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Relações Ventilação – Perfusão
FAREC – Faculdade do Recife
Estágio supervisionado
Professor: Leonardo Matos
Aluna: Jéssica Cecília
Transporte de Oxigênio para os tecidos
A Po2 sofre redução conforme o gás se move da
atmosfera na qual vivemos para as mitocrôndias,
onde é utilizado.
Transporte de Oxigênio para os tecidos
A Po2 do gás alveolar é determinada pelo equilíbrio
entre dois processos:
1- Remoção de O2 pelo sangue capilar pulmonar
(determinada pela demanda metabólica dos
tecidos);
2- A renovação contínua pela ventilação alveolar.
# A taxa de remoção de O2 do pulmão é comandada
pelo consumo de O2 dos tecidos e varia pouco em
condições de repouso. Na prática, a Po2 alveolar é
amplamente determinada pelo nível de ventilação
alveolar.
Transporte de Oxigênio para os tecidos
Causas da Hipoxemia:
1. Hipoventilação
2. Limitação da difusão
3. Shunt
4. Desequilíbrio entre ventilação-perfusão
1- Hipoventilação
Se a ventilação alveolar for anormalmente baixa,
a Po2 alveolar cai. Por motivos similares, a Pco2
se eleva. Isso é conhecido como hipoventilação.
Causas:
• Fármacos que deprimem o estímulo central dos
músculos respiratórios;
• Danos à parede torácica ou paralisia dos
músculos respiratórios;
• Alta resistência para mobilizar o ar.
1- Hipoventilação
A hipoventilação promove aumento da Pco2
alveolar e, consequentemente, Pco2 arterial.
Pco2 = Vco2 X K
VA
Isso quer dizer que, se a ventilação alveolar for
reduzida à metade, a Pco2 é dobrada, uma vez
que o estado de equilíbrio seja estabelecido.
1- Hipoventilação
Equação do gás alveolar:
PAO2 = PIO2 – PAco2 + F
R
A queda na Po2 alveolar é ligeiramente maior do que a
elevação na Pco2 durante a hipoventilação. Pois as
reservas de CO2 são em grade quantidade em forma
de bicarbonato no sangue e no liquido intersticial. A
hipoventilação sempre reduz a Po2 alveolar e arterial,
exceto quando a pessoa respira uma mistura de O2
enriquecida.
2 - Difusão
3- Shunt
• Outra razão pela qual a Po2 do sangue arterial é
inferior ao do gás alveolar é o sangue desviado.
• Shunt se refere ao sangue que entra no sistema
arterial sem passar pela áreas ventiladas do pulmão.
• Uma característica importante do shunt é a
impossibilidade de abolir a hipoxemia por meio do
fornecimento de O2 a 100% à pessoa, pois o sangue
desviado que contorna os alvéolos ventilados nunca
exposto à Po2 alveolar mais alta, continuando,
portanto, a reduzir a Po2 arterial.
3- Shunt
• Normalmente, um shunt não resulta em elevação da
Pco2 do sangue arterial, mesmo que o sangue
desviado seja rico em CO2. O motivo disso é que os
quimiorreceptores percebem qualquer elevação da
Pco2 arterial e respondem aumentando a ventilação
o que reduz a Pco2 do sangue não desviado até a
Pco2 arterial se normalize.
# A hipoxemia aumenta o estímulo respiratório.
4 – Relação Ventilação - Perfusão
• Em caso de desequilíbrio entre a ventilação e o fluxo
sanguíneo em várias regiões do pulmão, o resultado
será o comprometimento da transferência de O2
quanto de CO2.
• Em qualquer unidade pulmonar a concentração de
O2 é determinada pela razão entre a ventilação e o
fluxo sanguíneo V/Q (não apenas para o O2, mas
para qualquer outro gás em equilíbrio).
• Por isso a relação V/Q desempenha papel tão
importante na troca gasosa.
Efeito da alteração V/Q de uma
unidade alveolar
O gás inspirado possui Po2 de 150mmHg e Pco2
de 0. O sangue venoso misto que penetra na
unidade possui Po2 de 40mmHg e Pco2 de
45mmHg. A Po2 alveolar de 100mmHg é
determinada pelo equilíbrio entre a adição de O2
pela ventilação e a remoção pelo fluxo
sanguíneo. A Pco2 alveolar normal de 40mmHg
é determinada de maneira semelhante.
Efeito da alteração V/Q de uma
unidade alveolar
Efeito da alteração V/Q de uma
unidade alveolar
SITUAÇÕES:
1. Redução da relação pela obstrução da ventilação
com o fluxo sanguíneo inalterado:
O O2 diminuirá e Co2 se elevará. Quando a
ventilação for totalmente abolida (V/Q =0). Os
valores finais dos gases precisam ser iguais ao
do sangue misto.
Efeito da alteração V/Q de uma
unidade alveolar
Efeito da alteração V/Q de uma
unidade alveolar
SITUAÇÕES:
2. Aumento da relação pela obstrução gradativa
do fluxo sanguíneo:
O O2 se eleva e o CO2 cai. Dessa forma, à
medida que ocorrem alterações na relação V/Q
da unidade, a composição gasosa se aproxima
daquela do sangue venoso misto ou do gás
inspirado.
