Caminhos do artesanato

OS VÁRIOS
CAMINHOS
Disciplina : Moda e Artesanato
Professora: Samara Sousa

Conteúdo
Programado
◦ As vertentes que os designers podem atuar
junto aos artesãos e seus artesanatos.
◦ Identidade
◦ Diversidade

Objetivo da aula
◦ Conhecer maneiras em que os designers
podem contribuir na produção artesanal;
◦ Entender a importância da contribuição do
Design no artesanato;
◦ Conhecer trabalhos e formas de se
trabalhar com pequenos grupos
produtivos.

Formas de
atuação:
◦ Melhoria das condições técnicas;
◦ Potencialidades dos materiais locais;
◦ Identidade e diversidade;
◦ Construção das marcas;
◦ Artesão como fornecedores;
◦ Ações combinada.

MELHORIA DAS
CONDIÇÕES TÉCNICAS
Disciplina: Moda e Artesanato

Melhoria das
condições
técnicas:
◦ Desenvolver critérios de qualidade de
produção e acabamento.
◦ Mau acabamento;
◦ Perda de referências que faziam parte do
repertório local.
◦ Perda de antigas técnicas de tingimento, as
quais foram substituídas em favor de
tingimentos industriais.

Benefícios:
◦ O incremento passa pelo aperfeiçoamento
da própria técnica artesanal;
◦ Capacitação de artesãos;
◦ Trabalhos autorais;
◦ Expressão artística do grupo;

Papel do criador:
◦ Incentivar o “erro”;
◦ Aumentar os padrões de qualidade e o esmero na
elaboração dos produtos;
◦ Motivar o grupo a não se acomodar nas fórmulas e
incentivar novos caminhos;
◦ Adaptar o produto para novos usos;
◦ Ensinar os artesãos a ficar atento as demandas de
mercado;
◦ Definição precisa de linhas de produtos;
◦ Padronização;
◦ Organização minuciosa da produção;

Papel do criador:
“ O papel do designer é adequar o produto,
tendo em vista as possibilidades do
mercado.”
Adélia Borges, 2011

Papel do criador:
◦ Pensar em melhoria para condições de transporte dos
produtos;
◦ Condições de trabalho dos artesãos;
◦ Melhorar ou aprimorar ferramentas de trabalho dos
artesão;
◦ Verificar a qualidade do material de trabalho;

USO DE MATERIAIS
LOCAIS

Materiais Naturais
◦ Aproveitamento dos materiais encontrados
nas regiões;
◦ Aqui podem entrar o conhecimento de
outros profissionais;
◦ Verificar o manejo sustentáveis desses
materiais;

Materiais
reciclados
◦ Aproveitamento dos materiais recicláveis;
◦ Aqui podem entrar o conhecimento de
outros profissionais;
◦ Verificar o manejo sustentáveis desses
materiais;
◦ Buscar formas de agregar valor à esses
materiais.

IDENTIDADE E
DIVERSIDADE

Identidade
◦ Identidade é o conjunto de características
próprias e exclusivas com os quais se
podem diferenciar pessoas, animais, plantas
e objetos inanimados uns dos outros, quer
diante do conjunto das diversidades, quer
ante seus semelhantes.

Identidade
◦ Características definidoras;
◦ Design;
◦ Prática cotidiana;
◦ Economia/Indústria;
◦ Construção da Identidade;
◦ Preservação ou destruição de identidade;
◦ Ciências

Identidade como
características
definidoras
◦ Estereótipo;
◦ Essência;
◦ Conhecido/Desconhecido;
◦ Segurança;
◦ Constância
◦ Duração;
◦ Autenticidade;
◦ Tradição/Crenças;
◦ Nação – Unidade territorial e politica.

Identidade no
Design
◦ Reservatório de formas;
◦ Combinações cromáticas;
◦ Estilo;
◦ Inconfundibilidade;
◦ Materiais de elaboração;
◦ Artesanato

Identidade na
prática cotidiana
◦ Fascinação pelo estrangeiro;
◦ Defesa contra o estrangeiro;
◦ Resistência contra estrageirização;
◦ Dialética entre o próprio e o outro.

Identidade na
economia e na
indústria
◦ Identidade corporativa;
◦ Branding;
◦ Mercado das identidades;
◦ Logomarcas;
◦ Capital simbólico;
◦ Globalização;
◦ Colonização e pós- colonização;

Identidade na sua
construção
◦ Identidade fluida;
◦ Mudanças;
◦ Identidade múltipla;
◦ Mestiçagem;
◦ Transculturação.

