XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras"
XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras". Evento realizado de 22 a 24 de novembro de 2013. Site do evento: http://seminarioefe.com
Semelhante a XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras"
Semelhante a XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras" (20)
Revista Paulista de Educação Física, v. 1, n. 1, 1986
XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras"
1. 001
A CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA PRÁTICA DOCENTE EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
SCARPATO MT, CAMPOS MZ.
martascarpato@uol.com.br
UNESP - São Paulo
Uma das grandes questões na formação de professores, que está denunciada na prática docente, é a fragmentação
da visão integral do aluno, que prioriza o aspecto cognitivo ao afetivo e motor e chega a não reconhecer a possível
interligação desses aspectos no processo de ensino-aprendizagem. Na Educação Física, especificamente, esta
visão reducionista de desenvolvimento do ser no processo educacional é observado nas práticas pedagógicas do
professor que enfatiza, muitas vezes, o aspecto motor ao cognitivo, afetivo e social dos alunos, reforçando a visão
fragmentada de desenvolvimento humano que permeia o processo de escolarização. Por esse motivo tomamos por
base de análise nesta pesquisa, uma ação pedagógica que favoreça a educação integral oportunizada pela interação
das dimensões afetiva, cognitiva e motora no desenvolvimento do aluno em aulas de Educação Física na escola.
Educação integral diz respeito a uma concepção de desenvolvimento do ser humano em sua totalidade o que
transcende as concepções redutoras que são difundidas no meio social e no processo educacional.
002
A FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E AS ABORDAGENS CRÍTICAS:
DADOS PRELIMINARES NA FORMAÇÃO INICIAL
SILVA EA, SILVA OO, ARAÚJO KGL, MENDES FS, SILVA AG, BALTAZAR MS, SANTOS RM, RIBEIRO CB, NOZAKI JM.
elisangelaed.fisica@hotmail.com
Universidade Nove de Julho; UNESP - Bauru
A trajetória histórica do professor propõe a formação inicial baseada nos domínios do conhecimento: específico,
pedagógico e político e na Educação Física tais dimensões abrangem diferentes abordagens de ensino para atuação
docente. Frente a esta premissa, observou-se que alunos da licenciatura apresentam dificuldades em compreenderem
como atuariam a partir das propostas críticas. Portanto, o presente estudo objetiva analisar as contribuições da
formação pedagógica para atuação docente de alunos do 6º semestre do Curso de Licenciatura em Educação Física
da Universidade Nove de Julho situada na Cidade de São Paulo na perspectiva das abordagens críticas. Realizouse uma pesquisa de natureza qualitativa do tipo descritiva, que na primeira etapa consistiu-se de um questionário
que aborda às disciplinas que contribuíram na formação geral e docente. Os dados revelaram que das disciplinas
que contribuíram na formação geral: 37% são da cultural corporal 26% biológicas, 13% ciências humanas, 12%
pedagógica, 9% todas e 3% mencionaram outras. Sobre a formação docente apareceram: 29% da cultura corporal,
25% pedagógica, 23% biológicas, 12% responderam todas e 11% ciências humanas. Em relação à atuação docente:
28% adotariam a abordagem construtivista, 23% críticas, 17% desenvolvimentista, 12% todas, 9% outras, 6%
cultural, 5% não responderam. Verificou-se não haver discrepância entre a formação geral e docente, uma vez que
estão cursando o 6º semestre do curso de licenciatura e ainda poderão tornar-se bacharéis. Dentre as abordagens
críticas mencionadas: 39% não especificaram, 43% adotariam a crítico-superadora e 18% a crítico-emancipatória.
Com o predomínio da preferência pela abordagem construtivista pode estar relacionada à aproximação com o
conteúdo jogos pela vivência como alunos e agora como professores. Concluiu-se, a priori, que tais dados podem
indicar lacunas no que se refere à importância dada às disciplinas relacionadas às ciências humanas que são
fundamentais para o conhecimento pedagógico e compreensão das abordagens críticas.
Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 1
2. Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
003
A IMPORTÂNCIA DO PIBID NO DEBATE SOBRE AS INICIATIVAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA
PARA PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
HERINGER DAT.
dionesioh@terra.com.br
Escola Municpal Adão Benezarth, Prefeitura Municipal de Vitória; CAPES
Este trabalho trata de um relato de experiências a partir da participação de um professor de educação física no
Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) na condição de professor supervisor de uma escola da
rede pública municipal de Vitória (ES) enfatizando as experiências de formação construídas ao longo de dois
anos de projeto. Baseado em uma estratégia de pesquisa-ação, o projeto ofereceu oportunidades singulares de
vivências de possibilidades de formação continuada em que os interesses e desejos do professor dialogaram durante
todo o tempo com as expectativas dos alunos bolsistas. Além disso, o projeto se consolidou a partir dos princípios
da cooperação entre a universidade e a rede pública de ensino, apresentando como prioridade a valorização da
cultura juvenil e a busca de superação do estado de fragmentação do trabalho realizado pelas várias disciplinas que
compõem o currículo escolar. Apresenta como viés prioritário o princípio de que “ler e escrever, qualquer que seja
o sistema de significado em que se realizem, são ações de fundamental importância para a ampliação do universo
cultural dos sujeitos e consequentemente para o fortalecimento de relações mais justas e libertas em sociedade”.
Nesse sentido, na materialização do projeto, a disciplina educação física, busca perceber as práticas corporais como
manifestações da cultura, isto é, compreende o movimento humano como uma forma de linguagem construída social
e historicamente. Nosso relato busca apresentar as várias iniciativas centradas no trabalho coletivo-colaborativosolidário em que é percebida a valorização da prática como instância formadora num processo contínuo de açãoreflexão-ação . Finaliza apresentando algumas considerações sobre as limitações das possibilidades de formação
continuada imposta pela forma como estão organizadas as escolas e discorre sobre a importância e necessidade de
ampliação dessas possibilidades.
004
A PERCEPÇÃO DE SI DE UMA PROFESSORA DE EDUCAÇÃO FÍSICA:
A AÇÃO PEDAGÓGICA SOB O FOCO DA AUTOSCOPIA
GALVÃO Z, CUNHA AC.
zgalvao@uol.com.br
Universidade do Minho - Braga - Portugal
O objetivo desse estudo foi apresentar, analisar e discutir o ato de conhecer-se-em-ação, possibilitado por gravações
em vídeo, de uma professora de Educação Física que atua na cidade de São Paulo/Brasil. A pesquisa, de natureza
qualitativa, teve como instrumentos e procedimentos a observação e gravação das aulas em vídeo, autoscopia e
entrevista semi estruturada. A professora participante da pesquisa é uma professora iniciante, entretanto com
reflexão sobre a prática bastante contundente. Aponta para a vontade de investigar, de refletir sobre a prática,
construir o fazer pedagógico consistente e crítico, capacidade de compreender a complexidade dos conhecimentos
relacionando-os. Além disso, apresentou excelente capacidade de realizar a leitura de sua ação pedagógica. Durante e
após o exercício de ver-se-em-ação reflete sobre si no momento da aula, como se vê e qual o impacto que causa nas
pessoas envolvidas no processo; reflete sobre diferentes ações dos alunos, as quais não consegue visualizar durante
a aula; faz uma autocrítica, sempre no sentido e intenção de mudança, entretanto, reflete sobre a fragilidade do
olhar, sobre a percepção das pessoas que visualizam a cena e dos vários olhares possíveis para um mesmo objeto.
Reconhece que a ampliação desse olhar é fruto do pensamento crítico, da experiência e dos saberes, revelando ampla
visão sobre a educação, sobre a Educação Física e sobre a complexidade que envolve o ato de ensinar e aprender.
