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001

A CONSTITUIÇÃO DOS SABERES DA EDUCAÇÃO FÍSICA NAS PRÁTICAS DAS TECNOLOGIAS
FONTES JCM.
jcmfonte@yahoo.com.br

Centro de Educação Aberta e a Distância, Universidade Federal de Ouro Preto

As trocas de conhecimento, aprendizagens, vivências e experiências das pessoas envolvidas no contexto de interações
de práticas sociais no ambiente escolar nos mostram que a dinâmica dos conhecimentos da Educação Física e a
relação com as tecnologias da informação e comunicação são interações capazes de instigar, estimular, desafiar
crianças, jovens, professores e outros atores sociais nas mais diversas situações de aprendizagens das práticas dos
conceitos e movimentos destas áreas do conhecimento. Assim posto, este trabalho propõe retratar, através da
relevância dos recursos tecnológicos, culturais e sociais disponíveis pelas Tic’s, como os estudantes do segundo
ciclo de formação humana do ensino fundamental de uma escola pública, compreendem e constroem o processo
de aprendizagem de um domínio especifico da Educação Física na relação estabelecida pelas práticas esportivas
de movimento, em especial pelo atletismo, através de atividades que envolviam os saltos, os lançamentos e as
corridas, e os conceitos e conhecimentos da temática sobre as capacidades físicas – velocidade e resistência. Na
constituição das habilidades motoras, cognitivas e sociais instrumentalizadas nas trocas de saberes, percebeu que
tanto as práticas tecnológicas, em seu manuseio e análise dos registros, quanto às vivencias e participações dos
estudantes nas atividades esportivas, foi um relevante processo no trato do conhecimento, avaliado durante todo
o período de realização das atividades propostas. No sentido de ampliar as interações entre os sujeitos em suas
atividades cotidianas para além do universo escolar, as tecnologias, as atividades de atletismo e suas imbricações com
os conceitos e movimentos das capacidades físicas, mobilizaram teorias, atitudes, procedimentos, metodologias e
possibilitaram despertar nos atores envolvidos um maior interesse destas pessoas nas vivencias e experiências das
aprendizagens destas práticas sociais.

002

A INFLUÊNCIA DE ATIVIDADES EXTRACURRICULARES NO NÍVEL DE COORDENAÇÃO MOTORA GERAL DE CRIANÇAS
SANTOS FO, MADUREIRA F, ALVES C, FLORÊNCIO R, BARTOLOTTO F.
fabiooliveirafitness@hotmail.com

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

Faculdade de Educação Física de Santos

A literatura tem indicado que crianças que realizam apenas atividades motoras na escola são mais propensas a
apresentarem níveis baixos de coordenação motora geral (CMG). Uma alternativa indicada por professores de
educação física para conter este problema é realizar atividades extracurriculares nas escolas. No entanto, há carência
de evidências sobre esta questão, com isso o objetivo do presente trabalho foi analisar o nível de CMG de crianças
que praticam e não praticam atividades extracurriculares escolares. Foram avaliadas 44 crianças de ambos os sexos
com idade média de 10 anos pertencentes a uma escola particular da cidade de Santos-SP, estes foram divididos em
2 grupos: grupo educação física (GEF) e grupo extracurricular (EX). Ambos realizavam aulas de educação física
na escola 2x por semana, a qual o grupo EX participava de 2 aulas de atividades extracurriculares. As atividades
extracurriculares eram formadas com ênfase em equilíbrio e manipulação de objetos com 50 minutos de duração,
realizadas durante 30 dias. Para classificar o nível de CMG, foi utilizado a bateria KTK. Os dados foram analisados
do pré (PR) para pós (PS). O GEF na condição PR obteve escore de 286 e 289 na condição PS, ambas classificadas
como “PERTUBAÇÃO NA COORDENAÇÃO MOTORA”. O EX na condição PR apresentou escore de 291 e
311 na condição PS, classificadas como “PERTUBAÇÃO NA COORDENAÇÃO MOTORA” e “NORMAL”,
respectivamente, o que indica diferença estatística intragrupo. Com base nos dados obtidos pode-se verificar que
ambos os grupos obtiveram aumento na CMG, sendo que o EX aumentou 6% e o GEF 1%, resultando em um
aumento do nível da classificação apenas para EX.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 1
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
003

A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA DO MINI TÊNIS EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL I
PARA TURMAS DOS 5º ANOS DA REDE MUNICIPAL DE BAURU/SP
SILVA CS.
clausilver@hotmail.com

Secretaria Municipal de Educação de Bauru

O objetivo deste relato de experiência é o de apresentar uma intervenção pedagógica do mini tênis em aulas de
Educação Física realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental José Francisco Junior de Bauru/SP para
turmas dos 5º anos. O conteúdo didático: mini tênis teve como orientação o currículo comum de Educação Física
para o ensino fundamental municipal de Bauru/SP, cujo objetivo geral é o de ampliar a aprendizagem sobre as
manifestações da cultura corporal, dentre elas os esportes individuais valorizando o significado social atribuído a
cada manifestação. Quanto aos objetivos específicos foi estabelecido que os alunos fossem capazes de: 1) Aprender
a jogar o mini tênis de acordo com suas possibilidades; 2) Respeitar as diferenças individuais dos colegas em suas
habilidades e 3) Conhecerem os esportes de raquetes e aprender as regras simplificadas do mini tênis. As estratégias
de ensino e a avaliação focaram nas dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal. Enquanto estratégia de
ensino foi feita uma avaliação diagnóstica na dimensão conceitual sobre quais esportes de raquetes os alunos
conheciam através de vídeos e imagens. Na dimensão procedimental os alunos vivenciaram o mini tênis, com regras
simplificadas utilizando como recursos; raquetes, bolinhas e mini quadras. Na dimensão atitudinal se verificou
durante as aulas os comportamentos dos alunos na formação de duplas para jogar. A avaliação se caracterizou como
somativa verificando os que os alunos aprenderam na dimensão conceitual quanto aos esportes de raquetes que
conheciam e as regras propostas do mini tênis. Na dimensão atitudinal os alunos foram questionados se respeitaram
as individualidades dos seus colegas durante as aulas. E na dimensão procedimental foi proposto aos alunos para
que jogassem realizando o maior numero de acertos possíveis ao rebater a bolinha e ao mesmo tempo objetivando
a precisão do rebater para marcar pontos.

004

A ORGANIZAÇÃO DA AULA DE AVENTURA NA ESCOLA PÚBLICA
RICHTER F, PEREIRA DW.
dimitripereira@uninove.br

Universidade Nove de Julho

A Educação Física escolar carece de olhares distintos ao tradicionalismo do esporte olímpico, isto porque, a cultura
corporal forma-se a partir de todas as relações do ser humano com o meio e com seus pares. Essa perspectiva
remete à prática de Esportes de Aventura como temática cada vez mais valorizada na sociedade contemporânea.
Nesse relato de experiência busca-se mostrar uma Pedagogia da Aventura para a escola pública, desmistificando o
caráter exclusivo da Aventura às pessoas com maior poder aquisitivo. Na Escola Professor Raul Antônio Fragoso as
aulas de Educação Física (1º ao 5º ano) tem como objetivo oferecer as modalidades: Slackline, Parkour, Arvorismo,
Escalada, Skate e Surf (Tarp Surfing). Os conteúdos são propostos em sua maioria de forma adaptada, adequando
o espaço, material, segurança e contexto dos alunos as possibilidades de ensino. As estratégias passam por discussão
sobre como adquirir os equipamentos, como desenvolver a aprendizagem para todos e a criação de circuitos motores
de vivência lúdica para experimentação e resolução de problemas. A aquisição de materiais é sempre muito difícil,
pois a comunidade escolar é periférica no município de São Paulo. Por exemplo, para a skate, os próprios alunos
trazem de casa e socializam o uso com os colegas. A fita de slackline foi comprada pelo professor, bem como as
agarras do muro de escalada, cordas e outros equipamentos usados nas práticas verticais. No surfe utiliza-se um
longboard e uma lona comprada através da APM da escola. Em relação às aulas a resposta dos alunos é extremamente
satisfatória com grande envolvimento dos alunos nas atividades, apontando para o desenvolvimento afetivo e social.
No aspecto motor já foram observados resultados positivos comparando a melhora do controle motor devido à
imprevisibilidade das modalidades. Há barreiras como a falta da material e até algum preconceito, que são superados
com o conhecimento do professor e disposição para enxergar uma nova educação física.

2 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
005

A UTILIZAÇÃO DO FACEBOOK NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
NUNES JÚNIOR JM, SOUZA AR, OVANDO RGM.
jorgenunessport@gmail.com

Faculdade UNIGRAN Capital - MS

As tecnologias em crescente expansão trazem consigo a facilidade de atividades antes ditas como complexas. As
ferramentas e os indivíduos já não são como antes, tudo esta mais rápido, o acesso a informação foi ampliado. O
que observamos são pessoas conectadas a rede em grande parte do dia, por meio de mídias sociais digitais. Estas
mídias fazem parte do cotidiano não somente de adultos, mas também de jovens e crianças. Tais mídias exercem
papel sócio afetivo aliando pessoas com o mesmo interesse e também indivíduos semelhantes. Partindo destas
ideias, o estudo objetiva aplicar atividades na mídia social digital facebook como instrumento da pratica docente
nas aulas de Educação Física, a fim de que os alunos assimilem os conteúdos ministrados com mais facilidade
do que os métodos tradicionais de ensino. Bem como visualizar quais as reações dos alunos com a utilização do
facebook pelo professor e se a participação e notas obtiveram melhora. A pesquisa foi de caráter investigativo
exploratório no qual ocorreu primeiramente uma revisão da literatura com artigos das áreas de comunicação e
Educação encontrados no periódico virtual Scielo e no site do Instituto politécnico de Bragança (IPB) de Portugal.
Participaram da pesquisa todas as crianças matriculadas e frequentes no 4º ano (Ensino Fundamental I) de uma
escola pública localizada na periferia de Campo Grande - MS. Contando com a parceria do professor de Educação
Física, foi proposta uma atividade por meio do grupo criado no facebook com o nome da sala, no qual postou-se
um vídeo na rede com a pratica do desporto Voleibol adaptado. Os alunos visualizam em suas casas, e na aula
seguinte levaram suas dúvidas para a discussão em sala. Posteriormente o professor realizou um jogo. Ao fim da
aula os alunos comentaram a atividade e se mostraram satisfeitos e motivados pela utilização do facebook como
instrumento de estudo. Há poucos trabalhos com a temática , a crescente discussão a respeito se encontra se realmente
esta mídia é aliada da aprendizagem ou se aumenta a dispersão durante as aulas. Muitos autores defensores do uso
dessa mídia argumentam que a utilização adequada proporciona ganhos, no entanto, os mesmos orientam que
cabe aos professores a administração correta desta ferramenta, bem como a orientação da mesma. Notou-se que
os alunos estão abertos à tecnologia, faz-se necessário o encorajamento do professor para a utilização de novos
meios de promoção do aprendizado, bem como o desenvolvimento sócio-afetivo por meio da sociabilização.

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

006

ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE JOGOS E BRINCADEIRAS NO ENSINO DO FUTSAL NO ENSINO FUNDAMENTAL I
CANCELLA CAV, BASTOS LGB, FONSECA JAMM.
prof.marcelavellar@hotmail.com

Escola Superior de Cruzeiro

Os jogos e brincadeiras são vivenciados em vários momentos ao longo da vida da criança. Partindo da ideia de
aprendizagem por jogos, o presente estudo focou no ensino da modalidade do Futsal. No presente estudo será
abordado o contexto esportivo, seus métodos de ensino através da pedagogia do esporte, com um entendimento do
que é a modalidade futsal praticada na escola e a utilização dos jogos e as brincadeiras para um ensino diferenciado
do esporte. A pedagogia do esporte aborda o trabalho do esporte na escola por meio do desenvolvimento dos
alunos nos aspectos social, cognitivo e físicos motores integrando as crianças na sociedade e no contexto da
Educação Física escolar. No contexto do futsal, tratou-se do histórico da modalidade desde seu início até os
tempos atuais, o crescimento do esporte nos dias atuais e suas características quanto a sua prática. Além disso,
serão contextualizadas as formas de jogos, os modelos em que eles são introduzidos na aprendizagem, e quais as
formas de jogos e brincadeiras podem ser utilizadas no ensino aprendizagem da modalidade do futsal no ensino
fundamental I.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 3
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
007

AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO
SILVA TR, MOREIRA RSP.
tamires_xena1@hotmail.com

UNIVAG - Centro Universitário

Para conclusão do curso de Licenciatura em Educação Física, realizamos o estágio obrigatório de 100 horas no
1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, com o cumprimento de 15 horas de observação, 15 horas de participação,
30 horas de regência e 40 horas com encontros com a professora orientadora de estágio para discussões teóricas
e planejamento das aulas aplicadas durante o período da regência. Assim, o objetivo deste estudo é relatar as
experiências ocorridas durante o estágio em aulas de Educação Física no 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.
Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa que ocorreu em uma instituição privada de Várzea
Grande, MT, com a participação de 6 turmas do 1° ao 4° ano. Durante as aulas de observação e participação, o
professor de Educação Física da referida escola (professor supervisor) aplicou jogos e brincadeiras. Assim, tivemos
a oportunidade de conhecer e interagir com os alunos, bem como identificar os procedimentos didáticos adotados
pelo professor, especialmente no momento da solução de conflitos, em que o diálogo prevalecia. O professor
participava ativamente das atividades incentivando e motivando os alunos que, algumas vezes, não mostravam
interesse pelas atividades. Durante a regência, permanecemos com os mesmos conteúdos, com o intuito de dar
continuidade ao plano de ensino do professor supervisor, mas com atividades diferentes, sendo que ao final de cada
aula os alunos desenhavam as atividades, com o objetivo de registrar o que fora realizado. Antes de todas as aulas
apresentávamos o plano de aula ao professor supervisor e coordenadora pedagógica da escola para aprovação dos
mesmos. Deparamos-nos com dificuldades como a dispersão dos alunos e o excesso de conflitos, sempre resolvidos
por meio do diálogo. O estágio contribuiu significativamente para nossa formação, permitindo-nos a aproximação
do campo real de nossa futura atuação profissional.

008

CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO FÍSICO DE CRIANÇAS EM TRÊS MOMENTOS DA VIDA ESCOLAR:
AULA EM CLASSE, AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E INTERVALO DE LANCHE
CORREA MHM, MORCELLI M, MARTINS V, BARTOLOTTO F, MADUREIRA F.
morcelli.m@gmail.com
Faculdade de Educação Física de Santos

O objetivo do presente trabalho é investigar o comportamento físico de crianças em três momentos da vida escolar:
Aula em classe, em educação física e intervalo de lanche. Onze crianças de 8 a 10 anos de ambos os gêneros de
uma escola particular do Ensino Fundamental da cidade de Santos participaram do experimento. Para aferição da
frequência cardíaca foi utilizado um oxímetro da marca Geratherm®. Para a verificação do percentual da frequência
cardíaca máxima nas quatro condições utilizou-se a equação de Bruce. Para analise do número de passos dados
durante as quatro condições optaram-se pela utilização de pedômetros. Para analise estatística, após a verificação
da não normalidade optou-se pelo teste Wilcoxon diferença estatística para p≤0,05. Apresentados em média e
desvio padrão da frequência de passadas em AAN 33,4 (36,1); AEF 1387,1 (794,5); PI 539,8 (357,0) e ADEP 90,5
(117,0), Analisando o percentual de passadas pode-se observar que AEF de 256,38% a mais da estimativa média
de passos por hora (541,67); PI apresentou o percentual de 99,63% no período de 30 minutos; em AAN 6,10% e
ADEP 16,64%. A frequência cardíaca em AAN 100,1 (11,1); AEF 120,8 (21,8); PI 107,2 (16,2); ADEP 100,7 (12,9).
Quanto ao percentual da frequência cardíaca máxima observa-se que AEF obteve apenas 62,15% da estimativa da
FCmáx; AAN 51,50%; PI 55,15% % e ADEP 51,81%. Observando melhor a AEF obteve apenas a diferença de
11% a mais quando comparado às demais condições. Pode-se concluir que as crianças permaneceram mais ativas
nos períodos de intervalo e aula de Educação Física, quando comparados às condições de aulas em classe, como
demonstrada, pelo número de passadas realizadas nestes diferentes momentos. Os resultados permitem afirmar
que as experiências corporais vivenciadas nas aulas de Educação Física ofertadas pelo programa em questão, foram
suficientes para manter as crianças em níveis ótimos de saúde.

4 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
009

CINESIOLOGIA HUMANA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR BÁSICA: O FITNESS DA MASTIGAÇÃO E OS CONHECIMENTOS
PARA A QUALIDADE DE VIDA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

RIBEIRO RYS.
ricardoyoshio67@yahoo.com.br

EMEF Antônio de Alcântara Machado - SP

Entendemos que o componente curricular Educação Física deve propor o ensino e a aprendizagem de conhecimentos
únicos e específicos que o caracterize e o justifique no contexto escolar como acontece nos demais componentes.
Sabemos da importância das manifestações do movimento em nossa cultura, mas não podemos negar que o
movimentar-se de forma genérica também faz parte integrante de nossa vida. Mastigamos os alimentos muitas
vezes sem nos conscientizar sobre a importância dela em nosso processo digestivo e consequentemente para nossa
qualidade de vida. Levando-se em conta os critérios: (1) apresentados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais
para a Educação Física para selecionar os conteúdos; (2) as Expectativas de Aprendizagens do Programa de
Orientação Curricular do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo; (3) o Referencial
de Expectativas para o Desenvolvimento da Competência Leitora e Escritora no ciclo II do ensino fundamental e
(4) a proposta da Cinesiologia Humana do professor José Guilmar Mariz de Oliveira, organizamos uma sequência
didática sobre o tema mastigação, desenvolvido com os alunos da 4ª série/ 5º ano do ensino fundamental nas
aulas de Educação Física da EMEF Antônio de Alcântara Machado onde atuo como professor de educação física.
Este relato tem por objetivo descrever a experiência positiva da conscientização dos alunos(as) sobre o mastigar
os alimentos nos diferentes momentos do cotidiano.

010

CIRCUITO: UMA VELHA E BOA ESTRATÉGIA DE ENSINO
FERREIRA GC, NASCIMENTO LS, SILVA JAO, OLIVEIRA TA.
janeolive@usp.br

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí

O presente relato de prática pedagógica refere-se às atividades desenvolvidas na Escola Estadual Dom João Rezende,
da cidade de Pouso Alegre-MG, com os alunos do ensino fundamental I (6 a 10 anos). O objetivo foi fazer com
que os alunos realizassem exercícios diferentes em uma só atividade, a fim de melhorar a agilidade, flexibilidade e
atenção. Os alunos foram convidados a ficar em fila, diante do circuito montado. O mesmo constou de atividades
variadas, divididas em oito estações. Os alunos deveriam percorrer todo o circuito em no máximo 60 segundos.
Na primeira estação, o aluno correu em zigue- zague, por entre seis cones. Na segunda, ainda com cones como
limite, ele percorreu a distância, primeiro de frente e depois de costas. Na terceira, ele saltou com os dois pés, entre
dez bambolês dispostos na forma de circulo. Na quarta estação, foi pular corda, 10 saltos seguidos. Na quinta foi
realizar uma jogada de amarelinha, em seguida acertar a bola na cesta de basquete. Na sétima, foi bater um pênalti
e por ultimo saltar com os pés sobre quatro cones, um de cada vez. É preciso registrar, que com as crianças de
seis e sete anos, o cone usado foi o de tamanho pequeno. Entende-se que esse processo possibilitou aos alunos
desenvolverem maior agilidade e atenção ao executar várias tarefas em pouco tempo. E também foi trabalhado
direção, controle e coordenação. Assim, a brincadeira manteve os alunos atentos aos colegas, e foi percebido que
aqueles que estavam esperando a sua vez, elaboraram estratégias para executar os exercícios de forma mais rápida.
No final, os alunos deram opinião sobre qual seria a melhor estratégia para diminuir o tempo de execução.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 5
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
011

CULTIVANDO E TRANSFORMANDO AS BRINCADEIRAS POPULARES: AMARELINHA CAMPO MINADO
SILVA WA, SILVA JAO, PEREIRA RS.
wesleyasilva.ef@hotmail.com

Universidade do Vale do Sapucaí

O presente relato de prática pedagógica refere-se às atividades desenvolvidas na unidade de ensino da Educação
Física do mês do Folclore com os alunos do ensino fundamental I (5 ano) do Colégio Vale do Sapucaí-Anglo da
cidade de Pouso Alegre-MG. O objetivo da unidade de ensino foi resgatar a brincadeira Amarelinha. Os alunos
foram convidados a brincar de amarelinha, e a partir de questionamentos e sugestões foi estabelecida uma dinâmica
para a inserção de novas regras que permitissem contemplar os interesses e competências dos alunos. Durante duas
aulas o professor mediou a construção das regras. Todas as sugestões foram testadas pelos próprios alunos para
perceberem a adequação e viabilidade das mesmas, tendo como critério de inclusão a possibilidade de realização
pela maioria dos alunos. Ao final da segunda aula os alunos concluíram a nova brincadeira, e deram o nome de:
“Amarelinha Campo Minado”. Na terceira aula a brincadeira foi realizada na sua totalidade, consistindo em 60 casas
enumeradas, necessidade de usar ora a perna direita, ora a esquerda, conquista de território(casas), participação
de todos alunos na mesma brincadeira, dois critérios de vitória: por tempo: maior conquista de casas por um
jogador, e/ou por estratégia: impossibilidade dos demais jogares darem sequência. Entende-se que esse processo
possibilitou os alunos se aproximarem de forma mais significativa da brincadeira, tão distante desta geração. Mais
especificamente, pode-se dizer que houve tanto um resgate cultural, quanto um projeto coletivo que resignificou
a amarelinha às necessidades e competências dos alunos. Assim, a nova brincadeira manteve a “essência” da
amarelinha, e concomitantemente o estabelecimento de um espaço de educação.
012

DANÇA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
SOUZA DMMB.
dircemaria_souza@hotmail.com

Colegio Santa Cruz - SP

O relato parte de uma nova experiência no curso de EJA, desenvolvida em instituição privada na cidade de São
Paulo. O curso apresentava um currículo diverso onde os alunos tinham, obrigatoriamente, que participar das aulas
de Educação Física e Artes com seu grupo classe. A proposta descrita apresenta os alunos como co-autores da
composição das disciplinas de seu currículo, onde passaram a escolher o que gostariam de cursar formando um
novo grupo, agora, por interesse. A Educação Física passa a oferecer o curso de Jogos e Dança separadamente.
São alunos das “fases“ de alfabetização inicial do Ensino Fundamental I. Os objetivos encontram-se em favorecer
o fortalecimento da identidade, valorizar a cultura corporal deste grupo, apresentar uma diversidade cultural
mediada pelo ritmo de diversas localidades brasileiras e do mundo. Os conteúdos partem dos ritmos pautados
pelas frequências cardíacas, dos ritmos preferidos do grupo, além de uma viagem pelos diversos ritmos brasileiros
e estrangeiros. Estratégias desenvolvidas partem de experimentações e improvisações individuais do corpo em
movimento, atingindo as vivências em duplas, trios e grupos maiores. Os fatores do movimento considerados
nas improvisações são o peso, tempo, espaço e fluência. Nas aulas os alunos realizam uma síntese do conteúdo
vivenciado em forma de coreografias. Os recursos materiais são aparelho de som, DVD, CD’s diversos, filmes
sobre dança e uma boa sala com piso de madeira. Os procedimentos de avaliação estão centrados na auto avaliação,
na observação e registro docente das elaborações do grupo, nas avaliações em grupo realizadas a cada encontro e
ao final de um período de trabalho. Considerações finais relevantes partem do princípio que todos sabem dançar,
contrário ao discurso inicial discente; a descoberta das possibilidades de ampliação dos movimentos cotidianos e
a escolha de um currículo mais significativo, principalmente por se tratar de um grupo de jovens e adultos.

