2. “Antes mesmos de iniciar os
estágios, é interessante
conhecer a estrutura e
funcionamento do Centro
Cirúrgico, do contrário, a falta
de conhecimento do setor
pode trazer a mesma sensação
de um acompanhante leigo
que assiste uma cirurgia
cesariana, por exemplo.
Quanto mais você se
aprofunda no conhecimento
do setor, maior será o
aproveitamento dos estágios.”
4. Tempos Cirúrgicos
Períodos Operatórios
Avaliação De Enfermagem Pré-Operatória
Rotina De Enfermagem Em Centro Cirúrgico
Composição Da Sala De Cirurgia
Preparo Da Sala De Cirurgia
Atuação De Enfermagem Em Cirurgias
Admissão Do Paciente No Cc- Pré-Operatório
Cuidados No Trans-Operatório
Preparo Do Paciente Após O Ato Cirúrgico
Admissão Da Paciente Na Rec
Alta Da Paciente Da Rec
Limpeza Concorrente Da Sala De Cirurgia
Limpeza Da Sala Após Cirurgia Limpa
5.
6. O centro cirúrgico é um setor considerado crítico. A
equipe de enfermagem é de extrema importância
para o funcionamento adequado, eficiente e
humanizado do setor.
7. TEMPOS CIRÚRGICOS
Diérese: Separação dos planos a fim de alcançar
um órgão. Pode ser mecânica (ex: bisturi), térmica
(bisturi elétrico), crioterápica (resfriamento).
Hemostasia: Controlar ou prevenir sangramento.
Exérese: Cirurgia propriamente dita.
Síntese: Junção dos tecidos (sutura).
9. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM PRÉ-OPERATÓRIA
Identificar déficits nutricional e volêmicos. Ex: sinais de
anemia, hipo ou hipervitaminose, obesidade, desnutrição,
cicatrização.
Avaliar dentição, atentando-se à presença de próteses e ao
registro das mesmas.
Avaliar estado respiratório, ensinar exercícios respiratórios e
tosse estimulada a fim de minimizar riscos no pós-operatório.
Avaliar sistema cardiovascular, com foco na pressão arterial
e uso de marcapasso.
Avaliar Função renal/hepática: Avaliar sinais de doença
hepática (icterícia, hepatomegalia) e anotar história pessoal
sobre nefrite aguda, insuficiência renal aguda com oligúria ou
anúria
10. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM PRÉ-OPERATÓRIA
Função endócrina: Registrar histórico de diabetes, realizar
controle glicêmico, questionar acerca do uso de
corticosteroides e distúrbios tireóideos não controlados.
Função imune: Questionar acerca de alergias de qualquer
etiologia, imunossupressão ou imunodepressão.
Obter histórico de medicamentos em uso, estado psicossocial
do cliente, bem como crenças e valores que possam interferir
no processo cirúrgico, explicando acerca de todo o
procedimento e possíveis complicações e registrando por
escrito, com assinatura do cliente, impedimento para
determinado procedimento (ex: transfusão sanguínea).
11. ROTINA DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO
Receber plantão no setor.
Verificar limpeza e desinfecção do setor.
Checar se há cirurgias agendadas.
Checar e solicitar material, conforme necessário.
Checar equipamentos do setor.
Checar carrinho de emergência.
Conferir data de validade da esterilização dos materiais a
serem utilizados.
Organizar sala para cirurgia.
Preencher livro de plantão com todos os procedimentos e
ocorrências do setor.
Registrar em formulário próprio todos os materiais utilizados
em cirurgia.
Entregar plantão com setor limpo e organizado.
