SlideShare uma empresa Scribd logo
Considerada durante
muito tempo como uma
região marcada por um
grande vazio demográfico
e sub-povoada, a
Amazônia sempre foi o
“lar” de inúmeras
sociedades indígenas que
habitaram a região há
milhares de anos e nela
desenvolveram
importantes culturas que
só muito recentemente
começam a ser estudadas
através dos esforços de
modernos arqueólogos,
historiadores e
antropólogos.
AS POPULAÇÕES INDÍGENAS.
A Pré-História da
Amazônia nos revela a
existência de
sociedades
avançadas, formada
por aldeias compostas
por milhares de
indivíduos e com
culturas sofisticadas,
capazes de produzir
excedentes
econômicos que
seriam
comercializados com
as populações que
viveram no altiplano e
na Cordilheira dos
Andes.
Os relatos dos primeiros viajantes que percorreram o vale do
Amazonas, ainda no século XVI, falam de sociedades impressionantes
como a dos índios Omágua, Aruã, Tupinambá e Tapajó. No baixo
Amazonas foram notáveis as populações que desenvolveram as
técnicas ceramistas que produziram as cerâmicas conhecidas como
marajoara.
No estado de Rondônia, os trabalhos arqueológicos e etnológicos
evidenciam a presença muito antiga, datada de milhares de anos de
diversas culturas ameríndias, notadamente ligadas aos povos Tupi.
Essas populações sempre foram diversificadas e passaram por
grandes mudanças ao longo do tempo.
Desde a época em que a maior parte da Amazônia pertencia aos
estados do Maranhão e Grão- Pará, o indígena foi utilizado também na
empresa de dominação. Como mateiros (conhecedores do terreno),
remeiros, flecheiros, participaram também das tropas, entradas e
bandeiras que devastaram a Amazônia em todos os sentidos no século
XVIII.
Na região dos rios
Madeira, Mamoré e
Guaporé e nos seus
afluentes, o
português encontrou
dois grupos de
indígenas: o primeiro
era formado por
populações antigas,
que ali residiam há
longo tempo, como
por exemplo os Mura,
os Tora e os
Matanawi.
O segundo grupo é formado pelos povos que para lá migraram em
fuga, diante do avanço dos europeus no litoral brasileiro ou do
expansionismo territorial de nações indígenas mais fortes.
Desses povos que
migraram
possivelmente os
Tupi foram os
primeiros a atingir
a bacia do rio
Madeira. Estes
povos vinham
recuando de suas
povoações que até
o século XVI
estendiam-se da
foz do Amazonas
até o sul de São
Paulo.
O uso da mão-de-obra indígena pelos colonizadores
De maneira
intensiva o
indígena foi
utilizado como
mão de obra no
Madeira a partir do
século XVIII. Além
do extrativismo do
cacau, os
indígenas eram
indispensáveis
para a extração da
salsaparrilha,
banha de tartaruga
e óleo de copaíba,
nessa área
periférica.
a nação que mais ferozmente
reagiu ao avanço português na
área do Madeira no século XVIII
foi a dos Mura. O historiador
Vítor Leonardi afirma que essa
nação possuía, no século XVIII,
uma população de 40.000
pessoas que morava às
margens do Madeira, tendo
combatido o colonizador na
área compreendida entre esse
rio e o Tocantins.
No Vale do Guaporé
viveu uma ampla
gama de populações
indígenas, que
sempre despertou a
cobiça de
bandeirantes e
sertanistas que
percorriam as
imensidões dos
sertões brasileiros
em busca de
indígenas para serem
vendidos nos
mercados coloniais
de escravos.
Os indígenas do Vale do Guaporé.
Entre os grupos preferidos
pelos sertanistas e
bandeirantes que capturavam
indígenas para a venda no
mercado colonial de escravos
encontramos os Bororo e os
Pareci, que eram considerados
de maior docilidade, mais fácil
adaptação aos hábitos e
costumes da sociedade
colonial. Outros povos,
entretanto eram conhecidos e
temidos por sua feroz
resistência aos avanços dos
colonizadores e dos traficantes
internos de indígenas para a
escravidão. Dentre esses
grupos que viviam na capitania
do Mato Grosso e Cuiabá,
podemos destacar: os Cabixi,
os Caiapó e os Paiaguá, que
habitavam o vale do Paraguai.
Desde a década de 1750, o governador do Pará
Francisco Xavier Mendonça Furtado (1700-1769) trouxe
ordens do governo português para inibir e eliminar a
escravização dos índios, dando-se preferência à mão-de-
obra africana. Não se pode dizer que houve uma
substituição da escravidão indígena pela africana, pois as
duas ocorreram ao mesmo tempo. O que se percebe é que
na região guaporeana, ao contrário do Madeira e de
outras áreas da Amazônia; a escravidão de negros tomou
um vulto muito maior, fazendo com que os números de
escravos indígenas fossem percentualmente mínimos.
Durante a expansão colonial pelos
vales do Guaporé e madeira, o
estado português planejou uma
política que tinha como objetivo o
aproveitamento da mão-de-obra
indígena, quer através da
escravização realizada pelos
sertanistas e bandeirantes, quer
pela via da catequese, realizada
pelos padres missionários. Ao
perceber o riscos da aliança entre
os indígenas do Guaporé e as
forças da vizinha colônia
espanhola, as autoridades
portuguesas eliminaram a s
práticas locais da escravidão
indígena e tentaram atrair as
populações residentes para sua
esfera de influência, armando-as
para lutar contra os inimigos
castelhanos.
Características das políticas governamentais
referentes aos povos indígenas
Entretanto, durante a
exploração da borracha as
forças do Estado Nacional do
Brasil adotaram políticas de
indiferença frente aos
massacres étnicos promovidos
pelos seringalistas, através dos
assassinatos das populações
indígenas residentes em áreas
de exploração da borracha, que
eram conhecidos como
“limpezas”. A eliminação dos
indígenas, considerados
selvagens, hostis e perigosos
foi considerada or grande parte
da sociedade nacional como
legitima e necessária ao
sucesso dos empreendimentos
extrativistas nas Amazônia.
Somente com o advento do século XX a situação
começou a apresentar algumas transformações. Com
a criação do SPI (Serviço de Proteção ao índio) em
1910, o Estado brasileiro começou, de forma muito
tímida a desenvolver algumas políticas capazes de
assegurar alguma proteção às populações nativas.
Rondônia possui 21 Terras
indígenas, sendo 20
demarcadas e 01
interditada, ocupando
aproximadamente 20,15%
da superfície territorial do
estado o equivalente
4.807.290,42 ha.
HOJE
Existem ainda, sendo pesquisada a área de ocupação de
08 grupos de índios sem contato,e a necessidade de
levantamento dos grupos indígenas desaldeados que se
encontram espalhados por todo estado.
Os territórios indígenas são considerados
unidades de preservação cultural, tendo
como objetivo a manutenção da cultura e a
conservação da biodiversidade, sendo o
usufruto de seus recursos naturais um
direito exclusivo dos povos indígenas.
Rondônia é o único estado brasileiro,
que tem uma terra indígena demarcada
sem que se tenha realizado o contato
com um grupo indígena que é o caso da
Terra Indígena Massaco, sendo este um
marco na política de proteção e
respeito ao um povo e a seu território.
As etnias existentes são:
Oro Waram, Oro Waramxijein,
Oro Mon, Oro Nao‟, Oro At,
Oro Eu, Jabuti, Tupari, Canoé,
Arua, Massaká, Ajuru,
Cujubim, Cassupá, Salamãi,
Kwazá/Aikana, Arikapu,
Kampe, Makurap, Jupaú,
Amondawa, Oro Win,
Sakirabiar, Guaratira,
Kuratega, Piribibiar, Latunde,
Sabane, Surui/Painter,
Gavião, Arara, Karitianas
Kapivari, Karipuna e Cinta
Larga, Kaxarari, Cao oro
waje .
A colonização européia teve início, de forma mais
efetiva, entre os séculos XVII e XVIII e foi realizada por
portugueses e espanhóis que ocuparam, principalmente, o Vale
do Guaporé. Em 1734, os irmãos Fernando e Arthur Paes de
Barros descobriram ouro na região (minas de Pouso Alegre, São
Joaquim e Santana do Livramento) e o Vale do Guaporé, então
chamado de Mato Grosso, passou a ser alvo das políticas
coloniais portuguesas.
Processo de Ocupação (não Indígena)
Com a assinatura do Tratado de
Madri, em 1750, Portugal destacou
para a região o Conde de Azambuja,
Dom Antônio Rolim de Moura,
primeiro governador da Capitania de
Mato Grosso e Cuiabá que, entre
outros atos, fundou a primeira capital
local, a cidade de Vila Bela da
Santíssima Trindade
Nessa mesma
região, os padres
jesuítas da Espanha já
haviam construído um
conjunto de missões
para a catequese de
indígenas.
O Forte de Nossa Senhora da Conceição,
construído no governo de Dom Antônio
Rolim de Moura
Nos anos seguintes, a
mineração do ouro justificou
grandes investimentos
portugueses na região e, no
governo de Luis de Albuquerque
de Mello Pereira e Cáceres, foi
construído o Real Forte Príncipe
da Beira (entre 1776 e 1783).
A região guaporeana entrou
em decadência ao longo do
século XIX e passou por um
intenso processo de
despovoamento devido à
crise da mineração de ouro
e à fama de insalubridade
do lugar, sempre marcado
pelas epidemias de malária
e febres diversas.
No século XIX, a colonização deslocou-se,
principalmente, para o Vale do Madeira, em função da
extração da borracha. Esse processo desencadeou
outras ações espetaculares que definiram as bases do
povoamento regional. Dentre elas, destacamos a
construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que
teve suas primeiras tentativas de construção
ocorridas na década de 1870 e só foi realmente
concretizada no período de 1907 a 1912.
As regiões dos vales do Madeira, Mamoré e Guaporé
passaram a ser explorados por seringalistas bolivianos e
brasileiros, que utilizam a mão-de-obra dos indígenas locais,
notadamente os do vale do rio Beni na Bolívia e mais tarde a
mão-de-obra nordestina que migrou para a Amazônia a partir
década de 1870, trabalhando nos seringais como coletores
de látex (seringueiros).
Os seringueiros eram
divididos em dois grupos:
•Mansos: Naturais da
Amazônia conheciam
segredos da floresta e dos
rios.
•Brabos: Naturais do
nordeste, tinham enorme
dificuldade de adaptação ao
meio ambiente.
O primeiro ciclo da borracha ocorre
no final do séc. XIX, intensificando o
processo de ocupação da região
amazônica (1877-1912).
Atendendo a demanda do mercado
externo, a exploração e comercialização
do látex aumentou, atraindo um grande
contingente migratório , a maior parte
destes migrantes eram nordestinos .
O proprietário do seringal era chamado de Coronel do Barranco ou seringalista,
trabalhava a partir de financiamentos feitos pelo capital estrangeiro. Os
trabalhadores eram chamados de seringueiros, de origem, condição e situação
humilde, vinculavam-se aos seringalistas por trabalharem em seus latifúndios
(seringais) e por estarem dependentes do regime contratual do Barracão
(também chamado Aviamento ou Habilito).
...O CONFLITO
Com a ocupação da área, muitos brasileiros
exploravam o látex em território boliviano, o que gerou
inúmeros conflitos internacionais entre o Brasil e a
Bolívia.
Plácido de
CastroLuiz Galvez
A Bolívia passava por problemas de escoamento de seus
produtos que eram comercializados com mercado europeu, A única
alternativa seria uma rota fluvial pelos rios Madre de Dios – Beni –
Mamoré – Madeira – Amazonas (esse último dando acesso ao
Oceano Atlântico). A maior dificuldade encontrada era os inúmeros
obstáculos naturais em um trecho entre o Mamoré e o Madeira.
Por motivo de Guerra do Pacifico, travada
entre 1879/1883, na qual o Chile tornou-se vitorioso
sobre a coligação peruana-boliviana, a Bolívia
perdeu o seu acesso ao oceano Pacifico, feito por
Arica. Desde então, ha um profundo ressentimento
nacional contra os Chilenos e uma não aceitação do
Tratado de 1904, que confirmou a mutilação do
território que deixou o pais sem um só porto de mar.
TRATADO DE PETRÓPOLES
Em 17 de Novembro de 1903 na cidade de Petrópolis no Estado
do Rio de Janeiro é assinado o TRATADO DE PETRÓPOLIS.
Em troca do Acre, o Brasil se
compromete em construir a E.F.M.M.
Barão de Rio Branco como Ministro das
Relações Exteriores, foi um dos principais
personagens nesse acordo diplomático
entre Brasil e Bolívia.
Foi quando Percival Farquar contratou a empreiteira May-Jackil
and Randolph para dar seqüência à construção da ferrovia, sete
quilômetros abaixo da cachoeira de Santo Antônio, numa antiga área
portuária que daria origem à cidade de Porto Velho.
Com a construção da
E.F.M.M.(1907-1912),
houve a necessidade
de importação de
mão-de-obra
aumentando o
contingente
populacional da
região.
Dentre os principais povos
estrangeiros estão imigrantes
turcos, sírios, gregos, libaneses,
italianos, indianos, cubanos,
panamenhos, porto-riquenhos,
barbadianos, jamaicanos, chineses,
hindus e outros, tornando assim a
região (Porto Velho/Guajará-Mirim)
em uma região cosmopolita.
A construção da
E.F.M.M. foi
marcada por
muitas
dificuldades ...
malária, ataques
indígenas... o que
gerou muitas
mortes. Mas no
ano de 1912
finalmente a linha
ferroviária chega a
vila de Guajará-
Mirim permitindo
assim o transporte
de produtos por
rotas terrestres
desviando o trecho
encachoeirado do
Mamoré e
Madeira.
Em 1910 o Brasil
perde o mercado
internacional da
borracha natural
para a Malásia. Há
uma desvalorização
do produto brasileiro
o principal
concorrente
otimizou a produção
fazendo o cultivo
sistematizado da
seringueira.
Enquanto que no
Brasil a exploração
era feita em
espécies nativas,
aumentando assim o
custo com a
produção.
O ciclo da borracha iniciou-se na segunda metade do século XIX e
prolonga-se até a segunda década do século XX, quando a produção
brasileira é superada pela produção da Malásia.
Paralelo ao
primeiro ciclo da
borracha, foi
desenvolvido e
realizado um
projeto de
integração da
Amazônia com o
resto do país
através de linhas
telegráficas à
sua frente vinha
o Coronel
Candido Mariano
da Silva Rondon.
O esvaziamento econômico e o isolamento
desta vasta região fez com que o Governo
Central decidisse construir uma linha
telegráfica entre Cuiabá (MT) e Porto
Velho(AM),
Entre 1907 e 1915
Rondon trabalhou
utilizando mão de obra
do sul do país. Estes
trabalhadores,
somados a outros
migrantes atraídos pelo
avanço da linha
telegráfica, criaram
povoados nos locais
onde se instalaram os
postos telegráficos,
entre os quais:Vilhena,
Pimenta Bueno, Vila
Rondônia (hoje, Ji
Paraná) e Ariquemes.
Com a 2ª Guerra Mundial (1939/45) o Japão
isola a Malásia (1942), não permitindo assim a
comercialização da Borracha Natural com os
grandes pólos industriais, com isso à uma nova
procura pela borracha natural.
