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A aprendizagem*
Luciano Mendes
* Extraído de: MORIN, E. M.; AUGÉ, C. Psicologia e gestão. São Paulo: Atlas, 2009.
Introdução
 Hábito versus aprendizagem
 Hábito: comportamento quase que automático;
 Importância: motivação e percepção;
 Aprendizagem: modificação da capacidade de um indivíduo de realizar uma
tarefa. Não somente a aquisição de conhecimentos, mas também
mudanças de hábitos e de condutas do indivíduo;
 O que não é aprendizagem?
 Amadurecimento (desenvolvimento normal do organismo);
 Senescência (processo de envelhecimento)
 Qual a importância da aprendizagem?
 Melhor adaptação do indivíduo ao meio ambiente.
O que é aprender?
 Aprender que...(Informar-se, obter esclarecimento,
adquirir uma informação);
 Essa capacidade depende de algo? Sim! Do amadurecimento das
estruturas intelectuais e também do próprio educando!
 Aprender a...(adquirir um saber-fazer, uma habilidade,
uma competência, saber ser)
 Depende de algo essa capacidade? Somente do educando! Ele pode
aprender por cópia ou por estudo e dedicação; A segunda opção é sempre
a melhor, pois:
 Saber fazer não é saber imitar; é poder adaptar sua conduta à situação; é enfrentar
situações imprevistas; é conseguir improvisar onde os outros não fazem senão repetir;
é conseguir agir inteligentemente.
O que é aprender?
 Aprender...(instruir-se, compreender, apreender o sentido
e o alcance de alguma coisa, adquirir o poder de ação que
o aprendizado pressupõe);
 Isso pressupõe o quê? Uma atitude aberta para a experiência; pois:
 O indivíduo que aprende é ativo, não passivo. Só se aprende realmente
por si mesmo, que isso aconteça na escola ou na vida.
 Aprender pressupõe disposições pessoais e capacidade como a segurança
psicológica, o espírito aberto, a curiosidade, uma atitude voltada para a
reflexão, uma atitude analítica, imaginação, criatividade e espírito de
colaboração.
Como aprender?
 Aprendizagem comporta três estágios: (1) motivação para
aprender; (2) experiência da aprendizagem e (3) aquisição
de conditas eficazes;
 A aprendizagem não acontece da mesma forma para todo
o mundo porque há diferenças individuais, sejam elas
aptidões, capacidade de aprendizagem, disposições
pessoais ou interesses que influem no processo. Além de
outros fatores como: idade, memória, motivação,
inteligência, entre outros.
Como se aprende no behaviorismo?
 Estímulo  Resposta (expressão lógica);
 A aprendizagem é um processo de aquisição de comportamentos
que se segue a um condicionamento, ou seja, pelo
estabelecimento de um vínculo entre um comportamento e uma
combinação de estímulos;
 O comportamento adquirido pode ser obtido através de um
reforço (recompensa) ou pela aplicação de uma sansão
(punição);
 Três fatores precisam estar presentes: a repetição (lei do
exercício), proximidade entre o surgimento do comportamento e
sua consequência e o reforço (lei do efeito)
Como se aprende no behaviorismo?
Tipos de resultados de um estímulo no comportamento
Tipo de resultado Efeito no comportamento Exemplo
Recompensa ou reforço Aumento da probabilidade de surgir um
comportamento
Elaborar corretamente um dossiê
(comportamento) e forma econômica
(recompensa)
Reforço negativo (ausência de
punição)
Aumento na probabilidade de
surgimento do comportamento
Aumento de defeitos em um componente
(comportamento) não ser objeto de repreensão
(reforço negativo)
Punição positiva (resultado
negativo)
Diminuição da probabilidade de
surgimento do comportamento
Difamar uma pessoa (comportamento) e
receber anotações em seu prontuário (punição)
Punição negativa (retirada de
uma vantagem)
Diminuição da probabilidade de
surgimento do comportamento
Cometer um erro grave (comportamento) e ser
excluído de um projeto (punição)
Nada (nenhum resultado) Inibição do comportamento (talvez sua
extinção)
Cochichar durante uma reunião
(comportamento) e não receber atenção dos
outros (indiferença)
Aprendizagem e behaviorismo nas empresas
 Práticas administrativas ligadas ao behaviorismo:
 Recompensas e punições: quando o foco é mudar atitudes e
comportamentos;
 A implantação de um sistema de recompensas apropriado
pode estimular a mobilização dos funcionários;
 Isso acontece por tentativas e erros ou sondagens;
 Por isso, não é útil nem necessário compreender as
atividades da inteligência, da memória, da percepção ou da
motivação para explicar o comportamento, basta poder
descobrir quais estímulos tem efeitos positivos.
