SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 46
Baixar para ler offline
Planejamento ambiental
Aula 11 – Estudo de caso: EIA - Usina Hidrelétrica de Belo Monte
Localização da Usina
Histórico
Há mais de 30 anos vem sendo estudada a possibilidade de se
construir uma usina hidrelétrica na bacia do rio Xingu,
localizada nos Estados do Pará e Mato Grosso.
1975 Início dos estudos para o aproveitamento
hidrelétrico da bacia do rio Xingu.
1980 Conclusão dos Estudos de Inventário e
início dos Estudos de Viabilidade da Usina
Hidrelétrica Kararaô.
1989 Conclusão dos primeiros Estudos de
Viabilidade do AHE Belo Monte.

http://www.uni-vos.com/brasil8.html
Histórico
• 1994 Revisão dos Estudos de Viabilidade com diminuição da
área inundada e não inundação das áreas indígenas.
• 1998 A Eletrobrás solicitou à ANEEL – Agência Nacional de
Energia Elétrica - autorização para realizar, em conjunto com a
Eletronorte, novos Estudos de Viabilidade do AHE Belo
Monte.
• 2002 Os estudos são apresentados à ANEEL, mas o Ministério
Público consegue, por meio de ação na justiça, paralisar os
trabalhos e o EIA não pode ser concluído.
Histórico
• Janeiro de 2011 – Concedida a Licença de
Instalação (LI) para as instalações iniciais da UHE
Belo Monte
• Junho de 2011 – Início das obras civis da Usina Belo
Monte
Processo de Licenciamento UH
A construção de uma usina hidrelétrica causa efeitos negativos
e positivos

Foi preciso estudar o meio físico (clima, qualidade da água,
recursos minerais e geologia, entre outros), o meio biótico
(plantas e animais), o meio socioeconômico (atividades
econômicas, condições de vida, patrimônio histórico e
cultural, saúde, educação, entre outros) e as comunidades
indígenas.
Processo de Licenciamento UH
Depois de analisar o EIA e o Rima, fazer vistorias no local do
empreendimento e ouvir a população em audiências
públicas é que o órgão ambiental responsável vai dizer se a
usina é viável ou não do ponto de vista ambiental.
Se o Ibama disser que a usina é viável sob o ponto de vista
ambiental, ele dá uma licença chamada de Licença Prévia
(LP). Com a LP, foi feito um leilão organizado pela ANEEL –
Agência Nacional de Energia Elétrica.
Processo de Licenciamento UH
Neste leilão o Governo Federal repassa a uma empresa o
direito de construir, operar a usina e vender a energia
que será gerada por ela. Ganha o leilão a empresa que
oferecer o menor preço para a venda da energia a ser
gerada.

A empresa que ganhar o leilão será, então, o empreendedor
que poderá construir e operar a usina. O empreendedor tem o
compromisso de cumprir tudo o que foi proposto no
EIA e no Rima.
Processo de Licenciamento UH
Depois do leilão, quando já se sabe quem é o
empreendedor, começa a segunda etapa do processo
de licenciamento. É hora de detalhar todos os
compromissos feitos na LP. Esse detalhamento
recebe o nome de Projeto Básico Ambiental

(PBA). Se o PBA for aprovado pelo órgão
ambiental, ele fornece a Licença de Instalação
(LI). Somente com a LI é que o empreendedor pode
começar a construir a usina.
Processo de Licenciamento UH
Quando a construção acabar, se estiver tudo em
ordem com os compromissos assumidos pelo
empreendedor, o órgão ambiental fornece a
Licença de Operação, chamada de LO. Com a LO
já é possível encher o reservatório. Com o
reservatório cheio, a usina começa a funcionar,
produzindo energia. A LO é renovada de tempos em
tempos pelo órgão ambiental.
Mudanças
O projeto foi se modificando ao longo do
processo de Licenciamento.
• Redução da área de inundação de 1.225
quilômetros quadrados para 516 quilômetros
quadrados.
• Não inundação de Terras Indígenas. Nos estudos
de engenharia dos anos 80 e 90 uma parte das
terras indígenas Paquiçamba e Arara da Volta
Grande do Xingu seria inundada.
• Construção de apenas uma usina no rio Xingu. O
AHE Belo Monte será o único empreendimento
nesse rio.
Projeto de Engenharia
Local das obras
O AHE Belo Monte vai ter obras em diferentes trechos do rio
Xingu e terras vizinhas, na região de Altamira.

Total de Municípios na área de influência: 11 cidades
População total na área de influência: 360.832 (IBGE 2010)
Total de recursos a serem investidos pela Norte Energia S.A. em
ações socioambientais na área de influência: 3,7 bilhões de reais
Projeto de Engenharia
• Trabalho

• 2011 – cerca de 7mil pessoas
• 2012 – 12 mil pessoas
• 2013 – 18 800 pessoas
• Estima-se que 96000 pessoas sejam atraídas para a
região
Projeto de Engenharia
O trecho do rio Xingu
localizado entre a barragem do
Sítio Pimental e a casa de
força principal (Sítio Belo
Monte) vai ter a quantidade de
água diminuída por causa do
desvio das águas para a
formação do Reservatório dos
Canais.
O Trecho de Vazão Reduzida,
será de 100 quilômetros de
comprimento,
medidos
ao
longo da calha do rio Xingu.
Para garantir as condições necessárias para a qualidade
de vida das pessoas e do meio ambiente, com navegação
na época de seca e manutenção da vida aquática, foi
definido que esse trecho do rio deverá ser
mantido com uma quantidade mínima de água.
Esse controle da quantidade de água que vai variar ao
longo do ano é chamado Hidrograma Ecológico do
Trecho de Vazão Reduzida.
Projeto de Engenharia
O prazo total para implantação da usina é de 10
anos. Do primeiro ao quinto ano vão ser
construídas as estruturas do UH Belo Monte
(barragens, canais, casas de força e outros). Do
quinto
ao
décimo
ano,
as
máquinas
responsáveis pela geração total de energia nas
duas casas de força vão sendo montadas e
entrando em funcionamento.
Área de Influência
A Bacia do Rio Xingu
Mais da metade da área da bacia do rio Xingu é
formada por terras indígenas e unidades de
conservação. Essas áreas, protegidas por lei, são
muito importantes para a conservação do meio

Mas, mesmo bastante
protegida,
existe
desmatamento na bacia do
rio Xingu. As principais causas desse
ambiente.

desmatamento são:

• O aumento do cultivo de soja na parte da bacia
que está localizada no Estado do Mato Grosso;
• A extração de madeira e a criação de gado na
região de São Félix do Xingu; e
• O aumento da ocupação humana ao longo das
estradas BR-163 e Transamazônica.
Áreas de Influência
Os estudos realizados para a construção da AHE Belo Monte
consideraram três áreas diferentes para avaliação dos
impactos: as áreas que estão mais distantes do AHE Belo
Monte, as áreas vizinhas e as áreas das obras e do
reservatório.
• As áreas mais distantes são aquelas que podem sofrer
modificações indiretas, a partir das alterações que acontecerão
nas áreas vizinhas ao empreendimento e naquelas onde vão
estar as obras do AHE Belo Monte. Nos estudos, essas áreas são
chamadas de AII – Área de Influência Indireta.
Áreas de Influência
• As áreas vizinhas são aquelas que ficam em volta do
AHE Belo Monte e do reservatório, chamadas de AID –
Área de Influência Direta. Elas incluem não só as
terras que vão ser ocupadas pelas obras e pelo
reservatório, mas também aquelas que vão sofrer
interferências diretas, negativas ou positivas, do
empreendimento.
Áreas de Influência
• As áreas das obras são aquelas que vão ser ocupadas
pelas estruturas principais de engenharia e por toda a
parte de infraestrutura necessária para a construção do
AHE Belo Monte, como a barragem, os canteiros de
obra, as estradas de acesso e áreas de botafora,
considerando também as áreas de inundação. Essas
áreas são chamadas de ADA – Área Diretamente
Afetada.
Áreas de Influência
Área de Influência Indireta
Meio Físico

