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Biotransformação e Catálise Enzimática –
Transaminases
Prof. Dr. Ivaldo I. Junior
Transaminases
• Biologicamente, as
transaminases são
importantes na
produção de vários
aminoácidos e na
geração de energia
no ciclo de Krebs.
Transaminases
Várias transaminações acontecem nos tecidos do organismo humano, sendo elas
específicas por um par amino/cetoácido;
Esta reação é reversível, portanto, determinada pela espécie que está em excesso.
Estas enzimas atuam também na excreção de compostos nitrogenados, como amônio,
uréia e ácido úrico.
Medindo suas concentrações no sangue podem ser diagnosticadas várias
doenças, entre elas a indicação de lesões hepáticas e cardíacas
Transaminases
Transaminases no fígado
• O fígado é o maior orgão do corpo humano representando 2,5
a 4,5% da massa corporal total com um peso médio de 1500g.
(1) lobo direito, (2) lobo esquerdo, (3) lobo
caudado, (4) lobo quadrado, (5) artéria
hepática e veia porta, (6) nódulos linfáticos
hepáticos, (7) vesícula biliar.
Transaminases no fígado
• Os hepatócitos são as
células mais importantes
do fígado constituindo
cerca de 2/3 da sua
massa.
• células de Kupffer (maior
acúmulo de macrófagos
em todo o corpo,
responsáveis pela
fagocitose de diversas
substâncias) e as células
de Ito ou estreladas
(reserva de substâncias
lipídicas e papel na
fibrose hepática
patológica)
Transaminases no fígado
Transaminases no fígado
Transaminases no fígado
• Fase 1: oxidação/redução
(hidroxilação, desalogenação,
dealquilação, etc) – CIP 450
• Fase 2: Conjugação: ácido
glicurônico, sulfatos,
glutationa
● O fígado produz mais de 60 transaminases, sendo que
apenas duas são de maior importância clínica, a
alanina aminotransferase (ALT) ou transaminase
glutâmico-pirúvica (TGP) e a aspartato
aminotransferase (AST) ou transaminase glutâmico-
oxalacética (TGO). Nenhuma delas é específica do
fígado.
● Os níveis destas enzimas não medem a extensão de
dano no fígado ou mostram um prognóstico da
evolução futura. Assim, os níveis de TGO e TGP não
podem ser usados para determinar o grau de dano
hepático ou predizer o futuro.
Transaminases no fígado
TGO (TRANSAMINASE GLUTÂMICO-
OXALACÉTICA)/AST (ASPARTATO
AMINOTRANSFERASE)
● Catalisa a conversão de aspartato em
oxaloacetato.
L-aspartato + a-cetoglutarato oxaloacetato +
L-glutamato
TGO
● É encontrada em diversos órgãos e tecidos, incluindo
fígado, coração (miocárdio), músculo
esquelético, pâncreas, rins e eritrócitos.
● Está presente no citoplasma e também nas
mitocôndrias, e, portanto, sua elevação indica
um comprometimento celular mais profundo.
TGO
● Utilidade: diagnóstico diferencial de doenças do
sistema hepatobiliar e do pâncreas.
● A determinação da atividade sérica dessa
enzima pode ser útil em hepatopatias, infarto
do miocárdio e miopatias.
TGO
Aumentada em:
● Doenças hepáticas
1. Necrose aguda de céls. parenquimatosas Hepatite
viral aguda (20 a 100x)/Hepatite alcoólica
2. Congestão (cirrose, obstrução biliar, CA primário ou
metastásico, granuloma, isquemia hepática)
3. Eclâmpsia
4. Drogas hepatotóxicas (p ex., tetracloride carbono)
TGO
Aumentada em:
● Doenças musculoesqueléticas
1.Injeções IM
2.Mioglobinúria
3.Infarto agudo do miocárdio (especialmente útil
em pacientes testados >48 horas após
aparecimento de sintomas)
TGO
Aumentada em:
● Pancreatite aguda
● Injúria intestinal (cirurgia, infarto)
● Injúria por irradiação local
● Infarto pulmonar (aumento +/- leve)
● Infarto cerebral (aumento em 50% dos pacientes na
semana subseqüente)
● Anemia hemolítica
● Queimaduras
● Drogas (heparinoterapia, salicilatos, opiáceos,
tetraciclina)
TGO
Normal em:
● Insuficiência coronariana
● Angina pectoris
● Pericardite
● ICC sem dano hepático
TGP (TRANSAMINASE GLUTÂMICO-
PIRÚVICA)/ALT (ALANINA
AMINOTRANSFERASE)
● Catalisa a conversão de alanina em ácido pirúvico.
● Maiores concentrações: fígado, rim e em pequenas
quantidades no coração e na musculatura
esquelética.
