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A Idade Média, as
    Catedrais e as
   Universidades


           Prof. Raul Pessolani
                    (TEM-UFF)
A revolução das Catedrais
 Hoje não é fácil imaginar o que uma igreja significava para as
   pessoas daquele período. A igreja era, geralmente, o único
    edifício de pedra em toda a redondeza; constituía a única
construção de considerável envergadura, e seu campanário era
um ponto de referência para todos os que vinham de longe. Aos
 domingos e durante a Missa, todos os habitantes da cidade ali
    podiam encontrar-se. Não admira que toda a comunidade
  estivesse interessada na construção e se orgulha-se da sua
 decoração. A construção levava anos e devia transformar uma
 cidade inteira. A extração de pedra e seu transporte, a ereção
  de andaimes adequados, o emprego de artífices itinerantes,
 tudo isso constituía um acontecimento importante nesses dias
                             remotos
                               E.H. Gombrich - A História da Arte
Igrejas Românicas
paredes grossas, altura limitada, escuras.




                   • Esquema estrutural: peso,
                     pórticos e tirantes
                     internos
Catedrais Góticas: Luz, Verticalidade,
                Beleza
Catedral de Vezelay      Catedral de Amiens
Gótico
- Nova concepção estrutural:
+ Aumentar a altura
+ Aliviar o peso
+ Introduzir janelas
+ Nervuras resistentes
+ Painéis mais leves




- Resultado: gaiola de vidro


- Maravilhosa combinação:
+ partido arquitetônico
+ esquema estrutural.
Solução estrutural: Arco Botante
alturas externas (torres)
             altura ano
Reims          82      1220
Salisbury     122
Chartres      123
Estrasburgo   142
Beauvais      153   (Queops
148)
Ulm           160
Cluny         171
Vitrais: Da luz natural à Luz
                   imortal.
     " Meu objetivo era fazer com que, através da luz natural,
    filtrada pelos vitrais, se abrisse para os homens o caminho
                       para a verdadeira luz".
     "Banhado pela luz contínua e maravilhosa de seus vitrais
               claros resplandece a beleza".




 
Esculturas: Ensinar por imagens 




   Bíblia de Pedra – capitéis, colunas, tímpanos
Planejamento
- Mestres de obras, pedreiros, canteiros, britadores,
escultores
- Planos e Cálculo das abóbadas
- Esboços nas paredes: matemática: geometria espacial,
trigonometria, ...
- Instrumentos de desenho: tira-linhas, esquadro, compasso
Construção
 Transporte de pedras
“Do séc XI ao XIII na França transportou-se mais
  pedras do que no Egito em qualquer período
  da sua história”
                Jean Ginpel – A Revolução Industrial da Idade Média


   Emprego de Máquinas Construtivas: o guindaste


                  "Dizem que foi a fé quem construiu as Catedrais na
                            Idade Média. De acordo, mas também a
                                        Geometria“ (Etienne Gilson)

                Villard de Honnecourt
                (Engenheiro e Arquiteto)
                (primeiros desenhos)
* Carrinho de mão ou padiola ?
- Uma lição ...




Arquiteta ou Mestra de obras ?
Início da Educação
   Criança na Grécia e em Roma

   Visão errada da Idade Média:
       Era de ignorancia, superstição e repressão intelectual?


   Mosteiros:
       Organizam-se as primeiras escolas
       Ensino fundamental: igrejas e mosteiros
         Os pais se reuniam e pagavam os professores

           Universal, sem distinção de classes: nobres e plebeus.
            Gratuita
Ensino médio
Escolas monacais e catedrais

 Disciplinas    básicas:
     Trivium: gramática, retórica e lógica
     Quadrivium: astronomia, geometria, aritmética e
      teoria musical


 Duração     da aula: 45 ou 90 minutos.
Séculos X e XI
   Gerbert de Aurillac (Papa Silvestre II 999-1003)
         “O homem vive da Fé, mas é bom que a conjugue com a
             Ciência, pois Deus deu ao homem o grande dom do
         conhecimento, e quem não o tem são os que são chamados
                                  de tolos”

