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Linguagem em Frei Luís de Sousa
 [Pergunta] Podia esclarecer-me melhor quanto ao tipo e características da
 linguagem utilizada em Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett?
Tiago :: :: Portugal

 [Resposta] Transcrevo um excerto da "Memória ao Conservatório Real" por meio
 da qual Garrett apresenta a sua obra: "O que eu escrevi em prosa, pudera
 escrevê-lo em verso; - e o nosso verso solto está provado que é dócil e ingénuo
 bastante para dar todos os efeitos de arte sem quebrar na natureza. Mas sempre
 havia de parecer mais artifício do que a índole especial do assunto podia sofrer.
 E di-lo-ei porque é verdade – repugnava-me também pôr na boca do Frei Luís de
 Sousa outro ritmo que não fosse o da elegante prosa portuguesa que ele, mais
 do que ninguém, deduziu com tanta harmonia e suavidade."
 Garrett procurou a elegância, a simplicidade, a naturalidade e usou as
 potencialidades da língua ao serviço dos efeitos que pretendia com a sua obra:
 1 – vocabulário de uso corrente, acessível a qualquer público;
 2 – algumas palavras e construções antigas, contribuindo para a verosimilhança
 da fala das personagens: ingano, inrijar, ilha incuberta, infado, intendia,
 incostem-nos; quitaram-te; tão bom linhagem (masculino); tamanhinha; O teu
 coração e as tuas mãos estão puras. (concordância no feminino); faredes; ua;
 apanhar das flores; e foi quem acabou com os outros (quem persuadiu os
 outros, acabando com a sua relutância); bem estreado; donzela dolorida; vivirá;
 3 – substantivos abstractos, adequados à revelação de sentimentos, de
 emoções, de valores: paz, alegria d'alma, engano, fortuna, medo, terrores,
 desgraça, gravidade, viveza, espírito, conselhos, ascendente, confiança,
 respeito, amor, carinho, formosura, bondade, devoção, lealdade, etc.;
 4 – diálogos vivos, em interacção verbal constante:
 a)falas curtas;
 b)palavras soltas: Isso agora...; Também.; Às vezes. ; Melhor quê?; Era.; O
 último.; Emendá-lo.; Tontinha!; Menina!; Sabia.; Tenho.; Porquê?; Madalena!;
 Levaram.; Cativo?...; Sim.; Português?...; Ninguém!; Manuel.; Acordou.;
 Prometo.; Pesa-te?; Pesa-te...; Senhor!;
 c)períodos constituídos por sequências de monossílabos: Pois sim...; Se sou!; O
 quê? Sim.; O meu?; O que é?; Qual?... a que foi?...; Já, sim.; Ai, meu pai!;
 Sim!; Eu não.; A mim!; Sim, mas...; O quê?; Pois vós?; Eu sei!; Por vós?; Ele
 foi?; E eu vou.;
 d)períodos construídos com frases curtas;
 e)frases exclamativas e interrogativas;
 f)interrupções no diálogo, traduzindo a naturalidade das intervenções: (...) isto
 de a palavra de Deus estar assim numa língua que a gente... que toda a gente
 não intende... confesso-vos que aquele mercador (...); Não lhe dizer... / Não lhe
 digo nada (...); (...) que desde o tempo em que... que... / Que já lá vai, que era
 outro tempo; Eu... / Tu bem sei que duvidaste (...);
 g)frases de interrupção da fala da outra personagem, revelando o pensamento,
 com naturalidade, espontaneamente: És muito amigo dela, Telmo?; Filha da
 minha alma!; Isso agora...; E a ninguém mais ficou resto de dúvida... / Senão a
 mim.; Jesus, homem!; Não, não, tenho!;:
 5 – diálogos entrecortados de jogos de ideias, de subentendidos: Que já lá vai,
 que era outro tempo.; Terá?...; (...) digna de melhor... de melhor...; Bem mo
dizia o coração!; Oxalá!; Já não tenho família.; hão-de jurar que me não
conhecem.; Não há ofensa verdadeira senão as que se fazem a Deus. Pedi-lhe
vós perdão a ele, que vos não faltará de quê. Não, irmão, não, decerto. E Ele
terá compaixão de mim. Terá...; (...) um honrado homem... a quem unicamente
devi a liberdade... a ninguém mais.; Como se me visse a mim mesmo num
espelho.; Ninguém!;
6 – despojamento da linguagem figurativa, conferindo naturalidade às falas das
personagens: quase só uma ou outra metáfora (um anjo como aquele...; o meu
anjo do céu; a flor da nossa gente; feiticeira), uma ou outra gradação (viúva,
órfã e sem ninguém; na formosura, no engenho, nos dotes admiráveis daquele
anjo);
7 – repetições: Calai-vos, calai-vos, pelas dores de Jesus Cristo, homem.; Não
posso, não posso ver...; Vêem, vêem?; Que fazes? que fizeste?; Meu Deus, meu
Deus!...; Parti! parti!; Fujamos! Fujamos!; Hoje... hoje! Pois hoje (...); Deixai,
deixai, não importa (...); Meu pai, meu pai (...); Vai, vai.;
8 – pontuação expressiva, reveladora dos sentimentos e do pensamento das
personagens: constantes pontos de exclamação, de interrogação e reticências;
9 – monólogos de pequena extensão, mantendo o leitor (espectador) preso ao
pensar da personagem (acto I, cenas 1 e 9; acto III, cena 4);
10 – cenas de curta duração.
