O documento discute a história do Japão como potência econômica e militar na Ásia, desde o final do século XIX até os dias atuais. Aborda o imperialismo japonês, a derrota na Segunda Guerra Mundial, a reconstrução econômica apoiada pelos EUA, o "milagre econômico" japonês e os desafios atuais do país.
1. Japão e Tigres Asiáticos
Unidade 6 – 9º ano
Professora Christie
2. Japão: potência do
Oriente
O Japão apresenta-se como
terceira maior potência econômica
do mundo, superada pelos EUA e
pela China. Com a China, os
japoneses tiveram complicadas
relações no passado e mantêm a
disputa territoriais.
Esta posição de potência deve-se a
diversidade de seu parque
industrial e ao fato de abrigar
universidades e centro de
pesquisas, onde se desenvolvem as
mais avançadas tecnologias.
Tema 1
3. Imperialismo japonês
Desde o final do século XIX
o Japão já se configura
como potência econômica e
militar.
Entretanto, a crescente
industrialização japonesa
teve problemas devido a
falta de recursos naturais no
país.
A fim de obter matérias-
primas, o Japão adota um
expansionismo na Ásia,
invadindo outros países
como a China e a Coreia.
Tema 1
4. Fim da supremacia japonesa
O imperialismo japonês no Pacífico chocava-se com
os interesses econômicos e políticos dos Estados
Unidos.
Em dezembro de 1941, durante a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), o Japão bombardeou
território dos EUA e os estadunidenses declararam
guerra ao Japão.
Na Segunda Guerra Mundial, enfrentou os EUA e
os demais países aliados: França, URSS e Inglaterra.
Após a II Guerra Mundial, o Japão encontrava-se
falido, com cidades, estradas e portos destruídos e
consequentemente isso afetou a sua economia.
A rendição definitiva do Japão aconteceu somente após os EUA detonarem suas
bombas atômicas em agosto de 1945, uma sobre Hiroshima e outra sobre
Nagasaki, marando cerca de 200 mil pessoas e deixando outras feridas. A
radiação ainda provocou tumores cancerígenos em grande parte das pessoas
expostas a ela.
Tema 1
5. Os Estados Unidos impuseram ao Japão várias reformas políticas,
sociais e econômicas, além de promulgar uma nova Constituição,
em que proibiam o arquipélago de possuir forças armadas. A partir
daí, o antigo rival passou a se tornar o principal aliado
estadunidense na Ásia.
A conquista de uma grande prosperidade econômica e social do
Japão foi viabilizada pelos recursos financeiros concedidos pelos
Estados Unidos ao governos japonês na década de 1950, como
forma de compensar os danos causados durante a guerra e,
principalmente impedir a expansão do socialismo soviético.
Tema 1
6. O "milagre
econômico"
Com a vitória da Revolução
Comunista na China, em 1949,
os Estados Unidos investiram
bilhões de dólares para evitar a
proliferação de regimes
comunistas na Ásia. Era a época
da Guerra Fria.
Na década de 1960, o Japão já
havia se recuperado
economicamente, passando a
ser um grande produtor mundial
de bens de consumo, como
eletrodomésticos.
Tema 1
7. Não foi apenas o capital americano que permitiu o "milagre
econômico japonês". Outros fatores também contribuíram para a
reconstrução do país:
•Mão de obra barata e abundante para as indústrias: ao final da
Segunda Guerra Mundial, houve no Japão um intenso êxodo rural. A
maior parte do contingente de trabalhadores migrantes foi absorvida
pelas indústrias.
•Longas jornadas de trabalho: desde o início do período de
recuperação econômica, os empregados japoneses têm trabalhado, em
média, durante 43 horas semanais.
•Fidelidade dos trabalhadores à empresa: os trabalhadores
japoneses são extremamente subordinados à hierarquia, às regras e à
rotina de trabalho das empresas; muitas vezes eles veem a fábrica como
uma extensão de sua casa
•Aplicação maciça de verbas na área educacional: a partir do pós-
guerra, parcelas significativas das verbas públicas foram destinadas à
educação, principalmente ao ensino técnico voltado para a qualificação
de mão de obra.
•Criação e aprimoramento de novas tecnologias: governo e
empresas realizaram grandes investimentos em pesquisas científicas,
fazendo o país se destacar nos setores de tecnologia de ponta.