   Fêz o primeiro Relógio em 996.
       No séc XIV, Peter Lightfoot, monge do mosteiro de
        Galstonbury, construiu um dos mais antigos relógios que
        ainda existem e que está na London´s Science Museum.
Árabes (Sécs VII a XII)
   Invadem a Palestina, África e Espanha.
       Em Alexandria tomam contato com as obras gregas.
       Destaque:
         Matemática
               Al-Khwarizmi: sistema de numeração, algebra polinomial
           Filosofia:
               Avicena, Averróis, Maimônides (1000dc).
               Tradução de Aristóteles

   Séc XII: século das traduções
       Traduz-se a Lógica de Aristóteles para o Latim.
O nascimento das
    Universidades
   Não há nenhuma instituição similar no
    mundo antigo.

   Nascem das Catedrais
     Reúnem-se artesãos, escultores, arquitetos,
      geômetras, “engenheiros”
     Dedicam-se a ensinar


   Primeiras Universidades (Séc XII)
     Paris, Bolonha, Oxford,...(não tem sede material)
     Estrutura: exposição, dúvidas, debates e conclusão
     Critério de certeza: Racionalidade
Escola da Catedral de Chartres
(Séc XII)
   Thierry de Chartres (1140), Abelardo Bath, William de Conches.
     Esculpida na fachada oeste pode-se extrair algo do que estudaram:
       Aristóteles, Boécio, Cicero, Euclides, Ptolomeu, Pitagoras.

   Lançam as bases filosóficas da ciência
     Rejeitam a concepção dos Gregos de que as estrelas são formadas
      de substâncias semi-divinas.
     A natureza é autônoma. Deus a criou com as suas causas naturais e
      os fenômenos ocorrem segundo leis estabelecidas.
     Rejeitam a idéia de que a investigação racional pudesse ser uma
      afronta a Deus, e que o comportamento de Deus é restrito pelas leis.
     Não se deve recorrer a milagres para explicar Fenômenos naturais
     “É por causa da razão que nós somos homens e devemos emprega-
      la para conhecer a beleza do mundo criado”
Formulando as premissas filosóficas; definindo os
  conceitos básicos do cosmos a partir do qual as
  ciências particulares cresceriam; reconstruindo
   sistematicamente o conhecimento do passado
   (...) no período de 15 a 20 anos na metade do
  séc XII, uns poucos homens se esforçaram por
         lançar as bases da ciência ocidental.
                                     Thomas Goldstein
                                (Historiador da Ciencia)
Sécs XII-XIII

Séc XIV
Caracteristicas
   Biblioteca com uma relação mínima de livros que devem
    ser lidos e estudados.
   Curriculum de matérias bem definido, que levavam
    normalmente de 4 a 5 anos.
   Recebiam a chancela e aprovação do Papa ou dos reis, ou
    do imperador.
   Independentes e autônomas em relação às autoridades
    locais, “internacionais”.
     De fato, o Papa intervém várias vezes para garantir a
       sua autonomia.
   Sem sede material.
   Abertas para pessoas de todas as classes sociais e
    condições.
Cursos
   Faculdades Clássicas:
       Artes liberais, Direito (civil e canônico), Medicina, filosofia natural
        (ciências) e Teologia


   O graduado saia com o título de Bacharel, que lhe possibilitava
    trabalhar na área ou lecionar em escolas de nível básico e médio.

   Aos professores das universidades era exigido que tivessem o
    título de master.
       Deveria ler uma série de livros dos antigos; Aritóteles, Virgílio,
        Cícero, Euclides, etc.
       Defender uma questão diante de uma banca de professores.
Nova Metodologia Científica
   Sentenças de Pedro Lombardo (Sec XII)

   Define a Escolástica (Filosofia da Escola)
     Utilização da Dialética. (Lógica de Aristóteles)
          Confrontação franca entre razões contrarias.
          Enumeram-se e confrontam-se as razões de cada uma

   Conseqüência:
     Produzirá uma grande revolução e uma popularização no domínio
      das ciências paralela à transformação da sociedade produzidas pela
      formação das grandes cidades.

