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001

A COMPREENSÃO DAS RELAÇÕES DE GÊNERO E DOS CONCEITOS DE ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO
POR ALUNOS DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO

GERMANO VAC, MILANI AG, DARIDO SC, IMPOLCETTO FM.
vitor_negrochick@hotmail.com

UNESP - Rio Claro

A partir dos conteúdos propostos pelo currículo de Educação Física do Estado de São Paulo, o grupo de
estudos LETPEF desenvolve um projeto cuja finalidade é tratar das relações de gênero com os alunos do Ensino
Médio. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi verificar como estes alunos compreendem as relações de
gênero presentes nos conceitos de atividade física e exercício físico tratados numa das intervenções realizadas.
A pesquisa se caracteriza como qualitativa e os dados foram coletados por meio de um questionário aberto com
seis questões junto a dezoito alunos de uma turma do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola estadual de
um município no interior do Estado de São Paulo. Os resultados foram analisados a partir de duas categorias. A
primeira relaciona-se a compreensão dos conceitos de atividade física e exercício físico e os resultados indicam
que os alunos conseguiram diferenciar os conceitos, sendo que a maioria considerou por atividade física todo
movimento realizado no cotidiano. Em relação ao exercício físico eles apresentaram apenas algumas características,
o que indica uma compreensão parcial do conceito. A segunda categoria, denominada de práticas corporais e
gênero, oriunda da análise dos resultados de quatro questões, buscou verificar a compreensão dos alunos sobre a
prática de determinadas atividades por mulheres ou homens e se eles reconhecem a existência de discriminação
das pessoas que realizam atividades tidas socialmente como masculinas ou femininas. Constatou-se que, embora
os alunos reconheçam que existam práticas estereotipadas, eles consideraram que ambos os sexos podem realizar
as mesmas atividades, porém ressaltaram que ocorre discriminação de praticantes que realizam atividades que não
são referência para o seu sexo. Conclui-se que os alunos conseguiram diferenciar os conceitos tratados em aula e
reconheceram as relações de gênero presentes nesses conceitos.

Educação Física Escolar no Ensino Médio

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

002

ALUNOS DO ENSINO MÉDIO: RELAÇÃO COM O LAZER E QUALIDADE DE VIDA
MASSON LFF, BERTOLO MA.
leticia_edfisica@hotmail.com

UNILAGO - SP

O estudo propõe-se a discutir a relação entre a prática do lazer e o público jovem, fundamentando-se na perspectiva
da educação para o lazer. Ao considerarmos a necessidade de um trabalho destinado à população jovem com
relação à qualidade de vida e os momentos de lazer, faz-se necessário ampliar o conhecimento e as possibilidades
que possam ser relevantes as ações a serem executadas tanto no aspecto físico quanto psicológico, a educação física
como área de conhecimento tem divulgado, em muitos estudos, os benefícios nos aspectos físicos, psicológicos e
sociais decorrentes da prática de exercícios, ou da participação em programas voltados ao lazer. Viabilizando os
alunos do ensino médio que, encontram-se em um momento de transição entre a infância e a juventude, buscando
a sensação de prazer, onde por diversas vezes essa busca pode ser considerada de risco, optando por atividades
que colocam em risco a qualidade de vida, ou até mesmo a vida de seus praticantes caracterizando-se em um lazer
patológico. A temática do lazer deve ser abordada com a finalidade de acrescentar uma nova visão ao público
jovem sobre questões pertinentes ao nosso cotidiano, promovendo uma reflexão sobre a qualidade de vida e lazer,
estimulando os alunos a terem um estilo de vida mais saudável. Este trabalho trata-se de um estudo bibliográfico,
de âmbito social tendo como base de dados o acervo da UNICAMP, UNILAGO, FAMERP e sites acadêmicos a
partir das palavras chave, lazer, qualidade de vida e juventude. Contudo é fundamental que o professor de educação
física tenha o compromisso de realizar uma mediação pedagógica no sentido de ressignificação do lazer, propondo
um trabalho de conscientização da população jovem com relação à qualidade de vida e as vivências dos momentos
do lazer, apresentando possibilidades de intervenções socioeducativas.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 1
Educação Física Escolar no Ensino Médio

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
003

ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS LÚDICOS COMO METODOLOGIA DE ENSINO DO ESPORTE NO ENSINO MÉDIO
DUARTE FJC, AVELLAR M, CARVALHO RCG, OLIVEIRA CCS, SILVESTRE LR.
prof.marcelavellar@hotmail.com