13. COMPOSIÇÃO DA SALA DE CIRURGIA
Foco Cirúrgico Central;
Mesa cirúrgica;
Mesas auxiliares para instrumentação e pacotes
esterilizados;
Carro de anestesia;
Bisturi elétrico;
Mesa auxiliar para anestesia e medicamentos;
14. COMPOSIÇÃO DA SALA DE CIRURGIA
Suporte de hamper;
Monitor cardíaco;
Oxímetro de pulso;
Aparelho de P.A. não invasivo;
Suportes para soro;
Luz de emergência;
Fonte de calor radiante para recém-nascido;
Balança digital; Baldes para descarte de resíduos;
Braçadeiras; Suportes acolchoados para pernas;
15. COMPOSIÇÃO DA SALA DE CIRURGIA
Frascos aspiradores de secreções a vácuo;
Régua antropométrica;
Estetoscópios para adulto e recém-nascido;
Material de intubação para adulto e recém-
nascido;
Escadinha de dois degraus;
Ressuscitador manual (ambu) para adulto e recém-
nascido; Negatoscópio; Focos auxiliares; Banquetas
giratórias; Fita métrica; Umidificador de O2;
16. MONTAGEM DA SALA DE CIRURGIA
Realizar a limpeza preparatória antes da primeira
cirurgia do dia;
Ler o pedido de cirurgia, certificando-se do tipo de
cirurgia, idade da paciente, aparelhos e solicitações
especiais;
Verificar as condições de limpeza da sala antes de
montá-las;
Testar o funcionamento dos aparelhos, tais como:
aspiradores, bisturi elétrico, mesa cirúrgica, focos e
todos que houver necessidade; Revisar o carro de
anestesia;
17. MONTAGEM DA SALA DE CIRURGIA
Revisar e repor quando necessário, os materiais
descartáveis;
Checar os lavabos e repor material para
degermação das mãos da equipe cirúrgica;
Repor os pacotes de aventais e campos
esterilizados, caixas de instrumentais e outros
materiais específicos para a cirurgia ou parto a ser
realizado.
18. ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM EM CIRURGIAS
Receber o cronograma e disponibilizar conforme rotina;
Providenciar os materiais específicos solicitados para as
cirurgias;
Providenciar a sala de cirurgia e o circulante de sala;
Priorizar atendimento de cirurgias de urgência ou
emergência, agendando a seguir as eletivas, conforme
julgamento da equipe cirúrgica;
Anotar no relatório de enfermagem as cirurgias
suspensas e o motivo da suspensão;
Receber o paciente identificando-se;
Conferir o nome do paciente com o mesmo e no
prontuário;
19. ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM EM CIRURGIAS
Verificar se o prontuário está completo;
Orientar o paciente quanto aos procedimentos
cirúrgico e anestésico;
Observar as condições gerais do paciente;
Checar o preparo pré-operatório;
Providenciar o encaminhamento do paciente para
a sala de cirurgia.
Proceder à lista de verificação de segurança
cirúrgica:
20.
21.
22.
23.
24. ADMISSÃO DO PACIENTE NO CC- PRÉ-OPERATÓRIO
Receber o paciente.
Apresentar-se, identificar o paciente e tranquilizá-lo.
Conferir se foram retirados próteses dentária e objetos
pessoais;
Admitir o paciente no sistema.
Conferir o prontuário do paciente (nome, tipo de
cirurgia, todos os exames anexos);
Conferir o preparo pré-cirúrgico, quando solicitado pelo
médico;
Encaminhar o paciente à sala de cirurgia, esclarecendo
qualquer dúvida;
Transferir o paciente para a mesa cirúrgica de forma
segura;
25. ADMISSÃO DO PACIENTE NO CC- PRÉ-OPERATÓRIO
Reposicionar as sondas, drenos e soros com o devido
cuidado para a mesa cirúrgica sem tracioná-los, verificando
sua permeabilidade;
Permanecer junto ao paciente até a chegada da equipe
anestésica e cirúrgica;
Verificar sinais vitais;
Monitorizar o paciente;
Puncionar acesso venoso periférico calibroso (jelco 18 ou 16)
de acordo com orientação médica (se o paciente já não a
tiver);
Auxiliar a paciente no posicionamento para anestesia;
Auxiliar na monitorização e indução anestésica;
Posicionar a paciente de acordo com a cirurgia;
