3. O ato de respirar mantém um padrão regular e
ininterrupto, varia de 12 a 20 respirações por minuto,
no adulto. É essencial para a vida, pois é responsável
pela absorção de oxigênio pelas células e a
eliminação do gás carbônico pelos pulmões.
SINAIS VITAIS
4. Definição: incapacidade do sistema respiratório em
fornecer oxigênio necessário para manter o
metabolismo, ou quando não consegue eliminar a
quantidade suficiente de dióxido de carbono.
5. Existe dois tipos principais de insuficiência respiratória:
Insuficiência respiratória aguda: surge
repentinamente devido a obstrução das vias
respiratórias, acidentes de trânsito, abuso de
drogas ou AVC, por exemplo;
Insuficiência respiratória crônica: surge ao longo
do tempo devido a outras doenças crônicas, como
DPOC, impedindo a realização de atividades
diárias, como subir escadas, sem sentir falta de ar.
6. Causa - Qualquer doença ou condição que afete direta ou
indiretamente o pulmão pode causar insuficiência respiratória:
Distrofia muscular ou outras alterações que afetem os
nervos dos músculos respiratórios;
Doenças pulmonares, como DPOC, asma, pneumonia ou
embolia;
Inalação de fumaça ou outros agentes irritantes.
Problemas cardíacos, como a insuficiência cardíaca.
Distúrbios do sistema nervoso (overdose de drogas ilícitas,
lesões cerebrais);
Anestesia e procedimentos cirúrgicos (destacando-se o
pós-operatório imediato).
7. Diagnóstico: feita pelo clínico geral ou pneumologista, ou
cardiologista quando surge como consequência de
alguma alteração cardíaca.
Avaliação dos sintomas;
Histórico clínico da pessoa;
Monitorização dos seus sinais vitais;
Exames de sangue, como a gasometria, para avaliar as
quantidades de oxigênio e dióxido de carbono;
Quando não existe uma causa aparente para o
surgimento da insuficiência, o médico pode pedir um
raio X do tórax para identificar se existe algum
problema pulmonar que possa estar causando a
alteração.
8. Sinais e sintomas:
Dispnéia (falta de ar);
Taquipnéia (Respiração rápida);
Cianose (Pele, lábios e unhas de coloração azulada);
Cefaléia (dor de cabeça);
Taquicardia (batimentos acelerados);
Arritmia cardíaca (Batimentos cardíacos irregulares)
Ansiedade, inquietação e confusão mental;
Cansaço excessivo e sonolência;
crepitações, sibilos (exame ausculta pulmonar com
esteto – enfermeiro ou médico);
Hipoxemia (baixo nível de oxigênio no sangue).
9. O tratamento:
Aguda: Estabilizar o paciente, oferecendo oxigênio por
máscara e monitorizando seus sinais vitais, e
dependendo da causa dos sintomas, iniciar um
tratamento mais específico.
Crônica: feito diariamente com remédios para tratar o
problema de base, que pode ser DPOC por exemplo, e
evitar o surgimento de sintomas, como falta de ar
intensa, que coloquem em perigo a vida do paciente
10. Assistência de enfermagem:
Monitoramento da função respiratória: através do controle dos sinais
vitais, avaliação da coloração e temperatura da pele e mucosa e
do nível de consciência;
Oxigenoterapia: colocar à disposição os materiais para instituir a
ventilação mecânica que poderá ocorrer por exaustão respiratória
e/ou alterações metabólicas (desequilíbrio dos níveis de
oxigênio/dióxido de carbono);
Alívio da ansiedade e medo: fazer companhia, proporcionando
segurança e conforto;
Umidificação e fluidificação de secreções: promover a fluidificação
e limpeza das vias aéreas, utilizando técnicas assépticas;
Mudança de decúbito: promover a mudança de decúbito em
intervalos regulares, atentando para conforto físico;
Aspiração de secreção de vias aéreas.
11. Aspirando secreção das vias aéreas :
Objetivo: A aspiração de secreções das vias aéreas superiores e
inferiores, através da aplicação de sucção no trato respiratório,
visa manter a permeabilidade das vias aéreas, promovendo a
eficiente troca de oxigênio e prevenindo a infecção decorrente
do acúmulo de secreção.
12. Aspirando secreção das vias aéreas :
Esse procedimento é realizado apenas quando a pessoa não
consegue, por si só, eliminar as secreções. Por se tratar de técnica
traumatizante, deve-se, antes de sua aplicação, tentar a eliminação
espontânea da secreção, solicitando ao cliente que respire
profundamente e estimule a tosse. Caso isso não apresente resultado
positivo, deve-se proceder à aspiração das vias aéreas.
