contato com o consumidor.
 A ideia de aliar forma e conteúdo da madeira enquanto matéria prima
permite a Fábio Bueno Santos, Gabriel Bueno e Gustavo Moreau utilizarem
suas técnicas de maneira didática e agregadora para sempre aperfeiçoar
suas obras e progredir em seus conceitos.
 Ao integrar sua obra ao espaço doméstico e ao consumo da madeira, a
MoBu apresenta ao cliente seu processo criativo e o aproxima de sua
função inicial: a manufatura.
O designer artesão
 Elizandro Rabelo já foi pintor de parede, cartazista, vendedor de
enciclopédias, estudante de design, dono de confecção, fotógrafo,
diretor de arte, maquetista e ilustrador, mas, a única coisa com a qual ele
se identifica é designer.
 Para ele, estabelecer um diálogo entre o ato de projetar e executar é o
que define a essência de seu trabalho, pois seus projetos nem sempre se
definem na prancheta ou no computador, conta, de maneira que a
madeira, com suas características próprias e únicas tem muito a ensinar, e
cada peça que produz depende da maneira.
 A produção artesanal é essencial para Elizandro, que se manifesta na
forma de marcenaria, prática que o designer admira e respeita – e que foi
a partir dela que criou sua marca."
Paola Muller
 As estampas e grafismos das criações da designer têxtil Paola Muller têm
identidade tão forte que quem conhece a marca reconhece seus
produtos em qualquer lugar.
 A qualidade do tricô, tecido com fios importados, orgânicos e com
tingimentos artesanais combinado ao olhar apurado de Paola, resultam
em peças que encantam a todos.
 Após trabalhar como programadora visual e desenvolver peças em tricô
para o mercado de moda por mais de duas décadas, Paola resolveu criar
sua própria marca.
 Hoje, suas tramas em tricô estão em mantas, mochilas, estofados e mais
peças.
Ivone Rigobello
 Trabalha há mais de 20 anos com design de superfície e cria peças tais como
almofadas, tapetes, jogos americanos , ecobags e painéis decorativos.
 Ela se utiliza de fibras, cores e grafismos com uma linguagem bem brasileira,
inspirada tanto na Natureza quanto em grafismos indígenas corporais.
 Arquiteta, urbanista e designer pela PUC-Campinas.
 Possui desde 1990 atelier próprio de pesquisa, criação e produção de
estampas exclusivas para decoração e moda.
 É expositora na Feira Craft Design, que atende a lojistas do Brasil e do exterior.
 Criou dois cursos online para a empresa EDUK, de SP.
 Coordena, sob curadoria de Renato Imbroisi, cursos de estamparia manual
direcionado a comunidades que necessitam criar identidade e gerar renda
com sustentabilidade.
Thais Costa
 Thais foi bióloga e pesquisadora na área de imunologia molecular até os
anos 2000, até que descobriu a joalheria que foi, para ela, um novo
caminho para entender o mundo, o ser humano e a si mesma.
 Seu trabalho visa o respeito ao material e seus processos naturais, sempre
com movimento, leveza e valorizando a simplicidade do gesto – deixando
as cicatrizes do material e nunca escondendo a ação criadora sobre a
matéria que a recebe.
Regina Misk
 A designer Regina Misk tem seu ateliê em Minas Gerais.
 Preza pela produção local, ou seja, suas produções ganham vida através
das mãos de tecelãs locais bem como da própria artista.
 Suas criações ressignificam antigas formas de ofício e conduzem a
tradição de encontro ao contemporâneo, criando com o tear, crochê,
tricô e bordado novos frutos de uma mesma raiz muito antiga.
 Carregados de brasilidade, seus designs são aconchegantes e carregam
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Artesanato, moda e design: uma relação cultural e de mercado

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Artesanato, moda e design: uma relação cultural e de mercado

  • 1. O Artesanato e a moda revestidos como bem cultural e bem de consumo Moda e Artesanato Samara Sousa
  • 2. Conteúdo programado  O mundo do trabalho e suas implicações sobre a produção artesanal;  O fazer tradicional;  Mercantilização do Artesanato;  O envolvimento do Design de moda;  Brasilidade no Artesanato;  Designer como Artesão.
