O documento discute a colonização portuguesa no Brasil e sua influência na formação da sociedade brasileira. Aborda como os portugueses, índios e escravos negros contribuíram para a miscigenação e criação de uma sociedade híbrida agrária e escravocrata. Também analisa os papéis desempenhados por esses grupos étnicos na família e vida sexual brasileira.
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Casa-Grande & Senzala: formação da sociedade brasileira
1.
2. Casa-Grande &Casa-Grande &
SenzalaSenzala
Gilberto FreyreGilberto FreyreGraziella Cecato de Marco
João de Deus Dias Neto
Reginaldo de Franceschi Junior
Simone Alves de Carvalho
Talles Matheus de Barros
06/05/2008
Universidade de São Paulo
Escola de Comunicações e Artes
CRP-5123 – Propaganda, Identidade e Discurso
Prof. Dr. Eneus Trindade Barreto Filho
3. ConteúdoConteúdo
1. Obra e Autor
2. Características gerais da colonização
portuguesa do Brasil: formação de uma
sociedade agrária, escravocrata e híbrida
3. O indígena na formação da família brasileira
4. O colonizador português: antecedentes e
predisposições
5. O escravo negro na vida sexual e de família do
brasileiro I
6. O escravo negro na vida sexual e de família do
brasileiro II
4. Obra e AutorObra e Autor
Talles Matheus deTalles Matheus de
BarrosBarros
5. Gilberto de Mello FreyreGilberto de Mello Freyre
1900 Nascimento (Recife, 15 de março)
1908 - Colégio Americano Gilreath
1917 - Bacharel em Ciências e Letras
1918 - (Estados Unidos)
1924 - Retorno ao Brasil
1931 - (Estados Unidos)
1932 / 1933 – Casa-Grande & Senzala (Brasil)
1942 - Prisão no Recife
1946 - Eleito deputado federal pela UDN
1987 - Fundação Gilberto Freyre
1987 – Morte
6. Principais ObrasPrincipais Obras
1933 - Casa-Grande &
Senzala
1936 - Sobrados e
Mucambos
1937 - Nordeste (livro)
1939 - Açúcar
1939 - Olinda
1940 - O mundo que o
português criou
1941 - A história de um
engenheiro francês no Brasil
1943 - Problemas brasileiros
de antropologia
1945 - Sociologia
1947 - Interpretação do
Brasil
1948 - Ingleses no Brasil
1957 - Ordem e Progresso
1960 - O Recife sim, Recife
não
1968 - Brasis, Brasil e
Brasília
1975 - O brasileiro entre os
outros hispanos
7. Sendo poeta, além de pesquisador histórico e social, os temas
fundamentais de Freyre não são apenas científicos, mas
existenciais. Ele foi ao mesmo tempo o pai da Antropologia
Cultural Brasileira e o intelectual que liderou a demolição do
racismo biologizante que dominava nossas universidades.
Antonio Carlos Sartini
(superintendente-executivo do Museu da Língua Portuguesa)
Teve a coragem de relegar a uma posição subsidiária os heróis
e os poderosos para validar a contribuição das crianças, das
mulheres, dos artistas, dos comerciantes, dos intelectuais, dos
servos e dos escravos, tornando-se assim um dos precursores
da história das mentalidades.
... Antecipou em mais de meio século a atual discussão em
torno da unificação do idioma.
Curadoria do Museu da Língua Portuguesa .
