2. Epistemologia
Epistemologia significa ciência, conhecimento, é o estudo
científico que trata dos problemas relacionados com a crença
e o conhecimento, sua natureza e limitações. É uma palavra
que vem do grego.
A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a
validade do conhecimento, e também é conhecida como
teoria do conhecimento e relaciona-se com a metafísica, a
lógica e a filosofia da ciência.
A epistemologia surgiu com Platão, onde ele se opunha à
crença ou opinião ao conhecimento. A crença é um ponto de
vista subjetivo e o conhecimento é crença verdadeira e
justificada. A teoria de Platão diz que conhecimento é o
conjunto de todas as informações que descrevem e explicam
o mundo natural e social que nos rodeia.
A epistemologia provoca duas posições, uma empirista que
diz que o conhecimento deve ser baseado na experiência, ou
seja, no que for apreendido durante a vida, e a posição
racionalista, que prega que a fonte do conhecimento se
encontra na razão, e não na experiência.
4. AS TRÊS CONCEPÇÕES EPISTEMOLÓGICAS
Apriorista/Não-diretiva - o conhecimento está apriori, vem com a pessoa desde o seu nascimento, está
predeterminado no aluno. O educador filiado a esta concepção acredita que o aluno aprende se tem "dom" ou se
tem "talento". Assim, tudo o que o educador tem a fazer é despertá-lo, não havendo necessidade alguma de
direcionamento, de ensino. Por esta razão as metodologias são ditas não-diretivas.
Empirista/Diretiva - o conhecimento era entendido como algo externo ao aluno, trazido pelo professor e
captado pelo aluno através dos seus sentidos. O professor acreditava que o aluno seria capaz de aprender
somente se fosse ensinado, se lhe fossem transmitidos os conteúdos. Nessa concepção as metodologias e
formas de mediação pedagógicas são denominadas diretivas, pois é o professor o único responsável pelo
processo, é ele quem define e dirige o ensino.
Interacionista/Relacional - Nessa concepção epistemológica o conhecimento é construído na relação, na
interação do sujeito com o meio, seja ele físico ou social. O educador que tem como pressuposto essa
concepção acredita que o aluno aprende somente se agir, se interagir, se estabelecer relações entre o que já
conhece e a nova informação. Assim, o educador instiga, problematiza, questiona, orienta, auxilia o aluno a
estabelecer relações entre o que já conhece e o que está por conhecer. Por tal motivo as metodologias são
denominadas de relacionais.
5. Teorias Contemporâneas da Educação
Classificação é realizada em função de “quatro elementos polarizadores”
das reflexões sobre a educação: o sujeito (estudante); os conteúdos
(matérias, disciplinas); a sociedade (os outros, o mundo, o meio, o
Universo); e as interações pedagógicas entre estes três pólos (o docente e
as tecnologias de comunicação).
6. Abordagem a três Teorias Contemporâneas da Educação
Teorias Tecnológicas: acentuam a mensagem pela via do recurso. As
tecnologias são entendidas como procedimentos de ensino e como material
didático utilizado (computador, televisão, vídeo, etc.). O mais conhecido
representante no Brasil é o Behaviorista Skinner, criador de tecnologias
como Instrução Programada e Máquinas de Ensinar.
Teorias Psicocognitivas: no Brasil o autor mais conhecido é Piaget, cuja
idéia principal baseia-se no desenvolvimento dos processos cognitivos do
aluno, como por exemplo: o raciocínio, a análise, a resolução de
problemas, as imagens mentais, a metacognição, entre outros. O “pólo”
predominante nesta e nas duas próximas teorias é a interação entre os
outros três pólos, ou seja: entre o sujeito, a sociedade e os conteúdos.
Teorias Sociocognitivas: Insiste nos fatores culturais e sociais na
construção do conhecimento, tratando das interações socioculturais que
moldam a pedagogia e a didática. Bandura e Vygotsky são alguns dos
principais representantes, os quais descrevem as condições sociais e
culturais dos processos de ensino e de aprendizagem.
7. Teorias Tecnológicas: comportamentalismo de Skinner
Skinner nasceu em Susquehanna, Pennsylvania;
graduou-se em inglês no Hamilton College, Nova Iorque;
fez mestrado e doutorado em psicologia em Harvard, onde,
posteriormente foi professor durante mais de 40 anos.
O paradigma comportamentalista tem como autor mais significativo
Skinner, embora reconheça que Bandura, sendo inicialmente
influenciado por esta perspectiva, tentou aproximar este paradigma
com a visão cognitivista. Surgido na década de 30 a partir de pesquisas
de laboratório, os defensores desse paradigma acreditam que “a
concepção de ensino consiste basicamente no arranjo adequado das
contingências de reforçamento, enquanto que a concepção de
aprendizagem tem sido um dos temas mais investigados...”
8. Teorias Tecnológicas: comportamentalismo de Skinner
Teoria do reforço
“O comportamento é controlado por conseqüências”
As pessoas procuram adquirir condutas para adquirir recompensas e não
punições.
Uma recompensa pode ser ruim ou não tão boa para quem ganha como é
para a pessoa que está dando.
Pode-se analisar se é boa ou não se o ato para qual foi dada teve um
aumento em sua incidência.
Reforço ruim ou negativo é aquela que diminui a freqüência do ato para o
qual foi dado.