6 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
013

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE CRIANÇAS COM DESENVOLVIMENTO TÍPICO E COM TRANSTORNO
DO DESENVOLVIMENTO DA COORDENAÇÃO MOTORA

COSTA RZF, FOGAÇA AF, MEDINA-PAPST J.
rafaela_zortea@hotmail.com

Universidade Estadual de Londrina

O objetivo deste trabalho será compreender como ocorre o desenvolvimento cognitivo de crianças com Transtorno
do Desenvolvimento da Coordenação (TDC). Participarão 30 crianças, entre 7 e 10 anos de idade, divididas em
dois grupos: desenvolvimento típico (n=15; percentil≥63) e TDC (n=15; percentil≤5). As crianças com TDC serão
indicadas pelos professores da rede municipal de ensino por meio do preenchimento do checklist do MABC-2,
e a partir dos resultados, as crianças serão avaliadas com a bateria motora. Serão utilizadas as tarefas tradicionais
propostas por Piaget: 1)conservação de líquido, com o uso de dois copos iguais e um copo em formato diferente;
2)conservação de massa, em que a criança terá nas mãos duas massinhas em formatos iguais e deverá moldar
com uma delas um formato diferente; e 3)duas tarefas com exigência de noção de espaço e tempo, que serão
realizadas em contexto experimental e aplicado. Na tarefa com exigência da noção de espaço a criança, inicialmente,
visualizará um brinquedo que percorrerá um trajeto retilíneo entre os pontos ABC. Em contexto aplicado, será
realizada a brincadeira coelhinho sai da toca com três arcos na mesma distribuição de pontos ABC. Na tarefa com
exigência de tempo, a criança, primeiramente, visualizará dois brinquedos, nos quais haverá dois objetos móveis
que se deslocarão paralelamente do ponto A ao ponto B. As crianças serão questionadas durante todas as tarefas e
a análise será realizada por meio de imagens gravadas. Além disso, será utilizada uma ficha individual para análise
do comportamento e interação social da criança durante o recreio escolar e aulas de Educação Física. Os dados
serão analisados qualitativamente, fundamentando-se nas teorias Piagetianas sobre o desenvolvimento cognitivo de
crianças na faixa etária estudada. Espera-se obter informações sobre o desenvolvimento cognitivo e social dessas
crianças, de forma a auxiliar no processo de ensino-aprendizagem.

014

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

DIFERENÇA DA COORDENAÇÃO MOTORA ENTRE CRIANÇAS DE ENSINO ESCOLAR
VILLANI M, MADUREIRA F, BARTOLOTTO F.
red-mary@hotmail.com

Faculdade de Educação Física de Santos

A literatura indica que existem profissionais do movimento na área escolar que ministram suas aulas de forma similar
para idades distintas, porém para também há literaturas que indicam que a cada ano, o ser humano aprimora seu
nível de coordenação motora, desta forma tornando-se capaz de realizar determinadas tarefas de forma habilidosa.
Assim, identificar os níveis de coordenação motora de diferentes níveis de ensino escolar torna-se importante para
compor aulas de educação física. Com isso, o presente estudo tem o objetivo de identificar o nível de coordenação
motora em crianças de ensino escolar. Fizeram parte da amostra 123 crianças com idade de 5 a 10 anos de ambos
os sexos todas pertencentes a escolas particulares da cidade de Santos-SP. Estes foram divididos em 5 grupos,
sendo eles, 5 anos (G5), 6 anos (G6), 7 anos (G7), 8 anos (G8), 9 anos (G9) e 10 anos (G10). Para avaliar o nível
de coordenação motora geral, foi utilizado a bateria KTK. Os resultados do KTK indicam que no G5 5% estão
com Insuficiência da coordenação (IC), 20% Perturbações da coordenação motora (PC), 25% Normais (N), 20%
Boa coordenação (BC), 30% Alta coordenação (C). O G6 25% IC, 40% PC, 50% N, 0% BC, 5% AC. Para o G7
15% IC, 20% PC, 35% N, 20% BC 10% AC. O G8 40% IC, 25% PC, 15% N, 20% BC, 0% AC. Para G9 5% IC,
10% PC, 80% N, 5% BC, 0% AC. Já o G10 0% IC, 21% PC, 79% N, 0% BC, 0% AC. Em média cada faixa etária
analisada concentra-se em um nível de coordenação motora específico, porém existem crianças da mesma faixa
etária que se distribuem em outros níveis de coordenação. Este pode ser um indicador que durante as aulas de
educação física as crianças com a mesma idade deveriam realizar aulas com diferentes níveis de dificuldade para
poder trabalhar igualmente suas necessidades motoras.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 7
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
015

É LUTA OU É BRIGA?... VENHA PARA A “RODA”, VAMOS TENTAR ENTENDER!
FONSECA TN.
tdfonseca@hotmail.com

PMSP, EMEF “Luiz Gonzaga do Nascimento Junior”

Este é um relato de experiência de um projeto com o tema: Lutas. Foi realizado com seis turmas (cerca de 170
discentes) dos 2º anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior”,
localizada na periferia da cidade de São Paulo. Este trabalho foi desenvolvido, entre os meses de Agosto e Outubro
de 2012, nas aulas de Educação Física com a freqüência de duas aulas por semana. Os conteúdos abordados nessas
aulas foram: diferenças entre luta e briga; atividades lúdicas relacionadas à luta; e a história, os movimentos, os
instrumentos e a roda de Capoeira. Algumas das estratégias utilizadas neste projeto foram: combinados, “rodas de
conversa”, atividades práticas realizadas em dupla ou individualmente, solicitação de registros através de desenhos;
e elaboração de sequência de movimentos. Foram usados como materiais: colchões, banco sueco, tapete, som, TNT,
CD de Capoeira, pandeiro de plástico e vareta, caxixi e berimbau (confeccionados a partir de material alternativo). As
aulas foram desenvolvidas em sua maior parte no pátio da escola e as demais na sala de aula. Os principais objetivos
propostos neste trabalho foram: diferenciar a luta da briga; apresentar algumas características da luta; proporcionar
atividades de contato corporal com o outro de uma forma não destrutiva; abordar a história, as características e os
movimentos da Capoeira; e promover a elaboração de um trabalho de Capoeira para ser apresentado na Mostra
Cultura da escola. Ao término deste trabalho foi possível notar resultados positivos demonstrados pela maioria dos
discentes, como a ampliação da representação sobre lutas, o entendimento sobre as diferenças entre luta e briga, a
demonstração de atitudes de respeito, a compreensão sobre a história e os elementos da Capoeira, e o envolvimento
e a dedicação na construção do trabalho para a Mostra Cultural.
016

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E GÊNERO: POSSIBILIDADES DE AÇÃO A PARTIR DA PERSPECTIVA MULTI/INTERCULTURAL
SANTOS APS.
apss.sol@gmail.com

Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro

Mudanças significativas têm ocorrido no que se refere à diversidade de tradições políticas, étnicas, sociais, religiosas
e de gênero, configurando identidades plurais que se expressam nas distintas esferas sociais. Neste sentido, o
multiculturalismo refere-se à compreensão da sociedade formada por identidades plurais, com base na diversidade de
classe social, gênero, etnia, raça, padrões culturais e linguísticos, assim como outros marcadores identitários. Gênero,
aqui entendido como constructo cultural, tem sido moldado a partir de padrões que colocam em desigualdade
as relações entre os sexos. Visando refletir sobre essas questões, este estudo realizado através de uma pesquisaação, teve como objetivo analisar a prática pedagógica na aula de Educação Física pautada na perspectiva multi/
intercultural reconhecendo as suas contribuições para a superação do sexismo no contexto escolar. A metodologia
da pesquisa–ação organizou-se através de entrevistas semi-estruturadas realizadas com professores/as e com os/
as estudantes. Também foi utilizada a promoção e adoção de uma prática pedagógica pautada na educação multi/
intercultural. Todas as aulas foram registradas em um diário de campo, onde se utilizou a observação participante
na tentativa de promover reflexões e transformações no sentido de desafiar o preconceito entre os gêneros. Como
descoberta relevante, observamos a mudança no comportamento da turma durante as aulas de Educação Física
a partir das modificações percebidas nas relações entre os meninos e meninas que passaram a interagir de forma
respeitosa durante as atividades propostas, passaram a participar conjuntamente de atividades consideradas típicas de
meninos ou meninas sem demonstrar repúdio ou preconceito e se mostraram mais atentos ao emprego de discursos
discriminatórios relacionados às questões de gênero. Acreditamos que questionar, desnaturalizar e desestabilizar
essa realidade discriminatória e excludente, na qual se insere o sexismo, constitui um passo fundamental para a
construção de uma sociedade mais justa e mais igualitária.

8 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
017

ELABORAÇÃO DE METODOLOGIA E PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO NO ENSINO DOS ESPORTES COLETIVOS
DAHMER R, KLEIN RR.
rodrigodahmer.ef@gmail.com

Universidade Federal de Santa Maria

O presente trabalho trata-se de uma elaboração de plano de ensino, no qual estarão estruturadas as metodologias
construídas após reflexões sobre a realidade das aulas de educação física hoje, com o objetivo de exaltar o esporte
da escola, em forma de aprendizado, e não o esporte na escola, em busca de rendimentos e/ou formação de jovens
atletas. Foi realizado em duas escolas públicas, ambas, localizadas em regiões de periferia da cidade de Santa Maria,
RS, durante o primeiro semestre de 2013 com 5 turmas de 5º anos do Ensino Fundamental, totalizando 92 alunos.
As aulas tiveram como proposta principal a iniciação esportiva, trabalhando o esporte dentro do método global
e situacional, aos quais, os fundamentos foram desenvolvidos de uma forma situacional em alguns momentos,
como também de forma global, envolvendo a totalidade do jogo, em outros. A avaliação foi realizada a partir do
resultado apresentado pelo próprio aluno no decorrer das atividades desenvolvidas, se este apresentou melhora
no seu entendimento do jogo, em sua consciência tática, no seu comportamento durante a realização do jogo,
ou, se o mesmo continuou com o mesmo comportamento, apresentado anteriormente, durante do jogo.
A
partir da analise desta elaboração de metodologia e planejamento pedagógico no ensino dos esportes coletivos, foi
possível perceber que a maior dificuldade encontrada no ensino dos esportes coletivos não está ligada diretamente
as habilidades técnicas dos alunos, e sim, diante do entendimento tático do jogo, e, que durante a formulação da
consciência tática do aluno, este, passa a desenvolver suas habilidades técnicas para a resolução dos problemas
encontrados em situações reais, e também, do jogo.

018

FORMAÇÃO INICIAL E O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA UFSM
MUNDT PR, FAGUNDES CS.
mundtpatricia@gmail.com

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

Universidade Federal de Santa Maria

Este trabalho tem por objetivo relatar a inserção de uma bolsista do PIBID - “Anos Iniciais na Perspectiva
Interdisciplinar”, acadêmica do curso de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria, em uma escola
da rede pública de Santa Maria/RS. O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID tem como
principal objetivo incentivar a formação de professores para a Educação Básica, além de inserir os acadêmicos de
licenciaturas no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e
participação em experiências metodológicas e de práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar. O PIBID
vem com o subprojeto “Anos Iniciais na Perspectiva Interdisciplinar” tendo como objetivo o trabalho docente
com os anos iniciais em escolas públicas. A inserção se deu em uma escola da rede pública de Santa Maria/RS,
que após uma sondagem do cotidiano da escola e das turmas do 1° ao 5° ano, observou-se a necessidade de serem
trabalhos conteúdos relacionados às necessidades da escola considerando suas implicações em cada turma, através
de oficinas pedagógicas. Assim, o trabalho pedagógico foi realizado por cinco bolsistas, sendo três do curso de
Educação Física e duas acadêmicas de Pedagogia. As Oficinas tinham como objetivo trabalhar a convivência entre
os alunos, conscientização da comunidade escolar sobre os direitos e deveres de cidadão, priorizando o aprendizado
de valores, boas maneiras e respeito a si e ao próximo. O conceito de práxis orientou a organização do trabalho
pedagógico onde foi oportunizada a reflexão dos alunos em relação aos assuntos abordados, tais como, cidadania,
reciclagem, direitos e deveres, etnia e percepção corporal. Verificou-se melhor compreensão por partes dos alunos
sobre os conteúdos e suas relevâncias, através de seus comportamentos perante a comunidade escolar.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 9
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
019

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NO PIBID:
SUBPROJETO ANOS INICIAIS NA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR

FAGUNDES CS, MUNDT PR.
carolynesantosf@gmail.com

Universidade Federal de Santa Maria

O presente trabalho visa relatar a experiência das bolsistas PIBID- Programa Institucional de Bolsa de Iniciação
à Docência. O programa tem como objetivo incentivar a formação de professores para a Educação Básica, além
de inserir os acadêmicos de licenciaturas no cotidiano das escolas da rede pública de educação. Fazemos parte do
subprojeto Anos Iniciais na Perspectiva Interdisciplinar na Universidade Federal de Santa Maria. Este subprojeto tem
como objetivo atuar junto aos anos iniciais da rede pública, onde atuam acadêmicos do curso de Educação Física,
Pedagogia e professores em formação continuada. As atividades forma realizadas em uma Escola Estadual de Ensino
Médio na cidade de Santa Maria-RS, onde foi desenvolvida uma oficina gerada pela LEI 10.639/03 que incluiu no
currículo das escolas a obrigatoriedade da temática “História E Cultura Afro Brasileira E Africana”. Partindo desse
contexto e usando o dia da Consciência Negra como pano de fundo foi realizado a oficina “Felicidade tem cor?”,
com as turmas de 4° e 5° ano. Esse tema teve como objetivo reconhecer as origens; estimular o respeito às etnias, a
si próprio e ao próximo. A abordagem do tema se deu a partir da leitura do livro “Felicidade não tem cor” de Júlio
Emílio Braz. O trabalho teve duração de uma semana. A metodologia utilizada foi dividida em cinco momentos:
dança afro, leitura, confecção de boneca, escolha de figurinos e apresentação para a comunidade escolar. A avaliação
se deu de forma contínua, priorizando o interesse, esforço, rendimento individual e ações participativas no grupo.
Ao término das atividades foi possível perceber que alguns alunos superaram os próprios limites e vivenciaram de
forma intensa as atividades propostas, evidenciando o entendimento da história da cultura afro.

020

MAPAS CONCEITUAIS E JOGOS OLÍMPICOS: UMA POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
QUINTILIO NK, FERRAZ OL.
nataliakq@usp.br

Escola de Educação Física e Esporte - USP

Este estudo é parte de uma pesquisa cujo objetivo foi verificar a influência de um planejamento instrucional
utilizando mapas conceituais e outros recursos didáticos na aprendizagem de conceitos em educação física escolar.
Mapas conceituais são ferramentas gráficas que organizam e representam o conhecimento e são considerados
uma importante ferramenta metacognitiva, promovendo a interação do novo conhecimento com o que já existia
na estrutura cognitiva. A amostra contou com 49 alunos do 3º ano do ensino fundamental de uma escola pública
de São Caetano, submetidos a oito intervenções. Elaborou-se um questionário com oito questões, mas para o
presente estudo focou-se apenas nos resultados das quatro primeiras. As questões objetivaram analisar se os alunos
reconheciam a definição dos conceitos estudados, sendo este o primeiro nível de aprendizagem de conceitos. As
três primeiras questões foram de múltipla escolha e, na quarta, os alunos precisavam relacionar um conceito à sua
definição. Foi realizada análise descritiva e inferencial dos dados. Foram comparadas a quantidade de acertos entre
pré e pós-intervenção. Foi utilizado o teste de Wilcoxcom (p<0,05), com o software Sigmaplot 12.0 (Systat Software
Inc.). Na primeira questão a melhora na aprendizagem dos alunos foi estatisticamente significativa (p=0,007), já que
no pré-teste o acerto foi de 40,81% e, no pós-teste, 67,34%. Nas segunda, terceira e quarta questões os resultados
foram: 61,22% no pré-teste e 75,51% no pós-teste, 89,79% no pré-teste e 95,91% no pós-teste e, 71,42% no pré-teste
e 73,46% no pós-teste, respectivamente, cujas diferenças de acertos entre o pré e pós-teste não foram significativas.
Com estes resultados observa-se diferenças apenas na primeira questão. Todavia, nas demais, os resultados do préteste sugerem que os alunos possuíam conhecimento prévio, inferência justificada pelo fato de terem vivenciado
uma unidade de conteúdo com o tema estudado, utilizando mapas conceituais e outros recursos para o ensino.

10 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
021

MEDIDINHA CERTA DA ESCOLA REVERENDO: PROJETO DE ESTÍMULO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
E REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

GONÇALVES LA.
lugaf_sp@yahoo.com.br

Escola Estadual Reverendo Professor Manoel da Silveira Porto Filho - SP

Nos últimos anos observou-se aumento da obesidade entre os alunos do ensino fundamental, ciclo I, da Escola
Estadual Reverendo Professor Manoel da Silveira Porto Filho. Perante esse cenário, em 2012, com o objetivo
de estimular os alunos a adotarem estilo de vida ativo e de bons hábitos alimentares, implantou-se um projeto
denominado “Medidinha Certa da Escola Reverendo”, nas turmas de 2os, 3os e 5os anos. O projeto durou três
meses, e iniciou com aulas sobre os problemas causados por maus hábitos alimentares, obesidade e sedentarismo,
bem como dicas para a execução da prática de atividades físicas e hábitos alimentares saudáveis. O aluno escolhia uma
meta (emagrecer, ganhar peso, outro), anotava a quantidade de frutas, verduras e “bobeiras” (doces, frituras, entre
outros) ingeridas, a quantidade de atividade física praticada e, mensalmente, marcava seu peso e altura em uma tabela.
Havia outra tabela, contendo determinadas pontuações referentes à quantidade de alimento e atividade física (quanto
mais frutas, verduras e atividades físicas, mais pontos; e quanto mais “bobeiras”, menos pontos). Semanalmente,
os alunos anotavam e somavam os pontos, quanto mais pontos, melhor. Ao final do projeto, observou-se que as
crianças demonstraram ter compreendido a importância da atividade física e de adotar bons hábitos alimentares.
Alguns conseguiram atingir sua meta; na merenda escolar, crianças passaram a solicitar mais verduras e frutas; e
alguns relataram estar brincando mais em casa. Com esses resultados, em 2013, o projeto passou a ter participação
de todos os alunos da escola, de professores e funcionários interessados. Uma nutricionista reelaborou as tabelas,
de acordo com metas propostas pelo ministério da saúde. Até o momento, participantes tem relatado mudanças
em seus hábitos alimentares e de atividade física. Seria interessante, no futuro, estimular a participação de pais de
alunos e analisar dados quantitativos de peso, altura e IMC ao longo do projeto.