Escola Superior de Cruzeiro - SP

Durante muito tempo, diversas tendências centradas em modelos rígidos e essencialmente reprodutivos caracterizaram o ensino
da Educação Física. O esporte enquanto conteúdo, também figurou por um grande período como elemento central, enfocando
principalmente o aprimoramento técnico-tático e a descoberta de talentos; promovendo segregação, desinteresse e exclusão
no âmbito escolar. Porém, com a evolução dos anos e o desenvolvimento de novos estudos, ocorreu um redimensionamento
do quadro, passando a ganhar espaço procedimentos e abordagens que pudessem ser capazes de nos trazer o ensino deste
elemento voltado para uma visão mais integralizada, trabalhando-se os diversos domínios – cognitivo, afetivo-social, físicomotor, dentre outros. Assim, surgiu a necessidade da criação de estratégias que fossem capazes de motivar e oferecer condições
de aprendizagem estendidas à totalidade do corpo discente e atender à grande diversidade de indivíduos - desta forma, a
utilização de recursos lúdicos estabeleceu-se como um dos caminhos possíveis para a questão. Estudos indicam que, diante das
inúmeras contribuições que a adoção desta metodologia de ensino proporciona dentro do processo de ensino-aprendizagem de
conteúdos, a ludicidade vem sendo utilizada de forma mais recorrente, através de ações que são capazes de garantir aderência
e satisfação dos alunos às aulas, por meio de um aprendizado mais prazeroso e eficaz. Neste sentido, o presente estudo
objetivou investigar se este quadro alcançou o ensino em escolas situadas em municípios do interior, procurando verificar se
há a compreensão por parte dos professores quanto ao termo ‘ludicidade’ e se estes utilizam-se de recursos lúdicos no ensino
do esporte durante o período do ensino médio. Para tal fim, foram entrevistados 09 professores de Educação Física atuantes
neste nível de ensino há mais de 03 anos, em escolas pertencentes ao município de Cruzeiro (SP), Resende (RJ) e Itamonte
(MG). Foi utilizada uma entrevista estruturada especialmente para este fim, contendo 08 questões abertas, que versavam sobre
os temas supracitados. Evidenciaram-se, então, os seguintes resultados: a) a maioria dos professores relaciona a ludicidade
no ensino somente à aplicação de jogos e brincadeiras nas aulas, demonstrando, de certa forma, uma compreensão limitada
do termo; b) o conteúdo esporte é trabalhado por todos os entrevistados e c) os professores, de forma geral, reconhecem a
importância da utilização de estratégias lúdicas na aula, muito embora, relatem um universo de dificuldades para sua aplicação,
tais como: superlotação de salas, falta de valorização e demanda de tempo hábil para transformação das aulas, além do eterno
discurso da competição exacerbada, ainda presente em nossos dias, levando-nos a refletir sobre os inúmeros entraves e desafios
que se impõe frente a necessidade e relevância da adoção da ludicidade enquanto recurso didático.
004

ARTE CIRCENSE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REVELANDO PESSOAS, APROXIMANDO DISTÂNCIAS...
AVELLAR M.
prof.marcelavellar@hotmail.com

Colégio Estadual Antonina Ramos Freire - RJ

A profunda renovação do enfoque educacional da Educação Física nos permitiu identificar a necessidade de um
olhar voltado para a multiplicidade de dimensões do ser humano, estabelecendo como meta a preocupação com um
desenvolvimento integral do educando. Neste sentido, o presente estudo tencionou sugerir o universo circense como
um dos inúmeros caminhos possíveis e válidos na tentativa de legitimar os novos pressupostos pedagógicos defendidos
para desta disciplina. O relato discorrerá acerca da inserção da linguagem circense no âmbito escolar na Educação
de Jovens e Adultos, através da exploração deste universo riquíssimo, porém ainda pouco trabalhado, se comparado
às demais atividades físico-culturais e à vasta contribuição que pode oferecer. A proposta centrou-se na busca pela
oferta de uma atuação pedagógica que contemplasse múltiplas dimensões (físico-motora, afetiva, cognitiva e sóciocultural), fomentando o interesse e a aderência efetiva às aulas de Educação Física na E.J.A., por meio da promoção
da vivência de conhecimentos inerentes ao histórico e aos valores culturais do Circo enquanto importante elemento
relacionado à Cultura Corporal de Movimento. A amostra foi composta por estudantes de um colégio estadual com
faixa etária compreendida entre 17 e 63 anos, de ambos os sexos, pertencentes ao 1º ano do Ensino Médio da E.J.A.,
totalizando 28 alunos. O conteúdo ‘circo’ foi explorado pelo período de 01 semestre. A realização desta experiência
nos permitiu o alcance de diversos produtos positivos, em especial no campo sócio-afetivo (aumento da auto-estima,
superação de limites, ampliação do auto-conhecimento), nos levando a refletir sobre a riqueza de contribuições que
é possível ofertar e receber em troca, através do processo ensino-aprendizagem e sobretudo concluir que apesar do
trabalho árduo que sem dúvida integrará uma proposta de transformação de velhas realidades e valores, os êxitos e
recompensas certamente superarão a acidez dos desafios. E promoverão a certeza de que valeu a pena.
2 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
005

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E O ENEM: APONTAMENTOS
ZAGHI FHLS, ARRUDA LC, ARAUJO CM, MOREIRA WW, SIMÕES R.
flaviozaghi@hotmail.com
Universidade Federal do Triângulo Mineiro; CAPES; REUNI

