2. SOCIOLOGIA APLICADA A ADMINISTRAÇÃO
Aula 2: O Individuo e as organizações, frente aos novos modelos de gestão.
Objetivos da disciplina:
Compreender as Organizações, os sistemas e as redes que o ser humano constrói.
Desenvolver as competências para o alcance das metas das organizações.
Aprimorar a relação com os cidadãos.
Conhecer os tipos de liderança e como a liderança impacta diretamente a motivação de uma
equipe.
3. A SOCIOLOGIA E O SEU OBJETO DE ESTUDO
Necessidades: Incompleto, o homem procura em seus semelhantes e na própria natureza um meio de
satisfazer e de suprir suas necessidades.
Sociedade: um agrupamento de homens cujos modos de ser, de sentir, de pensar e de reagir refletem formas
relativamente homogêneas de viver.
Sociologia: ciência das relações e fatos produzidos pelo homem em sociedade. Ciência do Social:
Observar – Explicar – Intervir (A. Comte).
Relações de Produção, luta de classes, contradições e conflitos (K. Marx)
Os fatos sociais modelam o indivíduo (E. Durkheim).
Compreender a ação social do indivíduo (M. Weber).
4. ORGANIZAÇÕES
• Compreender que a organização, em seus constitutivos e na sua
forma de ser, influencia grandemente o comportamento das pessoas
que nela trabalham; e
• Entender que as pessoas, ainda que influenciadas em seu
comportamento pela organização, também podem, por sua capacidade
de ação, modificar a própria organização.
5. CONHECENDO UMA ORGANIZAÇÃO
A vida em sociedade estabelece diversas funções, ordenadamente executadas
para a sobrevivência do grupo e a satisfação das necessidades. Surgem as Organi
zações.
Na sociedade organizada, a divisão de tarefas permite a ampliação das capacidades
do grupo e da intervenção do homem sobre a natureza.
Vida nas Organizações
Na sociedade moderna, as organizações assumiram uma importância sem precedentes e cada
disponibilidade que a vida moderna oferece de suprir necessidades está, de um modo ou de outro,
vinculada a uma organização
6. CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO
Organizações:
- Conjunto de pessoas e grupos;
- Objetivos próprios;
- Interesses e valores comuns;
- Formas próprias de relacionamento;
- Coordenação e hierarquia definidas;
- Espaço de atuação delimitado;
- Relativa continuidade no tempo.
Organização é uma unidade social artificialmente criada e estruturada, continuamente alterada
para se manter no tempo, e com a função de atingir resultados específicos que são a satisfação
das necessidades de clientes existentes na sociedade e, também, a de seus participantes.
7. FORMALIDADE, A FORÇA DA ORGANIZAÇÃO.
Formalidade, a força da Organização.
As formas e os modelos de relacionamento entre todos os membros, os interesse e os valores
preservados, as regras e as políticas de procedimentos, os campos e os limites de atuação, definidos e
presentes na Organização.
Definições claras sobre os papéis de cada membro, propostas de modo expresso a todos.
Comportamento previamente definido.
Relações impessoais, de cargos e funções.
Informalidade, a força do indivíduo.
Características da Organização impressas na mente (internalizadas).
Oportunidade de expressão das individualidades e sentimentos pessoais.
Um conjunto de relações e/ou de interações vão surgindo de modo natural e espontâneo entre os
membros e que não estão previstas e/ou formalmente definidas.
Desafio: Conciliar Formalidade e Informalidade.
8. A LIDERANÇA E SEUS CONCEITOS
Existem centenas de definições sobre Liderança, principalmente pela complexidade dessas definições por parte
dos autores.
Yukl (1998) define a Liderança como “o processo de influenciar as atividades de um grupo organizado em
direção à realização de um objetivo”.
Mais objetivamente, Montana e Charnov (2000) dizem que “A liderança é um processo pelo qual um indivíduo
influência outros, a realizar os resultados desejados”.
Chiavenato (1999), segue a mesma linha da definição anterior, afirmando que a “Liderança é uma influência
pessoal, exercida em uma situação e dirigida através do processo de comunicação, para se alcançar um
objetivo específico ou objetivos”.
Hunter (2004, pág. 25) segue a linha que a liderança é uma competência e diz que a liderança é a habilidade
de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como
sendo para o bem comum.
Conforme as definições entendemos que independente do conceito atribuído, o resultado que se espera da
liderança, vem de acordo com o impacto exercido sobre os liderados, porém este impacto pode ter resultados
diferentes conforme o estilo de liderança adotado com o grupo subordinado.