Adaptar a placa universal de bisturi elétrico;
26. ADMISSÃO DO PACIENTE NO CC- PRÉ-OPERATÓRIO
Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica;
Abrir os materiais estéreis, obedecendo aos
princípios de técnica asséptica;
Abrir os pacotes de compressas cirúrgicas;
Realizar a degermação do campo operatório,
conforme rotina da instituição;
Aproximar da mesa cirúrgica: aparelhos, hamper e
aspiradores;
Conectar fios elétricos e aspiradores;
27. CUIDADOS NO TRANS-OPERATÓRIO
Verificar sinais vitais, estando atento para sinais de
complicações (vômitos, broncoaspiração, choque,
hipotermia, hipertermia maligna);
Permanecer dentro da sala de cirurgia;
Oferecer material solicitado pelo cirurgião;
Ligar e posicionar foco central para o campo
operatório;
Oferecer material (antisséptico clorexidine ou
polvidine) para a realização da antissepsia da pele
pela equipe cirúrgica;
28. CUIDADOS NO TRANS-OPERATÓRIO
Permanecer dentro da sala de cirurgia/parto durante todo o ato
operatório;
Manter porta da sala de operação fechada;
Realizar a limpeza operatória quando necessária;
Lavar as mãos antes e após a realização de procedimentos;
Receber e encaminhar as peças e exames para laboratórios,
segundo rotina;
Retirar campos cirúrgicos e pinças que estão sobre o paciente;
Contar instrumental e conferir de acordo com a filipeta que está
aderida na parte externa da caixa;
Desligar e afastar os aparelhos retirando a placa universal do
bisturi elétrico;
Cobrir o paciente e transferi-lo da mesa para a maca;
Providenciar encaminhamento da paciente para a REC,
juntamente com seu prontuário;
29. CUIDADOS NO TRANS-OPERATÓRIO
Preencher o impresso de gasto de sala;
Anotar nos livros os procedimentos cirúrgicos;
Registrar no livro próprio a cirurgia, o anestesista, o
cirurgião, auxiliar e o nome do paciente;
Registrar o uso de oxigênio, em livro próprio caso
seja usado;
Checar as compressas, pesá-las quando
necessário e contar.
Realizar desinfecção** de superfícies e
reorganização do setor.
31. PREPARO DO PACIENTE APÓS O ATO CIRÚRGICO
Retirar os campos molhados e sujos do paciente e
trocá-los por traçados e oleados secos e limpos;
Encaminhar o paciente à sala de recuperação
anestésica.
Proporcionar conforto ao paciente dentro da
rotina do setor e permanecer ao lado do mesmo o
maior tempo possível.
32. PREPARO DO PACIENTE APÓS O ATO CIRÚRGICO
O paciente só será liberado da sala de
recuperação anestésica para a enfermaria ou
apartamento, somente mediante autorização do
anestesista.
Verificar sinais vitais;
Ficar atento aos sinais de hemorragia;
Manter o paciente aquecido;
Administrar medicação caso seja necessário;
Após liberação do anestesista, solicitar no setor de
internação a remoção do paciente;
33. ADMISSÃO DA PACIENTE NA REC
Conferir a identificação da paciente com o prontuário;
Registrar no sistema de informação HOSPUB e no livro
de registro de paciente; Monitorar os sinais vitais:
saturação de O2;
Instalar nebulização S/N;
Avaliar nível de consciência e dor;
Manter a paciente aquecida;
Verificar o posicionamento de drenos, sondas,
cateteres;
Atentar para os sinais de sangramento, perfusão
periférica e aspecto do curativo cirúrgico;
Manter a paciente em posição confortável no leito,
acolchoando zonas de pressão e proeminências ósseas;
34. ADMISSÃO DA PACIENTE NA REC
Manter grades laterais elevadas;
Garantir a privacidade da paciente;
Manter a cabeça da paciente lateralizada e em
decúbito dorsal elevado caso tenha feito uso de
anestesia geral;
Observar e comunicar ao médico a presença globo
vesical;
Anotar débitos de drenos e sondas. No caso da diurese,
controlar volume e sua coloração;
Observar e registrar a presença de infiltrações e flebites.
Toda a infusão venosa deve ser datada e rubricada.