022

O MÉTODO GLOBAL FUNCIONAL NO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
MENDONÇA RB, VERONEZ LFC.
robinson.pet@hotmail.com

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

Universidade Federal de Pelotas

Neste estudo, será realizada uma reflexão acerca da utilização do Método Global Funcional (MGF) nas aulas de
Educação Física, além de discutir seus benefícios, como a aplicação dos conteúdos, aprendizagem e comportamento
dos alunos. O MGF foi utilizado nas aulas do meu estágio na Educação Física de uma turma do 5º ano do ensino
fundamental no município de Pelotas-RS. Os alunos apresentaram média de 10 anos de idade. Consistindo em
27 alunos, 18 meninas e 9 meninos. Foram desenvolvidas atividades com o objetivo de conhecer e vivenciar a
modalidade do Futsal. Através do diagnóstico, foi possível observar que entre os alunos havia alguns casos de
violência e outros de desinteresse pela prática das aulas de Educação Física. Com o começo das aulas do estágio,
foram constatadas que os alunos permaneciam mais atentos as atividades das aulas, de modo que os atos isolados
de violência presentes entre eles durante o diagnóstico foram praticamente eliminados. Com a total exposição da
criança na execução de movimentos desconhecidos e somada aos demais aspectos da realidade que permeia esta
relação, há também a confiança, a autoestima e os relacionamentos dela com os colegas. O MGF mostrou ser
menos intimidador para o executante durante a realização dos jogos. Entendendo-se o macrossistema que envolve
a criança é que conseguiremos alcançar um melhor processo de ensino-aprendizagem. Isso nos permite conhecer e
controlar melhor as variáveis psicológicas e sociais envolvidas no processo ensino-aprendizagem. O MGF enfatiza
principalmente: o desejo de jogar da criança, trocas sociais, motiva aprendizagem, desenvolve inteligência tática,
desenvolvimento moral, menos intimidador e não exclui a técnica. Conclui-se que as aulas pautadas no MGF são
essenciais para o bom desenvolvimento dos alunos, pois estimulam o aprendizado de forma dinâmica e atuante
tornando-os mais aptos a desempenhar as funções na prática da modalidade.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 11
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
023

O PARADOXO ENTRE AS FACILIDADES E DIFICULDADES DA DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR:
UBERABA/MG

O CASO DA CIDADE DE

FRANCO LIA, CARBINATTO MV.
liliocnarf@hotmail.com

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Este estudo teve como objetivo investigar as facilidades e dificuldades no trato com a dança de professores de
Educação Física do Ensino Fundamental da rede Municipal de Educação de Uberaba/MG . A metodologia de
trabalho pautou-se na aplicação de um questionário no I Seminário de Educação Básica da rede supracitada,
totalizando 15 sujeitos. Os resultados indicaram que as facilidades foram: a) a temática não exigir materiais específicos
(n=2) ; b) receptividade dos alunos é positiva (n=6); c) afinidade do professor com a modalidade (n=2); d) materiais
disponíveis (n=3); e) apoio da escola (n=3); e; por fim f) poder adaptar espaço (n=1). Já em relação às dificuldades
foram apontados: a) espaço físico (n=8); pouca aceitação das crianças (n=8); b) pouco conhecimento da pratica
por parte do professor (n=12); c) alunas mostram o corpo através da dança (n=1); d) alunos só querem dançar
funk e axé (n=3); e) falta material (n=6); f) turmas numerosas (n=2); g) falta de propostas metodológicas que o
embasam (n=1). Ao confrontar os dados percebemos alguns paradoxos: ao mesmo tempo que alguns professores
indicam que o facilitador é a não necessidade de material, outros apresentam a falta de material como dificultador;
enquanto que para alguns professores a receptividade dos alunos é positiva, para outros é negativa. É preciso que
novas discussões sejam inseridas neste contexto dando subsídios aos professores para superarem cada obstáculo,
como, por exemplo, criticar a dança enquanto uso do corpo como produto e/ou a dança enquanto conhecimento
da cultura do povo e não venda de ritmos no mercado midiático. Para tanto, o segundo momento de nossa pesquisa
ofertaremos um curso de capacitação, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação da referida cidade, no
qual atividades pautadas nas respostas dos professores serão estudadas e propostas. Esperamos assim, contribuir
na efetivação do tema dança dentro da Educação Física Escolar.
024

O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A AVALIAÇÃO: DESAFIOS ENTRE A OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE
FUZZI FT, THOMAZINI L.
fabio.fuzii@cruzeirodosul.edu.br

Universidade Cruzeiro do Sul

Dentro do cenário de construir currículos que superem a herança psicobiológica pergunta-se “Qual Educação
Física ensinar nas escolas?” e, consequentemente, “Como e quando realizar avaliações?”. Neste novo desafio,
não se cabem mais avaliações ligadas à aptidão física e motora e tão pouca aquelas que privilegiam apenas uma
parcela da cultura corporal. Nessa nova proposta, o presente trabalho objetivou analisar a prática de avaliação e
suas representações desenvolvidas no ensino fundamental I com turmas do 3º ano, a partir do desenvolvimento
de alguns conteúdos da cultura corporal. Verificou-se que as práticas de avaliação não conseguiram desvencilhar
totalmente de seus estigmas tradicionais de nota e mensuração de conhecimento, assim utilizando a avaliação como
instrumento de poder, evidenciadas na prática de recuperação. Faça-se o adendo que essas práticas produzidas são
ditadas por processos burocráticos, como a exigência sobre o professor na atribuição de conceitos (escala de 1,
2, 3 e 4 por competências/habilidades alcançadas pelo aluno), evidenciando a sobreposição da objetividade sobre
a subjetividade. No entanto, houve avanço no novo pensar avaliação ao incorporar práticas ligadas a construção
de conhecimento. Os diários de bordo, rodas de conversa, criações coletivas foram utilizados e socializados para
a turma. Soma-se que o professor utilizava de registros das aulas para subsidiar o processo de reflexão e suas
ações pedagógicas que reconheciam os alunos e o desenvolvimento dos conteúdos. É a subjetividade ganhando
espaço numa tentativa de desvincular as marcas historicamente atreladas a avaliação. Dessa maneira, percebe-se
o professor que elabora metodologias interessantes, ensinando uma Educação Física com um olhar nos gestos
culturais enquanto uma linguagem, um texto que está sendo escrito durante as aulas. Porém, emerge a dificuldade
de pensar modelos de avaliação condizentes com essa perspectiva, dando a entender que a roupagem da avaliação
criou práticas cristalizadas, ou seja, formou uma tradição.

12 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
025

O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA DE ENSINO
E APRENDIZAGEM DURANTE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES

ALBA J, NEU AF.
deiaalba@hotmail.com

Universidade Federal de Santa Maria

À formação inicial é conferido o papel de distribuição de saberes necessários para a futura prática docente. Nela
são depositadas as mais variadas expectativas quanto à prática profissional futura. Diante disso, entendemos que a
formação inicial por si só não prepara o acadêmico para o campo de trabalho, necessitando de maior experiência
prática. Dessa forma, a realização deste relato de experiências teve como objetivo identificar a relação entre a
formação inicial e Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Educação Física do Centro
de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) no Subprojeto Cultura
Esportiva da Escola, bem como compreender a importância de ambos para a formação acadêmica. Os resultados
encontrados advieram de um relato de experiência do caso de docência precoce do período de março a julho de
2013 durante uma oficina de Jogos Pré-Desportivos realizado com uma turma de 4° ano das séries iniciais do
ensino fundamental. Como principais resultados podemos apresentar que da formação inicial esperamos bastante e
acabamos por nos decepcionar com suas deficiências e intencionalidade generalista. Também podemos observar a
necessidade de criação de programas de incentivo que aproximem a realidade escolar com o universo da formação
teórico-prática. Corroborando com isso, temos o PIBID que pode ser considerado um desses programas que
auxiliam de grande forma nessa aproximação com a realidade escolar e de suma importância para a formação inicial.
Portanto, o PIBID proporciona a estudantes a oportunidade de experiência prática na área de educação física escolar
caracterizando-se como uma importante ferramenta pedagógica durante a formação de profissionais qualificados.

026

O REGISTRO DE VALORES NO ENSINO DO JUDÔ
SOUZA GB.
gilmarsouza@usp.br

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

EM Dr. Benedito Laporte Vieira da Motta

A Escola de Tempo Integral propõe cinco modalidades esportivas à cada turma, onde incluiu-se o judô, com ênfase
na perspectiva da arte marcial para o ensino de valores. Este relato apresenta os registros de quais valores os alunos
do quinto ano desenvolveram lutando judô. Os conteúdos programados foram: amortecimentos; uniformes; etiqueta
e vocabulário; situações de domínio e fuga no solo e em pé; histórico do judô e contextualização no município.
Iniciou-se o programa com um mapeamento, onde os alunos registram coletivamente suas expectativas a respeito
das aulas e seus conhecimentos prévios sobre o judô, bem como suas concepções. Para tanto foram feitas duas
questões: 1 - O que tem no judô? 2 - O que é preciso para ter uma boa aula de judô? As estratégias de ensino foram:
Atividades lúdicas – a) Domínios de partes corporais, b) Conquistas de objetos, c) Desequilíbrio do adversário, d)
Jogos de invasão; e) alternância de situações. Avaliação: para ilustrar a identificação, ampliação e organização dos
conteúdos, os alunos apresentaram dois quadros comparativos: (A) sobre técnicas, (B) sobre a diferença entre luta
e briga. E para verificar o reconhecimento, compreensão e visualização dos comportamentos realizaram-se rodas
de conversa e depois se registrou por um dos alunos. Ao final do semestre perceberam-se preocupações com a
integridade física dos colegas foi o mais importante e nítido resultado. Destacando-se ainda o respeito às limitações
dos colegas e etiqueta; e o gerenciamento dos combates e das trocas entre parceiros de modo autônomo. Ao longo
das aulas aprenderam a melhor utilização dos espaços, evitando pancadas, e quando ocorriam, ainda que raramente,
não era motivo de conflito, pois sabiam que não era intenção do colega. Ao final do curso, os alunos refizeram as
questões anteriores e responderam os valores desenvolvidos nas aulas.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 13
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
027

OFICINA DE CULTURA BRASILEIRA NOS ANOS INICIAIS
WELTER Janaine, WELTER Jaqueline, RIBAS JFM.
janainewelter@gmail.com

Universidade Federal de Santa Maria

Este trabalho tem por objetivo relatar a prática pedagógica desenvolvida com as turmas de 4º e 5º ano do ensino
fundamental a partir de uma oficina intitulada Cultura Brasileira através do Subprojeto PIBID “Anos Iniciais na
Perspectiva Interdisciplinar” desenvolvida na Universidade Federal de Santa MariaRS. O PIBID é um Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. O subprojeto em questão apresenta como finalidade construir um
campo de intervenção aos acadêmicos em formação inicial de educação física e pedagogia e professores em formação
continuada através de práticas pedagógicas inovadoras nos anos iniciais do ensino fundamental. A metodologia
consiste no relato de experiência dos bolsistas frente à prática pedagógica desenvolvida na escola. A oficina pedagógica
se caracteriza pela troca de experiência, a medida que tanto o professor como o aluno aprendem no decorrer das aulas.
Outra característica, é que a mesma não tem duração prevista, ou seja, esta variante está sujeita a realidade escolar,
o interesse dos alunos, ou até atingir os objetivos propostos. Esta oficina vem sendo desenvolvida semanalmente e
tem por finalidade: explorar e avançar o conhecimento sobre a cultura brasileira; identificar através da pesquisa no
meio virtual os traços culturais característicos de diferentes regiões do Brasil; preservar as características sociais e
culturais do país; desenvolver a criatividade expressiva através das atividades da dança e dos jogos populares sobre
a cultura brasileira; promover reflexões nos discentes sobre a extensa diversidade cultural; destacar a importância e
a necessidade de respeitar todas as culturas existentes em nosso país. Constamos que, a partir desta proposta que
encontra-se em desenvolvimento, a necessidade de refletir acerca da influência e predominância deste conteúdo
no espaço escolar, onde observou-se o envolvimento dos alunos frente as atividades, a interação entre os alunos,
professores e bolsistas e o significativo conhecimento acumulado em relação a diversidade cultural brasileira.

028

OS BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NO AMBIENTE ESCOLAR PARA O DESENVOLVIMENTO
DAS CAPACIDADES FÍSICAS FORÇA E FLEXIBILIDADE

SOUZA AC, NOGUEIRA C, REX MM, MORAIS VS, NOBRE EC, MARQUES ED.
alinelika92@hotmail.com
Faculdades Integradas de Santo André

A presente pesquisa tem o objetivo demonstrar a possibilidade de se trabalhar o conteúdo de Ginástica Artística
nas escolas como parte integrante do currículo da disciplina de Educação Física, demonstrando os benefícios que
esta prática pode trazer ao desenvolvimento de habilidades motoras e capacidades físicas dos alunos do primeiro
ciclo do Ensino Fundamental. Para alcançar este objetivo foi realizada uma pesquisa descritiva com a aplicação
de testes motores. Para avaliar o nível de flexibilidade foi utilizado o Banco de Wells e para força, utilizou-se o
teste Sit Up (flexão e extensão de quadril) em um grupo de aproximadamente vinte crianças, com idade entre 7
e 8 anos, de ambos os sexos, integrantes de uma sala de 2° ano do Ensino Fundamental de uma escola particular
do município de Santo André. Os resultados indicaram que tanto as meninas quanto os meninos alcançaram
resultados de flexibilidade acima dos padrões estabelecidos de acordo com a idade. A partir dos resultados obtidos
espera-se que os profissionais da área sintam-se motivados a desenvolver aulas voltadas a atividades diferentes
das que são tradicionalmente aplicadas como a Ginástica Artística, demonstrando a partir dos resultados obtidos
com testes motores, os benefícios que esta prática pode trazer aos alunos, independente do gênero. Além disso,
esta diversidade de conteúdos tem uma relação direta com os blocos de conteúdos que devem ser trabalhados no
Ensino Fundamental, de acordo com Parâmetros Curriculares Nacionais, possibilitando outras oportunidades de
vivências e experiências para enriquecer o repertório motor dos alunos, com o aprimoramento das capacidades
físicas, desenvolvimento do esquema corporal, conscientização sobre as possibilidades de movimentação do
próprio corpo, bem como a promoção da criatividade do aluno em relação à elaboração de séries e o trabalho com
as atividades rítmicas e expressivas.

14 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
029

OS JOGOS CIRCENSES NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
CHIODA RA, BOTOLETO MAC.
chiodaef@gmail.com

Faculdade de Educação Física - UNICAMP

A educação física tem construído uma interessante relação com as atividades circenses, entendidas como práticas
que compõem a cultural corporal. Esta aproximação vem gerando um número crescente de publicações acadêmicas
que ressaltam a importância destes saberes como componentes curriculares da educação física escolar. O fomento
da criatividade, a cooperação, a autossuperação, a possibilidade de pensar o corpo na sua dimensão estética, a
busca por uma motricidade comunicativa e expressiva e o caráter lúdico das atividades circenses, estão entre os
aspectos mais destacados pelos professores que relatam experiências pedagógicas neste âmbito. Considerando
o caráter expressivo e lúdico que as práticas circenses podem ter, buscamos neste trabalho, debater as possíveis
relações destas com o conteúdo jogo, também considerado fundamental para a educação física escolar. Surgem
deste diálogo, os jogos malabarísticos, com a manipulação de diferentes objetos; os jogos acrobáticos, com ações
complexas de controle corporal; os jogos clownescos, com a expressão de conteúdos dramáticos através da
gestualidade; os jogos funambulescos que envolvem o equilíbrio corporal sobre objetos diversos e muitos outros
jogos formando um “novo” universo lúdico. Deste modo, os denominados jogos circenses são apresentados
como um recurso pedagógico para a incorporação das atividades circenses no contexto escolar. As regras e os
componentes que constituem estes jogos incorporam a linguagem circense, revelando alguns de seus aspectos
técnicos, estéticos e expressivos, buscando uma adaptação destes conhecimentos ao contexto escolar e aos saberes
próprios dos estudantes envolvidos. Não se trata de reduzir o conteúdo Jogo apenas à um meio pedagógico, ou
ainda de restringir o circo, enquanto linguagem artística, a um conjunto de jogos, mas de utilizar o potencial lúdico
do jogo para permitir uma aproximação mais efetiva e prazerosa a uma parte dos seculares saberes circenses, e
portanto, de viabilizar aos estudantes o acesso a estes.

030

PESQUISA-AÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: POSSIBILIDADES COM A GINÁSTICA RÍTMICA
MAKIDA C, MERCE MA.
cristiane.makida@gmail.com

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

Secretaria Municipal de Educação SP

Com o objetivo de relatar o trato com a ginástica rítmica (GR) utilizou-se como método a pesquisa-ação de caráter
descritivo, em uma escola municipal de São Paulo em turmas de 2° anos, com professora ingressante na rede.
Com intuito de melhorar a pratica pedagógica, surgem os seguintes questionamento: Quais são as concepções de
educação física existentes? Como sistematizar os conteúdos? Quais as possibilidades pedagógicas da GR descritas em
diferentes produções científicas da área? E como sistematizar o conteúdo GR para o 2° ano do ensino fundamental?
Esta pesquisa está embasada nas concepções críticas da educação física e a sistematização foi realizada em blocos
de conteúdos: Ginástica rítmica, capacidades físicas, comportamento motor e estética, a qual estão interligadas
durante o processo pedagógico. Resultados: Percebeu-se o reconhecimento por parte dos alunos das características
básicas e específicas da ginástica rítmica, conseguindo conceituar, tomar atitudes frente a situações problemas
vivenciada e participar efetivamente da aula, de forma crítica e reflexiva, identificando, conhecendo, criticando e
transformando a prática, dentro das possibilidades da faixa etária. Conclui-se que diversificar os conteúdos valendose das abordagens críticas é uma prática possível, tratar o conteúdo desconstruindo seu caráter “esportivista”,
reconstruir uma modalidade considerando as características do grupo, que haja participação de todos e o auxilio
mútuo durante as aulas, desmembrando o conceito competitivo, individual e elitista.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 15
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
031

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA: LETRAMENTO E XADREZ
GUIMARÃES SC, SOARES BE, SCHEUNEMANN R, MAGRI PEF.
sabrina_pepa@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville

O objetivo deste relato é apresentar atividades realizadas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência/
PIBID, da Universidade da Região de Joinville/UNIVILLE, subprojeto Educação Física e os resultados alcançados.
O tema gerador da ação foi o Letramento e a formação docente; e o local a Escola Municipal Professor Avelino
Marcante. Letramento é a condição de quem exerce as práticas sociais que utilizam leitura e escrita. É possível
ensinar um jogo, uma atividade e um esporte partindo deste tema: um grande exemplo é o xadrez, jogo escolhido
para esta ação. Por parte dos bolsistas, no primeiro momento foi necessário, leitura do histórico, características e
regras, bem como o registro escrito acerca destes tópicos. No segundo momento veio à prática para compreensão
do jogo no clube de xadrez da cidade, para na sequência planejar as aulas e aplica-las aos escolares considerando
uma sequência didática. Conforme Blanco (1998, p.25) “O xadrez é uma continua elaboração, proposta e resolução
de problemas, de tomada de decisões e de pensamento critico e criativo em situações de incerteza”, situação que
o aproxima das práticas de letramento, quando estimula habilidades e capacidades cognitivas e emocionais como:
inteligência, atenção, raciocínio lógico-matemático, habilidade verbal, numérica e autoestima. Como resultados é
possível constatar, por meio da observação direta, que os escolares tem melhorado nos aspectos: concentração,
reconhecimento das peças, dos movimentos e assimilação das regras do jogo. Para os bolsistas é possível afirmar que
participar do PIBID, tem sido muito valioso, pois estar inserido na escola, interagido com os escolares e docentes,
vem agregando e reforçando temas estudados na universidade e tornando a aprendizagem significativa durante a
formação. Para o futuro, certamente essa experiência, irá representar atuação mais responsável, comprometida e
qualificada no que se refere a o trabalho docente e ao reconhecimento das necessidades da comunidade escolar.

032

TRABALHANDO O TEMA AGRESSIVIDADE ATRAVÉS DA OFICINA DE JOGOS CONTEMPORÂNEOS
NEU AF, VANINI UR.
adriananeu09@gmail.com

Universidade Federal de Santa Maria

O contexto escolar frequentemente aparece arraigado por entre conflitos, indisciplina, violência, e uma infinidade
de ocorrências, as quais precariamente conhecem-se seu significado e raras atitudes para exterminá-las ou ao menos
amenizá-las nesse contexto. Desse modo, a realização deste relato de experiências teve como objetivo principal
compreender as relações afetivas dos alunos do 4° ano nas oficinas pedagógicas de Jogos Contemporâneos do
Subprojeto “Cultura Esportiva da Escola” do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) agregado ao Programa Mais Educação. Os resultados encontrados
advieram de um relato de experiência do caso de docência precoce do período de agosto a dezembro de 2012. Pôdese observar que o conflito aparece bastante ligado à agressão física e verbal e que os agressores são geralmente os
mesmos nas mais variadas situações vitimando os considerados mais fracos e menos agressivos. Para uma possível
dissolução do problema, percebe-se a necessidade de compreender a raiz do mesmo para que se possa mediarlho e obter resultados positivos e satisfatórios. Da mesma forma, a formação inicial se mostra um tanto quanto
insuficiente para lidar com essas situações surgidas na inserção docente precoce, sendo assim o PIBID um grande
aliado na formação de professores. Podemos ainda ressaltar, que a maioria da literatura existente, ainda que escassa,
aponta o diálogo como a melhor alternativa para o trato com o conflito escolar. Em suma, a agressividade, tanto
física quanto verbal, compõe o ambiente escolar e o diálogo pode ser elencado como a principal alternativa de
ação na amenização deste problema.

16 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
033

VISITA AO “GIGANTE DA PAMPULHA”: INTEGRAÇÃO DE SABERES, CONHECIMENTOS COMPARTILHADOS POR UMA EDUCAÇÃO FÍSICA RESSIGNIFICADA

MONTEIRO ITF, MONTEIRO DTL, PIMENTA MG.
tiaramonteiro@gmail.com

Universidade Federal de Goiás

Com vistas à superação das infrutíferas clivagens do saber compartimentado, professores de Educação Física,
Literatura e História do 2º ciclo, da rede municipal de Belo Horizonte, ensejaram um ensino que efetivamente
ampliasse a formação dos educandos, de modo a promover a relação entre ciência, cultura e realidade e também
possibilitar a inserção crítica e dinâmica no mundo. Assim, considerando os anseios discentes, e diante do contexto
da cidade como uma das sedes da copa do mundo de 2014, definiu-se o trabalho: “A história do Mineirão”. Pesquisas
foram feitas pelos alunos, estavam em voga discussões que compreendiam o estudo da história do Mineirão e,
junto a este, o da Educação Física e da cultura corporal de movimento, como forma de linguagem historicamente
constituída. Produções de variadas turmas abordaram a temática interdisciplinarmente: a discussão acerca da análise
das diferentes fontes históricas, primárias e secundárias e o estilo literário nelas empregado foram também elementos
analisados. A Educação Física era entendida ante um contexto sócio-histórico que, constantemente, a (re)produz
e (re)significa. O mesmo ocorria com as aulas de História e Literatura. Tendo ocorrido tais etapas, pensamos:
por que não uma aula para além dos muros da escola, em nosso grande objeto de estudo? Fomos ao Mineirão!
O conhecimento produzido, as investigações ocorridas ao longo de semanas tornaram-se mais palatáveis. Não se
tratava apenas do olhar ao desconhecido estádio de concreto, mas, sim, ao “Gigante da Pampulha”, historicamente
constituído, literariamente analisado e fisicamente sentido por cada um. Concomitantemente guiados e guias (isto
fruto das pesquisas), os alunos perceberam que é possível o olhar para o saber de modo completo e integrado,
em que se encontra também o sabor, e que a Educação Física pode e deve ser um espaço para esse encontro. Nas
palavras de um discente, espaço em que “meu coração bateu mais forte”.

