planejamento 3º bimestre influenciadores digitais e cidadania local.docx
Design na Cidade e Democracia
1. MÓDULO II: O Design na Cidade
DES0046 – DESIGN E A CIDADE
PROFESSORA SAMARA SOUSA
2. Conteúdo Programado:
Design, democracia e outras metodologias;
Definindo o popular, o vernacular e o regional; Integrando o Design Formal ao
vernacular; Cidade, Cultura e Linguagem.
Design Biofilico
4. Conteúdo Programado
O design na mídia;
Democracia;
Humanismo projetual;
Industrialização;
O papel do designer;
Identidade;
Outras metodologias: Design participativo, Co-design.
5. Objetivos:
Refletir sobre o papel do design na democracia;
Compreender o que é humanismo projetual;
Discutir sobre o papel do design na politica;
Conhecer metodologias do design que podem colaborar na construção
de uma cidade melhor.
6. O Design na mídia
Design na opinião publica se identifica como envoltórios: a carcaça de
um computador; o corpo de uma lapiseira, a armação de par de
óculos;
Distanciamento da ideia solução inteligente de problemas;
Aproximou-se do efêmero, da moda, do obsoletismo rápido;
Associado a objetos caros, poucos práticos, divertidos, com formas
rebuscadas e gamas cromáticas chamativas;
Transformou-se em Evento midiático, em espetáculo.
Boa forma = Fins sociopedagógicos
X
Life Style = fins comerciais
7. A democracia
Democracia = Equidade
Democracia surgiu e, Atenas, Grécia;
Demo = Povo + Krátia = poder
Objetivo: era acabar com os privilégios aristocráticos e ampliar os
direitos dos cidadãos comuns.
Crise democrática
• Separação entre governantes e governados: as decisões não são tomadas pela maioria,
mas por uma minoria;
• Formação de uma elite política: trata-se dos políticos profissionais que, pela
especialização, se afastam dos eleitores aos quais estão submetidos;
• A ruptura do vínculo entre a vontade dos representados e a vontade dos
representantes: origem das diferenças sociais e funcionais.
8. Tudo em nome da democracia
Invasões colonialista;
Matanças e bombardeio;
Genocidios;
Limpeza étnica;
Torturas e quebras das leis de convivência internacional, quase
impunemente.
Como recuperar um conceito de democracia não dominada
pela economia e dar-lhe credibilidade?
9. O humanismo projetual
Humanismo é o exercício de nossas competências da linguagem para
compreender, reinterpretar e lidar com os produtos da linguagem na
história, em outras línguas e em outras tradições históricas.
Humanismo projetual é o exercício das capacidades projetuais para
interpretar as necessidades de grupos sociais e elaborar propostas
viáveis, emancipatórias, em forma de artefatos instrumentais e
artefatos semióticos.
Humanismo é emancipatório porque implica a redução da
dominação e, no caso design, atenção também aos
excluídos, aos discriminados.
10. Industrialização
Manipulação + design = Produção de aparência;
Provocar predisposição positiva ou negativa;
Tecnologia e industrialização;
Incrementar exportações e gerar economias
A industrialização é um meio indispensável para
democratizar o consumo e permitir um amplo setor da
população o acesso ao universo de produtos técnicos para
melhorar a vida cotidiana sem seu diferentes domínios.
11. Os designers
Criam produtos portadores de valores e significado;
Conciliam o material e o simbólico;
Projetar significa conviver com paradoxos e contradições.
A busca do equilíbrio entre os aspectos técnicos dos objetos
e de seus aspectos semânticos é o núcleo central do trabalho
do designer, sem privilegiar um lado ou outro.
12. Identidade
Identidade é o conjunto de características próprias e exclusivas com os
quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados
uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus
semelhantes.