O rio Xingu vai ficando diferente ao longo do caminho, dentro da
Área de Influência Indireta. Desde o seu encontro com o rio
Amazonas até a Vila de Belo Monte, o rio Xingu sofre
influência das marés, formando ilhas e bancos de areia.
Esses ambientes são importantes para a reprodução das
tartarugas-da-Amazônia.
Área de Influência Indireta
Já os pedrais do rio Xingu - ambientes importantes para peixes como
os acaris ornamentais – ficam entre a Vila de Belo Monte e as Terras
Indígenas Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu. As corredeiras
e canais deixam a navegação mais difícil nesse trecho do rio.
A partir do rio Bacajá até perto do encontro com o rio Iriri, o Xingu corre
mais devagar, com a formação de várias ilhas. Nesse trecho do rio,
perto do Iriri, voltam a aparecer os pedrais. Na Área de Influência
Indireta do AHE Belo Monte, o período de chuvas é diferente daquele que
ocorre em grande parte do país. As chuvas ocorrem mais nos meses de
janeiro a abril. No período seco, a quantidade de água que corre no
rio é bem menor do que na cheia (em média é menos do que 5 por
cento da quantidade de água que normalmente corre pelo rio
Xingu no período chuvoso).
Área de Influência Indireta
Os terrenos dessa área também são diferentes. A parte localizada ao sul da
cidade de Altamira e na região da Volta Grande do Xingu tem terras boas
Pedrais: blocos de rocha existentes em grande quantidade no rio Xingu,
principalmente abaixo de seu encontro com o rio Bacajá e perto de seu
encontro com o rio Iriri. São ambientes importantes para alguns
animais, como morcegos, e alguns tipos de peixes, como os acaris,
mas não é de boa qualidade para lavoura. A mesma coisa acontece na
margem direita do rio Xingu, ao sul da Volta Grande, onde existem
morros e alguns garimpos de ouro. Mais perto da Transamazônica, terra
é boa para agricultura e pastagens. Já ao norte, os terrenos são mais
inclinados, e praticar a agricultura fica mais difícil. Nessa área existem
alguns abrigos, grutas e cavernas
Área de Influência Indireta
Meio Biótico
Por causa do tipo de terreno, do tipo de terra e do clima do local,
existem três tipos principais de vegetação na AII: floresta de
terra firme, floresta aluvial (aquela que existe nos locais
inundados pelas enchentes) e a vegetação encontrada em
ambientes de Pedrais.

Existem vários tipos de árvores, algumas com importante
valor econômico, como mogno, castanheira, maçaranduba,
ipê e cedro, que podem ter mais de 50 metros de altura. Nesse
tipo de floresta existem, também, palmeiras e cipós, além de
plantas de folhas largas e compridas, como as helicônias e
bananeiras bravas.
Ao longo dos últimos anos, a vegetação nativa da região vem
sofrendo grande transformação, com muito desmatamento e
degradação ambiental.
Em vários locais onde antes havia florestas de terra firme, hoje
há uma paisagem formada por pastagens, capoeiras e
fragmentos de vegetação florestal.
Área de Influência Indireta
Meio Socioeconômico
A população total da AII é de 317.472 habitantes, sendo que 51 por cento moram
nas cidades. Em Altamira, a população da área urbana chega a 75 por cento do total
do município.
Na AII, a maioria das atividades econômicas está ligada à agropecuária e ao
extrativismo vegetal. A soma de tudo que é produzido pelos onze municípios o PIB,
correspondia a aproximadamente 3 por cento de tudo que era produzido no Pará em
2005.
As grandes propriedades (com mais de 10 mil hectares) ocupam 30 por cento das áreas
rurais. Já as pequenas e médias propriedades (entre 100 e 500 hectares) ocupam 70
por cento das áreas rurais.
Comunidades Indígenas
Área dos Estudos
Por causa das características especiais dos povos indígenas, a Fundação Nacional do Índio (Funai) definiu uma
Área de Estudo própria para o estudo das comunidades indígenas. Esses estudos consideraram as seguintes
Terras e povos indígenas:
• Terra Indígena Paquiçamba
• Terra Indígena Arara da Volta Grande do Xingu

• Área Indígena Juruna do km 17
• Terra Indígena Trincheira Bacajá
• Terra Indígena Arara
• Terra Indígena Cachoeira Seca
• Terra Indígena Kararaô
• Terra Indígena Koatinemo
• Terra Indígena Araweté/Igarapé Ipixuna

• Terra Indígena Apyterewa
Avaliação de Especialistas
Segundo especialistas, em primeiro lugar, Belo Monte
não é tão limpa em termos de emissões de gases
causadores do aquecimento global – o metano,
liberado tanto pelas turbinas quanto pela matéria
orgânica em decomposição das áreas alagadas de
floresta, tem 25 vezes mais impacto sobre o
aquecimento global por tonelada que o gás
carbônico, conforme as atuais conversões do Painel
Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC).
Avaliação de Especialistas
Tampouco é tão eficiente, para um investimento dessa
envergadura: no período de seca, de julho a outubro, sua
produtividade tende a ficar em 10% da alardeada
capacidade instalada de 11 mil megawatts – trazendo a
média anual a cerca de apenas 40% da capacidade. Tudo
isso, ao custo da inundação de 100.000 hectares de
floresta, impactos permanentes na bacia hidrográfica do
Xingu (não considerados no atual EIA-RIMA) e a remoção de
mais de 40 mil pessoas. E a um preço que o próprio setor
privado estima poder chegar a 30 bilhões, essencialmente
pago com dinheiro público, via BNDES.
Avaliação de Especialistas
“Belo Monte continua com problemas, embora o projeto tenha
sido atenuado. O licenciamento foi confuso e traumático
pois implicou na demissão de diretores do Ibama. É
um projeto no qual o governo se dedica com muita pressa,
sem tempo para convencer a iniciativa privada. Será uma
usina quase estatal. Tanto as questões ambientais como as
econômicas estão embaralhadas e o movimento de oposição a
Belo Monte, que existe desde aquela época, apresentou no
Planalto os seus argumentos.”
Fernando Gabera
Licença PARCIAL – Noticias
“Hoje o que vem ocorrendo é que a concessão de uma
licença parcial de instalação, (antes uma exceção
utilizada para obras emergenciais e para trechos de
rodovias e ferrovias), tornou-se, nos últimos anos, usual
e freqüente. Obras importantes e com grande impacto
ambiental, como Angra 3 e as hidrelétricas do Madeira,
também receberam, assim como Belo Monte, licenças
parciais antes que fossem cumpridas todas as
exigências estabelecidas na licença prévia, as chamadas
condicionantes.”
Marina Silva
Licença PARCIAL – Noticias
“O juiz atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Em ação civil pública, o MPF alegou que a licença de
instalação é ilegal porque não atende a pré-condições
estabelecidas pelo próprio Ibama na licença prévia, que
antecede a licença de instalação. Entre as exigências
descumpridas, estão a recuperação de áreas degradadas, a
adequação da infraestrutura urbana, a regularização fundiária
de áreas afetadas e programas de apoio a indígenas da região”.
(Disponível em http://www.prpa.mpf.gov.br/news/2011/mpf-vai-a-justica-contra-licenca-precaria-de-belo-monte).
Nota pública do painel de especialistas sobre a
UHE
Belo
Monte
Amazônia
–
Brasil
O grupo de pesquisadores, professores universitários e estudantes de
pós-graduação que constitui o Painel de Especialistas tem dialogado,
nos últimos dois anos, com os movimentos sociais e indígenas da região
de Altamira sobre o Projeto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, com a
finalidade precípua de produzir uma análise criteriosa dos documentos
referentes ao seu processo de licenciamento.