  • 3. Objetivos:  Entender as implicações dos artesanatos no mercado comercial;  Entender o envolvimento do design de moda com o Artesanato;  Conhecer designers artesãos.
  • 4.  O artesanato é dom ou técnica?  A moda é técnica ou estilo de vida?  O artesanato brasileiro busca se adequar ao mercado sem perder as características originais. Uma missão impossível?  O Artesanato vai além da arte e da tradição, o Artesanato é um meio de trabalho, é um meio de sustento para quem produz e nos dia atuais, o artesão não fica apenas sentado na frente de sua casa produzindo, ele está sendo empregado em lojas, feiras, ateliês, grandes confecções, o trabalho do artesão de casa para o mundo da moda.
  • 5. As implicações do mercado sobre a produção Artesanal  as atividades industriais manuais não foram definitivamente condenadas pela mecanização cada vez maior da era pós-industrial.  Surge na nova sociedade uma assimilação inovadora entre as tecnologias de ponta e os conhecimentos artesanais.  A indústria e o trabalho manual se combinam laçadas e pontos e um novo modo de viver, mesmo com a industrialização, o artesanato pode contribuir para deixar as peças mais atraentes para o público jovem, pois a mistura de peças com o tricô vem encantando esse público desde sempre.
  • 6. “O aspecto do artesanal, daquilo que é ou parece ser feito à mão, um a um, ainda persiste com um forte apelo junto ao consumidor. O produto que recebe maior atenção, que tem etapas de produção “personalizadas”, que é criado de uma forma distinta tem, por extensão, um novo preço. Esse produto não deve ser comparado ou confundido com o artesanato feito à mão, individualmente.” (LIMA, 2008, p. 101)
  • 7. O fazer tradicional  Fazer tradicional é não deixar apagar o histórico do artesanato e nem fugir dessa cultura nordestina que é o que mais encanta.  Trata-se da produção de objetos que, tanto pela origem, pelos locais de onde provém, quanto pelo perfil daqueles que os produzem e pelas matérias primas e técnicas com que são produzidos, é extremamente diversificada.  Um produto visto como atividade espontânea, desenvolvida na zona rural ou na periferia das cidades. Atividade bastante explorada, que favorece principalmente aos atravessadores.
  • 8. Fazer tradicional  O artesanato indígena também não conseguiu atrair muito o interesse dos turistas .  A sustentabilidade ambiental é outro fator para ser pensado e estudado para que, além do serviço prestado aos consumidores, o meio ambiente não sofra com a falta de sua matéria prima.  o artesanato faz parte da arte popular, que é toda a produção plástica, musical, teatral, poética, de dança etc. Feita espontaneamente por uma população, e que expressa claramente a cultura e as tradições do grupo humano que a produziu, seja indígena ou não.
  • 9. Mercantilização do Artesanato “Não é uma tarefa fácil encontrar estudos sobre artesanato que não tenham como principal foco de análise os aspectos econômicos ou o enfoque direcionado para uma visão romântica que destaca principalmente características como “originalidade”, “pureza” e “tradição”. Essas duas abordagens mais frequentemente encontradas nos estudos sobre o artesanato lançam um olhar muito mais para o produto artesanal do que para os agentes envolvidos nas atividades.” (LIMA, 2004, p.21-22)
  • 10. O envolvimento do design de moda  O design de moda tem uma relação social no envolvimento com a moda.  Seus produtos tem valor de mercado como bem de consumo, tudo isso se reflete num trabalho bem desenvolvido, criativo, que desperte desejo e tenha significado no mundo da moda.  Possui valor cultural, social que o produto produzido pelo design carrega.  O design de moda tem natureza exploratória.  A moda também faz parceria com o artesanato tornando-os um bem cultural e um bem de consumo.