Como os seringais estavam abandonados e não mais de 35 mil
trabalhadores permaneciam na região, o grande desafio de G.V. então
presidente do Brasil, era aumentar a produção anual de látex de 18 mil
para 45 mil toneladas, como previa o acordo. Para isso seria
necessária a força braçal de 100 mil homens.
Em 13 de
Setembro de
1943, o presidente
Getúlio Vargas
cria o Território
Federal do
Guaporé,
desmembrando
áreas do estado
do Mato-Grosso e
Amazonas.
Municípios :
Lábrea; S.A.A.
Madeira; Porto
Velho e Guajará-
mirim.
Ao longo do
século XX, as
possibilidades de
exploração das
riquezas
extrativistas
como o
seringalismo, a
coleta da poaia
no vale do
Guaporé e a
mineração de
ouro, cassiterita,
pedras preciosas
e, por fim, o
diamante
definiram
inúmeras ações
colonizadoras.
Entretanto, foi com a definição de uma política de assentamento de
colonos para fins de formação de uma base agropastoril que o Regime
Militar (que vigorou no Brasil entre os anos 1964 a 1985) definiu, entre
os anos 1970 e 1990, a principal base de colonização perene do Estado
de Rondônia. Contribuíram para o sucesso da colonização agropastoril
(agricultura e pecuária) a abertura de estradas de rodagem como a BR
364 (aberta pelo governo do presidente Juscelino Kubtscheck em
finais da década de 1950 e início dos anos 1960).
A colonização agropastoril permitiu a fixação de um
considerável contingente humano nas terras que formam
Rondônia e, diferentemente dos demais processos de
colonização, sempre baseados em atividades extrativistas, a
colonização agropastoril fixou as populações de forma
permanente e garantiu a continuidade do desenvolvimento
econômico e do crescimento populacional, tanto em áreas
urbanas, quanto em áreas rurais.
Com a mecanização do campo na região sul, e o
incentivo dado pelo governo de Rondônia
através da distribuição de títulos de terra a
vinda de imigrantes para nosso estado chegou a
atingir 200 mil pessoas ano.
Os processos migratórios
recentes
A construção da rodovia BR
364 (antiga BR-29) e a
implementação dos
projetos de colonização
realizados pelo INCRA
constituíram-se em fatores
decisivos para o
crescimento da população
rondoniense.
Paralelamente, os garimpos
de ouro, cassiterita e
pedras preciosas
complementaram esses
atrativos. Por fim,
destacam-se grandes obras
que atraíram mão-de-obra
ociosa para a região como
foi o caso da Usina
Hidrelétrica de Samuel,
As migrações recentes intensificaram-se nos anos 1970
e declinaram a partir dos anos 1990. Entre os anos 1960 e
1970 entraram em Rondônia cerca de 51.557 migrantes e, em
sua maioria, destinaram-se para os povoados situados ao
longo da BR 364. Entre os anos 1970 e 1976, chegaram cerca
de 77.924, sendo que desse total, cerca de 37.000 pessoas,
aproximadamente, dirigiram-se para Porto Velho e o restante
para as regiões de Pimenta Bueno, Cacoal, Espigão d‟Oeste,
Vilhena, Presidente Médice e Ariquemes. No período 1977 a
1982, entraram em Rondônia cerca de 220.064 migrantes e,
apenas no primeiro semestre de 1983, chegaram a Rondônia
outros 23.240 migrantes em busca de terras e de novas
oportunidades.
Nos anos 1970 e
1980, os projetos de
colonização
revelaram que os
migrantes chegavam
em busca de terras
para cultivo e
moradia. O declínio da
população urbana do
Território de
Rondônia, de 53% em
1970 para 46% em
1980, confirma essa
tendência. Nesse
contexto, a disputa
por terras tornaram-
se violentas e os
choques entre
camponeses e grupos
agroindustriais foram
inevitáveis.
Rondônia foi
marcada pela
violência
fundiária e os
assassinatos por
terra se repetiam
em todo o
Território.
Dentre os principais projetos de assentamentos e
colonização destacaram-se o PIC Ouro Preto, o projeto
Ji-Paraná, o Projeto Sidney Girão, Padre Adolpho Rohl,
Vilhena e Burareiro.
O crescimento demográfico
desse período (1970/1980)
ficou na ordem de 342%, sendo
que os migrantes que se
estabeleceram em Rondônia
perfizeram mais de 65% da
população. Assim, podemos
observar que o conjunto dos
migrantes que foram
assentados em Rondônia
nesse período foi constituído,
majoritariamente, por pessoas
vindas do Paraná, Mato
Grosso, Minas Gerais e Espírito
Santo.
Ao final dos anos
1980, com a
abertura da
rodovia BR 429, a
migração
deslocou-se para
a região da Zona
da Mata de
Rondônia e para
o vale do
Guaporé. No
período que se
estende de 1970
a 2000, o INCRA
assentou 68.154
famílias em 120
projetos de
colonização.
No período que se estende de 1970 a 2000,
o INCRA assentou 68.154 famílias em 120
projetos de colonização.
a enorme demanda por terras
terminou por inviabilizar qualquer
projeto de assentamento
sistemático do conjunto dos
migrantes que chegavam a
Rondônia. Assim, passou-se a uma
ocupação desordenada dos
espaços e os conflitos agrários e
territoriais foram violentos e
contínuos. As disputas por terras
envolveram colonos, empresas
agroindustriais e populações
tradicionais como indígenas,
seringueiros e castanheiros. Ao
final dos anos 1990, a situação
apresentava um contorno mais
definido e as bases da
colonização já estavam
solidificadas. Os principais eixos
de assentamento das populações
rurais foram as rodovias BR 364,
BR 429 e RO 399.
As propriedades receberam, ao
longo da década de 1980,
investimentos governamentais,
sobretudo com a construção de
novas estradas pavimentadas
entre os anos 1990 e 2000 e a
implantação do “Linhão” - (cabos
de alta tensão de energia
elétrica gerada na Usina
Hidrelétrica de Samuel, que
distribuem energia para outras
regiões do estado) que levou
energia elétrica para a maior
parte do Estado, incluindo áreas
urbanas e rurais. A consolidação
desse modelo agrário permitiu o
desenvolvimento da
agroindústria e da pecuária,
transformando o Estado de
Rondônia em um dos mais
expressivos produtores rurais do
país.
O espaço urbano
O Território Federal do Guaporé nasceu com quatro municípios:
Porto Velho, Santo Antônio do Madeira, Guajará-Mirim e Lábrea que foi
devolvida ao estado do Amazonas em 1945. Em 1975, o Território
Federal de Rondônia possuía apenas dois municípios: Porto Velho e
Guajará-Mirim. Em 1977, o governo do Presidente Ernesto Geisel
autorizou a criação dos municípios de Vilhena, Pimenta Bueno, Cacoal,
Ji-paraná e Ariquemes, todos surgidos a partir dos processos
migratórios e ao longo da rodovia BR 364. No ano de 1981, foram
criados os municípios de Colorado do Oeste, Espigão do Oeste, Ouro
Preto do Oeste, Presidente Médice e Costa Marques.
1943
1975
1977
1981
Atualmente, Rondônia possui 52
municípios que são:
1- Alta Floresta d'Oeste
2- Alto Alegre do Parecis
3- Alto Paraíso
4- Alvorada d'Oeste
5- Ariquemes
6- Buritis
7- Cabixi
8- Cacaulândia
9- Cacoal
10- Campo Novo de Rondônia
11- Candeias do Jamari
12- Castanheiras
13- Cerejeiras
14- Chupinguaia
15- Colorado do Oeste
16- Corumbiara
17- Costa Marques
18- Cujubim
19- Espigão d'Oeste
20- Governador Jorge Teixeira
21- Guajará-Mirim
22- Jamari
23- Jaru
24- Ji-Paraná
25- Machadinho d'Oeste
26- Ministro Andreazza
27- Mirante da Serra
28- Monte Negro
29- Nova Brasilândia d'Oeste
30- Nova Mamoré
31- Nova União
32- Novo Horizonte do Oeste
33- Ouro Preto do Oeste
34- Parecis
35- Pimenta Bueno
36- Pimenteiras do Oeste
37- Porto Velho
38- Presidente Médici
39- Primavera de Rondônia
40- Rio Crespo
41- Rolim de Moura
42- Santa Luzia d'Oeste
43- São Felipe d'Oeste
44- São Francisco do Guaporé
45- São Miguel do Guaporé
46- Seringueiras
47- Teixeirópolis
48- Theobroma
49- Urupá
50- Vale do Anari
51- Vale do Paraíso
52- Vilhena
As cidades de Rondônia caracterizam-se pela pouca idade e
juventude; em sua maioria, datam dos anos 1980 em diante.
Entretanto, alguns problemas são comuns à maioria delas, tais como a
precariedade dos sistemas sanitários, ausência ou absoluta
insuficiência dos sistemas de coleta de esgotos e de águas pluviais,
ausência de sistemas de tratamento de esgotos, ausência de sistemas
modernos de coleta seletiva de lixo e de sua industrialização,
precariedade da rede elétrica e da iluminação pública, precariedade da
pavimentação asfáltica e da malha viária urbana, precariedade dos
sistemas de transportes coletivos urbanos e, ainda, insuficiência da
rede escolar pública para Ensino Fundamental e Médio, além da
precariedade dos sistemas de saúde pública e atendimento dos
serviços sociais às populações carentes.
Outro grave problema vivido
pelas cidades rondonienses é o
do crescimento desordenado de
seus espaços, impossibilitando a
efetiva ação urbanizadora dos
órgãos das administrações
municipais. A violência é um dos
mais graves problemas
enfrentados pelos moradores
das maiores cidades do Estado.
A criminalidade concentra-se
nas regiões periféricas onde
reside a população mais pobre e
mais desprovida dos benéficos
da cidadania e do acesso aos
serviços que devem ser
prestados pelos poderes
públicos. O tráfico de drogas, a
prostituição, incluindo-se a
prostituição infanto-juvenil,
completam um quadro sombrio
dos problemas enfrentados por
essas cidades.
De acordo com o censo de
2000, 36% da população de
Rondônia é formada por
brancos, 4% são negros e 60%
são pardos e mestiços.
A taxa de natalidade padronizada
de Rondônia, de acordo com o
censo de 2000 é de 24,74%,
enquanto que a taxa de
mortalidade é de 4%.
Demografia:
O ritmo de crescimento da
população entre os anos 1991 e 2000
foi de 2,24%.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1° Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim
Leste
Oeste
Norte
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1° Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim
Leste
Oeste
Norte
Aproximadamente 56,70% da população
rondoniense é constituída por pessoas que têm
idade entre 0 e 19 anos. Adultos, com idade
entre 20 e 59 anos somam 40% da população
do Estado. Do total da população rondoniense,
cerca de 3,30% é constituída por idosos, sendo
que o número de idosos é proporcionalmente
maior nos municípios com menos de 50.000
habitantes. De acordo com o censo de 2000,
existem em Rondônia 72.062 pessoas com
idade superior a 60 anos. A taxa de
crescimento de pessoas da terceira idade é de
6% ao ano.
Os maiores adensamentos populacionais de Rondônia aparecem
nas áreas dos mais notáveis núcleos urbanos: Porto velho, Ji-
Paraná, Cacoal, Ariquemes, Rolim de Moura, Vilhena, e Guajará-
Mirim. Já os menores adensamentos encontram-se em regiões de
população mais rarefeita, tais como os vales dos rios Abunã,
Guaporé, Mamoré e porção norte do Estado.
O Zoneamento Socio-Econômico-Ecológico
(ZSEE) do Estado de Rondônia:
O zoneamento ecológico-
econômico (ZEE) de Rondônia
foi o primeiro zoneamento
estadual a ter parte de seu
texto submetido à aprovação
do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama).
Os estudos realizados apresentam importantes dados sobre
a natureza, a economia e sobre as populações e sociedades
residentes no estado, e deveriam ser usados para a
proposição de políticas governamentais em relação a
projetos de desenvolvimento, sustentabilidade e
preservação ambiental.
O zoneamento sócio-econômico-ecológico (ZSEE) surgiu em
Rondônia em meados da década de 80, como uma
estratégia para reverter os problemas sociais e ambientais
causados pela expansão desordenada da fronteira agrícola
e para subsidiar a elaboração do Plano Agropecuário e
Florestal de Rondônia PLANAFLORO.
A primeira aproximação
ocorreu entre 1986 e
1988, visando
racionalizar a ocupação
do espaço rural do
território de Rondônia de
forma a promover o
desenvolvimento
econômico evitando
desequilíbrios
ecológicos, preservando
ecossistemas frágeis.
O relatório final da 2ª versão
do ZSEE, elaborado na escala
1:250.000, Os estudos
realizados apresentam
importantes dados sobre a
natureza, a economia e sobre
as populações e sociedades
residentes no estado, e
deveriam ser usados para a
proposição de políticas
governamentais em relação a
projetos de desenvolvimento,
sustentabilidade e
preservação ambiental.
A segunda aproximação teve
como objetivo detalhar o
conhecimento sobre os meios
físicos, biológicos e
socioeconômico, seus
estudos foram realizados em
1996 e 1998 e concluídos
1999.
Os estudos do ZSEE
constituem-se em um
instrumento técnico, e,
ao mesmo tempo,
político. Capazes de
definir, com maior
eficiência o que fazer e
onde fazer em relação às
propostas de
desenvolvimento nos
mais diversos setores.
Esses estudos levaram à
divisão do estado em
três grandes zonas e
suas respectivas
subzonas. De forma
resumida, as zonas e
subzonas definidas são
as seguintes:
Zona 1 - áreas com potencial
para consolidação, expansão
e recuperação das atividades
econômicas.
Zona 2 - áreas de
conservação dos recursos
naturais passíveis de uso sob
manejo sustentável.
Zona 3 - áreas institucionais,
constituídas pelas áreas
protegidas de uso restrito e
controlado, prevista em Lei e
instituídas pela União,
Estados e Municípios.
Zona 1 - áreas
com potencial
para
consolidação,
expansão e
recuperação das
atividades
econômicas.
Subzona 1.1 - áreas com alto nível de ocupação humana
e estabilidade ambiental, destinada à intensificação e
consolidação das atividades agropecuárias,
agroflorestais, florestais, agroindustriais, industriais e
minerais, dentre outras.
Subzona 1.2 - áreas com baixo e médio níveis de
ocupação humana, e alto potencial natural, destinadas à
expansão das mesmas atividades da subzona 1.1. A
diferença é o nível de ocupação humana, sendo
portanto áreas destinadas à expansão da atividade
sócio- econômica.
Subzona 1.3 - áreas de médio nível de ocupação humana,
médio potencial natural, e baixo e médio grau de
desmatamento e antropismo (atividade humana),
destinadas ao desenvolvimento de atividades
econômicas em geral, em áreas já antropizadas, sob
manejo sustentável dos recursos naturais.
Desmatamentos incrementais condicionam-se às
potencialidades e fragilidades naturais, e ao uso
pretendido da terra.
Subzona 1.4 - áreas com baixo nível de ocupação, alta
vulnerabilidade natural à erosão, e uma situação
fundiária definida, destinadas ao desenvolvimento das
atividades agropecuárias, agroflorestais, florestais,
agroindustriais, dentre outras, mas já antropizadas, sob
manejo sustentável dos recursos naturais.
Zona 2 - áreas de
conservação dos recursos
naturais passíveis de uso
sob manejo sustentável.