Como se aprende no cognitivismo?
 Aprendizagem e inteligência estão associadas;
 A aprendizagem se apoia nas experiências passadas da
pessoa, em seus diversos mecanismo de adaptação, em
sua imaginação e em sua criatividade;
Como se aprende no cognitivismo?
 Jean Piaget:
 Aprendizagem como adaptação inteligente do indivíduo ao seu meio;
 Adaptação tornada possível graças ao equilíbrio das tensões entre
dois processos:
 Assimilação;
 Acomodação;
 Noção de equilibração;
 Equilibração simples: reequilíbrio sem modificar a estrutura interna  não há
aprendizagem
 Equilibração majorante: superação da estrutura e transformação na sua
organização  aprendizagem
Como se aprende no cognitivismo?
 Festinger:
 Dissonância cognitiva é a incompatibilidade entre as ideias que
têm a pessoa a respeito de um objeto, de um indivíduo, de uma
situação e esse objeto, esse indivíduo, essa situação;
 A aprendizagem resulta de contradições ou de conflitos entre
ideias a respeito de um mesmo objeto, ou de inconsistências
entre um estado afetivo e as ideias que se tem do objeto que
provocou esse estado;
 A aprendizagem resulta igualmente dos conflitos inerentes à
interação com outras pessoas.
Como se aprende no cognitivismo?
 Bandura:
 A aprendizagem por observação ou indireta ocorre através da
imitação dos comportamentos dos outros;
 Quatro etapas da aprendizagem por observação:
 Atenção: saber como fazer;
 Memorização: gravar as etapas;
 Reprodução: praticar o saber-fazer;
 Reforço: replicar a ação.
 O indivíduo tende a imitar comportamentos com o qual se identifica:
 Identificação é a assimilação de um eu estranho que leva a pessoa a se
comportar como esse modelo.
Como se aprende no cognitivismo?
 Aprendizagem por insight:
 Algumas vezes se encontra repentinamente a solução para um
problema sem que se tenha consciência do processo que nos
permitiu chegar a isso;
 Motivação e emoção: fatores importantes na aprendizagem por
compreensão súbita;
 Criatividade está relacionada aos insight’s.
Como se aprende pela experiência?
 A abordagem experiencial se baseia nas teorias de três
autores:
 Jean Piaget (assimilação e acomodação);
 John Dewey (teoria/prática; reflexão/ação);
 Kurt Lewin (teoria/prática).
 Dewey:
 Aprendizagem é um processo dialético integra experiência concreta versus
abstrato e também reflexão versus ação.
 Lewin:
 Ciclo de quatro etapas: experiência imediata e concreta/ reflexão e teoria/
teoria e prova/ afirma ou nega em novas experiências.
Como se aprende pela experiência?
 Ciclo de aprendizagem de Kolb:
 (1) Experiência concreta:
 indivíduo se engaja numa situação;
 Apreensão: pensamento analítico;
 (3) Conceitualização abstrata:
 Indivíduo interpreta os fenômenos percebidos;
 Compreensão: pensamento sintético;
 (2) Observação reflexiva:
 Indivíduo constrói hipóteses, inferências e classificação
 Intenção
 Extrovertido
 (4) Experimentação ativa:
 Indivíduo age e opera sobre objetivos e ideias compartilhadas
 Extensão
 Introvertido
Como se aprende pela experiência?
Ciclo de aprendizagem vivencial de David Kolb
Como se aprende pela experiência?
 Existem estilos de aprendizagem? Para Kolb 4:
 (1) Assimilação (observação reflexiva/conceitualização abstrata):
 Interesses: ideias (o quê?)
 Organizar a informação
 Desenvolver modelos teóricos
 Analisar dados
 (2) Acomodação (Experimentação ativa/experiência prática):
 Interesses: ações (como?)