Efeito da alteração V/Q de uma
unidade alveolar
Troca gasosa regional do pulmão
A ventilação aumenta lentamente da região superior
para a inferior do pulmão, e o fluxo sanguíneo, com
mais rapidez. Em consequência disso, a relação V/Q
é anormalmente alta na parte superior do pulmão
(onde o fluxo sanguíneo é mínimo) e muito menos
na base.
Como consequência, a relação V/Q diminui nas
regiões pulmonares interiores, e todas as diferenças
entre as trocas gasosas decorrem desse fato.
Troca gasosa regional do pulmão
Efeito do desequilíbrio V/Q na troca
gasosa total
O desequilíbrio entre a ventilação e o fluxo
sanguíneo afeta a troca gasosa pulmonar geral,
isto é, a capacidade de captação de O2 e de
eliminação de CO2.
Efeito do desequilíbrio V/Q na troca
gasosa total
Efeito do desequilíbrio V/Q na troca
gasosa total
Distribuições das relações V/Q
Distribuições das relações V/Q
Desequilíbrio entre V/Q como causa da
retenção de CO2
Causado pela alteração entre a ventilação e o
fluxo sanguíneo. Neste caso o pulmão se torna
menos eficiente na sua troca gasosa, causando
hipoxemia e hipercapnia, com os demais fatores
permanecendo inalterados.
Medida do desequilíbrio entre V/Q
A diferença da Po2 alvéolo-capilar, obtida por
meio da subtração da Po2 arterial da então
chamada Po2 alveolar “ideal”, a qual
corresponde à Po2 que o pulmão teria se não
apresentasse ventilação-perfusão desigual e
tivesse trocando gases na mesma taxa de troca
respiratória, como o pulmão real.
PAo2 = PIo2 – PAco2 +F
R
Medida do desequilíbrio entre V/Q
Exemplo:
Formula: PAo2 = PIo2 – PAco2 +F
R
Um paciente que respira ar ao nível do mar apresente Po2 arterial
de 50mmHg, Pco2 arterial de 60mmHg e uma razão de troca
respiratória de 0,8.
PAo2 = 149 – 60 + F = 7,4mmHg
0,8
Assim, a diferença da Po2 alvéolo-capilar é de cerca de (74-50) =
24mmHg. É anormalmente alta indicando um desequilíbrio.
#Valor normal: 5 a 10mmHg
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Transporte de Oxigênio e Desequilíbrio V/Q

  • 1. Relações Ventilação – Perfusão FAREC – Faculdade do Recife Estágio supervisionado Professor: Leonardo Matos Aluna: Jéssica Cecília
  • 2. Transporte de Oxigênio para os tecidos A Po2 sofre redução conforme o gás se move da atmosfera na qual vivemos para as mitocrôndias, onde é utilizado.
  • 3. Transporte de Oxigênio para os tecidos A Po2 do gás alveolar é determinada pelo equilíbrio entre dois processos: 1- Remoção de O2 pelo sangue capilar pulmonar (determinada pela demanda metabólica dos tecidos); 2- A renovação contínua pela ventilação alveolar. # A taxa de remoção de O2 do pulmão é comandada pelo consumo de O2 dos tecidos e varia pouco em condições de repouso. Na prática, a Po2 alveolar é amplamente determinada pelo nível de ventilação alveolar.
  • 4. Transporte de Oxigênio para os tecidos Causas da Hipoxemia: 1. Hipoventilação 2. Limitação da difusão 3. Shunt 4. Desequilíbrio entre ventilação-perfusão
  • 5. 1- Hipoventilação Se a ventilação alveolar for anormalmente baixa, a Po2 alveolar cai. Por motivos similares, a Pco2 se eleva. Isso é conhecido como hipoventilação. Causas: • Fármacos que deprimem o estímulo central dos músculos respiratórios; • Danos à parede torácica ou paralisia dos músculos respiratórios; • Alta resistência para mobilizar o ar.
  • 6. 1- Hipoventilação A hipoventilação promove aumento da Pco2 alveolar e, consequentemente, Pco2 arterial. Pco2 = Vco2 X K VA Isso quer dizer que, se a ventilação alveolar for reduzida à metade, a Pco2 é dobrada, uma vez que o estado de equilíbrio seja estabelecido.
  • 7. 1- Hipoventilação Equação do gás alveolar: PAO2 = PIO2 – PAco2 + F R A queda na Po2 alveolar é ligeiramente maior do que a elevação na Pco2 durante a hipoventilação. Pois as reservas de CO2 são em grade quantidade em forma de bicarbonato no sangue e no liquido intersticial. A hipoventilação sempre reduz a Po2 alveolar e arterial, exceto quando a pessoa respira uma mistura de O2 enriquecida.