Desde 1996 a Educação Física passou a ser componente curricular obrigatório da educação básica, porém não se
figurava em vestibulares ou em qualquer outro tipo de avaliação. No ano de 2009 essa disciplina foi incluída nas
matrizes de referências do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), fazendo parte dos conteúdos a serem
avaliados por este certame. Considerando este cenário como pano de fundo, surgem alguns questionamentos:
Como está acontecendo esse processo? Quais são os conteúdos que estão sendo cobrados? Nosso objetivo nesse
artigo é desvelar como estão sendo exigidos os conteúdos da Educação Física no Enem. A técnica de pesquisa
utilizada para delinear esse artigo foi a documental, que tem como característica utilizar-se de documentos que
ainda não foram analisados, ou que ainda podem ser modificados. No Enem, atualmente existem quatro matrizes
curriculares, e a Educação Física está alocada na matriz Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Entre provas
válidas e canceladas, 7 avaliações já foram aplicadas nesse novo modelo adotado, sendo que cada matriz curricular
possui 45 questões. Linguagens, códigos e suas tecnologias obtiveram um total de 315 questões, das quais 23
foram da área de conhecimento da Educação Física, resultando em 7,3% do total da matriz citada anteriormente.
Dessas 23 questões 8 versavam sobre o bloco de conhecimento esporte, luta, jogo e ginástica; outras 6 tinham
como norte o bloco de conhecimento atividades rítmicas e expressivas; e por fim, 9 questões estavam relacionadas
com o bloco de conhecimento sobre o corpo. Por enquanto, no momento em que findamos este resumo, podemos
afirmar que a entrada da Educação Física no Enem pode começar a dar sustentação para uma Educação Física
mais contextualizada, no que tange a discussão de conteúdos e currículos.

Educação Física Escolar no Ensino Médio

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

006

GÊNERO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: REFLEXÃO SOBRE AULAS DE RÚGBI
SANTOS JLM, TEODORO MA, IMPOLCETTO FM, SOARES DC, FERREIRA AF, DARIDO SC.
ju.lodder@yahoo.com.br

UNESP - Rio Claro

O tema gênero é um assunto que vem sendo alvo de debates e discussões na mídia e em muitos espaços sociais,
como a escola. A Educação Física também é responsável por discuti-lo tendo como base as suas atividades
curriculares, desta forma, desenvolveu-se um projeto de intervenção a fim de incluir o tema gênero nos conteúdos
do Currículo do Estado de São Paulo. O objetivo deste trabalho é apresentar como o rúgbi foi desenvolvido na
perspectiva de gênero com alunos do primeiro ano do ensino médio. O estudo foi realizado em uma escola estadual
de período integral durante quatro aulas de Educação Física. As atividades elaboradas trataram da história, das
regras e dos fundamentos básicos (técnica e tática) do rúgbi. Observou-se as atitudes dos alunos diante das atividade
deste esporte considerado masculino. As condutas dos alunos referentes às relações de gênero foram pontuadas
e discutidas no final das aulas. Em geral, não foi possível perceber grandes diferenças entre os meninos e as
meninas no empenho e na colaboração para a realização das atividades, pois mostraram respeito, boa convivência
e relação no jogo, indicando que o principal motivo de exclusão estava relacionado a falta de habilidade de seus
companheiros independentemente do sexo. A respeito das percepções de gênero que os alunos têm no cotidiano,
notaram-se algumas incoerências, como: os meninos demonstraram resistência a práticas corporais como a dança
e algumas meninas foram proibidas de praticar futebol pelas mães. Por meio dessa intervenção, observou-se que a
professora da turma já desenvolve um trabalho diferenciado no sentido de tratar da igualdade de gênero nas aulas
de Educação Física. Entretanto, considera-se necessário a realização de intervenções que possibilitem reflexões
sobre essa temática, no sentido de diminuir os estigmas e as desigualdades de condições e investimentos para a
realização das práticas corporais entre homens e mulheres.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 3
Educação Física Escolar no Ensino Médio

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
007

GINÁSTICA AERÓBICA EM UM PERSPECTIVA DE GÊNERO: POSSIBILIDADES A PARTIR DO CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DO ESTADO DE SÃO PAULO

FRAIHA ALG, DINIZ IKS, PASSINI GK, IMPOLCETTO FM, DARIDO SC.
analivia_fraiha@hotmail.com

UNESP - Rio Claro

Em 2013, o LETPEF - Laboratório de Estudos e Trabalhos Pedagógicos em Educação Física - grupo de pesquisa
da UNESP- Rio Claro, pensando nos problemas que a sociedade contemporânea enfrenta com relação aos papéis
socialmente construídos para homens e mulheres, objetivou tratar das questões de gênero e as suas implicações para
as práticas corporais. Para tanto, o grupo partiu do currículo de Educação Física vigente no Estado de São Paulo,
elaborando propostas de discussão e intervenção sobre esta temática juntamente com os conteúdos sugeridos para
o primeiro ano do Ensino Médio. Uma das metas deste projeto foi a realização de parcerias com escolas, para que o
tema fosse abordado com os alunos deste nível de ensino, além da realização de eventos científicos para tematizar
as questões de gênero na Educação Física. Este trabalho trata especificamente da oficina intitulada “Ginástica
Aeróbica e as implicações de Gênero” proposta no I Fórum de Práticas Corporais e Gênero realizado pelo LETPEF
na UNESP- Rio Claro, no segundo semestre deste ano. O objetivo do trabalho foi avaliar o desenvolvimento e as
possibilidades desta oficina, considerando a opinião de 15 participantes. Para tanto, elaborou-se um questionário
avaliativo que foi respondido por eles. A oficina tratou do avanço da Ginástica Aeróbica ao longo do tempo,
confrontando métodos antigos e atuais, bem como as relações mantidas por homens e mulheres no que tangencia
esta prática. Os resultados apontaram que a oficina alcançou seus propósitos, contextualizando a questão de gênero
de maneira significativa por meio das atividades e discussões desenvolvidas. Todos os participantes avaliaram bem a
proposta, destacando a importância de tratar destes temas em contextos educacionais. Cabe salientar que o projeto
ainda está em andamento, e que este tema será abordado com os alunos do Ensino Médio na escola parceira.