Subzona 2.1 - áreas com baixo nível
de ocupação, em ambientes com
alta biodiversidade (flora e fauna),
onde o uso dos recursos naturais se
apresenta viável econômica e
ecologicamente, quando
desenvolvidos sistemas adequados
de manejo dos recursos, sem a
conversão da vegetação natural e
sem promover expansão das áreas
cultivadas.
Subzona 2.2 - áreas com baixo nível
de ocupação, alta biodiversidade e
especificidade da fauna e flora, e
bem localizadas quanto ao Corredor
Ecológico Regional e às unidades de
conservação existentes. São
destinadas à conservação da
natureza, em especial da
biodiversidade, com potencial para
atividades científicas e econômicas
alternativas, como o ecoturismo.
Zona 3 - áreas
institucionais,
constituídas pelas áreas
protegidas de uso
restrito e controlado,
prevista em Lei e
instituídas pela União,
Estados e Municípios.
Subzona 3.1 - áreas formadas pelas
unidades de conservação de uso
direto, tais como: florestas estaduais
de rendimento sustentado, florestas
nacionais, reservas extrativistas, etc.,
como estabelecidas no Sistema
Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC).
Subzona 3.2 - áreas formadas pelas
unidades de conservação de uso
indireto, tais como: estações
ecológicas, parques e reservas
biológicas, patrimônio espeleológico,
reservas particulares do patrimônio
natural e outras, como estabelecido
no SNUC.
Subzona 3.3 - áreas formadas pelas
terras indígenas, parte do território
nacional de uso limitado por lei.
A economia do Estado de Rondônia está assentada em uma
base agropecuarista, tendo se desenvolvido, principalmente a
partir da década de 1970, a partir do grande movimento migratório
que definiu a ocupação recente dos espaços em Rondônia.
GEOGRAFIA ECONÔMICA:
Até o início desse período o
extrativismo vegetal e mineral
tinha sido o principal gerador de
riquezas e oportunidades.
Contudo a agropecuária e a
agroindústria passaram a
dominar o cenário econômico de
Rondônia e definiram as bases
da ocupação territorial do
Estado.
O processo de
industrialização de Rondônia
desenvolve-se portanto a
partir da ocupação agrícola
e da exploração mineral,
nascendo do aproveitamento
das matérias-primas, entre
as quais a cassiterita, e
passando ao beneficiamento
de produtos agropecuários.
Atualmente o Estado de
Rondônia é um grande
produtor de gado leiteiro e
de corte, grãos como o
milho, arroz, feijão e soja,
além de mandioca, café,
frutas diversas e legumes.
A produção mineral é
marcada pela extração do
ouro, cassiterita,
diamantes e topázios. A
madeira e as resinas são
exploradas em todo o
Estado. A pesca é outro
elemento de destaque da
economia estadual,
abastecendo mercados
regionais e evidenciando
grandes possibilidades de
conquistas de mercados de
outras regiões e países.
Dados da secretaria da Agricultura Produção e do
Desenvolvimento Econômico e Social de Rondônia, constantes em
relatório de atividades referentes a 2005, revelaram um aumento
do PIB de US$ 5.023 bilhões em 1999, para US$ 8 bilhões em 2005.
O setor agropecuário foi um dos que mais cresceu a indústria teve
um crescimento de 28,8% e a administração pública de 25%.
Participação no PIB nacional: 0,6% (2004).
Composição do PIB: agropec.: 15,3%;
ind.: 30,6%;
serv.: 54,1% (2004).
PIB per capita: R$ 6.468 (2004).
Export. (US$ 202,7 milhões): madeiras
(83,6%), café em grão (8,7%), granito
(3,2%), carnes congeladas (3,1%).
Import. (US$ 21,7 milhões): geradores a
diesel (82%), cevada e malte (11,2%) –
(Dados de 2005).
Fonte:(http://www.portalbrasil.net/estados_ro.htm )
Recursos naturais:
Rondônia possui uma imensa quantidade de
recursos naturais que vão de minerais como o
ouro, diamantes, topázios, cassiterita; passando
por recursos vegetais como a borracha, resinas
diversas, madeira, sementes ou, ainda, produtos
animais como os pescados.
Desde os exploradores que percorreram os rios locais em busca das
drogas do sertão, até as modernas indústrias madeireiras, a
atividade extrativista tem sido um elemento determinante da
economia estadual.
O ouro do Guaporé justificou projetos
ousados por parte dos portugueses, tais
como a construção do Real Forte
Príncipe da Beira,
enquanto a exploração da borracha explica a
construção da ferrovia Madeira-Mamoré e das
cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim.
Por sua vez, a extração de madeira é um
fator importante para entendermos alguns
dos movimentos internos de parte da
população do Estado, deslocando-se de
uma área para outra em função das
possibilidades de extração de madeira.
A mineração: as terras que forma
o Estado de Rondônia produzem
ouro desde o período colonial.
Durante as décadas de 1970 a
1990 os garimpos de ouro do rio
Madeira e do rio Mamoré
movimentaram grande quantidade
de recursos, atraindo milhares de
pessoas para a região e causando
graves problemas ambientais a
partir do uso inadequado do
mercúrio na extração do metal
precioso. Os principais garimpos
de ouro foram: Abunã, Teotônio,
Morrinhos, Caldeirão do Inferno,
Arara, Chocolatal, todos em áreas
do Madeira e do Mamoré. Os
garimpos de terra firme foram
menos expressivos do que os dos
rios e dentre eles destacam-se:
Serra Sem Calça, Serra do Top-
Less, Vaga-lume e Nova
Brasilândia.
Além do ouro a cassiterita foi outro produto mineral de enorme
importância na economia do Estado. Os primeiros garimpos de
cassiterita foram abertos na metade dos anos 1950, quando se
descobriu o mineral no vale do rio Machadinho. O grande afluxo de
garimpeiros para a região fez com que a exploração se
desenvolvesse e Rondônia passou a ser o maior produtor nacional.
Em 1970, o Ministério das Minas e Energia proibiu o garimpo manual
em Rondônia, abrindo caminho para a instalação de grandes
mineradoras, tais como a Brascam, Paranapanema, Oriente Novo,
Pattino e outras. Em 1986, um grupo de madeireiros descobriu no
meio da selva uma mina de cassiterita, mais tarde batizada de Bom
Futuro. Três anos depois, extraía-se de Bom Futuro 10% da produção
mundial do minério, o que equivalia a 37% da produção brasileira. Os
garimpos de cassiterita movimentaram grandes somas de riquezas
em todo o Estado e promoveram, ainda um considerável dano
ambiental e humano.
Em 1994, o estado assumiu um papel de liderança na região Norte
como um pólo agrícola e mostrou-se capaz de competir com outros
estados produtores de gêneros agrícolas em todo o país. Rondônia
tornou-se um dos maiores produtores brasileiros de cacau e o
quinto de café do país. Desenvolveram-se também as culturas de
milho, feijão, algodão, soja, arroz, mandioca e banana.
AGRICULTURA
Produto Produção em
tonelada
Participação
nacional %
Posição nacional
Milho 114.863 1,13 12
Arroz 197.168 0,42 14
Feijão 34.191 1,04 15
Café 135.586 6,86 4
Mandioca 866,370 3,86 7
Cacau 17.855 --- 3
Banana 56.048 0,87 19
Soja 126.396 0,24 13
Fonte: (http://www.emater-rondonia.com.br/prod%20outros%20estados14.htm ) Dados de 2003.
PECUÁRIA
Rondônia possui um
considerável rebanho bovino,
calculado em mais de 11
milhões de cabeças segundo
dados disponibilizados pela
EMATER/RO(http://www.seapes.r
o.gov.br/Imprensa/12_05/0712051
.htm ). A pecuária é praticada,
predominantemente, de forma
extensiva, necessitando de
grandes áreas de pastagens que
exigem, por sua vez, o continuo
desmatamento da floresta para
a ampliação da produção.
Outros rebanhos importantes
para a pecuária de Rondônia
são: suíno, eqüino, ovino,
caprino e a criação de aves para
corte e postura.
O cultivo de soja em
Rondônia:
Os primeiros registros de
cultivo de soja em Rondônia
datam de 1986, quando a
produção foi de 3.050
tonelada e a área plantada foi
de 1.700 hectares, com um
rendimento de 1.794 kg de
soja por hectare. Em 2004 a
produção foi de 114.000
toneladas, colhidas em uma
área de 38.000 hectares, com
um rendimento de 2990 kg de
soja por hectare. A soja é
cultivada na região conhecida
como Cone Sul de Rondônia
em municípios como Colorado
do Oeste, Cerejeiras e
Vilhena.
Destacam-se as indústrias
frigoríficas e os lacticínios.
Os laticínios estão presentes
em todo o Estado e possuem
pequeno ou médio porte.
Maior produtor de leite do
Norte e nono no país, o
Estado registrou recorde de
673 milhões de litros de leite
no ano passado – 68% da
produção foi exportada. Já
os frigoríficos concentram-se
em Ariquemes, Jaru, Cacoal,
Porto Velho, Rolim de Moura,
Ji-Paraná, Vilhena e Pimenta
Bueno. A indústria frigorífica
produz tanto para o
abastecimento estadual e
regional quanto para a
exportação.
Derivada do setor madeireiro e
aproveitando a abundancia de
matéria prima das florestas
nativas, a indústria moveleira
desenvolveu-se em diversos
municípios de Rondônia, tais
como Rolim de Moura, Cacoal,
Ariquemes, Porto Velho e Ji-
Paraná. Foram criadas pequenas
unidades industriais em todos os
municípios. Todas, porém,
enfrentaram dificuldades
operacionais e de mercado. A
fabricação de móveis de madeira
maciça constituiu-se em uma das
características dessa indústria. O
setor moveleiro tem exercido
importante papel na história do
estado de Rondônia, sendo um dos
principais pólos de atração da
região, grande gerador de postos
de trabalho e arrecadação de
ICMS.
Transportes:
A mais importante rodovia federal de Rondônia é a BR 364,
construída no governo do Presidente Juscelino Kubitschek, no
início da década de 1960. A rodovia liga Cuiabá a Porto velho e Rio
Branco e sua construção esteve a cargo da empreiteira Camargo
Correia. Em 1966, o 5° Batalhão de Engenharia e Construção, 5°
BEC, assumiu os serviços de manutenção das condições de
tráfego na rodovia. A pavimentação asfáltica foi realizada pelo 5°
BEC e diversas empreiteiras civis, tais como a Andrade Gutierrez.
As obras de asfaltamento contaram com recursos do
POLONOROESTE, através do Governo federal e do Banco Mundial e
foram concluídas em 1984.
Na década de 1980 foi
aberta a rodovia BR 429
que liga o município de
Presidente Médice ao
município de Costa
Marques, no Vale do
Guaporé. Em sua extensão
surgiram diversos outros
municípios tais como
Alvorada do Oeste, São
Miguel do Guaporé,
Seringueiras e São
Francisco. Essa é uma área
de intensa atividade
madeireira e agropastoril.
O processo de
pavimentação asfáltica da
rodovia, cuja construção
foi das mais controvertidas
da História recente do país,
deve ser iniciado ainda em
2008.
A BR 425 interliga os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré a
Porto Velho. Sua construção e pavimentação esteve a cargo do 5°
BEC, que a construiu para substituir a EFMM extinta em 1972, por
ser considerada obsoleta. A BR 421 liga Guajará-Mirim a Ariquemes.
A BR 319 liga Porto Velho a Manaus e sua construção e
pavimentação ocorreram na década de 1970.
Nomes das Rodovias Federais - Rondônia
Rodovia
Nome
Oficial
Nome Popular Trecho
BR – 174
Vilhena – Div. com Mato
Grosso
BR – 317 Div. AM/AC / Assis Brasil
BR – 319 Porto Velho / Manaus
BR – 364 Div. AM/AC – Cruzeiro do Sul
BR – 364
Cuiabá/Porto
Velho
Cuiabá/Porto Velho
BR - 421 Ariquemes / Guajará Mirim
BR - 425 Abunã / Guajará Mirim
BR - 429
Presidente Médici / Costa
Marques
Fonte: (http://www.dnit.gov.br/menu/servicos/pnv/rf_22 )
As rodovias estaduais mais
importantes são:
RO 399 - Vilhena - Cerejeiras;
RO 464 – Jaru – Machadinho do
Oeste;
RO 133 - Jaru – Machadinho do
Oeste;
RO 010 - Pimenta Bueno – Rolim de
Moura – Novo Horizonte – Urupá –
Mirante da Serra;
RO 481 – Nova Brasilândia - São
Miguel do Guaporé
Rondônia não possui ferrovias em atividade, mas
a história do Estado está intimamente ligada à
epopéia da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
(EFMM), construída entre os anos de 1907e 1912,
a partir dos acordos firmados entre Brasil e
Bolívia com a assinatura do Tratado de Petrópolis.
A EFMM foi desativada em 1972, pelo Regime
Militar que governou o país entre 1964 e 1985,
através do 5° BEC.
Transportes fluviais:
A Sabe-se que navegadores
espanhóis percorreram o Guaporé
ainda no século XVI e que os
colonizadores e exploradores
portugueses navegaram pelos rios
Madeira, Mamoré e Guaporé desde o
século XVII. O rio Madeira é o
principal rio navegável de Rondônia.
Suas inúmeras cachoeiras e
corredeiras inviabilizam a
navegação a partir de Santo Antônio
do Madeira, até Guajará-Mirim.
Entretanto, ele é francamente
navegável desde Porto velho até sua
desembocadura no Amazonas. O
Madeira possui um porto de
passageiros e cargas na área do Cai
N‟Água em Porto Velho, além de um
porto graneleiro pra o embarque de
soja, construído em 1997, com
capacidade de armazenamento de
45.000 toneladas. Também são
navegáveis os rios Guaporé e parte
do rio Mamoré.
As Hidrelétricas:
A geração de energia elétrica sempre foi um problema para
o Estado de Rondônia. Até a construção da Hidrelétrica de Samuel,
o abastecimento era precária, inconstante e insuficiente. A Usina
Hidrelétrica de Samuel foi construída durante a década de 1980 e
a partir de 1989 entrou em funcionamento parcial, tendo sido
posta em funcionamento total, somente em 1996. o funcionamento
das seis turbinas de Samuel permitiu o fornecimento de energia
elétrica aos municípios do interior do Estado através do “Linhão”.
Sua capacidade máxima de produção é de 216 Mw.
A construção das Usinas do Madeira faz parte de um grande
projeto para o desenvolvimento. Santo Antônio terá capacidade de
gerar 3,150 mil megawatts (MW) e o investimento previsto é de R$
9,5 bilhões, em valores de 2006. O início das obras está previsto
para dezembro de 2008. Estima-se que a primeira e segunda
unidades geradoras, das 44 previstas, devam entrar em
funcionamento em dezembro de 2012.
A obra empregará até 20 mil
trabalhadores diretos no seu
momento auge. As turbinas
utilizadas em Santo Antônio serão
as maiores em potência nominal no
mundo: cada uma terá capacidade
de gerar 72 megawatts. Os estudos
para a construção das usinas
hidrelétricas começaram a ser
realizados em 2001 por FURNAS
Centrais Elétricas S/A. Um trabalho
desenvolvido ao longo dos 260 km
do rio Madeira, entre Porto Velho e
Abunã, no estado de Rondônia.
Juntas, Santo Antônio e Jirau vão
gerar mais energia para todo o país.
