SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
1
A ARTE NO BRASIL COLONIAL – Arquitetura1
A Arte Colonial Brasileira foi aquela que surgiu no Brasil com a chegada dos portugueses,
com o período da colonização européia, tendo como modelo de criação os estilos artísticos
europeus do Barroco e do Rococó, com forte associação entre arte e religião. Com ela
inicia-se uma nova etapa da história da arte brasileira, sucedendo o Período Pré-Cabralino
(arte rupestre e artes indígenas).
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARTE COLONIAL BRASILEIRA
 A arte colonial brasileira durou cerca de três séculos e nasceu sob a influência dos estilos
artísticos europeus do Barroco e, em menor proporção, do Rococó.
 A arte colonial manifestou-se na pintura, na escultura e principalmente na arquitetura. A
principal função que a arte tinha nessa época era religiosa.
 A Arte Sacra (sagrada) é aquela que retrata as crenças e as personagens religiosas, e que
servem de objeto ou local de culto e veneração para os fiéis.
 O Frei Agostinho da Piedade (português) e o Frei Agostinho de Jesus (carioca) foram os
monges beneditinos que, no século XVII, criaram as primeiras imagens da religião
católica para a devoção dos brasileiros.
Toda a produção artística do período colonial brasileiro foi, inicialmente, consequência
direta da mentalidade de nossos colonizadores, que submeteram a colônia ao seu modelo de
ocupação. Depois,aos poucos, os traços nacionais foram modificando estaarte e criando
um estilo próprio – um barroco tipicamente brasileiro.
Arquitetura e urbanística colonial brasileira
O modelo urbano que se estabeleceu no início de nossa colonização marca até hoje grande
parte das cidades brasileiras.
Por esse motivo devemos conhecer a evolução urbanística e arquitetônica de nosso país,
para compreender melhor o modo como vivemos e o desenho de nossas cidades.
1 - adaptado da apostila elaborada pelo Departamento de Artes Visuais em anos anteriores.
8º ano / 2019
COLÉGIO PEDRO II
CAMPUS CENTRO
ARTES VISUAIS
PROFESSORA: TATIANA CALDEIRA
2
Inicialmente as cidades e as ruas eram construídas de acordo com os acidentes
geográficos e as necessidades práticas de cada cidade, não existia um planejamento prévio,
nem uma forma geométrica de organização espacial. Assim, o “traçado” original das cidades
brasileiras era sinuoso e orgânico.
Arquitetura religiosa, militar e civil.
No início da colonização as construções mais importantes eram os fortes e as igrejas. Por
motivos de segurança essas edificações eram construídas em locais altos para garantir o
domínio e a defesa das terras conquistadas, tanto em seu sentido material quanto espiritual.
ARQUITETURA MILITAR – Os fortes e as fortalezas são a maior expressão da arquitetura
militar. Foram construídos por engenheiros militares, em locais estratégicos, ao longo do
litoral brasileiro, com técnica apurada e material de qualidade. Muitas vezes este material
vinha de fora, já todo pronto, para ser feita somente a montagem aqui (pedras numeradas).
 Características formais:
simplicidade das formas, simetria, utilização das formas geométricas, paredes caiadas de
branco e formas estáticas.
ARQUITETURA RELIGIOSA – As igrejas são a expressão máxima da arquitetura religiosa.
A fachada e o interior de cada igreja foram determinados pela ordem religiosa que a
construiu. No Brasil, as principais ordens foram a dos Jesuítas, a dos Beneditinos e a dos
Franciscanos.
 Características Formais:
frontão triangular, paredes caiadas de branco, construção em terreno elevado ou no centro
das praças, uso de azulejos para revestimento das paredes, a pintura “Tromp’oeil” nos tetos,
construções com apenas uma torre sineira nas regiões mais pobres.
3
Obs.: com o passar do tempo, os frontões triangulares foram evoluindo para formatos mais
curvilíneos, mais dinâmicos, à medida em que o estilo barroco progredia.
 Classificação dos elementos arquitetônicos das igrejas
1. FRONTÃO – Elemento da fachada que fica no telhado, de forma triangular.
2. ÓCULUM – Janela redonda aberta nos frontões e paredes, utilizada para iluminar e
ventilar o ambiente.
3. TORRE SINEIRA – Torre onde fica o sino da igreja.
4. PORTADA – Porta principal da igreja, fica geralmente no centro da construção.
ARQUITETURA CIVIL – As casas, prédios administrativos, o comércio, dentre outros, são
as construções que representam a arquitetura civil. O que hoje chamamos de “estilo colonial”
refere-se ao estilo de construção de meados à final do período colonial; as casas de fazenda
coloniais que foram preservadas guardam ainda este estilo arquitetônico, bem como as
cidades que conseguiram preservar seu conjunto urbanístico como um todo.
Características:
 Arquitetura de maior simplicidade, sempre com estruturas retangulares e cobertura de
palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas construções eram
conhecidas como tejupares, palavra que vem do tupi-guarani (tejy = gente, e upad =
lugar).
 O uso do método de construção conhecido como “taipa de pilão”, que existe até hoje em
dia em vilarejos, cidades interioranas e casas de pescadores, principalmente no Norte e
Nordeste brasileiros (veja quadro explicativo abaixo).
 Construções de casas geminadas (que barateava bastante as construções) e a pintura de
branco das fachadas (semelhante ao que ocorria com as igrejas).
 Características Formais: paredes caiadas de branco; janelas e portas inicialmente
retangulares e posteriormente com arco abatido; telhado, cantaria, beiral e portas com
cor.
4
Obs:
Arco abatido Arco pleno
CASA DE TAIPA – Construção feita de varas, galhos, cipós entrelaçados e cobertos com
barro. Para que o barro tivesse maior consistência e melhor resistência à chuva, ele era
misturado com sangue de boi e óleo de peixe. Essa técnica era ensinada pelos operários de
construção vindos de Portugal e pelos padres jesuítas, beneditinos e franciscanos, que foram
importantes na orientação dessas construções.
(CALABRIA, Carla P. B. & MARTINS, Raquel V. Arte, História e Produção. Ed. FTD; SP, 1997. Pág. 30)
QUESTÕES PARA REVISÃO
1) Explique o significado de ‘crescimento orgânico’ das cidades coloniais:
2) Que características particulares, nas técnicas de construção, diferenciam a arquitetura
militar das demais?
3) O que são as casas geminadas?
4) Comente a mudança na fachada das igrejas coloniais, considerando o
desenvolvimento do estilo barroco:
5) Que grande contraste notamos entre o interior e o exterior das igrejas barrocas?
6) Que ‘heranças’ da cidade colonial você percebe como existentes em nossa cidade
hoje?
* * * * *