   Essa metodologia ficou plasmada nos escritos dos escolásticos e
    que nos chegam até hoje.
   Professores: Anselmo de Canterbury, Pedro Abelardo, Alberto
    Magno, Tomas de Aquino, Roger Bacon, Raimundo Lulio, Duns
    Escoto, Boaventura, …


   Traduzem-se em toda a parte do árabe as obras gregas.
       Tabelas astronômicas, tratados de mecânica, manuais de algebra,
        geometria e trigonometria, a geografia de Ptolomeu, Avicena
        Averrois, Maimônides.
       Discutem-se os Gregos: traduzem-se obras desconhecidas para os
        latinos: Platão, Arquimedes, Aristóteles (que irá provocar uma
        revolução cultural)
Aulas
   Imagem:
       Algo engessado: temas e as lições eram impostos, não havia
        debates e tudo era influenciado pela Teologia.


   Era todo o Contrário:
       Expositio – Proposição de um tema
       Lectio – Leitura de um texto
       Disputatio – Discutiam as diversas temas.
           A Lógica como método de demonstração e análise.
       Quaestio – Comentário e fechamento do professor.
Roberto de Sorbon (1300)

   Dicas para ir bem nos estudos:
       Ordenar o tempo
       Concentrar a atenção
       Cultivar a memória
       Tomar notas
       Discutir com os colegas
       Rezar
Outros aspectos
 Instituiçãodos Colleges
 Universalismo medieval:
     Permuta de estudiosos, idéias e conhecimentos.
 Língua    oficial?
     O Latim: internacionalidade.
Pierre Duhen (1863-1914)
 Físico   e Historiador
     Escreve a Teoria Física com Ernst Mach e se dedica
      ao estudo de História da Ciência Medieval
 Conclusões
     As universidades medievais foram grandes centros
      científicos que possibilitaram os descobrimentos
      posteriores
     Porque não havia imprensa, as descobertas foram
      registradas em manuscritos pouco divulgados
     Os cientistas modernos não se preocuparam em citar,
      mas em ressaltar a novidade das próprias
      contribuições.
O que é a Universidade?
   É onde se adquire uma formação universal.
       É conferir não apenas um título

    A finalidade do sistema educativo, considerado em seu conjunto,
       não é prover de mão de obra a indústria ou ensinar aos jovens
            a ganhar a vida... É formar os jovens e promover seu
         desenvolvimento como seres humanos até a sua máxima
           possibilidade: capacita-los para que façam o maior uso
                           possível de seus dons

                                Robert M. Hutchins – A Universidade da Utopia
                                                                            .
Formar o Homem
  O Sistema educativo deve promover o
    desenvolvimento moral, intelectual,
      estético e espiritual. (Robert Hutchins)

 Formação     Integral:
    Ensinar o verdadeiro (intelectual)
    Facilitar a prática do bem (Ética e moral)
    Ensinar a apreciar o belo, a arte (Estética)
Como era a ciência medieval?

 Contemplativa,        especulativa, filosófica.
    Filosofia da Natureza.
        Ex: Busca do que está por trás => Metafísica do Ser
    Não se preocupa em resolver problemas práticos,
     mas procura ir até o fundo.
        Movimento: o que é?
        Não há a preocupação de descrever
Tomás de Aquino (1225-1274)
   Progresso Científico:
     É bom, pois leva a conhecer a Deus, como através de um quadro se
       conhece o artista.
     A Ciência deve se basear na observação e não na filosofia.
     O progresso científico consiste em “salvar as aparências”.
        Em cada época gera explicações de acordo com os
         instrumentos que dispõe:
                      Cada Ciência é filha do seu tempo!
   Física:
     O universo começou a existir, e é contingente.
     Não existem “seres celestes perfeitos”. (Contra Aristóteles)
     Não se pode afirmar que uma teoria é definitiva
          Porque talvez também possam ser explicadas mediante
           outra teoria que ainda não conhecemos.
Stanley Jaki (1924- )
   Físico e Historiador da Ciência

   Grandes Culturas da Antiguidade:
     A ciência passou por sucessivas mortes prematuras
     Não havia um ambiente cultural adequado para desenvolver-se.


   Obstáculos:
     Politeísmo: deuses caprichosos que submetiam os fenômenos
      naturais.
           Grécia, Egito, Babilônia=> atribuíam a divindades que os provocavam.