9. ESTILOS DE LIDERANÇA E QUAL É O MAIS RECOMENDADO PARA CADA SITUAÇÃO
Segundo Chiavenato, a abordagem dos estilos de liderança se
refere àquilo que o líder faz, seu estilo de comportamento para
liderar.
No mundo administrativo, são perceptíveis três estilos de liderança:
Autocrática: quando o líder centraliza em si as decisões;
Liberal (laissez-faire ): quando o líder interfere pouco, deixando o poder de decisão a cada indivíduo;
Democrática: quando o líder organiza os liderados de forma que as decisões sejam feitas em conjunto.
10. DEFINIÇÃO DOS TRÊS ESTILOS DE LIERANÇAS SEGUNDO ARAÚJO (2006)
Autoritário ou autocrático: o nível de intervenção do líder é alto, neste caso, o líder toma
as decisões sem consultar o grupo, fixa as tarefas de cada um e determina o modo de
concretizá-las.
Democrático: Nível médio de intervenção do líder, este estilo também é chamado de estilo
participativo, pelo fato de o líder compartilhar com os empregados sua responsabilidade de
liderança, envolvendo-os no processo de tomada de decisão. Assim, o grupo participa na
discussão da programação do trabalho, na divisão das tarefas e as decisões são tomadas a
partir das discussões do grupo.
Laissez-Faire ou Liberal: De intervenção quase nula, neste estilo, o líder funciona como
elemento do grupo e só acaba intervindo se for solicitado. É o grupo que levanta os
problemas, discute as soluções e decide. O líder não interfere na divisão de tarefas,
limitando-se a sua atividade, a fornecer informações, se a sua intervenção for requerida.
12. COMO A LIDERANÇA IMPACTA DIRETAMENTE A MOTIVAÇÃO DE UMA
EQUIPE
Liderança e motivação de equipes são aspectos que dependem de fatores subjetivos e
da presença de pessoas que exerçam influência. O autor Idalberto Chiavenato define
essa influência como a capacidade de mobilizar as características de seus funcionários
de forma a alcançar determinados objetivos.
13. ENTENDENDO A RELAÇÃO ENTRE LIDERANÇA E MOTIVAÇÃO DE
EQUIPES
Liderar é interpretado no contexto empresarial/corporativo como a capacidade de um profissional tirar
das pessoas o melhor rendimento que elas podem apresentar.
Essa performance considerada ideal só poderia ser alcançada pela motivação que um líder é capaz de
injetar nas pessoas sob seu comando.
No entanto, a experiência mostra que liderar é muito mais do que ser um motivador.
Por exemplo, o pesquisador Paul Hersey concluiu em seus estudos que ambientes de trabalho
produtivos apresentam três elementos em harmonia: as atividades, as interações e os
sentimentos.
14. COLOCANDO EM PRÁTICA AS TEORIAS SOBRE LIDERANÇA
Existem diversas teorias que fornecem subsídios úteis para que a liderança seja positiva. Muitas
vezes, funcionários que apresentam rendimento abaixo do que se espera só precisam de alguém que
remova um obstáculo às suas atividades. Na forma de recomendações aos líderes, as principais teorias
gerenciais são:
Teoria do Condicionamento Operante de Skinner
Teoria da Fixação de Metas de Locke
Teoria da Expectativa de Vroom
15. OS REQUISITOS PARA A FORMAÇÃO DA CULTURA ORGANIZACIONAL:
criar condições para que as pessoas satisfaçam suas necessidades de relacionamentos;
formar a identidade dos indivíduos e grupos;
favorecer a motivação para a busca dos melhores resultados das atividades, que garantam a
continuidade da empresa;
oferecer condições de desenvolvimento das potencialidades e aperfeiçoamento de deficiências,
individuais e de grupos;
oferecer oportunidades de participação nas decisões em níveis adequados;
garantir o envolvimento das pessoas com a missão das áreas com vistas à missão da empresa.
16. MODELO DE GESTÃO
processo de gestão com clara definição de modelo e forma de implementação do mesmo;
processo de gestão que permita a identificação da situação objetivada, bem como das melhores
alternativas para alcançá-la;
descrição dos níveis de autoridade, responsabilidade e função;
processo decisório estabelecido, com modelo de decisão coerente com a lógica dos empreendimentos
econômicos;
estilo, postura e papel dos envolvidos na gestão da empresa claramente identificados;
meios adequados de comunicação com os proprietários objetivamente estabelecidos.