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiagoO romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiagoGoncaloandre95
 
Módulo 4 . A arte sob o signo de Alá
Módulo 4 . A arte sob o signo de AláMódulo 4 . A arte sob o signo de Alá
Módulo 4 . A arte sob o signo de AláCarla Freitas
 
Romanico em portugal
Romanico em portugalRomanico em portugal
Romanico em portugalcattonia
 
Características da arte românica e da arte gótica correção
Características da arte românica e da arte gótica correçãoCaracterísticas da arte românica e da arte gótica correção
Características da arte românica e da arte gótica correçãoLuís Nunes
 
Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica   Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica Filipa Silva
 
A cultura do salão arte rococó
A cultura do salão   arte rococóA cultura do salão   arte rococó
A cultura do salão arte rococócattonia
 
C:\documents and settings\francisco\ambiente de trabalho\arte românica (1000 ...
C:\documents and settings\francisco\ambiente de trabalho\arte românica (1000 ...C:\documents and settings\francisco\ambiente de trabalho\arte românica (1000 ...
C:\documents and settings\francisco\ambiente de trabalho\arte românica (1000 ...Frantito
 
A arquitetuta romana
A arquitetuta romanaA arquitetuta romana
A arquitetuta romanaPedroAlmeid
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...Paula Poiet
 
A arquitectura romnica
A arquitectura romnicaA arquitectura romnica
A arquitectura romnicagueste0bd5a
 
A cultura da catedral islão
A cultura da catedral  islãoA cultura da catedral  islão
A cultura da catedral islãocattonia
 