Esta dimensão crítica e criativa permite uma união fecunda entre as variáveis estruturantes de uma educação
radical e plena - o professor, o aluno, e a aula como locus onde quase tudo se passa e se constrói. Os resultados
evidenciaram que a autoscopia favorece e possibilita a reflexão sobre e na ação pedagógica, nesse sentido, aponta
caminhos para uma formação profissional que contemple o real significado de “ser professor”.
2 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
3. 005
A PRÁTICA DE ENSINO ENQUANTO LÓCUS DE FORMAÇÃO E INVESTIGAÇÃO NO ESTÁGIO CURRICULAR
DE EDUCAÇÃO FÍSICA: CONSIDERAÇÕES DOS ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL
RUFINO LGB, FRANCO JÚNIOR JE, CECARELLI LR, SOUZA NETO S, IAOCHITE RT.
gustavo_rufino_6@hotmail.com
UNESP - Rio Claro
A formação inicial de professores de Educação Física deve estar atrelada ao desenvolvimento profissional, sendo
um dos alicerces dos processos de socialização secundária. Neste contexto, o estágio curricular deve envolver
tanto a universidade quanto a escola. A prática se torna lócus de formação e produção de saberes na perspectiva
de uma estrada de mão dupla, envolvendo diferentes atores sociais, como os escolares. Dessa forma, objetivou-se
investigar as considerações de alunos de uma escola pública estadual acerca do estágio curricular em Educação
Física ministrado por estudantes de uma universidade pública paulista, tendo como procedimento metodológico a
pesquisa qualitativa, estudo descritivo e como instrumento um questionário sobre a prática de ensino. Participaram
118 alunos, 60 do ensino fundamental II e 58 do ensino médio. Os resultados foram organizados a partir das
dimensões técnica (conteúdos), humana (subjetividade) e político-social (contextual). Para os alunos do ensino
fundamental a dimensão técnica (58%) prevaleceu sobre as dimensões humana (38%) e político-social (4%),
ocorrendo o mesmo com os alunos do ensino médio: dimensão técnica (70%), dimensão humana (23%), políticosocial (7%). Em função dos estágios terem sido desenvolvidos a partir dos planos de ensino dos professores, os
indicativos dos escolares referendam tal apontamento, valorizando o ensino dos conteúdos. O que é significativo,
mas também não desconsideraram as relações interpessoais provenientes do estágio, pois o ato de ensinar envolve
também uma obrigação moral. Os contextos sociais, por sua vez, não receberam maiores atenções, levando a
compreensão de um processo utilitarista que envolve cada vez mais as novas gerações, chamando a atenção para
a valorização da dimensão social das ações didáticas. Concluiu-se que a prática de ensino, enquanto processo de
iniciação a docência e, ao mesmo tempo, do professor em formação que investiga a sua prática leva a ver a escola
enquanto lugar de formação e de construção de saberes.
006
A RACIONALIDADE PRATICA NO CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA
CAMPOS MZ, SCARPATO M.
mzendron@unip.br
Universidade Paulista - São Paulo
O problema de pesquisa emerge de inquietações sobre a desvalorização da dimensão prática nos cursos de formação
inicial Licenciatura em Educação Física. Uma prática restrita à condição de ensino sob um modelo prescritivo da
racionalidade técnica que desconsidera o caráter da imprevisibilidade e singularidade da atuação docente. Na intenção
de discutir sobre essa dimensão prática, se defende uma nova racionalidade que emprega o exercício da prática
reflexiva e da interdisciplinaridade. Como pressuposto assume-se que o curso de formação inicial em Educação
Física deve: Promover a dimensão prática no curso, tal qual é previsto nas Diretrizes Curriculares CNE/CP 01 e
02/2002: prática como componente curricular. Prática concebida em todas as disciplinas do curso, e não apenas
como prática de ensino e estágio supervisionado, contribuindo para apreensão e apropriação de conhecimentos dos
conteúdos nelas previstos. Favorecer a interdisciplinaridade que garanta a contextualização do ensino na condição
da atuação integrada dos docentes no curso através de projetos de Atividade Prática Supervisionada (APS). O
objetivo de pesquisa fica assim delimitado: Discutir sobre a prática como componente curricular e identificar se
esta se constitui como prática reflexiva e interdisciplinar, defendendo uma proposta de racionalidade prática no
curso de Licenciatura em Educação Física de uma Instituição de Ensino Superior da rede particular do município
de São Paulo. Para alcançar o objetivo foi escolhida como metodologia um Estudo de Caso com abordagem
da Pesquisa Participante, em função da interação necessária entre pesquisadores, como parte do corpo docente
sujeitos da pesquisa, na instituição de ensino. Indica-se como instrumento de coleta de dados; atas de reunião e
questionário com docentes das disciplinas do curso. Dados que deverão servir para analisar a realidade da prática
nesse curso, à ser apresentada em reuniões do Núcleo Docente Estruturante (NDE), responsável por propostas
na matriz curricular.
Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 3
4. Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
007
ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
SILVA VLT, SILVA BAT, NISTA-PICCOLO VL.
profaverateixeira@hotmail.com
Faculdade de São Paulo
As situações do cotidiano, muitas vezes, conduzem o ser humano a ter atitudes de julgamento, análise e interpretações,
as quais determinam suas escolhas e seus conceitos sobre as coisas ou mesmo sobre outras pessoas. Esse
procedimento requer critérios previamente estabelecidos ou culturalmente determinados, pois estão relacionados
aos valores e a outros indicadores adquiridos a partir das interações mútuas do sujeito e o meio no qual se insere.
Portanto, os processos avaliativos estão presentes no cotidiano do ser humano. No contexto escolar, as questões
referentes às avaliações têm se tornado um desafio, não somente para os pesquisadores, mas principalmente para
os professores que têm a incumbência de realizar tal tarefa. Diversos autores relatam que muitas vezes a avaliação
no contexto escolar é confundida com exames e punições. Esse estudo, teve como objetivo investigar como o
professor de Educação Física tem realizado a avaliação de seus alunos no contexto escolar. A amostra foi composta
por sessenta e quatro professores de Educação Física, atuantes na rede pública das escolas pertencentes à Diretoria
de Ensino da região Centro-Sul, no estado de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de um questionário
misto, e analisados numa abordagem qualitativa pela técnica do fenômeno situado. Os resultados mostram que os
professores utilizam diversos instrumentos para avaliar seus alunos, porém, ficou explícita a falta de articulação,
interação e interdependência entre os processos de avaliação e de aprendizagem, bem como a falta de conhecimento
docente sobre o tema. Apontamos a necessidade de práticas avaliativas que tenham sentido e significado para alunos
e professores, as quais estejam articuladas ao processo de aprendizagem. Além disso, a avaliação deve ser definida
no projeto pedagógico da escola, e precisa fornecer dados para sustentar e reestruturar o percurso pedagógico
adotado pelo professor.
