O café como base da industrialização
• Período Colonial (1500-1822): a agricultura era a
base da economia brasileira, já que era proibido a
instalação de estabelecimentos comerciais e
industriais na Colônia, para evitar a concorrência
com a Metrópole.
• Império (século XIX): o café se tornou o principal
responsável pelas mudanças sociais e econômicas
do país grandes exportações e substituição da
mão de obra escrava pela assalariada.
• 1850: fim do tráfico negreiro para o Brasil.
• Atração de imigrantes europeus.
O café como base da industrialização
• São Paulo: torna-se o centro econômico e
financeiro do País e por causa da urbanização,
surgem outras atividades ligadas ao setor terciário,
como comércio, escolas, hospitais, redes de água e
esgoto, iluminação pública, transportes, bancos,
além de indústrias.
• Lucros do café investimento na industrialização.
• Final do séc. XIX: poucas indústrias (cerâmicas,
tijolos, móveis, tecidos, roupas, etc.) que não
exigiam grandes investimentos para serem
instaladas.
O café como base da industrialização
• Séc. XX: exportação de produtos agrícolas (menos
valorizados) e importação de máquinas e
equipamentos industriais (mais caros).
• Expansão do café para o interior paulista
necessidade de mão de obra incentivo à
imigração.
As crises favoreceram o processo
industrial
• Primeira Guerra Mundial (1914-1918): Envolveu
os países europeus, dificultando as importações
Substituição das importações estímulo do
mercado interno.
• 1929 e década de 1930: Crise mundial
latifundiários e banqueiros passam a investir na
produção de mercadorias para vender no
mercado interno – Primeira Revolução Industrial
Brasileira.
As crises favoreceram o processo
industrial
• Industrialização tardia ou retardatária.
• Industrialização estimulou a urbanização
bairros industriais migração do campo para a
cidade aumento da oferta de empregos nas
cidades e o aparecimento de novas profissões.
A Primeira e a Segunda Revolução
Industrial brasileira
• 1930: consolidação da 1ª Revolução industrial
início do processo de passagem da sociedade
economicamente agrária para a urbano-
industrial;
• Governo de Getúlio Vargas (1920-1945 e 1950-
1954): Insuficiência de fontes de energia
carvão mineral de baixa qualidade e petróleo só
seria descoberto em 1939;
• 1941: Início da construção da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), localizada em Volta
Redonda (RJ) produção de aço;
A Primeira e a Segunda Revolução
Industrial brasileira
• 1942: Criação da Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD) para a exploração do Quadrilátero
Ferrífero de Minas Gerais exploração de
minério de ferro;
• Governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961):
incentivou a internacionalização da economia
com a instalação de transnacionais (empresas de
outros países que abrem filiais em várias nações)
eram atraídas pela mão de obra barata e pela
abundância de matérias-primas concentraram-
se principalmente em São Paulo;
A Primeira e a Segunda Revolução
Industrial brasileira
• Desenvolvimento dos parques industriais
paulistas: Santo André, São Bernardo, São
Caetano do Sul e Diadema (ABCD paulista) e
Baixada Santista (Santos, Cubatão, etc.).
• 1964: início da ditadura no Brasil os militares
priorizam as indústrias de bens de produção e de
bens de capital, extração de minério, construção
de hidrelétricas, rodovias e telecomunicações.
A Primeira e a Segunda Revolução
Industrial brasileira
• O Brasil recebeu uma grande quantidade de
empréstimos internacionais que favoreceram o
crescimento econômico e industrial.
• Final da década de 1970 e início de 1980:
Consolidação da 2ª Revolução industrial com a
implantação das indústrias de bens de produção.
Os tipos de indústrias
• Indústrias de bens de produção ou indústria de
base (indústrias pesadas): são indústrias que
gastam muita energia transformando as matérias-
primas para outras indústrias. Geralmente são
instaladas próximas aos locais fornecedores de
matérias-primas e dependem de boa rede de
transportes. Exs: siderúrgicas, petroquímicas,
indústrias de cimento.
Os tipos de indústrias
• Indústrias de bens de capital, de equipamentos
ou intermediárias: É o mais importante tipo de
indústria, pois é o que fornece máquinas,
equipamentos e ferramentas ou autopeças para
outras indústrias e também para os transportes.
Exs: indústrias de material de componentes
eletrônicos, as de máquinas, as de motores para
carros ou aviões, etc.
Os tipos de indústrias
• Indústria de bens de consumo (indústrias leves):
são as que produzem diretamente para o
mercado consumidor.
• a. duráveis: são as que fabricam mercadorias de
grande vida útil. Exs: automóveis,
eletrodomésticos e móveis.
• b. não-duráveis: Produzem bens de consumo
rápido que exigem reposição constante. Exs:
produtos alimentícios, vestuários, bebidas,
remédios, etc.
Concentração e desconcentração
industrial
• 1930: A concentração espacial da indústria do
Brasil encontrava-se na Região Sudeste.
• Sudeste (80,7%), Sul (12%), Nordeste (5,7%),
Norte (1%) e Centro-Oeste (0,6%).
• 1970: Desconcentração no sentido das capitais
para o interior de cada Estado e no sentido
Sudeste para as outras regiões.
Concentração e desconcentração
industrial
• Sudeste e Sul (próximo à Argentina, Paraguai e
Uruguai) são as duas regiões com o maior
número de empresas e trabalhadores
empregados do Brasil.
• Hoje: Sudeste (49,6%), Sul (28,9%), Nordeste
(12,1%), Norte (3,1%) e Centro-Oeste (6,3%).
Fatores responsáveis pela
desconcentração
• a oferta de mão de obra qualificada fora da Região
Sudeste, geralmente com menores salários;
• os incentivos fiscais ofertados por outros estados e
municípios (guerra fiscal);
• o abandono de áreas tradicionais, de elevados
custos de produção;
• uma menor organização sindical dos trabalhadores
nas cidades de pequeno e médio porte (o que
permite manter baixos salários ou concentração
sem registro em carteira de trabalho).