Módulo 3 a arte românica
Módulo 3   a arte românicaMódulo 3   a arte românica
Módulo 3 a arte românicacattonia
 
arte bizantina, gótica, barroca e art nouveau
arte bizantina,  gótica, barroca e art nouveauarte bizantina,  gótica, barroca e art nouveau
arte bizantina, gótica, barroca e art nouveauBeatriz Otto Ramos
 

Mais procurados (20)

O romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiagoO romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiago
 
Arte bizantina arquitetura 2017
Arte bizantina arquitetura 2017Arte bizantina arquitetura 2017
Arte bizantina arquitetura 2017
 
Módulo 4 . A arte sob o signo de Alá
Módulo 4 . A arte sob o signo de AláMódulo 4 . A arte sob o signo de Alá
Módulo 4 . A arte sob o signo de Alá
 
Romanico em portugal
Romanico em portugalRomanico em portugal
Romanico em portugal
 
Características da arte românica e da arte gótica correção
Características da arte românica e da arte gótica correçãoCaracterísticas da arte românica e da arte gótica correção
Características da arte românica e da arte gótica correção
 
Arte islamica
Arte islamicaArte islamica
Arte islamica
 
Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica   Arte Gótica e Arte Românica
Arte Gótica e Arte Românica
 
A cultura do salão arte rococó
A cultura do salão   arte rococóA cultura do salão   arte rococó
A cultura do salão arte rococó
 
C:\documents and settings\francisco\ambiente de trabalho\arte românica (1000 ...
C:\documents and settings\francisco\ambiente de trabalho\arte românica (1000 ...C:\documents and settings\francisco\ambiente de trabalho\arte românica (1000 ...
C:\documents and settings\francisco\ambiente de trabalho\arte românica (1000 ...
 
Barroco no brasil
Barroco no brasilBarroco no brasil
Barroco no brasil
 
Arte romanica gotica
Arte romanica goticaArte romanica gotica
Arte romanica gotica
 
A arquitetuta romana
A arquitetuta romanaA arquitetuta romana
A arquitetuta romana
 
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
História da Arte Brasileira (Pré Cabralino ao Academicismo): Barroco Brasilei...
 
Arte românica
Arte românicaArte românica
Arte românica
 
A arquitectura romnica
A arquitectura romnicaA arquitectura romnica
A arquitectura romnica
 
Arte islâmica 2
Arte islâmica 2Arte islâmica 2
Arte islâmica 2
 
A cultura da catedral islão
A cultura da catedral  islãoA cultura da catedral  islão
A cultura da catedral islão
 
Módulo 3 a arte românica
Módulo 3   a arte românicaMódulo 3   a arte românica
Módulo 3 a arte românica
 
arte bizantina, gótica, barroca e art nouveau
arte bizantina,  gótica, barroca e art nouveauarte bizantina,  gótica, barroca e art nouveau
arte bizantina, gótica, barroca e art nouveau
 
Patrimonios culturais
Patrimonios culturaisPatrimonios culturais
Patrimonios culturais
 

Semelhante a 8o ano 2019 Apostila arte no Brasil colonial

Art History Thesis XL- ARTE PARA SLIDE A
Art History Thesis XL- ARTE PARA SLIDE AArt History Thesis XL- ARTE PARA SLIDE A
Art History Thesis XL- ARTE PARA SLIDE AJapinhaAq
 
O barroco no brasil
O barroco no brasilO barroco no brasil
O barroco no brasilCEF16
 
O barroco no brasil
O barroco no brasilO barroco no brasil
O barroco no brasilCEF16
 
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)IZIS PAIXÃO
 
O romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiagoO romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiagoGoncaloandre95
 
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.ppt
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.pptA ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.ppt
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.pptssuserdf2b55
 
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdf
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdfARTE BARROCA NO BRASIL.pdf
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdfRenildoDias2
 
Arte Barroca no Mundo.pptx
Arte Barroca no Mundo.pptxArte Barroca no Mundo.pptx
Arte Barroca no Mundo.pptxMaiconGoncalves2
 
Arte colonial e rococó
Arte colonial  e rococóArte colonial  e rococó
Arte colonial e rococóClaudio Bastos
 
Arte cristã
Arte cristãArte cristã
Arte cristãmoralalva
 
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdf
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdfTexto Barroco e Rococó no Brasil.pdf
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdfGABRIELICARMO
 
