2. definindoaporofobia
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O termo Aporofobia foi criado pela filósofa espanhola Adela Cortina para
designar a aversão aos pobres e suas implicações na democracia
A aporofobia aborda pensamentos, atitudes, práticas e políticas presentes nas
relações sociais que desprezam uma pessoa devido à sua condição puramente
socioeconômica.
Se manifesta de diversas formas, como violência, exclusão, preconceito, estigma e
desrespeito aos direitos sociais, como saúde, educação, trabalho, moradia, alimentação,
entre outros. Gera sofrimento psicológico, baixa autoestima, isolamento social e perda
de oportunidades para as pessoas pobres ou em situação de vulnerabilidade social.
3. aporofobia
ferea
dignidade
humana
Se manifesta de diversas formas, como
violência, exclusão, preconceito,
estigma e desrespeito aos direitos
sociais, como saúde, educação,
trabalho, moradia, alimentação, entre
outros.
Gera sofrimento psicológico, baixa
autoestima, isolamento social e
perda de oportunidades para as
pessoas pobres ou em situação de
vulnerabilidade social.
4. arquiteturahostil
Uma ideia ultrapassada, pautada na
especulação imobiliária, onde
acredita-se que a remoção dessas
pessoas valoriza o entorno e,
consequentemente, aumenta o valor
dos imóveis da região, a chamada
gentrificação.
A arquitetura hostil, como se
convencionou chamar, é um conjunto
de dispositivos construtivos que têm
como objetivo impedir a permanência
de pessoas, especialmente daquelas
em situação de rua, em bancos de
praças, espaços residuais em
fachadas e demais áreas livres do
espaço público.
5. Padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de
Rua, sob viaduto na Zona Leste de SP onde
prefeitura instalou pedras no chão (Foto:
Reprodução / Instagram )
"A instalação de pedras não
impede o descarte de lixo. Se a
intenção fosse essa, que fizessem
um Ecoponto então, e não deixar
com esse aspecto de campo de
concentração de Auschwitz",
apontou ele. "Olha essa operação
de guerra com 30 funcionários,
dois tratores, cinco caminhões,
técnicos e supervisores para
desfazer o erro que fizeram em
uma cidade cheia de problemas",
disse o padre.
7. ALPHAVELLIE-DoLadodeDentrodoMuro(2009)
Alphaville é um recorte do estilo de vida do lado de dentro do muro. O
retrato de um Brasil cercado, onde supostamente é mantido longe do
perigo, das interações indesejadas, de todo tipo de movimento,
heterogeneidade e imprevisibilidade das ruas.
Para compor o roteiro, Luiza, que atua como diretora de cena, viveu em um dos
residenciais do bairro e, lá, entrevistou alguns de seus vizinhos, trazendo
relatos surpreendentes, engraçados, tristes e esquisitos de quem, obviamente,
tem uma vida privilegiada, mas também está segregado em um mundo
artificial, muitos até sem mínimo contato com a realidade brasileira.
8. O isolamento de Alphaville formou um modo de vida
próprio, exaltado com orgulho pelos moradores e pelas
revistas e jornais (também próprios) dirigido ao
condomínio. Numa delas está estampada capa uma matéria
sobre estética masculina e reportagens sobre jovens que
dizem nunca terem conhecido uma favela, apesar de todo
condomínio ser cercado por elas. Os depoimentos
mostram que os jovens do condomínio raramente saíram
para conhecer o mundo real que os cercam.
DocumentárioAlphaville-DoLadodeDentrodoMuro2009
9. Aspectossociaisdaaporofobia
A implementação de políticas públicas de inclusão social, vinculadas a
promoção da dignidade, por meio da erradicação da pobreza, possibilitam a
concretização de um plano de desenvolvimento da sociedade nos âmbitos
econômico, social, cultural e político, relacionando se também, desta forma,
diretamente ao desenvolvimento e a expansão da cidadania e do exercício
amplo e irrestrito de direitos humanos e fundamentais. Portanto, tem-se
que, nas sociedades atuais, as políticas públicas de inclusão social
representam uma necessidade premente, especialmente diante de tantos
fenômenos excludentes, advindos, sobretudo, da desigualdade, da pobreza
e da discriminação.