Identidade no design: Reservatório de formas; Combinações cromáticas;
Estilo; Inconfundibilidade; Materiais de elaboração; Artesanato
Identidade na prática cotidiana: Fascinação pelo estrangeiro; Defesa
contra o estrangeiro; Resistência contra estrangeirização; Dialética entre o
próprio e o outro
Identidade na economia: Identidade corporativa; Branding; Mercado das
identidades; Logomarcas; Capital simbólico; Globalização; Colonização e
pós- colonização;
13. Politica e identidade
Dominação e Submissão;
Antinomias e assimetrias;
Autonomia e heteronomia
Colonialismo e pós colonialismo;
Globalização e contraglobalização;
Padrões universais e
particularidades locais;
Diferenças e coisas em comum;
Conflitos entre centros e periferias;
Exclusão e Inclusão
Multiculturalismo
14. Argumentos contra o conceito da identidade
A identidade é uma corrente continua;
Existe soluções locais para problemas criados globalmente?
Existe características culturais permanentes?
A identidade não pode ser aceita como algo terminado, nem
definitivo, ao contrário, é uma possibilidade sempre aberta.
15. Perspectiva do artesanato na identidade
Uso de recursos locais em relação ao design e criação de identidade
pode ser visto em países periféricos.
Valorização do que é feito a mão;
Características próprias da região.
16. Artesanato e Design na construção identitária
local
Enfoque conservador: Busca proteger o artesão contra qualquer
influência vinda de fora.
Enfoque estetizante: Considera os artesãos representantes da cultura
popular e eleva seus trabalhos ao status de arte, utilizando o termo
“arte popular” em referência a “ arte erudita”;
Enfoque produtivista: Considera os artesãos como mão de obra
qualificada e barata, utilizando suas capacidades para produzir
objetos assinados pelos designers e artistas.
Enfoque culturalista e essencialista; Considera os projetos locais dos
artesãos como base ou ponto de partida para o verdadeiro design
Enfoque paternalista: Considera os artesãos como clientela politica
de programas assistencialista e exerce uma função mediadora entre a
produção e a comercialização.
17. Design participativo
Surgiu na Escandinávia, no final dos anos 1960 e início dos 1970;
Objetivo: democratizar o processo de desenvolvimento de sistemas e
produtos.
O usuário não apenas consome produtos, mas atua como um co-projetista,
tendo um papel de alto envolvimento no processo para melhorar a
qualidade e evitar a criação de funcionalidades sem necessidade, melhorar
a aceitação e o uso mais efetivo do produto ou sistema em questão.
Passou a ser adotado amplamente como metodologia de design a partir dos
anos 1980.
18. O uso do Design participativo
Política e sociológica: os usuários poderiam influenciar nas decisões que
os afetam, e não apenas adotar decisões impostas por terceiros;
Geográfica e contextual: designers e usuários possuem diferentes visões
de mundo baseado na cultura distinta, conhecimento e experiência prévia;
Pragmática: possibilitar a realização de tarefas de maneira mais
eficiente, eficaz e satisfatória para não desperdiçar recursos e facilitar a
adoção e entendimento dos usuários.
19. Os estágios do design participativo
Estágio 1: Exploração inicial do trabalho, familiarização do designer e
participantes e seleção do ambiente e das ferramentas de trabalho através
de observação, entrevistas e análises de artefatos.
Estágio 2: processo de descoberta. Etapa que dará sentido ao trabalho,
com uso de técnicas para compreender e priorizar a organização do
trabalho. Os métodos usados durante esse estágio incluem jogos
organizacionais, jogos baseados em dramatização, workshops, storyboards
etc.
Estágio 3: Prototipação. Etapa na qual os designers e usuários modelam por
várias vezes e iterativamente os artefatos tecnológicos para que esteja de
acordo com as necessidades e objetivos dos usuários.
20. Co - design
é um processo compartilhado e aberto de design, no qual o designer passa a
atuar como um facilitador, um orquestrador do envolvimento das demais
partes no processo.
é um processo de desenvolvimento e aprendizagem que envolve uma troca
de conhecimentos relacionados tanto ao assunto do processo de design e do
processo em si.
A propriedade e o poder coletivo são dados a todos que estão envolvidos.
Co-design é orientado para a prática, com foco na clareza da visão e uma
intenção criativa compartilhada entre todos os participantes.
A inclusão de atores externos às estruturas políticas promove
a transparência dos processos decisórios e valoriza a
participação daquele que vivencia a realidade que está
sendo debatida: o cidadão.