Resumo idade media- CBG
Resumo idade media- CBGResumo idade media- CBG
Resumo idade media- CBGAline Raposo
 
8o. Ano arte barroca no brasil
8o. Ano  arte barroca no brasil  8o. Ano  arte barroca no brasil
8o. Ano arte barroca no brasil ArtesElisa
 

Semelhante a 8o ano 2019 Apostila arte no Brasil colonial (20)

Apostila arte brasil colonial 2013
Apostila arte brasil colonial 2013Apostila arte brasil colonial 2013
Apostila arte brasil colonial 2013
 
Art History Thesis XL- ARTE PARA SLIDE A
Art History Thesis XL- ARTE PARA SLIDE AArt History Thesis XL- ARTE PARA SLIDE A
Art History Thesis XL- ARTE PARA SLIDE A
 
Barroco brasileiro
Barroco brasileiroBarroco brasileiro
Barroco brasileiro
 
Arte Barroca no Brasil
Arte Barroca no BrasilArte Barroca no Brasil
Arte Barroca no Brasil
 
O barroco no brasil
O barroco no brasilO barroco no brasil
O barroco no brasil
 
O barroco no brasil
O barroco no brasilO barroco no brasil
O barroco no brasil
 
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)
 
O Barroco Mineiro
O Barroco MineiroO Barroco Mineiro
O Barroco Mineiro
 
O romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiagoO romanico-em-portugal ruben tiago
O romanico-em-portugal ruben tiago
 
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.ppt
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.pptA ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.ppt
A ARQUITETURA JESUITICA NO BRASIL.ppt
 
Arquitetura no brasil l
Arquitetura no brasil lArquitetura no brasil l
Arquitetura no brasil l
 
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdf
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdfARTE BARROCA NO BRASIL.pdf
ARTE BARROCA NO BRASIL.pdf
 
Arte 2 médio slide
Arte 2 médio   slideArte 2 médio   slide
Arte 2 médio slide
 
Apostila barroco no Brasil 8o ano 2019
Apostila barroco no Brasil 8o ano 2019Apostila barroco no Brasil 8o ano 2019
Apostila barroco no Brasil 8o ano 2019
 
Arte Barroca no Mundo.pptx
Arte Barroca no Mundo.pptxArte Barroca no Mundo.pptx
Arte Barroca no Mundo.pptx
 
Arte colonial e rococó
Arte colonial  e rococóArte colonial  e rococó
Arte colonial e rococó
 
Arte cristã
Arte cristãArte cristã
Arte cristã
 
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdf
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdfTexto Barroco e Rococó no Brasil.pdf
Texto Barroco e Rococó no Brasil.pdf
 
Resumo idade media- CBG
Resumo idade media- CBGResumo idade media- CBG
Resumo idade media- CBG
 
8o. Ano arte barroca no brasil
8o. Ano  arte barroca no brasil  8o. Ano  arte barroca no brasil
8o. Ano arte barroca no brasil
 

Mais de Colégio Pedro II - Campus Centro

Mais de Colégio Pedro II - Campus Centro (20)

Arte popular brasileira 6o ano 2017
Arte popular brasileira 6o ano 2017Arte popular brasileira 6o ano 2017
Arte popular brasileira 6o ano 2017
 
Arte popular
Arte popularArte popular
Arte popular
 
Apostila cor 6o ano 2019
Apostila cor 6o ano 2019Apostila cor 6o ano 2019
Apostila cor 6o ano 2019
 
Cores colagens matisse
Cores   colagens matisseCores   colagens matisse
Cores colagens matisse
 
Arte medieval paleocristao e bizantino 2015
Arte medieval   paleocristao e bizantino 2015Arte medieval   paleocristao e bizantino 2015
Arte medieval paleocristao e bizantino 2015
 
Topicos arte paleocristao e bizantino
Topicos arte paleocristao e bizantinoTopicos arte paleocristao e bizantino
Topicos arte paleocristao e bizantino
 
Arte medieval topicos
Arte medieval topicosArte medieval topicos
Arte medieval topicos
 
Apostila cor 7o ano 2019
Apostila cor 7o ano 2019Apostila cor 7o ano 2019
Apostila cor 7o ano 2019
 