008
APRENDENDO A SER PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA:
O PIBID COMO LUGAR DO TRABALHO COLETIVO-COLABORATIVO DE FORMAÇÃO DOCENTE
COELHO MEF, ALVES CA, RIBEIRO FF, CAPARRÓZ FE.
merynha_nem@hotmail.com
Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo;
CAPES-PIBID
Este estudo é fruto de um projeto de pesquisa realizado pelo subprojeto de Educação Física do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) em
parceria com duas escolas da rede municipal de Vitória (ES). O PIBID visa aproximar os licenciandos da realidade
escolar a fim que estes possam, desde a formação inicial, ter contato com a atividade docente, já que esta se apresenta
como um dos campos profissionais com maior exposição a conflitos. O estudo visa aproximar docência e pesquisa
a fim que possamos identificar quais as dificuldades enfrentadas por professores em formação inicial e como essas
dificuldades podem ser enfrentadas em um trabalho colaborativo, ou seja, em parceira com dois professores que já
atuam em escolas, licenciandos bolsistas e coordenadores do PIBID. A metodologia utilizada se baseia nos princípios
da pesquisa-ação e na perspectiva crítico-colaborativa já que a colaboração é uma estratégia de grande utilidade
para enfrentar problemas ou dificuldades, em especial aqueles que não são fáceis ou viáveis de resolver de modo
individual. Para tanto, foram realizados relatórios de campo a partir de registros das experiências vivenciadas nas
escolas e nos momentos de estudos no grupo do PIBID. Os resultados evidenciam que os desafios encontrados
na prática docente podem ser minimizados quando os professores compartilham suas dificuldades com um grupo
de forma colaborativa. Concluímos que a aproximação entre pesquisa e docência, ainda na formação inicial, de
forma coletiva-colaborativa, pode ser uma grande aliada no processo de formação de professores capazes de
lidar com as dificuldades dessa profissão de forma crítica e reflexiva. Dessa forma, as angústias, medos, dúvidas e
alegrias se transformam em experiências que podem ser investigadas, analisadas, sistematizadas, num processo de
ação-reflexão-ação, orientando e reorientando a prática docente.
4 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
5. 009
APRENDER A SER PROFESSOR EM UM PROCESSO DE TRABALHO COLETIVO- COLABORATIVO:
EXPERIÊNCIAS NO PIBID EDUCAÇÃO FÍSICA/UFES
PLOTEGHER AT, RODRIGUES AB, RIBEIRO FF, CAPARROZ FE.
andreat.plotegher@hotmail.com
Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do Espírito Santo;
CAPES-PIBID
O presente estudo é fruto das ações realizadas pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID) do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O objetivo
é conhecer, interferir e compreender a prática pedagógica durante o meu processo de formação inicial por meio
das intervenções realizadas em duas escolas da rede pública de Vitória (ES). O grupo participante do programa era
composto pelos professores coordenadores de área, professores supervisores (professores das escolas parceiras) e
alunos bolsistas. A metodologia baseou-se em princípios da pesquisa-ação e da pesquisa colaborativa, por meio do
envolvimento de todos os sujeitos nos processos de diagnose, planejamento, execução das aulas, avaliação, grupos
de estudo, entre outros. O portfólio foi utilizado como registro de todo o processo de investigação, bem como
das minhas impressões, alegrias, dúvidas, angústias, possibilitando a tomada e retomada das minhas ações com
base nas reflexões proporcionadas pela aproximação dos conhecimentos obtidos no contexto escolar e também na
universidade. Diante da complexidade da prática pedagógica e do processo que envolve a constituição da identidade
docente, surgiram muitas indagações e situações-problemas no decorrer dessa experiência como: dificuldade em
elaborar um planejamento coletivo, a falta de interesse dos alunos, a falta de espaço na escola para a realização das
aulas e a complexa relação entre os integrantes do programa. A possibilidade de desenvolver um estudo em uma
perspectiva colaborativa trouxe elementos que oportunizaram enfrentar esses problemas por meio da troca de
experiências entre os integrantes do grupo. A conclusão obtida é de que a investigação aliada à intervenção, num
processo coletivo-colaborativo, configurou-se como um elemento central no processo de construção da minha
prática pedagógica e da minha identidade docente, além de ter proporcionado uma formação continuada para os
professores das escolas parceiras do programa.
010
AS DIFICULDADES ENCONTRADAS NA INSERÇÃO PROFISSIONAL DOS ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
A PARTIR DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO SUBPROJETO “CULTURA ESPORTIVA DA ESCOLA”
WELTER J, SAWITZKI RL.
jaquelinewelter11@gmail.com
Universidade Federal de Santa Maria
O presente estudo tem a finalidade de identificar as dificuldades encontradas na inserção profissional dos estudantes
de Licenciatura em Educação Física, participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência no
subprojeto intitulado “Cultura Esportiva da Escola”. Este tem como objetivo possibilitar um espaço de inserção
profissional aos acadêmicos de educação física a partir da iniciação à docência em busca de construir práticas
inovadoras na área de educação física escolar. Assim, são realizados semanalmente grupos de estudos para dialogar
e construir um espaço de debate com a comunidade acadêmica sob a problemática da cultura esportiva da escola,
seu entorno, bem como a busca de alternativas de ação. Nessa perspectiva, foram realizadas reuniões em que tinham
como ponto de partida as dificuldades enfrentadas pelos acadêmicos pibidianos. A partir disso, foram evidenciadas
as seguintes dificuldades: inclusão com alunos com necessidades educacionais especiais, indisciplina, agressividade,
falta de respeito, cooperação/ajuda, alunos com dificuldades e que não conseguem acompanhar os demais alunos
da turma, sexualidade precoce, intolerância, autonomia dos bolsistas para tomar atitudes, desinteresse dos alunos
pelo que é novo, bullying, dificuldades no processo de planejamento das aulas (sequenciação e hierarquização dos
conteúdos por ano), violência, problemas sociais (casa/comunidade), falta de atenção e constante desmotivação por
parte dos alunos e do professor. A partir disso, foram escolhidos pelo grupo cinco temáticas (inclusão/cooperação,
violência, bullying, relações sociais, planejamento) para serem realizados. Percebeu-se, que essas problemáticas
são poucas evidenciadas na formação inicial e que o subprojeto “Cultura Esportiva da Escola” possibilita um
campo de reflexão e debate que auxilia na formação de professores contribuindo para uma formação inicial com
melhores alicerces.
Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 5
6. Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
011
AS MÍDIAS NO CURRÍCULO DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA
PAIVA MS.
marcio_spaiva@hotmail.com
Universidade Federal de Pernambuco; Escola de Comunicações e Artes - USP
O presente estudo apresenta uma discussão sobre o tema mídias na educação nos currículos dos cursos de formação
de professores de Educação Física, e a análise de uma pesquisa realizada com vinte e quatro professores desta
disciplina que lecionam na periferia da cidade de São Paulo. A pesquisa tinha por finalidade avaliar e contextualizar
a forma como a temática mídias na educação foi apresentada aos docentes em sua formação inicial. A análise dos
resultados mostrou que 58% dos pesquisado relataram ter entrado em contato com o tema mídias em sua formação,
que apenas metade dos professores pesquisados elaboraram planos de aula, ou projetos sobre o tema mídias durante
a graduação, que 58% consideram sua formação insuficiente em relação às mídias, e que 87% dos professores da
amostra fazem uso das mídias em sua prática docente. Embora em uma analise mais profunda fique constatado
que dos vinte e quatro participantes, apenas três fazem uso das mídias de forma que coloquem os alunos como
protagonistas e produtores dos conteúdos midiáticos. O estudo mostra a importância das Instituições de Ensino
Superior tratarem o tema mídias na educação em seus cursos de formação, pois, é inegável a importância que os
meios de comunicação possuem em nossa sociedade, principalmente, as novas formas de comunicação baseadas
na informática e na internet. Sem a devida atenção ao assunto, dificilmente será possível formar professores que
integrem as mídias à sua prática em todas as suas potencialidades.
012
AS TEMÁTICAS DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NOS DOCUMENTOS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
SOARES AC, GÜNTHER MCC.
arielecarvalho18@hotmail.com
Universidade Federal de Santa Maria
O objetivo deste estudo é identificar e discutir as formas de abordagem das temáticas de saúde e qualidade de vida
presentes nas Diretrizes Curriculares para a Educação Municipal de Santa Maria/RS, na modalidade de Educação
de Jovens e Adultos. O método empregado foi o de análise do conteúdo dos documentos referentes às Diretrizes
Curriculares para a Educação Municipal da referida cidade, na modalidade EJA, juntamente com a Proposta
Pedagógica de Educação Física para EJA (BRASIL, 2002). A partir deste estudo pôde-se concluir que as diretrizes
municipais deveriam estimular uma visão mais questionadora sobre as temáticas da saúde e da qualidade de vida,
ampliando ações de formação continuada com os professores de educação física que atuam com a Educação de
Jovens e Adultos. Acredita-se que, dessa forma, haverá uma significativa contribuição para a área escolar, no que
diz respeito a futuros projetos que abordem a temática, beneficiando toda a classe acadêmica, e não somente os
profissionais de Educação Física.