Tema 1
8. Indústria e
tecnologia
Com os recursos obtidos, o governo japonês
investiu na reconstrução do país, direcionando
bilhões de dólares para a criação de
infraestrutura, além de novas indústrias do setor
de base (siderúrgicas, metalúrgicas, químicas,
entre outras), intermediárias (sobretudo as
navais) e, mais tarde, de bens de consumo
(automóveis, eletrodomésticos, aparelhos
eletrônicos, etc.).
O principal objetivo era colocar no mercado
internacional produtos com tecnologia moderna,
alta qualidade e preços baixos. Os esforços do
governo japonês deram resultado: nas décadas
seguintes, o mundo todo foi invadido pelos seus
produtos manufaturados, o que levou o país à
categoria de grande exportador mundial
Tema 1
9. Indústrias no
Litoral
Além do interior montanhoso,
outro fator que contribui
histórica e economicamente
para a concentração das
indústrias no litoral é a
proximidade dos portos, locais
de desembarque de matérias-
primas e embarque de produtos
manufaturados para exportação.
Os portos japoneses de
Yokohama, Kobe e Chiba são
alguns dos mais movimentados
do mundo.
Tema 1
11. Agricultura
Além de configurar-se como
obstáculo à expansão das áreas
industriais e urbanas, o território
montanhoso do Japão impõe sérias
limitações à expansão das
atividades agrícolas no país.
Como o objetivo de superar as
limitações impostas pela natureza,
o governo japonês vem auxiliando
os agricultores no emprego de
modernas tecnologias de cultivo, a
fim de que eles tenham melhor
aproveitamento de suas terras
O Japão importa a maior parte dos
alimentos, exceção feita ao arroz,
que é a principal cultura produzida
no país, seguida pela fruticultura.
Por isso, cada vez mais tem-se
empregado tecnologia para
aumentar a produtividade agrícola
no país.
Tema 1
13. Energia
Os desníveis do relevo no território
japonês facilitam a instalação de
usinas hidrelétricas. Porém, a
produção de energia hídrica está
longe de atender à demanda da
economia no país.
O petróleo e o gás natural servem
para fabricação de vários produtos
e para geração de energia elétrica
no país são impostados do Oriente
Médio e do Sudeste Asiático.
Buscando diminuir a dependência externa, o governo japonês
também construiu várias usinas nucleares, que fornecem parte da
eletricidade produzida no país. Os vulcões ativos também tornam
possível a exploração da energia geométrica, embora ainda de
maneira restrita.
Tema 1
14. Problemas
ambientais
O Japão - sérios problemas
ambientais, principalmente em
relação à poluição do ar e à poluição
marinha.
A poluição já acarretou grandes
prejuízos econômicos ao país.
As águas contaminadas da baía de
Tóquio e de áreas próximas afetaram
a piscosidade, que caiu
vertiginosamente.
Em termos de poluição do ar, o
Japão é o quinto maior emissor de
CO2 proveniente de atividades
humanas.
A radiação das usinas nucleares
também preocupa os japoneses. Em
2011, um tsunami devastou a costa
nordeste do Japão e danificou os
reatores da usina nuclear de
Fukushima, provocando o
vazamento de água radioativa.
Tema 1
17. O arquipélago
japonês
O arquipélago japonês é
formado por 3,9 mil ilhas,
das quais se
destacam Honshu,
Hokkaido,
Kyushu e Shikoku.
Grande parte de seu relevo
é formado por montanhas
o que dificulta a ocupação
humana. Apenas 15% do
território japonês é
formado por planícies
(mais no litoral)
Tema 2
18. Círculo de Fogo do Pacífico
O Japão se localiza no Círculo
de Fogo do Pacífico, em uma
região de encontro das
placas tectônicas.
Existem vulcões ativos no
arquipélago, e essa é uma
das regiões do mundo que
mais sofrem abalos sísmicos,
a maioria imperceptível aos
seres humanos, outros
porém de grande magnitude.
Tema 2
19. O Japão localiza-
se em uma área
sujeita à
formação de
tsunamis.
Há perda de
vidas, bloqueio
de estradas, falta
de energia e
destruição das
construções.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/11/japao-constroi-torres-para-enfrentar-tsunami-de-mais-de-30-m-no-futuro.html
Tema 2
20. Prevenção contra
catástrofes naturais
A população japonesa recebe
treinamento de como agir
durante os tremores de terra.
Suas construções são feitas com
alicerces especiais e materiais
reforçados para evitar que
desmoronem quando atingidas
por fortes abalos sísmicos.
Existe ainda um sofisticado
sistema que alerta a população
da chegada de um tsunami.