Os impactos
socioambientais da
construção das
Hidrelétricas do rio
Madeira:
As pressões a favor das
hidrelétricas são múltiplas
e vão desde o próprio
governo federal que tem se
envolvido em embates com
o IBAMA a fim de facilitar
as autorizações, até a
organização de movimentos
na sociedade de Porto
Velho exigindo o início
imediato das obras.
Porto Velho (RO) - Carreata
reúne entidades e
moradores a favor da
construção de
hidrelétricas no Rio
Madeira. O Ibama avalia se
as usinas hidrelétricas
Jirau e Santo Antônio,
polêmicas, têm viabilidade
ambiental ou não
O grande volume de recursos
que irão ser empregados na
construção das duas
hidrelétricas são vistos pelos
governantes locais, pelos
segmentos empresariais e
pela população em geral
como redentores da
economia local, estagnada
desde a crise da mineração
e o término das obras da
Hidrelétrica de Samuel.
Não há dúvida alguma
sobre a enorme
importância da
construção das
Hidrelétricas de Jirau e
Santo Antônio, entretanto,
muitos estudiosos têm
alertado para graves
transtornos sociais e
ambientais que poderão
advir a partir do início das
obras e que poderão trazer
elevados custos de
diversas ordens para a
sociedade rondoniense e
para o meio-ambiente
amazônico.
Dentre os principais impactos socioambientais
levantados por ONGs, Ambientalistas e Cientistas
diversos destacam-se:
Alterações dos regimes geológico,
hidrológico e biológico das áreas
afetadas;
Alteração dos microclimas
locais;
Perdas de espécies
vegetais e animais;
Deslocamentos de populações ribeirinhas e alteração dos
padrões de vida de populações que permanecerão nas
áreas contíguas á represas;
Problemas de saúde pública, com a
proliferação de insetos e doenças tropicais;
Conflitos com populações residentes nas áreas de
abrangência do empreendimento devido às questões
de legalidade de sua ocupação das terras de moradia
e trabalho;
Inadequação ou inexistência de projetos para
reassentamentos das populações afetadas;
Perda do patrimônio histórico
(complexo da EFMM);
Perda do patrimônio arqueológico;
Alterações dos sistemas de pesca e de
agricultura locais.
Por outro lado, o Consórcio que venceu o leilão para a
construção das Usinas, as autoridades municipais e
estaduais de Rondônia, segmentos empresariais e o próprio
governo federal justificam a obra a partir de uma série de
necessidades nacionais e de medidas para a mitigação ou
solução de possíveis problemas socioambientais que elas
possam causar. Dentre essas justificativas e medidas
podemos citar:
Necessidade de
abastecimento de energia
elétrica urgente em regiões
onde se anuncia uma
possível crise (apagão) do
sistema energético
brasileiro, notadamente a
Região Sudeste;
Necessidade de ampliação da
oferta de energia elétrica para
suprir a demanda exigida para a
ampliação das atividades
econômicas do país, permitindo
assim, um crescimento duradouro
da economia uma melhor
distribuição de renda;
Investimentos na infra-estrutura da cidade de
Porto Velho, com construção de um sistema de
esgotos e saneamentos, pavimentação de ruas e
avenidas, ampliação da rede de saúde pública e
de educação, através de recursos já liberados
pelo PAC;
Melhoria da qualidade de vida da população
com uma maior oferta de empregos e serviços e
reativação da economia regional,
profundamente abalada desde a crise da
mineração do ouro nos anos 1990 e o término
das obras da Usina Hidrelétrica de Samuel.
Desenvolvimento e sustentabilidade: será possível atingir
essas metas?
Diferente da idéia de crescimento - que sugere
principalmente aumento em quantidade - a de
desenvolvimento implica a mudança de
qualidade e, também, aumento dos graus de
complexidade, integração e coordenação de um
sistema. Crescimento exige material e energia.
Desenvolvimento produz e se alimenta de
interações, informação.
Não é por outra razão que podemos falar em crescimento
populacional, mas dizemos desenvolvimento intelectual, cultural,
político, social.
Na economia de mercado, o desenvolvimento é um
processo de base material, em permanente
expansão. É interativo, gerador de
interdependências, criativo, incerto, aberto. O
desenvolvimento cultural, científico, tecnológico,
das forças produtivas, esses, sim, seriam
processos ilimitados.
Ao crescimento econômico decorreria, natural e
automaticamente, não só o desenvolvimento econômico
propriamente dito, mas o da sociedade como um todo.
Estas idéias são fortemente impactadas pela crise
ecológica, ao revelar-se o esgotamento dos recursos
naturais, uma limitada capacidade de suporte do meio aos
resultados da intervenção humana e, por conseqüência, a
necessidade de planejamento, inclusive de longo prazo.
A noção de
sustentabilidade
está associada às
de estabilidade,
de permanência
no tempo, de
durabilidade.
O Clima predominante de Rondônia é o Tropical, úmido e
quente, durante todo o ano.
Segundo a classificação de Köppen, o estado de Rondônia
possui um clima do tipo Aw – Clima Tropical Chuvoso com
médias térmicas superiores a 18° C. nos meses de inverno,
além de uma estação seca bem definida que ocorre nos
meses de maio a outubro.
CLIMA
O clima do Estado de Rondônia situa-se no contexto
climático da região amazônica. A área abrangida pelo
Estado de Rondônia não sofre grande influência de elevadas
altitudes ou da maritimidade.
O clima predominante na região Norte do Brasil e o equatorial.
Rondônia esta situado na porção sul da região Norte do Brasil,
portanto segundo o IBGE, o clima predominante e o equatorial.
Assim, o clima do estado de Rondônia pode ser considerado de
transição: Equatorial/ Tropical.
CLIMA
Clima predominante: Quente
Úmido
Evapotranspiração
Queimadas e Desmatamentos
Média anual da Temperatura
do ar gira em torno de 24º e
26º C
Média anual da umidade
relativa do ar varia de 80 a
90% no verão e 75% no inverno
Precipitação média anual de
1.400 a 2.500mm
RELEVO
O Relevo predominante do estado de Rondônia divide-se
em :
Planície : Planície Amazônica
Planalto : Planalto Setentrional Brasileiro
Depressões : Depressão do Solimões
A maiores formações de relevo : Serra do Pakaas
Novos e Chapada dos Parecis
O Maior divisor de aguas: Serra do Pakaas Novos
Ponto mais alto do estado : Pico do Tracua – Serra
do Pakaas Novos
PONTOS MAIS ALTOS DE RONDÔNIA
Os pontos mais altos de Rondônia, ficam
próximos, estão situados na região central do Estado,
na Serra do Pacaas novos.
O ponto mais alto do estado de Rondônia tem
1.126,0 metros ( o pico do tracoa – SA dos Pacaas
Novos)
O Planalto Brasileiro:
Em Rondônia o Planalto Brasileiro é marcado por uma formação de
terrenos muito antigos, do período pré-cambriano profundamente
marcados pela ação dos agentes erosivos e por uma altitude que
varia, em média de 100 a 500 metros em relação ao nível do mar,
onde se percebe a formação de inselbergs, colinas com topo
aplainados, pontões, morros isolados e esporões de cristas
agudas. A superfície destes terrenos é, predominantemente
aplainada e marcada por rochas sedimentares. A Encosta
Setentrional do Planalto Brasileiro é limitada ao norte pela Planície
Amazônica.
As Chapadas dos Parecis e dos Pacaás Novos:
Estas Chapadas integram o maciço central brasileiro e têm
altitudes médias variando entre 300 e 1000 metros em relação ao
nível do mar. Nesta área encontra-se o ponto mais elevado do
Estado de Rondônia, que é o Pico do Tracuá com 1.126 metros de
altura, situado na Chapada dos Pacaás Novos, no município de
Campo Novo de Rondônia.
O sistema hídrico do Estado de Rondônia é constituído por rios de
grande, médio e pequeno porte, além de lagos ligados ou
formados pelos rios locais. Os rios de Rondônia podem ser
agrupados em sete bacias principais, todas pertencentes à
grande bacia amazônica: bacia do rio Madeira, bacia do rio Ji-
Paraná e Bacia do rio Mamoré, bacia do rio Guaporé, bacia do rio
Roosevelt, bacia do rio Jamari e Bacia do rio Abunã.
Com exceção dos rios
Paraná-Pixuna (que é
tributário do rio Purus) e
do rio Iquê (que é
subafluente do rio
Tapajós), todos os rios de
Rondônia convergem para
o Madeira, direta ou
indiretamente.
HIDROGRAFIA
Bacia do rio Madeira:
É a mais importante bacia do Estado de Rondônia e compõe-se pelo rio
Madeira e seus mais de 90 afluentes. Ocupa uma área total „de cerca
de 1.244.500 km². Estende-se pelos estados do Amazonas, Acre, mato
Grosso e a República da Bolívia. O rio Madeira é formado pela junção
dos rios Mamoré e Beni, ambos originários da Cordilheira dos Andes. O
rio Madeira percorre o estado de Rondônia no sentido sudoeste/norte e
uma considerável parte do estado do Amazonas, desaguando no rio
Amazonas, na região da ilha de Tupinambarana. Seu curso total é de
cerca de 3.240 km, sendo o mais importante afluente da margem
direita do Amazonas. Seu curso apresenta uma seqüência de quedas,
cachoeiras e corredeiras entre seu ponto de origem e Porto Velho. A
partir de Porto Velho, até sua confluência com o Amazonas é
plenamente navegável. Sua largura varia demais de 400 metros a
aproximadamente 9 km na foz, enquanto a profundidade é superior a
13 metros.
Em Rondônia seus principais afluentes da
margem direita são: Ribeirão, Araras,
Taquara, Jaci-Paraná, Mutum-Paraná,
Caracol, Jamari, Ji-Paraná. Na margem
esquerda situam-se os rios: Abunã,
Ferreiros, São Simão, Lourenço, Maracá e
Igarapé Cuniã.
Sua importância é histórica, e é a partir dele que se
desencadearam todos os processos de colonização e ocupação
dos espaços territoriais que hoje formam o Estado de Rondônia.
Atualmente o Rio Madeira desponta como um novo pólo de atração
de investimentos governamentais com os projetos de construção
das Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. Seu regime é pluvial e
os meses de cheia ocorrem de novembro a abril quando o débito
atinge uma descarga de 40.000 m³ de água por segundo.
Bacia do Mamoré:
O rio Mamoré nasce na cordilheira Real, nos Andes bolivianos,
próximo a Santa Cruz de La Sierra com a denominação de Grande
La Plata. Seu curso é de cerca de 1.100 km. Após vencer os
terrenos acidentados da altiplano, o rio Mamoré chega à planície
do Guaporé, onde se torna navegável até abaixo da cidade de
Guajará-Mirim, quando surge sua primeira cachoeira Guajará-Açu e
as seguintes: Guajará-Mirim e Bananeiras. Em Vila Murtinho ocorre
sua junção com o rio Beni, dando origem ao rio Madeira. Seus
principais afluente em Rondônia, pela margem direita, são: Sotério,
Pacaás Novos E Lages. Na margem esquerda: rio Yata.
Bacia do Guaporé:
O rio Guaporé nasce na Chapada dos Parecis em Mato Grosso a
uma altitude de 1.800 metros em relação ao nível do mar. Seu curso
abrange uma extensão de 1.716 km, dos quais 1.500 são
navegáveis. Sua largura é variável de 150 a 700 metros e sua
profundidade varia de 2 a 10 metros. Seus afluentes da margem
direita ligam o vale do Guaporé ao centro do Estado de Rondônia,
enquanto os da margem esquerda ligam a região ao Altiplano
Andino. Seus principais afluentes pela margem direita são: rio
Cabixi, rio Branco, rio Corumbiara, rio São Miguel, rio Colorado, rio
Mequéns, rio Cautarinho, rio Cautário. Os da margem esquerda
situam-se todos em terras da Bolívia.
Bacia Ji-Paraná ou Machado:
É formada pelo rio Ji-Paraná ou Machado e seus afluentes,
constituindo-se em uma bacia tributária do rio Madeira. O rio Ji-
Paraná é formado pelos rios Pimenta Bueno (Apidiá) e
Comemoração de Floriano e corre no sentido sul-norte, nascendo
no Planalto Central e percorrendo todo o centro do estado até
desaguar no Madeira. Sua vazão máxima é de 4.000 m³ de água
por segundo. Seus principais afluentes da margem direita são:
Riachuelo, Jatugrande, Água Azul, São Paulo, Tarumã, São João.
Na margem esquerda encontram-se seus maiores afluentes, dentre
os quais destacam-se: Barão de Melgaço, Luiz de Albuquerque,
Rolim de Moura, Ricardo Franco, Urupá, Jaru, Boa Vista,
Machadinho, Ouro Preto e Juruá.
Rio Jamari:
563Km de extensão e o maior
lago artificial do estado
O Rio Jamari é um rio da Bacia amazônica, é afluente do rio Madeira.
O rio Jamari tem grande significado econômico para Rondônia por
ter sido represado para a formação da primeira usina hidrelétrica do
Estado, a Usina Hidrelétrica de Samuel.
Rio Roosevelt:
O rio Roosevelt é o unico rio brasileiro que nasce no estado de Rondônia que tem nome
de uma personalidade americana.
Em seu percurso, atravessa uma parte do Mato Grosso, entrando a seguir, no estado
do Amazonas, onde torna-se um afluente do rio Madeira.
Inicialmente chamava-se rio da Dúvida porque nas cartas náuticas constavam a existia
um curso d'água interligando as nascentes do afluente Madeira do Rio Amazonas com
a Bacia do Prata, no entanto, graças a uma expedição no início do século, seu
verdadeiro curso foi conhecido e o rio foi rebatizado como rio Roosevelt.
A visita implorativa do então ex-presidente americano Theodore Roosevelt ao Brasil
chamada de Expedição Científica Rondon-Roosevelt, comandada pelo Marechal
Cândido Rondon foi interessante para o Brasil porque, embora não existisse a
hipotética passagem fluvial para o Prata descobriu-se que o espaço compreendido
entre rios, era ainda uma região inexistente nos mapas brasileiros e segundo os
calculos de Euclides da Cunha correspondia uma aérea equivalente ao estado do Rio
Grande do Sul ou Maranhão ainda sem um Rei. Da expedição surgiu o livro Through the
Brazilian Wilderness (Pelas Selvas Brasileiras, Ed. Capo Paperback), escrito em 1914
por Roosevelt.
VEGETAÇÃO/FLORA:
O Estado de Rondônia apresenta três biomas importantes: a
floresta tropical, os cerrados e o pantanal. (Em ecologia chama-se
bioma a uma comunidade biologica, ou seja, fauna e flora e suas
interações entre si e com o ambiente fisico: solo, agua e ar.) Esses
biomas se subdividem em oito tipos principais de vegetação.
Quase 80% das terras são cobertas por formações florestais
tropicais e equatoriais típicas da região amazônica, podendo ser
assim divididas:
Floresta ombrófila aberta
Floresta ombrófila densa
Floresta estacional
semidecidual
Floresta ombrófila aberta:
Abrange mais de 50% da formação vegetal nativa do Estão. Aí
ocorrem palmeiras, paxiúbas, seringueiras, breu, tauari e
jacareúba. As florestas ombrófilas abertas subdividem-se em
quatro tipos:
- Florestas ombrófilas abertas aluviais: conhecidas como matas
de igapó, são inundadas pelas cheias dos rios.
- Florestas ombrófilas abertas de terras baixas: ocorrem em
terrenos que não ultrapassam 100metros de altitude.
- Florestas ombrófilas abertas submontanas: ocorrem em
terrenos mais elevados, entre 100 e 600 metros de altitude.