 Envolver para atingir objetivos;
 Procura boas oportunidade e aproveita-as
 (3) Divergência (experiência concreta/observação reflexiva):
 Interesses: valores (por quê?)
 Sensível aos interesses dos outros;
 Colher informações
 (4) Convergência (Conceitualização abstrata/experimentação ativa):
 Interesses: decisão (quando? Onde?)
 Novas maneiras de pesar e fazer;
 Tomar decisões e fixar objetivos
Mudanças e organizações
 “Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não
somos.”
 “Ninguém atravessa duas vezes o mesmo rio”.
Heráclito – filósofo grego do século V a.C.
Concepções de mudanças
 Visão da empresa estável
 Há mudanças incrementais;
 As mudanças são sempre harmoniosas;
 Manutenção do status quo.
 Visão da empresa transformad(ora)a
 As mudanças são radicais;
 Acontecem em larga escala;
 Preservam características “genéticas”.
Forças para a mudança
 Natureza da força de trabalho (envelhecimento da população,
recém contratados...);
 Tecnologia (tecnologia da informação, pesquisas genéticas,
eletrônica...);
 Choques econômicos (colapso no mercado de ações, taxas de juros...);
 Competições (concorrência globalizada, fusões e aquisições...);
 Tendências sociais (conexão virtual, expansão das grandes redes de
varejo...);
 Política internacional (Abertura econômica da China, guerra ao
terrorismo...).
Administrar a mudança
 É possível administrar a mudança?
 As mudanças podem ser planejadas?
 Existem mudanças que não são planejadas?
 É possível identificar agentes de mudança?
Administrar a mudança
 Modelo de três etapas de Kurt Lewin1
 Descongelamento: mudança no status quo;
 Movimento: nova condição;
 Recongelamento: mudança para tornar permanente.
 Há permanência?
 Não há mais descongelamento?
1. LEWIN, K. Field Theory in Social Science. Nova York: Harper & Row, 1951.
Administrar a mudança
 Plano de oito passos de John Kotter2
 1) Estabelecer um senso de urgência para gerar razão motivadora pela qual
a mudança seria necessária;
 2) Formar uma coalizão com força suficiente para liderar a mudança;
 3) Criar uma nova visão em toda a organização;
 4) Comunicar a visão em toda organização;
 5) Dar autonomia aos outros para a busca da visão, removendo barreiras e
encorajando as pessoas a assumir riscos e soluções criativas para os
problemas;
 6) Criar, planejar e recompensar metas de curto prazo que encaminhem a
organização para a nova visão;
 7) Consolidar as melhorias, reavaliar as mudanças e fazer os ajustes
necessários nos novos programas;
 8) Reforçar as mudanças por meio da demonstração do relacionamento
entre os novos comportamentos e o sucesso da organização.
2. KOTTER, J.; SCHLESINGER, L. A. Choosing Strategies for Change. Havard Business Review, Mar-Abr, 1979, p. 106-114.
Mudança planejada
 Pesquisa-ação: diagnóstico, análise, feedback, ação e avaliação;
 Desenvolvimento organizacional: intervenções de mudanças
planejadas;
 Consultoria de processo: ação de um consultor externo;
 Construção de equipes: grupos de mudança;
 Investigação apreciativa: acentua os pontos positivos.
Questões atuais sobre mudança
 Tecnologia no ambiente de trabalho;
 Processo de melhoria contínua;
 Reengenharia de processos;
 Estimulando a inovação;
 Fontes de inovação;
 Criando uma organização que aprende;
 Aprendizagem em ciclo simples e duplo;
 Administração do aprendizado;
 Mudança, cultura e identidade organizacional
 Maneiras e tipos de mudança;
 Algo permanece?
Mudança e estresse
 O que é o estresse?
 O estresse é sempre negativo?
 Fontes potenciais de estresse – ambientais,
organizacionais e individuais;
 Há possibilidades de administrar o estresse?
Resistência à mudança
 A resistência é positiva ou negativa?
 O que produz a resistência no processo de mudança?
 É possível superar a resistência à mudança?
 Educação e comunicação?
 Participação?
 Negociação?
 Coerção?
 Manipulação e cooptação?
Considerações finais
 Nas empresas entramos e não entramos, somos e não
somos?
