O documento discute o que é Controle Estatístico de Processo (CEP). O CEP permite entender e controlar processos de produção através de medições e contagens para identificar problemas e agir preventivamente. O CEP baseia-se em um sistema de prevenção ao invés de detecção para reduzir defeitos e melhorar a qualidade.
1. O que é CEP?
CEP significa controle estatístico do
processo, é a técnica que nos permite
entender e controlar o que está acontecendo
com o processo, ou seja, através de
medições e contagens podemos saber se
ele está com problemas ou não, e dessa
maneira podemos atuar preventivamente,
conhecendo o seu comportamento e
evitando refugos e retrabalhos.
2. Controle Estatístico do
Processo
É um método de aprimoramento da
Qualidade aplicado a produção que permite
a redução sistemática da variabilidade nas
características da qualidade de interesse,
contribuindo para melhoria da qualidade, da
produtividade, da confiabilidade e do custo
do que está sendo produzido.
O CEP não espera o produto ficar pronto para descobrir suas
falhas.
3. Controle Estatístico do Processo
Baseia – se em trabalhar com um sistema de controle por
PREVENÇÃO, ao invés de detecção.
No sistema de prevenção, sinais estatísticos são enviados
ao operador avisando que algo está indo para o caminho
errado. O responsável pela máquina (operador) deve tomar
alguma providência para eliminar as causas desses
defeitos para reduzir e/ou eliminar as falhas no momento
de sua incidência.
4. Prevenção versus Detecção
É muito mais efetivo evitar o desperdício, em primeiro lugar,
não produzindo resultados insatisfatórios – uma estratégia
de prevenção.
É facilmente vista em “slogans” do tipo “Faça certo da
primeira vez”. Entretanto “slogans” não são suficientes. O
que se requer é um entendimento dos elementos do controle
estatístico do processo.
As respostas as perguntas a seguir podem atender a estes
elementos.
5. Prevenção versus Detecção
O que significa um sistema de controle de processo?
Como uma variação afeta o resultado do processo?
Como podem técnicas estatísticas mostrar se um problema
é localizado ou envolve todo um sistema?
O que significa um processo estar sob controle estatístico?
O que significa um processo ser capaz?
O que é um ciclo de melhoria contínua e em que papel o
controle de processo participa dele?
O que são cartas de controle, e como são usadas?
Que benefícios podem ser esperados do uso de cartas de
controle?
6. Sistema de Controle de Processo
Um sistema de controle de processo pode ser descrito como
um sistema de “feedback”. O CEP é um tipo de sistema de
“feedback”. Quatro elementos são importantes para as
discussões:
• O processo
• Informações sobre o desempenho
• Ação sobre o processo
• Ação sobre o resultado
7. Sistema de Controle de Processo
O processo
Entende-se como processo, a combinação como um todo
dos fornecedores, produtores, pessoas, equipamentos,
materiais de entrada, métodos e clientes que utilizam o
resultado.
O desempenho total do processo depende da comunicação
entre fornecedor e cliente, da maneira como o processo é
planejado e implementado, e da maneira como ele é
operado e gerenciado.
8. Sistema de Controle de Processo
Informações sobre o desempenho
A informação mais útil sobre o desempenho do processo
vem da compreensão do processo em si e de sua
variabilidade interna.
Características do processo (temperatura, atrasos,
interrupções, absenteísmo, etc.) devem ser o objetivo
principal dos esforços.
É preciso determinar os valores-alvo para aquelas
características que resultam numa operação mais produtiva
do processo e então monitorar o quão próximo ou distante
deste alvo estamos.
9. Sistema de Controle de Processo
Ação sobre o processo
Uma ação sobre o processo é geralmente mais econômica quando
realizada para prevenir que características importantes variem
muito em relação aos seus valores alvo.