As pessoas têm um kit de
sobrevivência para terremotos
contendo remédios, alimentos,
documentos, entre outros itens.
Tema 2
21. A cidade de Yamada arrasada pelo tsunami em foto tirada em 17 de
março de 2011 (acima); abaixo, foto do mesmo lugar tirada em 3 de
fevereiro de 2016 (Foto: Kyodo/Reuters)
A cidade de Shinchi arrasada pelo tsunami em foto tirada em 12 de março
de 2011 (acima); abaixo, foto tirada em 2 de março de 2016 (Foto:
Kyodo/Reuters)
Tema 2
22. A megalópole
japonesa
A capital japonesa é o centro
da megalópole conhecida
como Tokaido. Nela
concentram-se
aproximadamente 60% da
população do país.
Na megalópole encontramos
também cidades tecnopolos,
que apresentam centros de
pesquisa e de produção de alta
tecnologia ligados à educação
universitária, a instituições de
ensino e a empresas
especializadas em tecnologia
de ponta.
Tema 2
23. Tóquio
A capital Tóquio concentra
atividades industriais e
financeiras, grande
movimentação nos portos e
aeroportos e mantém uma
intensa troca com países de
todo o mundo por meio de seu
ativo comércio.
Nesta capital encontra-se a
“Bolsa de Valores de Tóquio”.
Nesta cidade localiza-se a sede
de grandes empresas
transnacionais, principalmente
ligadas às telecomunicações e
à informática.
Muitas decisões tomadas em
Tóquio têm influência global.
Tema 2
24. Transporte na
megalópole
Tokaido, a megalópole japonesa,
é servida e interligada por uma
eficiente rede de transporte
ferroviária. Nessa rede destaca-
se o trem-bala.
O Japão abastece sua potente
economia e escoa sua produção
por portos modernos, bem
equipados, com terminais
intermodais (que conectam
diferentes tipos de meios de
transporte).
Tema 2
25.
26. Extensão territorial
A falta de espaço no Japão é uma
questão que vem sendo resolvida
pela tecnologia. O aterramento de
suas baías permite construir novos
espaços – o aeroporto internacional
de Narita, em Tóquio, foi construído
sobre uma área aterrada.
Indústrias que desejam implantar
novas unidades frequentemente o
fazem em aterros no mar.
Hoje, no Japão, se propõe o uso de
balsas que permite o avanço da
ocupação humana sobre o mar.
O país também aumenta o número
de construções subterrâneas, como
estacionamentos para desafogar o
trânsito.
Aeroporto de Narita
Tema 2
27. População
O Japão é um país populoso e povoado.
Neste país vivem 127 milhões de pessoas
concentradas nas estreitas áreas de planície.
A densidade demográfica é alta: cerca de 335
hab./km2, chegando a 700 hab./km2 em
Tóquio. É o país que tem a mais elevada
expectativa de vida do mundo, de 84 anos
O crescimento vegetativo é negativo, ou seja,
o Japão vem perdendo o seu número de
habitantes em virtude das baixíssimas taxas
de natalidade. Por outro lado, isso gera outro
problema demográfico e econômico: o
envelhecimento populacional, haja vista que
as taxas de mortalidade são baixas e a
expectativa de vida da população japonesa é
uma das mais elevadas do mundo (83,6 anos).
Com isso, o número de idosos e aposentados
é elevadíssimo, o que ocasiona o surgimento
de problemas de ordem previdenciária.
Tema 2
28. Educação, cultura e
trabalho
A cultura e as tradições milenares são
muito arraigadas na sociedade
japonesa. Valores como respeito,
obediência e disciplina são muito
presentes e a educação é valorizada,
de excelente qualidade.
A característica mais importante da
organização japonesa é o emprego
para vida toda. É um pacto entre a
empresa e o empregado: "qualquer
coisa que aconteça eu não te
despeço". Basicamente esta é a
filosofia do emprego vitalício.
Os valores da sociedade se
reproduzem nas relações de trabalho,
sendo essa mão de obra considerada
obediente, pouco reivindicativa e
altamente qualificada.
Tema 2
29. A mulher na sociedade japonesa
Historicamente, a mulher no Japão era estritamente educada para ser uma
boa dona de casa e cuidar praticamente sozinha da educação dos filhos, o
que ainda prevalece nos dias de hoje.
O governo japonês promulgou leis para diminuir essas diferenças em 1999.