6 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
7. 013
CONTRIBUIÇÃO DE UM PROJETO DE EXTENSÃO EM BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS NA FORMAÇÃO INICIAL
DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA
JESUS AS, LIMA LF.
andressasandrine@hotmail.com
Universidade Federal de Goiás
O objetivo deste trabalho foi descrever a experiência desenvolvida no âmbito do Projeto de Extensão “A inclusão
de pessoas com deficiência física ao basquetebol em cadeira de rodas no município de Catalão-GO e região”, o qual
visa desenvolver as metodologias de ensino-aprendizagem do BC, com o objetivo de qualificar/habilitar acadêmicos
do Curso de Educação Física da Universidade Federal de Goiás – Campus Catalão, para o trabalho com PD tanto
no âmbito escolar quanto fora da escola, bem como destacar os conhecimentos pedagógicos mobilizados pelos
acadêmicos em situação de ensino. Em face do trabalho que vem sendo desenvolvido avalia-se que possibilitar aos
acadêmicos em formação inicial a vivência em diferentes atividades formativas (estágios, projetos de pesquisa e
de extensão, eventos científicos) proporciona os mesmos se preparem para atuar como professores e treinadores
esportivos de PD, compreendendo a necessidade de estarem sempre utilizando abordagens e métodos de ensino
correspondentes às necessidades de aprendizagem de seus alunos, bem como estruturar melhor o ambiente de
aprendizagem a fim de garantir sucesso e satisfação de todos os envolvidos considerando as especificidades de
cada um.
014
CONTRIBUIÇÕES PARA UMA NOVA PRÁTICA PEDAGÓGICA A PARTIR DA PESQUISA-AÇÃO
SILVA LP, ALVES CA, MALFER GS, FIGUEIREDO ZCC.
lorrayne.silva1@hotmail.com
Universidade Federal do Espírito Santo; CAPES-PIBID
O presente estudo é parte de um desdobramento de um projeto realizado no Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência (Pibid), junto ao Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito
Santo (Ufes). Nosso objetivo é investigar as mudanças ocorridas na prática pedagógica de licenciandos que integram
o o programa por meio das experiências em duas escolas públicas do município de Vitória (ES), possibilitando
a construção coletiva da identidade docente dos mesmos. O trabalho justifica-se devido à importância que a
investigação das experiências docentes adquiridas na formação inicial vem assumindo no campo acadêmico como
um elemento que possibilita a compreensão do processo de formação de professores. Como estratégia metodológica
utilizamos os princípios da pesquisa-ação e do trabalho coletivo-colaborativo-solidário, fruto de um processo de
ação-reflexão-ação, em que todos os envolvidos no estudo, como professores das escolas parceiras, bolsistas do
Pibid, professores coordenadores e professores são partícipes (atores e autores), desmistificando a ideia de que o
professor da escola é apenas um simples consumidor do conhecimento que as universidades produzem. O futebol
foi o conteúdo escolhido devido à proximidade com os megaeventos que aconteceram em nosso país como a Copa
das Confederações e os eventos que ainda acontecerão como a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Os resultados
revelam que o estudo colaborativo provocou mudanças consideráveis na pratica pedagógica dos licenciandos e
dos demais professores integrantes do projeto. Além disso, o estudo tem proporcionado uma aproximação com
o universo escolar por meio de valores, experiências e conhecimentos a respeito da complexidade que envolve o
longo caminho do tornar-se professor, e consequentemente uma oportunidade de melhorias da formação docente
dos envolvidos. As dificuldades encontradas nesse processo apontam a complexidade que envolve a investigação
do contexto escolar, tais como o planejamento, a execução e avaliação das aulas.
Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 7
8. Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
015
DESENVOLVIMENTO DA GINÁSTICA NATURAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR DO ENSINO INFANTIL:
UMA EXPERIÊNCIA DE PREPARAÇÃO PROFISIONAL
ANDRADE EM, GONÇALVES KTO, SANTOS ES, GALLEGUILLOS VSB, OKIMURA-KERR T.
edsonmdeandrade@gmail.com
Centro Universitário Sant’Anna
O presente relato de experiência é o resultado da elaboração de um trabalho para a disciplina Ginástica Escolar do
Centro Universitário Sant’Anna. Inicialmente foi realizada uma pesquisa sobre os tipos de ginásticas existentes e, em
um segundo momento, elaboramos uma revisão bibliográfica sobre as origens e características da ginástica natural
com a aplicação e adaptação para o contexto escolar, especificamente a educação infantil. A partir do trabalho teórico
elaboramos uma vivência para os colegas de turma, pautada em movimentos da ginástica natural e aplicados de maneira
lúdica. Esta vivência foi constituída por exploração dos movimentos do tigre, gorila, aranha, escorpião e centopéia.
Nesta experiência sentimos necessidade de aplicar o projeto em uma escola. Logo, efetivamos uma primeira prática
com alunos de 4 e 5 anos do CEI Campo de Marte na cidade de São Paulo. A professora pedagoga participou das
3 aulas por nós aplicadas, pois se tratava de parte do estágio da faculdade e ela nos ajudava a organizar as crianças e
demonstrar os movimentos de uma forma mais lúdica e divertida. Denominamos o projeto de “ginástica dos animais”
para tornar o conteúdo mais interessante, e permitimos a exploração das potencialidades do próprio corpo por meio
de brincadeiras e movimentos semelhantes aos dos animais, como posturas e deslocamentos de lagartos, sapos, águias,
gorilas, tigres, acrobacias de macacos e animais domésticos. No decorrer das aulas de cinquenta minutos, foi constante a
presença de elementos gímnicos como a roda, rodante, impulsões com braços, saltos, saltitos e pontes. Percebemos que
na escola esses movimentos eram mais constantes e livres, inclusive nos intervalos e no parque, o que nos aproximou
da realidade das crianças e propiciou novas reflexões e possibilidades de aplicação deste conteúdo na escola. O grupo
considerou a intervenção muito importante para nossa preparação durante o curso superior e formação permanente.
016
ENTRE A EDUCAÇÃO FÍSICA “VIVIDA” E A EDUCAÇÃO FÍSICA “PENSADA”:
UM ESTUDO EMPÍRICO SOBRE AS REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS
RODRIGUES L, CUNHA AC, GALVÃO Z.
zgalvao@uol.com.br
Universidade do Minho - Braga - Portugal
A comunicação trata-se de um estudo empírico/exploratório realizado no âmbito da Prática Pedagógica no Mestrado
Profissional em Educação Física para o Ensino Básico e Secundário do Instituto de Educação da Universidade
do Minho (Portugal). Pretendeu-se verificar quais representações dos professores de Educação Física sobre duas
concepções de Educação Física: Educação Física Pensada (do currículo) ou vivida (do individuo). O grupo foi
constituído por oito professores do 2º e 3º ciclo, os quais correspondem, no Brasil, ao 5º/6º e 7º/8º anos do Ensino
Fundamental. Para a recolha de dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada e sua análise foi qualitativa.