       Panteísmo: Concepção da história como um eterno ciclo que se repete
           China e India => Taoísmo e panteísmo.

   Árabes:
     As poucas descobertas se fizeram a contra-gosto, pois “a autonomia
       de Alah não poderia ser restrita pelas leis naturais”
Porque a Ciência se
        desenvolveu no Ocidente?
   Ambiente Cultural Favorável:
     Monoteísmo: Deus pessoal criador, que cria livremente o mundo
      e é separado do mundo.
    - A Incarnação do Verbo enfatiza essa separação.


-   O mundo é reflexo da sabedoria de Deus.
    - Logo => está perfeitamente ordenado por meio de leis eternas,
      imutáveis e universais.

-   Deus criou o homem à sua imagem e semelhança:
    - Participa da inteligência divina e é capaz de conhecer o mundo
      e tem a missão de transforma-lo.
                      Matriz Cultural Cristã
Física dos Séculos XIII-XIV
             Universidade de Paris

 Roger     Bacon (1214-1292)
      A terra é redonda e se pode circunavegar
      Trabalhos em ótica: lentes, reflexão, refração


 Jean     Buridan (1300-1385)
      Impetus: Primórdios da Inércia
          O mundo teve um início.
          O movimento dos astros foi dado na criação e dura até hoje por
           não encontrar nenhuma resistência, que o faça parar.
Nicole Oresme (1380-1382)
 Movimento     relativo.
      O homem no navio acredita que ele está parado e tudo
       está se movendo e é ao contrário.
      Estende à Terra: um observador na Terra não dispõe de
       qualquer meio para saber se o alvorecer e o pôr do sol
       são resultantes da rotação do sol ou da terra.


 Pergunta-se:
      Não será que a terra é que está girando?
                 Antecessor de Copérnico!
Os calculadores
                  (Merton College)
 Incorporação     da matemática à Física.
    A realidade empírica deve ser analisada com o auxílio de
     métodos quantitativos, ou, conforme a terminologia da
     época, deve ser “calculada”.
 Thomas     Bradwardine (1328)
    Há uma proporção entre Força, resistência e
     velocidade.
      Se a velocidade aumenta aritmeticamente, a relação
       entre F e R aumenta geometricamente.


     Pela primeira vez, aplica-se a algebra à Física.
Uma pintura muito
   elucidativa

   Jan Van Eyck
       Retrato de Giovanni Arolfini
        e sua mulher
   Perspectiva
   Luz e Sombras
   Regras de reflexão óticas

    Em que ano foi feito o
          quadro?

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A idade media e as universidades

