1. História
2o bimestre – Aula 1
Ensino Fundamental: Anos Finais
Nivelamento - Retrato social da América
portuguesa no final do período colonial
2. ● Contradições e
desigualdades na sociedade
colonial;
● Escravidão e resistência.
● Analisar as dinâmicas
sociais, políticas e
econômicas que permeavam
a sociedade colonial;
● Refletir sobre as
contradições e
as desigualdades presentes
na sociedade colonial, e a
sua influência na formação
da sociedade brasileira
contemporânea.
3. Observe a imagem e faça
o que é proposto.
a) A imagem representa
uma paisagem natural ou
historicamente
construída? Justifique a
sua resposta com
informações da imagem.
b) Explique o problema da
sociedade brasileira que a
imagem representa.
4. a) A imagem representa uma paisagem natural ou historicamente
construída? Justifique a sua resposta com informações da imagem.
Resposta: A imagem representa uma paisagem historicamente
construída. Como se pode observar, há do lado esquerdo
construções feitas como menos recursos financeiros, e do lado
direito, casas construídas com mais recursos. Isso se deve às
desigualdades sociais, que não são naturais. Elas são fruto de um
histórico de exploração advindo da colonização, e que ainda não
foi superado, reproduzindo, ainda em nossos dias, paisagens
como esta.
Correção
5. b) Explique o problema da sociedade brasileira que a imagem
representa.
Resposta: A imagem representa o abismo social existente entre
as pessoas que possuem mais recursos financeiros e as que
vivem em situação de vulnerabilidade social. Isso ocorre porque
uma parte pequena da sociedade brasileira detém a maioria das
riquezas, enquanto a grande maioria vive com renda igual ou
inferior a dois salários mínimos.
6. Ao final de um dia de trabalho e depois de rezar as ave-marias, que soavam, ao
longe, nos sinos das pequenas cidades, mulheres reuniam-se para pentear os
cabelos e catar piolhos às crianças e adultos. Ou para “fiar ao serão”, velha
tradição portuguesa que se valia do trabalho doméstico feminino em torno das
rocas, criando momentos de distração. Às vezes, ajuntavam-se vizinhas e
comadres para fiar juntas, cada qual fornecendo um pouco de azeite para a
candeia. À volta do fogo de lenha, caçarola na trempe, a família se reunia,
conversando e rindo. Os fatos do dia, lendas, contos e adivinhas eram aí
desfiados. Cantar “cantigas honestas”, evitando as difamatórias e desonestas,
também era permitido. Aos homens, o emprego da viola era constante: “fazer
hua dança e folgar” são verbos que aparecem nos documentos do século XVI e
XVII.
PRIORE, Mary del. Histórias da gente brasileira. Vol. 1: Colônia. São Paulo:
Leya, 2016. p. 136.
7. O fragmento acima traz um relato do dia a dia de mulheres no Brasil
durante o período da colonização. Após um dia de trabalho, elas se
reuniam para pentear os cabelos e cuidar das crianças e de adultos,
tirando piolhos. Algumas delas também gostavam de "fiar ao serão",
uma tradição antiga em Portugal em que as mulheres se juntavam para
trabalhar nas rocas, se divertindo ao mesmo tempo. Às vezes, as
vizinhas se reuniam, cada uma trazendo um pouco de azeite para a
lamparina. Perto da lareira, com a panela no suporte, a família se unia
para conversar e rir. Eles compartilhavam histórias do dia, lendas,
contos e adivinhas. Cantar "cantigas honestas", evitando as ruins, era
algo de que todos gostavam. Os homens usavam muito a viola, tocando
e dançando.
8. Esse era o retrato do cotidiano da "família patriarcal" durante o período
colonial no Brasil. De acordo com Mary Del Priore, essa estrutura
familiar específica era elitizada, fortemente ligada à religião e
caracterizada por relações que se baseavam mais em autoridade e
em poder do que em afeto. Nessa dinâmica, o patriarca detinha o papel
central, enquanto mulheres, crianças e agregados ocupavam posições
subordinadas.
Todo mundo escreve
a) Quais eram as atividades praticadas pelas mulheres ao final do dia de
trabalho mencionado no texto?
b) Como a tradição do "fiar ao serão" era praticada, e quais eram seus
propósitos?
c) Quais eram as atividades de entretenimento e de socialização praticadas
pela família ao redor do fogo de lenha, conforme descrito no texto?
9. a) Quais eram as atividades praticadas pelas mulheres ao final do dia de
trabalho mencionado no texto?