Os resultados revelaram que, enquanto alguns professores elegem a técnica, eficácia e o direcionar os alunos para
os clubes, outros defendem que o que se pretende na Educação Física é que ela seja uma atividade de tomada de
consciência sobre a importância do corpo e do movimento enquanto expressão de vida. Também se verifica que a
concepções de saúde e lazer aparecem como áreas valorizadas. Outro aspecto relevante é a ideia expressa de que no
conjunto de todas as disciplinas escolares (curriculares) a Educação Física “é a única” que possibilita o movimento,
a corporalidade, a expressão de sentimentos/emoções. A partir disso, conclui-se que existe um movimento de
mudança de percepção de Educação Física escolar no país, historicamente calcada na racionalidade técnica. Por
meio de constatações resultantes da investigação sugere-se a redução da imposição programática (de grande cariz
desportivista) da Educação Física escolar.
8 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
9. 017
ESTADO DA ARTE DAS DISSERTAÇÕES RELACIONADAS À DANÇA NO AMBIENTE ESCOLAR
CARBINATTO MV, FERREIRA RM, FRANCO LIA.
liliocnarf@hotmail.com
Universidade Federal do Triângulo Mineiro; CAPES
Este estudo teve como objetivo investigar o estado da arte das dissertações relacionadas à dança no ambiente escolar,
no período de 2000 a 2011, pois este ultimo, fora o ano de disponibilidade de resumos fornecido pelo Banco de Teses
e Dissertações da Capes, sendo esta a base de dados utilizada na referida pesquisa. Assim, foram encontradas um
total de 517 dissertações contendo nas palavras-chaves, ou título, as palavras: dança, atividades rítmicas ou ritmos.
Do total de dissertações encontradas, observamos que apenas 24 estão relacionadas ao ambiente escolar, ou seja,
4,64%. Verificamos que das 24 dissertações 13 ganham destaque na área de conhecimento científico da Educação,
contemplando apenas seis a área da Educação Física, seguida de duas em Ciência da Motricidade, duas em Dança e
uma em Artes Cênicas. Concluímos que no Brasil ainda são mínimas as dissertações nessa temática o que acarreta,
inclusive em poucas produções nas discussões sobre a relação da dança dentro do ambiente escolar, explicitando
a falta de desvelo da parte dos pesquisadores da área em investigar esse assunto. Dessa forma, acreditamos que
se faz necessário voltar o olhar para a dança como aliada a educação física escolar, uma vez que já é sabido da
sua relevância dentro desse contexto, tanto no que se refere ao desenvolvimento em aspectos –físicos, mentais,
emocionais, atitudinais, como em sua importância explicitada em alguns documentos políticos oficiais, tais quais:
os Parâmetros curriculares Nacionais (PCN’s); Conteúdo Básico Comum de Minas Gerais (CBC); Cadernos de
Educação Física do estado de São Paulo; Livro de Capacitação aos Professores de Educação Física no Projeto
Segundo Tempo. Além da relevância afirmada nesses documentos, afirmamos que a dança é um tema aliado à
disciplina curricular educação física escolar e propostas de pesquisa poderão contribuir para a efetivação da sua
presença na prática de professores da educação básica.
018
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ESCOLA: A COMPREENSÃO DOS ALUNOS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ARAÚJO CM, ARRUDA LC, ZAGHI FHLS, LOPES P, SIMÕES R, MOREIRA WW.
carolmorais_7@hotmail.com
Universidade Federal do Triângulo Mineiro; NUCORPO; CAPES/REUNI; FAPEMIG
O objetivo deste estudo foi verificar o entendimento dos alunos do curso de Educação Física (EF) sobre o Estágio
Supervisionado (ES) II. A pesquisa foi realizada com dez discentes da disciplina ES II, regularmente matriculados
no 7º período 2012/2, no curso de licenciatura em EF da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri - UFVJM. Para a coleta de dados utilizamos um questionário com nove questões abertas, especialmente
elaboradas para esta pesquisa. Apresentaremos aqui a análise da questão: “Defina o Estágio Supervisionado”. Para
o tratamento dos dados, utilizamos a técnica de Análise de Conteúdo. A partir da análise dos dados, foi possível
estabelecer cinco unidades de registro, que contemplaram os seguintes temas: 1. Relação entre a teoria e a prática: foi
constatado nos depoimentos de cinco sujeitos que o ES é um momento de colocar em prática o que foi aprendido
na teoria, o que nem sempre ocorre de forma consensual; 2. Contato com a futura profissão: cinco discentes
destacaram a importância do ES para sua aproximação com contexto profissional de atuação (ambiente escolar);
3. Importância para a formação: dois sujeitos elencaram que o estágio é fundamental para o processo formativo do
professor de EF; 4. Contribuição com a escola: dois discentes mencionaram a oportunidade de contribuir com a
escola e os alunos, realizando um trabalho coletivo e diversificado. Concluímos, portanto, que o ES propicia um dos
momentos da formação em que o discente tem a possibilidade de compreender, através da intervenção, os saberes
necessários e os desafios de ser professor. Evidenciamos, através dos depoimentos, a presença da dicotomia entre
teoria e prática, sendo está, um desfio para os docentes do curso de formação de professores de EF. Através do
ES o discente começa a reconstruir sua atitude por meio de experiências e reflexões de forma autônoma e crítica.
Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 9
10. Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
019
EXPERIÊNCIAS EDUCATIVAS E INVESTIGATIVAS NO PIBID LINGUAGENS EDUCAÇÃO FÍSICA/CEFD/UFES
SEBASTIÃO LJ, RODRIGUES AB, ALVES CA, HERINGER DAT, CAPARROZ FE, FALCÃO JM.
lais.jopetipe@gmail.com
Universidade Federal do Espírito Santo
O presente trabalho resulta de um subprojeto de iniciação científica vinculado Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação a Docência (PIBID) do Centro de Educação Física e Desporto da Universidade Federal do Espírito
Santo PIBID/CEFD/UFES em parceria com duas Escolas Municipais Ensino Fundamental (EMEF) de Vitória/
ES. Programa esse, oferecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (Capes), com a
finalidade de valorizar o magistério e apoiar os estudantes das instituições públicas. Neste subprojeto, tivemos como
objetivos conhecer e refletir sobre as mudanças ocorridas em nossa ação pedagógica durante as intervenções no
PIBID realizadas em uma das escolas parceiras do projeto. A partir das aulas por mim ministradas, pude dialogar
com professores expondo as experiências que tive como professora/aluna. Partimos da elaboração de nove temáticas
que nos auxiliariam na construção do diagnóstico, tendo a possibilidade de avançar no tocante às intervenções. São
elas: 1) Projeto político-pedagógico; 2) O que os professores pensam sobre as aulas de Educação Física?;3) Quem é
o professor de Educação Física?; 4) A prática pedagógica do professor de Educação Física; 5) O imaginário social
do aluno em relação às aulas de Educação Física; 6) Temas transversais; 7) Aspectos organizacionais e físicos da
escola; 8) Relação escola e sociedade; 9) O que pensam a direção e o corpo técnico administrativo sobre as aulas de
Educação Física? Com os dados em mão, o grupo PIBID/Educação Física - professor coordenador, professores
supervisores e bolsistas – realizou reuniões para escolha do tema a ser trabalhado e, construção do cronograma
das observações/intervenções. Entendemos que essa experiência foi significativa na nossa formação docente, pois
tornou estreita a relação de contato com o cotidiano escolar, permitindo-nos, através das reflexões, encontrar as
alegrias e frustrações que o ser professor proporciona.