O IBAMA autoriza a construção de obras (canteiros, prédios, estradas), o
desmatamento de 238,1 hectares, e a abertura de clareiras nos
rios Bacajá e Xingu, mediante a Licença de Instalação nº
770/2011, a Autorização de Supressão de Vegetação nº 501/2011 e
a
Autorização
de
Abertura
de
Picada
nº505/2011,
respectivamente, o Painel de Especialistas informa:
Nota pública do painel de especialistas sobre a
UHE Belo Monte Amazônia – Brasil
-

o acompanhamento do Plano Básico Ambiental, do atendimento às
condicionantes expressas na Licença Prévia e das justificativas expressas na
“Licença de Instalação Parcial” - que sequer figura na legislação referente ao
Licenciamento Ambiental Brasileiro - evidencia que existe um processo de
transformação daquilo que deveria ser prévio e condicional em medida genérica
de acompanhamento e monitoramento. Avilta-se, através deste triste
exemplo, a possibilidade do licenciamento ambiental se constituir
enquanto ferramenta de planejamento público e como peça de
compromisso social. Procura-se decompor uma das etapas da licença,
suprimindo cautelas técnicas e direitos da população - ameaçada pelo projeto e
pela superficialidade das ações tomadas após a concessão da Licença Prévia.
Este último movimento do processo de licenciamento denota descompromisso do
empreendedor e do órgão de licenciamento ambiental com o equacionamento
entre o aproveitamento hidrelétrico pretendido, os direitos da população e o meio
ambiente.
Nota pública do painel de especialistas sobre a
UHE Belo Monte Amazônia – Brasil
O Painel de Especialistas ainda:
- alerta a opinião pública e as autoridades máximas do governo brasileiro para os riscos de
uma situação social explosiva, e endossa a preocupação com conseqüências ecológicas e
culturais nefastas e irreversíveis;
- apela aos cientistas brasileiros e do mundo a adotar uma posição crítica e vigilante, a
direcionar os seus estudos para produzir evidências sobre - o desastre econômico, social e
ambiental anunciado, a compartilhar do esforço de publitizar resultados de pesquisas
sobre as questões técnico-científicas e políticas do projeto;
- repudia a concessão da Licença de Instalação nº770/2011, a Autorização de Supressão de
Vegetação nº 501/2011 e a Autorização de Abertura de Picada nº505/2011;
- convoca os cientistas do Brasil e do mundo a se unirem em defesa do compromisso social
da Ciência e de seus profissionais de não realizar atos ou tomar decisões que representem
destruição de culturas, extinção de espécies e ameaça à vida e à paz.
Governo reage à campanha externa contra
Belo Monte
“Enquanto o mundo usa os poluentes petróleo-gás-carvão para
gerar energia, o Brasil é um dos poucos países do mundo que
consegue movimentar suas fábricas e iluminar suas casas
com a água que passa pelas turbinas, de forma ecológica
ou, como se diz modernamente, sustentável. Mas se não
criticam as nucleares da França, nem as unidades a carvão
da China e tampouco as usinas a petróleo dos Estados
Unidos, as entidades internacionais WWF e Greenpeace
exacerbam suas críticas às usinas hidráulicas brasileiras. E
Belo Monte é o prato do dia. Greenpeace e WWF costumam
dizer que, embora internacionais, as filiais do Brasil têm
autonomia. Mas dá para desconfiar da agressividade externa
contra um país que faz do uso da hidreletricidade sua
principal fonte de geração de energia.” 16 fevereiro 2012 Sérgio Barreto
Motta, no site Monitor Mercantil
Vídeo
• Favor
• http://www.youtube.com/watch?v=jn-17duBVjA&feature=player_embedded

• http://www.youtube.com/watch?v=jWazC3exgyc&feature=related

• Contra
• http://www.youtube.com/watch?v=4k0X1bHjf3E
• http://www.youtube.com/watch?v=JcCpFBro-Lc
Vídeo
• Contra – Tapajós
http://www.youtube.com/watch?v=3_7VR4bxq1M

• Favor – Tapajós
http://www.youtube.com/watch?v=sDWJ_BmlVa0
Sugestão de vídeo
• Filme - Povos do Xingu contra a construção de Belo Monte
• http://www.youtube.com/watch?v=ZmOozYXozb8&feature=related

• Xingu
Conta a incrível história dos irmãos Villas Bôas e a aventura da criação do primeiro
parque indígena de grandes proporções no Brasil. Uma parte esquecida e dramática
da nossa história que permanece atual e urgente. 06 DE ABRIL 2012 NOS CINEMAS
• http://www.youtube.com/watch?v=OQwTWLwKLIM
Bibliografia
• http://siscom.ibama.gov.br/licenciamento_ambiental/UHE%20PCH/Belo%20Monte/PB
A%20Belo%20Monte/Produ%C3%A7%C3%A3o%20Cartogr%C3%A1fica/DVD1/APPs_
RESERVAT_XINGU_INTERMEDIARIO/SHAPE/
• http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/artigos-e-debates/1419-nota-publicado-painel-de-especialistas-sobre-a-uhe-belo-monte-amazonia-brasil
• http://www.blogbelomonte.com.br/usina-belo-monte/

• RIMA – Relatório de Impacto Ambiental. Aproveitamento Hidrelétrico Belo Monte.
Maio 2009
Agenda
• 1º ETAPA – 29/04 – Manhã - Diagnóstico Ambiental
• 1º ETAPA – 30/04 – Noite - Diagnóstico Ambiental

• 2º ETAPA – 06/05 – Manhã - Avaliação Ambiental
• 2º ETAPA – 07/05 – Noite - Avaliação Ambiental
• 3º ETAPA – 13/05 – Manhã - Propostas
• 3º ETAPA – 14/05 – Noite - Propostas
• Apresentação
• 20 e 21 de maio
• 23 e 24 de maio
• 27 e 28 de maio
Agenda
• PROVA – 06 JUNHO - NOITE
• PROVA – 07 JUNHO – MANHÃ

• RECUPERAÇÃO - 13 JUNHO – NOITE
• RECUPERAÇÃO – 14 JUNHO - MANHÃ
MONITORIA

• Quartas-feiras e Sextas feiras das 16:00 às
18:30 – sala A102 - Natália de Q. Martins nataliameioambiente@gmail.com
Aula 11   uhbm

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Os grandes projetos de mineração do Brasil
Os grandes projetos de mineração do BrasilOs grandes projetos de mineração do Brasil
Os grandes projetos de mineração do BrasilEditora Moderna
 
Paisagismo AUP 652- BACIA DO PIRAJUSSARA MIRIM e BACIA DO JAGUARÈ
Paisagismo AUP 652- BACIA DO PIRAJUSSARA MIRIM e  BACIA DO JAGUARÈPaisagismo AUP 652- BACIA DO PIRAJUSSARA MIRIM e  BACIA DO JAGUARÈ
Paisagismo AUP 652- BACIA DO PIRAJUSSARA MIRIM e BACIA DO JAGUARÈDe Janks
 
Slides mineração na amazônia
Slides mineração na amazôniaSlides mineração na amazônia
Slides mineração na amazôniaMarlana Sousa
 