- Florestas ombrófilas abertas de bambus: ocorrem em manchas
isoladas por todo o Estado.
Floresta ombrófila densa:
ocupam 4% da área total do Estado de Rondônia. O sub-bosque é
mais limpo e o dossel da floresta é mais denso. As árvores
ultrapassam os 45 metros de altura. Entre as espécies
encontradas citam-se o angelim, maçaranduba, castanheira,
ipê, copaíba, ucuúba. Esta floresta subdivide-se em três tipos:
- Floresta ombrófila densa aluvial: ocorre em áreas de
inundações.
- Floresta ombrófila densa de terras baixas: apresenta
características de florestas de terras baixas e ocorrem em
altitudes pouco superiores a 100 metros.
- Floresta ombrófila densa submontana: como a floresta
ombrófila aberta subomntana ocupa altitudes que variam de
100 a 600 metros.
Floresta estacional semidecidual:
Ocupa 2% da área do Estado e ocorre em áreas de pouca retenção
de água. As árvores podem apresentar perdas de folhas na
estação seca (sub-caducifolia ou semidecidual). Esta formação
vegetal subdivide-se em três tipos:
- Floresta estacional semidecidual aluvial.
- Floresta estacional semidecidual montana.
- Floresta estacional semidecidual submontana.

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Aula História e Geografia de Rondônia

  • 1. Considerada durante muito tempo como uma região marcada por um grande vazio demográfico e sub-povoada, a Amazônia sempre foi o “lar” de inúmeras sociedades indígenas que habitaram a região há milhares de anos e nela desenvolveram importantes culturas que só muito recentemente começam a ser estudadas através dos esforços de modernos arqueólogos, historiadores e antropólogos. AS POPULAÇÕES INDÍGENAS.
  • 2. A Pré-História da Amazônia nos revela a existência de sociedades avançadas, formada por aldeias compostas por milhares de indivíduos e com culturas sofisticadas, capazes de produzir excedentes econômicos que seriam comercializados com as populações que viveram no altiplano e na Cordilheira dos Andes.
  • 3. Os relatos dos primeiros viajantes que percorreram o vale do Amazonas, ainda no século XVI, falam de sociedades impressionantes como a dos índios Omágua, Aruã, Tupinambá e Tapajó. No baixo Amazonas foram notáveis as populações que desenvolveram as técnicas ceramistas que produziram as cerâmicas conhecidas como marajoara. No estado de Rondônia, os trabalhos arqueológicos e etnológicos evidenciam a presença muito antiga, datada de milhares de anos de diversas culturas ameríndias, notadamente ligadas aos povos Tupi. Essas populações sempre foram diversificadas e passaram por grandes mudanças ao longo do tempo.
  • 4. Desde a época em que a maior parte da Amazônia pertencia aos estados do Maranhão e Grão- Pará, o indígena foi utilizado também na empresa de dominação. Como mateiros (conhecedores do terreno), remeiros, flecheiros, participaram também das tropas, entradas e bandeiras que devastaram a Amazônia em todos os sentidos no século XVIII. Na região dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé e nos seus afluentes, o português encontrou dois grupos de indígenas: o primeiro era formado por populações antigas, que ali residiam há longo tempo, como por exemplo os Mura, os Tora e os Matanawi.
  • 5. O segundo grupo é formado pelos povos que para lá migraram em fuga, diante do avanço dos europeus no litoral brasileiro ou do expansionismo territorial de nações indígenas mais fortes. Desses povos que migraram possivelmente os Tupi foram os primeiros a atingir a bacia do rio Madeira. Estes povos vinham recuando de suas povoações que até o século XVI estendiam-se da foz do Amazonas até o sul de São Paulo.
  • 6. O uso da mão-de-obra indígena pelos colonizadores De maneira intensiva o indígena foi utilizado como mão de obra no Madeira a partir do século XVIII. Além do extrativismo do cacau, os indígenas eram indispensáveis para a extração da salsaparrilha, banha de tartaruga e óleo de copaíba, nessa área periférica. a nação que mais ferozmente reagiu ao avanço português na área do Madeira no século XVIII foi a dos Mura. O historiador Vítor Leonardi afirma que essa nação possuía, no século XVIII, uma população de 40.000 pessoas que morava às margens do Madeira, tendo combatido o colonizador na área compreendida entre esse rio e o Tocantins.
  • 7. No Vale do Guaporé viveu uma ampla gama de populações indígenas, que sempre despertou a cobiça de bandeirantes e sertanistas que percorriam as imensidões dos sertões brasileiros em busca de indígenas para serem vendidos nos mercados coloniais de escravos. Os indígenas do Vale do Guaporé.
  • 8. Entre os grupos preferidos pelos sertanistas e bandeirantes que capturavam indígenas para a venda no mercado colonial de escravos encontramos os Bororo e os Pareci, que eram considerados de maior docilidade, mais fácil adaptação aos hábitos e costumes da sociedade colonial. Outros povos, entretanto eram conhecidos e temidos por sua feroz resistência aos avanços dos colonizadores e dos traficantes internos de indígenas para a escravidão. Dentre esses grupos que viviam na capitania do Mato Grosso e Cuiabá, podemos destacar: os Cabixi, os Caiapó e os Paiaguá, que habitavam o vale do Paraguai.
  • 9. Desde a década de 1750, o governador do Pará Francisco Xavier Mendonça Furtado (1700-1769) trouxe ordens do governo português para inibir e eliminar a escravização dos índios, dando-se preferência à mão-de- obra africana. Não se pode dizer que houve uma substituição da escravidão indígena pela africana, pois as duas ocorreram ao mesmo tempo. O que se percebe é que na região guaporeana, ao contrário do Madeira e de outras áreas da Amazônia; a escravidão de negros tomou um vulto muito maior, fazendo com que os números de escravos indígenas fossem percentualmente mínimos.
  • 10.
  • 11. Durante a expansão colonial pelos vales do Guaporé e madeira, o estado português planejou uma política que tinha como objetivo o aproveitamento da mão-de-obra indígena, quer através da escravização realizada pelos sertanistas e bandeirantes, quer pela via da catequese, realizada pelos padres missionários. Ao perceber o riscos da aliança entre os indígenas do Guaporé e as forças da vizinha colônia espanhola, as autoridades portuguesas eliminaram a s práticas locais da escravidão indígena e tentaram atrair as populações residentes para sua esfera de influência, armando-as para lutar contra os inimigos castelhanos. Características das políticas governamentais referentes aos povos indígenas
  • 12. Entretanto, durante a exploração da borracha as forças do Estado Nacional do Brasil adotaram políticas de indiferença frente aos massacres étnicos promovidos pelos seringalistas, através dos assassinatos das populações indígenas residentes em áreas de exploração da borracha, que eram conhecidos como “limpezas”. A eliminação dos indígenas, considerados selvagens, hostis e perigosos foi considerada or grande parte da sociedade nacional como legitima e necessária ao sucesso dos empreendimentos extrativistas nas Amazônia.
  • 13. Somente com o advento do século XX a situação começou a apresentar algumas transformações. Com a criação do SPI (Serviço de Proteção ao índio) em 1910, o Estado brasileiro começou, de forma muito tímida a desenvolver algumas políticas capazes de assegurar alguma proteção às populações nativas.
  • 14. Rondônia possui 21 Terras indígenas, sendo 20 demarcadas e 01 interditada, ocupando aproximadamente 20,15% da superfície territorial do estado o equivalente 4.807.290,42 ha. HOJE
  • 15. Existem ainda, sendo pesquisada a área de ocupação de 08 grupos de índios sem contato,e a necessidade de levantamento dos grupos indígenas desaldeados que se encontram espalhados por todo estado.
  • 16. Os territórios indígenas são considerados unidades de preservação cultural, tendo como objetivo a manutenção da cultura e a conservação da biodiversidade, sendo o usufruto de seus recursos naturais um direito exclusivo dos povos indígenas. Rondônia é o único estado brasileiro, que tem uma terra indígena demarcada sem que se tenha realizado o contato com um grupo indígena que é o caso da Terra Indígena Massaco, sendo este um marco na política de proteção e respeito ao um povo e a seu território.
  • 17. As etnias existentes são: Oro Waram, Oro Waramxijein, Oro Mon, Oro Nao‟, Oro At, Oro Eu, Jabuti, Tupari, Canoé, Arua, Massaká, Ajuru, Cujubim, Cassupá, Salamãi, Kwazá/Aikana, Arikapu, Kampe, Makurap, Jupaú, Amondawa, Oro Win, Sakirabiar, Guaratira, Kuratega, Piribibiar, Latunde, Sabane, Surui/Painter, Gavião, Arara, Karitianas Kapivari, Karipuna e Cinta Larga, Kaxarari, Cao oro waje .
  • 18.
  • 19. A colonização européia teve início, de forma mais efetiva, entre os séculos XVII e XVIII e foi realizada por portugueses e espanhóis que ocuparam, principalmente, o Vale do Guaporé. Em 1734, os irmãos Fernando e Arthur Paes de Barros descobriram ouro na região (minas de Pouso Alegre, São Joaquim e Santana do Livramento) e o Vale do Guaporé, então chamado de Mato Grosso, passou a ser alvo das políticas coloniais portuguesas. Processo de Ocupação (não Indígena)
  • 20.
  • 21. Com a assinatura do Tratado de Madri, em 1750, Portugal destacou para a região o Conde de Azambuja, Dom Antônio Rolim de Moura, primeiro governador da Capitania de Mato Grosso e Cuiabá que, entre outros atos, fundou a primeira capital local, a cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade Nessa mesma região, os padres jesuítas da Espanha já haviam construído um conjunto de missões para a catequese de indígenas.
  • 22. O Forte de Nossa Senhora da Conceição, construído no governo de Dom Antônio Rolim de Moura
  • 23. Nos anos seguintes, a mineração do ouro justificou grandes investimentos portugueses na região e, no governo de Luis de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, foi construído o Real Forte Príncipe da Beira (entre 1776 e 1783). A região guaporeana entrou em decadência ao longo do século XIX e passou por um intenso processo de despovoamento devido à crise da mineração de ouro e à fama de insalubridade do lugar, sempre marcado pelas epidemias de malária e febres diversas.
  • 24. No século XIX, a colonização deslocou-se, principalmente, para o Vale do Madeira, em função da extração da borracha. Esse processo desencadeou outras ações espetaculares que definiram as bases do povoamento regional. Dentre elas, destacamos a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré que teve suas primeiras tentativas de construção ocorridas na década de 1870 e só foi realmente concretizada no período de 1907 a 1912.
  • 25. As regiões dos vales do Madeira, Mamoré e Guaporé passaram a ser explorados por seringalistas bolivianos e brasileiros, que utilizam a mão-de-obra dos indígenas locais, notadamente os do vale do rio Beni na Bolívia e mais tarde a mão-de-obra nordestina que migrou para a Amazônia a partir década de 1870, trabalhando nos seringais como coletores de látex (seringueiros). Os seringueiros eram divididos em dois grupos: •Mansos: Naturais da Amazônia conheciam segredos da floresta e dos rios. •Brabos: Naturais do nordeste, tinham enorme dificuldade de adaptação ao meio ambiente.
  • 26. O primeiro ciclo da borracha ocorre no final do séc. XIX, intensificando o processo de ocupação da região amazônica (1877-1912). Atendendo a demanda do mercado externo, a exploração e comercialização do látex aumentou, atraindo um grande contingente migratório , a maior parte destes migrantes eram nordestinos . O proprietário do seringal era chamado de Coronel do Barranco ou seringalista, trabalhava a partir de financiamentos feitos pelo capital estrangeiro. Os trabalhadores eram chamados de seringueiros, de origem, condição e situação humilde, vinculavam-se aos seringalistas por trabalharem em seus latifúndios (seringais) e por estarem dependentes do regime contratual do Barracão (também chamado Aviamento ou Habilito).
  • 27.
  • 28. ...O CONFLITO Com a ocupação da área, muitos brasileiros exploravam o látex em território boliviano, o que gerou inúmeros conflitos internacionais entre o Brasil e a Bolívia. Plácido de CastroLuiz Galvez
  • 29. A Bolívia passava por problemas de escoamento de seus produtos que eram comercializados com mercado europeu, A única alternativa seria uma rota fluvial pelos rios Madre de Dios – Beni – Mamoré – Madeira – Amazonas (esse último dando acesso ao Oceano Atlântico). A maior dificuldade encontrada era os inúmeros obstáculos naturais em um trecho entre o Mamoré e o Madeira. Por motivo de Guerra do Pacifico, travada entre 1879/1883, na qual o Chile tornou-se vitorioso sobre a coligação peruana-boliviana, a Bolívia perdeu o seu acesso ao oceano Pacifico, feito por Arica. Desde então, ha um profundo ressentimento nacional contra os Chilenos e uma não aceitação do Tratado de 1904, que confirmou a mutilação do território que deixou o pais sem um só porto de mar.
  • 30. TRATADO DE PETRÓPOLES Em 17 de Novembro de 1903 na cidade de Petrópolis no Estado do Rio de Janeiro é assinado o TRATADO DE PETRÓPOLIS. Em troca do Acre, o Brasil se compromete em construir a E.F.M.M. Barão de Rio Branco como Ministro das Relações Exteriores, foi um dos principais personagens nesse acordo diplomático entre Brasil e Bolívia.
  • 31. Foi quando Percival Farquar contratou a empreiteira May-Jackil and Randolph para dar seqüência à construção da ferrovia, sete quilômetros abaixo da cachoeira de Santo Antônio, numa antiga área portuária que daria origem à cidade de Porto Velho. Com a construção da E.F.M.M.(1907-1912), houve a necessidade de importação de mão-de-obra aumentando o contingente populacional da região. Dentre os principais povos estrangeiros estão imigrantes turcos, sírios, gregos, libaneses, italianos, indianos, cubanos, panamenhos, porto-riquenhos, barbadianos, jamaicanos, chineses, hindus e outros, tornando assim a região (Porto Velho/Guajará-Mirim) em uma região cosmopolita.
  • 32.
  • 33.
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  • 43. A construção da E.F.M.M. foi marcada por muitas dificuldades ... malária, ataques indígenas... o que gerou muitas mortes. Mas no ano de 1912 finalmente a linha ferroviária chega a vila de Guajará- Mirim permitindo assim o transporte de produtos por rotas terrestres desviando o trecho encachoeirado do Mamoré e Madeira.
  • 44.
  • 45. Em 1910 o Brasil perde o mercado internacional da borracha natural para a Malásia. Há uma desvalorização do produto brasileiro o principal concorrente otimizou a produção fazendo o cultivo sistematizado da seringueira. Enquanto que no Brasil a exploração era feita em espécies nativas, aumentando assim o custo com a produção. O ciclo da borracha iniciou-se na segunda metade do século XIX e prolonga-se até a segunda década do século XX, quando a produção brasileira é superada pela produção da Malásia.
  • 46. Paralelo ao primeiro ciclo da borracha, foi desenvolvido e realizado um projeto de integração da Amazônia com o resto do país através de linhas telegráficas à sua frente vinha o Coronel Candido Mariano da Silva Rondon. O esvaziamento econômico e o isolamento desta vasta região fez com que o Governo Central decidisse construir uma linha telegráfica entre Cuiabá (MT) e Porto Velho(AM),
  • 47. Entre 1907 e 1915 Rondon trabalhou utilizando mão de obra do sul do país. Estes trabalhadores, somados a outros migrantes atraídos pelo avanço da linha telegráfica, criaram povoados nos locais onde se instalaram os postos telegráficos, entre os quais:Vilhena, Pimenta Bueno, Vila Rondônia (hoje, Ji Paraná) e Ariquemes.