10. Entende-se que a aporofobia é um modelo neoclássico
ensinado e reproduzido no comportamento humano, onde a
segregação é cômoda e o medo do diferente reforça o
distanciamento. O aumento dos níveis de desigualdade possui
relação direta com a diminuição dos níveis de mobilidade
social, esses níveis elevados possuem um impacto nos
processos de interação social, pois geram experiências de
vida e expectativas sociais divergentes como consequência a
rigidez social e a segregação.
11. As diversas formas de desigualdades são vistas como injustas na medida
em que as oportunidades apresentadas às pessoas para melhorar sua
situação socioeconômica são marcadamente diferentes e
desproporcionais, assim como quando aqueles que estão no topo da
distribuição de renda alcançam essa posição a partir de normas, valores
e mecanismos institucionais e sociais, tanto que o pobre é ascensão
também é marginalizado e excluído do círculo em que ele está tentando
se inserir. São vistos de uma maneira inferiorizada, Como se não
merecesse estar progredindo na vida financeira gera a sensação de não
pertencimento ao meio.
ALUNAS: BEATRIZ D - CRISTINA C - LUANA S / RA: 31955 - 31880 - 32144
13. UNIFACCAMP - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CAMPO LIMPO PAULISTA
CURSO DE PSICOLOGIA
Beatriz Daniele – RA: 31955
Cristina Chagas – RA: 31880
Luana Stephanie – RA: 32144
SEMINÁRIO DE DIVERSIDADE HUMANA:
Aporofobia
CAMPO LIMPO PAULISTA
2023
14. Beatriz Daniele – RA: 31955
Cristina Chagas – RA: 31880
Luana Stephanie – RA: 32144
SEMINÁRIO DE DIVERSIDADE HUMANA:
Aporofobia
Trabalho apresentado ao Centro Universitário de Campo Limpo como requisito parcial de avaliação da
disciplina “Diversidade Humana” para a titulação de Bacharel em Psicologia.
Professora: Esp. Rose Meire Mendes de Almeida
CAMPO LIMPO PAULISTA
2023
15. 2
1 INTRODUÇÃO
1.1 DEFININDO APOROFOBIA
O termo Aporofobia foi criado pela filósofa espanhola Adela Cortina para designar a
aversão aos pobres e suas implicações na democracia A aporofobia aborda
pensamentos, atitudes, práticas e políticas presentes nas relações sociais que
desprezam uma pessoa devido à sua condição puramente socioeconômica. Se
manifesta de diversas formas, como violência, exclusão, preconceito, estigma e
desrespeito aos direitos sociais, como saúde, educação, trabalho, moradia,
alimentação, entre outros. Gera sofrimento psicológico, baixa autoestima, isolamento
social e perda de oportunidades para as pessoas pobres ou em situação de
vulnerabilidade social.
O PRECONCEITO CONTRA A CONDIÇÃO DE POBREZA
Se manifesta de diversas formas, como violência, exclusão, preconceito, estigma e
desrespeito aos direitos sociais, como saúde, educação, trabalho, moradia,
alimentação, entre outros. Gera sofrimento psicológico, baixa autoestima, isolamento
social e perda de oportunidades para as pessoas pobres ou em situação de
vulnerabilidade social.
ONDE ESSE PRECONCEITO ESTÁ PRESENTE?
A arquitetura hostil, como se convencionou chamar, é um conjunto de dispositivos
construtivos que têm como objetivo impedir a permanência de pessoas,
especialmente daquelas em situação de rua, em bancos de praças, espaços residuais
em fachadas e demais áreas livres do espaço público. Uma ideia ultrapassada,
pautada na especulação imobiliária, onde acredita-se que a remoção dessas pessoas
valoriza o entorno e, consequentemente, aumenta o valor dos imóveis da região, a
chamada gentrificação.
