O documento discute o design biofílico e como ele pode ser aplicado em projetos e cidades. Aborda como a biofilia, ou conexão com a natureza, é importante para o bem-estar humano e como o design pode estimular essa conexão mesmo em ambientes construídos. Também apresenta exemplos de cidades que aplicaram princípios biofílicos com sucesso.
3. Objetivos:
explorar sua relação com a sustentabilidade e analisar a forma como ambos os
princípios impactam na formação da estrutura de cidades e produtos.
Conhecer o termo Biofilia o que ele significa dentro das ciências criativas
5. Biofilia
Relação da arquitetura – homem – natureza;
Sua relevância está na medida em que aborda fatores com impacto na
ordem social, econômica, cultural e ambiental da área de estudo.
Baseado na preocupação com o uso racional dos recursos naturais e na
redução da geração de resíduos sólidos é imprescindível trabalhar a
sustentabilidade dentro dos projetos de arquitetura, design e
urbanismo.
6. Design
Design orgânico;
Design relacionado a natureza;
O Design enquanto arte de transformação do meio natural, deve
desenvolver os preceitos da sustentabilidade, aplicando-os como aspectos que
agreguem valor e singularidade ao produto.
7. Design Biofílico
Psicólogo social Erich From, mas ficou conhecido pela aplicação nas
teorias do sociobiologista Edward Wilson;
A relação de amor à natureza, a ligação emocional dos humanos com
outros organismos vivos;
A necessidade de interação inata do ser humano para com a natureza;
A configuração em um desejo humano decorrente de traços da
evolução.
O design biofílico surge em resposta à necessidade
humana de se conectar com a natureza, estendendo essa conexão
com a natureza aos espaços humanos construídos.
8. Design biofílico
Um dos impedimentos mais significativos para a experiência positiva da
natureza hoje é o paradigma predominante de design e desenvolvimento do
ambiente moderno construído;
o desafio para o design biofílico é abordar as deficiências dos espaços
urbanos contemporâneos de forma a satisfazer a necessidade de conexão das
pessoas com a natureza.
A proposta de uma cidade biofílica é criar um habitat para as pessoas, que
funcione como um organismo biológico, promovendo a saúde e o bem-estar
dentro dos espaços construídos.
O design biofílico é a chave, não apenas para ambientes mais
saudáveis e melhores condições de vida, mas também são
estimulantes, aumentam a capacidade cognitiva, a concentração e a
produtividade.
9. Design Biofílico
O design biofílico não deve ser trabalhado de forma fragmentada,
mas ser incorporado em todas as escalas da construção, desde o
planejamento de interiores, de edifícios como um todo, até atingir a
paisagem do entorno, o espaço urbano, a esfera bio-regional.
É necessário a implantação da biofilia desde a escala micro, partindo
do desenho do edifício, até a escala macro, em uma análise do local e
da região, incluindo a natureza e os elementos naturais na cidade.
10. As dimensões do Design Biofílico
A experiência direta com a natureza;
A experiência indireta;
Experiência de espaço e lugar.
Experiências multissensoriais com a natureza, dentro dos
ambientes construídos, devem ser estimuladas, pois
contribuem para o conforto, a satisfação, o prazer e o
desempenho cognitivo.
11. Principais aspectos do design que o
utiliza a biofilia
1. A busca por um envolvimento repetido e contínuo com a natureza.
2. A concentração nas adaptações humanas ao mundo natural que, ao longo do
tempo evolucionário, melhoraram sua a saúde e bem-estar.
3. O estímulo de ligações emocionais com configurações e lugares específicos.
4. Maiores interações positivas entre as pessoas e a natureza, que estimulam
um sentido de relacionamento e responsabilidade para as comunidades
humanas
e naturais.
5. O estímulo de soluções arquitetônicas de reforço mútuo, interconectadas e
integradas.
13. Design e Semiótico
O ser humano reconhece o mundo e coleta informações por meio dos
sentidos.
A percepção do meio ambiente influencia diretamente no
comportamento humano, pois o homem atribui significados a medida
em que realiza suas interpretações do meio exterior.
Quanto mais o Design desperta emoções e sentimentos, mais ela
beneficia o desenvolvimento da afetividade entre o humano e o
serviço/produto, despertando assim o sentimento de pertencimento
que cria a relação de lugar.
14. Design e Semiótico
A arquitetura enquanto criadora de ambientes e cenários, deve
estimular o ser humano a vivenciar o seu espaço, construído e natural.
Para que o usuário interprete completamente a arquitetura do local, é
necessário que a obra apresente, além dos aspectos da
funcionalidade, da estética, também uma relação harmoniosa entre a
natureza.
Interpretar seu espaço circundante, refletindo esse equilíbrio em seu
contexto urbano e social.