008

RECREIO MONITORADO: INTERAÇÃO ENTRE ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL
SILVA JAO, SILVA CH, FERREIRA GC, OLIVEIRA TA.
janeolive@usp.br

Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí

O presente estudo está associado ao desenvolvimento do entendimento a cerca do que é pesquisa e ensino na
educação física para os alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Presidente Arthur da Costa e Silva. Os alunos
do Ensino Médio auxiliam na organização do recreio dos alunos do Ensino Fundamental I. A ideia decorre da
necessidade de organizar o horário de intervalo dos alunos do ensino fundamental I, com o objetivo de diminuir
a correria e ampliar as experiências motoras. Para isso, a atividade foi dividida em práticas semanais de 15 minutos
cada. A amostra foi composta pelas crianças do Ensino Fundamental I. Em cada turma, elas foram divididas em
quatro grupos. Grupo I - bola de borracha nº 4; Grupo II - bola de meia; Grupo III - bola de papel e Grupo IV
- bola de tênis. Cada grupo foi posicionado em colunas, em frente ao tipo de bola, na quadra, com 5m de espaço
entre eles. Tarefa: percorrer, no menor tempo, 20m, sendo que 10m será em corrida lateral e 10m de costas; para
na marca de pênalti da marcação do handebol e em seguida pegar a bola e arremessá-la em um alvo redondo,
voltar correndo, de frente, em linha reta, e ir para o ultimo lugar da fila, e assim sucessivamente, até que todos
retornaram ao lugar inicial. Foi marcado o tempo de cada aluno, e se ele acertou o alvo. Todos os grupos jogaram
com todas as bolas. Depois foi discutido com cada turma, o que acharam da diferença de peso e tamanho das
bolas. Além de organizar o tempo do intervalo, aumentar as experiências motoras dos alunos do Fundamental I,
pode-se dizer que um dos aspectos que mais chamou a atenção nesta prática foi a predisposição de vários alunos
do ensino médio em participar da organização das atividades, orientando e organizando os alunos mais novos no
âmbito da pedagogia do movimento.

4 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
009

“TOUCHÉ” NA DISCRIMINAÇÃO: POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE O CONTEÚDO ESGRIMA

NO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO E A TEMÁTICA DE GÊNERO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

CAGLIARI MS, RUFINO LGB, BARROS MG, FREIRE ICB, IMPOLCETTO FM, DARIDO SC.
mayara_cagliari@hotmail.com

UNESP - Rio Claro

As relações de gênero estão presentes nos mais diversos contextos sociais, sendo preponderante ampliar visões que
propiciem maior equidade entre homens e mulheres na sociedade. Desse modo, é fundamental incluir discussões
e reflexões no âmbito escolar, por se tratar de um espaço marcado pelas múltiplas relações de gênero. A Educação
Física enquanto componente curricular obrigatório pode contribuir na construção dessas relações. No entanto,
alguns de seus conteúdos, como as lutas, historicamente, têm demonstrado dificuldades no tratamento pedagógico
interligado com a temática de gênero. Assim, o presente trabalho objetivou propor possibilidades de atividades que
relacionem o conteúdo esgrima do Currículo do Estado de São Paulo com a temática sobre gênero, nas aulas de
Educação Física no Ensino Médio. Para isso, desenvolveu-se inicialmente uma análise do Currículo do Estado de São
Paulo acerca da unidade didática destinada ao conteúdo esgrima. Em seguida, realizou-se uma revisão de literatura
sobre gênero para, consequentemente, propor possibilidades de relações. Não foram encontradas análises sobre
gênero no referido conteúdo à luz das dimensões dos conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal. Por outro
lado, diferentes propostas de relação entre a temática de gênero e o conteúdo esgrima no Ensino Médio podem
ser elaboradas abarcando as três dimensões dos conteúdos, entre elas destaca-se: a utilização de análises críticas de
imagens sobre práticas e acessórios de lutas consideradas femininas e masculinas, dramatizações sobre o processo
de construção histórica dessas diferenciações de gênero na esgrima, vídeo provocativo acerca da invisibilidade
feminina frente às práticas de luta, vivências de movimentos da esgrima em duplas mistas e posterior debate, entre
outras. A partir de tais proposições, enquanto perspectivas futuras, espera-se implementar essa proposta em uma
escola estadual de tempo integral para que seja possível avaliar sua efetividade em situações práticas de ensino e
aprendizagem na Educação Física escolar.