  • 48. Com a 2ª Guerra Mundial (1939/45) o Japão isola a Malásia (1942), não permitindo assim a comercialização da Borracha Natural com os grandes pólos industriais, com isso à uma nova procura pela borracha natural. Como os seringais estavam abandonados e não mais de 35 mil trabalhadores permaneciam na região, o grande desafio de G.V. então presidente do Brasil, era aumentar a produção anual de látex de 18 mil para 45 mil toneladas, como previa o acordo. Para isso seria necessária a força braçal de 100 mil homens.
  • 49.
  • 50. Em 13 de Setembro de 1943, o presidente Getúlio Vargas cria o Território Federal do Guaporé, desmembrando áreas do estado do Mato-Grosso e Amazonas. Municípios : Lábrea; S.A.A. Madeira; Porto Velho e Guajará- mirim.
  • 51. Ao longo do século XX, as possibilidades de exploração das riquezas extrativistas como o seringalismo, a coleta da poaia no vale do Guaporé e a mineração de ouro, cassiterita, pedras preciosas e, por fim, o diamante definiram inúmeras ações colonizadoras.
  • 52. Entretanto, foi com a definição de uma política de assentamento de colonos para fins de formação de uma base agropastoril que o Regime Militar (que vigorou no Brasil entre os anos 1964 a 1985) definiu, entre os anos 1970 e 1990, a principal base de colonização perene do Estado de Rondônia. Contribuíram para o sucesso da colonização agropastoril (agricultura e pecuária) a abertura de estradas de rodagem como a BR 364 (aberta pelo governo do presidente Juscelino Kubtscheck em finais da década de 1950 e início dos anos 1960).
  • 53. A colonização agropastoril permitiu a fixação de um considerável contingente humano nas terras que formam Rondônia e, diferentemente dos demais processos de colonização, sempre baseados em atividades extrativistas, a colonização agropastoril fixou as populações de forma permanente e garantiu a continuidade do desenvolvimento econômico e do crescimento populacional, tanto em áreas urbanas, quanto em áreas rurais. Com a mecanização do campo na região sul, e o incentivo dado pelo governo de Rondônia através da distribuição de títulos de terra a vinda de imigrantes para nosso estado chegou a atingir 200 mil pessoas ano.
  • 54. Os processos migratórios recentes A construção da rodovia BR 364 (antiga BR-29) e a implementação dos projetos de colonização realizados pelo INCRA constituíram-se em fatores decisivos para o crescimento da população rondoniense. Paralelamente, os garimpos de ouro, cassiterita e pedras preciosas complementaram esses atrativos. Por fim, destacam-se grandes obras que atraíram mão-de-obra ociosa para a região como foi o caso da Usina Hidrelétrica de Samuel,
  • 55. As migrações recentes intensificaram-se nos anos 1970 e declinaram a partir dos anos 1990. Entre os anos 1960 e 1970 entraram em Rondônia cerca de 51.557 migrantes e, em sua maioria, destinaram-se para os povoados situados ao longo da BR 364. Entre os anos 1970 e 1976, chegaram cerca de 77.924, sendo que desse total, cerca de 37.000 pessoas, aproximadamente, dirigiram-se para Porto Velho e o restante para as regiões de Pimenta Bueno, Cacoal, Espigão d‟Oeste, Vilhena, Presidente Médice e Ariquemes. No período 1977 a 1982, entraram em Rondônia cerca de 220.064 migrantes e, apenas no primeiro semestre de 1983, chegaram a Rondônia outros 23.240 migrantes em busca de terras e de novas oportunidades.
  • 56. Nos anos 1970 e 1980, os projetos de colonização revelaram que os migrantes chegavam em busca de terras para cultivo e moradia. O declínio da população urbana do Território de Rondônia, de 53% em 1970 para 46% em 1980, confirma essa tendência. Nesse contexto, a disputa por terras tornaram- se violentas e os choques entre camponeses e grupos agroindustriais foram inevitáveis. Rondônia foi marcada pela violência fundiária e os assassinatos por terra se repetiam em todo o Território.
  • 57. Dentre os principais projetos de assentamentos e colonização destacaram-se o PIC Ouro Preto, o projeto Ji-Paraná, o Projeto Sidney Girão, Padre Adolpho Rohl, Vilhena e Burareiro. O crescimento demográfico desse período (1970/1980) ficou na ordem de 342%, sendo que os migrantes que se estabeleceram em Rondônia perfizeram mais de 65% da população. Assim, podemos observar que o conjunto dos migrantes que foram assentados em Rondônia nesse período foi constituído, majoritariamente, por pessoas vindas do Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais e Espírito Santo.
  • 58. Ao final dos anos 1980, com a abertura da rodovia BR 429, a migração deslocou-se para a região da Zona da Mata de Rondônia e para o vale do Guaporé. No período que se estende de 1970 a 2000, o INCRA assentou 68.154 famílias em 120 projetos de colonização.
  • 59. No período que se estende de 1970 a 2000, o INCRA assentou 68.154 famílias em 120 projetos de colonização.
  • 60. a enorme demanda por terras terminou por inviabilizar qualquer projeto de assentamento sistemático do conjunto dos migrantes que chegavam a Rondônia. Assim, passou-se a uma ocupação desordenada dos espaços e os conflitos agrários e territoriais foram violentos e contínuos. As disputas por terras envolveram colonos, empresas agroindustriais e populações tradicionais como indígenas, seringueiros e castanheiros. Ao final dos anos 1990, a situação apresentava um contorno mais definido e as bases da colonização já estavam solidificadas. Os principais eixos de assentamento das populações rurais foram as rodovias BR 364, BR 429 e RO 399.
  • 61. As propriedades receberam, ao longo da década de 1980, investimentos governamentais, sobretudo com a construção de novas estradas pavimentadas entre os anos 1990 e 2000 e a implantação do “Linhão” - (cabos de alta tensão de energia elétrica gerada na Usina Hidrelétrica de Samuel, que distribuem energia para outras regiões do estado) que levou energia elétrica para a maior parte do Estado, incluindo áreas urbanas e rurais. A consolidação desse modelo agrário permitiu o desenvolvimento da agroindústria e da pecuária, transformando o Estado de Rondônia em um dos mais expressivos produtores rurais do país.
  • 62. O espaço urbano O Território Federal do Guaporé nasceu com quatro municípios: Porto Velho, Santo Antônio do Madeira, Guajará-Mirim e Lábrea que foi devolvida ao estado do Amazonas em 1945. Em 1975, o Território Federal de Rondônia possuía apenas dois municípios: Porto Velho e Guajará-Mirim. Em 1977, o governo do Presidente Ernesto Geisel autorizou a criação dos municípios de Vilhena, Pimenta Bueno, Cacoal, Ji-paraná e Ariquemes, todos surgidos a partir dos processos migratórios e ao longo da rodovia BR 364. No ano de 1981, foram criados os municípios de Colorado do Oeste, Espigão do Oeste, Ouro Preto do Oeste, Presidente Médice e Costa Marques. 1943 1975 1977 1981
  • 63. Atualmente, Rondônia possui 52 municípios que são: 1- Alta Floresta d'Oeste 2- Alto Alegre do Parecis 3- Alto Paraíso 4- Alvorada d'Oeste 5- Ariquemes 6- Buritis 7- Cabixi 8- Cacaulândia 9- Cacoal 10- Campo Novo de Rondônia 11- Candeias do Jamari 12- Castanheiras 13- Cerejeiras 14- Chupinguaia 15- Colorado do Oeste 16- Corumbiara 17- Costa Marques 18- Cujubim 19- Espigão d'Oeste 20- Governador Jorge Teixeira 21- Guajará-Mirim 22- Jamari 23- Jaru 24- Ji-Paraná 25- Machadinho d'Oeste 26- Ministro Andreazza 27- Mirante da Serra 28- Monte Negro 29- Nova Brasilândia d'Oeste 30- Nova Mamoré 31- Nova União 32- Novo Horizonte do Oeste 33- Ouro Preto do Oeste 34- Parecis 35- Pimenta Bueno 36- Pimenteiras do Oeste 37- Porto Velho 38- Presidente Médici 39- Primavera de Rondônia 40- Rio Crespo 41- Rolim de Moura 42- Santa Luzia d'Oeste 43- São Felipe d'Oeste 44- São Francisco do Guaporé 45- São Miguel do Guaporé 46- Seringueiras 47- Teixeirópolis 48- Theobroma 49- Urupá 50- Vale do Anari 51- Vale do Paraíso 52- Vilhena
  • 64.
  • 65. As cidades de Rondônia caracterizam-se pela pouca idade e juventude; em sua maioria, datam dos anos 1980 em diante. Entretanto, alguns problemas são comuns à maioria delas, tais como a precariedade dos sistemas sanitários, ausência ou absoluta insuficiência dos sistemas de coleta de esgotos e de águas pluviais, ausência de sistemas de tratamento de esgotos, ausência de sistemas modernos de coleta seletiva de lixo e de sua industrialização, precariedade da rede elétrica e da iluminação pública, precariedade da pavimentação asfáltica e da malha viária urbana, precariedade dos sistemas de transportes coletivos urbanos e, ainda, insuficiência da rede escolar pública para Ensino Fundamental e Médio, além da precariedade dos sistemas de saúde pública e atendimento dos serviços sociais às populações carentes.
  • 66. Outro grave problema vivido pelas cidades rondonienses é o do crescimento desordenado de seus espaços, impossibilitando a efetiva ação urbanizadora dos órgãos das administrações municipais. A violência é um dos mais graves problemas enfrentados pelos moradores das maiores cidades do Estado. A criminalidade concentra-se nas regiões periféricas onde reside a população mais pobre e mais desprovida dos benéficos da cidadania e do acesso aos serviços que devem ser prestados pelos poderes públicos. O tráfico de drogas, a prostituição, incluindo-se a prostituição infanto-juvenil, completam um quadro sombrio dos problemas enfrentados por essas cidades.
  • 67. De acordo com o censo de 2000, 36% da população de Rondônia é formada por brancos, 4% são negros e 60% são pardos e mestiços. A taxa de natalidade padronizada de Rondônia, de acordo com o censo de 2000 é de 24,74%, enquanto que a taxa de mortalidade é de 4%. Demografia: O ritmo de crescimento da população entre os anos 1991 e 2000 foi de 2,24%. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1° Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim Leste Oeste Norte 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1° Trim 2° Trim 3° Trim 4° Trim Leste Oeste Norte
  • 68. Aproximadamente 56,70% da população rondoniense é constituída por pessoas que têm idade entre 0 e 19 anos. Adultos, com idade entre 20 e 59 anos somam 40% da população do Estado. Do total da população rondoniense, cerca de 3,30% é constituída por idosos, sendo que o número de idosos é proporcionalmente maior nos municípios com menos de 50.000 habitantes. De acordo com o censo de 2000, existem em Rondônia 72.062 pessoas com idade superior a 60 anos. A taxa de crescimento de pessoas da terceira idade é de 6% ao ano. Os maiores adensamentos populacionais de Rondônia aparecem nas áreas dos mais notáveis núcleos urbanos: Porto velho, Ji- Paraná, Cacoal, Ariquemes, Rolim de Moura, Vilhena, e Guajará- Mirim. Já os menores adensamentos encontram-se em regiões de população mais rarefeita, tais como os vales dos rios Abunã, Guaporé, Mamoré e porção norte do Estado.
  • 69. O Zoneamento Socio-Econômico-Ecológico (ZSEE) do Estado de Rondônia: O zoneamento ecológico- econômico (ZEE) de Rondônia foi o primeiro zoneamento estadual a ter parte de seu texto submetido à aprovação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Os estudos realizados apresentam importantes dados sobre a natureza, a economia e sobre as populações e sociedades residentes no estado, e deveriam ser usados para a proposição de políticas governamentais em relação a projetos de desenvolvimento, sustentabilidade e preservação ambiental.
  • 70. O zoneamento sócio-econômico-ecológico (ZSEE) surgiu em Rondônia em meados da década de 80, como uma estratégia para reverter os problemas sociais e ambientais causados pela expansão desordenada da fronteira agrícola e para subsidiar a elaboração do Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia PLANAFLORO. A primeira aproximação ocorreu entre 1986 e 1988, visando racionalizar a ocupação do espaço rural do território de Rondônia de forma a promover o desenvolvimento econômico evitando desequilíbrios ecológicos, preservando ecossistemas frágeis.
  • 71. O relatório final da 2ª versão do ZSEE, elaborado na escala 1:250.000, Os estudos realizados apresentam importantes dados sobre a natureza, a economia e sobre as populações e sociedades residentes no estado, e deveriam ser usados para a proposição de políticas governamentais em relação a projetos de desenvolvimento, sustentabilidade e preservação ambiental. A segunda aproximação teve como objetivo detalhar o conhecimento sobre os meios físicos, biológicos e socioeconômico, seus estudos foram realizados em 1996 e 1998 e concluídos 1999.
  • 72. Os estudos do ZSEE constituem-se em um instrumento técnico, e, ao mesmo tempo, político. Capazes de definir, com maior eficiência o que fazer e onde fazer em relação às propostas de desenvolvimento nos mais diversos setores. Esses estudos levaram à divisão do estado em três grandes zonas e suas respectivas subzonas. De forma resumida, as zonas e subzonas definidas são as seguintes: Zona 1 - áreas com potencial para consolidação, expansão e recuperação das atividades econômicas. Zona 2 - áreas de conservação dos recursos naturais passíveis de uso sob manejo sustentável. Zona 3 - áreas institucionais, constituídas pelas áreas protegidas de uso restrito e controlado, prevista em Lei e instituídas pela União, Estados e Municípios.
  • 73. Zona 1 - áreas com potencial para consolidação, expansão e recuperação das atividades econômicas. Subzona 1.1 - áreas com alto nível de ocupação humana e estabilidade ambiental, destinada à intensificação e consolidação das atividades agropecuárias, agroflorestais, florestais, agroindustriais, industriais e minerais, dentre outras. Subzona 1.2 - áreas com baixo e médio níveis de ocupação humana, e alto potencial natural, destinadas à expansão das mesmas atividades da subzona 1.1. A diferença é o nível de ocupação humana, sendo portanto áreas destinadas à expansão da atividade sócio- econômica. Subzona 1.3 - áreas de médio nível de ocupação humana, médio potencial natural, e baixo e médio grau de desmatamento e antropismo (atividade humana), destinadas ao desenvolvimento de atividades econômicas em geral, em áreas já antropizadas, sob manejo sustentável dos recursos naturais. Desmatamentos incrementais condicionam-se às potencialidades e fragilidades naturais, e ao uso pretendido da terra. Subzona 1.4 - áreas com baixo nível de ocupação, alta vulnerabilidade natural à erosão, e uma situação fundiária definida, destinadas ao desenvolvimento das atividades agropecuárias, agroflorestais, florestais, agroindustriais, dentre outras, mas já antropizadas, sob manejo sustentável dos recursos naturais.