020
EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
NO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DA
FILGUEIRAS IP, BUENO TV.
belfilgueiras@uol.com.br
Universidade Presbiteriana Mackenzie; PIBID/CAPES
Neste trabalho investigou-se os resultados do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de
licenciatura em Educação Física da Universidade Presbiteriana Mackenzie para a formação inicial de 20 licenciandos
em Educação Física que participaram do programa entre agosto/2012 e outubro/2013. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, os instrumentos de coleta foram: documentos de planejamento e registro produzidos pelos bolsistas;
observação participante, questionários de avaliação e registros escritos das reuniões da equipe de trabalho. Os
dados foram tratados por meio da análise de conteúdo e da descrição. Os bolsistas atuaram em uma Escola de
Ensino Infantil do Município de Cajamar, atendendo 243 crianças de 1 a 5 anos; juntamente com uma professora
de Educação Física, 18 professoras de sala, 3 gestoras da escola e um docente universitário. Os alunos bolsistas
foram divididos em duplas ou trios, que eram responsáveis pelo planejamento e execução de atividades semanais de
30 minutos, em 15 encontros, por semestre, nos quais foram desenvolvidos projetos interdisciplinares integrando a
Educação Física às demais atividades da Escola. O trabalho formativo acontecia durante reuniões de planejamento,
na supervisão da prática e nos feedbacks dos formadores aos registros escritos dos alunos. Os resultados indicam
que a resposta positiva das crianças ao planejamento é um fator motivador para a docência; os registros da prática
por escrito e em vídeo garantem maior profundidade nas reflexões docentes, o debate em grupo e a troca de
dificuldades e estratégias garante que os bolsistas relacionem teoria e prática e aprendam a trabalhar a partir do
contexto real da Escola, compreendendo a diversidade entre as crianças e o papel fundamental do planejamento
na organização do trabalho educativo. Notou-se que o PIBID significou diferencial formativo para os bolsistas.
10 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
11. 021
EXPERIÊNCIAS PARTILHADAS POR PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM UM CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
APOLONIO AB, GUIMARAES J, NASCIMENTO KKNS, FERREIRA LA.
abapolonio@gmail.com
UNESP - Barueri; Núcleo de Ensino da Prograd - UNESP/Bauru
O modelo tradicional de formação continuada tem sido alvo de várias críticas, sendo a principal delas referente a
não participação dos docentes na construção desses cursos. Neste contexto, o estudo teve como objetivo analisar
um curso de formação continuada que envolveu ativamente os professores no decorrer do processo, dando
relevo as experiências partilhadas. O caminho metodológico utilizado foi de caráter qualitativo, orientado por um
estudo descritivo-interpretativo. Os dados foram coletados por meio de filmagens de oito encontros do curso
e posteriormente transcritos para análise dos dados. Participaram do estudo 20 professores de Educação Física
do ensino fundamental I e II. Os resultados apontam: 1. Para o conteúdo lutas: utilização de jogos; vídeos; uso
de objetos alternativos para brincadeiras de oposição, contextualização histórica e cultural. 2. Para o conteúdo
atividades rítmicas e dança: vídeos; debate sobre gênero; diferenças entre os estilos de dança; jogos e brincadeiras;
rodas cantadas; representação dos animais e dramatização da infância; estabelecimento de relações com o cotidiano
discente. 3. Para o conteúdo esportes coletivos: tematização dos jogos olímpicos. 4. Para o conteúdo atividades
gimnícas: atividades circenses; yoga e musculação para a construção de conceitos; circuitos mesclando exercícios
e brincadeiras; construção de brinquedos para atividades coletivas. 5. Para o conteúdo conhecimento sobre/do
corpo: discussão sobre nutrição, frequência cardíaca antes e depois da atividade física; higiene; feira dos nutrientes.
Diante dessas experiências podemos perceber que os professores tem se desafiado a ensinar conteúdos ainda pouco
desenvolvidos nas aulas de Educação Física escolar, além disso, evidenciam a utilização de estratégias de ensino
variadas, envolvendo elementos do saber ser, saber sobre e do saber fazer acerca da cultura de movimento. A
partilha de experiências coletivas como as que foram aqui identificadas sinaliza para o reconhecimento da formação
continuada que está sendo empreendida, valorizando a produção dos saberes dos professores.
022
FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E O TRABALHO COM A PESSOA COM DEFICIÊNCIA: O OLHAR DE ESTUDANTES ESPANHÓIS
SALERNO MB, TORRALBA MA, ARAÚJO PF.
marinafef@yahoo.com.br
UNICAMP; CAPES
O presente trabalho objetiva apresentar os dados obtidos junto a uma Universidade espanhola de referência na
formação de profissionais da Educação Física. Nesta primeira aproximação, analisamos o olhar dos estudantes que
cursam o aprofundamento em Educação Física sobre sua formação para atuação com pessoas com deficiência.
Coletamos os dados por meio de questionário aplicado aos alunos que cursavam, em 2013, o último semestre
do curso. Doze alunos aceitaram preencher o questionário, sendo que apenas sete o fizeram completamente
oferecendo dados que foram analisados qualitativamente. Inicialmente buscamos a temática estudada referente à
pessoa com deficiência nas disciplinas específicas sobre essa população; os mais citados foram: a atividade física
adaptada, inclusão e educação física escolar. E o que não foi assinalado nenhuma vez foi referente à legislação. A
contribuição dessas disciplinas para a formação, segundo os estudantes, foca a alteração do olhar que eles tinham
sobre esse grupo, dando maior confiança para o trabalho e ampliando o repertório de estratégias possíveis. Sobre
as disciplinas que não tratam diretamente da população com deficiência, dois alunos apontaram que todas elas,
em algum momento, abordavam essa população; porém, os demais disseram que as mesmas não tratavam desta
temática. A maioria dos alunos aponta que sua formação inicial para o trabalho com a população com deficiência
não foi ampla e como resultado dessa questão, os estudantes sugerem o aumento das disciplinas que tratam desse
grupo específico. Notamos que existe divergência de opiniões na percepção da formação inicial na educação física,
fato que é compreensível, já que as experiências pessoais influenciam na análise crítica de seu próprio saber. Este
fato, porém, não diminui a necessidade de se avaliar o curso de formação e propor alterações para que os estudantes
finalizem o curso com maior segurança para trabalhar com a população com deficiência.
Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 11
12. Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
023
FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE E EDUCAÇÃO PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
SCHREINER JR, SILVA AL, FAEZ A, BERNI CB, FRANKE CM, BORTOLUZZI EC, PEREIRA GA, FABRICIO IA,
SOLDATELLI MJ, TELÓ M, SOARES PF, GONÇALVEZ RB, HAMMERSCHMITT RK, OLIVEIRA T, ROTH MA.
jonasroberto2009@hotmail.com
Universidade Federal de Santa Maria
A disciplina de Saúde e Educação é ofertada no 3º semestre do curso de Educação Física – Licenciatura/UFSM.
A partir desta, realizou-se uma intervenção desenvolvida na Escola Estadual de Ensino Fundamental Profª Edna
May Cardoso- Camobi/Santa Maria-RS. O objetivo do trabalho foi conscientizar os alunos da importância dos
cuidados básicos com a saúde pessoal, buscando promover a saúde e a educação dos cidadãos. Outro objetivo
foi proporcionar aos acadêmicos, o conhecimento da realidade de uma escola pública e a relação da inserção
da disciplina da Educação Física escolar no contexto da saúde. No primeiro momento foram abordados vários
temas em relação a saúde pública e pessoal. Cada grupo (6) foi responsável por apresentar um tema em forma
de banner: fraturas, educação alimentar, lixo, piolho, banho e hidratação. Os banners foram distribuídos no hall
de circulação e refeitório da escola. As turmas participantes foram de Ensino Fundamental. Os banners foram
apresentados com figuras ilustrativas para despertar interesse dos alunos. Os acadêmicos realizaram apresentação,
em forma de diálogo e questionamentos o que despertou curiosidade, interação e conhecimento entre acadêmicos
e crianças. Participaram 24 acadêmicos, a professora responsável pela disciplina de Saúde e Educação, a diretora
da escola, a coordenadora pedagógica, 5 professores e aproximadamente 152 alunos. Dos temas propostos podese observar que, a maior integração crianças/acadêmicos ocorreu no banner do “banho do cascão” e “coleta de
lixo”. Outro momento a ressaltar foi no banner do “piolho”, no qual o acadêmico que apresentou tem deficiência
auditiva completa e é acompanhado por intérprete. Este despertou interesse e curiosidade por parte das crianças.