A mineração na região norte,Carajás / Dicas para o Enem
A mineração na região norte,Carajás / Dicas para o EnemA mineração na região norte,Carajás / Dicas para o Enem
A mineração na região norte,Carajás / Dicas para o EnemJoemille Leal
 
CRM Companhia Brasileira de Mineração
CRM Companhia Brasileira de MineraçãoCRM Companhia Brasileira de Mineração
CRM Companhia Brasileira de MineraçãoGCL PORTAL
 

Mais procurados (8)

Reserva da Serra do Itapety
Reserva da Serra do ItapetyReserva da Serra do Itapety
Reserva da Serra do Itapety
 
Os grandes projetos de mineração do Brasil
Os grandes projetos de mineração do BrasilOs grandes projetos de mineração do Brasil
Os grandes projetos de mineração do Brasil
 
Paisagismo AUP 652- BACIA DO PIRAJUSSARA MIRIM e BACIA DO JAGUARÈ
Paisagismo AUP 652- BACIA DO PIRAJUSSARA MIRIM e  BACIA DO JAGUARÈPaisagismo AUP 652- BACIA DO PIRAJUSSARA MIRIM e  BACIA DO JAGUARÈ
Paisagismo AUP 652- BACIA DO PIRAJUSSARA MIRIM e BACIA DO JAGUARÈ
 
Slides mineração na amazônia
Slides mineração na amazôniaSlides mineração na amazônia
Slides mineração na amazônia
 
Semsu
SemsuSemsu
Semsu
 
A mineração na região norte,Carajás / Dicas para o Enem
A mineração na região norte,Carajás / Dicas para o EnemA mineração na região norte,Carajás / Dicas para o Enem
A mineração na região norte,Carajás / Dicas para o Enem
 
CRM Companhia Brasileira de Mineração
CRM Companhia Brasileira de MineraçãoCRM Companhia Brasileira de Mineração
CRM Companhia Brasileira de Mineração
 
Uso e ocupacao_do_solo
Uso e ocupacao_do_soloUso e ocupacao_do_solo
Uso e ocupacao_do_solo
 

Destaque

Aula 6 planejamento urbano e amb
Aula 6   planejamento urbano e ambAula 6   planejamento urbano e amb
Aula 6 planejamento urbano e ambGiovanna Ortiz
 
Aula 4 àrea escala e tempo
Aula 4 àrea escala e tempoAula 4 àrea escala e tempo
Aula 4 àrea escala e tempoGiovanna Ortiz
 
Aula 2 conceitos de planejamento ambiental
Aula 2   conceitos de planejamento ambientalAula 2   conceitos de planejamento ambiental
Aula 2 conceitos de planejamento ambientalGiovanna Ortiz
 
Aula 14 exercício battelle
Aula 14 exercício battelleAula 14 exercício battelle
Aula 14 exercício battelleGiovanna Ortiz
 
Boletim da Bilioteca Escolar EB Monte Belo
Boletim da Bilioteca Escolar EB Monte BeloBoletim da Bilioteca Escolar EB Monte Belo
Boletim da Bilioteca Escolar EB Monte BeloClara Mata
 
Aula 4 prevenção a poluição
Aula 4   prevenção a poluiçãoAula 4   prevenção a poluição
Aula 4 prevenção a poluiçãoGiovanna Ortiz
 
Aula 6 lagoas de estabilização e lagoas facultativas
Aula 6 lagoas de estabilização e lagoas facultativasAula 6 lagoas de estabilização e lagoas facultativas
Aula 6 lagoas de estabilização e lagoas facultativasGiovanna Ortiz
 
Aula 6 lagoas aeradas facultativas
Aula 6 lagoas aeradas facultativasAula 6 lagoas aeradas facultativas
Aula 6 lagoas aeradas facultativasGiovanna Ortiz
 
Aula 1 caracterização quantitativa esgoto
Aula 1   caracterização quantitativa esgotoAula 1   caracterização quantitativa esgoto
Aula 1 caracterização quantitativa esgotoGiovanna Ortiz
 
Aula 1 apresentação geral da disciplina qualidade
Aula 1   apresentação geral da disciplina qualidadeAula 1   apresentação geral da disciplina qualidade
Aula 1 apresentação geral da disciplina qualidadeGiovanna Ortiz
 

Destaque (20)

Aula 6 pu
Aula 6   puAula 6   pu
Aula 6 pu
 
Aula 6 planejamento urbano e amb
Aula 6   planejamento urbano e ambAula 6   planejamento urbano e amb
Aula 6 planejamento urbano e amb
 
Aula 9 pa
Aula 9 paAula 9 pa
Aula 9 pa
 
Aula 4 àrea escala e tempo
Aula 4 àrea escala e tempoAula 4 àrea escala e tempo
Aula 4 àrea escala e tempo
 
Aula 13 maia
Aula 13   maiaAula 13   maia
Aula 13 maia
 
Aula 2 conceitos de planejamento ambiental
Aula 2   conceitos de planejamento ambientalAula 2   conceitos de planejamento ambiental
Aula 2 conceitos de planejamento ambiental
 
Aula 14 exercício battelle
Aula 14 exercício battelleAula 14 exercício battelle
Aula 14 exercício battelle
 
Aula 9 uh belo monte
Aula 9 uh belo monteAula 9 uh belo monte
Aula 9 uh belo monte
 
Boletim da Bilioteca Escolar EB Monte Belo
Boletim da Bilioteca Escolar EB Monte BeloBoletim da Bilioteca Escolar EB Monte Belo
Boletim da Bilioteca Escolar EB Monte Belo
 
Aula 4 prevenção a poluição
Aula 4   prevenção a poluiçãoAula 4   prevenção a poluição
Aula 4 prevenção a poluição
 
Aula 3 sga qualidade
Aula 3   sga qualidadeAula 3   sga qualidade
Aula 3 sga qualidade
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
Aula 6 lagoas de estabilização e lagoas facultativas
Aula 6 lagoas de estabilização e lagoas facultativasAula 6 lagoas de estabilização e lagoas facultativas
Aula 6 lagoas de estabilização e lagoas facultativas
 
Taa 4
Taa 4Taa 4
Taa 4
 
Aula 6 lagoas aeradas facultativas
Aula 6 lagoas aeradas facultativasAula 6 lagoas aeradas facultativas
Aula 6 lagoas aeradas facultativas
 
Aula 1 caracterização quantitativa esgoto
Aula 1   caracterização quantitativa esgotoAula 1   caracterização quantitativa esgoto
Aula 1 caracterização quantitativa esgoto
 
Aula 1 apresentação geral da disciplina qualidade
Aula 1   apresentação geral da disciplina qualidadeAula 1   apresentação geral da disciplina qualidade
Aula 1 apresentação geral da disciplina qualidade
 
Aula 10 ia
Aula 10   iaAula 10   ia
Aula 10 ia
 
Introdução aula 6
Introdução   aula 6Introdução   aula 6
Introdução aula 6
 
Introdução aula 4
Introdução   aula 4Introdução   aula 4
Introdução aula 4
 

Semelhante a Aula 11 uhbm

Belo Monte - A questão / @planners4good Reunião #2
Belo Monte - A questão / @planners4good Reunião #2Belo Monte - A questão / @planners4good Reunião #2
Belo Monte - A questão / @planners4good Reunião #2@planners4good
 
Usina de belo monte/ Dicas para o Enem
Usina de belo monte/ Dicas para o EnemUsina de belo monte/ Dicas para o Enem
Usina de belo monte/ Dicas para o EnemJoemille Leal
 
