A arte colonial brasileira foi influenciada pelos estilos barroco e rococó europeus e teve função principalmente religiosa. A arquitetura colonial inclui fortalezas militares, igrejas e casas simples, muitas feitas de taipa de pilão. As cidades cresceram de forma orgânica e as igrejas apresentavam frontões triangulares evoluindo para formas mais curvilíneas com o barroco.
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8o ano 2019 Apostila arte no Brasil colonial
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A ARTE NO BRASIL COLONIAL – Arquitetura1
A Arte Colonial Brasileira foi aquela que surgiu no Brasil com a chegada dos portugueses,
com o período da colonização européia, tendo como modelo de criação os estilos artísticos
europeus do Barroco e do Rococó, com forte associação entre arte e religião. Com ela
inicia-se uma nova etapa da história da arte brasileira, sucedendo o Período Pré-Cabralino
(arte rupestre e artes indígenas).
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARTE COLONIAL BRASILEIRA
A arte colonial brasileira durou cerca de três séculos e nasceu sob a influência dos estilos
artísticos europeus do Barroco e, em menor proporção, do Rococó.
A arte colonial manifestou-se na pintura, na escultura e principalmente na arquitetura. A
principal função que a arte tinha nessa época era religiosa.
A Arte Sacra (sagrada) é aquela que retrata as crenças e as personagens religiosas, e que
servem de objeto ou local de culto e veneração para os fiéis.
O Frei Agostinho da Piedade (português) e o Frei Agostinho de Jesus (carioca) foram os
monges beneditinos que, no século XVII, criaram as primeiras imagens da religião
católica para a devoção dos brasileiros.
Toda a produção artística do período colonial brasileiro foi, inicialmente, consequência
direta da mentalidade de nossos colonizadores, que submeteram a colônia ao seu modelo de
ocupação. Depois,aos poucos, os traços nacionais foram modificando estaarte e criando
um estilo próprio – um barroco tipicamente brasileiro.
Arquitetura e urbanística colonial brasileira
O modelo urbano que se estabeleceu no início de nossa colonização marca até hoje grande
parte das cidades brasileiras.
Por esse motivo devemos conhecer a evolução urbanística e arquitetônica de nosso país,
para compreender melhor o modo como vivemos e o desenho de nossas cidades.
1 - adaptado da apostila elaborada pelo Departamento de Artes Visuais em anos anteriores.
8º ano / 2019
COLÉGIO PEDRO II
CAMPUS CENTRO
ARTES VISUAIS
PROFESSORA: TATIANA CALDEIRA
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Inicialmente as cidades e as ruas eram construídas de acordo com os acidentes
geográficos e as necessidades práticas de cada cidade, não existia um planejamento prévio,
nem uma forma geométrica de organização espacial. Assim, o “traçado” original das cidades
brasileiras era sinuoso e orgânico.
Arquitetura religiosa, militar e civil.
No início da colonização as construções mais importantes eram os fortes e as igrejas. Por
motivos de segurança essas edificações eram construídas em locais altos para garantir o
domínio e a defesa das terras conquistadas, tanto em seu sentido material quanto espiritual.
ARQUITETURA MILITAR – Os fortes e as fortalezas são a maior expressão da arquitetura
militar. Foram construídos por engenheiros militares, em locais estratégicos, ao longo do
litoral brasileiro, com técnica apurada e material de qualidade. Muitas vezes este material
vinha de fora, já todo pronto, para ser feita somente a montagem aqui (pedras numeradas).
Características formais:
simplicidade das formas, simetria, utilização das formas geométricas, paredes caiadas de
branco e formas estáticas.
ARQUITETURA RELIGIOSA – As igrejas são a expressão máxima da arquitetura religiosa.
A fachada e o interior de cada igreja foram determinados pela ordem religiosa que a
construiu. No Brasil, as principais ordens foram a dos Jesuítas, a dos Beneditinos e a dos
Franciscanos.
Características Formais:
frontão triangular, paredes caiadas de branco, construção em terreno elevado ou no centro
das praças, uso de azulejos para revestimento das paredes, a pintura “Tromp’oeil” nos tetos,
construções com apenas uma torre sineira nas regiões mais pobres.
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Obs.: com o passar do tempo, os frontões triangulares foram evoluindo para formatos mais
curvilíneos, mais dinâmicos, à medida em que o estilo barroco progredia.
Classificação dos elementos arquitetônicos das igrejas
1. FRONTÃO – Elemento da fachada que fica no telhado, de forma triangular.
2. ÓCULUM – Janela redonda aberta nos frontões e paredes, utilizada para iluminar e
ventilar o ambiente.
3. TORRE SINEIRA – Torre onde fica o sino da igreja.
4. PORTADA – Porta principal da igreja, fica geralmente no centro da construção.
ARQUITETURA CIVIL – As casas, prédios administrativos, o comércio, dentre outros, são
as construções que representam a arquitetura civil. O que hoje chamamos de “estilo colonial”
refere-se ao estilo de construção de meados à final do período colonial; as casas de fazenda
coloniais que foram preservadas guardam ainda este estilo arquitetônico, bem como as
cidades que conseguiram preservar seu conjunto urbanístico como um todo.
Características:
Arquitetura de maior simplicidade, sempre com estruturas retangulares e cobertura de
palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas construções eram
conhecidas como tejupares, palavra que vem do tupi-guarani (tejy = gente, e upad =
lugar).
O uso do método de construção conhecido como “taipa de pilão”, que existe até hoje em
dia em vilarejos, cidades interioranas e casas de pescadores, principalmente no Norte e
Nordeste brasileiros (veja quadro explicativo abaixo).
Construções de casas geminadas (que barateava bastante as construções) e a pintura de
branco das fachadas (semelhante ao que ocorria com as igrejas).
Características Formais: paredes caiadas de branco; janelas e portas inicialmente
retangulares e posteriormente com arco abatido; telhado, cantaria, beiral e portas com
cor.
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Obs:
Arco abatido Arco pleno
CASA DE TAIPA – Construção feita de varas, galhos, cipós entrelaçados e cobertos com
barro. Para que o barro tivesse maior consistência e melhor resistência à chuva, ele era
misturado com sangue de boi e óleo de peixe. Essa técnica era ensinada pelos operários de
construção vindos de Portugal e pelos padres jesuítas, beneditinos e franciscanos, que foram
importantes na orientação dessas construções.
(CALABRIA, Carla P. B. & MARTINS, Raquel V. Arte, História e Produção. Ed. FTD; SP, 1997. Pág. 30)
QUESTÕES PARA REVISÃO
1) Explique o significado de ‘crescimento orgânico’ das cidades coloniais:
2) Que características particulares, nas técnicas de construção, diferenciam a arquitetura
militar das demais?
3) O que são as casas geminadas?
4) Comente a mudança na fachada das igrejas coloniais, considerando o
desenvolvimento do estilo barroco:
5) Que grande contraste notamos entre o interior e o exterior das igrejas barrocas?
6) Que ‘heranças’ da cidade colonial você percebe como existentes em nossa cidade
hoje?
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