Acadêmicos, crianças e professores demonstraram interesse pelos temas e contribuiram para este momento de
integração e conhecimento. Para os acadêmicos essa atividade prática foi uma experiência diferente e excelente na
formação de profissionais em educação.
024
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA: REFLEXÕES E DESAFIOS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
LIMA LF.
lanafl2002@gmail.com
Universidade Federal de Goiás
Atualmente o Estado de Goiás possui para toda a rede de ensino um currículo uificado, consolidado por disciplina
e bimestralizado, tendo sido elaborado pela Secretaria Estadual de Educação com a finalidade de contemplar a
legislação brasileira e as especificidades das escolas em todo o Estado. Portanto, o currículo referência visa a
construção de um “currículo mínimo” pela rede, que indique expectativas de aprendizagem e que supostamente
permita adaptação à realidade local e disponibilização de material de apoio. O objetivo deste trabalho é relatar a
experiência do ensino do conteúdo curricular “Expressão corporal, ritmo, dança e aprendizagem sócio-crítica”
desenvolvida com três turmas da segunda fase do Ensino Fundamental de uma escola da rede estadual de ensino
da cidade de Catalão-GO. Essa experiência resulta das atividades desenvolvidas na disciplina de Estágio Curricular
Supervisionado I, ministrada para acadêmicos do quinto período do Curso de Educação Física do Campus Catalão
da Universidade Federal de Goiás (CAC/UFG).
12 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
13. 025
LUTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UM CAMINHO EDUCATIVO
SILVA JA, SILVA FH.
jair.aula@gmail.com
Universidade Camilo Castelo Branco
As lutas sempre estiveram presentes na vida do homem, antes como forma para sobrevivência, hoje como meio
de lazer, desporto e etc. A luta obtém um acervo cultural muito rico e competente em alcançar os objetivos da
Educação Física na escola, com as experiências motoras, o contato corporal, a elaboração de estratégias de jogos
de combates e ofertando uma troca de experiências entre os alunos. Este estudo teve por objetivo verificar como
o conteúdo das lutas é trabalhado nas aulas de Educação Física nas escolas públicas e particulares da cidade de São
Paulo por iniciativa dos professores de Educação. Física. A pesquisa caracterizou-se por uma abordagem quantitativa
a partir de análise descritiva, realizada nas escolas públicas e particulares, nas quais os dados foram coletados através
de questionários desenvolvidos por alunos da Faculdade Drumond e da Universidade Camilo Castelo Branco, com
uma amostra constituída de 200 professores de Educação Física, no total, sendo 100 profissionais da rede pública
e 100 da rede particular. Como resultados obtivemos os seguintes indicadores: 126(73%) utilizam as lutas em suas
aulas de educação física, apenas 37(18%) entende que o tema de luta é inadequado às aulas de educação física e
23(11%) sente que o aluno se torna mais agressivo na sala de aula, caso ele abordasse as lutas como conteúdo.
026
O CURRÍCULO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFLA:
REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO DOCENTE NA SOCIEDADE EXCITADA
MONTES FC.
fermontes9@hotmail.com
Universidade Federal de Lavras
Este estudo, proveniente do meu trabalho de conclusão de curso, se apresenta como uma tentativa refletirmos
criticamente o mecanismo de reprodução ideológica da Sociedade Excitada no currículo do curso de Licenciatura
em Educação Física da UFLA. Tendo em vista a forma de desenvolvimento da sociedade capitalista nos dias atuais,
retomados a partir das reflexões do filósofo alemão Cristoph Türke, na obra “Sociedade Excitada: Filosofia da
Sensação” de 2010, na qual ele observa como a sociedade atual utiliza seus recursos para se reproduzir e se expandir.
Para essa reflexão nos apoiamos também no ensaio de Adorno “Teoria da Semiformação” de 2010, no qual o
autor analisa a formação cultural na sociedade capitalista e o processo de conversão desta em semiformação. Por
isso, objetivamos perceber como esses mecanismos adentram nas universidades, inclusive nos cursos de formação
de professores e, sobretudo, no currículo, entendido aqui como um dos elementos centrais das instituições de
ensino, e vem assumindo a dimensão da racionalidade instrumental como fio condutor da formação. Limitando
a possibilidade dos estudantes vivenciarem um processo formativo voltado para a emancipação e da tomada de
consciência das relações sociais de dominação e exploração. Sendo assim, ao analisarmos uma série de aspectos
relacionados ao currículo do curso de formação de professores em Educação Física da UFLA, especialmente,
os conteúdos e a forma em que estão dispostos na estrutura curricular, além da perspectiva teórica que tange a
área, podemos perceber o caráter adaptativo do mesmo, que restringe a possibilidade dos estudantes perceberem
a historicidade de seu próprio objeto de estudo. Portanto, para colaborar com o desenvolvimento de estudos
comprometidos com a formação para a autonomia, enfatizamos que a constituição do currículo do curso Licenciatura
em Educação Física da UFLA, exige o confronto com os elementos que os constituem e reforçam uma educação
para a não emancipação.
Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 13
14. Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
027
O CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO: DESAFIOS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
CAMILO RC.
rodrigoccamilo@ig.com.br
Instituto de Educação Superior Orígenes Lessa
O objetivo desse trabalho incide em apresentar dados de um estudo teórico do currículo, elaborado para a formação
de docentes da rede estadual de Bauru/SP. Nesse estudo, explicitamos princípios e concepções do currículo, na
expectativa de subsidiar professores na compreensão e implantação efetiva desse documento nas escolas. O currículo
apresenta-se como uma orientação básica para o professor, explicitando a meta de garantir uma base comum de
conhecimentos a serem trabalhados nas escolas, enquanto uma rede. Este ponto é importante de ser explicitado
ao professor, já que observamos resistências por parte de alguns professores ao documento por considerarem que
este tira a autonomia do docente e reduz suas possibilidades de trabalho e criação. Outro ponto importante é a
Educação Física compreendida na área de Linguagens e Códigos, o que estabelece alguns contornos específicos e
aproxima a disciplina do conceito de cultura. Dois conceitos-chave para garantir a compatibilidade da Educação
Física com a premissas do currículo são o Se-Movimentar e Cultura de Movimento. É fundamental ao professor
a compreensão desses princípios para a configuração da prática pedagógica em consonância com o Currículo.
028
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM ESTUDO DESCRITIVO
FOLLMANN N, DUTRA L, RIBAS JFM, FERREIRA LS.
nattyfollmann_11@yahoo.com.br
Universidade Federal de Santa Maria; PIBIC/ CNPq
Este projeto de investigação visa a estudar e descrever a organização do trabalho pedagógico do professor de
Educação Física em escolas do sistema público municipal de Santa Maria. Tal interesse surgiu a partir de investigação
realizada, em 2012, em Santa Maria, objetivando analisar como acontece, no espaço e no tempo escolar, o trabalho
pedagógico de professores da Educação Básica. Do mesmo modo, durante processo de formação continuada de
professores da rede municipal, nos anos de 2011 e 2012, constatou-se a necessidade de aprofundar o conhecimento
da realidade e do modo como esses sujeitos produzem seu trabalho. Tendo em vista essas considerações, acredita-se
ser necessário investigar: qual o perfil psicossociográfico dos professores de Educação Física do sistema público
de Santa Maria e como estes descrevem o trabalho pedagógico que realizam? O ponto central do procedimento
metodológico consiste em identificar as contradições presentes no cotidiano, incluindo as possibilidades de
superação. No âmbito dos procedimentos e técnicas de pesquisa, propõe-se: a) efetivo trabalho de investigação;
b) sistematização, na perspectiva de garantir e subsidiar a produção do conhecimento por parte dos sujeitos
participantes do projeto. Para isso, será aplicado um questionário, resgatando as vivências e os sentidos que estes
professores atribuem ao seu trabalho cotidiano na escola. Em relação aos resultados, espera-se que essa investigação
possibilite que se reelaborem bases para formulação mais clara dessa categoria, de modo a esclarecer, também, qual
é e como se compõe o trabalho cotidiano dos professores. Pretende-se contribuir diretamente com a formação
continuada de professores que atuam em instituições de Educação Básica bem como junto aos gestores que vem
consolidando políticas públicas no âmbito da educação no município de Santa Maria e região. Consequentemente,
o referido estudo irá contribuir no processo de reflexão da prática pedagógica no processo de formação continuada
qualificando assim o conhecimento específico da área.