Mas, ainda hoje, as mulheres normalmente ganham menos do que os
homens, mesmo fazendo o mesmo tipo de serviço. Em comparação aos
países ocidentais, podemos dizer que ainda são poucas mulheres no Japão
que ocupam cargos políticos e executivos, embora isso esteja mudando
gradualmente.
Tema 2
30. Primeiros Tigres Asiáticos
• Taiwan era governada por aliados dos
Estados Unidos que foram expulsos pelas
tropas vencedoras chinesas em 1949,
durante a Revolução Comunista. A China
ainda hoje reclama a integração de Taiwan
ao seu território.
• A Coreia do Sul, também pró-ocidental,
havia enfrentado, de 1950 a 1953, a Coreia
do Norte comunista (Guerra da Coreia)
• Cingapura era um ponto estratégico para
evitar a perda de influência estadunidense
na região.
• Hong Kong era uma possessão britânica na
China. Recebeu investimentos estrangeiros
e logo se tornou um destacado centro
financeiro na Ásia.
O Japão pretendia ampliar sua área de influência no leste e no sudeste do
continente. Assim, financiadas pelo governo dos EUA e, cujo interesse era impedir a
expansão comunista no continente, empresas japonesas investiram em Taiwan
(Formosa), na Coreia do Sul, em Cingapura e em Hong Kong, os 4 primeiros Tigres
Asiáticos.
Tema 3
31. Plataformas de exportação
• O rápido crescimento econômico apresentado
pelos Tigres Asiáticos deveu-se a maciços
investimentos financeiros realizados nesses países
pelos Estados Unidos e pelo Japão, a partir da
década de 1970.
• Empresas japonesas transferiram seus
estabelecimentos para esses locais ou lá investiram
na implementação de novas unidades fabris.
• Além dos investimentos financeiros, outros
fatores contribuíram para atrair uma grande
quantidade de multinacionais para os Tigres
Asiáticos:
• a existência de mão-de-obra abundante,
qualificada, barata e com um nível razoável de
escolaridade;
• a intervenção dos Estados, concedendo
incentivos fiscais (como isenção de impostos) e
facilidades para que as multinacionais remetam
seus lucros para os países de origem;
• baixas taxas alfandegárias para a exportação de
produtos industrializados.
Tema 3
32. Novos Tigres
Asiáticos
O termo “Novos Tigres Asiáticos” é utilizado
para designar o grupo de países de
industrialização recente (a partir da década de
1980) e que vêm expandindo suas economias
a partir dos investimentos gerados pela
expansão dos Tigres Asiáticos antigos e
também pela maior inserção do capital
estrangeiro proveniente dos países
desenvolvidos como o Japão.
O objetivo era industrializá-los, como fora feito
com os Tigres Asiáticos, e integrar as
economias asiáticas do leste e do sudeste.
Nesses países há mão de obra menos
qualificada que a encontrada nos quatro Tigres
originais, porém, muito mais barata. Milhares
de pequenas empresas produzem mercadorias
sob encomenda, criadas e planejadas em
outros países do mundo.
Tema 3
33. Crescimento dos Tigres Asiáticos
Os investimentos estrangeiros nos
Tigres Asiáticos saltaram
vertiginosamente. As transnacionais
implantaram suas indústrias nesses
países, que viram suas economias
serem modificadas.
Houve mudanças positivas nos Novos
Tigres trazidas, porém, esses países,
ao contrário dos "Velhos Tigres", não
conseguiram alcançar expressivo
desenvolvimento socioeconômico.
O comércio dos Tigres Asiáticos se dá
principalmente entre os próprios
Tigres, China e Japão seguidos pelos
Estados Unidos e pela União Europeia.
Tema 3
A China vem se juntando ao Japão como a grande potência industrial e agregadora das
economias dos Tigres Asiáticos, aumentando sua área de influência no leste e no sudeste
da Ásia.
34. Os Tigres Asiáticos hoje
• Hong Kong, em 1997, voltou a ser
incorporada à China. É uma das mais
prósperas regiões da China, centro
financeiro mundial, além de conter os mais
importantes portos do planeta.
• Taiwan apresenta economia dinâmica, mas
seu status político é limitado por causa do
não reconhecimento oficial como país pela
comunidade internacional
• Cingapura investiu maciçamente na
educação e na pesquisa, além de ter
conseguido investimentos estrangeiros e o
apoio dos EUA. Seus portos estão entre os
mais movimentados do mundo. Sua renda
per capita se iguala à dos países ricos. A
economia depende fortemente da
fabricação e da exportação de tecnologia da
informação e farmacêuticos de alta
tecnologia e ainda de seu ativo setor
financeiro.