  • 74. Zona 2 - áreas de conservação dos recursos naturais passíveis de uso sob manejo sustentável. Subzona 2.1 - áreas com baixo nível de ocupação, em ambientes com alta biodiversidade (flora e fauna), onde o uso dos recursos naturais se apresenta viável econômica e ecologicamente, quando desenvolvidos sistemas adequados de manejo dos recursos, sem a conversão da vegetação natural e sem promover expansão das áreas cultivadas. Subzona 2.2 - áreas com baixo nível de ocupação, alta biodiversidade e especificidade da fauna e flora, e bem localizadas quanto ao Corredor Ecológico Regional e às unidades de conservação existentes. São destinadas à conservação da natureza, em especial da biodiversidade, com potencial para atividades científicas e econômicas alternativas, como o ecoturismo.
  • 75. Zona 3 - áreas institucionais, constituídas pelas áreas protegidas de uso restrito e controlado, prevista em Lei e instituídas pela União, Estados e Municípios. Subzona 3.1 - áreas formadas pelas unidades de conservação de uso direto, tais como: florestas estaduais de rendimento sustentado, florestas nacionais, reservas extrativistas, etc., como estabelecidas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Subzona 3.2 - áreas formadas pelas unidades de conservação de uso indireto, tais como: estações ecológicas, parques e reservas biológicas, patrimônio espeleológico, reservas particulares do patrimônio natural e outras, como estabelecido no SNUC. Subzona 3.3 - áreas formadas pelas terras indígenas, parte do território nacional de uso limitado por lei.
  • 76. A economia do Estado de Rondônia está assentada em uma base agropecuarista, tendo se desenvolvido, principalmente a partir da década de 1970, a partir do grande movimento migratório que definiu a ocupação recente dos espaços em Rondônia. GEOGRAFIA ECONÔMICA: Até o início desse período o extrativismo vegetal e mineral tinha sido o principal gerador de riquezas e oportunidades. Contudo a agropecuária e a agroindústria passaram a dominar o cenário econômico de Rondônia e definiram as bases da ocupação territorial do Estado. O processo de industrialização de Rondônia desenvolve-se portanto a partir da ocupação agrícola e da exploração mineral, nascendo do aproveitamento das matérias-primas, entre as quais a cassiterita, e passando ao beneficiamento de produtos agropecuários.
  • 77. Atualmente o Estado de Rondônia é um grande produtor de gado leiteiro e de corte, grãos como o milho, arroz, feijão e soja, além de mandioca, café, frutas diversas e legumes. A produção mineral é marcada pela extração do ouro, cassiterita, diamantes e topázios. A madeira e as resinas são exploradas em todo o Estado. A pesca é outro elemento de destaque da economia estadual, abastecendo mercados regionais e evidenciando grandes possibilidades de conquistas de mercados de outras regiões e países.
  • 78. Dados da secretaria da Agricultura Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social de Rondônia, constantes em relatório de atividades referentes a 2005, revelaram um aumento do PIB de US$ 5.023 bilhões em 1999, para US$ 8 bilhões em 2005. O setor agropecuário foi um dos que mais cresceu a indústria teve um crescimento de 28,8% e a administração pública de 25%. Participação no PIB nacional: 0,6% (2004). Composição do PIB: agropec.: 15,3%; ind.: 30,6%; serv.: 54,1% (2004). PIB per capita: R$ 6.468 (2004). Export. (US$ 202,7 milhões): madeiras (83,6%), café em grão (8,7%), granito (3,2%), carnes congeladas (3,1%). Import. (US$ 21,7 milhões): geradores a diesel (82%), cevada e malte (11,2%) – (Dados de 2005). Fonte:(http://www.portalbrasil.net/estados_ro.htm )
  • 79. Recursos naturais: Rondônia possui uma imensa quantidade de recursos naturais que vão de minerais como o ouro, diamantes, topázios, cassiterita; passando por recursos vegetais como a borracha, resinas diversas, madeira, sementes ou, ainda, produtos animais como os pescados.
  • 80. Desde os exploradores que percorreram os rios locais em busca das drogas do sertão, até as modernas indústrias madeireiras, a atividade extrativista tem sido um elemento determinante da economia estadual. O ouro do Guaporé justificou projetos ousados por parte dos portugueses, tais como a construção do Real Forte Príncipe da Beira, enquanto a exploração da borracha explica a construção da ferrovia Madeira-Mamoré e das cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim. Por sua vez, a extração de madeira é um fator importante para entendermos alguns dos movimentos internos de parte da população do Estado, deslocando-se de uma área para outra em função das possibilidades de extração de madeira.
  • 81. A mineração: as terras que forma o Estado de Rondônia produzem ouro desde o período colonial. Durante as décadas de 1970 a 1990 os garimpos de ouro do rio Madeira e do rio Mamoré movimentaram grande quantidade de recursos, atraindo milhares de pessoas para a região e causando graves problemas ambientais a partir do uso inadequado do mercúrio na extração do metal precioso. Os principais garimpos de ouro foram: Abunã, Teotônio, Morrinhos, Caldeirão do Inferno, Arara, Chocolatal, todos em áreas do Madeira e do Mamoré. Os garimpos de terra firme foram menos expressivos do que os dos rios e dentre eles destacam-se: Serra Sem Calça, Serra do Top- Less, Vaga-lume e Nova Brasilândia.
  • 82. Além do ouro a cassiterita foi outro produto mineral de enorme importância na economia do Estado. Os primeiros garimpos de cassiterita foram abertos na metade dos anos 1950, quando se descobriu o mineral no vale do rio Machadinho. O grande afluxo de garimpeiros para a região fez com que a exploração se desenvolvesse e Rondônia passou a ser o maior produtor nacional. Em 1970, o Ministério das Minas e Energia proibiu o garimpo manual em Rondônia, abrindo caminho para a instalação de grandes mineradoras, tais como a Brascam, Paranapanema, Oriente Novo, Pattino e outras. Em 1986, um grupo de madeireiros descobriu no meio da selva uma mina de cassiterita, mais tarde batizada de Bom Futuro. Três anos depois, extraía-se de Bom Futuro 10% da produção mundial do minério, o que equivalia a 37% da produção brasileira. Os garimpos de cassiterita movimentaram grandes somas de riquezas em todo o Estado e promoveram, ainda um considerável dano ambiental e humano.
  • 83. Em 1994, o estado assumiu um papel de liderança na região Norte como um pólo agrícola e mostrou-se capaz de competir com outros estados produtores de gêneros agrícolas em todo o país. Rondônia tornou-se um dos maiores produtores brasileiros de cacau e o quinto de café do país. Desenvolveram-se também as culturas de milho, feijão, algodão, soja, arroz, mandioca e banana. AGRICULTURA Produto Produção em tonelada Participação nacional % Posição nacional Milho 114.863 1,13 12 Arroz 197.168 0,42 14 Feijão 34.191 1,04 15 Café 135.586 6,86 4 Mandioca 866,370 3,86 7 Cacau 17.855 --- 3 Banana 56.048 0,87 19 Soja 126.396 0,24 13 Fonte: (http://www.emater-rondonia.com.br/prod%20outros%20estados14.htm ) Dados de 2003.
  • 84. PECUÁRIA Rondônia possui um considerável rebanho bovino, calculado em mais de 11 milhões de cabeças segundo dados disponibilizados pela EMATER/RO(http://www.seapes.r o.gov.br/Imprensa/12_05/0712051 .htm ). A pecuária é praticada, predominantemente, de forma extensiva, necessitando de grandes áreas de pastagens que exigem, por sua vez, o continuo desmatamento da floresta para a ampliação da produção. Outros rebanhos importantes para a pecuária de Rondônia são: suíno, eqüino, ovino, caprino e a criação de aves para corte e postura.
  • 85. O cultivo de soja em Rondônia: Os primeiros registros de cultivo de soja em Rondônia datam de 1986, quando a produção foi de 3.050 tonelada e a área plantada foi de 1.700 hectares, com um rendimento de 1.794 kg de soja por hectare. Em 2004 a produção foi de 114.000 toneladas, colhidas em uma área de 38.000 hectares, com um rendimento de 2990 kg de soja por hectare. A soja é cultivada na região conhecida como Cone Sul de Rondônia em municípios como Colorado do Oeste, Cerejeiras e Vilhena.
  • 86. Destacam-se as indústrias frigoríficas e os lacticínios. Os laticínios estão presentes em todo o Estado e possuem pequeno ou médio porte. Maior produtor de leite do Norte e nono no país, o Estado registrou recorde de 673 milhões de litros de leite no ano passado – 68% da produção foi exportada. Já os frigoríficos concentram-se em Ariquemes, Jaru, Cacoal, Porto Velho, Rolim de Moura, Ji-Paraná, Vilhena e Pimenta Bueno. A indústria frigorífica produz tanto para o abastecimento estadual e regional quanto para a exportação.
  • 87. Derivada do setor madeireiro e aproveitando a abundancia de matéria prima das florestas nativas, a indústria moveleira desenvolveu-se em diversos municípios de Rondônia, tais como Rolim de Moura, Cacoal, Ariquemes, Porto Velho e Ji- Paraná. Foram criadas pequenas unidades industriais em todos os municípios. Todas, porém, enfrentaram dificuldades operacionais e de mercado. A fabricação de móveis de madeira maciça constituiu-se em uma das características dessa indústria. O setor moveleiro tem exercido importante papel na história do estado de Rondônia, sendo um dos principais pólos de atração da região, grande gerador de postos de trabalho e arrecadação de ICMS.
  • 88. Transportes: A mais importante rodovia federal de Rondônia é a BR 364, construída no governo do Presidente Juscelino Kubitschek, no início da década de 1960. A rodovia liga Cuiabá a Porto velho e Rio Branco e sua construção esteve a cargo da empreiteira Camargo Correia. Em 1966, o 5° Batalhão de Engenharia e Construção, 5° BEC, assumiu os serviços de manutenção das condições de tráfego na rodovia. A pavimentação asfáltica foi realizada pelo 5° BEC e diversas empreiteiras civis, tais como a Andrade Gutierrez. As obras de asfaltamento contaram com recursos do POLONOROESTE, através do Governo federal e do Banco Mundial e foram concluídas em 1984.
  • 89. Na década de 1980 foi aberta a rodovia BR 429 que liga o município de Presidente Médice ao município de Costa Marques, no Vale do Guaporé. Em sua extensão surgiram diversos outros municípios tais como Alvorada do Oeste, São Miguel do Guaporé, Seringueiras e São Francisco. Essa é uma área de intensa atividade madeireira e agropastoril. O processo de pavimentação asfáltica da rodovia, cuja construção foi das mais controvertidas da História recente do país, deve ser iniciado ainda em 2008.
  • 90. A BR 425 interliga os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré a Porto Velho. Sua construção e pavimentação esteve a cargo do 5° BEC, que a construiu para substituir a EFMM extinta em 1972, por ser considerada obsoleta. A BR 421 liga Guajará-Mirim a Ariquemes. A BR 319 liga Porto Velho a Manaus e sua construção e pavimentação ocorreram na década de 1970.
  • 91. Nomes das Rodovias Federais - Rondônia Rodovia Nome Oficial Nome Popular Trecho BR – 174 Vilhena – Div. com Mato Grosso BR – 317 Div. AM/AC / Assis Brasil BR – 319 Porto Velho / Manaus BR – 364 Div. AM/AC – Cruzeiro do Sul BR – 364 Cuiabá/Porto Velho Cuiabá/Porto Velho BR - 421 Ariquemes / Guajará Mirim BR - 425 Abunã / Guajará Mirim BR - 429 Presidente Médici / Costa Marques Fonte: (http://www.dnit.gov.br/menu/servicos/pnv/rf_22 )
  • 92. As rodovias estaduais mais importantes são: RO 399 - Vilhena - Cerejeiras; RO 464 – Jaru – Machadinho do Oeste; RO 133 - Jaru – Machadinho do Oeste; RO 010 - Pimenta Bueno – Rolim de Moura – Novo Horizonte – Urupá – Mirante da Serra; RO 481 – Nova Brasilândia - São Miguel do Guaporé
  • 93. Rondônia não possui ferrovias em atividade, mas a história do Estado está intimamente ligada à epopéia da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), construída entre os anos de 1907e 1912, a partir dos acordos firmados entre Brasil e Bolívia com a assinatura do Tratado de Petrópolis. A EFMM foi desativada em 1972, pelo Regime Militar que governou o país entre 1964 e 1985, através do 5° BEC.
  • 94. Transportes fluviais: A Sabe-se que navegadores espanhóis percorreram o Guaporé ainda no século XVI e que os colonizadores e exploradores portugueses navegaram pelos rios Madeira, Mamoré e Guaporé desde o século XVII. O rio Madeira é o principal rio navegável de Rondônia. Suas inúmeras cachoeiras e corredeiras inviabilizam a navegação a partir de Santo Antônio do Madeira, até Guajará-Mirim. Entretanto, ele é francamente navegável desde Porto velho até sua desembocadura no Amazonas. O Madeira possui um porto de passageiros e cargas na área do Cai N‟Água em Porto Velho, além de um porto graneleiro pra o embarque de soja, construído em 1997, com capacidade de armazenamento de 45.000 toneladas. Também são navegáveis os rios Guaporé e parte do rio Mamoré.
  • 95. As Hidrelétricas: A geração de energia elétrica sempre foi um problema para o Estado de Rondônia. Até a construção da Hidrelétrica de Samuel, o abastecimento era precária, inconstante e insuficiente. A Usina Hidrelétrica de Samuel foi construída durante a década de 1980 e a partir de 1989 entrou em funcionamento parcial, tendo sido posta em funcionamento total, somente em 1996. o funcionamento das seis turbinas de Samuel permitiu o fornecimento de energia elétrica aos municípios do interior do Estado através do “Linhão”. Sua capacidade máxima de produção é de 216 Mw.
  • 96. A construção das Usinas do Madeira faz parte de um grande projeto para o desenvolvimento. Santo Antônio terá capacidade de gerar 3,150 mil megawatts (MW) e o investimento previsto é de R$ 9,5 bilhões, em valores de 2006. O início das obras está previsto para dezembro de 2008. Estima-se que a primeira e segunda unidades geradoras, das 44 previstas, devam entrar em funcionamento em dezembro de 2012. A obra empregará até 20 mil trabalhadores diretos no seu momento auge. As turbinas utilizadas em Santo Antônio serão as maiores em potência nominal no mundo: cada uma terá capacidade de gerar 72 megawatts. Os estudos para a construção das usinas hidrelétricas começaram a ser realizados em 2001 por FURNAS Centrais Elétricas S/A. Um trabalho desenvolvido ao longo dos 260 km do rio Madeira, entre Porto Velho e Abunã, no estado de Rondônia. Juntas, Santo Antônio e Jirau vão gerar mais energia para todo o país.
  • 97. Os impactos socioambientais da construção das Hidrelétricas do rio Madeira: As pressões a favor das hidrelétricas são múltiplas e vão desde o próprio governo federal que tem se envolvido em embates com o IBAMA a fim de facilitar as autorizações, até a organização de movimentos na sociedade de Porto Velho exigindo o início imediato das obras. Porto Velho (RO) - Carreata reúne entidades e moradores a favor da construção de hidrelétricas no Rio Madeira. O Ibama avalia se as usinas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, polêmicas, têm viabilidade ambiental ou não
  • 98. O grande volume de recursos que irão ser empregados na construção das duas hidrelétricas são vistos pelos governantes locais, pelos segmentos empresariais e pela população em geral como redentores da economia local, estagnada desde a crise da mineração e o término das obras da Hidrelétrica de Samuel. Não há dúvida alguma sobre a enorme importância da construção das Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, entretanto, muitos estudiosos têm alertado para graves transtornos sociais e ambientais que poderão advir a partir do início das obras e que poderão trazer elevados custos de diversas ordens para a sociedade rondoniense e para o meio-ambiente amazônico.