21. Co - design
Co-design pode radicalmente melhorar a qualidade de vida para as pessoas
vulneráveis.
Pode contribuir para a criação de cidadãos mais ativos, ajudar a gerir
problemas complexos na concepção e prestação de serviços públicos;
Construir novas relações e conhecimentos necessários para a governação do
século XXI e desenvolver competências individuais, confiança e ambição.
22. Benefícios do Co - design
Geração de melhores ideias com alto grau de originalidade e valor de
usuário; melhor conhecimento das necessidades do cliente ou usuário;
Validação imediata de ideias ou conceitos;
Maior qualidade, melhores produtos ou serviços diferenciados;
Tomada de decisão mais eficiente;
Menores custos de desenvolvimento e menor tempo de desenvolvimento;
Melhor cooperação entre diferentes pessoas ou organizações e entre
disciplinas
Graus mais elevados de satisfação e fidelidade de clientes e utilizadores;
Aumento dos níveis de apoio e entusiasmo pela inovação e mudança;
Melhor relacionamento entre o fornecedor de produtos ou serviços e seus
clientes.
Notas do Editor
Pg 18 do livro
O que é democracia?
O regime político democrático é considerado um legado dos gregos ao mundo contemporâneo e foi bastante modificado ao longo do tempo, conforme as leis do país onde foi aplicado. Atualmente, é o sistema de governo que está presente na maior parte do mundo (ÍNDICE, 2017).
No mesmo período, também surgiu o alfabeto grego e a disseminação da leitura; com isso, todos podiam tomar conhecimento das leis e discuti-las . A alfabetização ainda é um processo importante para a compreensão da cidadania, mas a discussão e a proposição de novas leis por civis parece ser uma realidade distante da atual cultura democrática do Brasil.
O preço desse anti-humanismo é uma ignominia que não pode ser classificada como mero dano colateral
A relevância da discussão está na potencialidade dos designers em dar forma a novos sentidos e, portanto, realidades: ao fazer isso, precisam refletir e promover, pelas próprias ações, os valores fundantes das mesmas.
A democracia vai muito além do direito formal de votar, assim como o conceito de liberdade vai muito além de escolher entre centenas de modelos de celulares
Pag 21
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Motivos gráficos, combinações cromáticas, materiais e processos de produções intensivos em mão de obra
Pg63
Hoje, vários autores falam em complexidade ao tentarem analisar a sociedade em que vivemos. O cenário linear e estático da modernidade deu lugar ao um mundo diluído e dinâmico, onde as ideias de universal e unicidade foram substituídas pelo multiculturalismo. A universalidade do multiculturalismo está constantemente sendo reavaliada.
Assim, podemos notar, entre diversos fenômenos visuais, anúncios publicitários, outdoors, banners, letreiramento,cartazes, placas, painéis eletrônicos. Há um excesso de informações.
- Temos aqui uma dialética entre quem é lido e quem ler.
Sua principal diferença da metodologia de design-centrado no usuário é que no DP os usuários fazem parte da equipe do projeto e não apenas são objetos de estudo e de experimentação.
Percebe-se, então, nessa metodologia uma mudança de perspectiva do profissional de design, que muda o conceito de “fazer para” para “fazer com”. Esse método vem de encontro aos conceitos de democracia participativa já apresentados, onde a participação e autonomia dos indivíduos em questões que são diretamente afetados faz parte de um processo de desenvolvimento social e maior comprometimento dos envolvidos
O design participativo poderia ser utilizado para entender as demandas locais e empoderar os cidadãos para que as leis sejam feitas “do” povo “para” o povo e que mesmo sem ter conhecimento dos termos legislativos possam participar da construção de leis de iniciativa popular de forma relevante ao seu contextolocal.
Ele é o responsável por juntar as ideias provenientes de diferentes lugares e impedir que virem apenas uma junção desconexa de contribuições
O objetivo é que todos os participantes, mesmo os usuários comuns, sem habilidades especiais de computação, adquiram propriedade dos problemas e contribuam ativamente para suas soluções.