034

“CANOAR” PARA EDUCAR
BRAGA OO, KOECHE AP, FONTOURA M, DARONCO LSE.
braga.braga@live.com

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

Universidade Federal de Santa Maria

Boa parcela da população está excluída de espaços adequados, seguros e agradáveis para as práticas de atividades
físicas, por muitas vezes, ficando restrita apenas a escola que oportuniza esse espaço a crianças e adolescentes. Em
virtude desta, em agosto de 1997 iniciou-se o projeto “Canoagem na Escola”. Com objetivo oportunizar o contato
com a canoagem e um espaço de lazer, com aulas teórico-práticas que incluísse além de conhecimentos sobre o
esporte canoagem e suas modalidades, mas agregando conteúdos e ações práticas sobre condições ambientais,
água, resíduos sólidos, entre outros. Utiliza-se, atualmente, o espaço do Centro de Educação Física e Desportos
da Universidade Federal de Santa Maria para o desenvolvimento das aulas, que ocorrem em três vezes na semana
contando com sessenta alunos de idades entre onze a dezessete anos de quatro escolas municipais, as mesmas são
ministradas em turno oposto ao ensino formal, sendo aos sábados aberto a comunidade. Disponibiliza-se todos
os equipamentos necessários à pratica, sempre com a orientação da Coordenadora do projeto e de Acadêmicos da
Universidade Federal de Santa Maria, dos Cursos de Educação Física Bacharelado e Licenciatura, como também,
de uma Acadêmica do Curso de Geografia Bacharelado. O projeto “canoagem na escola” oportunizado, numa
iniciativa do SMK (Santa Maria Kayak e Cross Clube), com o apoio da FECERGS (Federação de Canoagem do
Estado do Rio Grande do Sul) já resultou na participação de mais de duzentos alunos da rede municipal, sendo
nove destes foram compor as seleções brasileira feminina e masculina de canoagem de velocidade. Mas sempre
mantendo em vista seu objetivo de inclusão social e de oportunizar espaço de lazer, convivência e educação vindo
agregar aos conhecimentos de sala de aula. Destacando a consistência e o quanto agrega a educação física escolar
à diversificação das experiências na educação e formação dos alunos e acadêmicos.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 17
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
035

A COPA DO MUNDO NA ESCOLA: RECONSTRUINDO O FUTEBOL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
SANTANA AA, NOZAKI JM.
antonioedfisica@yahoo.com.br

Rede Estadual de Ensino, Prefeitura de São Paulo;
Departamento de Educação da UNINOVE

O Futebol exerce uma grande influência nos costumes dos brasileiros, principalmente durante a Copa do Mundo,
onde um sentimento de patriotismo toma conta de todos. Dessa forma, desenvolver esta temática tão popular
nas aulas de Educação Física escolar pode dialogar com o cotidiano e os interesses dos alunos. Deste modo, esse
trabalho teve como objetivo ampliar a visão dos alunos dos 8º anos sobre o Futebol, a partir do evento da Copa do
Mundo. Para a realização dessa proposta foi realizada uma sequência didática relacionada ao futebol que envolvia:
chamada temática sobre o tema; jogos e exercícios com fundamentos da modalidade; situações de ataque e defesa;
mini jogos mistos; visita ao Museu do Futebol; análise e discussão de letras de músicas e imagens relacionadas ao
tema; produção de texto com base nas reflexões e sensações provocadas pelo Futebol; e seminários sobre as regras
do Futebol de Campo com registro individual para posteriormente realizarmos uma vivência do Futebol num
campo do bairro, com alunos arbitrando o jogo. Paralelamente a estas atividades, os grupos tinham que produzir
de acordo com os países que participavam da Copa do Mundo em 2010: cartazes com as características sobre o
país, sua própria bandeira, um hino com as informações do país, uma coreografia com os elementos do futebol,
uma apresentação de Futebol Freestyle, gírias do futebol (que deu origem a um dicionário ilustrado), um troféu
com materiais recicláveis e fotos da preparação da Copa no bairro. Esse material resultou em uma exposição e um
jornal sobre o tema; em uma sala temática sobre o Futebol no Dia da Leitura; e foi tema da festa junina daquele
ano na escola. Percebeu-se durante o processo a participação efetiva dos alunos na construção do conhecimento,
colaborando assim, para uma formação mais ampla, crítica e consciente sobre o fenômeno Futebol.

036

ATIVIDADES CIRCENSES NA EDUCAÇÃO FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
MINAS GERAIS

EM UMA ESCOLA PÚBLICA NO INTERIOR DE

OLIVEIRA FHS, OLIVEIRA CM.
henriquesantana7@hotmail.com

Escola Estadual Maurício Zákhia - MG

Atualmente, uma diversidade de atividades circenses são facilmente acessadas nos grandes meios de comunicação,
fato que vem atribuindo grande popularidade e causando profundas transformações na cultura circense. Com
isso, torna-se necessário considerar a identidade desse grupo cultural, aspectos históricos, políticos e simbólicos,
contribuindo assim para sua legitimação enquanto manifestação cultural. Objetivamos tematizar a cultura circense
enquanto patrimônio da cultura corporal em uma perspectiva que privilegia a busca por autonomia e consciência
crítica. Este projeto foi desenvolvido junto a alunos da comunidade da cidade de Ijaci, Minas Gerais, com turmas
de 8º e 9º anos da Escola Estadual Maurício Zákhia. O primeiro momento consistiu em introduzir o circo na
sua origem, aspectos sociais e políticos; em seguida foram introduzidas as modalidades; confecção de materiais;
experiências práticas; e finalmente as avaliações através de diálogos e trabalhos descritivos. Foram experienciadas
as práticas de malabares, perna de pau e corda bamba. Os materiais, (bolinhas de malabares, perna de pau, fita e
estirante) foram confeccionados pelos estudantes ou disponibilizados pelo professor. O projeto se desenvolveu nas
aulas de Educação Física durante o segundo bimestre de 2013. O número grande de alunos por turma e a escassez
de materiais representaram as principais dificuldades, porém a divisão em grupos e a organização de regras durante
a participação favoreceram o desenvolvimento das atividades. Os resultados indicaram principalmente que houve
a superação da timidez e do medo. Determinação, cooperação, paciência, concentração, respeito e solidariedade
foram profundamente despertados, além da grande aceitação por parte de todas as turmas do trabalho realizado.
Finalmente, considerando o currículo como uma seleção cultural, concluímos que o circo, manifestação cultural
por vezes marginalizada, constitui conteúdo legítimo de tematização na cultura escolar, em especial nas aulas de
Educação Física.
18 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
037

CONHECENDO A ESGRIMA
SCHEUNEMANN R.
rsch13@pop.com.br

Universidade da Região de Joinville; PIBID

Este relato tem por objetivo apresentar uma sequência didática realizada com alunos do 8° ano do Ensino
Fundamental da Escola Municipal Professor Avelino Marcante. A escola está localizada em Joinville, SC. Com
o objetivo de proporcionar novas práticas corporais, bem como conhecer diferentes modalidades esportivas, foi
vivenciada a esgrima. Na sua forma prática iniciou com educativos para a luta, com atividades em duplas, de forma
a conhecer a movimentação exigida no esporte, além de gradativamente compreender as regras do mesmo. As
atividades consistiam em exercícios de esquiva, movimentação frente/trás e equilíbrio, aproximando-se do jogo.
Paralelo a estas atividades, foram propostos vídeos, expondo as lutas, suas regras e movimentações, aproveitando
para discutir assim conceitos gerais desta modalidade, de forma ainda a conhecer seu percurso histórico, suas
regras básicas e seu desenvolvimento atual. Após, com jornais, confeccionou-se espadas para, em seguida, realizar
o jogo. Demarcou-se a pista de luta e dividiu-se os alunos em trios. Neste, um aluno do trio atuava como árbitro,
fazendo valer os combinados das regras, enquanto os outros dois molhavam a ponta da espada na tinta guache
que, assim, marcava o corpo do oponente quando acertado. Ao atingir uma pontuação x, definida pelo grupo,
trocavam-se os papéis. A avaliação deu-se por meio de autoavaliação dos alunos e discussão em sala. O resultado
alcançado superou em muito as expectativas, pois conseguimos compreender o esporte, com suas regras básicas;
experimentar nova prática corporal, ampliando nossa cultura corporal de movimentos; e ainda ampliar também
nosso conhecimento relativo a modalidades esportivas olímpicas, tão necessárias neste momento pré-Olimpíadas.
A sequência com educativos, aliada às discussões por meio de vídeos em sala de aula, mostrou-se eficaz na relação
ensino/aprendizagem, proporcionando aos alunos um partir do simples para o complexo e ao professor atuar de
forma mais interacionista com os alunos.

038

EDUCAÇÃO

FÍSICA ESCOLAR E CONTEMPORANEIDADE

PEREIRA MCMC.
pereiramcmc@uol.com.br

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

Escola Estadual Anhanguera - SP

Esse trabalho visa apresentar um tópico sugerido nos documentos da proposta curricular de estado de São Paulo
para a Educação Física, assim como em outros documentos e literatura pedagógica, referente à contemporaneidade
de alguns temas referentes á Educação Física escolar e sociedade. Como professor substituto na escola estadual
Anhanguera no ensino fundamental II, e ensino médio no primeiro semestre de 2013, estudamos o futebol mediante
uma bateria de perguntas formulada pelo professor que versava sobre aspectos históricos dessa modalidade esportiva,
mas que também apresentou uma questão muito explorada pela imprensa quando das passeatas por todo o país,
quanto aos gastos públicos referentes à Copa do Mundo, Olimpíadas e Jogos Pan americanos. Os alunos envolvidos
cursavam a oitava série e o primeiro ano do Ensino Médio. A pergunta aos alunos do ensino fundamental foi:
“O PT e o ex-presidente Lula são muito criticados por patrocinar grandes eventos esportivos como os jogos Pan
americanos, as Olimpíadas e a Copa do Mundo em 2013, gastando milhões de reais que poderiam ser utilizados
em habitação popular, saúde, etc. Qual sua opinião a respeito?”. Dos 29 alunos que realizaram o trabalho, 2 se
omitiram e 27 deram sua opinião a respeito.Dos 27 alunos que deram sua resposta, todos se mostraram contra a
iniciativa, argumentando que o país teria outras prioridades com educação, saúde, transporte, habitação, reforma de
aeroportos entre outros. Apenas um aluno fez uma ressalva declarando que o governo deve incentivar o esporte,
mas também se posicionou contrário à iniciativa governamental. Lamentavelmente não foi possível desenvolver
mais o assunto por uma questão de calendário escolar, mas fica aqui um exemplo de assuntos contemporâneos
relacionado à escola e Educação Física escolar.

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 19
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
039

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E AS TRÊS DIMENSÕES DO CONTEÚDO: TEMATIZANDO AS DANÇAS NA ESCOLA
BOCCHINI D, MALDONADO DT.
danielbocchini@hotmail.com

Universidade São Judas Tadeu

Desde o lançamento dos PCNs da Educação Física ampliou-se as discussões sobre a necessidade de se ensinar
diversas manifestações da cultura corporal enfatizando as três dimensões dos conteúdos. Nesse sentido, o objetivo
desse estudo foi sistematizar um relato de experiência de um professor que trabalha com as três dimensões dos
conteúdos. As aulas foram realizadas no segundo bimestre de 2013, com turmas de 6º ano do ensino fundamental,
em uma escola pública localizada na zona leste de São Paulo, sendo tematizada a dança com essas turmas. Traçamos
como objetivos para as aulas que os alunos vivenciassem algumas danças de diferentes regiões do país, aprendessem
conceitos dessas danças e compreendessem que em cada cultura existe uma forma diferente de dançar. Iniciamos as
aulas mostrando um panorama geral de diferentes danças existentes em cada região do país. Ainda nesse momento,
mostramos vídeos para os alunos dessas danças. Após conhecer um pouco da história e dos movimentos das
danças regionais, dividimos os alunos em cinco grupos, sendo que cada um destes realizou uma pesquisa sobre as
características das danças em cada região do Brasil. Os componentes de cada grupo realizaram uma apresentação
dos trabalhos e escolheram uma das danças pesquisadas para realizar durante as aulas. Os alunos ensaiaram as
danças escolhidas e marcamos um dia para realizar as apresentações. Em sala de aula discutimos um pouco sobre
as diferentes culturas existentes no Brasil e a importância de se respeitar todas as pessoas, etnias e costumes. Com
a intenção de refletir sobre o preconceito racial na dança assistimos ao filme intitulado “no balanço do amor”.
Para finalizar, fizemos uma discussão sobre as diferentes manifestações do funk. Concluímos que mesmo com
diversas dificuldades de material e infraestrutura, conseguimos ministrar aulas que envolvessem as três dimensões
dos conteúdos tematizando as danças nas aulas de Educação Física Escolar.
040

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DA MOBILIZAÇÃO A INSERÇÃO DO PROJETO DE TRABALHO NO ENSINO FUNDAMENTAL II
NÓBREGA CCS, OLIVEIRA CP, RODRIGUES MCV.
nobregaccs@hotmail.com

Prefeitura de São Paulo

Este trabalho compreende a Educação Física escolar como espaço de emancipação, produção cultural e representação
política e social. Assim, o projeto de trabalho atende aos objetivos educacionais específicos deste nível de ensino, pois
se enfatiza a apresentação do educando, os procedimentos que lhe permitam organizar a informação e transformála em conhecimento próprio. Nesse diálogo intrínseco com os diferentes saberes (Língua Portuguesa, Tecnologia
da Informação e Comunicação, Língua Inglesa e Educação Física), mobilizando atores e ambiente, explora-se
a diversidade cultural, desenvolve-se a consciência corporal e a identidade social dos adolescentes. Portanto, o
objetivo desse estudo foi averiguar como a Educação Física, pode através da cultura corporal de movimento
mobilizar outros saberes, sobretudo, no questionamento da alimentação saudável. A metodologia utilizada foi de
natureza qualitativa, com base na pesquisa-ação e envolveu a participação de adolescentes de quatro turmas do
Ensino Fundamental II (8º séries) e três professores de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF)
localizada na cidade de São Paulo. Esta proposta foi efetivada em concordância com o Projeto Político Pedagógico
da instituição e concretizado na realização do projeto de trabalho, a partir do qual foram organizados os conteúdos
para a aprendizagem, num procedimento coletivo de intercâmbio cultural entre as turmas e professores. Os resultados
foram fundamentais para a ressignificação do saber num procedimento interdisciplinar, por meio da aprendizagem
colaborativa, até então, pouco presente na cultura organizacional. Estas manifestações oportunizaram a criação de
várias interpretações sobre a alimentação saudável, bem como, a relação da mesma com a mídia, esporte, atividade
física e a construção da imagem positiva do corpo. Essa experiência demonstrou a importância da contribuição dos
diferentes saberes docentes no tratamento pedagógico com a Educação Alimentar, favorecendo o protagonismo,
a corresponsabilidade cidadã dos educandos e professores envolvidos, valorizando as relações interpessoais e
promovendo a política pública.

20 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
041

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA JANELA PARA EDUCAÇÃO EM VALORES
MILANI AG, SOUZA JÚNIOR OM.
manditasgm@hotmail.com

UNESP - Rio Claro

A educação em valores é um dos objetivos da escola, formando o aluno na conduta da ética e formação do caráter.
A Educação Física como componente curricular obrigatório, além do ensino sobre a cultura corporal de movimento
também deve se preocupar com a formação em valores. O presente estudo tem como objetivo analisar como um grupo
de professores de Educação Física, que trabalha numa mesma escola, compreende a temática dos valores na sociedade,
na escola e nas aulas de Educação Física. A metodologia utilizada apresenta um caráter qualitativo e será realizado um
estudo de caso com um grupo de professores de uma escola Estadual do município de Rio Claro. A coleta dos dados
ocorreu por meio de uma entrevista estruturada com questões abertas, os resultados foram distribuídos em duas categorias:
função social da escola e da Educação Física e formação em valores. Na categoria função social da escola e da Educação
Física os professores apresentaram diferentes papeis para a instituição e para o componente curricular Educação Física,
isso se deve ao fato deles assumirem diferentes funções ao longo da história. Sobre a categoria de formação em valores
os professores consideraram que a sociedade atual vive uma crise de valores, e que a escola deve contribuir com essa
formação, porém a maioria deles reconhece a dificuldade para realização desse trabalho. Todos os professores consideraram
também que a Educação Física contribui para a formação moral e ética dos alunos, por conta da sua especificidade, que
oportuniza maiores momentos de integração entre eles. Conclui-se que a Educação Física na escola é uma janela para o
trabalho com valores, porém esse deve ocorrer de modo intencional e planejado, sempre em conjunto com toda escola,
a fim de contribuir para formação do cidadão ético, justo que irá atuar democraticamente na sociedade.
042

EFEITO DA ESTRATÉGIA DE SUPLEMENTAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA AQUISIÇÃO DE UMA HABILIDADE ESPECÍFICA
II

NO ENSINO FUNDAMENTAL

CONWAY C, PENELUPI ML, ALVES C, MADUREIRA F.
kaui_f@hotmail.com

Faculdade de Educação Física de Santos

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

Estratégias de suplementação da aprendizagem motora demonstram ser instrumentos imprescindíveis na aquisição
de habilidades motoras específicas. Entretanto, a diversidade de possibilidades de uso de estratégias de suplementação
de aprendizagens e as características específicas dos seus efeitos, necessitam que os profissionais se envolvam em
pesquisas para mapear as melhores instruções no favorecimento da aprendizagem de habilidades. O presente estudo
tem o objetivo de investigar três apresentações de suplementação da aprendizagem na aquisição da habilidade de
arremesso no lance livre no basquetebol. A coleta foi realizada com trinta crianças com idade entre 11 e 15 anos que
cursam o ensino fundamental II, divididos em quatros grupos: demonstração em seguida instrução verbal (GDI);
instrução verbal e demonstração (GID); instrução verbal com demonstração (GI+D) e grupo controle (GC). Os
alunos foram divididos de forma homogênea com relação ao desempenho inicial nas três condições. Para a análise
do desempenho foram utilizados três tipos de pontuação: cesta (4), aro (2) e tabela (1), cuja somatória determinará
o nível de desempenho. Após 3 sessões individuais de 20 arremessos cada, com instrução nos arremessos múltiplos
de 4, os voluntários foram reavaliados. Não houve diferenças estatísticas nas investigações de pontuações totais.
Pontuação total para o número de cestas (1X4) para o GC (pré 18±9,71; pós 17,33±9), GDI (pré 12,44±8,35;
pós 13,33±8,24), GID (pré 16,8±7,72; pós 16,8±9,19) e GI+D (pré 21,33±7,44; pós 25,33±11,21). Pontuação
total (somatória das variáveis, cesta, tabela, aro e erro) para o GC (pré 37,66±11,80; pós 41,66±12,35), GDI (pré
31±10,75; pós 31,88±14,06), GID (pré 35,6±12,20; pós 33,3±12,56) e GI+D (pré 42,5±11,55; pós 42,33±13,06).
Houve diferença estatística para pontuação das variáveis que resultaram na pontuação total para Aro Pré (GC
20,33±3,88; GDI 20,22±6,28; GID 21,2±5,18; GI+D 19,66±4,63), Aro Pós (GC 24,66±5,16; GDI 22,88±4,25;
GID 19,8±4,46; GI+D 20±4,38), Tabela Pré (GC 2,33±2,06; GDI 2,55±2,18; GID 1,4±1,17; GI+D 3,16±2,31),
Tabela Pós (GC 1,5±1,37; GDI 0,44±0,72; GID 1,3±1,33*; GI+D 0,33±0,51), Erros Pré (GC -3±2,75; GDI
-4,22±2,99; GID -3,8±3,08; GI+D -1,66±2,16) e Erros Pós (GC -1,83±3,60; GDI -4,77±3,59; GID -4,6±3,40;
GI+D -3,33±2,65). O ponto central parece recair sobre a frequência de experiências para a aquisição da habilidade,
que demonstrou não ser suficiente para que houvesse aprendizagem em nenhuma das condições.
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 21
Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II

XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
043

EXPERIÊNCIA QUE FAZ A DIFERENÇA!
ZOZ W, SCHEUNEMANN R, MAGRI PEF.
willianzoz@hotmail.com

Universidade da Região de Joinville; PIBID

Por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID), realizado na Universidade da Região
de Joinville - UNIVILLE - vivencia-se a oportunidade de integração entre acadêmicos, professores das escolas
públicas e universidade. O objetivo deste relato é apresentar as ações mais significativas realizadas pelo bolsista no
programa, subprojeto de Educação Física, no período de um ano, com destaque para uma sequência didática. O
PIBID - UNIVILLE tem como tema gerador o letramento. Para inserção do tema e aprofundamento do projeto, foi
proposta a realização de uma sequência didática, desenvolvida em virtude das necessidades dos escolares, percebida
pelo professor em conjunto com o bolsista Pibid. Neste caso, após a realização do exame biométrico, constatou-se
que a turma de 6º ano do ensino fundamental apresentava excesso de peso, o que despertou o interesse pelo tema
“benefícios do esporte”. Com aulas em quadra e discussões em sala, foi realizada a ação totalizando seis aulas. Como
primeira atividade, a turma foi dividida em grupo, que por sua vez recebeu um texto sobre os benefícios do esporte
que seria lido e apresentado na sequência por meio de um seminário. Apresentou-se a relação entre má alimentação,
obesidade e sedentarismo e, em contrapartida, as vantagens de se praticar esportes, enfatizando o basquetebol
(modalidade trabalhada na época), como meio de prevenir essa relação. Na prática realizou-se a modalidade de
basquetebol, com atividades de fundamentos e jogo. Neste último, foi apresentado para os alunos, como o jogo
requer condicionamento e energia, o que poderia incentivar a redução e ou controle do peso corporal, bem como
prevenir o sedentarismo. Por meio dessas vivências no programa Pibid, conclui-se haver melhor preparação dos
acadêmicos para a atuação docente, resultante da troca de conhecimentos entre o acadêmico a universidade e a
escola, possibilitando uma amostra do trabalho docente.