Medicar, conforme prescrição médica, se dor e/ou
vômito e anotar de acordo com item prescrito;
35. ADMISSÃO DA PACIENTE NA REC
Trocar de roupa de cama;
Auxiliar na deambulação;
Realizar banho de leito, quando necessário;
Auxiliar na alimentação;
Coletar e encaminhar os exames solicitados.
36. ALTA DA PACIENTE DA REC
Avaliar Paciente conforme
Escala de Aldrete
(Alta se pontuação for igual ou maior a 8):
37.
38. ALTA DA PACIENTE DA REC
Observar a saturação de oxigênio, manutenção
hemodinâmica, manutenção da temperatura
corporal, ausência de vômitos, hidratação,
coloração da pele;
Observar se o paciente está orientada no tempo e
espaço;
Examinar a ferida operatória, observando a
ausência de sangramento ativo;
Avaliar se o volume de diurese é satisfatório;
Observar se a manifestação de dor foi controlada,
conforme prescrição médica;
39. ALTA DA PACIENTE DA REC
Observar a presença de atividade e força muscular em
MMII;
Testar a sensibilidade cutânea em MMII;
Checar se o acesso venoso está identificado, quando
houver;
Verificar se todas as anotações do prontuário estão
devidamente checadas e assinadas;
Solicitar a vaga no setor indicado;
Informar à equipe de enfermagem da unidade de
origem as condições clínicas da paciente;
Pinçar as sondas, drenos e soros antes de transferi-la
para maca;
Transferir a paciente para a maca com movimento
único, solicitando ajuda da equipe;
40. ALTA DA PACIENTE DA REC
Encaminhar a paciente com prontuário à unidade
de origem;
Checar os equipamentos da REC, deixando-os em
condições de uso e limpeza;
Solicitar a limpeza do leito à limpadora;
Arrumar a cama, após desinfecção do colchão;
Anotar na evolução da enfermagem, horário da
transferência.
41. LIMPEZA CONCORRENTE DA SALA DE CIRURGIA
LIMPEZA DA SALA APÓS CIRURGIA LIMPA
Providenciar todo material necessário a limpeza;
Usar máscara, roupa adequada e todos os
equipamentos de proteção individual – EPI;
Recolher toda roupa cirúrgica e lixo de forma correta
evitando a dispersão de partículas contaminadas;
Ensacar toda roupa e lixo, utilizando saco branco
leitoso, encaminhando ao expurgo até que possa ser
levado a lavanderia e ao depósito de lixo;
Recolher todo o material e instrumental cirúrgico e
encaminhar a CME, em recipiente próprio lembrando
de separar os perfuro cortantes;
42. LIMPEZA CONCORRENTE DA SALA DE CIRURGIA
LIMPEZA DA SALA APÓS CIRURGIA LIMPA
Aplicar, no final, álcool á 70% em toda a extensão
da mesa cirúrgica, após retirada de sangue ou
secreções existentes;
Aplicar no final álcool a 70% em equipamentos e
superfícies (focos, negatoscópios, bisturi, mesas
auxiliares, carrinho de anestesia etc.);
Solicitar a equipe de limpeza para fazer a
desinfecção da sala de cirurgia;
43. LIMPEZA CONCORRENTE DA SALA DE CIRURGIA
LIMPEZA DE SALA DE CIRURGIA INFECTADA
Providenciar todo o material necessário a limpeza;
Usar máscara, roupa cirúrgica e todos os equipamentos de
proteção individual – EPI;
Remover os seguintes portáteis (aparelho de Raio X,
equipamentos de anestesia, etc.) Aplicar álcool 70% (por
fricção);
Recolher toda a roupa cirúrgica e lixo ensacado – saco branco
leitoso – identificado “contaminado”, antes de ser encaminhado
a lavanderia e ao depósito de lixo;
Aplicar álcool a 70% em toda a extensão da mesa cirúrgica,
após retirar sangue e secreções existentes;
Aplicar álcool 70% em equipamentos fixos e superfícies (mesa de
mayo, focos, etc.);
Solicitar a equipe de limpeza e orientá-los para realizarem
limpeza terminal no setor;