 Qual a importância da resistência?
 Estresse e depressão. Há relações?
 Quando a mudança transformadora não é benéfica?

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  • 1. A aprendizagem* Luciano Mendes * Extraído de: MORIN, E. M.; AUGÉ, C. Psicologia e gestão. São Paulo: Atlas, 2009.
  • 2. Introdução  Hábito versus aprendizagem  Hábito: comportamento quase que automático;  Importância: motivação e percepção;  Aprendizagem: modificação da capacidade de um indivíduo de realizar uma tarefa. Não somente a aquisição de conhecimentos, mas também mudanças de hábitos e de condutas do indivíduo;  O que não é aprendizagem?  Amadurecimento (desenvolvimento normal do organismo);  Senescência (processo de envelhecimento)  Qual a importância da aprendizagem?  Melhor adaptação do indivíduo ao meio ambiente.
  • 3. O que é aprender?  Aprender que...(Informar-se, obter esclarecimento, adquirir uma informação);  Essa capacidade depende de algo? Sim! Do amadurecimento das estruturas intelectuais e também do próprio educando!  Aprender a...(adquirir um saber-fazer, uma habilidade, uma competência, saber ser)  Depende de algo essa capacidade? Somente do educando! Ele pode aprender por cópia ou por estudo e dedicação; A segunda opção é sempre a melhor, pois:  Saber fazer não é saber imitar; é poder adaptar sua conduta à situação; é enfrentar situações imprevistas; é conseguir improvisar onde os outros não fazem senão repetir; é conseguir agir inteligentemente.
  • 4. O que é aprender?  Aprender...(instruir-se, compreender, apreender o sentido e o alcance de alguma coisa, adquirir o poder de ação que o aprendizado pressupõe);  Isso pressupõe o quê? Uma atitude aberta para a experiência; pois:  O indivíduo que aprende é ativo, não passivo. Só se aprende realmente por si mesmo, que isso aconteça na escola ou na vida.  Aprender pressupõe disposições pessoais e capacidade como a segurança psicológica, o espírito aberto, a curiosidade, uma atitude voltada para a reflexão, uma atitude analítica, imaginação, criatividade e espírito de colaboração.
  • 5. Como aprender?  Aprendizagem comporta três estágios: (1) motivação para aprender; (2) experiência da aprendizagem e (3) aquisição de conditas eficazes;  A aprendizagem não acontece da mesma forma para todo o mundo porque há diferenças individuais, sejam elas aptidões, capacidade de aprendizagem, disposições pessoais ou interesses que influem no processo. Além de outros fatores como: idade, memória, motivação, inteligência, entre outros.
  • 6. Como se aprende no behaviorismo?  Estímulo  Resposta (expressão lógica);  A aprendizagem é um processo de aquisição de comportamentos que se segue a um condicionamento, ou seja, pelo estabelecimento de um vínculo entre um comportamento e uma combinação de estímulos;  O comportamento adquirido pode ser obtido através de um reforço (recompensa) ou pela aplicação de uma sansão (punição);  Três fatores precisam estar presentes: a repetição (lei do exercício), proximidade entre o surgimento do comportamento e sua consequência e o reforço (lei do efeito)
  • 7. Como se aprende no behaviorismo? Tipos de resultados de um estímulo no comportamento Tipo de resultado Efeito no comportamento Exemplo Recompensa ou reforço Aumento da probabilidade de surgir um comportamento Elaborar corretamente um dossiê (comportamento) e forma econômica (recompensa) Reforço negativo (ausência de punição) Aumento na probabilidade de surgimento do comportamento Aumento de defeitos em um componente (comportamento) não ser objeto de repreensão (reforço negativo) Punição positiva (resultado negativo) Diminuição da probabilidade de surgimento do comportamento Difamar uma pessoa (comportamento) e receber anotações em seu prontuário (punição) Punição negativa (retirada de uma vantagem) Diminuição da probabilidade de surgimento do comportamento Cometer um erro grave (comportamento) e ser excluído de um projeto (punição) Nada (nenhum resultado) Inibição do comportamento (talvez sua extinção) Cochichar durante uma reunião (comportamento) e não receber atenção dos outros (indiferença)
  • 8. Aprendizagem e behaviorismo nas empresas  Práticas administrativas ligadas ao behaviorismo:  Recompensas e punições: quando o foco é mudar atitudes e comportamentos;  A implantação de um sistema de recompensas apropriado pode estimular a mobilização dos funcionários;  Isso acontece por tentativas e erros ou sondagens;  Por isso, não é útil nem necessário compreender as atividades da inteligência, da memória, da percepção ou da motivação para explicar o comportamento, basta poder descobrir quais estímulos tem efeitos positivos.