● ↑ [ ] recém-nascidos: é atribuído à imaturidade dos
hepatócitos nos neonatos, que apresentam as
membranas celulares mais permeáveis. Os valores
se igualam aos níveis do adulto em torno dos 3
meses de idade.
TGP
● Sua origem é predominantemente
citoplasmática, fazendo com que se eleve
rapidamente após a lesão hepática, tornando-
se um marcador sensível da função do fígado.
● Utilidade: diagnóstico diferencial de doenças do
sistema hepatobiliar e do pâncreas.
TGP
Aumentada em:
● Obesidade (1 a 3x)
● Pré-eclâmpsia grave (ambas)
● Leucemia linfoblástica aguda rapidamente
progressiva (ambas)
TGP
Diminuída em:
● Infecção do trato GU
● Malignidades
• As transaminases, também conhecidas como
aminotransferases (EC 2.6.1.X), pertencem a classe das
transferases e catalisam a transferência reversível de um
grupo amino ligado a um aminoácido, resultando na
formação de um α-cetoácido. Esta transferência é auxiliada
pelo grupo prostético piridoxal-5’-fosfato (PLP).
• Todas as transaminases catalisam o mesmo tipo de reação,
porém, apresentam diferentes especificidades. As ω-
transaminases (EC 2.6.1.18), por exemplo, transferem
grupos amino que estão separados da carboxila por pelo
menos um metileno.
Transaminases
Transaminases
• Transaminases podem ser utilizadas na resolução cinética de aminas racêmicas via
oxidação enantiosseletiva para obtenção de aminas opticamente puras;
• Nessa reação é utilizado um composto carbonílico, piruvato, que receberá o grupo amino
proveniente da oxidação de um enantiômero da amina racêmica.
Transaminases
• Tais biocatalisadores também podem ser utilizadas na síntese
assimétrica de aminas partindo de cetonas e um doador de
grupo amino, por exemplo, a alanina.
Transaminases
Transaminases
• 100% de rendimento da amina desejada - reação que
está em equilíbrio, e este deslocado no sentido da
cetona.
• Uma alternativa eficiente para deslocar o equilíbrio
no sentido da formação da amina, é o uso da alanina
como doador do grupo amino, pois o co-produto,
piruvato, pode ser removido por redução com a
enzima lactato desidrogenase (LDH). Para a
regeneração do co-fator NADH, utiliza-se um sistema
contendo glucose e glucose desidrogenase (GDH).
Esta última enzima promove uma aminação redutiva
no piruvato, passando por um intermediário imínio,
gerando novamente alanina; esta transformação é
auxiliada por resíduos ácidos e básicos da estrutura
da enzima.
• Desse modo, o doador do grupo amino está sempre
em excesso, deslocando o equilíbrio para o sentido de
formação da amina desejada. Nesse caso, o sistema
de regeneração do cofator NADH implica no uso de
formato de amônio e a enzima formato
desidrogenase . A regeneração de NADH é efetuada
por ser requerido em quantidades estequiométricas,
e por tratar-se de um reagente um tanto quanto
oneroso.
• As transaminases atuam através de
um mecanismo do tipo ping pong,
em duas etapas.
• Na primeira etapa o doador de
amino reage com o PLP gerando
piridoxamina fosfato (PMP).
• Em seguida, o grupo amino é
transferido do PMP para um
aceptor de amino.
• O esquema mostra o mecanismo
de ação das transaminases,
empregando a isopropilamina como
doador de amino e acetofenona
como aceptor de amino.
Transaminases
Transaminases e aminas quirais
• Aminas quirais são importantes compostos orgânicos devido à
sua aplicação na preparação de produtos industriais de
relevante interesse.
• Aproximadamente 20% dos fármacos contém um grupo
amino ligado a um centro quiral;
• Manipulação de álcoois e aminoácidos opticamente
ativos,uso de auxiliares quirais para indução de assimetria, e
sínteses assimétricas usando bio- ou quimio-catalisadores;
Transaminases e Aminas Quirais
Transaminases e Aminas Quirais
• Dentre os métodos químicos para a síntese de aminas quirais
a maioria emprega um auxiliar ou catalisador quiral, sendo
que este último pode conter metais de transição (Ru, Pd, Au);
• A aminação redutiva enantiosseletiva de cetonas próquirais
aparece como um dos métodos mais empregados para este
fins;
• Herbicida Metolaclor. Na oportunidade foram empregadas a
metoxiacetona (50) com a 2-metil-5-etilanilina (51) contando
com catálise de irídio e uso de auxiliar quiral e obtendo
a correspondente amina quiral 52 com e.e. de 76%
Transaminases e Aminas Quirais
Resolução Cinética Dinâmica
• A resolução cinética dinâmica é uma alternativa para a síntese de aminas quirais, o qual envolve a
combinação de uma transformação enantiosseletiva com um processo de racemização in situ,
fornecendo compostos enantiomericamente puros, com rendimentos de até 100%.