9. Teorias Tecnológicas: comportamentalismo de Skinner
Condicionamento
Para Skinner condicionamento é o procedimento em dar um reforço
positivo à uma atividade com o objetivo de aumentar a sua
freqüência.
Quando a freqüência de uma resposta foi aumentada devido ao
condicionamento então dizemos que foi condicionada.
Condicionamento X Aprendizagem
Na aprendizagem não há regras explícitas, e adquiri-se através de
integração com o meio, muda-se o comportamento humano por
experiências, não é condicionada.
10. Teorias Tecnológicas: comportamentalismo de Skinner
O processo instrucional para Skinner
Na perspectiva Skinneriana, o ensino se dá apenas quando o que
precisa ser ensinado pode ser colocado sob controle de certas
contingencias de reforço.
O papel do professor no processo instrucional é do de arranjar as
contingencias de reforço, de modo a possibilitar ou aumentar a
probabilidade de que o aprendiz exiba o comportamento terminal,
isto é, que ele dê a resposta desejada (a ser aprendida).
11. Teorias Psicocognitivas: Epistemologia Genética de Piaget
O paradigma psicogenético surge no início do século XX com Piaget e
posteriormente seus seguidores deram continuidade, como foi o caso de
Emília Ferreiro.
A preocupação maior é compreender como o ser humano constrói o seu
conhecimento e como se translada de um estágio de conhecimento inferior
a outro superior.
“o ideário psicogenético leva a um objetivo muito importante na educação,
que é o de suscitar seres humanos capazes de realizar coisas novas e não,
simplesmente, de repetir o que fizeram gerações anteriores.”
Dessa forma, o processo de aprendizagem está relacionado às
possibilidades de conhecimento que a pessoa possui, apesar de existir uma
forma de aprender em sentido estrito, dependendo dos objetos que fazem
parte de determinados ambiente.
14. Teorias Psicocognitivas: Epistemologia Genética de Piaget
Os métodos utilizados são através de experiências,
pesquisas e buscas para resolver os problemas.
O papel do professor é passivo, ou seja, ele é um orientador,
mediador e criador de conflitos.
O papel do aluno é ativo, ou seja, a construção do
conhecimento é fruto de sua ação.
15. Sala de Aula Tradicional
Estudantes trabalham sozinhos.
O acompanhamento do currículo pré-
estabelecido é altamente valorizado.
As atividades curriculares baseiam-se
em livros-texto e de exercícios.
Avaliação da aprendizagem é vista
como separada do ensino e ocorre,
quase sempre, através de testes.
Teorias Psicocognitivas: Epistemologia Genética de Piaget
Sala de Aula Construtivista
Estudantes trabalham em grupos.
Busca pelas questões levantadas
pelos alunos é altamente valorizada.
Baseiam-se em fontes primárias de
dados e materiais manipuláveis.
Avaliação da aprendizagem está
interligada ao ensino e ocorre através
da observação do professor sobre o
trabalho dos estudantes.
16. Teorias Psicocognitivas: Epistemologia Genética de Piaget
Frases de Piaget:
"Há uma lógica no erro"
"Fazer é compreender em ação... ação constitui um conhecimento
autônomo"
"Perceber a hipótese de cada criança e propor desafios"
"Através do erro se constrói o conhecimento"
"Aprendizagem é indivudal" (professor intermediador)
17. Teorias Sociocognitivas: Teoria Sócio-Histórica-Interacionista
Lev Semenovich Vygotsky nasceu em 1896 na Rússia,
morreu ao 38 anos.
Foi formado em Direito, História e Filosofia nas
Universidades de Moscou e A. L. Shanyavskii.
Teoria construtivista
Teoria preocupada com o papel do ambiente, das
pessoas e da cultura na aprendizagem
Complementação à teoria Construtivista de Piaget
18. A aprendizagem é um processoA aprendizagem é um processo
construído pelas interações:construído pelas interações:
Do sujeito com outros indivíduosDo sujeito com outros indivíduos
Do sujeito com o seu meioDo sujeito com o seu meio
Teorias Sociocognitivas: Teoria Sócio-Histórica-Interacionista
19. A ZDP é um nível que começa com o real
estágio de desenvolvimento do indivíduo,
até o seu nível potencial de
desenvolvimento.
20. A aprendizagem é uma experiência social mediada pela utilização de:
Instrumentos
Signos
Ao mediador cabe a tarefa de:
Motivar
Evitar a rotina
Criar conflitos
Liberar o aluno para que ele chegue a sua própria conclusão e para
serem sujeitos conscientes de sua autonomia social.
21. Papel do Professor:
Deixar o aluno envolver-se em conflitos cognitivos e exprimir os
seus pontos de vista
Transformar idéias em palavras, desenhos, construções, ou em
qualquer outra coisa que possa ser compreendida pelo outro
Criar várias formas de transferir para o aluno a responsabilidade
pela aprendizagem
Planear o tamanho dos grupos de modo a manter os diálogos
significativos e úteis
Em algumas situações, interações casuais podem ajudar a
aprender, mas também podem multiplicar mal-entendidos
22. Teorias Sociocognitivas: Teoria Sócio-Histórica-Interacionista
Papel do Aluno:
O aluno exerce um papel ativo
Responsável pela construção do seu
conhecimento