O documento discute os desafios do acesso a medicamentos oncológicos no Brasil e no mundo, com foco nos altos custos das novas terapias e a necessidade de redesenhar a estrutura e regras de avaliação e incorporação de tecnologias no SUS. Apresenta dados sobre o aumento dos gastos globais com oncologia e a robusta pipeline de novos tratamentos, além de estatísticas sobre a judicialização da saúde no Brasil. Defende a necessidade de pacto para garantir o acesso da população a medicamentos e
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VII FÓRUM ONCOGUIA
Mesa: “ Avaliação e Incorporação de Tecnologia no SUS:
Precisamos redesenhar a estrutura e as regras?”
- 27/06/2017
2. 52,8% TOTAL DO MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO
INTERFARMA
Fonte: IMS Health. Mat DEZEMBRO2015 - PPP - Preço com desconto (Pharmacy Purchase Price).
3. FATOS...
Durante a última década, os avanços na medicina personalizada e
na imuno-oncologia alimentaram uma grande mudança no
tratamento do câncer;
Desde 2011, 68 novas terapias foram aprovadas em 22 indicações
de câncer globalmente;
O pipeline de oncologia em fase avançada é robusto e, nos últimos
cinco anos, o desenvolvimento clínico tornou-se mais eficiente
com os tempos de ciclo de pesquisa reduzidos;
Esses desenvolvimentos levaram a mais opções, além de um
maior acesso e melhores resultados para os pacientes.
FATOS...
4. FATOS E CUSTO...
O novo relatório do QuintilesIMS Institute, Global Oncology
Trends 2017: Advances, Complexity and Cost descobriu que
esse tipo de inovação vem custando;
A despesa global de terapêutica oncológica e medicamentos
para cuidados de apoio aumentou para US $ 113 bilhões em
2016, de US $ 107 bilhões em 2015;
O custo total global dos medicamentos para câncer aumentou
a uma taxa de crescimento anual constante (CAGR) de 8,7%
nos últimos cinco anos;
Isso marca um aumento notável em relação ao crescimento
de 4,9 por cento registrado entre 2006 e 2011;
O gasto total em oncologia e cuidados de suporte em todo o
mundo deverá exceder US $ 147 bilhões em 2021.
FATOS E CUSTOS...
..
8. FATOS...
A partir do cenário apresentado , das dificuldades encontradas
para acesso a medicamentos oncológicos no Brasil e no mundo,
entre tantos outros entraves, a Interfarma como
tardicionalmente faz, estudou o assunto em parceria com o IMS
Consulting Group.
OBJETIVOS DO PROJETO:
Análise internacional de qualidade e efetividade dos gastos,
com base em análise global de estratégia para tratamento;
Mecanismos de acesso dos países, via mencanismos de
financiamento , contratação e controle.
ESTUDO INTERFARMA
9. FATOS...
METODOLOGIA DE ANÁLISE:
Cenário Internacional de qualidade e efetividade dos Gastos e
os gargalos e possibilidades para o Brasil;
Mapa a situação atual;
Comparando a qualidade e a efetividade dos gastos no Brasil
( Público X Privado) com outros países, tendo como foco a
oncologica;
Mercado Oncologia:como o gasto ser mais eficiente – 3 casos;
Conclusões.
ESTUDO INTERFARMA
10. PESQUISA CLÍNICA
BRASIL x MUNDO
DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
CÂNCER
DOENÇAS
RESPIRATÓRIAS
DIABETES
Estudos no mundo Estudos no Brasil
9.588
26.849
8.313
4.557
385
512
278
199
Fonte: www.clinicaltrials.gov. – atualizado em 13/06/2017
11. PESQUISA CLÍNICA
ESTUDOS EM FASE III E IV
Fonte: www.clinicaltrials.gov.brFonte: www.clinicaltrials.gov.atualizado em 13/06/2017
FASE III
8.700
13.410
FASE IV
CÂNCER
12. 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Depósito 0.12 1.57 2.42 6.85 12.62 15.68 22.11 43.44 114.05 140.82 141.98 71.97
Compra 2.44 7.60 17.53 47.66 83.17 124.10 243.95 324.45 438.95 703.39 618.47 1,252.19
Total 2.56 9.17 19.95 54.51 95.79 139.79 266.06 367.89 553.00 844.21 760.45 1,324.16
0.00
200.00
400.00
600.00
800.00
1,000.00
1,200.00
1,400.00
MilhõesdeReais
*Dispêndio com aquisições de medicamentos, equipamentos e
insumos. Excluídos as demandas por internações hopitalares.