044

INCLUSÃO ESCOLAR E EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DO PROJETO CANOAGEM NA ESCOLA
VANINI UR, NEU AF.
bira_rv@hotmail.com

Universidade Federal de Santa Maria

Atualmente a Canoagem é pouco difundida no ambiente escolar seja pela precariedade de materiais, local apropriado
para a prática ou pela carência de um profissional qualificado nesta área da Educação Física escolar. Com base nisso,
pretendemos verificar as contribuições da inserção das escolas da periferia de Camobi/Santa Maria no Projeto
Canoagem na Escola, promovido pelo Grupo de Formação Inicial e Formação Continuada de Professores do Centro
de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Desde o ano de 2008 o
projeto Canoagem na Escola vem sendo desenvolvido gratuitamente três vezes por semana na UFSM em um lago
que fica próximo ao CEFD. As aulas são caracterizadas como teórico-práticas com duração de três horas e meia.
Os materiais utilizados para a prática são cedidos pelo Santa Maria Kayak e Cross Clube, entidade proponente.
Esse projeto conta com uma professora coordenadora e Técnica em Canoagem além de cinco acadêmicos de
Educação Física. Hoje o projeto contempla 60 alunos das séries finais do ensino fundamental originários das escolas:
E.M.E.F. Vicente Farencena, E.M.E.F. Lívia Menna Barreto, E.M.E.F. Diácono João Luís Pozzobonn, E.M.E.F.
Santa Helena e a E.E. Professora Margarida Lopes, com foco na inclusão social dos mesmos. A implementação
do Projeto Canoagem na Escola, está trazendo resultados positivos para os alunos dessas instituições de ensino.
Dentre eles podemos destacar o melhor relacionamento entre alunos/alunos e alunos/professores e até mesmo
familiares, bem como a melhora no desenvolvimento das práticas de ações de educação ambiental. Dessa forma,
podemos perceber que há um desenvolvimento tanto no sentido pessoal quanto escolar.

22 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
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Educação Física e Tecnologias