Educação Física Escolar no Ensino Médio

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 5

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XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar no Ensino Médio"

  • 1. 001 A COMPREENSÃO DAS RELAÇÕES DE GÊNERO E DOS CONCEITOS DE ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO POR ALUNOS DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO GERMANO VAC, MILANI AG, DARIDO SC, IMPOLCETTO FM. vitor_negrochick@hotmail.com UNESP - Rio Claro A partir dos conteúdos propostos pelo currículo de Educação Física do Estado de São Paulo, o grupo de estudos LETPEF desenvolve um projeto cuja finalidade é tratar das relações de gênero com os alunos do Ensino Médio. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi verificar como estes alunos compreendem as relações de gênero presentes nos conceitos de atividade física e exercício físico tratados numa das intervenções realizadas. A pesquisa se caracteriza como qualitativa e os dados foram coletados por meio de um questionário aberto com seis questões junto a dezoito alunos de uma turma do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola estadual de um município no interior do Estado de São Paulo. Os resultados foram analisados a partir de duas categorias. A primeira relaciona-se a compreensão dos conceitos de atividade física e exercício físico e os resultados indicam que os alunos conseguiram diferenciar os conceitos, sendo que a maioria considerou por atividade física todo movimento realizado no cotidiano. Em relação ao exercício físico eles apresentaram apenas algumas características, o que indica uma compreensão parcial do conceito. A segunda categoria, denominada de práticas corporais e gênero, oriunda da análise dos resultados de quatro questões, buscou verificar a compreensão dos alunos sobre a prática de determinadas atividades por mulheres ou homens e se eles reconhecem a existência de discriminação das pessoas que realizam atividades tidas socialmente como masculinas ou femininas. Constatou-se que, embora os alunos reconheçam que existam práticas estereotipadas, eles consideraram que ambos os sexos podem realizar as mesmas atividades, porém ressaltaram que ocorre discriminação de praticantes que realizam atividades que não são referência para o seu sexo. Conclui-se que os alunos conseguiram diferenciar os conceitos tratados em aula e reconheceram as relações de gênero presentes nesses conceitos. Educação Física Escolar no Ensino Médio XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 002 ALUNOS DO ENSINO MÉDIO: RELAÇÃO COM O LAZER E QUALIDADE DE VIDA MASSON LFF, BERTOLO MA. leticia_edfisica@hotmail.com UNILAGO - SP O estudo propõe-se a discutir a relação entre a prática do lazer e o público jovem, fundamentando-se na perspectiva da educação para o lazer. Ao considerarmos a necessidade de um trabalho destinado à população jovem com relação à qualidade de vida e os momentos de lazer, faz-se necessário ampliar o conhecimento e as possibilidades que possam ser relevantes as ações a serem executadas tanto no aspecto físico quanto psicológico, a educação física como área de conhecimento tem divulgado, em muitos estudos, os benefícios nos aspectos físicos, psicológicos e sociais decorrentes da prática de exercícios, ou da participação em programas voltados ao lazer. Viabilizando os alunos do ensino médio que, encontram-se em um momento de transição entre a infância e a juventude, buscando a sensação de prazer, onde por diversas vezes essa busca pode ser considerada de risco, optando por atividades que colocam em risco a qualidade de vida, ou até mesmo a vida de seus praticantes caracterizando-se em um lazer patológico. A temática do lazer deve ser abordada com a finalidade de acrescentar uma nova visão ao público jovem sobre questões pertinentes ao nosso cotidiano, promovendo uma reflexão sobre a qualidade de vida e lazer, estimulando os alunos a terem um estilo de vida mais saudável. Este trabalho trata-se de um estudo bibliográfico, de âmbito social tendo como base de dados o acervo da UNICAMP, UNILAGO, FAMERP e sites acadêmicos a partir das palavras chave, lazer, qualidade de vida e juventude. Contudo é fundamental que o professor de educação física tenha o compromisso de realizar uma mediação pedagógica no sentido de ressignificação do lazer, propondo um trabalho de conscientização da população jovem com relação à qualidade de vida e as vivências dos momentos do lazer, apresentando possibilidades de intervenções socioeducativas. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 1