Intérprete do BrasilIntérprete do Brasil
8. Características geraisCaracterísticas gerais
da colonizaçãoda colonização
portuguesa do Brasil:portuguesa do Brasil:
formação de umaformação de uma
sociedade agrária,sociedade agrária,
escravocrata eescravocrata e
híbridahíbrida
Talles Matheus deTalles Matheus de
10. PortuguêsPortuguês
• Povo diferente de seus vizinhos
europeus (clima, união)
• Mobilidade (bandeirantes e jesuítas)
• Miscibilidade
• Aclimatabilidade
• Famílias colonizadoras
• Religiosidade efêmera
• Incapacidade de produção agrícola
11. ÍndioÍndio
• Pouca disposição para o trabalho
agrícola
• Facilitou o intercurso sexual (mulher
morena é a preferida pelo português)
• Raça formadora do povo brasileiro
• Ofereceu pouca resistência à
colonização e à imposição da religião
14. TerritórioTerritório
• Grandioso e inexplorado
• Clima tropical
• Falta de riquezas
• Única possibilidade: agricultura
• Rios imprevisíveis
15. Português:Português:
O Grande ColonizadorO Grande Colonizador
• Características, em grande parte, atribuídas à
experiência de Portugal na Ásia e África
Portugueses Ingleses Espanhóis Franceses
Família Rural XX XX ---- ----
Aclimatabilidade XX ---- ---- ----
Mudança na
alimentação
XX ---- ---- ----
Miscigenação XX ---- ---- ----
19. MiscigenaçãoMiscigenação
(Intoxicação Sexual)(Intoxicação Sexual)
• Povoamento de
território
• Aliança com os nativos
• Índia: ambição de
pertencer à raça
superior
• Colonos: moral cristã,
falta de mulheres
brancas, interesses
econômicos
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20. ÍndiasÍndias
• Faziam de tudo: dona-
de-casa, mãe, esposa
• Lavavam, artesanato,
utensílios domésticos
de barro, cozinhavam,
tradições, higiene,
trabalhavam no
campo (“besta de
carga”)
• Estabilidade
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22. CuruminsCurumins
• Divulgadores do
catolicismo ( do mais
novo para o mais
velho)
• Danças medonhas
(Carrapatu) – bicho-
papão
• Brinquedos: animais,
bola de borracha
http://www.sercapoeira.com/rugendas_indios_coroados.jpeg
23. HojeHoje
• Mulher: vários papéis (filha, mãe, esposa,
dona-de-casa, trabalhadora, etc)
• Homem: trabalho braçal
• Crianças: brinquedos (bola, animais)
• Tradições: banho, medo do bicho-papão,
culinária, artesanato, utensílios de barro,
rede, etc.
25. Colonizador PortuguêsColonizador Português
• Melhor confraternização com as
“raças inferiores”
• Contemporizador
• Plasticidade social
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26. Formação Social deFormação Social de
PortugalPortugal
• Louro
• Moreno
• Negróide
• Judeu
• Árabe
• Mouro
• Influências das
diversas culturas
• Procedências étnica
e social
heterogêneas
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27. Profilaxia ReligiosaProfilaxia Religiosa
• “A unificação moral
e política do Brasil
realizou-se em
grande parte pela
solidariedade dos
diferentes grupos
contra a heresia:
índios, ingleses,
holandeses,
franceses.”
• Ódio aos hereges
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28. Características CulturaisCaracterísticas Culturais
• Alimentação empobrecida
• Escravocrata
• “Por fora muita farofa, por dentro
mulambo só”
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29. Interesses de ProcriaçãoInteresses de Procriação
• Habitar o país
• Religiosos
• Relações familiares
http://www.expo500anos.com.br/painel_21.html
30. Constituição do BrasilConstituição do Brasil
ColonialColonial
• Monocultura
• Latifúndio
• Escravos
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32. O escravo negro naO escravo negro na
vida sexual e devida sexual e de
família do brasileirofamília do brasileiro
II
ReginaldoReginaldo
FranceschiFranceschi
33. • Autor expõe fantasias e fetiches dos
brancos com os negros (e mais ainda,
negras).
• Base anterior: Freyre explora as
questões do racismo de modo
abrangente, antes de entrar no tema.
• Discussão dos grupos étnicos ajudam
a entender a sociedade hoje.
34. • Evoluções técnicas:
pecuária, metalurgia e
outros domínios negros.
• Negro é melhor que o índio nesse
aspecto.
• Da ciência à religião: marginalização,
opressão e DST.
http://www.sercapoeira.com/rugendas_criolos.jpeg
35. • As bruxas do amor:
crendices na questão sexual.
• Superstições e crenças populares
disseminam-se e ajudam a formar
variações lingüísticas e sociais no país.
• Do amor ao ódio: crueldade com as
escravas, por parte das senhoras.
36. • Pedofilia bem-aceita: casamentos
com meninas jovens gerava
sofrimento, envelhecimento e
miscigenação (!)
• Inclusão social é inclusão religiosa:
negros viram cristãos, brancos
ouvem histórias de negros.
37. • Medicina atrasada era uma porta
para os futuros delinqüentes.
• Abusos contra os negros também
originavam dessas práticas.
• O cerne é que o tratamento do negro
resultou em problemas, que
perduram até hoje.
38. • Questão sexual na sociedade tem origens
razoavelmente claras, e elas têm mais a ver com
o branco, do que com o negro.
• Os abusos geravam marginalização, que nunca se
extinguiu.
• O negro foi forçado para dentro e para fora das
famílias, deixando sua marca e gerando clashs
culturais.
• As práticas sociais não mudaram, ao ponto de
reverter essa situação: os problemas ainda
continuam, por falta de interesse em mudanças.