Podem incluir:
• Mudanças nas operações
- treinamento dos operadores
- mudanças nos materiais de entrada
• Mudanças nos elementos básicos do próprio processo
- equipamento
- o modo como as pessoas se comunicam e se relacionam
- o projeto do processo como um todo – que pode estar vulnerável
às mudanças de temperatura ou umidade da fábrica
10. Sistema de Controle de
Processo
Ação sobre o resultado
Uma ação sobre o resultado é freqüentemente menos
econômica quando se restringe à detecção e correção do
produto fora da especificação, não indicando o fator
gerador do problema no processo.
Se o resultado atual não atinge consistentemente os
requisitos exigidos pelo cliente, pode ser necessário
inspecionar e classificar todos os produtos e refugar ou
trabalhar quaisquer itens não-conforme.
11. Variações – causas comuns e
especiais
Em qualquer processo de produção,
independentemente de
quão bem planejado ou cuidadosamente mantido,
uma
certa variabilidade inerente ou natural sempre
existirá.
12. Variações nos processos
Distinguem-se dois tipos de variações nos processos:
A variação estável, também conhecida como:
“variação inerente ao processo”, “ruído de fundo”,
“variação devido à causas comuns”
Resulta de um efeito cumulativo de pequenas contribuições de
um grande número de fatores essencialmente inevitáveis num
determinado contexto tecnológico.
13. Exemplos causas comuns
Vibração de maquinário;
• Ruído, temperatura, umidade ambiente;
• Flutuações de corrente;
• Não homogeneidade de materiais;
• Manutenção;
• Variações em misturas de materiais;
• Fluxos hidráulicos irregulares;
• Deficiências de projeto;
• Requisitos de tempo inadequados
14. Causas especiais das variações
A variação instável, também conhecida como “variação
devido a causas especiais”.
É caracterizada por uma mudança no padrão da variação
estável,resultante do efeito ocasional de fatores tais como:
• Material não-conforme;
• Desgaste de ferramentas;
• Paradas de máquinas;
• Erro humano;
• Falha de equipamentos.
15. Exemplos de causas especiais
• Perda de energia;
• Erros de inspeção ou diagnóstico;
• Erros na execução de procedimentos;
• Sub ou superaquecimento;
• Condições ambientais extremas;
• Mudanças de método ou procedimentos;
• Mudanças de operador;
• Procedimentos não executados;
• Instruções/procedimentos confusos.
16. Causas e fontes de variação
Fontes de Variação Causas
Mão de Obra Comum •Treinamento inadequado;
•Treinamento insuficiente
Especial •Falta de cuidado
•Saúde subitamente abalada;
•Operador substituto inexperiente;
•Vício que afeta esporadicamente o comportamento.
Máquina Comum •Envelhecimento;
•Desgaste.
Especial • Súbita desregulagem da máquina;
• Ferramenta indevida
• Quebra ou inoperância de algum componente
nptada pelo operador
Meio Ambiente Comum • Iluminação deficiente;
• Alto nível de ruído;
• Variação da temperatura ambiente
Especial • Aumento da temperatura devido à quebra do
controlador da temperatura.
17. Causas e fontes de variação
Fontes de Variação Causas
Matéria-prima Comum • Compra contínua de material de baixa qualidade
• (Variação da matéria-prima entre lotes).
Especial • Uma remessa fora da especificação;
• Lote que recebeu estocagem ou manuseio inadequado;
• Utilização de material indevido.
Método Comum • Instruções erradas ou inexistentes;
• Especificações inexistentes ou confusas;
• Especificações da matéria-prima incompatíveis com as
especificações requeridas ao produto.
Especial • Folha de instrução de operação ilegível, usada por um
ajustador de processo inexperiente.
Medições Comum • Instrumento de medição inadequado
Especial • Quebra do instrumento de controle;
• Quebra do óculos do operador do instrumento.
18. Causas comuns versus especiais
Tipo de
variação
Tipo de
causa
Situação do
processo
Tipo de
ação
• Inerente
• Natural
• Previsível
Comum • Em
controle
Estatístico
(estável)
Ação sobre
o sistema
• Errática
• Alteração
brusca
• Fuga gradual
Especial • Fora de
Controle
(instável)
Ação
localizada