  • 2. Educação Física Escolar no Ensino Médio XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 003 ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS LÚDICOS COMO METODOLOGIA DE ENSINO DO ESPORTE NO ENSINO MÉDIO DUARTE FJC, AVELLAR M, CARVALHO RCG, OLIVEIRA CCS, SILVESTRE LR. prof.marcelavellar@hotmail.com Escola Superior de Cruzeiro - SP Durante muito tempo, diversas tendências centradas em modelos rígidos e essencialmente reprodutivos caracterizaram o ensino da Educação Física. O esporte enquanto conteúdo, também figurou por um grande período como elemento central, enfocando principalmente o aprimoramento técnico-tático e a descoberta de talentos; promovendo segregação, desinteresse e exclusão no âmbito escolar. Porém, com a evolução dos anos e o desenvolvimento de novos estudos, ocorreu um redimensionamento do quadro, passando a ganhar espaço procedimentos e abordagens que pudessem ser capazes de nos trazer o ensino deste elemento voltado para uma visão mais integralizada, trabalhando-se os diversos domínios – cognitivo, afetivo-social, físicomotor, dentre outros. Assim, surgiu a necessidade da criação de estratégias que fossem capazes de motivar e oferecer condições de aprendizagem estendidas à totalidade do corpo discente e atender à grande diversidade de indivíduos - desta forma, a utilização de recursos lúdicos estabeleceu-se como um dos caminhos possíveis para a questão. Estudos indicam que, diante das inúmeras contribuições que a adoção desta metodologia de ensino proporciona dentro do processo de ensino-aprendizagem de conteúdos, a ludicidade vem sendo utilizada de forma mais recorrente, através de ações que são capazes de garantir aderência e satisfação dos alunos às aulas, por meio de um aprendizado mais prazeroso e eficaz. Neste sentido, o presente estudo objetivou investigar se este quadro alcançou o ensino em escolas situadas em municípios do interior, procurando verificar se há a compreensão por parte dos professores quanto ao termo ‘ludicidade’ e se estes utilizam-se de recursos lúdicos no ensino do esporte durante o período do ensino médio. Para tal fim, foram entrevistados 09 professores de Educação Física atuantes neste nível de ensino há mais de 03 anos, em escolas pertencentes ao município de Cruzeiro (SP), Resende (RJ) e Itamonte (MG). Foi utilizada uma entrevista estruturada especialmente para este fim, contendo 08 questões abertas, que versavam sobre os temas supracitados. Evidenciaram-se, então, os seguintes resultados: a) a maioria dos professores relaciona a ludicidade no ensino somente à aplicação de jogos e brincadeiras nas aulas, demonstrando, de certa forma, uma compreensão limitada do termo; b) o conteúdo esporte é trabalhado por todos os entrevistados e c) os professores, de forma geral, reconhecem a importância da utilização de estratégias lúdicas na aula, muito embora, relatem um universo de dificuldades para sua aplicação, tais como: superlotação de salas, falta de valorização e demanda de tempo hábil para transformação das aulas, além do eterno discurso da competição exacerbada, ainda presente em nossos dias, levando-nos a refletir sobre os inúmeros entraves e desafios que se impõe frente a necessidade e relevância da adoção da ludicidade enquanto recurso didático. 004 ARTE CIRCENSE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REVELANDO PESSOAS, APROXIMANDO DISTÂNCIAS... AVELLAR M. prof.marcelavellar@hotmail.com Colégio Estadual Antonina Ramos Freire - RJ A profunda renovação do enfoque educacional da Educação Física nos permitiu identificar a necessidade de um olhar voltado para a multiplicidade de dimensões do ser humano, estabelecendo como meta a preocupação com um desenvolvimento integral do educando. Neste sentido, o presente estudo tencionou sugerir o universo circense como um dos inúmeros caminhos possíveis e válidos na tentativa de legitimar os novos pressupostos pedagógicos defendidos para desta disciplina. O relato discorrerá acerca da inserção da linguagem circense no âmbito escolar na Educação de Jovens e Adultos, através da exploração deste universo riquíssimo, porém ainda pouco trabalhado, se comparado às demais atividades físico-culturais e à vasta contribuição que pode oferecer. A proposta centrou-se na busca pela oferta de uma atuação pedagógica que contemplasse múltiplas dimensões (físico-motora, afetiva, cognitiva e sóciocultural), fomentando o interesse e a aderência efetiva às aulas de Educação Física na E.J.A., por meio da promoção da vivência de conhecimentos inerentes ao histórico e aos valores culturais do Circo enquanto importante elemento relacionado à Cultura Corporal de Movimento. A amostra foi composta por estudantes de um colégio estadual com faixa etária compreendida entre 17 e 63 anos, de ambos os sexos, pertencentes ao 1º ano do Ensino Médio da E.J.A., totalizando 28 alunos. O conteúdo ‘circo’ foi explorado pelo período de 01 semestre. A realização desta experiência nos permitiu o alcance de diversos produtos positivos, em especial no campo sócio-afetivo (aumento da auto-estima, superação de limites, ampliação do auto-conhecimento), nos levando a refletir sobre a riqueza de contribuições que é possível ofertar e receber em troca, através do processo ensino-aprendizagem e sobretudo concluir que apesar do trabalho árduo que sem dúvida integrará uma proposta de transformação de velhas realidades e valores, os êxitos e recompensas certamente superarão a acidez dos desafios. E promoverão a certeza de que valeu a pena. 2 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 3. 