Preservação ou
destruição de
identidade
◦ Dialética entre memória e esquecimento;
◦ Criação ou eliminação de identidade;
◦ Memoricidio;
◦ Dominação ou Submissão;

Ciências da
Identidade
◦ Antropologia;
◦ Ciência politicas;
◦ Ciências sociais;
◦ Psicologia;
◦ Psiquiatria;
◦ Ciências culturais;
◦ Culturalismo

Diversidade
◦ Qualidade daquilo que é diverso, diferente,
variado; variedade, conjunto variado;
multiplicidade;
◦ Diversidade cultural diz respeito à
existência de uma grande variedade de
culturas antrópicas. Há vários tipos de
manifestações culturais que nos revelam
essa variedade, tais como: a linguagem,
danças, vestuário, religião e outras tradições
como a organização da sociedade.

Objetos +
Identidade =
Diversidade
◦ Desenvolvimento de técnicas e materiais locais;
◦ Linguagem própria;
◦ Essa demanda surge em lugares em que a prática
artesanal é recente ou que o artesanato se encontra mais
descaracterizado.
◦ Vários programas instigam artesãos a reconhecer em seu
dia-dia ele mentos que poderiam ser transplantados para a
forma de seus objetos;
◦ Necessário deixar o grupo a vontade para contar sua
história nos objetos;

Objetos +
Identidade =
Diversidade
Como encontrar em cada lugar as referências culturais que
deveriam ser espelhadas pelos produtos?

É papel do
artesão...
◦ O artesão é soberano – Ponto de partida e de chegada de
qualquer intervenção.
◦ Todo encontro criativo necessita de uma técnica de
aproximação , visando tornar o encontro um evento de
interesse mutuo e retro alimentador..
◦ Enxergar o lugar onde vivem e o que esse lugar tem a
oferecer para suas peças.
◦ Organizar o próprio trabalho.

É papel do artesão...
“ O produto do Artesão deve ser visto como a materialização de seu complexo
patrimônio cultural. Isso significa que toda a mudança no objeto implica
também uma mudança na pessoa que o fez e, por consequência, no contexto a
qual pertence.”
Adélia Borges, 2011, p. 107

O papel do
designer:
◦ Sistematizar a memória técnica dos
artesãos;
◦ Rever pontos e riscos que já existiram
numa comunidade e se perderam com o
tempo;
◦ Instigar os artesão a empreender a ativação
ou reativação da produção de um produto
antigo com redesign novo;

CONSTRUÇÃO DAS
MARCAS

Construção da
Marca
◦ Identidade visual: marca, etiqueta, embalagem bem feita,
catálogo, displays para pontos de vendas e sites...
◦ São recursos especialmente importantes para comunicar
valores intangíveis dos objetos artesanais.
◦ É preciso informar o consumidor obre a história por trás
daquele objeto: De onde ele veio, quem o fez, qual a
tradição embutida naquela peça..

Construção da Marca
“Por trás de cada ponto tem uma história , tem gente, tem um lugar
maravilhoso, um céu de estrelas, ou seja, o cliente está comprando muito mais
do que uma peça bordada.”
Ronaldo Fraga, designer e estilista

Construção da Marca
“Produtos manufaturados ligados a comunidades tradicionais tendem a ser
pouco valorizados na origem, porque elas não possuem as ferramentas para
explicitar os valores que vem imbuídos neles, sua origem ou qualidade. Quando
bem desenvolvidos, a marca e demais produtos gráficos associados a ela são
ferramentas poderosas de comunicação. Elas possibilitam que o publico
consumidor compreenda melhor uma realidade distante, ajudam a criar ligação
entre ambos.”
Fernanda Martins, designer gráfico

ARTESÃOS COMO
FORNECEDORES

Designers +
Artesãos =
Identidade
◦ Cada vez mais frequentes parcerias de designers com
grupos de artesãos;
◦ Relação entre cliente e fornecedor;
◦ Forma de divulgação;
◦ Valorização do artesanato;
◦ Identidade para o produto
◦ Diferenciação no mercadp.

AÇÕES COMBINADAS

Resumindo...
◦ Melhoria da qualidade dos objetos;
◦ Aumento da percepção consciente dessa
qualidade pelo consumidor;
◦ Redução de matéria prima;
◦ Redução ou racionalização de mão de obra;
◦ Otimização nos processos de fabricação;
◦ Combinação de processo e materiais;
◦ Interlocução sobre desenhos e cores.

Resumindo...
◦ Adaptações de funções;
◦ Deslocamento de objetos de um segmento para
outro mais valorizado pelo mercado;
◦ Intermediação entre comunidades e o mercado;
◦ Comunicação dos atributos intangíveis dos objetos
artesanais;
◦ Facilitação do acesso dos artesãos ou de sua
produção em mídia;
◦ Contribuição na gestão estratégica das ações;
◦ Explicitação da História por trás dos objetos
artesanais.

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