  • 1. A Idade Média, as Catedrais e as Universidades Prof. Raul Pessolani (TEM-UFF)
  • 2.
  • 3. A revolução das Catedrais Hoje não é fácil imaginar o que uma igreja significava para as pessoas daquele período. A igreja era, geralmente, o único edifício de pedra em toda a redondeza; constituía a única construção de considerável envergadura, e seu campanário era um ponto de referência para todos os que vinham de longe. Aos domingos e durante a Missa, todos os habitantes da cidade ali podiam encontrar-se. Não admira que toda a comunidade estivesse interessada na construção e se orgulha-se da sua decoração. A construção levava anos e devia transformar uma cidade inteira. A extração de pedra e seu transporte, a ereção de andaimes adequados, o emprego de artífices itinerantes, tudo isso constituía um acontecimento importante nesses dias remotos E.H. Gombrich - A História da Arte
  • 4. Igrejas Românicas paredes grossas, altura limitada, escuras. • Esquema estrutural: peso, pórticos e tirantes internos
  • 5. Catedrais Góticas: Luz, Verticalidade, Beleza Catedral de Vezelay Catedral de Amiens
  • 6. Gótico - Nova concepção estrutural: + Aumentar a altura + Aliviar o peso + Introduzir janelas + Nervuras resistentes + Painéis mais leves - Resultado: gaiola de vidro - Maravilhosa combinação: + partido arquitetônico + esquema estrutural.
  • 8. alturas externas (torres) altura ano Reims 82 1220 Salisbury 122 Chartres 123 Estrasburgo 142 Beauvais 153 (Queops 148) Ulm 160 Cluny 171
  • 9. Vitrais: Da luz natural à Luz imortal. " Meu objetivo era fazer com que, através da luz natural, filtrada pelos vitrais, se abrisse para os homens o caminho para a verdadeira luz". "Banhado pela luz contínua e maravilhosa de seus vitrais claros resplandece a beleza".  
  • 10. Esculturas: Ensinar por imagens  Bíblia de Pedra – capitéis, colunas, tímpanos
  • 11. Planejamento - Mestres de obras, pedreiros, canteiros, britadores, escultores - Planos e Cálculo das abóbadas - Esboços nas paredes: matemática: geometria espacial, trigonometria, ... - Instrumentos de desenho: tira-linhas, esquadro, compasso
  • 12. Construção  Transporte de pedras “Do séc XI ao XIII na França transportou-se mais pedras do que no Egito em qualquer período da sua história” Jean Ginpel – A Revolução Industrial da Idade Média  Emprego de Máquinas Construtivas: o guindaste "Dizem que foi a fé quem construiu as Catedrais na Idade Média. De acordo, mas também a Geometria“ (Etienne Gilson) Villard de Honnecourt (Engenheiro e Arquiteto) (primeiros desenhos)
  • 13. * Carrinho de mão ou padiola ? - Uma lição ... Arquiteta ou Mestra de obras ?
  • 14. Início da Educação  Criança na Grécia e em Roma  Visão errada da Idade Média:  Era de ignorancia, superstição e repressão intelectual?  Mosteiros:  Organizam-se as primeiras escolas  Ensino fundamental: igrejas e mosteiros  Os pais se reuniam e pagavam os professores  Universal, sem distinção de classes: nobres e plebeus. Gratuita
  • 15. Ensino médio Escolas monacais e catedrais  Disciplinas básicas:  Trivium: gramática, retórica e lógica  Quadrivium: astronomia, geometria, aritmética e teoria musical  Duração da aula: 45 ou 90 minutos.
  • 16. Séculos X e XI  Gerbert de Aurillac (Papa Silvestre II 999-1003) “O homem vive da Fé, mas é bom que a conjugue com a Ciência, pois Deus deu ao homem o grande dom do conhecimento, e quem não o tem são os que são chamados de tolos”  Fêz o primeiro Relógio em 996.  No séc XIV, Peter Lightfoot, monge do mosteiro de Galstonbury, construiu um dos mais antigos relógios que ainda existem e que está na London´s Science Museum.
  • 17. Árabes (Sécs VII a XII)  Invadem a Palestina, África e Espanha.  Em Alexandria tomam contato com as obras gregas.  Destaque:  Matemática  Al-Khwarizmi: sistema de numeração, algebra polinomial  Filosofia:  Avicena, Averróis, Maimônides (1000dc).  Tradução de Aristóteles  Séc XII: século das traduções  Traduz-se a Lógica de Aristóteles para o Latim.
  • 18. O nascimento das Universidades  Não há nenhuma instituição similar no mundo antigo.  Nascem das Catedrais  Reúnem-se artesãos, escultores, arquitetos, geômetras, “engenheiros”  Dedicam-se a ensinar  Primeiras Universidades (Séc XII)  Paris, Bolonha, Oxford,...(não tem sede material)  Estrutura: exposição, dúvidas, debates e conclusão  Critério de certeza: Racionalidade