HojeHoje
39. O escravo negro naO escravo negro na
vida sexual e devida sexual e de
família do brasileirofamília do brasileiro
IIII
João de DeusJoão de Deus
41. EducaçãoEducação
• Falta de espontaneidade –
“meninos tristes”
• Batas vermelhas
• Cabelos “tonsurados”
• Postura eclesiástica
42. Ensino e IndumentáriaEnsino e Indumentária
Roupas: quentes sedas, veludos, cetim finos,
lemiste (tecido preto de lã)
Ensino:
1- Casa Grande: capelão /mestre particular
“cafuá’
2- Colégios dos Jesuítas: sertões cristianismo a
serviço da corte
3- Seminários e Colégios de padres: filhos de
caboclos, filhos de normandos e órfãos.
Crianças negras e moleques:
Proibido apenas a partir do século XVIII
43. Meninos de EngenhoMeninos de Engenho
• Meninos de engenho nova vida
• 1850:estradas de ferro
internatos nas capitais
• 1858 Recife: Seminário N. Sra. do
Bom Conselho: caligrafia, música,
francês, aritmética e latim
44. ProfessoresProfessores
• Professores negros: dóceis, calmos e
bondosos
• Professores padres: sisudos, vara de
marmelo, ranzinzas muitos castigos
• Estrangeiros sem profissão: “professor
enganador”
• Trajes: para as aulas e para os eventos -
dominicais e religiosos
45. Ensino e CastigoEnsino e Castigo
• Mestre: “todos-poderosos”: signo de
castigos
padre-mestre
mestre-régio
diretor do colégio:
• Letra feia: castigo
• Métodos para latim e gramática: Valdetaro
e padre Pereira
46. HigieneHigiene
• Lavagem dos pés: quartas e
sábados
• Banhos: uma vez por semana
• Falta de higiene: mortes, febres
e infecções diversas
47. Higiene e PromiscuidadeHigiene e Promiscuidade
• Bahia:
– péssima higiene sexual /falta de moralidade
• Conseqüências:
– doenças, sífilis, masturbação e pederastia:
meninos e religiosos.
• Rio: Quinta de São Cristóvão “Sodoma”
Punição extremada surras e sadismo dos
padres
48. Gramática da SociedadeGramática da Sociedade
• 1845: regras de bom comportamento francesas e inglesas
crianças brancas, pretas ou mulatas
• A partir do séc. XIX: a mulher deixa de chamar o marido de
“senhor” e suas derivações: sinhô, nhonhô, ioiô...
• Homem: fumar na frente do pai depois de casado
barba: autorização do pai
• Meninas: tudo negado, repreensões
• Duas “tiranias”: patriarcal e do marido
49. Sociedade FuxiqueiraSociedade Fuxiqueira
• Legião de “Fuxiqueiros”:
negros, negras, sogras e eclesiásticos.
• Assassinatos: boatos, falsos testemunhos,
intrigas, etc.
• Tragédia contínua: assassino enforcado.
Mulheres negras: “proféticas, santas e
alcoviteiras”.
http://altovolta.apostos.com/archives/2005/09/_os_negros_cham.html
50. Sexo e SociedadeSexo e Sociedade
• “Fogo Sexual” John Mawe e John
Wite: mal hereditário
• Mulheres mal comportadas mulheres de
classe baixa
• Concubinas: algumas negras
“conquistaram” os brancos.
• 1618: lucro crescente “açúcar” - mais
escravos ócio e libertinagem
51. Negros EscravosNegros Escravos
Trabalho dos Negros:
• plantio, corte, recorte, moagem, limpeza das
moendas, coalho, purgação, branqueamento e
destilação da água-ardente.
• “Pés e Mãos dos Senhores de Engenho”
Compra de escravos observavam o pênis do
negro “boa procriação”
http://www.vertentes.ufba.br/justificativa.htm
52. Vida de RedeVida de Rede
• Maior símbolo da ociosidade: parada,
andando, rangendo, viajando...
• Outrora: guerreiros
• Opulência dos Engenhos: um fazer-nada
eterno
• Colonos portugueses: desejavam casas
enormes e muitos escravos
(Molequinho de Brinquedo. Casa-Grande e Senzala
em Quadrinhos. Gilberto Freyre, desenhos de Ivan Wasth
Rodrigues. Fundação Gilberto Freire/Recife).
53. ReligiosidadeReligiosidade
Religiosidade:
• devotados, apesar da lascívia
• Rezas: amanhecer, refeições , anoitecer
• Proteção: espirros, trovões e doenças e orações
nas portas. Faziam jejum e seguiam preceitos da
igreja.
Padres:
“deixavam quebrar o jejum” cobravam altas
somas para que o “pecado” não se
caracterizasse.