DOCUMENTÁRIO: ALPHAVILLE - DO LADO DE DENTRO DO MURO (2009)
Alphaville é um recorte do estilo de vida do lado de dentro do muro. O retrato de um
Brasil cercado, onde supostamente é mantido longe do perigo, das interações
indesejadas, de todo tipo de movimento, heterogeneidade e imprevisibilidade das
ruas. Para compor o roteiro, Luiza, que atua como diretora de cena, viveu em um dos
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residenciais do bairro e, lá, entrevistou alguns de seus vizinhos, trazendo relatos
surpreendentes, engraçados, tristes e esquisitos de quem, obviamente, tem uma vida
privilegiada, mas também está segregado em um mundo artificial, muitos até sem
mínimo contato com a realidade brasileira. O isolamento de Alphaville formou um
modo de vida próprio, exaltado com orgulho pelos moradores e pelas revistas e jornais
(também próprios) dirigido ao condomínio. Numa delas está estampada capa uma
matéria sobre estética masculina e reportagens sobre jovens que dizem nunca terem
conhecido uma favela, apesar de todo condomínio ser cercado por elas. Os
depoimentos mostram que os jovens do condomínio raramente saíram para conhecer
o mundo real que os cercam.
1.2 ASPECTOS SOCIAIS DA APOROFOBIA
A implementação de políticas públicas de inclusão social, vinculadas a promoção da
dignidade, por meio da erradicação da pobreza, possibilitam a concretização de um
plano de desenvolvimento da sociedade nos âmbitos econômico, social, cultural e
político, relacionando se também, desta forma, diretamente ao desenvolvimento e a
expansão da cidadania e do exercício amplo e irrestrito de direitos humanos e
fundamentais. Portanto, tem-se que, nas sociedades atuais, as políticas públicas de
inclusão social representam uma necessidade premente, especialmente diante de
tantos fenômenos excludentes, advindos, sobretudo, da desigualdade, da pobreza e
da discriminação.
Entende-se que a aporofobia é um modelo neoclássico ensinado e reproduzido no
comportamento humano, onde a segregação é cômoda e o medo do diferente reforça
o distanciamento. O aumento dos níveis de desigualdade possui relação direta com a
diminuição dos níveis de mobilidade social, esses níveis elevados possuem um
impacto nos processos de interação social, pois geram experiências de vida e
expectativas sociais divergentes como consequência a rigidez social e a segregação.
As diversas formas de desigualdades são vistas como injustas na medida em que as
oportunidades apresentadas às pessoas para melhorar sua situação socioeconômica
são marcadamente diferentes e desproporcionais, assim como quando aqueles que
estão no topo da distribuição de renda alcançam essa posição a partir de normas,
valores e mecanismos institucionais e sociais, tanto que o pobre é ascensão também
é marginalizado e excluído do círculo em que ele está tentando se inserir. São vistos
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de uma maneira inferiorizada, como se não merecesse estar progredindo na vida
financeira gera a sensação de não pertencimento ao meio.
2. CONCLUSÃO
Em síntese, a aporofobia, representada por atitudes discriminatórias em relação as
pessoas de classe social baixa, reflete-se em diversas manifestações, desde a
arquitetura hostil até enclaves isolados como Alphaville. A implementação de políticas
públicas de inclusão social torna-se crucial para combater a desigualdade e promover
a dignidade, contribuindo para um desenvolvimento integral da sociedade. A
superação desse modelo neoclássico exige uma mudança de mentalidade e a
construção de sociedades mais justas, onde a diversidade é valorizada e todos têm
oportunidades iguais, rompendo com os ciclos de exclusão e marginalização.
3. REFERÊNCIAS
ALPHAVILLE DO LADO DE DENTRO DO MURO. Direção: Luiza Campos. Produção
de Gil Ribeiro. Brasil, 2009: Youtube, 2009.
APOROFOBIA, a aversão aos pobres, define o Brasil pós-golpe. Rede Brasil Atual,
São Paulo, 19 jul. 2018. Seção Cidadania. Disponível em:
<https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/aporofobia-a-aversao-aos-pobres-
define-o-brasil-pos-golpe-diz-feijoo/>. Acesso em: 8 nov. 2023.
Aporofobia. Brasil Escola, 2020. Seção Sociologia. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/aporofobia.htm>. Acesso em: 9 nov. 2023.
CORTINA, Adela. Aporofobia, a aversão ao pobre: um desafio para a democracia. São
Paulo: Editora Contracorrente, 2020.
SILVA; Caroline, R. Direito, democracia e desenvolvimento.
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