Geografia do Brasil - Hidrografia - [www.gondim.net]
Geografia do Brasil - Hidrografia - [www.gondim.net]Geografia do Brasil - Hidrografia - [www.gondim.net]
Geografia do Brasil - Hidrografia - [www.gondim.net]Marco Aurélio Gondim
 
A importancia da água
A importancia da águaA importancia da água
A importancia da águaCleber Reis
 
Impactos EcolóGicos Das Represas
Impactos EcolóGicos Das RepresasImpactos EcolóGicos Das Represas
Impactos EcolóGicos Das Represastatiane marques
 
Belo monte fatos e dados
Belo monte   fatos e dadosBelo monte   fatos e dados
Belo monte fatos e dadosLuis Nassif
 
Usina hidrelétrica na amazônia
Usina hidrelétrica na amazôniaUsina hidrelétrica na amazônia
Usina hidrelétrica na amazôniageografia do G.J.P
 
Usina hidrelétrica na amazônia
Usina hidrelétrica na amazôniaUsina hidrelétrica na amazônia
Usina hidrelétrica na amazôniageografia do G.J.P
 
Belo monte fatos e dados
Belo monte   fatos e dadosBelo monte   fatos e dados
Belo monte fatos e dadosjhcordeiro
 
Relatório de atividade complementar visita a uhe itá
Relatório de atividade complementar   visita a uhe itáRelatório de atividade complementar   visita a uhe itá
Relatório de atividade complementar visita a uhe itáRafael Romani
 
IHA Congress 2011 - Special Presentation - Eletrobras (Português)
IHA Congress 2011 - Special Presentation - Eletrobras (Português)IHA Congress 2011 - Special Presentation - Eletrobras (Português)
IHA Congress 2011 - Special Presentation - Eletrobras (Português)International Hydropower Association
 
Governo Lula libera licença ambiental para a construção da Usina de Belo 'Mon...
Governo Lula libera licença ambiental para a construção da Usina de Belo 'Mon...Governo Lula libera licença ambiental para a construção da Usina de Belo 'Mon...
Governo Lula libera licença ambiental para a construção da Usina de Belo 'Mon...Fabricio Rocha
 
Atualidades 3 - Água, recurso renovável?
Atualidades 3 - Água, recurso renovável?Atualidades 3 - Água, recurso renovável?
Atualidades 3 - Água, recurso renovável?Gerson Coppes
 

Semelhante a Aula 11 uhbm (20)

UsinA Belo Monte
UsinA Belo MonteUsinA Belo Monte
UsinA Belo Monte
 
Belo Monte - A questão / @planners4good Reunião #2
Belo Monte - A questão / @planners4good Reunião #2Belo Monte - A questão / @planners4good Reunião #2
Belo Monte - A questão / @planners4good Reunião #2
 
Usina de belo monte/ Dicas para o Enem
Usina de belo monte/ Dicas para o EnemUsina de belo monte/ Dicas para o Enem
Usina de belo monte/ Dicas para o Enem
 
Geografia do Brasil - Hidrografia - [www.gondim.net]
Geografia do Brasil - Hidrografia - [www.gondim.net]Geografia do Brasil - Hidrografia - [www.gondim.net]
Geografia do Brasil - Hidrografia - [www.gondim.net]
 
Hidreletricas Brasil 3006
Hidreletricas Brasil 3006Hidreletricas Brasil 3006
Hidreletricas Brasil 3006
 
A importancia da água
A importancia da águaA importancia da água
A importancia da água
 
Impactos EcolóGicos Das Represas
Impactos EcolóGicos Das RepresasImpactos EcolóGicos Das Represas
Impactos EcolóGicos Das Represas
 
Belo monte fatos e dados
Belo monte   fatos e dadosBelo monte   fatos e dados
Belo monte fatos e dados
 
Usina hidrelétrica na amazônia
Usina hidrelétrica na amazôniaUsina hidrelétrica na amazônia
Usina hidrelétrica na amazônia
 
Usina hidrelétrica na amazônia
Usina hidrelétrica na amazôniaUsina hidrelétrica na amazônia
Usina hidrelétrica na amazônia
 
Belo monte fatos e dados
Belo monte   fatos e dadosBelo monte   fatos e dados
Belo monte fatos e dados
 
Belo Monte - fatos e dados
Belo Monte - fatos e dadosBelo Monte - fatos e dados
Belo Monte - fatos e dados
 
Relatório de atividade complementar visita a uhe itá
Relatório de atividade complementar   visita a uhe itáRelatório de atividade complementar   visita a uhe itá
Relatório de atividade complementar visita a uhe itá
 
IHA Congress 2011 - Special Presentation - Eletrobras (Português)
IHA Congress 2011 - Special Presentation - Eletrobras (Português)IHA Congress 2011 - Special Presentation - Eletrobras (Português)
IHA Congress 2011 - Special Presentation - Eletrobras (Português)
 
Governo Lula libera licença ambiental para a construção da Usina de Belo 'Mon...
Governo Lula libera licença ambiental para a construção da Usina de Belo 'Mon...Governo Lula libera licença ambiental para a construção da Usina de Belo 'Mon...
Governo Lula libera licença ambiental para a construção da Usina de Belo 'Mon...
 
Transposição
TransposiçãoTransposição
Transposição
 
Atualidades 3 - Água, recurso renovável?
Atualidades 3 - Água, recurso renovável?Atualidades 3 - Água, recurso renovável?
Atualidades 3 - Água, recurso renovável?
 
Trabalho ecologia geral (5ºsemestre)
Trabalho ecologia geral (5ºsemestre)Trabalho ecologia geral (5ºsemestre)
Trabalho ecologia geral (5ºsemestre)
 
Trabalho ecologia geral (5ºsemestre)
Trabalho ecologia geral (5ºsemestre)Trabalho ecologia geral (5ºsemestre)
Trabalho ecologia geral (5ºsemestre)
 
Boletim moab-f
Boletim moab-fBoletim moab-f
Boletim moab-f
 

Mais de Giovanna Ortiz

Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4Giovanna Ortiz
 
Dimensionamento de um aterro sanitário2
Dimensionamento de um aterro sanitário2Dimensionamento de um aterro sanitário2
Dimensionamento de um aterro sanitário2Giovanna Ortiz
 
Dimensionamento de pátio de compostagem
Dimensionamento de pátio de compostagemDimensionamento de pátio de compostagem
Dimensionamento de pátio de compostagemGiovanna Ortiz
 
Aula 7 co-processamento
Aula 7   co-processamentoAula 7   co-processamento
Aula 7 co-processamentoGiovanna Ortiz
 
Aula 4. rsu parte 1pdf
Aula 4. rsu parte 1pdfAula 4. rsu parte 1pdf
Aula 4. rsu parte 1pdfGiovanna Ortiz
 
Aula 1 normas e legislação
Aula 1 normas e legislaçãoAula 1 normas e legislação
Aula 1 normas e legislaçãoGiovanna Ortiz
 
Atividade roteiro para implantação de coleta seletiva
Atividade   roteiro para implantação de coleta seletivaAtividade   roteiro para implantação de coleta seletiva
Atividade roteiro para implantação de coleta seletivaGiovanna Ortiz
 
Apresentação geral do curso
Apresentação geral do cursoApresentação geral do curso
Apresentação geral do cursoGiovanna Ortiz
 
Exercícios de compensação de ausências
Exercícios de compensação de ausênciasExercícios de compensação de ausências
Exercícios de compensação de ausênciasGiovanna Ortiz
 

Mais de Giovanna Ortiz (20)

Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
Exercícios dimensionamento limpeza publica aula 4
 