Resposta: Ao final de um dia de trabalho e depois de rezar as ave-
marias, que soavam, ao longe, nos sinos das pequenas cidades,
as mulheres reuniam-se para pentear os cabelos e catar piolhos
de crianças e de adultos ou para “fiar ao serão”.
Correção
b) Como a tradição do "fiar ao serão" era praticada, e quais eram seus
propósitos?
Resposta: Essa tradição se valia do trabalho doméstico feminino
em torno das rocas, com o propósito de criar momentos de
distração.
10. c) Quais eram as atividades de entretenimento e de socialização
praticadas pela família ao redor do fogo de lenha, conforme descrito
no texto?
Resposta: Às vezes, ajuntavam-se vizinhas e comadres para fiar
juntas, cada qual fornecendo um pouco de azeite para a
candeia. À volta do fogo de lenha, caçarola na trempe, a família
se reunia, conversando e rindo. Os fatos do dia, as lendas, os
contos e as adivinhas eram aí desfiados.
Correção
11. Retrato social da colônia
O retrato social da colônia
caracterizava-se por ser multicultural
e hierarquizado, com os
colonizadores portugueses ocupando
as posições de poder. A economia
era agrária e mineradora, com
destaque para a produção de cana-
de-açúcar e para a extração de ouro.
A interação entre diversos grupos
étnicos resultou em uma população
miscigenada, o que ocasionou
manifestações culturais e religiosas
sincréticas.
12. Com os povos
indígenas, havia
interações, trocas e
alianças. No
entanto, as relações
com esses povos
nativos eram
marcadas por
conflitos, exploração
e por resistência.
13. Como a riqueza
estava diretamente
ligada à produção
agrícola, a maioria
da população
residia nas áreas
rurais. Os grandes
centros urbanos
concentravam-se
em Salvador e no
Rio de Janeiro.
14. A participação política e social dos negros era limitada, uma vez que
lhes era imposta a condição de escravizados. Eles eram considerados
propriedade dos senhores de engenho, de comerciantes e de demais
proprietários de terras, sendo submetidos a condições precárias de
vida e sujeitos a castigos físicos e à violência. No entanto, é importante
ressaltar que houve casos de negros alforriados e libertos que
conquistaram uma posição social mais elevada, tornando-se artesãos,
comerciantes ou mesmo proprietários de terras.
Escravidão e resistência
15. Apesar das adversidades, os
negros desenvolveram formas de
resistência e de preservação de
sua cultura, como a prática de
religiões afro-brasileiras, a
manutenção de tradições musicais
e de danças de origem africana, e
a preservação de conhecimentos e
de saberes transmitidos de
geração para geração.
16. Vamos escrever um relato ficcional sobre o cotidiano no
Brasil durante o período da colonização.
1. Imagine que você fosse um dos personagens do período da história do
Brasil abordado na aula: mulheres, indígenas ou africanos escravizados.
Assim, escolha uma das personagens desses grupos para escrever um
relato de vida.
2. Nesse relato inclua:
a) detalhes sobre o local em que viveu.
b) características do funcionamento da sociedade colonial: relações de
trabalho, local e ritmo de trabalho, relações com personagens na sua
mesma condição social e com personagens com uma condição social
diferente, e relações afetivas e emocionais.
17. c) como funcionava o seu dia a dia, transmitindo informações sobre a
sua vida como mulher, indígena ou escravizado.
3. Considere em seu relato os aspectos históricos e sociais envolvidos
na situação do personagem escolhido por você.
18. ● Vimos como se davam as dinâmicas
sociais, políticas e econômicas no Brasil
durante e período colonial;
● Refletimos sobre as contradições e
as desigualdades presentes na
sociedade colonial e a sua influência na
formação da sociedade brasileira
contemporânea.
19. Referências
ALVES, Roberta. Ensino de História e cultura afro-brasileira e africana: da lei ao cotidiano escolar.
Unesp-Bauru, 2007. p. 74.
LEMOV, Doug. Aula nota 10 2.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre:
Penso, 2023.
LÓPEZ CHIRICO, S. América Latina na hora da independência. São Paulo: Secretaria da Educação,
Fundação Memorial da América Latina, 2008.
PRIORE, Mary del. Histórias da gente brasileira. v.1: Colônia. São Paulo: Leya, 2016. p. 136.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista: etapas Educação Infantil e Ensino
Fundamental, 2019.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação. Coordenadoria Pedagógica –
COPED, 2023.
(EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no Brasil desde a chegada da corte portuguesa, em 1808, até 1822, e seus desdobramentos para a história política brasileira.