  • 19. Escola da Catedral de Chartres (Séc XII)  Thierry de Chartres (1140), Abelardo Bath, William de Conches.  Esculpida na fachada oeste pode-se extrair algo do que estudaram: Aristóteles, Boécio, Cicero, Euclides, Ptolomeu, Pitagoras.  Lançam as bases filosóficas da ciência  Rejeitam a concepção dos Gregos de que as estrelas são formadas de substâncias semi-divinas.  A natureza é autônoma. Deus a criou com as suas causas naturais e os fenômenos ocorrem segundo leis estabelecidas.  Rejeitam a idéia de que a investigação racional pudesse ser uma afronta a Deus, e que o comportamento de Deus é restrito pelas leis.  Não se deve recorrer a milagres para explicar Fenômenos naturais  “É por causa da razão que nós somos homens e devemos emprega- la para conhecer a beleza do mundo criado”
  • 20. Formulando as premissas filosóficas; definindo os conceitos básicos do cosmos a partir do qual as ciências particulares cresceriam; reconstruindo sistematicamente o conhecimento do passado (...) no período de 15 a 20 anos na metade do séc XII, uns poucos homens se esforçaram por lançar as bases da ciência ocidental. Thomas Goldstein (Historiador da Ciencia)
  • 22. Caracteristicas  Biblioteca com uma relação mínima de livros que devem ser lidos e estudados.  Curriculum de matérias bem definido, que levavam normalmente de 4 a 5 anos.  Recebiam a chancela e aprovação do Papa ou dos reis, ou do imperador.  Independentes e autônomas em relação às autoridades locais, “internacionais”.  De fato, o Papa intervém várias vezes para garantir a sua autonomia.  Sem sede material.  Abertas para pessoas de todas as classes sociais e condições.
  • 23. Cursos  Faculdades Clássicas:  Artes liberais, Direito (civil e canônico), Medicina, filosofia natural (ciências) e Teologia  O graduado saia com o título de Bacharel, que lhe possibilitava trabalhar na área ou lecionar em escolas de nível básico e médio.  Aos professores das universidades era exigido que tivessem o título de master.  Deveria ler uma série de livros dos antigos; Aritóteles, Virgílio, Cícero, Euclides, etc.  Defender uma questão diante de uma banca de professores.
  • 24. Nova Metodologia Científica  Sentenças de Pedro Lombardo (Sec XII)  Define a Escolástica (Filosofia da Escola)  Utilização da Dialética. (Lógica de Aristóteles)  Confrontação franca entre razões contrarias.  Enumeram-se e confrontam-se as razões de cada uma  Conseqüência:  Produzirá uma grande revolução e uma popularização no domínio das ciências paralela à transformação da sociedade produzidas pela formação das grandes cidades.  Essa metodologia ficou plasmada nos escritos dos escolásticos e que nos chegam até hoje.
  • 25. Professores: Anselmo de Canterbury, Pedro Abelardo, Alberto Magno, Tomas de Aquino, Roger Bacon, Raimundo Lulio, Duns Escoto, Boaventura, …  Traduzem-se em toda a parte do árabe as obras gregas.  Tabelas astronômicas, tratados de mecânica, manuais de algebra, geometria e trigonometria, a geografia de Ptolomeu, Avicena Averrois, Maimônides.  Discutem-se os Gregos: traduzem-se obras desconhecidas para os latinos: Platão, Arquimedes, Aristóteles (que irá provocar uma revolução cultural)
  • 26. Aulas  Imagem:  Algo engessado: temas e as lições eram impostos, não havia debates e tudo era influenciado pela Teologia.  Era todo o Contrário:  Expositio – Proposição de um tema  Lectio – Leitura de um texto  Disputatio – Discutiam as diversas temas.  A Lógica como método de demonstração e análise.  Quaestio – Comentário e fechamento do professor.
  • 27. Roberto de Sorbon (1300)  Dicas para ir bem nos estudos:  Ordenar o tempo  Concentrar a atenção  Cultivar a memória  Tomar notas  Discutir com os colegas  Rezar
  • 28. Outros aspectos  Instituiçãodos Colleges  Universalismo medieval:  Permuta de estudiosos, idéias e conhecimentos.  Língua oficial?  O Latim: internacionalidade.
  • 29. Pierre Duhen (1863-1914)  Físico e Historiador  Escreve a Teoria Física com Ernst Mach e se dedica ao estudo de História da Ciência Medieval  Conclusões  As universidades medievais foram grandes centros científicos que possibilitaram os descobrimentos posteriores  Porque não havia imprensa, as descobertas foram registradas em manuscritos pouco divulgados  Os cientistas modernos não se preocuparam em citar, mas em ressaltar a novidade das próprias contribuições.