Dimensionamento de um aterro sanitário2
Dimensionamento de um aterro sanitário2Dimensionamento de um aterro sanitário2
Dimensionamento de um aterro sanitário2
 
Dimensionamento de pátio de compostagem
Dimensionamento de pátio de compostagemDimensionamento de pátio de compostagem
Dimensionamento de pátio de compostagem
 
Aula 9 aterro
Aula 9   aterroAula 9   aterro
Aula 9 aterro
 
Aula 8 incineração
Aula 8 incineraçãoAula 8 incineração
Aula 8 incineração
 
Aula 7 co-processamento
Aula 7   co-processamentoAula 7   co-processamento
Aula 7 co-processamento
 
Aula 6 compostagem
Aula 6 compostagemAula 6 compostagem
Aula 6 compostagem
 
Aula 5 reciclagem
Aula 5  reciclagemAula 5  reciclagem
Aula 5 reciclagem
 
Aula 4. rsu parte 1pdf
Aula 4. rsu parte 1pdfAula 4. rsu parte 1pdf
Aula 4. rsu parte 1pdf
 
Aula 4 parte 2
Aula 4 parte 2Aula 4 parte 2
Aula 4 parte 2
 
Aula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamentoAula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamento
 
Aula 2 panorama geral
Aula 2 panorama geralAula 2 panorama geral
Aula 2 panorama geral
 
Aula 1 normas e legislação
Aula 1 normas e legislaçãoAula 1 normas e legislação
Aula 1 normas e legislação
 
Atividade roteiro para implantação de coleta seletiva
Atividade   roteiro para implantação de coleta seletivaAtividade   roteiro para implantação de coleta seletiva
Atividade roteiro para implantação de coleta seletiva
 
Apresentação geral do curso
Apresentação geral do cursoApresentação geral do curso
Apresentação geral do curso
 
Exercícios de compensação de ausências
Exercícios de compensação de ausênciasExercícios de compensação de ausências
Exercícios de compensação de ausências
 