• A metodologia mais comum envolve uma lipase como biocatalisador e um
complexo metal-orgânico como catalisador químico responsável pela racemização do substrato

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  • 13.
  • 14. Várias transaminações acontecem nos tecidos do organismo humano, sendo elas específicas por um par amino/cetoácido; Esta reação é reversível, portanto, determinada pela espécie que está em excesso. Estas enzimas atuam também na excreção de compostos nitrogenados, como amônio, uréia e ácido úrico. Medindo suas concentrações no sangue podem ser diagnosticadas várias doenças, entre elas a indicação de lesões hepáticas e cardíacas Transaminases
  • 15. Transaminases no fígado • O fígado é o maior orgão do corpo humano representando 2,5 a 4,5% da massa corporal total com um peso médio de 1500g. (1) lobo direito, (2) lobo esquerdo, (3) lobo caudado, (4) lobo quadrado, (5) artéria hepática e veia porta, (6) nódulos linfáticos hepáticos, (7) vesícula biliar.
  • 16. Transaminases no fígado • Os hepatócitos são as células mais importantes do fígado constituindo cerca de 2/3 da sua massa. • células de Kupffer (maior acúmulo de macrófagos em todo o corpo, responsáveis pela fagocitose de diversas substâncias) e as células de Ito ou estreladas (reserva de substâncias lipídicas e papel na fibrose hepática patológica)
  • 19. Transaminases no fígado • Fase 1: oxidação/redução (hidroxilação, desalogenação, dealquilação, etc) – CIP 450 • Fase 2: Conjugação: ácido glicurônico, sulfatos, glutationa
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  • 25. ● O fígado produz mais de 60 transaminases, sendo que apenas duas são de maior importância clínica, a alanina aminotransferase (ALT) ou transaminase glutâmico-pirúvica (TGP) e a aspartato aminotransferase (AST) ou transaminase glutâmico- oxalacética (TGO). Nenhuma delas é específica do fígado. ● Os níveis destas enzimas não medem a extensão de dano no fígado ou mostram um prognóstico da evolução futura. Assim, os níveis de TGO e TGP não podem ser usados para determinar o grau de dano hepático ou predizer o futuro. Transaminases no fígado
  • 26. TGO (TRANSAMINASE GLUTÂMICO- OXALACÉTICA)/AST (ASPARTATO AMINOTRANSFERASE) ● Catalisa a conversão de aspartato em oxaloacetato. L-aspartato + a-cetoglutarato oxaloacetato + L-glutamato
  • 27. TGO ● É encontrada em diversos órgãos e tecidos, incluindo fígado, coração (miocárdio), músculo esquelético, pâncreas, rins e eritrócitos. ● Está presente no citoplasma e também nas mitocôndrias, e, portanto, sua elevação indica um comprometimento celular mais profundo.
  • 28. TGO ● Utilidade: diagnóstico diferencial de doenças do sistema hepatobiliar e do pâncreas. ● A determinação da atividade sérica dessa enzima pode ser útil em hepatopatias, infarto do miocárdio e miopatias.
  • 29. TGO Aumentada em: ● Doenças hepáticas 1. Necrose aguda de céls. parenquimatosas Hepatite viral aguda (20 a 100x)/Hepatite alcoólica 2. Congestão (cirrose, obstrução biliar, CA primário ou metastásico, granuloma, isquemia hepática) 3. Eclâmpsia 4. Drogas hepatotóxicas (p ex., tetracloride carbono)
  • 30. TGO Aumentada em: ● Doenças musculoesqueléticas 1.Injeções IM 2.Mioglobinúria 3.Infarto agudo do miocárdio (especialmente útil em pacientes testados >48 horas após aparecimento de sintomas)
  • 31. TGO Aumentada em: ● Pancreatite aguda ● Injúria intestinal (cirurgia, infarto) ● Injúria por irradiação local ● Infarto pulmonar (aumento +/- leve) ● Infarto cerebral (aumento em 50% dos pacientes na semana subseqüente) ● Anemia hemolítica ● Queimaduras ● Drogas (heparinoterapia, salicilatos, opiáceos, tetraciclina)
  • 32. TGO Normal em: ● Insuficiência coronariana ● Angina pectoris ● Pericardite ● ICC sem dano hepático
  • 33. TGP (TRANSAMINASE GLUTÂMICO- PIRÚVICA)/ALT (ALANINA AMINOTRANSFERASE) ● Catalisa a conversão de alanina em ácido pirúvico. ● Maiores concentrações: fígado, rim e em pequenas quantidades no coração e na musculatura esquelética. ● ↑ [ ] recém-nascidos: é atribuído à imaturidade dos hepatócitos nos neonatos, que apresentam as membranas celulares mais permeáveis. Os valores se igualam aos níveis do adulto em torno dos 3 meses de idade.