  • 9. Como se aprende no cognitivismo?  Aprendizagem e inteligência estão associadas;  A aprendizagem se apoia nas experiências passadas da pessoa, em seus diversos mecanismo de adaptação, em sua imaginação e em sua criatividade;
  • 10. Como se aprende no cognitivismo?  Jean Piaget:  Aprendizagem como adaptação inteligente do indivíduo ao seu meio;  Adaptação tornada possível graças ao equilíbrio das tensões entre dois processos:  Assimilação;  Acomodação;  Noção de equilibração;  Equilibração simples: reequilíbrio sem modificar a estrutura interna  não há aprendizagem  Equilibração majorante: superação da estrutura e transformação na sua organização  aprendizagem
  • 11. Como se aprende no cognitivismo?  Festinger:  Dissonância cognitiva é a incompatibilidade entre as ideias que têm a pessoa a respeito de um objeto, de um indivíduo, de uma situação e esse objeto, esse indivíduo, essa situação;  A aprendizagem resulta de contradições ou de conflitos entre ideias a respeito de um mesmo objeto, ou de inconsistências entre um estado afetivo e as ideias que se tem do objeto que provocou esse estado;  A aprendizagem resulta igualmente dos conflitos inerentes à interação com outras pessoas.
  • 12. Como se aprende no cognitivismo?  Bandura:  A aprendizagem por observação ou indireta ocorre através da imitação dos comportamentos dos outros;  Quatro etapas da aprendizagem por observação:  Atenção: saber como fazer;  Memorização: gravar as etapas;  Reprodução: praticar o saber-fazer;  Reforço: replicar a ação.  O indivíduo tende a imitar comportamentos com o qual se identifica:  Identificação é a assimilação de um eu estranho que leva a pessoa a se comportar como esse modelo.
  • 13. Como se aprende no cognitivismo?  Aprendizagem por insight:  Algumas vezes se encontra repentinamente a solução para um problema sem que se tenha consciência do processo que nos permitiu chegar a isso;  Motivação e emoção: fatores importantes na aprendizagem por compreensão súbita;  Criatividade está relacionada aos insight’s.
  • 14. Como se aprende pela experiência?  A abordagem experiencial se baseia nas teorias de três autores:  Jean Piaget (assimilação e acomodação);  John Dewey (teoria/prática; reflexão/ação);  Kurt Lewin (teoria/prática).  Dewey:  Aprendizagem é um processo dialético integra experiência concreta versus abstrato e também reflexão versus ação.  Lewin:  Ciclo de quatro etapas: experiência imediata e concreta/ reflexão e teoria/ teoria e prova/ afirma ou nega em novas experiências.
  • 15. Como se aprende pela experiência?  Ciclo de aprendizagem de Kolb:  (1) Experiência concreta:  indivíduo se engaja numa situação;  Apreensão: pensamento analítico;  (3) Conceitualização abstrata:  Indivíduo interpreta os fenômenos percebidos;  Compreensão: pensamento sintético;  (2) Observação reflexiva:  Indivíduo constrói hipóteses, inferências e classificação  Intenção  Extrovertido  (4) Experimentação ativa:  Indivíduo age e opera sobre objetivos e ideias compartilhadas  Extensão  Introvertido
  • 16. Como se aprende pela experiência? Ciclo de aprendizagem vivencial de David Kolb
  • 17. Como se aprende pela experiência?  Existem estilos de aprendizagem? Para Kolb 4:  (1) Assimilação (observação reflexiva/conceitualização abstrata):  Interesses: ideias (o quê?)  Organizar a informação  Desenvolver modelos teóricos  Analisar dados  (2) Acomodação (Experimentação ativa/experiência prática):  Interesses: ações (como?)  Envolver para atingir objetivos;  Procura boas oportunidade e aproveita-as  (3) Divergência (experiência concreta/observação reflexiva):  Interesses: valores (por quê?)  Sensível aos interesses dos outros;  Colher informações  (4) Convergência (Conceitualização abstrata/experimentação ativa):  Interesses: decisão (quando? Onde?)  Novas maneiras de pesar e fazer;  Tomar decisões e fixar objetivos
  • 18. Mudanças e organizações  “Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos.”  “Ninguém atravessa duas vezes o mesmo rio”. Heráclito – filósofo grego do século V a.C.