  • 99. Dentre os principais impactos socioambientais levantados por ONGs, Ambientalistas e Cientistas diversos destacam-se: Alterações dos regimes geológico, hidrológico e biológico das áreas afetadas; Alteração dos microclimas locais; Perdas de espécies vegetais e animais; Deslocamentos de populações ribeirinhas e alteração dos padrões de vida de populações que permanecerão nas áreas contíguas á represas; Problemas de saúde pública, com a proliferação de insetos e doenças tropicais;
  • 100. Conflitos com populações residentes nas áreas de abrangência do empreendimento devido às questões de legalidade de sua ocupação das terras de moradia e trabalho; Inadequação ou inexistência de projetos para reassentamentos das populações afetadas; Perda do patrimônio histórico (complexo da EFMM); Perda do patrimônio arqueológico; Alterações dos sistemas de pesca e de agricultura locais.
  • 101. Por outro lado, o Consórcio que venceu o leilão para a construção das Usinas, as autoridades municipais e estaduais de Rondônia, segmentos empresariais e o próprio governo federal justificam a obra a partir de uma série de necessidades nacionais e de medidas para a mitigação ou solução de possíveis problemas socioambientais que elas possam causar. Dentre essas justificativas e medidas podemos citar: Necessidade de abastecimento de energia elétrica urgente em regiões onde se anuncia uma possível crise (apagão) do sistema energético brasileiro, notadamente a Região Sudeste; Necessidade de ampliação da oferta de energia elétrica para suprir a demanda exigida para a ampliação das atividades econômicas do país, permitindo assim, um crescimento duradouro da economia uma melhor distribuição de renda;
  • 102. Investimentos na infra-estrutura da cidade de Porto Velho, com construção de um sistema de esgotos e saneamentos, pavimentação de ruas e avenidas, ampliação da rede de saúde pública e de educação, através de recursos já liberados pelo PAC; Melhoria da qualidade de vida da população com uma maior oferta de empregos e serviços e reativação da economia regional, profundamente abalada desde a crise da mineração do ouro nos anos 1990 e o término das obras da Usina Hidrelétrica de Samuel.
  • 103. Desenvolvimento e sustentabilidade: será possível atingir essas metas? Diferente da idéia de crescimento - que sugere principalmente aumento em quantidade - a de desenvolvimento implica a mudança de qualidade e, também, aumento dos graus de complexidade, integração e coordenação de um sistema. Crescimento exige material e energia. Desenvolvimento produz e se alimenta de interações, informação. Não é por outra razão que podemos falar em crescimento populacional, mas dizemos desenvolvimento intelectual, cultural, político, social. Na economia de mercado, o desenvolvimento é um processo de base material, em permanente expansão. É interativo, gerador de interdependências, criativo, incerto, aberto. O desenvolvimento cultural, científico, tecnológico, das forças produtivas, esses, sim, seriam processos ilimitados.
  • 104. Ao crescimento econômico decorreria, natural e automaticamente, não só o desenvolvimento econômico propriamente dito, mas o da sociedade como um todo. Estas idéias são fortemente impactadas pela crise ecológica, ao revelar-se o esgotamento dos recursos naturais, uma limitada capacidade de suporte do meio aos resultados da intervenção humana e, por conseqüência, a necessidade de planejamento, inclusive de longo prazo. A noção de sustentabilidade está associada às de estabilidade, de permanência no tempo, de durabilidade.
  • 105. O Clima predominante de Rondônia é o Tropical, úmido e quente, durante todo o ano. Segundo a classificação de Köppen, o estado de Rondônia possui um clima do tipo Aw – Clima Tropical Chuvoso com médias térmicas superiores a 18° C. nos meses de inverno, além de uma estação seca bem definida que ocorre nos meses de maio a outubro. CLIMA O clima do Estado de Rondônia situa-se no contexto climático da região amazônica. A área abrangida pelo Estado de Rondônia não sofre grande influência de elevadas altitudes ou da maritimidade. O clima predominante na região Norte do Brasil e o equatorial. Rondônia esta situado na porção sul da região Norte do Brasil, portanto segundo o IBGE, o clima predominante e o equatorial. Assim, o clima do estado de Rondônia pode ser considerado de transição: Equatorial/ Tropical.
  • 106. CLIMA Clima predominante: Quente Úmido Evapotranspiração Queimadas e Desmatamentos Média anual da Temperatura do ar gira em torno de 24º e 26º C Média anual da umidade relativa do ar varia de 80 a 90% no verão e 75% no inverno Precipitação média anual de 1.400 a 2.500mm
  • 107.
  • 108.
  • 109. RELEVO O Relevo predominante do estado de Rondônia divide-se em : Planície : Planície Amazônica Planalto : Planalto Setentrional Brasileiro Depressões : Depressão do Solimões A maiores formações de relevo : Serra do Pakaas Novos e Chapada dos Parecis O Maior divisor de aguas: Serra do Pakaas Novos Ponto mais alto do estado : Pico do Tracua – Serra do Pakaas Novos
  • 110. PONTOS MAIS ALTOS DE RONDÔNIA Os pontos mais altos de Rondônia, ficam próximos, estão situados na região central do Estado, na Serra do Pacaas novos. O ponto mais alto do estado de Rondônia tem 1.126,0 metros ( o pico do tracoa – SA dos Pacaas Novos)
  • 111. O Planalto Brasileiro: Em Rondônia o Planalto Brasileiro é marcado por uma formação de terrenos muito antigos, do período pré-cambriano profundamente marcados pela ação dos agentes erosivos e por uma altitude que varia, em média de 100 a 500 metros em relação ao nível do mar, onde se percebe a formação de inselbergs, colinas com topo aplainados, pontões, morros isolados e esporões de cristas agudas. A superfície destes terrenos é, predominantemente aplainada e marcada por rochas sedimentares. A Encosta Setentrional do Planalto Brasileiro é limitada ao norte pela Planície Amazônica.
  • 112. As Chapadas dos Parecis e dos Pacaás Novos: Estas Chapadas integram o maciço central brasileiro e têm altitudes médias variando entre 300 e 1000 metros em relação ao nível do mar. Nesta área encontra-se o ponto mais elevado do Estado de Rondônia, que é o Pico do Tracuá com 1.126 metros de altura, situado na Chapada dos Pacaás Novos, no município de Campo Novo de Rondônia.
  • 113.
  • 114. O sistema hídrico do Estado de Rondônia é constituído por rios de grande, médio e pequeno porte, além de lagos ligados ou formados pelos rios locais. Os rios de Rondônia podem ser agrupados em sete bacias principais, todas pertencentes à grande bacia amazônica: bacia do rio Madeira, bacia do rio Ji- Paraná e Bacia do rio Mamoré, bacia do rio Guaporé, bacia do rio Roosevelt, bacia do rio Jamari e Bacia do rio Abunã. Com exceção dos rios Paraná-Pixuna (que é tributário do rio Purus) e do rio Iquê (que é subafluente do rio Tapajós), todos os rios de Rondônia convergem para o Madeira, direta ou indiretamente. HIDROGRAFIA
  • 115.
  • 116. Bacia do rio Madeira: É a mais importante bacia do Estado de Rondônia e compõe-se pelo rio Madeira e seus mais de 90 afluentes. Ocupa uma área total „de cerca de 1.244.500 km². Estende-se pelos estados do Amazonas, Acre, mato Grosso e a República da Bolívia. O rio Madeira é formado pela junção dos rios Mamoré e Beni, ambos originários da Cordilheira dos Andes. O rio Madeira percorre o estado de Rondônia no sentido sudoeste/norte e uma considerável parte do estado do Amazonas, desaguando no rio Amazonas, na região da ilha de Tupinambarana. Seu curso total é de cerca de 3.240 km, sendo o mais importante afluente da margem direita do Amazonas. Seu curso apresenta uma seqüência de quedas, cachoeiras e corredeiras entre seu ponto de origem e Porto Velho. A partir de Porto Velho, até sua confluência com o Amazonas é plenamente navegável. Sua largura varia demais de 400 metros a aproximadamente 9 km na foz, enquanto a profundidade é superior a 13 metros. Em Rondônia seus principais afluentes da margem direita são: Ribeirão, Araras, Taquara, Jaci-Paraná, Mutum-Paraná, Caracol, Jamari, Ji-Paraná. Na margem esquerda situam-se os rios: Abunã, Ferreiros, São Simão, Lourenço, Maracá e Igarapé Cuniã.
  • 117. Sua importância é histórica, e é a partir dele que se desencadearam todos os processos de colonização e ocupação dos espaços territoriais que hoje formam o Estado de Rondônia. Atualmente o Rio Madeira desponta como um novo pólo de atração de investimentos governamentais com os projetos de construção das Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. Seu regime é pluvial e os meses de cheia ocorrem de novembro a abril quando o débito atinge uma descarga de 40.000 m³ de água por segundo.
  • 118. Bacia do Mamoré: O rio Mamoré nasce na cordilheira Real, nos Andes bolivianos, próximo a Santa Cruz de La Sierra com a denominação de Grande La Plata. Seu curso é de cerca de 1.100 km. Após vencer os terrenos acidentados da altiplano, o rio Mamoré chega à planície do Guaporé, onde se torna navegável até abaixo da cidade de Guajará-Mirim, quando surge sua primeira cachoeira Guajará-Açu e as seguintes: Guajará-Mirim e Bananeiras. Em Vila Murtinho ocorre sua junção com o rio Beni, dando origem ao rio Madeira. Seus principais afluente em Rondônia, pela margem direita, são: Sotério, Pacaás Novos E Lages. Na margem esquerda: rio Yata.
  • 119. Bacia do Guaporé: O rio Guaporé nasce na Chapada dos Parecis em Mato Grosso a uma altitude de 1.800 metros em relação ao nível do mar. Seu curso abrange uma extensão de 1.716 km, dos quais 1.500 são navegáveis. Sua largura é variável de 150 a 700 metros e sua profundidade varia de 2 a 10 metros. Seus afluentes da margem direita ligam o vale do Guaporé ao centro do Estado de Rondônia, enquanto os da margem esquerda ligam a região ao Altiplano Andino. Seus principais afluentes pela margem direita são: rio Cabixi, rio Branco, rio Corumbiara, rio São Miguel, rio Colorado, rio Mequéns, rio Cautarinho, rio Cautário. Os da margem esquerda situam-se todos em terras da Bolívia.
  • 120.
  • 121.
  • 122. Bacia Ji-Paraná ou Machado: É formada pelo rio Ji-Paraná ou Machado e seus afluentes, constituindo-se em uma bacia tributária do rio Madeira. O rio Ji- Paraná é formado pelos rios Pimenta Bueno (Apidiá) e Comemoração de Floriano e corre no sentido sul-norte, nascendo no Planalto Central e percorrendo todo o centro do estado até desaguar no Madeira. Sua vazão máxima é de 4.000 m³ de água por segundo. Seus principais afluentes da margem direita são: Riachuelo, Jatugrande, Água Azul, São Paulo, Tarumã, São João. Na margem esquerda encontram-se seus maiores afluentes, dentre os quais destacam-se: Barão de Melgaço, Luiz de Albuquerque, Rolim de Moura, Ricardo Franco, Urupá, Jaru, Boa Vista, Machadinho, Ouro Preto e Juruá.
  • 123. Rio Jamari: 563Km de extensão e o maior lago artificial do estado O Rio Jamari é um rio da Bacia amazônica, é afluente do rio Madeira. O rio Jamari tem grande significado econômico para Rondônia por ter sido represado para a formação da primeira usina hidrelétrica do Estado, a Usina Hidrelétrica de Samuel.
  • 124. Rio Roosevelt: O rio Roosevelt é o unico rio brasileiro que nasce no estado de Rondônia que tem nome de uma personalidade americana. Em seu percurso, atravessa uma parte do Mato Grosso, entrando a seguir, no estado do Amazonas, onde torna-se um afluente do rio Madeira. Inicialmente chamava-se rio da Dúvida porque nas cartas náuticas constavam a existia um curso d'água interligando as nascentes do afluente Madeira do Rio Amazonas com a Bacia do Prata, no entanto, graças a uma expedição no início do século, seu verdadeiro curso foi conhecido e o rio foi rebatizado como rio Roosevelt. A visita implorativa do então ex-presidente americano Theodore Roosevelt ao Brasil chamada de Expedição Científica Rondon-Roosevelt, comandada pelo Marechal Cândido Rondon foi interessante para o Brasil porque, embora não existisse a hipotética passagem fluvial para o Prata descobriu-se que o espaço compreendido entre rios, era ainda uma região inexistente nos mapas brasileiros e segundo os calculos de Euclides da Cunha correspondia uma aérea equivalente ao estado do Rio Grande do Sul ou Maranhão ainda sem um Rei. Da expedição surgiu o livro Through the Brazilian Wilderness (Pelas Selvas Brasileiras, Ed. Capo Paperback), escrito em 1914 por Roosevelt.
  • 125. VEGETAÇÃO/FLORA: O Estado de Rondônia apresenta três biomas importantes: a floresta tropical, os cerrados e o pantanal. (Em ecologia chama-se bioma a uma comunidade biologica, ou seja, fauna e flora e suas interações entre si e com o ambiente fisico: solo, agua e ar.) Esses biomas se subdividem em oito tipos principais de vegetação. Quase 80% das terras são cobertas por formações florestais tropicais e equatoriais típicas da região amazônica, podendo ser assim divididas: Floresta ombrófila aberta Floresta ombrófila densa Floresta estacional semidecidual
  • 126. Floresta ombrófila aberta: Abrange mais de 50% da formação vegetal nativa do Estão. Aí ocorrem palmeiras, paxiúbas, seringueiras, breu, tauari e jacareúba. As florestas ombrófilas abertas subdividem-se em quatro tipos: - Florestas ombrófilas abertas aluviais: conhecidas como matas de igapó, são inundadas pelas cheias dos rios. - Florestas ombrófilas abertas de terras baixas: ocorrem em terrenos que não ultrapassam 100metros de altitude. - Florestas ombrófilas abertas submontanas: ocorrem em terrenos mais elevados, entre 100 e 600 metros de altitude. - Florestas ombrófilas abertas de bambus: ocorrem em manchas isoladas por todo o Estado.
  • 127. Floresta ombrófila densa: ocupam 4% da área total do Estado de Rondônia. O sub-bosque é mais limpo e o dossel da floresta é mais denso. As árvores ultrapassam os 45 metros de altura. Entre as espécies encontradas citam-se o angelim, maçaranduba, castanheira, ipê, copaíba, ucuúba. Esta floresta subdivide-se em três tipos: - Floresta ombrófila densa aluvial: ocorre em áreas de inundações. - Floresta ombrófila densa de terras baixas: apresenta características de florestas de terras baixas e ocorrem em altitudes pouco superiores a 100 metros. - Floresta ombrófila densa submontana: como a floresta ombrófila aberta subomntana ocupa altitudes que variam de 100 a 600 metros.
  • 128. Floresta estacional semidecidual: Ocupa 2% da área do Estado e ocorre em áreas de pouca retenção de água. As árvores podem apresentar perdas de folhas na estação seca (sub-caducifolia ou semidecidual). Esta formação vegetal subdivide-se em três tipos: - Floresta estacional semidecidual aluvial. - Floresta estacional semidecidual montana. - Floresta estacional semidecidual submontana.