  • 1. 001 A CONSTITUIÇÃO DOS SABERES DA EDUCAÇÃO FÍSICA NAS PRÁTICAS DAS TECNOLOGIAS FONTES JCM. jcmfonte@yahoo.com.br Centro de Educação Aberta e a Distância, Universidade Federal de Ouro Preto As trocas de conhecimento, aprendizagens, vivências e experiências das pessoas envolvidas no contexto de interações de práticas sociais no ambiente escolar nos mostram que a dinâmica dos conhecimentos da Educação Física e a relação com as tecnologias da informação e comunicação são interações capazes de instigar, estimular, desafiar crianças, jovens, professores e outros atores sociais nas mais diversas situações de aprendizagens das práticas dos conceitos e movimentos destas áreas do conhecimento. Assim posto, este trabalho propõe retratar, através da relevância dos recursos tecnológicos, culturais e sociais disponíveis pelas Tic’s, como os estudantes do segundo ciclo de formação humana do ensino fundamental de uma escola pública, compreendem e constroem o processo de aprendizagem de um domínio especifico da Educação Física na relação estabelecida pelas práticas esportivas de movimento, em especial pelo atletismo, através de atividades que envolviam os saltos, os lançamentos e as corridas, e os conceitos e conhecimentos da temática sobre as capacidades físicas – velocidade e resistência. Na constituição das habilidades motoras, cognitivas e sociais instrumentalizadas nas trocas de saberes, percebeu que tanto as práticas tecnológicas, em seu manuseio e análise dos registros, quanto às vivencias e participações dos estudantes nas atividades esportivas, foi um relevante processo no trato do conhecimento, avaliado durante todo o período de realização das atividades propostas. No sentido de ampliar as interações entre os sujeitos em suas atividades cotidianas para além do universo escolar, as tecnologias, as atividades de atletismo e suas imbricações com os conceitos e movimentos das capacidades físicas, mobilizaram teorias, atitudes, procedimentos, metodologias e possibilitaram despertar nos atores envolvidos um maior interesse destas pessoas nas vivencias e experiências das aprendizagens destas práticas sociais. 002 A INFLUÊNCIA DE ATIVIDADES EXTRACURRICULARES NO NÍVEL DE COORDENAÇÃO MOTORA GERAL DE CRIANÇAS SANTOS FO, MADUREIRA F, ALVES C, FLORÊNCIO R, BARTOLOTTO F. fabiooliveirafitness@hotmail.com Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação Faculdade de Educação Física de Santos A literatura tem indicado que crianças que realizam apenas atividades motoras na escola são mais propensas a apresentarem níveis baixos de coordenação motora geral (CMG). Uma alternativa indicada por professores de educação física para conter este problema é realizar atividades extracurriculares nas escolas. No entanto, há carência de evidências sobre esta questão, com isso o objetivo do presente trabalho foi analisar o nível de CMG de crianças que praticam e não praticam atividades extracurriculares escolares. Foram avaliadas 44 crianças de ambos os sexos com idade média de 10 anos pertencentes a uma escola particular da cidade de Santos-SP, estes foram divididos em 2 grupos: grupo educação física (GEF) e grupo extracurricular (EX). Ambos realizavam aulas de educação física na escola 2x por semana, a qual o grupo EX participava de 2 aulas de atividades extracurriculares. As atividades extracurriculares eram formadas com ênfase em equilíbrio e manipulação de objetos com 50 minutos de duração, realizadas durante 30 dias. Para classificar o nível de CMG, foi utilizado a bateria KTK. Os dados foram analisados do pré (PR) para pós (PS). O GEF na condição PR obteve escore de 286 e 289 na condição PS, ambas classificadas como “PERTUBAÇÃO NA COORDENAÇÃO MOTORA”. O EX na condição PR apresentou escore de 291 e 311 na condição PS, classificadas como “PERTUBAÇÃO NA COORDENAÇÃO MOTORA” e “NORMAL”, respectivamente, o que indica diferença estatística intragrupo. Com base nos dados obtidos pode-se verificar que ambos os grupos obtiveram aumento na CMG, sendo que o EX aumentou 6% e o GEF 1%, resultando em um aumento do nível da classificação apenas para EX. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 1
  • 2. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 003 A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA DO MINI TÊNIS EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL I PARA TURMAS DOS 5º ANOS DA REDE MUNICIPAL DE BAURU/SP SILVA CS. clausilver@hotmail.com Secretaria Municipal de Educação de Bauru O objetivo deste relato de experiência é o de apresentar uma intervenção pedagógica do mini tênis em aulas de Educação Física realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental José Francisco Junior de Bauru/SP para turmas dos 5º anos. O conteúdo didático: mini tênis teve como orientação o currículo comum de Educação Física para o ensino fundamental municipal de Bauru/SP, cujo objetivo geral é o de ampliar a aprendizagem sobre as manifestações da cultura corporal, dentre elas os esportes individuais valorizando o significado social atribuído a cada manifestação. Quanto aos objetivos específicos foi estabelecido que os alunos fossem capazes de: 1) Aprender a jogar o mini tênis de acordo com suas possibilidades; 2) Respeitar as diferenças individuais dos colegas em suas habilidades e 3) Conhecerem os esportes de raquetes e aprender as regras simplificadas do mini tênis. As estratégias de ensino e a avaliação focaram nas dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal. Enquanto estratégia de ensino foi feita uma avaliação diagnóstica na dimensão conceitual sobre quais esportes de raquetes os alunos conheciam através de vídeos e imagens. Na dimensão procedimental os alunos vivenciaram o mini tênis, com regras simplificadas utilizando como recursos; raquetes, bolinhas e mini quadras. Na dimensão atitudinal se verificou durante as aulas os comportamentos dos alunos na formação de duplas para jogar. A avaliação se caracterizou como somativa verificando os que os alunos aprenderam na dimensão conceitual quanto aos esportes de raquetes que conheciam e as regras propostas do mini tênis. Na dimensão atitudinal os alunos foram questionados se respeitaram as individualidades dos seus colegas durante as aulas. E na dimensão procedimental foi proposto aos alunos para que jogassem realizando o maior numero de acertos possíveis ao rebater a bolinha e ao mesmo tempo objetivando a precisão do rebater para marcar pontos. 004 A ORGANIZAÇÃO DA AULA DE AVENTURA NA ESCOLA PÚBLICA RICHTER F, PEREIRA DW. dimitripereira@uninove.br Universidade Nove de Julho A Educação Física escolar carece de olhares distintos ao tradicionalismo do esporte olímpico, isto porque, a cultura corporal forma-se a partir de todas as relações do ser humano com o meio e com seus pares. Essa perspectiva remete à prática de Esportes de Aventura como temática cada vez mais valorizada na sociedade contemporânea. Nesse relato de experiência busca-se mostrar uma Pedagogia da Aventura para a escola pública, desmistificando o caráter exclusivo da Aventura às pessoas com maior poder aquisitivo. Na Escola Professor Raul Antônio Fragoso as aulas de Educação Física (1º ao 5º ano) tem como objetivo oferecer as modalidades: Slackline, Parkour, Arvorismo, Escalada, Skate e Surf (Tarp Surfing). Os conteúdos são propostos em sua maioria de forma adaptada, adequando o espaço, material, segurança e contexto dos alunos as possibilidades de ensino. As estratégias passam por discussão sobre como adquirir os equipamentos, como desenvolver a aprendizagem para todos e a criação de circuitos motores de vivência lúdica para experimentação e resolução de problemas. A aquisição de materiais é sempre muito difícil, pois a comunidade escolar é periférica no município de São Paulo. Por exemplo, para a skate, os próprios alunos trazem de casa e socializam o uso com os colegas. A fita de slackline foi comprada pelo professor, bem como as agarras do muro de escalada, cordas e outros equipamentos usados nas práticas verticais. No surfe utiliza-se um longboard e uma lona comprada através da APM da escola. Em relação às aulas a resposta dos alunos é extremamente satisfatória com grande envolvimento dos alunos nas atividades, apontando para o desenvolvimento afetivo e social. No aspecto motor já foram observados resultados positivos comparando a melhora do controle motor devido à imprevisibilidade das modalidades. Há barreiras como a falta da material e até algum preconceito, que são superados com o conhecimento do professor e disposição para enxergar uma nova educação física. 2 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 3. 005 A UTILIZAÇÃO DO FACEBOOK NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NUNES JÚNIOR JM, SOUZA AR, OVANDO RGM. jorgenunessport@gmail.com Faculdade UNIGRAN Capital - MS As tecnologias em crescente expansão trazem consigo a facilidade de atividades antes ditas como complexas. As ferramentas e os indivíduos já não são como antes, tudo esta mais rápido, o acesso a informação foi ampliado. O que observamos são pessoas conectadas a rede em grande parte do dia, por meio de mídias sociais digitais. Estas mídias fazem parte do cotidiano não somente de adultos, mas também de jovens e crianças. Tais mídias exercem papel sócio afetivo aliando pessoas com o mesmo interesse e também indivíduos semelhantes. Partindo destas ideias, o estudo objetiva aplicar atividades na mídia social digital facebook como instrumento da pratica docente nas aulas de Educação Física, a fim de que os alunos assimilem os conteúdos ministrados com mais facilidade do que os métodos tradicionais de ensino. Bem como visualizar quais as reações dos alunos com a utilização do facebook pelo professor e se a participação e notas obtiveram melhora. A pesquisa foi de caráter investigativo exploratório no qual ocorreu primeiramente uma revisão da literatura com artigos das áreas de comunicação e Educação encontrados no periódico virtual Scielo e no site do Instituto politécnico de Bragança (IPB) de Portugal. Participaram da pesquisa todas as crianças matriculadas e frequentes no 4º ano (Ensino Fundamental I) de uma escola pública localizada na periferia de Campo Grande - MS. Contando com a parceria do professor de Educação Física, foi proposta uma atividade por meio do grupo criado no facebook com o nome da sala, no qual postou-se um vídeo na rede com a pratica do desporto Voleibol adaptado. Os alunos visualizam em suas casas, e na aula seguinte levaram suas dúvidas para a discussão em sala. Posteriormente o professor realizou um jogo. Ao fim da aula os alunos comentaram a atividade e se mostraram satisfeitos e motivados pela utilização do facebook como instrumento de estudo. Há poucos trabalhos com a temática , a crescente discussão a respeito se encontra se realmente esta mídia é aliada da aprendizagem ou se aumenta a dispersão durante as aulas. Muitos autores defensores do uso dessa mídia argumentam que a utilização adequada proporciona ganhos, no entanto, os mesmos orientam que cabe aos professores a administração correta desta ferramenta, bem como a orientação da mesma. Notou-se que os alunos estão abertos à tecnologia, faz-se necessário o encorajamento do professor para a utilização de novos meios de promoção do aprendizado, bem como o desenvolvimento sócio-afetivo por meio da sociabilização. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 006 ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE JOGOS E BRINCADEIRAS NO ENSINO DO FUTSAL NO ENSINO FUNDAMENTAL I CANCELLA CAV, BASTOS LGB, FONSECA JAMM. prof.marcelavellar@hotmail.com Escola Superior de Cruzeiro Os jogos e brincadeiras são vivenciados em vários momentos ao longo da vida da criança. Partindo da ideia de aprendizagem por jogos, o presente estudo focou no ensino da modalidade do Futsal. No presente estudo será abordado o contexto esportivo, seus métodos de ensino através da pedagogia do esporte, com um entendimento do que é a modalidade futsal praticada na escola e a utilização dos jogos e as brincadeiras para um ensino diferenciado do esporte. A pedagogia do esporte aborda o trabalho do esporte na escola por meio do desenvolvimento dos alunos nos aspectos social, cognitivo e físicos motores integrando as crianças na sociedade e no contexto da Educação Física escolar. No contexto do futsal, tratou-se do histórico da modalidade desde seu início até os tempos atuais, o crescimento do esporte nos dias atuais e suas características quanto a sua prática. Além disso, serão contextualizadas as formas de jogos, os modelos em que eles são introduzidos na aprendizagem, e quais as formas de jogos e brincadeiras podem ser utilizadas no ensino aprendizagem da modalidade do futsal no ensino fundamental I. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 3
  • 4. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 007 AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO SILVA TR, MOREIRA RSP. tamires_xena1@hotmail.com UNIVAG - Centro Universitário Para conclusão do curso de Licenciatura em Educação Física, realizamos o estágio obrigatório de 100 horas no 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, com o cumprimento de 15 horas de observação, 15 horas de participação, 30 horas de regência e 40 horas com encontros com a professora orientadora de estágio para discussões teóricas e planejamento das aulas aplicadas durante o período da regência. Assim, o objetivo deste estudo é relatar as experiências ocorridas durante o estágio em aulas de Educação Física no 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa que ocorreu em uma instituição privada de Várzea Grande, MT, com a participação de 6 turmas do 1° ao 4° ano. Durante as aulas de observação e participação, o professor de Educação Física da referida escola (professor supervisor) aplicou jogos e brincadeiras. Assim, tivemos a oportunidade de conhecer e interagir com os alunos, bem como identificar os procedimentos didáticos adotados pelo professor, especialmente no momento da solução de conflitos, em que o diálogo prevalecia. O professor participava ativamente das atividades incentivando e motivando os alunos que, algumas vezes, não mostravam interesse pelas atividades. Durante a regência, permanecemos com os mesmos conteúdos, com o intuito de dar continuidade ao plano de ensino do professor supervisor, mas com atividades diferentes, sendo que ao final de cada aula os alunos desenhavam as atividades, com o objetivo de registrar o que fora realizado. Antes de todas as aulas apresentávamos o plano de aula ao professor supervisor e coordenadora pedagógica da escola para aprovação dos mesmos. Deparamos-nos com dificuldades como a dispersão dos alunos e o excesso de conflitos, sempre resolvidos por meio do diálogo. O estágio contribuiu significativamente para nossa formação, permitindo-nos a aproximação do campo real de nossa futura atuação profissional. 008 CARACTERIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO FÍSICO DE CRIANÇAS EM TRÊS MOMENTOS DA VIDA ESCOLAR: AULA EM CLASSE, AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E INTERVALO DE LANCHE CORREA MHM, MORCELLI M, MARTINS V, BARTOLOTTO F, MADUREIRA F. morcelli.m@gmail.com Faculdade de Educação Física de Santos O objetivo do presente trabalho é investigar o comportamento físico de crianças em três momentos da vida escolar: Aula em classe, em educação física e intervalo de lanche. Onze crianças de 8 a 10 anos de ambos os gêneros de uma escola particular do Ensino Fundamental da cidade de Santos participaram do experimento. Para aferição da frequência cardíaca foi utilizado um oxímetro da marca Geratherm®. Para a verificação do percentual da frequência cardíaca máxima nas quatro condições utilizou-se a equação de Bruce. Para analise do número de passos dados durante as quatro condições optaram-se pela utilização de pedômetros. Para analise estatística, após a verificação da não normalidade optou-se pelo teste Wilcoxon diferença estatística para p≤0,05. Apresentados em média e desvio padrão da frequência de passadas em AAN 33,4 (36,1); AEF 1387,1 (794,5); PI 539,8 (357,0) e ADEP 90,5 (117,0), Analisando o percentual de passadas pode-se observar que AEF de 256,38% a mais da estimativa média de passos por hora (541,67); PI apresentou o percentual de 99,63% no período de 30 minutos; em AAN 6,10% e ADEP 16,64%. A frequência cardíaca em AAN 100,1 (11,1); AEF 120,8 (21,8); PI 107,2 (16,2); ADEP 100,7 (12,9). Quanto ao percentual da frequência cardíaca máxima observa-se que AEF obteve apenas 62,15% da estimativa da FCmáx; AAN 51,50%; PI 55,15% % e ADEP 51,81%. Observando melhor a AEF obteve apenas a diferença de 11% a mais quando comparado às demais condições. Pode-se concluir que as crianças permaneceram mais ativas nos períodos de intervalo e aula de Educação Física, quando comparados às condições de aulas em classe, como demonstrada, pelo número de passadas realizadas nestes diferentes momentos. Os resultados permitem afirmar que as experiências corporais vivenciadas nas aulas de Educação Física ofertadas pelo programa em questão, foram suficientes para manter as crianças em níveis ótimos de saúde. 4 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 5. 009 CINESIOLOGIA HUMANA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR BÁSICA: O FITNESS DA MASTIGAÇÃO E OS CONHECIMENTOS PARA A QUALIDADE DE VIDA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA RIBEIRO RYS. ricardoyoshio67@yahoo.com.br EMEF Antônio de Alcântara Machado - SP Entendemos que o componente curricular Educação Física deve propor o ensino e a aprendizagem de conhecimentos únicos e específicos que o caracterize e o justifique no contexto escolar como acontece nos demais componentes. Sabemos da importância das manifestações do movimento em nossa cultura, mas não podemos negar que o movimentar-se de forma genérica também faz parte integrante de nossa vida. Mastigamos os alimentos muitas vezes sem nos conscientizar sobre a importância dela em nosso processo digestivo e consequentemente para nossa qualidade de vida. Levando-se em conta os critérios: (1) apresentados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Física para selecionar os conteúdos; (2) as Expectativas de Aprendizagens do Programa de Orientação Curricular do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo; (3) o Referencial de Expectativas para o Desenvolvimento da Competência Leitora e Escritora no ciclo II do ensino fundamental e (4) a proposta da Cinesiologia Humana do professor José Guilmar Mariz de Oliveira, organizamos uma sequência didática sobre o tema mastigação, desenvolvido com os alunos da 4ª série/ 5º ano do ensino fundamental nas aulas de Educação Física da EMEF Antônio de Alcântara Machado onde atuo como professor de educação física. Este relato tem por objetivo descrever a experiência positiva da conscientização dos alunos(as) sobre o mastigar os alimentos nos diferentes momentos do cotidiano. 010 CIRCUITO: UMA VELHA E BOA ESTRATÉGIA DE ENSINO FERREIRA GC, NASCIMENTO LS, SILVA JAO, OLIVEIRA TA. janeolive@usp.br Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação Fundação de Ensino Superior do Vale do Sapucaí O presente relato de prática pedagógica refere-se às atividades desenvolvidas na Escola Estadual Dom João Rezende, da cidade de Pouso Alegre-MG, com os alunos do ensino fundamental I (6 a 10 anos). O objetivo foi fazer com que os alunos realizassem exercícios diferentes em uma só atividade, a fim de melhorar a agilidade, flexibilidade e atenção. Os alunos foram convidados a ficar em fila, diante do circuito montado. O mesmo constou de atividades variadas, divididas em oito estações. Os alunos deveriam percorrer todo o circuito em no máximo 60 segundos. Na primeira estação, o aluno correu em zigue- zague, por entre seis cones. Na segunda, ainda com cones como limite, ele percorreu a distância, primeiro de frente e depois de costas. Na terceira, ele saltou com os dois pés, entre dez bambolês dispostos na forma de circulo. Na quarta estação, foi pular corda, 10 saltos seguidos. Na quinta foi realizar uma jogada de amarelinha, em seguida acertar a bola na cesta de basquete. Na sétima, foi bater um pênalti e por ultimo saltar com os pés sobre quatro cones, um de cada vez. É preciso registrar, que com as crianças de seis e sete anos, o cone usado foi o de tamanho pequeno. Entende-se que esse processo possibilitou aos alunos desenvolverem maior agilidade e atenção ao executar várias tarefas em pouco tempo. E também foi trabalhado direção, controle e coordenação. Assim, a brincadeira manteve os alunos atentos aos colegas, e foi percebido que aqueles que estavam esperando a sua vez, elaboraram estratégias para executar os exercícios de forma mais rápida. No final, os alunos deram opinião sobre qual seria a melhor estratégia para diminuir o tempo de execução. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 5
  • 6. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 011 CULTIVANDO E TRANSFORMANDO AS BRINCADEIRAS POPULARES: AMARELINHA CAMPO MINADO SILVA WA, SILVA JAO, PEREIRA RS. wesleyasilva.ef@hotmail.com Universidade do Vale do Sapucaí O presente relato de prática pedagógica refere-se às atividades desenvolvidas na unidade de ensino da Educação Física do mês do Folclore com os alunos do ensino fundamental I (5 ano) do Colégio Vale do Sapucaí-Anglo da cidade de Pouso Alegre-MG. O objetivo da unidade de ensino foi resgatar a brincadeira Amarelinha. Os alunos foram convidados a brincar de amarelinha, e a partir de questionamentos e sugestões foi estabelecida uma dinâmica para a inserção de novas regras que permitissem contemplar os interesses e competências dos alunos. Durante duas aulas o professor mediou a construção das regras. Todas as sugestões foram testadas pelos próprios alunos para perceberem a adequação e viabilidade das mesmas, tendo como critério de inclusão a possibilidade de realização pela maioria dos alunos. Ao final da segunda aula os alunos concluíram a nova brincadeira, e deram o nome de: “Amarelinha Campo Minado”. Na terceira aula a brincadeira foi realizada na sua totalidade, consistindo em 60 casas enumeradas, necessidade de usar ora a perna direita, ora a esquerda, conquista de território(casas), participação de todos alunos na mesma brincadeira, dois critérios de vitória: por tempo: maior conquista de casas por um jogador, e/ou por estratégia: impossibilidade dos demais jogares darem sequência. Entende-se que esse processo possibilitou os alunos se aproximarem de forma mais significativa da brincadeira, tão distante desta geração. Mais especificamente, pode-se dizer que houve tanto um resgate cultural, quanto um projeto coletivo que resignificou a amarelinha às necessidades e competências dos alunos. Assim, a nova brincadeira manteve a “essência” da amarelinha, e concomitantemente o estabelecimento de um espaço de educação. 012 DANÇA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) SOUZA DMMB. dircemaria_souza@hotmail.com Colegio Santa Cruz - SP O relato parte de uma nova experiência no curso de EJA, desenvolvida em instituição privada na cidade de São Paulo. O curso apresentava um currículo diverso onde os alunos tinham, obrigatoriamente, que participar das aulas de Educação Física e Artes com seu grupo classe. A proposta descrita apresenta os alunos como co-autores da composição das disciplinas de seu currículo, onde passaram a escolher o que gostariam de cursar formando um novo grupo, agora, por interesse. A Educação Física passa a oferecer o curso de Jogos e Dança separadamente. São alunos das “fases“ de alfabetização inicial do Ensino Fundamental I. Os objetivos encontram-se em favorecer o fortalecimento da identidade, valorizar a cultura corporal deste grupo, apresentar uma diversidade cultural mediada pelo ritmo de diversas localidades brasileiras e do mundo. Os conteúdos partem dos ritmos pautados pelas frequências cardíacas, dos ritmos preferidos do grupo, além de uma viagem pelos diversos ritmos brasileiros e estrangeiros. Estratégias desenvolvidas partem de experimentações e improvisações individuais do corpo em movimento, atingindo as vivências em duplas, trios e grupos maiores. Os fatores do movimento considerados nas improvisações são o peso, tempo, espaço e fluência. Nas aulas os alunos realizam uma síntese do conteúdo vivenciado em forma de coreografias. Os recursos materiais são aparelho de som, DVD, CD’s diversos, filmes sobre dança e uma boa sala com piso de madeira. Os procedimentos de avaliação estão centrados na auto avaliação, na observação e registro docente das elaborações do grupo, nas avaliações em grupo realizadas a cada encontro e ao final de um período de trabalho. Considerações finais relevantes partem do princípio que todos sabem dançar, contrário ao discurso inicial discente; a descoberta das possibilidades de ampliação dos movimentos cotidianos e a escolha de um currículo mais significativo, principalmente por se tratar de um grupo de jovens e adultos. 6 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 7. 013 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE CRIANÇAS COM DESENVOLVIMENTO TÍPICO E COM TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO DA COORDENAÇÃO MOTORA COSTA RZF, FOGAÇA AF, MEDINA-PAPST J. rafaela_zortea@hotmail.com Universidade Estadual de Londrina O objetivo deste trabalho será compreender como ocorre o desenvolvimento cognitivo de crianças com Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC). Participarão 30 crianças, entre 7 e 10 anos de idade, divididas em dois grupos: desenvolvimento típico (n=15; percentil≥63) e TDC (n=15; percentil≤5). As crianças com TDC serão indicadas pelos professores da rede municipal de ensino por meio do preenchimento do checklist do MABC-2, e a partir dos resultados, as crianças serão avaliadas com a bateria motora. Serão utilizadas as tarefas tradicionais propostas por Piaget: 1)conservação de líquido, com o uso de dois copos iguais e um copo em formato diferente; 2)conservação de massa, em que a criança terá nas mãos duas massinhas em formatos iguais e deverá moldar com uma delas um formato diferente; e 3)duas tarefas com exigência de noção de espaço e tempo, que serão realizadas em contexto experimental e aplicado. Na tarefa com exigência da noção de espaço a criança, inicialmente, visualizará um brinquedo que percorrerá um trajeto retilíneo entre os pontos ABC. Em contexto aplicado, será realizada a brincadeira coelhinho sai da toca com três arcos na mesma distribuição de pontos ABC. Na tarefa com exigência de tempo, a criança, primeiramente, visualizará dois brinquedos, nos quais haverá dois objetos móveis que se deslocarão paralelamente do ponto A ao ponto B. As crianças serão questionadas durante todas as tarefas e a análise será realizada por meio de imagens gravadas. Além disso, será utilizada uma ficha individual para análise do comportamento e interação social da criança durante o recreio escolar e aulas de Educação Física. Os dados serão analisados qualitativamente, fundamentando-se nas teorias Piagetianas sobre o desenvolvimento cognitivo de crianças na faixa etária estudada. Espera-se obter informações sobre o desenvolvimento cognitivo e social dessas crianças, de forma a auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. 014 Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação DIFERENÇA DA COORDENAÇÃO MOTORA ENTRE CRIANÇAS DE ENSINO ESCOLAR VILLANI M, MADUREIRA F, BARTOLOTTO F. red-mary@hotmail.com Faculdade de Educação Física de Santos A literatura indica que existem profissionais do movimento na área escolar que ministram suas aulas de forma similar para idades distintas, porém para também há literaturas que indicam que a cada ano, o ser humano aprimora seu nível de coordenação motora, desta forma tornando-se capaz de realizar determinadas tarefas de forma habilidosa. Assim, identificar os níveis de coordenação motora de diferentes níveis de ensino escolar torna-se importante para compor aulas de educação física. Com isso, o presente estudo tem o objetivo de identificar o nível de coordenação motora em crianças de ensino escolar. Fizeram parte da amostra 123 crianças com idade de 5 a 10 anos de ambos os sexos todas pertencentes a escolas particulares da cidade de Santos-SP. Estes foram divididos em 5 grupos, sendo eles, 5 anos (G5), 6 anos (G6), 7 anos (G7), 8 anos (G8), 9 anos (G9) e 10 anos (G10). Para avaliar o nível de coordenação motora geral, foi utilizado a bateria KTK. Os resultados do KTK indicam que no G5 5% estão com Insuficiência da coordenação (IC), 20% Perturbações da coordenação motora (PC), 25% Normais (N), 20% Boa coordenação (BC), 30% Alta coordenação (C). O G6 25% IC, 40% PC, 50% N, 0% BC, 5% AC. Para o G7 15% IC, 20% PC, 35% N, 20% BC 10% AC. O G8 40% IC, 25% PC, 15% N, 20% BC, 0% AC. Para G9 5% IC, 10% PC, 80% N, 5% BC, 0% AC. Já o G10 0% IC, 21% PC, 79% N, 0% BC, 0% AC. Em média cada faixa etária analisada concentra-se em um nível de coordenação motora específico, porém existem crianças da mesma faixa etária que se distribuem em outros níveis de coordenação. Este pode ser um indicador que durante as aulas de educação física as crianças com a mesma idade deveriam realizar aulas com diferentes níveis de dificuldade para poder trabalhar igualmente suas necessidades motoras. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 7