  • 11. O envolvimento do design de moda  O design de moda dá muita visibilidade às peças, pois agrega uma marca e a partir daí o produto tem uma identidade, isso torna diferenciado na visão de mercado.  O design se preocupa com a criação, catálogo, ponto de venda, embalagem, publicidade, vitrine, internet, tudo que está vinculado ao seu trabalho.  O design de moda além dessas possiblidades de mercado tem um diálogo aberto e direto com o consumidor, despertando desejos mais que a necessidade.  O design promove experiências com textura, cor, novos materiais, caracterizando uma construção de linguagem de moda em seu trabalho.
  • 12. O envolvimento do design de moda  A região nordeste, concentra boa parte das atividades artesanais desenvolvidas no país e a moda cresce junto com ela, já que uma está ligada a outra.  o trabalho do artesão é tão enriquecedor quanto do estilista, o que vai diferenciar é que muitas vezes o estilista acaba criando uma marca, um nome que na sociedade já está bem marcado e isso faz com que o preço fique um pouco mais elevado do que o do artesão.  O corpo é o suporte material e sensível para que o design de moda desenvolva seus projetos.
  • 13.  A proposta do design de moda é de tirar do nada uma peça qualquer e transformá-la em discurso no meio da moda, dando uma maneira de ser as qualidades e problemáticas de cada tempo, dando ao usuário da peça a possibilidade de integrar-se ao mundo de valores instalados.
  • 14. Brasilidade no artesanato  Identificação de elementos cotidianos da região (arquitetura, monumentos);  Verificação da história local para identificar possíveis temas a serem representados;  Utilização de matéria-prima abundante na região e por vezes, exclusiva;  Confecção de peças com técnicas artesanais tradicionais.  Diferenciação em relação aos artesanatos feitos nas outras regiões do País, seja pelo tema representado, pela matéria-prima utilizada ou pela técnica empregada;  Fortalecimento da cultura regional, ao ressaltar as características locais;  Aumento da competitividade, por ser um artesanato com alto valor agregado, dentre outros. Abordagem Vantagens
  • 15. Colaboração do design na brasilidade  Identificação das necessidades dos consumidores e de possíveis temáticas;  Identificação de demandas;  Verificação de matérias-primas diferenciadas;  Incorporação das três funções do design na criação dos artesanatos, de forma a agregar brasilidade;  Incorporação de outros conceitos relativos ao design, como a ergonomia e a sustentabilidade.
  • 16. Ações:  Buscar parceria com um designer para trabalhar em conjunto nas iniciativas que serão apresentadas nos próximos tópicos;  Identificar matérias-primas locais possíveis de serem utilizadas. No caso de matérias orgânicas, deve-se estudar a melhor forma de manejo e como torná-las duráveis;  Realizar estudos sobre a cultura local e a iconografia para auxiliar na identificação de temas.  Vale ressaltar a importância de exercitar o olhar sobre o cotidiano para identificar elementos para serem abordados nos artesanatos;  Pesquisar sobre necessidades e comportamentos dos consumidores e tendências, com o objetivo de criar produtos adequados e que terão demanda, gerando negócios perenes
  • 17. Ações:  Melhorar processos e produtos, por meio da observação e aplicação de conceitos como as três funções do design (prática, estética e simbólica), ergonomia (produto adequado ao uso) e sustentabilidade (equilíbrio entre as esferas social, ambiental e econômica);  Desenvolver critérios de qualidade de produção e de acabamento, para tornar o artesanato mais competitivo;  Criar embalagem adequada, atentando para as características do artesanato, de forma que proteja a peça e valorize o trabalho do artesão;  Investir em identidade visual, ao comunicar valores intangíveis relacionados ao artesanato. Neste aspecto entram a matéria prima, a responsabilidade social e ambiental, entre outros.  A identidade visual engloba: marca, etiqueta, embalagem, catálogo, site e outros.
  • 18. Designer como Artesão  Um designer pode ser artesão?  Um designer faz trabalhos manuais?  Um artesão pode ser designer?