  • 9. 3- Shunt • Outra razão pela qual a Po2 do sangue arterial é inferior ao do gás alveolar é o sangue desviado. • Shunt se refere ao sangue que entra no sistema arterial sem passar pela áreas ventiladas do pulmão. • Uma característica importante do shunt é a impossibilidade de abolir a hipoxemia por meio do fornecimento de O2 a 100% à pessoa, pois o sangue desviado que contorna os alvéolos ventilados nunca exposto à Po2 alveolar mais alta, continuando, portanto, a reduzir a Po2 arterial.
  • 10. 3- Shunt • Normalmente, um shunt não resulta em elevação da Pco2 do sangue arterial, mesmo que o sangue desviado seja rico em CO2. O motivo disso é que os quimiorreceptores percebem qualquer elevação da Pco2 arterial e respondem aumentando a ventilação o que reduz a Pco2 do sangue não desviado até a Pco2 arterial se normalize. # A hipoxemia aumenta o estímulo respiratório.
  • 11. 4 – Relação Ventilação - Perfusão • Em caso de desequilíbrio entre a ventilação e o fluxo sanguíneo em várias regiões do pulmão, o resultado será o comprometimento da transferência de O2 quanto de CO2. • Em qualquer unidade pulmonar a concentração de O2 é determinada pela razão entre a ventilação e o fluxo sanguíneo V/Q (não apenas para o O2, mas para qualquer outro gás em equilíbrio). • Por isso a relação V/Q desempenha papel tão importante na troca gasosa.
  • 12. Efeito da alteração V/Q de uma unidade alveolar O gás inspirado possui Po2 de 150mmHg e Pco2 de 0. O sangue venoso misto que penetra na unidade possui Po2 de 40mmHg e Pco2 de 45mmHg. A Po2 alveolar de 100mmHg é determinada pelo equilíbrio entre a adição de O2 pela ventilação e a remoção pelo fluxo sanguíneo. A Pco2 alveolar normal de 40mmHg é determinada de maneira semelhante.
  • 13. Efeito da alteração V/Q de uma unidade alveolar
  • 14. Efeito da alteração V/Q de uma unidade alveolar SITUAÇÕES: 1. Redução da relação pela obstrução da ventilação com o fluxo sanguíneo inalterado: O O2 diminuirá e Co2 se elevará. Quando a ventilação for totalmente abolida (V/Q =0). Os valores finais dos gases precisam ser iguais ao do sangue misto.
  • 15. Efeito da alteração V/Q de uma unidade alveolar
  • 16. Efeito da alteração V/Q de uma unidade alveolar SITUAÇÕES: 2. Aumento da relação pela obstrução gradativa do fluxo sanguíneo: O O2 se eleva e o CO2 cai. Dessa forma, à medida que ocorrem alterações na relação V/Q da unidade, a composição gasosa se aproxima daquela do sangue venoso misto ou do gás inspirado.
  • 17. Efeito da alteração V/Q de uma unidade alveolar
  • 18. Troca gasosa regional do pulmão A ventilação aumenta lentamente da região superior para a inferior do pulmão, e o fluxo sanguíneo, com mais rapidez. Em consequência disso, a relação V/Q é anormalmente alta na parte superior do pulmão (onde o fluxo sanguíneo é mínimo) e muito menos na base. Como consequência, a relação V/Q diminui nas regiões pulmonares interiores, e todas as diferenças entre as trocas gasosas decorrem desse fato.
  • 19. Troca gasosa regional do pulmão
  • 20. Efeito do desequilíbrio V/Q na troca gasosa total O desequilíbrio entre a ventilação e o fluxo sanguíneo afeta a troca gasosa pulmonar geral, isto é, a capacidade de captação de O2 e de eliminação de CO2.
  • 21. Efeito do desequilíbrio V/Q na troca gasosa total
  • 22. Efeito do desequilíbrio V/Q na troca gasosa total
  • 25. Desequilíbrio entre V/Q como causa da retenção de CO2 Causado pela alteração entre a ventilação e o fluxo sanguíneo. Neste caso o pulmão se torna menos eficiente na sua troca gasosa, causando hipoxemia e hipercapnia, com os demais fatores permanecendo inalterados.
  • 26. Medida do desequilíbrio entre V/Q A diferença da Po2 alvéolo-capilar, obtida por meio da subtração da Po2 arterial da então chamada Po2 alveolar “ideal”, a qual corresponde à Po2 que o pulmão teria se não apresentasse ventilação-perfusão desigual e tivesse trocando gases na mesma taxa de troca respiratória, como o pulmão real. PAo2 = PIo2 – PAco2 +F R
  • 27. Medida do desequilíbrio entre V/Q Exemplo: Formula: PAo2 = PIo2 – PAco2 +F R Um paciente que respira ar ao nível do mar apresente Po2 arterial de 50mmHg, Pco2 arterial de 60mmHg e uma razão de troca respiratória de 0,8. PAo2 = 149 – 60 + F = 7,4mmHg 0,8 Assim, a diferença da Po2 alvéolo-capilar é de cerca de (74-50) = 24mmHg. É anormalmente alta indicando um desequilíbrio. #Valor normal: 5 a 10mmHg