  • 8. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 015 É LUTA OU É BRIGA?... VENHA PARA A “RODA”, VAMOS TENTAR ENTENDER! FONSECA TN. tdfonseca@hotmail.com PMSP, EMEF “Luiz Gonzaga do Nascimento Junior” Este é um relato de experiência de um projeto com o tema: Lutas. Foi realizado com seis turmas (cerca de 170 discentes) dos 2º anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior”, localizada na periferia da cidade de São Paulo. Este trabalho foi desenvolvido, entre os meses de Agosto e Outubro de 2012, nas aulas de Educação Física com a freqüência de duas aulas por semana. Os conteúdos abordados nessas aulas foram: diferenças entre luta e briga; atividades lúdicas relacionadas à luta; e a história, os movimentos, os instrumentos e a roda de Capoeira. Algumas das estratégias utilizadas neste projeto foram: combinados, “rodas de conversa”, atividades práticas realizadas em dupla ou individualmente, solicitação de registros através de desenhos; e elaboração de sequência de movimentos. Foram usados como materiais: colchões, banco sueco, tapete, som, TNT, CD de Capoeira, pandeiro de plástico e vareta, caxixi e berimbau (confeccionados a partir de material alternativo). As aulas foram desenvolvidas em sua maior parte no pátio da escola e as demais na sala de aula. Os principais objetivos propostos neste trabalho foram: diferenciar a luta da briga; apresentar algumas características da luta; proporcionar atividades de contato corporal com o outro de uma forma não destrutiva; abordar a história, as características e os movimentos da Capoeira; e promover a elaboração de um trabalho de Capoeira para ser apresentado na Mostra Cultura da escola. Ao término deste trabalho foi possível notar resultados positivos demonstrados pela maioria dos discentes, como a ampliação da representação sobre lutas, o entendimento sobre as diferenças entre luta e briga, a demonstração de atitudes de respeito, a compreensão sobre a história e os elementos da Capoeira, e o envolvimento e a dedicação na construção do trabalho para a Mostra Cultural. 016 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E GÊNERO: POSSIBILIDADES DE AÇÃO A PARTIR DA PERSPECTIVA MULTI/INTERCULTURAL SANTOS APS. apss.sol@gmail.com Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro Mudanças significativas têm ocorrido no que se refere à diversidade de tradições políticas, étnicas, sociais, religiosas e de gênero, configurando identidades plurais que se expressam nas distintas esferas sociais. Neste sentido, o multiculturalismo refere-se à compreensão da sociedade formada por identidades plurais, com base na diversidade de classe social, gênero, etnia, raça, padrões culturais e linguísticos, assim como outros marcadores identitários. Gênero, aqui entendido como constructo cultural, tem sido moldado a partir de padrões que colocam em desigualdade as relações entre os sexos. Visando refletir sobre essas questões, este estudo realizado através de uma pesquisaação, teve como objetivo analisar a prática pedagógica na aula de Educação Física pautada na perspectiva multi/ intercultural reconhecendo as suas contribuições para a superação do sexismo no contexto escolar. A metodologia da pesquisa–ação organizou-se através de entrevistas semi-estruturadas realizadas com professores/as e com os/ as estudantes. Também foi utilizada a promoção e adoção de uma prática pedagógica pautada na educação multi/ intercultural. Todas as aulas foram registradas em um diário de campo, onde se utilizou a observação participante na tentativa de promover reflexões e transformações no sentido de desafiar o preconceito entre os gêneros. Como descoberta relevante, observamos a mudança no comportamento da turma durante as aulas de Educação Física a partir das modificações percebidas nas relações entre os meninos e meninas que passaram a interagir de forma respeitosa durante as atividades propostas, passaram a participar conjuntamente de atividades consideradas típicas de meninos ou meninas sem demonstrar repúdio ou preconceito e se mostraram mais atentos ao emprego de discursos discriminatórios relacionados às questões de gênero. Acreditamos que questionar, desnaturalizar e desestabilizar essa realidade discriminatória e excludente, na qual se insere o sexismo, constitui um passo fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e mais igualitária. 8 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 9. 017 ELABORAÇÃO DE METODOLOGIA E PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO NO ENSINO DOS ESPORTES COLETIVOS DAHMER R, KLEIN RR. rodrigodahmer.ef@gmail.com Universidade Federal de Santa Maria O presente trabalho trata-se de uma elaboração de plano de ensino, no qual estarão estruturadas as metodologias construídas após reflexões sobre a realidade das aulas de educação física hoje, com o objetivo de exaltar o esporte da escola, em forma de aprendizado, e não o esporte na escola, em busca de rendimentos e/ou formação de jovens atletas. Foi realizado em duas escolas públicas, ambas, localizadas em regiões de periferia da cidade de Santa Maria, RS, durante o primeiro semestre de 2013 com 5 turmas de 5º anos do Ensino Fundamental, totalizando 92 alunos. As aulas tiveram como proposta principal a iniciação esportiva, trabalhando o esporte dentro do método global e situacional, aos quais, os fundamentos foram desenvolvidos de uma forma situacional em alguns momentos, como também de forma global, envolvendo a totalidade do jogo, em outros. A avaliação foi realizada a partir do resultado apresentado pelo próprio aluno no decorrer das atividades desenvolvidas, se este apresentou melhora no seu entendimento do jogo, em sua consciência tática, no seu comportamento durante a realização do jogo, ou, se o mesmo continuou com o mesmo comportamento, apresentado anteriormente, durante do jogo. A partir da analise desta elaboração de metodologia e planejamento pedagógico no ensino dos esportes coletivos, foi possível perceber que a maior dificuldade encontrada no ensino dos esportes coletivos não está ligada diretamente as habilidades técnicas dos alunos, e sim, diante do entendimento tático do jogo, e, que durante a formulação da consciência tática do aluno, este, passa a desenvolver suas habilidades técnicas para a resolução dos problemas encontrados em situações reais, e também, do jogo. 018 FORMAÇÃO INICIAL E O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA UFSM MUNDT PR, FAGUNDES CS. mundtpatricia@gmail.com Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação Universidade Federal de Santa Maria Este trabalho tem por objetivo relatar a inserção de uma bolsista do PIBID - “Anos Iniciais na Perspectiva Interdisciplinar”, acadêmica do curso de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria, em uma escola da rede pública de Santa Maria/RS. O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID tem como principal objetivo incentivar a formação de professores para a Educação Básica, além de inserir os acadêmicos de licenciaturas no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas e de práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar. O PIBID vem com o subprojeto “Anos Iniciais na Perspectiva Interdisciplinar” tendo como objetivo o trabalho docente com os anos iniciais em escolas públicas. A inserção se deu em uma escola da rede pública de Santa Maria/RS, que após uma sondagem do cotidiano da escola e das turmas do 1° ao 5° ano, observou-se a necessidade de serem trabalhos conteúdos relacionados às necessidades da escola considerando suas implicações em cada turma, através de oficinas pedagógicas. Assim, o trabalho pedagógico foi realizado por cinco bolsistas, sendo três do curso de Educação Física e duas acadêmicas de Pedagogia. As Oficinas tinham como objetivo trabalhar a convivência entre os alunos, conscientização da comunidade escolar sobre os direitos e deveres de cidadão, priorizando o aprendizado de valores, boas maneiras e respeito a si e ao próximo. O conceito de práxis orientou a organização do trabalho pedagógico onde foi oportunizada a reflexão dos alunos em relação aos assuntos abordados, tais como, cidadania, reciclagem, direitos e deveres, etnia e percepção corporal. Verificou-se melhor compreensão por partes dos alunos sobre os conteúdos e suas relevâncias, através de seus comportamentos perante a comunidade escolar. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 9
  • 10. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 019 HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NO PIBID: SUBPROJETO ANOS INICIAIS NA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR FAGUNDES CS, MUNDT PR. carolynesantosf@gmail.com Universidade Federal de Santa Maria O presente trabalho visa relatar a experiência das bolsistas PIBID- Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. O programa tem como objetivo incentivar a formação de professores para a Educação Básica, além de inserir os acadêmicos de licenciaturas no cotidiano das escolas da rede pública de educação. Fazemos parte do subprojeto Anos Iniciais na Perspectiva Interdisciplinar na Universidade Federal de Santa Maria. Este subprojeto tem como objetivo atuar junto aos anos iniciais da rede pública, onde atuam acadêmicos do curso de Educação Física, Pedagogia e professores em formação continuada. As atividades forma realizadas em uma Escola Estadual de Ensino Médio na cidade de Santa Maria-RS, onde foi desenvolvida uma oficina gerada pela LEI 10.639/03 que incluiu no currículo das escolas a obrigatoriedade da temática “História E Cultura Afro Brasileira E Africana”. Partindo desse contexto e usando o dia da Consciência Negra como pano de fundo foi realizado a oficina “Felicidade tem cor?”, com as turmas de 4° e 5° ano. Esse tema teve como objetivo reconhecer as origens; estimular o respeito às etnias, a si próprio e ao próximo. A abordagem do tema se deu a partir da leitura do livro “Felicidade não tem cor” de Júlio Emílio Braz. O trabalho teve duração de uma semana. A metodologia utilizada foi dividida em cinco momentos: dança afro, leitura, confecção de boneca, escolha de figurinos e apresentação para a comunidade escolar. A avaliação se deu de forma contínua, priorizando o interesse, esforço, rendimento individual e ações participativas no grupo. Ao término das atividades foi possível perceber que alguns alunos superaram os próprios limites e vivenciaram de forma intensa as atividades propostas, evidenciando o entendimento da história da cultura afro. 020 MAPAS CONCEITUAIS E JOGOS OLÍMPICOS: UMA POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR QUINTILIO NK, FERRAZ OL. nataliakq@usp.br Escola de Educação Física e Esporte - USP Este estudo é parte de uma pesquisa cujo objetivo foi verificar a influência de um planejamento instrucional utilizando mapas conceituais e outros recursos didáticos na aprendizagem de conceitos em educação física escolar. Mapas conceituais são ferramentas gráficas que organizam e representam o conhecimento e são considerados uma importante ferramenta metacognitiva, promovendo a interação do novo conhecimento com o que já existia na estrutura cognitiva. A amostra contou com 49 alunos do 3º ano do ensino fundamental de uma escola pública de São Caetano, submetidos a oito intervenções. Elaborou-se um questionário com oito questões, mas para o presente estudo focou-se apenas nos resultados das quatro primeiras. As questões objetivaram analisar se os alunos reconheciam a definição dos conceitos estudados, sendo este o primeiro nível de aprendizagem de conceitos. As três primeiras questões foram de múltipla escolha e, na quarta, os alunos precisavam relacionar um conceito à sua definição. Foi realizada análise descritiva e inferencial dos dados. Foram comparadas a quantidade de acertos entre pré e pós-intervenção. Foi utilizado o teste de Wilcoxcom (p<0,05), com o software Sigmaplot 12.0 (Systat Software Inc.). Na primeira questão a melhora na aprendizagem dos alunos foi estatisticamente significativa (p=0,007), já que no pré-teste o acerto foi de 40,81% e, no pós-teste, 67,34%. Nas segunda, terceira e quarta questões os resultados foram: 61,22% no pré-teste e 75,51% no pós-teste, 89,79% no pré-teste e 95,91% no pós-teste e, 71,42% no pré-teste e 73,46% no pós-teste, respectivamente, cujas diferenças de acertos entre o pré e pós-teste não foram significativas. Com estes resultados observa-se diferenças apenas na primeira questão. Todavia, nas demais, os resultados do préteste sugerem que os alunos possuíam conhecimento prévio, inferência justificada pelo fato de terem vivenciado uma unidade de conteúdo com o tema estudado, utilizando mapas conceituais e outros recursos para o ensino. 10 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 11. 021 MEDIDINHA CERTA DA ESCOLA REVERENDO: PROJETO DE ESTÍMULO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E REEDUCAÇÃO ALIMENTAR GONÇALVES LA. lugaf_sp@yahoo.com.br Escola Estadual Reverendo Professor Manoel da Silveira Porto Filho - SP Nos últimos anos observou-se aumento da obesidade entre os alunos do ensino fundamental, ciclo I, da Escola Estadual Reverendo Professor Manoel da Silveira Porto Filho. Perante esse cenário, em 2012, com o objetivo de estimular os alunos a adotarem estilo de vida ativo e de bons hábitos alimentares, implantou-se um projeto denominado “Medidinha Certa da Escola Reverendo”, nas turmas de 2os, 3os e 5os anos. O projeto durou três meses, e iniciou com aulas sobre os problemas causados por maus hábitos alimentares, obesidade e sedentarismo, bem como dicas para a execução da prática de atividades físicas e hábitos alimentares saudáveis. O aluno escolhia uma meta (emagrecer, ganhar peso, outro), anotava a quantidade de frutas, verduras e “bobeiras” (doces, frituras, entre outros) ingeridas, a quantidade de atividade física praticada e, mensalmente, marcava seu peso e altura em uma tabela. Havia outra tabela, contendo determinadas pontuações referentes à quantidade de alimento e atividade física (quanto mais frutas, verduras e atividades físicas, mais pontos; e quanto mais “bobeiras”, menos pontos). Semanalmente, os alunos anotavam e somavam os pontos, quanto mais pontos, melhor. Ao final do projeto, observou-se que as crianças demonstraram ter compreendido a importância da atividade física e de adotar bons hábitos alimentares. Alguns conseguiram atingir sua meta; na merenda escolar, crianças passaram a solicitar mais verduras e frutas; e alguns relataram estar brincando mais em casa. Com esses resultados, em 2013, o projeto passou a ter participação de todos os alunos da escola, de professores e funcionários interessados. Uma nutricionista reelaborou as tabelas, de acordo com metas propostas pelo ministério da saúde. Até o momento, participantes tem relatado mudanças em seus hábitos alimentares e de atividade física. Seria interessante, no futuro, estimular a participação de pais de alunos e analisar dados quantitativos de peso, altura e IMC ao longo do projeto. 022 O MÉTODO GLOBAL FUNCIONAL NO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR MENDONÇA RB, VERONEZ LFC. robinson.pet@hotmail.com Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação Universidade Federal de Pelotas Neste estudo, será realizada uma reflexão acerca da utilização do Método Global Funcional (MGF) nas aulas de Educação Física, além de discutir seus benefícios, como a aplicação dos conteúdos, aprendizagem e comportamento dos alunos. O MGF foi utilizado nas aulas do meu estágio na Educação Física de uma turma do 5º ano do ensino fundamental no município de Pelotas-RS. Os alunos apresentaram média de 10 anos de idade. Consistindo em 27 alunos, 18 meninas e 9 meninos. Foram desenvolvidas atividades com o objetivo de conhecer e vivenciar a modalidade do Futsal. Através do diagnóstico, foi possível observar que entre os alunos havia alguns casos de violência e outros de desinteresse pela prática das aulas de Educação Física. Com o começo das aulas do estágio, foram constatadas que os alunos permaneciam mais atentos as atividades das aulas, de modo que os atos isolados de violência presentes entre eles durante o diagnóstico foram praticamente eliminados. Com a total exposição da criança na execução de movimentos desconhecidos e somada aos demais aspectos da realidade que permeia esta relação, há também a confiança, a autoestima e os relacionamentos dela com os colegas. O MGF mostrou ser menos intimidador para o executante durante a realização dos jogos. Entendendo-se o macrossistema que envolve a criança é que conseguiremos alcançar um melhor processo de ensino-aprendizagem. Isso nos permite conhecer e controlar melhor as variáveis psicológicas e sociais envolvidas no processo ensino-aprendizagem. O MGF enfatiza principalmente: o desejo de jogar da criança, trocas sociais, motiva aprendizagem, desenvolve inteligência tática, desenvolvimento moral, menos intimidador e não exclui a técnica. Conclui-se que as aulas pautadas no MGF são essenciais para o bom desenvolvimento dos alunos, pois estimulam o aprendizado de forma dinâmica e atuante tornando-os mais aptos a desempenhar as funções na prática da modalidade. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 11
  • 12. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 023 O PARADOXO ENTRE AS FACILIDADES E DIFICULDADES DA DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UBERABA/MG O CASO DA CIDADE DE FRANCO LIA, CARBINATTO MV. liliocnarf@hotmail.com Universidade Federal do Triângulo Mineiro Este estudo teve como objetivo investigar as facilidades e dificuldades no trato com a dança de professores de Educação Física do Ensino Fundamental da rede Municipal de Educação de Uberaba/MG . A metodologia de trabalho pautou-se na aplicação de um questionário no I Seminário de Educação Básica da rede supracitada, totalizando 15 sujeitos. Os resultados indicaram que as facilidades foram: a) a temática não exigir materiais específicos (n=2) ; b) receptividade dos alunos é positiva (n=6); c) afinidade do professor com a modalidade (n=2); d) materiais disponíveis (n=3); e) apoio da escola (n=3); e; por fim f) poder adaptar espaço (n=1). Já em relação às dificuldades foram apontados: a) espaço físico (n=8); pouca aceitação das crianças (n=8); b) pouco conhecimento da pratica por parte do professor (n=12); c) alunas mostram o corpo através da dança (n=1); d) alunos só querem dançar funk e axé (n=3); e) falta material (n=6); f) turmas numerosas (n=2); g) falta de propostas metodológicas que o embasam (n=1). Ao confrontar os dados percebemos alguns paradoxos: ao mesmo tempo que alguns professores indicam que o facilitador é a não necessidade de material, outros apresentam a falta de material como dificultador; enquanto que para alguns professores a receptividade dos alunos é positiva, para outros é negativa. É preciso que novas discussões sejam inseridas neste contexto dando subsídios aos professores para superarem cada obstáculo, como, por exemplo, criticar a dança enquanto uso do corpo como produto e/ou a dança enquanto conhecimento da cultura do povo e não venda de ritmos no mercado midiático. Para tanto, o segundo momento de nossa pesquisa ofertaremos um curso de capacitação, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação da referida cidade, no qual atividades pautadas nas respostas dos professores serão estudadas e propostas. Esperamos assim, contribuir na efetivação do tema dança dentro da Educação Física Escolar. 024 O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E A AVALIAÇÃO: DESAFIOS ENTRE A OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE FUZZI FT, THOMAZINI L. fabio.fuzii@cruzeirodosul.edu.br Universidade Cruzeiro do Sul Dentro do cenário de construir currículos que superem a herança psicobiológica pergunta-se “Qual Educação Física ensinar nas escolas?” e, consequentemente, “Como e quando realizar avaliações?”. Neste novo desafio, não se cabem mais avaliações ligadas à aptidão física e motora e tão pouca aquelas que privilegiam apenas uma parcela da cultura corporal. Nessa nova proposta, o presente trabalho objetivou analisar a prática de avaliação e suas representações desenvolvidas no ensino fundamental I com turmas do 3º ano, a partir do desenvolvimento de alguns conteúdos da cultura corporal. Verificou-se que as práticas de avaliação não conseguiram desvencilhar totalmente de seus estigmas tradicionais de nota e mensuração de conhecimento, assim utilizando a avaliação como instrumento de poder, evidenciadas na prática de recuperação. Faça-se o adendo que essas práticas produzidas são ditadas por processos burocráticos, como a exigência sobre o professor na atribuição de conceitos (escala de 1, 2, 3 e 4 por competências/habilidades alcançadas pelo aluno), evidenciando a sobreposição da objetividade sobre a subjetividade. No entanto, houve avanço no novo pensar avaliação ao incorporar práticas ligadas a construção de conhecimento. Os diários de bordo, rodas de conversa, criações coletivas foram utilizados e socializados para a turma. Soma-se que o professor utilizava de registros das aulas para subsidiar o processo de reflexão e suas ações pedagógicas que reconheciam os alunos e o desenvolvimento dos conteúdos. É a subjetividade ganhando espaço numa tentativa de desvincular as marcas historicamente atreladas a avaliação. Dessa maneira, percebe-se o professor que elabora metodologias interessantes, ensinando uma Educação Física com um olhar nos gestos culturais enquanto uma linguagem, um texto que está sendo escrito durante as aulas. Porém, emerge a dificuldade de pensar modelos de avaliação condizentes com essa perspectiva, dando a entender que a roupagem da avaliação criou práticas cristalizadas, ou seja, formou uma tradição. 12 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 13. 025 O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA DE ENSINO E APRENDIZAGEM DURANTE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALBA J, NEU AF. deiaalba@hotmail.com Universidade Federal de Santa Maria À formação inicial é conferido o papel de distribuição de saberes necessários para a futura prática docente. Nela são depositadas as mais variadas expectativas quanto à prática profissional futura. Diante disso, entendemos que a formação inicial por si só não prepara o acadêmico para o campo de trabalho, necessitando de maior experiência prática. Dessa forma, a realização deste relato de experiências teve como objetivo identificar a relação entre a formação inicial e Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) no Subprojeto Cultura Esportiva da Escola, bem como compreender a importância de ambos para a formação acadêmica. Os resultados encontrados advieram de um relato de experiência do caso de docência precoce do período de março a julho de 2013 durante uma oficina de Jogos Pré-Desportivos realizado com uma turma de 4° ano das séries iniciais do ensino fundamental. Como principais resultados podemos apresentar que da formação inicial esperamos bastante e acabamos por nos decepcionar com suas deficiências e intencionalidade generalista. Também podemos observar a necessidade de criação de programas de incentivo que aproximem a realidade escolar com o universo da formação teórico-prática. Corroborando com isso, temos o PIBID que pode ser considerado um desses programas que auxiliam de grande forma nessa aproximação com a realidade escolar e de suma importância para a formação inicial. Portanto, o PIBID proporciona a estudantes a oportunidade de experiência prática na área de educação física escolar caracterizando-se como uma importante ferramenta pedagógica durante a formação de profissionais qualificados. 026 O REGISTRO DE VALORES NO ENSINO DO JUDÔ SOUZA GB. gilmarsouza@usp.br Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação EM Dr. Benedito Laporte Vieira da Motta A Escola de Tempo Integral propõe cinco modalidades esportivas à cada turma, onde incluiu-se o judô, com ênfase na perspectiva da arte marcial para o ensino de valores. Este relato apresenta os registros de quais valores os alunos do quinto ano desenvolveram lutando judô. Os conteúdos programados foram: amortecimentos; uniformes; etiqueta e vocabulário; situações de domínio e fuga no solo e em pé; histórico do judô e contextualização no município. Iniciou-se o programa com um mapeamento, onde os alunos registram coletivamente suas expectativas a respeito das aulas e seus conhecimentos prévios sobre o judô, bem como suas concepções. Para tanto foram feitas duas questões: 1 - O que tem no judô? 2 - O que é preciso para ter uma boa aula de judô? As estratégias de ensino foram: Atividades lúdicas – a) Domínios de partes corporais, b) Conquistas de objetos, c) Desequilíbrio do adversário, d) Jogos de invasão; e) alternância de situações. Avaliação: para ilustrar a identificação, ampliação e organização dos conteúdos, os alunos apresentaram dois quadros comparativos: (A) sobre técnicas, (B) sobre a diferença entre luta e briga. E para verificar o reconhecimento, compreensão e visualização dos comportamentos realizaram-se rodas de conversa e depois se registrou por um dos alunos. Ao final do semestre perceberam-se preocupações com a integridade física dos colegas foi o mais importante e nítido resultado. Destacando-se ainda o respeito às limitações dos colegas e etiqueta; e o gerenciamento dos combates e das trocas entre parceiros de modo autônomo. Ao longo das aulas aprenderam a melhor utilização dos espaços, evitando pancadas, e quando ocorriam, ainda que raramente, não era motivo de conflito, pois sabiam que não era intenção do colega. Ao final do curso, os alunos refizeram as questões anteriores e responderam os valores desenvolvidos nas aulas. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 13
  • 14. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 027 OFICINA DE CULTURA BRASILEIRA NOS ANOS INICIAIS WELTER Janaine, WELTER Jaqueline, RIBAS JFM. janainewelter@gmail.com Universidade Federal de Santa Maria Este trabalho tem por objetivo relatar a prática pedagógica desenvolvida com as turmas de 4º e 5º ano do ensino fundamental a partir de uma oficina intitulada Cultura Brasileira através do Subprojeto PIBID “Anos Iniciais na Perspectiva Interdisciplinar” desenvolvida na Universidade Federal de Santa MariaRS. O PIBID é um Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. O subprojeto em questão apresenta como finalidade construir um campo de intervenção aos acadêmicos em formação inicial de educação física e pedagogia e professores em formação continuada através de práticas pedagógicas inovadoras nos anos iniciais do ensino fundamental. A metodologia consiste no relato de experiência dos bolsistas frente à prática pedagógica desenvolvida na escola. A oficina pedagógica se caracteriza pela troca de experiência, a medida que tanto o professor como o aluno aprendem no decorrer das aulas. Outra característica, é que a mesma não tem duração prevista, ou seja, esta variante está sujeita a realidade escolar, o interesse dos alunos, ou até atingir os objetivos propostos. Esta oficina vem sendo desenvolvida semanalmente e tem por finalidade: explorar e avançar o conhecimento sobre a cultura brasileira; identificar através da pesquisa no meio virtual os traços culturais característicos de diferentes regiões do Brasil; preservar as características sociais e culturais do país; desenvolver a criatividade expressiva através das atividades da dança e dos jogos populares sobre a cultura brasileira; promover reflexões nos discentes sobre a extensa diversidade cultural; destacar a importância e a necessidade de respeitar todas as culturas existentes em nosso país. Constamos que, a partir desta proposta que encontra-se em desenvolvimento, a necessidade de refletir acerca da influência e predominância deste conteúdo no espaço escolar, onde observou-se o envolvimento dos alunos frente as atividades, a interação entre os alunos, professores e bolsistas e o significativo conhecimento acumulado em relação a diversidade cultural brasileira. 028 OS BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NO AMBIENTE ESCOLAR PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES FÍSICAS FORÇA E FLEXIBILIDADE SOUZA AC, NOGUEIRA C, REX MM, MORAIS VS, NOBRE EC, MARQUES ED. alinelika92@hotmail.com Faculdades Integradas de Santo André A presente pesquisa tem o objetivo demonstrar a possibilidade de se trabalhar o conteúdo de Ginástica Artística nas escolas como parte integrante do currículo da disciplina de Educação Física, demonstrando os benefícios que esta prática pode trazer ao desenvolvimento de habilidades motoras e capacidades físicas dos alunos do primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Para alcançar este objetivo foi realizada uma pesquisa descritiva com a aplicação de testes motores. Para avaliar o nível de flexibilidade foi utilizado o Banco de Wells e para força, utilizou-se o teste Sit Up (flexão e extensão de quadril) em um grupo de aproximadamente vinte crianças, com idade entre 7 e 8 anos, de ambos os sexos, integrantes de uma sala de 2° ano do Ensino Fundamental de uma escola particular do município de Santo André. Os resultados indicaram que tanto as meninas quanto os meninos alcançaram resultados de flexibilidade acima dos padrões estabelecidos de acordo com a idade. A partir dos resultados obtidos espera-se que os profissionais da área sintam-se motivados a desenvolver aulas voltadas a atividades diferentes das que são tradicionalmente aplicadas como a Ginástica Artística, demonstrando a partir dos resultados obtidos com testes motores, os benefícios que esta prática pode trazer aos alunos, independente do gênero. Além disso, esta diversidade de conteúdos tem uma relação direta com os blocos de conteúdos que devem ser trabalhados no Ensino Fundamental, de acordo com Parâmetros Curriculares Nacionais, possibilitando outras oportunidades de vivências e experiências para enriquecer o repertório motor dos alunos, com o aprimoramento das capacidades físicas, desenvolvimento do esquema corporal, conscientização sobre as possibilidades de movimentação do próprio corpo, bem como a promoção da criatividade do aluno em relação à elaboração de séries e o trabalho com as atividades rítmicas e expressivas. 14 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 15. 029 OS JOGOS CIRCENSES NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR CHIODA RA, BOTOLETO MAC. chiodaef@gmail.com Faculdade de Educação Física - UNICAMP A educação física tem construído uma interessante relação com as atividades circenses, entendidas como práticas que compõem a cultural corporal. Esta aproximação vem gerando um número crescente de publicações acadêmicas que ressaltam a importância destes saberes como componentes curriculares da educação física escolar. O fomento da criatividade, a cooperação, a autossuperação, a possibilidade de pensar o corpo na sua dimensão estética, a busca por uma motricidade comunicativa e expressiva e o caráter lúdico das atividades circenses, estão entre os aspectos mais destacados pelos professores que relatam experiências pedagógicas neste âmbito. Considerando o caráter expressivo e lúdico que as práticas circenses podem ter, buscamos neste trabalho, debater as possíveis relações destas com o conteúdo jogo, também considerado fundamental para a educação física escolar. Surgem deste diálogo, os jogos malabarísticos, com a manipulação de diferentes objetos; os jogos acrobáticos, com ações complexas de controle corporal; os jogos clownescos, com a expressão de conteúdos dramáticos através da gestualidade; os jogos funambulescos que envolvem o equilíbrio corporal sobre objetos diversos e muitos outros jogos formando um “novo” universo lúdico. Deste modo, os denominados jogos circenses são apresentados como um recurso pedagógico para a incorporação das atividades circenses no contexto escolar. As regras e os componentes que constituem estes jogos incorporam a linguagem circense, revelando alguns de seus aspectos técnicos, estéticos e expressivos, buscando uma adaptação destes conhecimentos ao contexto escolar e aos saberes próprios dos estudantes envolvidos. Não se trata de reduzir o conteúdo Jogo apenas à um meio pedagógico, ou ainda de restringir o circo, enquanto linguagem artística, a um conjunto de jogos, mas de utilizar o potencial lúdico do jogo para permitir uma aproximação mais efetiva e prazerosa a uma parte dos seculares saberes circenses, e portanto, de viabilizar aos estudantes o acesso a estes. 030 PESQUISA-AÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: POSSIBILIDADES COM A GINÁSTICA RÍTMICA MAKIDA C, MERCE MA. cristiane.makida@gmail.com Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação Secretaria Municipal de Educação SP Com o objetivo de relatar o trato com a ginástica rítmica (GR) utilizou-se como método a pesquisa-ação de caráter descritivo, em uma escola municipal de São Paulo em turmas de 2° anos, com professora ingressante na rede. Com intuito de melhorar a pratica pedagógica, surgem os seguintes questionamento: Quais são as concepções de educação física existentes? Como sistematizar os conteúdos? Quais as possibilidades pedagógicas da GR descritas em diferentes produções científicas da área? E como sistematizar o conteúdo GR para o 2° ano do ensino fundamental? Esta pesquisa está embasada nas concepções críticas da educação física e a sistematização foi realizada em blocos de conteúdos: Ginástica rítmica, capacidades físicas, comportamento motor e estética, a qual estão interligadas durante o processo pedagógico. Resultados: Percebeu-se o reconhecimento por parte dos alunos das características básicas e específicas da ginástica rítmica, conseguindo conceituar, tomar atitudes frente a situações problemas vivenciada e participar efetivamente da aula, de forma crítica e reflexiva, identificando, conhecendo, criticando e transformando a prática, dentro das possibilidades da faixa etária. Conclui-se que diversificar os conteúdos valendose das abordagens críticas é uma prática possível, tratar o conteúdo desconstruindo seu caráter “esportivista”, reconstruir uma modalidade considerando as características do grupo, que haja participação de todos e o auxilio mútuo durante as aulas, desmembrando o conceito competitivo, individual e elitista. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 15