A tapotagem é um método de percussão
que consiste na aplicação rítmica das duas
mãos em forma de concha no tórax. A
técnica ajuda no deslocamento das
secreções aderidas na parede brônquica e
deve ser aplicada entre três e dez minutos.
13. Aspirando secreção das vias aéreas :
Separar o material e orientar o cliente acerca da necessidade e
importância do procedimento, solicitando-lhe que colabore na
medida do possível. A remoção da secreção pode ser realizada
através do nariz, cavidade oral e/ou endotraqueal.
Materiais:
Aspirador a vácuo (de parede) ou portátil,
Sonda de aspiração de calibre adequado, intermediário de
látex.
Recipiente de coleta de secreção,
Luvas e gazes estéreis,
Solução salina estéril,
Lubrificante gel,
Máscara e óculos de proteção
14. Aspirando secreção das vias aéreas :
No tocante à aspiração nasal, oral e endotraqueal, alguns
aspectos devem ser lembrados, tais como:
Nunca aspirar por um período superior a 15 segundos
(se houver a necessidade de repetir a aspiração, o
cliente deve receber oxigênio anteriormente);
Utilizar a sonda de aspiração uma única vez,
desprezando-a ao término do procedimento;
Após cada aspiração, realizar a limpeza do recipiente
de coleta de secreção, desprezando seu conteúdo e
lavando-o em água corrente;
Trocar o recipiente de coleta de secreção e do
intermediário de látex a cada 24 horas - sempre
lembrando de registrar a data e hora da próxima troca.
15. Aspirando secreção das vias aéreas :
Atenção: A aspiração deve obedecer à seqüência -
nasal e oral - que deve ser rigorosamente respeitada,
pois, se a aspiração da cavidade oral for realizada
antes da nasal, isso provocará uma infecção
pulmonar, por causa da flora bacteriana da boca.
Devido a aspectos anatômicos, a aspiração através
das narinas facilita o acesso à traquéia.
16. Aspirando secreção das vias aéreas :
Na aspiração de traqueostomia ou cânula
endotraqueal o número da sonda de aspiração
adequado, evita traumatismo ao cliente.
A oxigenação, sempre que necessário, deve ser
assegurada, através da utilização de máscara de
ressuscitação manual (ambú).
Durante o procedimento, verificar possíveis alterações
clínicas decorrentes da hipoventilação, como cianose
de extremidades, diminuição da saturação de oxigênio
(que pode ser monitorada com a utilização do oxímetro
de pulso), alteração do nível de consciência,
sangramento ou arritmia cardíaca.
17. Aspirando secreção das vias aéreas :
Esse procedimento deve ser realizado com rigorosa
técnica asséptica.
Procure tranquilizar o cliente durante todo o
procedimento, para minimizar a ansiedade e
promover o seu relaxamento - o que diminui a
demanda de oxigênio.
Após cada procedimento, o ambiente deve ser
mantido organizado e registrado, em prontuário, o
aspecto, coloração, odor e quantidade da
secreção aspirada.
18. Uso do sistema fechado de aspiração na
Covid 19
O Trach Care é protegido por uma bainha
plástica, o que traz uma maior segurança
na assistência de pacientes confirmados ou
com suspeita de Covid-19. O sistema não
desconecta o paciente do ventilador e pode
ser utilizado outras vezes no período de 05
dias, reduzindo o risco de contaminação.
19. Atividades:
1. Defina insuficiência respiratória.
2. Quais os sinais e sintomas?
3. Qual assistência de enfermagem para a
insuficiência respiratória?
4. Quais os benefícios da aspiração de vias
aéreas para o paciente?
5. O que é tapotagem?
6. Qual a importância da sequência nasal e
depois oral, na aspiração de vias aéreas?
20. Referencias:
• Silva, KDG. Sistema de Classificação de Pacientes em uma Unidade de Clínicas
Médicas de um Hospital Público do Distrito Federal. Trabalho de conclusão de
curso Brasília 2013.
• Maria HBC, Sandro RGS, Manual de Procedimentos do Enfermeiro. Hospital
Regional de Taguatinga. Brasília 2012.
• Rothrock JC, Meeker MH. Alexander: Meeker MH, Rothrock JC Alexander:
cuidados de enfermagem ao paciente clinico. 10ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 1997. p. 3-17
• Brasil. DECRETO No 94.406, DE 8 DE JUNHO DE 1987. dispõe sobre o exercício da
enfermagem, e dá Com. Ciências Saúde. 2017; 28(3/4):419-428 427 Demanda
do enfermeiro na clínica médica de um hospital público do Distrito Federal
outras providências. [online]. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/ D94406.htm