  • 34. TGP ● Sua origem é predominantemente citoplasmática, fazendo com que se eleve rapidamente após a lesão hepática, tornando- se um marcador sensível da função do fígado. ● Utilidade: diagnóstico diferencial de doenças do sistema hepatobiliar e do pâncreas.
  • 35. TGP Aumentada em: ● Obesidade (1 a 3x) ● Pré-eclâmpsia grave (ambas) ● Leucemia linfoblástica aguda rapidamente progressiva (ambas)
  • 36. TGP Diminuída em: ● Infecção do trato GU ● Malignidades
  • 37. • As transaminases, também conhecidas como aminotransferases (EC 2.6.1.X), pertencem a classe das transferases e catalisam a transferência reversível de um grupo amino ligado a um aminoácido, resultando na formação de um α-cetoácido. Esta transferência é auxiliada pelo grupo prostético piridoxal-5’-fosfato (PLP). • Todas as transaminases catalisam o mesmo tipo de reação, porém, apresentam diferentes especificidades. As ω- transaminases (EC 2.6.1.18), por exemplo, transferem grupos amino que estão separados da carboxila por pelo menos um metileno. Transaminases
  • 39. • Transaminases podem ser utilizadas na resolução cinética de aminas racêmicas via oxidação enantiosseletiva para obtenção de aminas opticamente puras; • Nessa reação é utilizado um composto carbonílico, piruvato, que receberá o grupo amino proveniente da oxidação de um enantiômero da amina racêmica. Transaminases
  • 40. • Tais biocatalisadores também podem ser utilizadas na síntese assimétrica de aminas partindo de cetonas e um doador de grupo amino, por exemplo, a alanina. Transaminases
  • 41. Transaminases • 100% de rendimento da amina desejada - reação que está em equilíbrio, e este deslocado no sentido da cetona. • Uma alternativa eficiente para deslocar o equilíbrio no sentido da formação da amina, é o uso da alanina como doador do grupo amino, pois o co-produto, piruvato, pode ser removido por redução com a enzima lactato desidrogenase (LDH). Para a regeneração do co-fator NADH, utiliza-se um sistema contendo glucose e glucose desidrogenase (GDH). Esta última enzima promove uma aminação redutiva no piruvato, passando por um intermediário imínio, gerando novamente alanina; esta transformação é auxiliada por resíduos ácidos e básicos da estrutura da enzima. • Desse modo, o doador do grupo amino está sempre em excesso, deslocando o equilíbrio para o sentido de formação da amina desejada. Nesse caso, o sistema de regeneração do cofator NADH implica no uso de formato de amônio e a enzima formato desidrogenase . A regeneração de NADH é efetuada por ser requerido em quantidades estequiométricas, e por tratar-se de um reagente um tanto quanto oneroso.
  • 42. • As transaminases atuam através de um mecanismo do tipo ping pong, em duas etapas. • Na primeira etapa o doador de amino reage com o PLP gerando piridoxamina fosfato (PMP). • Em seguida, o grupo amino é transferido do PMP para um aceptor de amino. • O esquema mostra o mecanismo de ação das transaminases, empregando a isopropilamina como doador de amino e acetofenona como aceptor de amino. Transaminases
  • 43. Transaminases e aminas quirais • Aminas quirais são importantes compostos orgânicos devido à sua aplicação na preparação de produtos industriais de relevante interesse. • Aproximadamente 20% dos fármacos contém um grupo amino ligado a um centro quiral; • Manipulação de álcoois e aminoácidos opticamente ativos,uso de auxiliares quirais para indução de assimetria, e sínteses assimétricas usando bio- ou quimio-catalisadores;
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  • 47. Transaminases e Aminas Quirais • Dentre os métodos químicos para a síntese de aminas quirais a maioria emprega um auxiliar ou catalisador quiral, sendo que este último pode conter metais de transição (Ru, Pd, Au); • A aminação redutiva enantiosseletiva de cetonas próquirais aparece como um dos métodos mais empregados para este fins;
  • 48. • Herbicida Metolaclor. Na oportunidade foram empregadas a metoxiacetona (50) com a 2-metil-5-etilanilina (51) contando com catálise de irídio e uso de auxiliar quiral e obtendo a correspondente amina quiral 52 com e.e. de 76% Transaminases e Aminas Quirais
  • 49. Resolução Cinética Dinâmica • A resolução cinética dinâmica é uma alternativa para a síntese de aminas quirais, o qual envolve a combinação de uma transformação enantiosseletiva com um processo de racemização in situ, fornecendo compostos enantiomericamente puros, com rendimentos de até 100%. • A metodologia mais comum envolve uma lipase como biocatalisador e um complexo metal-orgânico como catalisador químico responsável pela racemização do substrato