  • 16. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 031 PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA: LETRAMENTO E XADREZ GUIMARÃES SC, SOARES BE, SCHEUNEMANN R, MAGRI PEF. sabrina_pepa@hotmail.com Universidade da Região de Joinville O objetivo deste relato é apresentar atividades realizadas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência/ PIBID, da Universidade da Região de Joinville/UNIVILLE, subprojeto Educação Física e os resultados alcançados. O tema gerador da ação foi o Letramento e a formação docente; e o local a Escola Municipal Professor Avelino Marcante. Letramento é a condição de quem exerce as práticas sociais que utilizam leitura e escrita. É possível ensinar um jogo, uma atividade e um esporte partindo deste tema: um grande exemplo é o xadrez, jogo escolhido para esta ação. Por parte dos bolsistas, no primeiro momento foi necessário, leitura do histórico, características e regras, bem como o registro escrito acerca destes tópicos. No segundo momento veio à prática para compreensão do jogo no clube de xadrez da cidade, para na sequência planejar as aulas e aplica-las aos escolares considerando uma sequência didática. Conforme Blanco (1998, p.25) “O xadrez é uma continua elaboração, proposta e resolução de problemas, de tomada de decisões e de pensamento critico e criativo em situações de incerteza”, situação que o aproxima das práticas de letramento, quando estimula habilidades e capacidades cognitivas e emocionais como: inteligência, atenção, raciocínio lógico-matemático, habilidade verbal, numérica e autoestima. Como resultados é possível constatar, por meio da observação direta, que os escolares tem melhorado nos aspectos: concentração, reconhecimento das peças, dos movimentos e assimilação das regras do jogo. Para os bolsistas é possível afirmar que participar do PIBID, tem sido muito valioso, pois estar inserido na escola, interagido com os escolares e docentes, vem agregando e reforçando temas estudados na universidade e tornando a aprendizagem significativa durante a formação. Para o futuro, certamente essa experiência, irá representar atuação mais responsável, comprometida e qualificada no que se refere a o trabalho docente e ao reconhecimento das necessidades da comunidade escolar. 032 TRABALHANDO O TEMA AGRESSIVIDADE ATRAVÉS DA OFICINA DE JOGOS CONTEMPORÂNEOS NEU AF, VANINI UR. adriananeu09@gmail.com Universidade Federal de Santa Maria O contexto escolar frequentemente aparece arraigado por entre conflitos, indisciplina, violência, e uma infinidade de ocorrências, as quais precariamente conhecem-se seu significado e raras atitudes para exterminá-las ou ao menos amenizá-las nesse contexto. Desse modo, a realização deste relato de experiências teve como objetivo principal compreender as relações afetivas dos alunos do 4° ano nas oficinas pedagógicas de Jogos Contemporâneos do Subprojeto “Cultura Esportiva da Escola” do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) agregado ao Programa Mais Educação. Os resultados encontrados advieram de um relato de experiência do caso de docência precoce do período de agosto a dezembro de 2012. Pôdese observar que o conflito aparece bastante ligado à agressão física e verbal e que os agressores são geralmente os mesmos nas mais variadas situações vitimando os considerados mais fracos e menos agressivos. Para uma possível dissolução do problema, percebe-se a necessidade de compreender a raiz do mesmo para que se possa mediarlho e obter resultados positivos e satisfatórios. Da mesma forma, a formação inicial se mostra um tanto quanto insuficiente para lidar com essas situações surgidas na inserção docente precoce, sendo assim o PIBID um grande aliado na formação de professores. Podemos ainda ressaltar, que a maioria da literatura existente, ainda que escassa, aponta o diálogo como a melhor alternativa para o trato com o conflito escolar. Em suma, a agressividade, tanto física quanto verbal, compõe o ambiente escolar e o diálogo pode ser elencado como a principal alternativa de ação na amenização deste problema. 16 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 17. 033 VISITA AO “GIGANTE DA PAMPULHA”: INTEGRAÇÃO DE SABERES, CONHECIMENTOS COMPARTILHADOS POR UMA EDUCAÇÃO FÍSICA RESSIGNIFICADA MONTEIRO ITF, MONTEIRO DTL, PIMENTA MG. tiaramonteiro@gmail.com Universidade Federal de Goiás Com vistas à superação das infrutíferas clivagens do saber compartimentado, professores de Educação Física, Literatura e História do 2º ciclo, da rede municipal de Belo Horizonte, ensejaram um ensino que efetivamente ampliasse a formação dos educandos, de modo a promover a relação entre ciência, cultura e realidade e também possibilitar a inserção crítica e dinâmica no mundo. Assim, considerando os anseios discentes, e diante do contexto da cidade como uma das sedes da copa do mundo de 2014, definiu-se o trabalho: “A história do Mineirão”. Pesquisas foram feitas pelos alunos, estavam em voga discussões que compreendiam o estudo da história do Mineirão e, junto a este, o da Educação Física e da cultura corporal de movimento, como forma de linguagem historicamente constituída. Produções de variadas turmas abordaram a temática interdisciplinarmente: a discussão acerca da análise das diferentes fontes históricas, primárias e secundárias e o estilo literário nelas empregado foram também elementos analisados. A Educação Física era entendida ante um contexto sócio-histórico que, constantemente, a (re)produz e (re)significa. O mesmo ocorria com as aulas de História e Literatura. Tendo ocorrido tais etapas, pensamos: por que não uma aula para além dos muros da escola, em nosso grande objeto de estudo? Fomos ao Mineirão! O conhecimento produzido, as investigações ocorridas ao longo de semanas tornaram-se mais palatáveis. Não se tratava apenas do olhar ao desconhecido estádio de concreto, mas, sim, ao “Gigante da Pampulha”, historicamente constituído, literariamente analisado e fisicamente sentido por cada um. Concomitantemente guiados e guias (isto fruto das pesquisas), os alunos perceberam que é possível o olhar para o saber de modo completo e integrado, em que se encontra também o sabor, e que a Educação Física pode e deve ser um espaço para esse encontro. Nas palavras de um discente, espaço em que “meu coração bateu mais forte”. 034 “CANOAR” PARA EDUCAR BRAGA OO, KOECHE AP, FONTOURA M, DARONCO LSE. braga.braga@live.com Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação Universidade Federal de Santa Maria Boa parcela da população está excluída de espaços adequados, seguros e agradáveis para as práticas de atividades físicas, por muitas vezes, ficando restrita apenas a escola que oportuniza esse espaço a crianças e adolescentes. Em virtude desta, em agosto de 1997 iniciou-se o projeto “Canoagem na Escola”. Com objetivo oportunizar o contato com a canoagem e um espaço de lazer, com aulas teórico-práticas que incluísse além de conhecimentos sobre o esporte canoagem e suas modalidades, mas agregando conteúdos e ações práticas sobre condições ambientais, água, resíduos sólidos, entre outros. Utiliza-se, atualmente, o espaço do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Santa Maria para o desenvolvimento das aulas, que ocorrem em três vezes na semana contando com sessenta alunos de idades entre onze a dezessete anos de quatro escolas municipais, as mesmas são ministradas em turno oposto ao ensino formal, sendo aos sábados aberto a comunidade. Disponibiliza-se todos os equipamentos necessários à pratica, sempre com a orientação da Coordenadora do projeto e de Acadêmicos da Universidade Federal de Santa Maria, dos Cursos de Educação Física Bacharelado e Licenciatura, como também, de uma Acadêmica do Curso de Geografia Bacharelado. O projeto “canoagem na escola” oportunizado, numa iniciativa do SMK (Santa Maria Kayak e Cross Clube), com o apoio da FECERGS (Federação de Canoagem do Estado do Rio Grande do Sul) já resultou na participação de mais de duzentos alunos da rede municipal, sendo nove destes foram compor as seleções brasileira feminina e masculina de canoagem de velocidade. Mas sempre mantendo em vista seu objetivo de inclusão social e de oportunizar espaço de lazer, convivência e educação vindo agregar aos conhecimentos de sala de aula. Destacando a consistência e o quanto agrega a educação física escolar à diversificação das experiências na educação e formação dos alunos e acadêmicos. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 17
  • 18. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 035 A COPA DO MUNDO NA ESCOLA: RECONSTRUINDO O FUTEBOL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA SANTANA AA, NOZAKI JM. antonioedfisica@yahoo.com.br Rede Estadual de Ensino, Prefeitura de São Paulo; Departamento de Educação da UNINOVE O Futebol exerce uma grande influência nos costumes dos brasileiros, principalmente durante a Copa do Mundo, onde um sentimento de patriotismo toma conta de todos. Dessa forma, desenvolver esta temática tão popular nas aulas de Educação Física escolar pode dialogar com o cotidiano e os interesses dos alunos. Deste modo, esse trabalho teve como objetivo ampliar a visão dos alunos dos 8º anos sobre o Futebol, a partir do evento da Copa do Mundo. Para a realização dessa proposta foi realizada uma sequência didática relacionada ao futebol que envolvia: chamada temática sobre o tema; jogos e exercícios com fundamentos da modalidade; situações de ataque e defesa; mini jogos mistos; visita ao Museu do Futebol; análise e discussão de letras de músicas e imagens relacionadas ao tema; produção de texto com base nas reflexões e sensações provocadas pelo Futebol; e seminários sobre as regras do Futebol de Campo com registro individual para posteriormente realizarmos uma vivência do Futebol num campo do bairro, com alunos arbitrando o jogo. Paralelamente a estas atividades, os grupos tinham que produzir de acordo com os países que participavam da Copa do Mundo em 2010: cartazes com as características sobre o país, sua própria bandeira, um hino com as informações do país, uma coreografia com os elementos do futebol, uma apresentação de Futebol Freestyle, gírias do futebol (que deu origem a um dicionário ilustrado), um troféu com materiais recicláveis e fotos da preparação da Copa no bairro. Esse material resultou em uma exposição e um jornal sobre o tema; em uma sala temática sobre o Futebol no Dia da Leitura; e foi tema da festa junina daquele ano na escola. Percebeu-se durante o processo a participação efetiva dos alunos na construção do conhecimento, colaborando assim, para uma formação mais ampla, crítica e consciente sobre o fenômeno Futebol. 036 ATIVIDADES CIRCENSES NA EDUCAÇÃO FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA MINAS GERAIS EM UMA ESCOLA PÚBLICA NO INTERIOR DE OLIVEIRA FHS, OLIVEIRA CM. henriquesantana7@hotmail.com Escola Estadual Maurício Zákhia - MG Atualmente, uma diversidade de atividades circenses são facilmente acessadas nos grandes meios de comunicação, fato que vem atribuindo grande popularidade e causando profundas transformações na cultura circense. Com isso, torna-se necessário considerar a identidade desse grupo cultural, aspectos históricos, políticos e simbólicos, contribuindo assim para sua legitimação enquanto manifestação cultural. Objetivamos tematizar a cultura circense enquanto patrimônio da cultura corporal em uma perspectiva que privilegia a busca por autonomia e consciência crítica. Este projeto foi desenvolvido junto a alunos da comunidade da cidade de Ijaci, Minas Gerais, com turmas de 8º e 9º anos da Escola Estadual Maurício Zákhia. O primeiro momento consistiu em introduzir o circo na sua origem, aspectos sociais e políticos; em seguida foram introduzidas as modalidades; confecção de materiais; experiências práticas; e finalmente as avaliações através de diálogos e trabalhos descritivos. Foram experienciadas as práticas de malabares, perna de pau e corda bamba. Os materiais, (bolinhas de malabares, perna de pau, fita e estirante) foram confeccionados pelos estudantes ou disponibilizados pelo professor. O projeto se desenvolveu nas aulas de Educação Física durante o segundo bimestre de 2013. O número grande de alunos por turma e a escassez de materiais representaram as principais dificuldades, porém a divisão em grupos e a organização de regras durante a participação favoreceram o desenvolvimento das atividades. Os resultados indicaram principalmente que houve a superação da timidez e do medo. Determinação, cooperação, paciência, concentração, respeito e solidariedade foram profundamente despertados, além da grande aceitação por parte de todas as turmas do trabalho realizado. Finalmente, considerando o currículo como uma seleção cultural, concluímos que o circo, manifestação cultural por vezes marginalizada, constitui conteúdo legítimo de tematização na cultura escolar, em especial nas aulas de Educação Física. 18 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 19. 037 CONHECENDO A ESGRIMA SCHEUNEMANN R. rsch13@pop.com.br Universidade da Região de Joinville; PIBID Este relato tem por objetivo apresentar uma sequência didática realizada com alunos do 8° ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professor Avelino Marcante. A escola está localizada em Joinville, SC. Com o objetivo de proporcionar novas práticas corporais, bem como conhecer diferentes modalidades esportivas, foi vivenciada a esgrima. Na sua forma prática iniciou com educativos para a luta, com atividades em duplas, de forma a conhecer a movimentação exigida no esporte, além de gradativamente compreender as regras do mesmo. As atividades consistiam em exercícios de esquiva, movimentação frente/trás e equilíbrio, aproximando-se do jogo. Paralelo a estas atividades, foram propostos vídeos, expondo as lutas, suas regras e movimentações, aproveitando para discutir assim conceitos gerais desta modalidade, de forma ainda a conhecer seu percurso histórico, suas regras básicas e seu desenvolvimento atual. Após, com jornais, confeccionou-se espadas para, em seguida, realizar o jogo. Demarcou-se a pista de luta e dividiu-se os alunos em trios. Neste, um aluno do trio atuava como árbitro, fazendo valer os combinados das regras, enquanto os outros dois molhavam a ponta da espada na tinta guache que, assim, marcava o corpo do oponente quando acertado. Ao atingir uma pontuação x, definida pelo grupo, trocavam-se os papéis. A avaliação deu-se por meio de autoavaliação dos alunos e discussão em sala. O resultado alcançado superou em muito as expectativas, pois conseguimos compreender o esporte, com suas regras básicas; experimentar nova prática corporal, ampliando nossa cultura corporal de movimentos; e ainda ampliar também nosso conhecimento relativo a modalidades esportivas olímpicas, tão necessárias neste momento pré-Olimpíadas. A sequência com educativos, aliada às discussões por meio de vídeos em sala de aula, mostrou-se eficaz na relação ensino/aprendizagem, proporcionando aos alunos um partir do simples para o complexo e ao professor atuar de forma mais interacionista com os alunos. 038 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E CONTEMPORANEIDADE PEREIRA MCMC. pereiramcmc@uol.com.br Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação Escola Estadual Anhanguera - SP Esse trabalho visa apresentar um tópico sugerido nos documentos da proposta curricular de estado de São Paulo para a Educação Física, assim como em outros documentos e literatura pedagógica, referente à contemporaneidade de alguns temas referentes á Educação Física escolar e sociedade. Como professor substituto na escola estadual Anhanguera no ensino fundamental II, e ensino médio no primeiro semestre de 2013, estudamos o futebol mediante uma bateria de perguntas formulada pelo professor que versava sobre aspectos históricos dessa modalidade esportiva, mas que também apresentou uma questão muito explorada pela imprensa quando das passeatas por todo o país, quanto aos gastos públicos referentes à Copa do Mundo, Olimpíadas e Jogos Pan americanos. Os alunos envolvidos cursavam a oitava série e o primeiro ano do Ensino Médio. A pergunta aos alunos do ensino fundamental foi: “O PT e o ex-presidente Lula são muito criticados por patrocinar grandes eventos esportivos como os jogos Pan americanos, as Olimpíadas e a Copa do Mundo em 2013, gastando milhões de reais que poderiam ser utilizados em habitação popular, saúde, etc. Qual sua opinião a respeito?”. Dos 29 alunos que realizaram o trabalho, 2 se omitiram e 27 deram sua opinião a respeito.Dos 27 alunos que deram sua resposta, todos se mostraram contra a iniciativa, argumentando que o país teria outras prioridades com educação, saúde, transporte, habitação, reforma de aeroportos entre outros. Apenas um aluno fez uma ressalva declarando que o governo deve incentivar o esporte, mas também se posicionou contrário à iniciativa governamental. Lamentavelmente não foi possível desenvolver mais o assunto por uma questão de calendário escolar, mas fica aqui um exemplo de assuntos contemporâneos relacionado à escola e Educação Física escolar. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 19
  • 20. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 039 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E AS TRÊS DIMENSÕES DO CONTEÚDO: TEMATIZANDO AS DANÇAS NA ESCOLA BOCCHINI D, MALDONADO DT. danielbocchini@hotmail.com Universidade São Judas Tadeu Desde o lançamento dos PCNs da Educação Física ampliou-se as discussões sobre a necessidade de se ensinar diversas manifestações da cultura corporal enfatizando as três dimensões dos conteúdos. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi sistematizar um relato de experiência de um professor que trabalha com as três dimensões dos conteúdos. As aulas foram realizadas no segundo bimestre de 2013, com turmas de 6º ano do ensino fundamental, em uma escola pública localizada na zona leste de São Paulo, sendo tematizada a dança com essas turmas. Traçamos como objetivos para as aulas que os alunos vivenciassem algumas danças de diferentes regiões do país, aprendessem conceitos dessas danças e compreendessem que em cada cultura existe uma forma diferente de dançar. Iniciamos as aulas mostrando um panorama geral de diferentes danças existentes em cada região do país. Ainda nesse momento, mostramos vídeos para os alunos dessas danças. Após conhecer um pouco da história e dos movimentos das danças regionais, dividimos os alunos em cinco grupos, sendo que cada um destes realizou uma pesquisa sobre as características das danças em cada região do Brasil. Os componentes de cada grupo realizaram uma apresentação dos trabalhos e escolheram uma das danças pesquisadas para realizar durante as aulas. Os alunos ensaiaram as danças escolhidas e marcamos um dia para realizar as apresentações. Em sala de aula discutimos um pouco sobre as diferentes culturas existentes no Brasil e a importância de se respeitar todas as pessoas, etnias e costumes. Com a intenção de refletir sobre o preconceito racial na dança assistimos ao filme intitulado “no balanço do amor”. Para finalizar, fizemos uma discussão sobre as diferentes manifestações do funk. Concluímos que mesmo com diversas dificuldades de material e infraestrutura, conseguimos ministrar aulas que envolvessem as três dimensões dos conteúdos tematizando as danças nas aulas de Educação Física Escolar. 040 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: DA MOBILIZAÇÃO A INSERÇÃO DO PROJETO DE TRABALHO NO ENSINO FUNDAMENTAL II NÓBREGA CCS, OLIVEIRA CP, RODRIGUES MCV. nobregaccs@hotmail.com Prefeitura de São Paulo Este trabalho compreende a Educação Física escolar como espaço de emancipação, produção cultural e representação política e social. Assim, o projeto de trabalho atende aos objetivos educacionais específicos deste nível de ensino, pois se enfatiza a apresentação do educando, os procedimentos que lhe permitam organizar a informação e transformála em conhecimento próprio. Nesse diálogo intrínseco com os diferentes saberes (Língua Portuguesa, Tecnologia da Informação e Comunicação, Língua Inglesa e Educação Física), mobilizando atores e ambiente, explora-se a diversidade cultural, desenvolve-se a consciência corporal e a identidade social dos adolescentes. Portanto, o objetivo desse estudo foi averiguar como a Educação Física, pode através da cultura corporal de movimento mobilizar outros saberes, sobretudo, no questionamento da alimentação saudável. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa, com base na pesquisa-ação e envolveu a participação de adolescentes de quatro turmas do Ensino Fundamental II (8º séries) e três professores de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) localizada na cidade de São Paulo. Esta proposta foi efetivada em concordância com o Projeto Político Pedagógico da instituição e concretizado na realização do projeto de trabalho, a partir do qual foram organizados os conteúdos para a aprendizagem, num procedimento coletivo de intercâmbio cultural entre as turmas e professores. Os resultados foram fundamentais para a ressignificação do saber num procedimento interdisciplinar, por meio da aprendizagem colaborativa, até então, pouco presente na cultura organizacional. Estas manifestações oportunizaram a criação de várias interpretações sobre a alimentação saudável, bem como, a relação da mesma com a mídia, esporte, atividade física e a construção da imagem positiva do corpo. Essa experiência demonstrou a importância da contribuição dos diferentes saberes docentes no tratamento pedagógico com a Educação Alimentar, favorecendo o protagonismo, a corresponsabilidade cidadã dos educandos e professores envolvidos, valorizando as relações interpessoais e promovendo a política pública. 20 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
  • 21. 041 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA JANELA PARA EDUCAÇÃO EM VALORES MILANI AG, SOUZA JÚNIOR OM. manditasgm@hotmail.com UNESP - Rio Claro A educação em valores é um dos objetivos da escola, formando o aluno na conduta da ética e formação do caráter. A Educação Física como componente curricular obrigatório, além do ensino sobre a cultura corporal de movimento também deve se preocupar com a formação em valores. O presente estudo tem como objetivo analisar como um grupo de professores de Educação Física, que trabalha numa mesma escola, compreende a temática dos valores na sociedade, na escola e nas aulas de Educação Física. A metodologia utilizada apresenta um caráter qualitativo e será realizado um estudo de caso com um grupo de professores de uma escola Estadual do município de Rio Claro. A coleta dos dados ocorreu por meio de uma entrevista estruturada com questões abertas, os resultados foram distribuídos em duas categorias: função social da escola e da Educação Física e formação em valores. Na categoria função social da escola e da Educação Física os professores apresentaram diferentes papeis para a instituição e para o componente curricular Educação Física, isso se deve ao fato deles assumirem diferentes funções ao longo da história. Sobre a categoria de formação em valores os professores consideraram que a sociedade atual vive uma crise de valores, e que a escola deve contribuir com essa formação, porém a maioria deles reconhece a dificuldade para realização desse trabalho. Todos os professores consideraram também que a Educação Física contribui para a formação moral e ética dos alunos, por conta da sua especificidade, que oportuniza maiores momentos de integração entre eles. Conclui-se que a Educação Física na escola é uma janela para o trabalho com valores, porém esse deve ocorrer de modo intencional e planejado, sempre em conjunto com toda escola, a fim de contribuir para formação do cidadão ético, justo que irá atuar democraticamente na sociedade. 042 EFEITO DA ESTRATÉGIA DE SUPLEMENTAÇÃO DA APRENDIZAGEM NA AQUISIÇÃO DE UMA HABILIDADE ESPECÍFICA II NO ENSINO FUNDAMENTAL CONWAY C, PENELUPI ML, ALVES C, MADUREIRA F. kaui_f@hotmail.com Faculdade de Educação Física de Santos Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação Estratégias de suplementação da aprendizagem motora demonstram ser instrumentos imprescindíveis na aquisição de habilidades motoras específicas. Entretanto, a diversidade de possibilidades de uso de estratégias de suplementação de aprendizagens e as características específicas dos seus efeitos, necessitam que os profissionais se envolvam em pesquisas para mapear as melhores instruções no favorecimento da aprendizagem de habilidades. O presente estudo tem o objetivo de investigar três apresentações de suplementação da aprendizagem na aquisição da habilidade de arremesso no lance livre no basquetebol. A coleta foi realizada com trinta crianças com idade entre 11 e 15 anos que cursam o ensino fundamental II, divididos em quatros grupos: demonstração em seguida instrução verbal (GDI); instrução verbal e demonstração (GID); instrução verbal com demonstração (GI+D) e grupo controle (GC). Os alunos foram divididos de forma homogênea com relação ao desempenho inicial nas três condições. Para a análise do desempenho foram utilizados três tipos de pontuação: cesta (4), aro (2) e tabela (1), cuja somatória determinará o nível de desempenho. Após 3 sessões individuais de 20 arremessos cada, com instrução nos arremessos múltiplos de 4, os voluntários foram reavaliados. Não houve diferenças estatísticas nas investigações de pontuações totais. Pontuação total para o número de cestas (1X4) para o GC (pré 18±9,71; pós 17,33±9), GDI (pré 12,44±8,35; pós 13,33±8,24), GID (pré 16,8±7,72; pós 16,8±9,19) e GI+D (pré 21,33±7,44; pós 25,33±11,21). Pontuação total (somatória das variáveis, cesta, tabela, aro e erro) para o GC (pré 37,66±11,80; pós 41,66±12,35), GDI (pré 31±10,75; pós 31,88±14,06), GID (pré 35,6±12,20; pós 33,3±12,56) e GI+D (pré 42,5±11,55; pós 42,33±13,06). Houve diferença estatística para pontuação das variáveis que resultaram na pontuação total para Aro Pré (GC 20,33±3,88; GDI 20,22±6,28; GID 21,2±5,18; GI+D 19,66±4,63), Aro Pós (GC 24,66±5,16; GDI 22,88±4,25; GID 19,8±4,46; GI+D 20±4,38), Tabela Pré (GC 2,33±2,06; GDI 2,55±2,18; GID 1,4±1,17; GI+D 3,16±2,31), Tabela Pós (GC 1,5±1,37; GDI 0,44±0,72; GID 1,3±1,33*; GI+D 0,33±0,51), Erros Pré (GC -3±2,75; GDI -4,22±2,99; GID -3,8±3,08; GI+D -1,66±2,16) e Erros Pós (GC -1,83±3,60; GDI -4,77±3,59; GID -4,6±3,40; GI+D -3,33±2,65). O ponto central parece recair sobre a frequência de experiências para a aquisição da habilidade, que demonstrou não ser suficiente para que houvesse aprendizagem em nenhuma das condições. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 21
  • 22. Educação Física Escolar no Ensino Fundamental I e II XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação 043 EXPERIÊNCIA QUE FAZ A DIFERENÇA! ZOZ W, SCHEUNEMANN R, MAGRI PEF. willianzoz@hotmail.com Universidade da Região de Joinville; PIBID Por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID), realizado na Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE - vivencia-se a oportunidade de integração entre acadêmicos, professores das escolas públicas e universidade. O objetivo deste relato é apresentar as ações mais significativas realizadas pelo bolsista no programa, subprojeto de Educação Física, no período de um ano, com destaque para uma sequência didática. O PIBID - UNIVILLE tem como tema gerador o letramento. Para inserção do tema e aprofundamento do projeto, foi proposta a realização de uma sequência didática, desenvolvida em virtude das necessidades dos escolares, percebida pelo professor em conjunto com o bolsista Pibid. Neste caso, após a realização do exame biométrico, constatou-se que a turma de 6º ano do ensino fundamental apresentava excesso de peso, o que despertou o interesse pelo tema “benefícios do esporte”. Com aulas em quadra e discussões em sala, foi realizada a ação totalizando seis aulas. Como primeira atividade, a turma foi dividida em grupo, que por sua vez recebeu um texto sobre os benefícios do esporte que seria lido e apresentado na sequência por meio de um seminário. Apresentou-se a relação entre má alimentação, obesidade e sedentarismo e, em contrapartida, as vantagens de se praticar esportes, enfatizando o basquetebol (modalidade trabalhada na época), como meio de prevenir essa relação. Na prática realizou-se a modalidade de basquetebol, com atividades de fundamentos e jogo. Neste último, foi apresentado para os alunos, como o jogo requer condicionamento e energia, o que poderia incentivar a redução e ou controle do peso corporal, bem como prevenir o sedentarismo. Por meio dessas vivências no programa Pibid, conclui-se haver melhor preparação dos acadêmicos para a atuação docente, resultante da troca de conhecimentos entre o acadêmico a universidade e a escola, possibilitando uma amostra do trabalho docente. 044 INCLUSÃO ESCOLAR E EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DO PROJETO CANOAGEM NA ESCOLA VANINI UR, NEU AF. bira_rv@hotmail.com Universidade Federal de Santa Maria Atualmente a Canoagem é pouco difundida no ambiente escolar seja pela precariedade de materiais, local apropriado para a prática ou pela carência de um profissional qualificado nesta área da Educação Física escolar. Com base nisso, pretendemos verificar as contribuições da inserção das escolas da periferia de Camobi/Santa Maria no Projeto Canoagem na Escola, promovido pelo Grupo de Formação Inicial e Formação Continuada de Professores do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Desde o ano de 2008 o projeto Canoagem na Escola vem sendo desenvolvido gratuitamente três vezes por semana na UFSM em um lago que fica próximo ao CEFD. As aulas são caracterizadas como teórico-práticas com duração de três horas e meia. Os materiais utilizados para a prática são cedidos pelo Santa Maria Kayak e Cross Clube, entidade proponente. Esse projeto conta com uma professora coordenadora e Técnica em Canoagem além de cinco acadêmicos de Educação Física. Hoje o projeto contempla 60 alunos das séries finais do ensino fundamental originários das escolas: E.M.E.F. Vicente Farencena, E.M.E.F. Lívia Menna Barreto, E.M.E.F. Diácono João Luís Pozzobonn, E.M.E.F. Santa Helena e a E.E. Professora Margarida Lopes, com foco na inclusão social dos mesmos. A implementação do Projeto Canoagem na Escola, está trazendo resultados positivos para os alunos dessas instituições de ensino. Dentre eles podemos destacar o melhor relacionamento entre alunos/alunos e alunos/professores e até mesmo familiares, bem como a melhora no desenvolvimento das práticas de ações de educação ambiental. Dessa forma, podemos perceber que há um desenvolvimento tanto no sentido pessoal quanto escolar. 22 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.