• Primeira moagem: festa religiosa e comilança.
54. MorteMorte
• Morte: testamento para perpetuidade patriarcal
para descendentes legítimos.
Enterro:
• Negros: cemitérios de escravos – fazendas
Praia: - cidades
• Senhores de engenho: capela (enterro à noite).
Prancha de Debret. Museu do Estado. Recife/PE).
55. Brancos, Padres &Brancos, Padres &
SociedadeSociedade
Brancos:
• simulação de riqueza – nas festas -> engodo de que havia
fartura.
Casa-grande: às vezes -> “antro de perdição”
• Negra quarentona ->”tentação envolvente”
Padres e religiosos -:> multidão de filhos ilegítimos de
negras e brancas
• Filhos -> intelectuais de destaque
Padres ricos:
Perdiam sua fortuna para os negros
- > dispersão da riqueza
• Ser filho de padre era “ter sorte”.
56. Mulatinhos:
• aprendiam mais rapidamente
• -> jovens negros chance de subir socialmente - mesmo
assim, lutando contra o preconceito.
Jovens Negras:
• exploradas sexualmente, por mulheres brancas
• sífilis dos marinheiros e outras doenças -> morte precoce
• “virtude branca estava apoiada na prostituição das negras”.
Nomes dos Escravos: nome dos engenhos, movimento
“nativista”: (nomes indígenas e dos locais) e santos:
especialmente “Benedito”.
57. Sabores novos:Sabores novos: azeite de dendê, pimentaazeite de dendê, pimenta
malagueta, quiabo, banana, farofa.malagueta, quiabo, banana, farofa.
Destaques:Destaques: Maranhão, Pernambuco e a BahiaMaranhão, Pernambuco e a Bahia
(doçaria de rua – fixos ou ambulantes) e(doçaria de rua – fixos ou ambulantes) e
negras de fogareiro (içás, peixes, acarajés, etc.)negras de fogareiro (içás, peixes, acarajés, etc.)
Mestres:Mestres: Mãe Eva e José PedroMãe Eva e José Pedro
Vínculo:Vínculo: comida e processos religiosos.comida e processos religiosos.
Influências inglesa e francesa a partir de 1834:Influências inglesa e francesa a partir de 1834:
gelo: sorvetes de frutas tropicais e sucos.gelo: sorvetes de frutas tropicais e sucos.
Batata inglesa, chá e pão tomaram lugarBatata inglesa, chá e pão tomaram lugar
de algumas iguarias africanasde algumas iguarias africanas
- “europeização”.- “europeização”.
Críticas às pimentas exageradas dos africanos.Críticas às pimentas exageradas dos africanos.
CulináriaCulinária
58. Negros x BrancosNegros x Brancos
Higiene Negros x Brancos:
• Negros não eram sujos
• Portugueses: anti-higiênicos, detritos e
excrementos em barris
• -> negros levavam os barris à praia.
Negros estudiosos e alforriados:
• dentistas, barbeiros, vendiam sabão.
• sorridentes, alegres e extrovertidos, ao contrário
dos caboclos.
Festas: São João, Bumba-meu-boi, carnaval, etc.
• Trabalhavam cantando, ninavam as crianças.
59. Brancos: reprimiam a alegria dos negros.
• Alguns senhores de engenho, ao contrário:
negros cantarem para as visitas,
Banzo:
• suicídios, vícios, maconha, masturbação,
loucura, alienação, morte à míngua.
• Propagação:sífilis e doenças (maus-
tratos): reumatismo, pneumonia,
cardiopatias, paralisia, parasitoses
intestinais.
60. HojeHoje
• Precocidade sexual: inibida? DST/AIDS
• Educação, Ensino e Indumentária: Colégios
particulares e religiosos
• Professores / Ensino e Castigo: novo cenário
• Higiene e Promiscuidade nas Escolas: menos
intensidade
• “Gramática da Sociedade” : bons costumes?
• Negros no Mercado de Trabalho: continua, com
destaque para as mulheres negras
• Vida de Rede, Religiosidade e Morte: influências
multiculturais
• Brancos, Padres & Sociedade: novos cenários
• Culinária: marca registrada brasileira
• Negros x Brancos: preconceito velado?
61. BibliografiaBibliografia
FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala:
formação da família brasileira sob o regime da
economia patriarcal. 22ª ed. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1983.
_____________. Casa grande e senzala:
formação da família brasileira sob o regime da
economia patriarcal. 50ª ed. Pernambuco: Global,
2005.
Releituras - disponível em
http://www.releituras.com/gilbertofreyre_bio.asp
Wikipedia - disponível em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gilberto_Freyre