  • 19. Mobu ateliê  O Atelier Moreau Bueno é composto por três sócios das áreas de arquitetura e design baseados em São Paulo.  Formado em 2015, MoBu se dedica à criação de mobiliário interno e urbano que traga a sensibilidade da peça ao contato com o consumidor.  A ideia de aliar forma e conteúdo da madeira enquanto matéria prima permite a Fábio Bueno Santos, Gabriel Bueno e Gustavo Moreau utilizarem suas técnicas de maneira didática e agregadora para sempre aperfeiçoar suas obras e progredir em seus conceitos.  Ao integrar sua obra ao espaço doméstico e ao consumo da madeira, a MoBu apresenta ao cliente seu processo criativo e o aproxima de sua função inicial: a manufatura.
  • 20.
  • 21. O designer artesão  Elizandro Rabelo já foi pintor de parede, cartazista, vendedor de enciclopédias, estudante de design, dono de confecção, fotógrafo, diretor de arte, maquetista e ilustrador, mas, a única coisa com a qual ele se identifica é designer.  Para ele, estabelecer um diálogo entre o ato de projetar e executar é o que define a essência de seu trabalho, pois seus projetos nem sempre se definem na prancheta ou no computador, conta, de maneira que a madeira, com suas características próprias e únicas tem muito a ensinar, e cada peça que produz depende da maneira.  A produção artesanal é essencial para Elizandro, que se manifesta na forma de marcenaria, prática que o designer admira e respeita – e que foi a partir dela que criou sua marca."
  • 22.
  • 23. Paola Muller  As estampas e grafismos das criações da designer têxtil Paola Muller têm identidade tão forte que quem conhece a marca reconhece seus produtos em qualquer lugar.  A qualidade do tricô, tecido com fios importados, orgânicos e com tingimentos artesanais combinado ao olhar apurado de Paola, resultam em peças que encantam a todos.  Após trabalhar como programadora visual e desenvolver peças em tricô para o mercado de moda por mais de duas décadas, Paola resolveu criar sua própria marca.  Hoje, suas tramas em tricô estão em mantas, mochilas, estofados e mais peças.
  • 24.
  • 25. Ivone Rigobello  Trabalha há mais de 20 anos com design de superfície e cria peças tais como almofadas, tapetes, jogos americanos , ecobags e painéis decorativos.  Ela se utiliza de fibras, cores e grafismos com uma linguagem bem brasileira, inspirada tanto na Natureza quanto em grafismos indígenas corporais.  Arquiteta, urbanista e designer pela PUC-Campinas.  Possui desde 1990 atelier próprio de pesquisa, criação e produção de estampas exclusivas para decoração e moda.  É expositora na Feira Craft Design, que atende a lojistas do Brasil e do exterior.  Criou dois cursos online para a empresa EDUK, de SP.  Coordena, sob curadoria de Renato Imbroisi, cursos de estamparia manual direcionado a comunidades que necessitam criar identidade e gerar renda com sustentabilidade.
  • 26.
  • 27. Thais Costa  Thais foi bióloga e pesquisadora na área de imunologia molecular até os anos 2000, até que descobriu a joalheria que foi, para ela, um novo caminho para entender o mundo, o ser humano e a si mesma.  Seu trabalho visa o respeito ao material e seus processos naturais, sempre com movimento, leveza e valorizando a simplicidade do gesto – deixando as cicatrizes do material e nunca escondendo a ação criadora sobre a matéria que a recebe.
  • 28.
  • 29. Regina Misk  A designer Regina Misk tem seu ateliê em Minas Gerais.  Preza pela produção local, ou seja, suas produções ganham vida através das mãos de tecelãs locais bem como da própria artista.  Suas criações ressignificam antigas formas de ofício e conduzem a tradição de encontro ao contemporâneo, criando com o tear, crochê, tricô e bordado novos frutos de uma mesma raiz muito antiga.  Carregados de brasilidade, seus designs são aconchegantes e carregam em si simultaneamente carinho e técnica