Erosão
ErosãoErosão
Erosão
 
Aula 1 solos
Aula 1 solosAula 1 solos
Aula 1 solos
 
Solos 6b
Solos 6bSolos 6b
Solos 6b
 
Solos 4
Solos 4Solos 4
Solos 4
 

Aula 11 uhbm

  • 1. Planejamento ambiental Aula 11 – Estudo de caso: EIA - Usina Hidrelétrica de Belo Monte
  • 2.
  • 4. Histórico Há mais de 30 anos vem sendo estudada a possibilidade de se construir uma usina hidrelétrica na bacia do rio Xingu, localizada nos Estados do Pará e Mato Grosso. 1975 Início dos estudos para o aproveitamento hidrelétrico da bacia do rio Xingu. 1980 Conclusão dos Estudos de Inventário e início dos Estudos de Viabilidade da Usina Hidrelétrica Kararaô. 1989 Conclusão dos primeiros Estudos de Viabilidade do AHE Belo Monte. http://www.uni-vos.com/brasil8.html
  • 5. Histórico • 1994 Revisão dos Estudos de Viabilidade com diminuição da área inundada e não inundação das áreas indígenas. • 1998 A Eletrobrás solicitou à ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica - autorização para realizar, em conjunto com a Eletronorte, novos Estudos de Viabilidade do AHE Belo Monte. • 2002 Os estudos são apresentados à ANEEL, mas o Ministério Público consegue, por meio de ação na justiça, paralisar os trabalhos e o EIA não pode ser concluído.
  • 6. Histórico • Janeiro de 2011 – Concedida a Licença de Instalação (LI) para as instalações iniciais da UHE Belo Monte • Junho de 2011 – Início das obras civis da Usina Belo Monte
  • 7. Processo de Licenciamento UH A construção de uma usina hidrelétrica causa efeitos negativos e positivos Foi preciso estudar o meio físico (clima, qualidade da água, recursos minerais e geologia, entre outros), o meio biótico (plantas e animais), o meio socioeconômico (atividades econômicas, condições de vida, patrimônio histórico e cultural, saúde, educação, entre outros) e as comunidades indígenas.
  • 8. Processo de Licenciamento UH Depois de analisar o EIA e o Rima, fazer vistorias no local do empreendimento e ouvir a população em audiências públicas é que o órgão ambiental responsável vai dizer se a usina é viável ou não do ponto de vista ambiental. Se o Ibama disser que a usina é viável sob o ponto de vista ambiental, ele dá uma licença chamada de Licença Prévia (LP). Com a LP, foi feito um leilão organizado pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.
  • 9. Processo de Licenciamento UH Neste leilão o Governo Federal repassa a uma empresa o direito de construir, operar a usina e vender a energia que será gerada por ela. Ganha o leilão a empresa que oferecer o menor preço para a venda da energia a ser gerada. A empresa que ganhar o leilão será, então, o empreendedor que poderá construir e operar a usina. O empreendedor tem o compromisso de cumprir tudo o que foi proposto no EIA e no Rima.
  • 10. Processo de Licenciamento UH Depois do leilão, quando já se sabe quem é o empreendedor, começa a segunda etapa do processo de licenciamento. É hora de detalhar todos os compromissos feitos na LP. Esse detalhamento recebe o nome de Projeto Básico Ambiental (PBA). Se o PBA for aprovado pelo órgão ambiental, ele fornece a Licença de Instalação (LI). Somente com a LI é que o empreendedor pode começar a construir a usina.
  • 11. Processo de Licenciamento UH Quando a construção acabar, se estiver tudo em ordem com os compromissos assumidos pelo empreendedor, o órgão ambiental fornece a Licença de Operação, chamada de LO. Com a LO já é possível encher o reservatório. Com o reservatório cheio, a usina começa a funcionar, produzindo energia. A LO é renovada de tempos em tempos pelo órgão ambiental.
  • 12. Mudanças O projeto foi se modificando ao longo do processo de Licenciamento. • Redução da área de inundação de 1.225 quilômetros quadrados para 516 quilômetros quadrados. • Não inundação de Terras Indígenas. Nos estudos de engenharia dos anos 80 e 90 uma parte das terras indígenas Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu seria inundada. • Construção de apenas uma usina no rio Xingu. O AHE Belo Monte será o único empreendimento nesse rio.
  • 13. Projeto de Engenharia Local das obras O AHE Belo Monte vai ter obras em diferentes trechos do rio Xingu e terras vizinhas, na região de Altamira. Total de Municípios na área de influência: 11 cidades População total na área de influência: 360.832 (IBGE 2010) Total de recursos a serem investidos pela Norte Energia S.A. em ações socioambientais na área de influência: 3,7 bilhões de reais
  • 14. Projeto de Engenharia • Trabalho • 2011 – cerca de 7mil pessoas • 2012 – 12 mil pessoas • 2013 – 18 800 pessoas • Estima-se que 96000 pessoas sejam atraídas para a região
  • 15. Projeto de Engenharia O trecho do rio Xingu localizado entre a barragem do Sítio Pimental e a casa de força principal (Sítio Belo Monte) vai ter a quantidade de água diminuída por causa do desvio das águas para a formação do Reservatório dos Canais. O Trecho de Vazão Reduzida, será de 100 quilômetros de comprimento, medidos ao longo da calha do rio Xingu.
  • 16. Para garantir as condições necessárias para a qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente, com navegação na época de seca e manutenção da vida aquática, foi definido que esse trecho do rio deverá ser mantido com uma quantidade mínima de água. Esse controle da quantidade de água que vai variar ao longo do ano é chamado Hidrograma Ecológico do Trecho de Vazão Reduzida.
  • 17. Projeto de Engenharia O prazo total para implantação da usina é de 10 anos. Do primeiro ao quinto ano vão ser construídas as estruturas do UH Belo Monte (barragens, canais, casas de força e outros). Do quinto ao décimo ano, as máquinas responsáveis pela geração total de energia nas duas casas de força vão sendo montadas e entrando em funcionamento.
  • 18. Área de Influência A Bacia do Rio Xingu Mais da metade da área da bacia do rio Xingu é formada por terras indígenas e unidades de conservação. Essas áreas, protegidas por lei, são muito importantes para a conservação do meio Mas, mesmo bastante protegida, existe desmatamento na bacia do rio Xingu. As principais causas desse ambiente. desmatamento são: • O aumento do cultivo de soja na parte da bacia que está localizada no Estado do Mato Grosso; • A extração de madeira e a criação de gado na região de São Félix do Xingu; e • O aumento da ocupação humana ao longo das estradas BR-163 e Transamazônica.
  • 19. Áreas de Influência Os estudos realizados para a construção da AHE Belo Monte consideraram três áreas diferentes para avaliação dos impactos: as áreas que estão mais distantes do AHE Belo Monte, as áreas vizinhas e as áreas das obras e do reservatório. • As áreas mais distantes são aquelas que podem sofrer modificações indiretas, a partir das alterações que acontecerão nas áreas vizinhas ao empreendimento e naquelas onde vão estar as obras do AHE Belo Monte. Nos estudos, essas áreas são chamadas de AII – Área de Influência Indireta.
  • 20. Áreas de Influência • As áreas vizinhas são aquelas que ficam em volta do AHE Belo Monte e do reservatório, chamadas de AID – Área de Influência Direta. Elas incluem não só as terras que vão ser ocupadas pelas obras e pelo reservatório, mas também aquelas que vão sofrer interferências diretas, negativas ou positivas, do empreendimento.
  • 21. Áreas de Influência • As áreas das obras são aquelas que vão ser ocupadas pelas estruturas principais de engenharia e por toda a parte de infraestrutura necessária para a construção do AHE Belo Monte, como a barragem, os canteiros de obra, as estradas de acesso e áreas de botafora, considerando também as áreas de inundação. Essas áreas são chamadas de ADA – Área Diretamente Afetada.
  • 23. Área de Influência Indireta Meio Físico O rio Xingu vai ficando diferente ao longo do caminho, dentro da Área de Influência Indireta. Desde o seu encontro com o rio Amazonas até a Vila de Belo Monte, o rio Xingu sofre influência das marés, formando ilhas e bancos de areia. Esses ambientes são importantes para a reprodução das tartarugas-da-Amazônia.
  • 24. Área de Influência Indireta Já os pedrais do rio Xingu - ambientes importantes para peixes como os acaris ornamentais – ficam entre a Vila de Belo Monte e as Terras Indígenas Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu. As corredeiras e canais deixam a navegação mais difícil nesse trecho do rio. A partir do rio Bacajá até perto do encontro com o rio Iriri, o Xingu corre mais devagar, com a formação de várias ilhas. Nesse trecho do rio, perto do Iriri, voltam a aparecer os pedrais. Na Área de Influência Indireta do AHE Belo Monte, o período de chuvas é diferente daquele que ocorre em grande parte do país. As chuvas ocorrem mais nos meses de janeiro a abril. No período seco, a quantidade de água que corre no rio é bem menor do que na cheia (em média é menos do que 5 por cento da quantidade de água que normalmente corre pelo rio Xingu no período chuvoso).
  • 25. Área de Influência Indireta Os terrenos dessa área também são diferentes. A parte localizada ao sul da cidade de Altamira e na região da Volta Grande do Xingu tem terras boas Pedrais: blocos de rocha existentes em grande quantidade no rio Xingu, principalmente abaixo de seu encontro com o rio Bacajá e perto de seu encontro com o rio Iriri. São ambientes importantes para alguns animais, como morcegos, e alguns tipos de peixes, como os acaris, mas não é de boa qualidade para lavoura. A mesma coisa acontece na margem direita do rio Xingu, ao sul da Volta Grande, onde existem morros e alguns garimpos de ouro. Mais perto da Transamazônica, terra é boa para agricultura e pastagens. Já ao norte, os terrenos são mais inclinados, e praticar a agricultura fica mais difícil. Nessa área existem alguns abrigos, grutas e cavernas
  • 26. Área de Influência Indireta Meio Biótico Por causa do tipo de terreno, do tipo de terra e do clima do local, existem três tipos principais de vegetação na AII: floresta de terra firme, floresta aluvial (aquela que existe nos locais inundados pelas enchentes) e a vegetação encontrada em ambientes de Pedrais. Existem vários tipos de árvores, algumas com importante valor econômico, como mogno, castanheira, maçaranduba, ipê e cedro, que podem ter mais de 50 metros de altura. Nesse tipo de floresta existem, também, palmeiras e cipós, além de plantas de folhas largas e compridas, como as helicônias e bananeiras bravas.