Barroco no brasil aleijadinho 2017 3
Barroco no brasil   aleijadinho 2017 3Barroco no brasil   aleijadinho 2017 3
Barroco no brasil aleijadinho 2017 3
 
Arte barroca Brasil x Europa (2)
Arte barroca   Brasil x Europa (2)Arte barroca   Brasil x Europa (2)
Arte barroca Brasil x Europa (2)
 
Arte no Brasil colonial fase inicial 8o ano 2019
Arte no Brasil colonial fase inicial 8o ano 2019Arte no Brasil colonial fase inicial 8o ano 2019
Arte no Brasil colonial fase inicial 8o ano 2019
 
cultura indígena
cultura indígenacultura indígena
cultura indígena
 
Renascimento parte 1
Renascimento parte 1Renascimento parte 1
Renascimento parte 1
 
Arte rupestre e indigena esculturas
Arte rupestre e indigena   esculturasArte rupestre e indigena   esculturas
Arte rupestre e indigena esculturas
 
Arte rupestre 2 6o ano 2018
Arte rupestre 2   6o ano 2018Arte rupestre 2   6o ano 2018
Arte rupestre 2 6o ano 2018
 
Arte rupestre 1 6o ano 2018
Arte rupestre 1   6o ano 2018Arte rupestre 1   6o ano 2018
Arte rupestre 1 6o ano 2018
 
Renascimento parte 2
Renascimento parte 2Renascimento parte 2
Renascimento parte 2
 
Renascimento parte 1
Renascimento parte 1Renascimento parte 1
Renascimento parte 1
 
Arte greco romana - esculturas
Arte greco romana - esculturasArte greco romana - esculturas
Arte greco romana - esculturas
 
Arte greco romana - arquitetura
Arte greco romana - arquiteturaArte greco romana - arquitetura
Arte greco romana - arquitetura
 

Último

Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 

Último (20)

Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 

8o ano 2019 Apostila arte no Brasil colonial

  • 1. 1 A ARTE NO BRASIL COLONIAL – Arquitetura1 A Arte Colonial Brasileira foi aquela que surgiu no Brasil com a chegada dos portugueses, com o período da colonização européia, tendo como modelo de criação os estilos artísticos europeus do Barroco e do Rococó, com forte associação entre arte e religião. Com ela inicia-se uma nova etapa da história da arte brasileira, sucedendo o Período Pré-Cabralino (arte rupestre e artes indígenas). CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARTE COLONIAL BRASILEIRA  A arte colonial brasileira durou cerca de três séculos e nasceu sob a influência dos estilos artísticos europeus do Barroco e, em menor proporção, do Rococó.  A arte colonial manifestou-se na pintura, na escultura e principalmente na arquitetura. A principal função que a arte tinha nessa época era religiosa.  A Arte Sacra (sagrada) é aquela que retrata as crenças e as personagens religiosas, e que servem de objeto ou local de culto e veneração para os fiéis.  O Frei Agostinho da Piedade (português) e o Frei Agostinho de Jesus (carioca) foram os monges beneditinos que, no século XVII, criaram as primeiras imagens da religião católica para a devoção dos brasileiros. Toda a produção artística do período colonial brasileiro foi, inicialmente, consequência direta da mentalidade de nossos colonizadores, que submeteram a colônia ao seu modelo de ocupação. Depois,aos poucos, os traços nacionais foram modificando estaarte e criando um estilo próprio – um barroco tipicamente brasileiro. Arquitetura e urbanística colonial brasileira O modelo urbano que se estabeleceu no início de nossa colonização marca até hoje grande parte das cidades brasileiras. Por esse motivo devemos conhecer a evolução urbanística e arquitetônica de nosso país, para compreender melhor o modo como vivemos e o desenho de nossas cidades. 1 - adaptado da apostila elaborada pelo Departamento de Artes Visuais em anos anteriores. 8º ano / 2019 COLÉGIO PEDRO II CAMPUS CENTRO ARTES VISUAIS PROFESSORA: TATIANA CALDEIRA
  • 2. 2 Inicialmente as cidades e as ruas eram construídas de acordo com os acidentes geográficos e as necessidades práticas de cada cidade, não existia um planejamento prévio, nem uma forma geométrica de organização espacial. Assim, o “traçado” original das cidades brasileiras era sinuoso e orgânico. Arquitetura religiosa, militar e civil. No início da colonização as construções mais importantes eram os fortes e as igrejas. Por motivos de segurança essas edificações eram construídas em locais altos para garantir o domínio e a defesa das terras conquistadas, tanto em seu sentido material quanto espiritual. ARQUITETURA MILITAR – Os fortes e as fortalezas são a maior expressão da arquitetura militar. Foram construídos por engenheiros militares, em locais estratégicos, ao longo do litoral brasileiro, com técnica apurada e material de qualidade. Muitas vezes este material vinha de fora, já todo pronto, para ser feita somente a montagem aqui (pedras numeradas).  Características formais: simplicidade das formas, simetria, utilização das formas geométricas, paredes caiadas de branco e formas estáticas. ARQUITETURA RELIGIOSA – As igrejas são a expressão máxima da arquitetura religiosa. A fachada e o interior de cada igreja foram determinados pela ordem religiosa que a construiu. No Brasil, as principais ordens foram a dos Jesuítas, a dos Beneditinos e a dos Franciscanos.  Características Formais: frontão triangular, paredes caiadas de branco, construção em terreno elevado ou no centro das praças, uso de azulejos para revestimento das paredes, a pintura “Tromp’oeil” nos tetos, construções com apenas uma torre sineira nas regiões mais pobres.
  • 3. 3 Obs.: com o passar do tempo, os frontões triangulares foram evoluindo para formatos mais curvilíneos, mais dinâmicos, à medida em que o estilo barroco progredia.  Classificação dos elementos arquitetônicos das igrejas 1. FRONTÃO – Elemento da fachada que fica no telhado, de forma triangular. 2. ÓCULUM – Janela redonda aberta nos frontões e paredes, utilizada para iluminar e ventilar o ambiente. 3. TORRE SINEIRA – Torre onde fica o sino da igreja. 4. PORTADA – Porta principal da igreja, fica geralmente no centro da construção. ARQUITETURA CIVIL – As casas, prédios administrativos, o comércio, dentre outros, são as construções que representam a arquitetura civil. O que hoje chamamos de “estilo colonial” refere-se ao estilo de construção de meados à final do período colonial; as casas de fazenda coloniais que foram preservadas guardam ainda este estilo arquitetônico, bem como as cidades que conseguiram preservar seu conjunto urbanístico como um todo. Características:  Arquitetura de maior simplicidade, sempre com estruturas retangulares e cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas construções eram conhecidas como tejupares, palavra que vem do tupi-guarani (tejy = gente, e upad = lugar).  O uso do método de construção conhecido como “taipa de pilão”, que existe até hoje em dia em vilarejos, cidades interioranas e casas de pescadores, principalmente no Norte e Nordeste brasileiros (veja quadro explicativo abaixo).  Construções de casas geminadas (que barateava bastante as construções) e a pintura de branco das fachadas (semelhante ao que ocorria com as igrejas).  Características Formais: paredes caiadas de branco; janelas e portas inicialmente retangulares e posteriormente com arco abatido; telhado, cantaria, beiral e portas com cor.
  • 4. 4 Obs: Arco abatido Arco pleno CASA DE TAIPA – Construção feita de varas, galhos, cipós entrelaçados e cobertos com barro. Para que o barro tivesse maior consistência e melhor resistência à chuva, ele era misturado com sangue de boi e óleo de peixe. Essa técnica era ensinada pelos operários de construção vindos de Portugal e pelos padres jesuítas, beneditinos e franciscanos, que foram importantes na orientação dessas construções. (CALABRIA, Carla P. B. & MARTINS, Raquel V. Arte, História e Produção. Ed. FTD; SP, 1997. Pág. 30) QUESTÕES PARA REVISÃO 1) Explique o significado de ‘crescimento orgânico’ das cidades coloniais: 2) Que características particulares, nas técnicas de construção, diferenciam a arquitetura militar das demais? 3) O que são as casas geminadas? 4) Comente a mudança na fachada das igrejas coloniais, considerando o desenvolvimento do estilo barroco: 5) Que grande contraste notamos entre o interior e o exterior das igrejas barrocas? 6) Que ‘heranças’ da cidade colonial você percebe como existentes em nossa cidade hoje? * * * * *