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A agromanufatura do açúcar e a escravidão
A economia açucareira
Quando o rei de Portugal, Dom João III, decidiu colonizar o Brasil, teve de enfrentar três
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1. Escolher um produto
2. Conseguir dinheiro
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1. Escolher um produto
O produto escolhido foi o açúcar de cana. Havia três boas razões para essa escolha:
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O dinheiro aplicado nos
primeiros engenhos foi
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holandeses e italianos.
Mas, algum tempo depois, os
senhores de engenho produziam
açúcar com capitais próprios.
3. Mão de obra
Inicialmente utilizou-se a mão de
obra indígena. Os índios eram
capturados e postos a trabalhar.
Mais tarde, no início do século XVII
(17), o uso da mão de obra indígena
entrou em declínio e a mão de obra
predominante passou a ser a do escravo
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O Engenho
Na época em que o Brasil era uma colônia, o açúcar era
produzido em engenhos. No começo, engenho era o
nome dado ao equipamento usado na fabricação do
açúcar. Com o tempo, passou a significar um conjunto
que incluía o canavial, a casa de engenho (onde se
produzia o açúcar, a roça (onde se plantavam os
alimentos), a casa-grande (habitação do senhor do
engenho), a senzala (moradia dos escravos), a capela
(onde se realizavam batizados, missas, etc.) e a moradia
dos trabalhadores livres.
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Senhores de Engenho
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Os Senhores de Engenho
Os senhores de engenho formavam o grupo dominante
na sociedade açucareira. Eles eram os donos das
terras, das máquinas e até mesmo dos homens, ou
seja, eram donos daquilo que na época significava
riqueza e prestígio.
A Casa-grande, moradia do senhor do engenho
“[...] possuía paredes grossas de pedra e cal cobertas de telha, alpendre na
frente e dos lados, telhados caídos num máximo de proteção contra o sol
forte e as chuvas tropicais [...] várias salas, quartos, corredores, duas
cozinhas, despensa, capela.” (Casa-grande e Senzala, Gilberto Freyre)
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Grande parte da população colonial era
formada por africanos escravizados.
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Tudo isso e mais algumas coisas eram
feitas pelos escravos. Eles eram “as mãos
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Senzala
O lugar de moradia dos
escravizados chamava-se senzala.
Senzala é uma palavra de origem
banto que significa “povoado” ou
“comunidade”.
As senzalas eram feitas de pau a
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Os escravizados eram obrigados a
trabalhar.
Se um escravo se recusasse a
trabalhar ou fosse pego fugindo,
receberia castigos físicos.
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A agromanufatura do açucar e a escravidão

  • 1. A agromanufatura do açúcar e a escravidão
  • 2. A economia açucareira Quando o rei de Portugal, Dom João III, decidiu colonizar o Brasil, teve de enfrentar três problemas: 1. Escolher um produto 2. Conseguir dinheiro 3. Mão de obra
  • 3. 1. Escolher um produto O produto escolhido foi o açúcar de cana. Havia três boas razões para essa escolha: • O açúcar alcançava altos preços na Europa; • O solo e o clima do litoral nordestino eram favoráveis ao cultivo de cana; • Os portugueses já haviam produzido açúcar nas ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde;
  • 4. 2. Conseguir dinheiro O dinheiro aplicado nos primeiros engenhos foi emprestado por banqueiros holandeses e italianos. Mas, algum tempo depois, os senhores de engenho produziam açúcar com capitais próprios.
  • 5. 3. Mão de obra Inicialmente utilizou-se a mão de obra indígena. Os índios eram capturados e postos a trabalhar. Mais tarde, no início do século XVII (17), o uso da mão de obra indígena entrou em declínio e a mão de obra predominante passou a ser a do escravo africano.
  • 6. O Engenho Na época em que o Brasil era uma colônia, o açúcar era produzido em engenhos. No começo, engenho era o nome dado ao equipamento usado na fabricação do açúcar. Com o tempo, passou a significar um conjunto que incluía o canavial, a casa de engenho (onde se produzia o açúcar, a roça (onde se plantavam os alimentos), a casa-grande (habitação do senhor do engenho), a senzala (moradia dos escravos), a capela (onde se realizavam batizados, missas, etc.) e a moradia dos trabalhadores livres.
  • 7.
  • 8.
  • 9. A Sociedade Colonial Açucareira Senhores de Engenho Livres e Brancos Indivíduos livres Técnicos e artesãos (brancos, mestiços, negros) Escravos Quase sempre africanos
  • 11. Os Senhores de Engenho Os senhores de engenho formavam o grupo dominante na sociedade açucareira. Eles eram os donos das terras, das máquinas e até mesmo dos homens, ou seja, eram donos daquilo que na época significava riqueza e prestígio.
  • 12. A Casa-grande, moradia do senhor do engenho “[...] possuía paredes grossas de pedra e cal cobertas de telha, alpendre na frente e dos lados, telhados caídos num máximo de proteção contra o sol forte e as chuvas tropicais [...] várias salas, quartos, corredores, duas cozinhas, despensa, capela.” (Casa-grande e Senzala, Gilberto Freyre)
  • 13.
  • 14. Os Escravos Grande parte da população colonial era formada por africanos escravizados. Do trabalho deles dependia o funcionamento da economia colonial: • A lavoura; • A pecuária; • A coleta; • A pesca; • O transporte de mercadorias, etc Tudo isso e mais algumas coisas eram feitas pelos escravos. Eles eram “as mãos e os pés” do Senhor de Engenho.
  • 15. Senzala O lugar de moradia dos escravizados chamava-se senzala. Senzala é uma palavra de origem banto que significa “povoado” ou “comunidade”. As senzalas eram feitas de pau a pique e cobertas de sapé.
  • 16.
  • 17. Os escravizados eram obrigados a trabalhar. Se um escravo se recusasse a trabalhar ou fosse pego fugindo, receberia castigos físicos.
  • 18.
  • 19.
  • 20. Os Assalariados Muitos engenhos empregavam trabalhadores assalariados Ofício O que fazia o trabalhador Feitor-mor Administrava o engenho. Mestre de açúcar Controlava o trabalho de fabricação do açúcar. Purgador Trabalhava na purificação do açúcar. Caldeireiro Trabalhava nas caldeiras. Oficial de açúcar Auxiliava o mestre de açúcar. Feitor de campo Vigiava e castigava os escravos.