Fontes: Advocacia-Geral da União (Consultoria Jurídica)/Ministério da Saúde
(2005 a 2011); INTERFARMA (2012 a 2016); Elaboração: INTERFARMA
EVOLUÇÃO DOS GASTOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
JUDICIALIZAÇÃO (2005 A 2016)
A SAÚDE NO BRASIL
14. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA MINISTÉRIO DA SAÚDE
177 BILHÕES NÃO EXECUTADOS
(ACUMULADO DE 13 ANOS)Execução Ministério da Saúde (2003-2015)
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Acumulado
Autorizado 55,50 63,99 67,90 70,60 79,20 80,40 86,60 89,00 96,80 109,60 107,90 109,40 113,00 1129,89
Pago 49,90 56,00 57,70 60,50 64,60 67,80 72,00 76,80 82,80 87,90 88,80 94,10 93,90 952,80
Não Executado 5,60 7,99 10,20 10,10 14,60 12,60 14,60 12,20 14,00 21,70 19,10 15,30 19,10 177,09
% Execução 89,9% 87,5% 85,0% 85,7% 81,6% 84,3% 83,1% 86,3% 85,5% 80,2% 82,3% 86,0% 83,1% 84,3%
Fonte: "Orçamento da União em Foco: Parâmetros, resultados fiscais e execução" - Câmara dos Deputados (Brasília outubro de 2016); Elaboração: Interfarma
Em 2015, as ações em AF
conseguiram gastar 79,2%
do que estava previsto.
O Componente Especializado da
Assistência Farmacêutica foi a
ação como maior percentual de
execução, atingindo 86,9.
Imunobiológicos (vacinas e soros)
tiveram o menor percentual de
execução (62,9%).
15. CÂNCER
NO CONGRESSO NACIONAL - 2017
31 Projetos de Lei em tramitação
07 apensados ao PL 4703/2012;
04 apensados ao PL 3752/2012;
03 apensados ao PL 3437/2015;
16. • Foco no produto caminha para o foco na entrega;
• Hoje contamos números e amanhã contaremos com
satisfação, resolutividade e redução de custos;
• Digitalização – fundamental para a automação e
conhecimento métrico. Será o 4º espaço da saúde ao
lados das casas, dos hospitais e das clínicas;
• Catalizadores: envelhecimento, reforma da saúde, crise
financeira e política, aceleração da inovação e aumento
da qualidade;
DESAFIOS DO AMANHÃ
17. • Pacto para o acesso a medicamento para a população,
defendido por muitos, é uma solução eficiente;
• Implementação espírito de colaboração. É impossível
resolver isoladamente a questão, o governo precisa das
sociedades médicas, academias , associações de pacientes
e do setor produtivo;
• Construção de uma agenda positiva que envolva todos os
atores do setor da saúde em torno do planejamento de
acesso aos tratamentos;
• Informação do Custo Social dos Pacientes, é de alto valor
agregado e as Associações de Pacientes, pelo contato
intenso que têm com os pacientes, poderiam disponibilizar
para a CONITEC;
Avaliação e Incorporação de Tecnologia
no SUS: Precisamos redesenhar a
estrutura e as regras?
18. • Revisão do financiamento, a baixa incorporação de
novas tecnologias no País também é consequência
do atual modelo. Elas têm um custo elevado, mas o
Brasil precisa ter soluções para o processo de
incorporação;
• Aplicar em riscos. No Brasil, o atraso na
transformação da ciência em algo utilizável, que é a
tecnologia, e em produtos, que é a inovação, é um
outro fator que compromete o acesso. É no
gerenciamento desse risco que o setor público tem
que usar de forma mais abusada a sua capacidade
indutiva.
Avaliação e Incorporação de Tecnologia
no SUS: Precisamos redesenhar a
estrutura e as regras?
19. A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará
ao seu tamanho original.
A L B E R T E I N S T E I N
REFLEXÃO