005 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E O ENEM: APONTAMENTOS ZAGHI FHLS, ARRUDA LC, ARAUJO CM, MOREIRA WW, SIMÕES R. flaviozaghi@hotmail.com Universidade Federal do Triângulo Mineiro; CAPES; REUNI Desde 1996 a Educação Física passou a ser componente curricular obrigatório da educação básica, porém não se figurava em vestibulares ou em qualquer outro tipo de avaliação. No ano de 2009 essa disciplina foi incluída nas matrizes de referências do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), fazendo parte dos conteúdos a serem avaliados por este certame. Considerando este cenário como pano de fundo, surgem alguns questionamentos: Como está acontecendo esse processo? Quais são os conteúdos que estão sendo cobrados? Nosso objetivo nesse artigo é desvelar como estão sendo exigidos os conteúdos da Educação Física no Enem. A técnica de pesquisa utilizada para delinear esse artigo foi a documental, que tem como característica utilizar-se de documentos que ainda não foram analisados, ou que ainda podem ser modificados. No Enem, atualmente existem quatro matrizes curriculares, e a Educação Física está alocada na matriz Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Entre provas válidas e canceladas, 7 avaliações já foram aplicadas nesse novo modelo adotado, sendo que cada matriz curricular possui 45 questões. Linguagens, códigos e suas tecnologias obtiveram um total de 315 questões, das quais 23 foram da área de conhecimento da Educação Física, resultando em 7,3% do total da matriz citada anteriormente. Dessas 23 questões 8 versavam sobre o bloco de conhecimento esporte, luta, jogo e ginástica; outras 6 tinham como norte o bloco de conhecimento atividades rítmicas e expressivas; e por fim, 9 questões estavam relacionadas com o bloco de conhecimento sobre o corpo. Por enquanto, no momento em que findamos este resumo, podemos afirmar que a entrada da Educação Física no Enem pode começar a dar sustentação para uma Educação Física mais contextualizada, no que tange a discussão de conteúdos e currículos. Educação Física Escolar no Ensino Médio XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 006 GÊNERO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: REFLEXÃO SOBRE AULAS DE RÚGBI SANTOS JLM, TEODORO MA, IMPOLCETTO FM, SOARES DC, FERREIRA AF, DARIDO SC. ju.lodder@yahoo.com.br UNESP - Rio Claro O tema gênero é um assunto que vem sendo alvo de debates e discussões na mídia e em muitos espaços sociais, como a escola. A Educação Física também é responsável por discuti-lo tendo como base as suas atividades curriculares, desta forma, desenvolveu-se um projeto de intervenção a fim de incluir o tema gênero nos conteúdos do Currículo do Estado de São Paulo. O objetivo deste trabalho é apresentar como o rúgbi foi desenvolvido na perspectiva de gênero com alunos do primeiro ano do ensino médio. O estudo foi realizado em uma escola estadual de período integral durante quatro aulas de Educação Física. As atividades elaboradas trataram da história, das regras e dos fundamentos básicos (técnica e tática) do rúgbi. Observou-se as atitudes dos alunos diante das atividade deste esporte considerado masculino. As condutas dos alunos referentes às relações de gênero foram pontuadas e discutidas no final das aulas. Em geral, não foi possível perceber grandes diferenças entre os meninos e as meninas no empenho e na colaboração para a realização das atividades, pois mostraram respeito, boa convivência e relação no jogo, indicando que o principal motivo de exclusão estava relacionado a falta de habilidade de seus companheiros independentemente do sexo. A respeito das percepções de gênero que os alunos têm no cotidiano, notaram-se algumas incoerências, como: os meninos demonstraram resistência a práticas corporais como a dança e algumas meninas foram proibidas de praticar futebol pelas mães. Por meio dessa intervenção, observou-se que a professora da turma já desenvolve um trabalho diferenciado no sentido de tratar da igualdade de gênero nas aulas de Educação Física. Entretanto, considera-se necessário a realização de intervenções que possibilitem reflexões sobre essa temática, no sentido de diminuir os estigmas e as desigualdades de condições e investimentos para a realização das práticas corporais entre homens e mulheres. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 3
  • 4. Educação Física Escolar no Ensino Médio XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 007 GINÁSTICA AERÓBICA EM UM PERSPECTIVA DE GÊNERO: POSSIBILIDADES A PARTIR DO CURRÍCULO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO FRAIHA ALG, DINIZ IKS, PASSINI GK, IMPOLCETTO FM, DARIDO SC. analivia_fraiha@hotmail.com UNESP - Rio Claro Em 2013, o LETPEF - Laboratório de Estudos e Trabalhos Pedagógicos em Educação Física - grupo de pesquisa da UNESP- Rio Claro, pensando nos problemas que a sociedade contemporânea enfrenta com relação aos papéis socialmente construídos para homens e mulheres, objetivou tratar das questões de gênero e as suas implicações para as práticas corporais. Para tanto, o grupo partiu do currículo de Educação Física vigente no Estado de São Paulo, elaborando propostas de discussão e intervenção sobre esta temática juntamente com os conteúdos sugeridos para o primeiro ano do Ensino Médio. Uma das metas deste projeto foi a realização de parcerias com escolas, para que o tema fosse abordado com os alunos deste nível de ensino, além da realização de eventos científicos para tematizar as questões de gênero na Educação Física. Este trabalho trata especificamente da oficina intitulada “Ginástica Aeróbica e as implicações de Gênero” proposta no I Fórum de Práticas Corporais e Gênero realizado pelo LETPEF na UNESP- Rio Claro, no segundo semestre deste ano. O objetivo do trabalho foi avaliar o desenvolvimento e as possibilidades desta oficina, considerando a opinião de 15 participantes. Para tanto, elaborou-se um questionário avaliativo que foi respondido por eles. A oficina tratou do avanço da Ginástica Aeróbica ao longo do tempo, confrontando métodos antigos e atuais, bem como as relações mantidas por homens e mulheres no que tangencia esta prática. Os resultados apontaram que a oficina alcançou seus propósitos, contextualizando a questão de gênero de maneira significativa por meio das atividades e discussões desenvolvidas. Todos os participantes avaliaram bem a proposta, destacando a importância de tratar destes temas em contextos educacionais. Cabe salientar que o projeto ainda está em andamento, e que este tema será abordado com os alunos do Ensino Médio na escola parceira. 