  • 19. Concepções de mudanças  Visão da empresa estável  Há mudanças incrementais;  As mudanças são sempre harmoniosas;  Manutenção do status quo.  Visão da empresa transformad(ora)a  As mudanças são radicais;  Acontecem em larga escala;  Preservam características “genéticas”.
  • 20. Forças para a mudança  Natureza da força de trabalho (envelhecimento da população, recém contratados...);  Tecnologia (tecnologia da informação, pesquisas genéticas, eletrônica...);  Choques econômicos (colapso no mercado de ações, taxas de juros...);  Competições (concorrência globalizada, fusões e aquisições...);  Tendências sociais (conexão virtual, expansão das grandes redes de varejo...);  Política internacional (Abertura econômica da China, guerra ao terrorismo...).
  • 21. Administrar a mudança  É possível administrar a mudança?  As mudanças podem ser planejadas?  Existem mudanças que não são planejadas?  É possível identificar agentes de mudança?
  • 22. Administrar a mudança  Modelo de três etapas de Kurt Lewin1  Descongelamento: mudança no status quo;  Movimento: nova condição;  Recongelamento: mudança para tornar permanente.  Há permanência?  Não há mais descongelamento? 1. LEWIN, K. Field Theory in Social Science. Nova York: Harper & Row, 1951.
  • 23. Administrar a mudança  Plano de oito passos de John Kotter2  1) Estabelecer um senso de urgência para gerar razão motivadora pela qual a mudança seria necessária;  2) Formar uma coalizão com força suficiente para liderar a mudança;  3) Criar uma nova visão em toda a organização;  4) Comunicar a visão em toda organização;  5) Dar autonomia aos outros para a busca da visão, removendo barreiras e encorajando as pessoas a assumir riscos e soluções criativas para os problemas;  6) Criar, planejar e recompensar metas de curto prazo que encaminhem a organização para a nova visão;  7) Consolidar as melhorias, reavaliar as mudanças e fazer os ajustes necessários nos novos programas;  8) Reforçar as mudanças por meio da demonstração do relacionamento entre os novos comportamentos e o sucesso da organização. 2. KOTTER, J.; SCHLESINGER, L. A. Choosing Strategies for Change. Havard Business Review, Mar-Abr, 1979, p. 106-114.
  • 24. Mudança planejada  Pesquisa-ação: diagnóstico, análise, feedback, ação e avaliação;  Desenvolvimento organizacional: intervenções de mudanças planejadas;  Consultoria de processo: ação de um consultor externo;  Construção de equipes: grupos de mudança;  Investigação apreciativa: acentua os pontos positivos.
  • 25. Questões atuais sobre mudança  Tecnologia no ambiente de trabalho;  Processo de melhoria contínua;  Reengenharia de processos;  Estimulando a inovação;  Fontes de inovação;  Criando uma organização que aprende;  Aprendizagem em ciclo simples e duplo;  Administração do aprendizado;  Mudança, cultura e identidade organizacional  Maneiras e tipos de mudança;  Algo permanece?
  • 26. Mudança e estresse  O que é o estresse?  O estresse é sempre negativo?  Fontes potenciais de estresse – ambientais, organizacionais e individuais;  Há possibilidades de administrar o estresse?
  • 27. Resistência à mudança  A resistência é positiva ou negativa?  O que produz a resistência no processo de mudança?  É possível superar a resistência à mudança?  Educação e comunicação?  Participação?  Negociação?  Coerção?  Manipulação e cooptação?
  • 28. Considerações finais  Nas empresas entramos e não entramos, somos e não somos?  Qual a importância da resistência?  Estresse e depressão. Há relações?  Quando a mudança transformadora não é benéfica?