15. Biofilia semiótica
Aborda a percepção ambiental relacionada ao ambiente urbano, em
uma
análise da morfologia das cidades.
Ele separa e avalia os elementos de formação da paisagem urbana,
sua importância e a forma como tais elementos afetam a qualidade
visual das cidades.
Estruturar e identificar o meio ambiente é uma característica natural
do ser humano, a partir da qual ele organiza o espaço por meio de
suas orientações sensoriais e cria suportes de orientação sólidos.
A necessidade de estruturar e conhecer o meio está enraizada no ser
humano, e a imagem da cidade ganha importância emocional e
prática na vida das pessoas.
16. Cidade biofílica: integrando a natureza
ao planejamento urbano
0046 – Design e Cidade
Módulo II: Design e a Cidade
17. Timothy Beatley:
O pesquisador estadunidense Timothy
Beatley, autor do livro BiophilicCities:
Integrating Nature into Urban Design
and Planning, foi um dos primeiros
estudiosos do assunto a aplicar a
biofilia às cidades, ao desenho e
planejamento urbanístico.
Timothy acredita que mesmo que a
biofilia seja uma condição e tendência
natural genética do ser humano,
existe a necessidade de intensificar e
fortalecer o contato com a natureza
para que a conexão se perpetue.
18. Urbanismo Biofílico
Concentra-se na utilização de elementos naturais na concepção e função
das cidades.
Tais elementos reduzem o efeito das chamadas ilhas de calor, diminuem as
cargas de aquecimento e resfriamento dos edifícios, melhoram a
qualidade do ar, ajudam diminuir a violência urbana e a depressão.
Espaços que usam do design biofílico são mais valorizados pelas pessoas,
refletindo em um valor de mercado maior.
espaços urbanos que atribuem elementos naturais ao seu projeto atraem
um público maior e despertam mais interesse de investimento por parte dos
consumidores.
19. Cidade Biofílicas mais conhecidas:
Singapura
Vitoria-Gasteiz, Espanha
Oslo, Noruega
Portland, EUA
São Francisco, EUA
Birmingham, Inglaterra
Nova Iorque, EUA
Seattle, EUA
24. Cidade Biofílica
Oferece mais áreas verdes, seus habitantes estão ativamente envolvidos
em experimentar a natureza, por meio de caminhadas, contemplação de
jardins ou parques.
Esses espaços urbanos recebem mais atenção dos moradores e visitantes
e os laços de pertencimento e lugar são mais consolidados nessas regiões.
A aplicação bem sucedida do design biofílico segundo Kellert e
Calabrese (2015) sustenta a criação de uma comuninade natural
robusta e sustentável.
25. Princípios das cidades biofílicas
1. Natureza em abundância localizada próxima a um grande número de
habitantes.
2. Conexão dos cidadãos com flora e fauna nativas
3. Interligar espaços ao ar livre promovendo e facilitando o uso da
população
4. Ambientes multissensoriais
5. Educação no campo da natureza
6. Investimento em infraestrutura que favoreça a conexão entre cidade e
natureza
7. Conscientização sobre os impactos de questões ambientais
27. Por que promover biofilia em nossos
projetos?
Promove mais produtividade e um amplo espectro de benefícios físicos,
mentais e comportamentais.
Os resultados físicos incluem melhor condicionamento físico, menor
pressão arterial, maior conforto e satisfação, menos sintomas de doenças
e melhor saúde.
Os benefícios mentais variam de maior satisfação e motivação, menos
estresse e ansiedade, maior facilidade para resolução de problemas e
mais criatividade
No campo das mudanças comportamentais, a biofilia promove melhores
habilidades de enfrentamento e domínio, maior atenção e concentração,
melhor interação social e menos hostilidade e agressividade.
28. Aspectos de um design
que promove a biofilia
Experiência direto com a
natureza;
Experiência indireta com a
natureza;
Experiência de espaço e lugar;
29. Como implantar um projeto biofílico
É necessário o trabalho em conjunto com o cliente e todos os envolvidos no
processo de decisão de um projeto além dos usuários dos espaços, para que
possamos construir um quadro completo de necessidades e possibilidades
arquitetônicas.
Compreensão das oportunidades espaciais e humanas que existem e obter
resultados próximos ao tripé da sustentabilidade: pessoas, do planeta e do
lucro.
Promover uma integração com a arquitetura, o urbanismo e o Design de nossas
cidades.
É preciso tirar partido do que nossas cidades fornecem para estabelecermos
espaços altamente saudáveis e produtivos.
30. Principais características que se deve
levar em conta em um projeto Biofílico
Eficiência energética;
Longevidade e durabilidade;
Qualidade do ar;
Redução de impactos ambientais;
Conforto ambiental;
Ergonomia e acessibilidade.