008 RECREIO MONITORADO: INTERAÇÃO ENTRE ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL SILVA JAO, SILVA CH, FERREIRA GC, OLIVEIRA TA. janeolive@usp.br Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí O presente estudo está associado ao desenvolvimento do entendimento a cerca do que é pesquisa e ensino na educação física para os alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Presidente Arthur da Costa e Silva. Os alunos do Ensino Médio auxiliam na organização do recreio dos alunos do Ensino Fundamental I. A ideia decorre da necessidade de organizar o horário de intervalo dos alunos do ensino fundamental I, com o objetivo de diminuir a correria e ampliar as experiências motoras. Para isso, a atividade foi dividida em práticas semanais de 15 minutos cada. A amostra foi composta pelas crianças do Ensino Fundamental I. Em cada turma, elas foram divididas em quatro grupos. Grupo I - bola de borracha nº 4; Grupo II - bola de meia; Grupo III - bola de papel e Grupo IV - bola de tênis. Cada grupo foi posicionado em colunas, em frente ao tipo de bola, na quadra, com 5m de espaço entre eles. Tarefa: percorrer, no menor tempo, 20m, sendo que 10m será em corrida lateral e 10m de costas; para na marca de pênalti da marcação do handebol e em seguida pegar a bola e arremessá-la em um alvo redondo, voltar correndo, de frente, em linha reta, e ir para o ultimo lugar da fila, e assim sucessivamente, até que todos retornaram ao lugar inicial. Foi marcado o tempo de cada aluno, e se ele acertou o alvo. Todos os grupos jogaram com todas as bolas. Depois foi discutido com cada turma, o que acharam da diferença de peso e tamanho das bolas. Além de organizar o tempo do intervalo, aumentar as experiências motoras dos alunos do Fundamental I, pode-se dizer que um dos aspectos que mais chamou a atenção nesta prática foi a predisposição de vários alunos do ensino médio em participar da organização das atividades, orientando e organizando os alunos mais novos no âmbito da pedagogia do movimento. 4 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 5. 009 “TOUCHÉ” NA DISCRIMINAÇÃO: POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE O CONTEÚDO ESGRIMA NO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO E A TEMÁTICA DE GÊNERO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA CAGLIARI MS, RUFINO LGB, BARROS MG, FREIRE ICB, IMPOLCETTO FM, DARIDO SC. mayara_cagliari@hotmail.com UNESP - Rio Claro As relações de gênero estão presentes nos mais diversos contextos sociais, sendo preponderante ampliar visões que propiciem maior equidade entre homens e mulheres na sociedade. Desse modo, é fundamental incluir discussões e reflexões no âmbito escolar, por se tratar de um espaço marcado pelas múltiplas relações de gênero. A Educação Física enquanto componente curricular obrigatório pode contribuir na construção dessas relações. No entanto, alguns de seus conteúdos, como as lutas, historicamente, têm demonstrado dificuldades no tratamento pedagógico interligado com a temática de gênero. Assim, o presente trabalho objetivou propor possibilidades de atividades que relacionem o conteúdo esgrima do Currículo do Estado de São Paulo com a temática sobre gênero, nas aulas de Educação Física no Ensino Médio. Para isso, desenvolveu-se inicialmente uma análise do Currículo do Estado de São Paulo acerca da unidade didática destinada ao conteúdo esgrima. Em seguida, realizou-se uma revisão de literatura sobre gênero para, consequentemente, propor possibilidades de relações. Não foram encontradas análises sobre gênero no referido conteúdo à luz das dimensões dos conteúdos: conceitual, procedimental e atitudinal. Por outro lado, diferentes propostas de relação entre a temática de gênero e o conteúdo esgrima no Ensino Médio podem ser elaboradas abarcando as três dimensões dos conteúdos, entre elas destaca-se: a utilização de análises críticas de imagens sobre práticas e acessórios de lutas consideradas femininas e masculinas, dramatizações sobre o processo de construção histórica dessas diferenciações de gênero na esgrima, vídeo provocativo acerca da invisibilidade feminina frente às práticas de luta, vivências de movimentos da esgrima em duplas mistas e posterior debate, entre outras. A partir de tais proposições, enquanto perspectivas futuras, espera-se implementar essa proposta em uma escola estadual de tempo integral para que seja possível avaliar sua efetividade em situações práticas de ensino e aprendizagem na Educação Física escolar. Educação Física Escolar no Ensino Médio XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 5