  • 30. O que é a Universidade?  É onde se adquire uma formação universal.  É conferir não apenas um título A finalidade do sistema educativo, considerado em seu conjunto, não é prover de mão de obra a indústria ou ensinar aos jovens a ganhar a vida... É formar os jovens e promover seu desenvolvimento como seres humanos até a sua máxima possibilidade: capacita-los para que façam o maior uso possível de seus dons Robert M. Hutchins – A Universidade da Utopia .
  • 31. Formar o Homem O Sistema educativo deve promover o desenvolvimento moral, intelectual, estético e espiritual. (Robert Hutchins)  Formação Integral:  Ensinar o verdadeiro (intelectual)  Facilitar a prática do bem (Ética e moral)  Ensinar a apreciar o belo, a arte (Estética)
  • 32. Como era a ciência medieval?  Contemplativa, especulativa, filosófica.  Filosofia da Natureza.  Ex: Busca do que está por trás => Metafísica do Ser  Não se preocupa em resolver problemas práticos, mas procura ir até o fundo.  Movimento: o que é?  Não há a preocupação de descrever
  • 33. Tomás de Aquino (1225-1274)  Progresso Científico:  É bom, pois leva a conhecer a Deus, como através de um quadro se conhece o artista.  A Ciência deve se basear na observação e não na filosofia.  O progresso científico consiste em “salvar as aparências”.  Em cada época gera explicações de acordo com os instrumentos que dispõe: Cada Ciência é filha do seu tempo!  Física:  O universo começou a existir, e é contingente.  Não existem “seres celestes perfeitos”. (Contra Aristóteles)  Não se pode afirmar que uma teoria é definitiva  Porque talvez também possam ser explicadas mediante outra teoria que ainda não conhecemos.
  • 34. Stanley Jaki (1924- )  Físico e Historiador da Ciência  Grandes Culturas da Antiguidade:  A ciência passou por sucessivas mortes prematuras  Não havia um ambiente cultural adequado para desenvolver-se.  Obstáculos:  Politeísmo: deuses caprichosos que submetiam os fenômenos naturais.  Grécia, Egito, Babilônia=> atribuíam a divindades que os provocavam.  Panteísmo: Concepção da história como um eterno ciclo que se repete  China e India => Taoísmo e panteísmo.  Árabes:  As poucas descobertas se fizeram a contra-gosto, pois “a autonomia de Alah não poderia ser restrita pelas leis naturais”
  • 35. Porque a Ciência se desenvolveu no Ocidente?  Ambiente Cultural Favorável:  Monoteísmo: Deus pessoal criador, que cria livremente o mundo e é separado do mundo. - A Incarnação do Verbo enfatiza essa separação. - O mundo é reflexo da sabedoria de Deus. - Logo => está perfeitamente ordenado por meio de leis eternas, imutáveis e universais. - Deus criou o homem à sua imagem e semelhança: - Participa da inteligência divina e é capaz de conhecer o mundo e tem a missão de transforma-lo. Matriz Cultural Cristã
  • 36. Física dos Séculos XIII-XIV Universidade de Paris  Roger Bacon (1214-1292)  A terra é redonda e se pode circunavegar  Trabalhos em ótica: lentes, reflexão, refração  Jean Buridan (1300-1385)  Impetus: Primórdios da Inércia  O mundo teve um início.  O movimento dos astros foi dado na criação e dura até hoje por não encontrar nenhuma resistência, que o faça parar.
  • 37. Nicole Oresme (1380-1382)  Movimento relativo.  O homem no navio acredita que ele está parado e tudo está se movendo e é ao contrário.  Estende à Terra: um observador na Terra não dispõe de qualquer meio para saber se o alvorecer e o pôr do sol são resultantes da rotação do sol ou da terra.  Pergunta-se:  Não será que a terra é que está girando? Antecessor de Copérnico!
  • 38. Os calculadores (Merton College)  Incorporação da matemática à Física.  A realidade empírica deve ser analisada com o auxílio de métodos quantitativos, ou, conforme a terminologia da época, deve ser “calculada”.  Thomas Bradwardine (1328)  Há uma proporção entre Força, resistência e velocidade.  Se a velocidade aumenta aritmeticamente, a relação entre F e R aumenta geometricamente. Pela primeira vez, aplica-se a algebra à Física.
  • 39. Uma pintura muito elucidativa  Jan Van Eyck  Retrato de Giovanni Arolfini e sua mulher  Perspectiva  Luz e Sombras  Regras de reflexão óticas Em que ano foi feito o quadro?