Cingapura
Tema 3
35. • A Indonésia é um país insular com um
subsolo rico em petróleo, gás, minérios
e carvão, o que o torna um pouco
menos dependente da indústria e das
exportações de manufaturas. Cerca de
11,7% de sua população está abaixo da
linha de pobreza.
• A Malásia ainda depende fortemente
das exportações de petróleo e de gás,
que correspondem a 35% de seu PIB.
• A Tailândia conta com boa
infraestrutura e políticas que favorecem
as empresas transnacionais. O turismo
é um importante setor na economia
tailandesa.
• As Filipinas têm uma economia que
vem resistindo a crises econômicas e
financeiras globais. Enfrenta graves
problemas ambientais: o manejo
inadequado provocou acelerada erosão
em 20% do solo; o desmatamento ilegal
é responsável pela derrubada de
grandes áreas de mata, etc.
• O Vietnã tem salários inferiores aos dos
trabalhadores chineses. As empresas
estatais são responsáveis por cerca de
40% do PIB.
Tema 3
Indonésia
36. As duas Coreias
A Coreia, dominada pelo Japão durante a Segunda
Guerra Mundial, foi dividida, em 1945, após a
derrota do Japão, entre norte-americanos e
soviéticos.
O desfecho desta Guerra foi o Cessar-fogo e
estabelecimento de uma zona desmilitarizada no
Paralelo 38° N, que separa as duas Coreias.
Assim, os limites estabelecidos transformaram-se
em divisão real, surgindo dois Estados coreanos,
sob a controle de cada uma das duas potências: a
República Popular Democrática da Coreia do Norte,
sob a ocupação soviética, e a República da Coreia,
ao sul, sob o controle norte-americano.
O regime adotado pela Coreia do Norte manteve-se sob o controle do Partido
Comunista.
A Coreia do Sul, por sua vez, recebeu investimentos e tecnologia estrangeira,
ascendendo à posição de “tigre asiático”. Conquistou essa posição, embora, de início
fosse um país essencialmente agrário.
Tema 4
37. A industrialização
sul-coreana
Na década de 1960, a Coreia do Sul era
um país pobre. Seu PIB per capita era
comparável aos dos países mais pobres.
A situação se inverteu e, em 2004, a
Coreia do Sul entrou no grupo das
economias que geram trilhões de dólares
por ano.
Nas décadas de 1980 e 1990, a Coreia do
Sul passou de exportador de tecidos e
sapatos para grande produtor global de
automóveis, eletrônicos, navios, aço e,
mais tarde, produtos de alta tecnologia.
Hoje as principais indústrias coreanas são
as de eletrônicos, de telecomunicações,
automobilística, química, naval e
siderúrgica.
A Coreia do Sul importa os combustíveis
fósseis de que necessita para alimentar
sua economia.
Tema 4
38. A população sul-
coreana
A população da Coreia do Sul vem
envelhecendo rapidamente, com expectativa
de vida de 80,7 anos. Segundo dados da
ONU, o país tem uma das taxas de
fecundidade mais baixas do mundo, cerca de
1,23 filho por mulher, e 11% de sua
população tem mais de 65 anos. Em virtude
disso, o governo vem tomando uma série de
medidas de incentivo à natalidade, como
ofertas econômicas aos pais que tiverem o
segundo e o terceiro filhos.
Tema 4
39. A educação
Um importante fator no
sucesso da Coreia do Sul foi
o investimento maciço em
educação. Nos anos 1950,
um grande número de
crianças em idade escolar
não recebia educação
formal. Esse quadro foi
revertido com o
investimento em educação
de 10% do PIB durante
alguns anos. Em 2013, 60%
dos sul-coreanos entre 25 e
34 anos tinham cursado a
universidade.
Robôs substituem professores em salas de aula da Coreia do Sul
Tema 4
40. A condição da mulher
A condição das mulheres sul-coreanas passou por grandes
transformações. Até algumas décadas atrás, seu papel era
restrito a cuidar da casa e dos filhos. Hoje, elas participam
ativamente do mercado de trabalho, ocupando cargos até
pouco tempo atrás reservados apenas aos homens. As jovens
coreanas estão entre as mulheres com melhor nível de
instrução do mundo, e mais da metade delas tem formação
universitária.
Park Geun-hye – ex-
presidente do país
Tema 4