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Linguagem natural e diálogos vivos em Frei Luís de Sousa

  • 1. Linguagem em Frei Luís de Sousa [Pergunta] Podia esclarecer-me melhor quanto ao tipo e características da linguagem utilizada em Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett? Tiago :: :: Portugal [Resposta] Transcrevo um excerto da "Memória ao Conservatório Real" por meio da qual Garrett apresenta a sua obra: "O que eu escrevi em prosa, pudera escrevê-lo em verso; - e o nosso verso solto está provado que é dócil e ingénuo bastante para dar todos os efeitos de arte sem quebrar na natureza. Mas sempre havia de parecer mais artifício do que a índole especial do assunto podia sofrer. E di-lo-ei porque é verdade – repugnava-me também pôr na boca do Frei Luís de Sousa outro ritmo que não fosse o da elegante prosa portuguesa que ele, mais do que ninguém, deduziu com tanta harmonia e suavidade." Garrett procurou a elegância, a simplicidade, a naturalidade e usou as potencialidades da língua ao serviço dos efeitos que pretendia com a sua obra: 1 – vocabulário de uso corrente, acessível a qualquer público; 2 – algumas palavras e construções antigas, contribuindo para a verosimilhança da fala das personagens: ingano, inrijar, ilha incuberta, infado, intendia, incostem-nos; quitaram-te; tão bom linhagem (masculino); tamanhinha; O teu coração e as tuas mãos estão puras. (concordância no feminino); faredes; ua; apanhar das flores; e foi quem acabou com os outros (quem persuadiu os outros, acabando com a sua relutância); bem estreado; donzela dolorida; vivirá; 3 – substantivos abstractos, adequados à revelação de sentimentos, de emoções, de valores: paz, alegria d'alma, engano, fortuna, medo, terrores, desgraça, gravidade, viveza, espírito, conselhos, ascendente, confiança, respeito, amor, carinho, formosura, bondade, devoção, lealdade, etc.; 4 – diálogos vivos, em interacção verbal constante: a)falas curtas; b)palavras soltas: Isso agora...; Também.; Às vezes. ; Melhor quê?; Era.; O último.; Emendá-lo.; Tontinha!; Menina!; Sabia.; Tenho.; Porquê?; Madalena!; Levaram.; Cativo?...; Sim.; Português?...; Ninguém!; Manuel.; Acordou.; Prometo.; Pesa-te?; Pesa-te...; Senhor!; c)períodos constituídos por sequências de monossílabos: Pois sim...; Se sou!; O quê? Sim.; O meu?; O que é?; Qual?... a que foi?...; Já, sim.; Ai, meu pai!; Sim!; Eu não.; A mim!; Sim, mas...; O quê?; Pois vós?; Eu sei!; Por vós?; Ele foi?; E eu vou.; d)períodos construídos com frases curtas; e)frases exclamativas e interrogativas; f)interrupções no diálogo, traduzindo a naturalidade das intervenções: (...) isto de a palavra de Deus estar assim numa língua que a gente... que toda a gente não intende... confesso-vos que aquele mercador (...); Não lhe dizer... / Não lhe digo nada (...); (...) que desde o tempo em que... que... / Que já lá vai, que era outro tempo; Eu... / Tu bem sei que duvidaste (...); g)frases de interrupção da fala da outra personagem, revelando o pensamento, com naturalidade, espontaneamente: És muito amigo dela, Telmo?; Filha da minha alma!; Isso agora...; E a ninguém mais ficou resto de dúvida... / Senão a mim.; Jesus, homem!; Não, não, tenho!;: 5 – diálogos entrecortados de jogos de ideias, de subentendidos: Que já lá vai, que era outro tempo.; Terá?...; (...) digna de melhor... de melhor...; Bem mo
  • 2. dizia o coração!; Oxalá!; Já não tenho família.; hão-de jurar que me não conhecem.; Não há ofensa verdadeira senão as que se fazem a Deus. Pedi-lhe vós perdão a ele, que vos não faltará de quê. Não, irmão, não, decerto. E Ele terá compaixão de mim. Terá...; (...) um honrado homem... a quem unicamente devi a liberdade... a ninguém mais.; Como se me visse a mim mesmo num espelho.; Ninguém!; 6 – despojamento da linguagem figurativa, conferindo naturalidade às falas das personagens: quase só uma ou outra metáfora (um anjo como aquele...; o meu anjo do céu; a flor da nossa gente; feiticeira), uma ou outra gradação (viúva, órfã e sem ninguém; na formosura, no engenho, nos dotes admiráveis daquele anjo); 7 – repetições: Calai-vos, calai-vos, pelas dores de Jesus Cristo, homem.; Não posso, não posso ver...; Vêem, vêem?; Que fazes? que fizeste?; Meu Deus, meu Deus!...; Parti! parti!; Fujamos! Fujamos!; Hoje... hoje! Pois hoje (...); Deixai, deixai, não importa (...); Meu pai, meu pai (...); Vai, vai.; 8 – pontuação expressiva, reveladora dos sentimentos e do pensamento das personagens: constantes pontos de exclamação, de interrogação e reticências; 9 – monólogos de pequena extensão, mantendo o leitor (espectador) preso ao pensar da personagem (acto I, cenas 1 e 9; acto III, cena 4); 10 – cenas de curta duração. In Ciberdúvidas da Língua Portuguesa