  • 27. Ao longo dos últimos anos, a vegetação nativa da região vem sofrendo grande transformação, com muito desmatamento e degradação ambiental. Em vários locais onde antes havia florestas de terra firme, hoje há uma paisagem formada por pastagens, capoeiras e fragmentos de vegetação florestal.
  • 28. Área de Influência Indireta Meio Socioeconômico A população total da AII é de 317.472 habitantes, sendo que 51 por cento moram nas cidades. Em Altamira, a população da área urbana chega a 75 por cento do total do município. Na AII, a maioria das atividades econômicas está ligada à agropecuária e ao extrativismo vegetal. A soma de tudo que é produzido pelos onze municípios o PIB, correspondia a aproximadamente 3 por cento de tudo que era produzido no Pará em 2005. As grandes propriedades (com mais de 10 mil hectares) ocupam 30 por cento das áreas rurais. Já as pequenas e médias propriedades (entre 100 e 500 hectares) ocupam 70 por cento das áreas rurais.
  • 29. Comunidades Indígenas Área dos Estudos Por causa das características especiais dos povos indígenas, a Fundação Nacional do Índio (Funai) definiu uma Área de Estudo própria para o estudo das comunidades indígenas. Esses estudos consideraram as seguintes Terras e povos indígenas: • Terra Indígena Paquiçamba • Terra Indígena Arara da Volta Grande do Xingu • Área Indígena Juruna do km 17 • Terra Indígena Trincheira Bacajá • Terra Indígena Arara • Terra Indígena Cachoeira Seca • Terra Indígena Kararaô • Terra Indígena Koatinemo • Terra Indígena Araweté/Igarapé Ipixuna • Terra Indígena Apyterewa
  • 30. Avaliação de Especialistas Segundo especialistas, em primeiro lugar, Belo Monte não é tão limpa em termos de emissões de gases causadores do aquecimento global – o metano, liberado tanto pelas turbinas quanto pela matéria orgânica em decomposição das áreas alagadas de floresta, tem 25 vezes mais impacto sobre o aquecimento global por tonelada que o gás carbônico, conforme as atuais conversões do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC).
  • 31. Avaliação de Especialistas Tampouco é tão eficiente, para um investimento dessa envergadura: no período de seca, de julho a outubro, sua produtividade tende a ficar em 10% da alardeada capacidade instalada de 11 mil megawatts – trazendo a média anual a cerca de apenas 40% da capacidade. Tudo isso, ao custo da inundação de 100.000 hectares de floresta, impactos permanentes na bacia hidrográfica do Xingu (não considerados no atual EIA-RIMA) e a remoção de mais de 40 mil pessoas. E a um preço que o próprio setor privado estima poder chegar a 30 bilhões, essencialmente pago com dinheiro público, via BNDES.
  • 32. Avaliação de Especialistas “Belo Monte continua com problemas, embora o projeto tenha sido atenuado. O licenciamento foi confuso e traumático pois implicou na demissão de diretores do Ibama. É um projeto no qual o governo se dedica com muita pressa, sem tempo para convencer a iniciativa privada. Será uma usina quase estatal. Tanto as questões ambientais como as econômicas estão embaralhadas e o movimento de oposição a Belo Monte, que existe desde aquela época, apresentou no Planalto os seus argumentos.” Fernando Gabera
  • 33. Licença PARCIAL – Noticias “Hoje o que vem ocorrendo é que a concessão de uma licença parcial de instalação, (antes uma exceção utilizada para obras emergenciais e para trechos de rodovias e ferrovias), tornou-se, nos últimos anos, usual e freqüente. Obras importantes e com grande impacto ambiental, como Angra 3 e as hidrelétricas do Madeira, também receberam, assim como Belo Monte, licenças parciais antes que fossem cumpridas todas as exigências estabelecidas na licença prévia, as chamadas condicionantes.” Marina Silva
  • 34. Licença PARCIAL – Noticias “O juiz atendeu a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Em ação civil pública, o MPF alegou que a licença de instalação é ilegal porque não atende a pré-condições estabelecidas pelo próprio Ibama na licença prévia, que antecede a licença de instalação. Entre as exigências descumpridas, estão a recuperação de áreas degradadas, a adequação da infraestrutura urbana, a regularização fundiária de áreas afetadas e programas de apoio a indígenas da região”. (Disponível em http://www.prpa.mpf.gov.br/news/2011/mpf-vai-a-justica-contra-licenca-precaria-de-belo-monte).
  • 35. Nota pública do painel de especialistas sobre a UHE Belo Monte Amazônia – Brasil O grupo de pesquisadores, professores universitários e estudantes de pós-graduação que constitui o Painel de Especialistas tem dialogado, nos últimos dois anos, com os movimentos sociais e indígenas da região de Altamira sobre o Projeto da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, com a finalidade precípua de produzir uma análise criteriosa dos documentos referentes ao seu processo de licenciamento. O IBAMA autoriza a construção de obras (canteiros, prédios, estradas), o desmatamento de 238,1 hectares, e a abertura de clareiras nos rios Bacajá e Xingu, mediante a Licença de Instalação nº 770/2011, a Autorização de Supressão de Vegetação nº 501/2011 e a Autorização de Abertura de Picada nº505/2011, respectivamente, o Painel de Especialistas informa:
  • 36. Nota pública do painel de especialistas sobre a UHE Belo Monte Amazônia – Brasil - o acompanhamento do Plano Básico Ambiental, do atendimento às condicionantes expressas na Licença Prévia e das justificativas expressas na “Licença de Instalação Parcial” - que sequer figura na legislação referente ao Licenciamento Ambiental Brasileiro - evidencia que existe um processo de transformação daquilo que deveria ser prévio e condicional em medida genérica de acompanhamento e monitoramento. Avilta-se, através deste triste exemplo, a possibilidade do licenciamento ambiental se constituir enquanto ferramenta de planejamento público e como peça de compromisso social. Procura-se decompor uma das etapas da licença, suprimindo cautelas técnicas e direitos da população - ameaçada pelo projeto e pela superficialidade das ações tomadas após a concessão da Licença Prévia. Este último movimento do processo de licenciamento denota descompromisso do empreendedor e do órgão de licenciamento ambiental com o equacionamento entre o aproveitamento hidrelétrico pretendido, os direitos da população e o meio ambiente.
  • 37. Nota pública do painel de especialistas sobre a UHE Belo Monte Amazônia – Brasil O Painel de Especialistas ainda: - alerta a opinião pública e as autoridades máximas do governo brasileiro para os riscos de uma situação social explosiva, e endossa a preocupação com conseqüências ecológicas e culturais nefastas e irreversíveis; - apela aos cientistas brasileiros e do mundo a adotar uma posição crítica e vigilante, a direcionar os seus estudos para produzir evidências sobre - o desastre econômico, social e ambiental anunciado, a compartilhar do esforço de publitizar resultados de pesquisas sobre as questões técnico-científicas e políticas do projeto; - repudia a concessão da Licença de Instalação nº770/2011, a Autorização de Supressão de Vegetação nº 501/2011 e a Autorização de Abertura de Picada nº505/2011; - convoca os cientistas do Brasil e do mundo a se unirem em defesa do compromisso social da Ciência e de seus profissionais de não realizar atos ou tomar decisões que representem destruição de culturas, extinção de espécies e ameaça à vida e à paz.
  • 38. Governo reage à campanha externa contra Belo Monte “Enquanto o mundo usa os poluentes petróleo-gás-carvão para gerar energia, o Brasil é um dos poucos países do mundo que consegue movimentar suas fábricas e iluminar suas casas com a água que passa pelas turbinas, de forma ecológica ou, como se diz modernamente, sustentável. Mas se não criticam as nucleares da França, nem as unidades a carvão da China e tampouco as usinas a petróleo dos Estados Unidos, as entidades internacionais WWF e Greenpeace exacerbam suas críticas às usinas hidráulicas brasileiras. E Belo Monte é o prato do dia. Greenpeace e WWF costumam dizer que, embora internacionais, as filiais do Brasil têm autonomia. Mas dá para desconfiar da agressividade externa contra um país que faz do uso da hidreletricidade sua principal fonte de geração de energia.” 16 fevereiro 2012 Sérgio Barreto Motta, no site Monitor Mercantil
  • 39. Vídeo • Favor • http://www.youtube.com/watch?v=jn-17duBVjA&feature=player_embedded • http://www.youtube.com/watch?v=jWazC3exgyc&feature=related • Contra • http://www.youtube.com/watch?v=4k0X1bHjf3E • http://www.youtube.com/watch?v=JcCpFBro-Lc
  • 40. Vídeo • Contra – Tapajós http://www.youtube.com/watch?v=3_7VR4bxq1M • Favor – Tapajós http://www.youtube.com/watch?v=sDWJ_BmlVa0
  • 41. Sugestão de vídeo • Filme - Povos do Xingu contra a construção de Belo Monte • http://www.youtube.com/watch?v=ZmOozYXozb8&feature=related • Xingu Conta a incrível história dos irmãos Villas Bôas e a aventura da criação do primeiro parque indígena de grandes proporções no Brasil. Uma parte esquecida e dramática da nossa história que permanece atual e urgente. 06 DE ABRIL 2012 NOS CINEMAS • http://www.youtube.com/watch?v=OQwTWLwKLIM
  • 43. Agenda • 1º ETAPA – 29/04 – Manhã - Diagnóstico Ambiental • 1º ETAPA – 30/04 – Noite - Diagnóstico Ambiental • 2º ETAPA – 06/05 – Manhã - Avaliação Ambiental • 2º ETAPA – 07/05 – Noite - Avaliação Ambiental • 3º ETAPA – 13/05 – Manhã - Propostas • 3º ETAPA – 14/05 – Noite - Propostas • Apresentação • 20 e 21 de maio • 23 e 24 de maio • 27 e 28 de maio
  • 44. Agenda • PROVA – 06 JUNHO - NOITE • PROVA – 07 JUNHO – MANHÃ • RECUPERAÇÃO - 13 JUNHO – NOITE • RECUPERAÇÃO – 14 JUNHO - MANHÃ
  • 45. MONITORIA • Quartas-feiras e Sextas feiras das 16:00 às 18:30 – sala A102 - Natália de Q. Martins nataliameioambiente@gmail.com