Este documento discute a literatura infantil e seu papel na escola. Primeiro, introduz o assunto e afirma que a literatura infantil é subestimada intelectualmente e reprimidade ideologicamente. Em seguida, estabelece objetivos como privilegiar a literatura infantil na teoria literária e questioná-la sob uma perspectiva estética. Por fim, discute como os primeiros livros para crianças surgiram no século XVIII com fins educativos, e como a literatura infantil ainda é vista como auxiliar da pedagogia em vez de arte
1. A LITERATURA INFANTIL NA ESCOLA
ZILBERMAN, Regina. A Literatura infantil na
escola. 11 ed. rev., e ampl. – São Paulo: Global,
2003.
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Literatura Infanto Juvenil e Biblioteca
Prof.ª Ms. Joice Brito Nascimento
Acadêmicos: Alan Lucas, Jaíne Silva,
Jéssica Alves, Mayara Calixto e Thainara
Souza.
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INTRODUÇÃO
A Literatura infantil está envolvida por uma capa
protetora de enganos e preconceitos que, ao mesmo
tempo, a diminuem intelectualmente e reprimem uma
averiguação que ponha em evidência sua validade
estética ou suas fraquezas ideológicas.
Esse território foi tornado vago talvez pela negligência,
descaso ou comprometimento com esses prejuízos por
parte da Teoria Literária.
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Partindo da óptica literária, foram deixados de lado os problemas
relativos à ilustração, embora se discuta a razão da primazia atribuída ao texto. Enfim,
esperou-se atingir determinadas metas, balizadas por algumas teses diretoras:
a) Literatura Infantil um campo a ser privilegiado pela Teoria Literária;
b) Gênero que pode ser questionado por tal Ciência;
c) Enfoque estético que preside a abordagem do livro para crianças;
d) A Literatura Infantil não ser subsidiária da escola e do ensino, mas um agente de
conhecimento que propicia o questionamento dos valores em circulação na
sociedade;
e) O desdobramento desses ensaios visam encetar um diálogo com uma modalidade
de produção artística por muito tempo votada ao silêncio, devido à mordaça da
sociedade, regida pela norma adulta, usou para abafar a voz da criança.
4. A CRIANÇA, O LIVRO E A ESCOLA
Escrita é auto-estranhamento. Sua superação, a leitura do texto,
é, pois, a mais alta tarefa de compreensão.
Hans-Georg Gadamer
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Os primeiros livros para crianças foram produzidos ao final XVII, e durante o século
XVIII. Antes disso, não se escrevia para elas, porque não existia a
“infância”. A concepção de uma faixa etária diferenciada, com interesse próprios e
necessitando de uma formação específica, só aconteceu em meio a
Idade Moderna. A mudança se deveu a emergência de uma nova noção de família.
Centrada num núcleo unicelular preocupado em manter sua privacidade e estimular
o afeto entre seus membros.
Antes da constituição desse modelo familiar burguês, inexistia uma consideração
especial para com a infância. Pequenos e grandes compartilhavam dos mesmos
eventos, porém nenhum laço amoroso especial os aproximavam. A nova valorização
da infância gerou maior união familiar, mas igualmente meios de controle do
desenvolvimento intelectual da criança e manipulação das emoções.
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Os primeiro textos para crianças são escritos por pedagogos e
professoras, com marcante intuito educativo. Até hoje, a Literatura
Infantil permanece como uma colônia da pedagogia, assim não é
aceita como arte, por ter uma finalidade pragmática, mas
compromissada com a dominação da criança.
QUESTIONANDO COM A AUTORA:
Como tornar a Literatura um instrumento de
conscientização da criança?
Como tornar a Literatura um momento de prazer?