14 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
15. 029
PERFIL DAS AULAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR EM DIFERENTES FASES DO ENSINO
MADSEN L, MADUREIRA F, OLIVEIRA U, SILVA LA, BARTOLLOTO F.
madsenlouise@gmail.com
Faculdade de Educação Física de Santos - UNIMES
Ao longo do tempo o objetivo central da educação física escolar vem se modificando (PCNs, 1998), no entanto,
professores desta área de estudo, vêm abordando objetivos, conteúdos e estratégias de formas diferenciadas, e por
vezes, não pautadas em fundamentos acadêmicos. Este fenômeno parece se agravar na Educação infantil onde os
professores possuem limitados parâmetros a serem seguidos. Analisar o perfil dos principais objetivos de professores
a serem trabalhadas na educação física escolar. Foram avaliados (20) professores de educação física escolar de
escolas da cidade de Santos-SP, todos com mínimo 1 ano de experiência. Para verificar o objetivo geral e específico
destes profissionais foi elaborado um questionário com 7 perguntas: 1- Qual o objetivo geral abordado em aula
(OOG); 2- Quais os objetivos específicos abordados em aula (OOE); 3- Qual o conteúdo exercido em aula (CA);
4- Qual estratégia exercida em aula (EEA); 5-Qual período de programação das aulas(PPA); 6- Você possui planilha
de montagem de aulas (PMA); 7-Você tem aulas arquivadas (AA). Este questionário foi dividido para o ensino
infantil e fundamental. Para o ensino infantil os professores avaliados descreveram OOG comportamento motor
(50%), no OOE a coordenação motora (60%), CA foram conhecimentos sobre o corpo (30%) e atividades rítmicas
expressivas (30%), EEA são jogos de autossuperação, PPA foi semestral (50%), PMA 80% possui e 80% tem suas
aulas arquivadas. No ensino fundamental OOG foi comportamento motor (50%), OOE foi habilidades motoras
(60%), CA são jogos (50%) e EEA são jogos de autossuperação (60%), PPA é bimestral (60%), PMA 80% possuem
e AA (80%) possuem. Por meio dos dados obtidos pode-se constatar que a educação infantil, especificamente os
componentes curriculares, por não possuírem parâmetros curriculares a serem seguidos apresentam uma falta de
homogeneidade o que não aconteceu com o ensino fundamental.
030
PIBID EDUCAÇÃO FÍSICA UFES E FORMAÇÃO INICIAL:NARRANDO ITINERÁRIOS E EXPERIÊNCIAS
MOREIRA JL, ALVES CA, FIGUEIREDO ZCC, BERTO RC, FALCÃO JM.
jessica.lustosa@hotmail.com
Universidade Federal do Espírito Santo; CAPES/PIBID
O subprojeto de Educação Física do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) do Centro
de Educação Física e Desportos (Cefd) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) estimula o envolvimento
dos alunos, no início da graduação, com as experiências docentes em duas escolas municipais de ensino fundamental
de Vitória. Este estudo é fruto de um trabalho desenvolvido nesse programa e objetiva fomentar reflexões sobre
a minha experiência enquanto professora em formação, além de diagnosticar os fatores que engendram a prática
pedagógica nas aulas de Educação Física; compreender como esses fatores concorrem para tornar a prática
pedagógica, dinâmica, complexa, permeada por conflito de valores; e aproximar o conhecimento produzido na
universidade ao da realidade escolar. A metodologia utilizada foi a narrativa autobiográfica com o auxílio do portfólio.
A forma de trabalho baseou-se na perspectiva colaborativa, na qual os integrantes do programa (professores da
escola, professores universitários, licenciandos e os alunos da escola) foram autores na construção desse estudo. O
conteúdo desenvolvido foi o futebol, devido à proximidade com os megaeventos que aconteceram como a Copa
das Confederações e os que ainda acontecerão como a Copa do Mundo e Jogos olímpicos, possibilitando uma
chance de desenvolver esse tema para além do simples jogar, mas como um elemento da nossa cultura. Os resultados
apontam que a investigação da minha prática numa perspectiva colaborativa e num processo de aproximação dos
conhecimentos acadêmicos aos conhecimentos da prática me fez compreender que os obstáculos vividos nas
escolas, como as incertezas, angústias, e a complexidade da prática pedagógica são fatores que auxiliam a reflexão
sobre o tipo de professora que quero ser. Por fim concluo que esse estudo contribuiu para a minha formação
docente e dos demais professores envolvidos bem como oportunizou uma aproximação entre a universidade e as
escolas parceiras do programa.
Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 15
16. Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
031
PIBID: NOVAS POSSIBILIDADES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
FERREIRA PO, VIVAS ES, PERPÉTUO LN, FARIA CS, CARVALHO EF.
pati_o_f@hotmail.com
Universidade Federal de Lavras; CAPES
O subgrupo Educação Física elaborou no decorrer do ano de 2012 e 2013 projetos que aproximavam o graduando
do ambiente escolar, permitiam a reflexão e execução de diversas metodologias, abordagens e temáticas. Os projetos
pretendiam proporcionar aos alunos de uma escola da rede municipal de Lavras novas perspectivas das aulas
de educação física buscando temáticas diferenciadas. Foram desenvolvidos os projetos “Esportes de aventura”,
“Educação Postural” e “Construção de jogos e brinquedos com materiais alternativos”. Com o primeiro, almejou-se
proporcionar vivências nos “esportes na natureza”, levantar questionamento acerca dos espaços utilizados para as aulas
de educação física e trazer a discussão sobre consciência ambiental como uma das premissas das práticas corporais
no meio natural. Sendo a cultura corporal de movimento um instrumento para compreensão da realidade e do outro,
aliou-se a isso o tema “meio ambiente”, levando em consideração a possibilidade de mudanças de ambientes que tais
esportes permitem e a percepção do individuo das relações estabelecidas com o todo. O projeto “Educação Postural”
teve como finalidade a reflexão das consequências da postura inadequada, os benefícios de práticas corporais e a
consciência corporal de hábitos posturais incorretos. A escolha dessa temática deu-se pela necessidade de repensar
a postura nas atividades diárias e nas atividades físicas de modo crítico e autônomo. O tema abordado pelo ultimo
projeto teve como objetivo conceituar a importância do reciclar e reutilizar. Optou- se pelo referido tema, pois
através da construção de jogos é possível despertar o interesse em preservar a natureza e conhecer a importância da
reciclagem. As possibilidades construídas a partir dos projetos contribuíram significativamente para que as bolsistas
pudessem ter vivência da docência, construir valores e identidade, analisar metodologias e práticas de ensino, buscar
compreender as questões emergentes do cotidiano e aprofundar o conhecimento sobre as temáticas abordadas.
032
PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E O PLANEJAMENTO DE SUAS AULAS
ALMEIDA FFV, MOREIRA EC.
fran_aveloso@hotmail.com
Universidade Federal do Mato Grosso; CNPq
O presente estudo tem como objetivo verificar como os professores de Educação Física planejam suas aulas e quais
dificuldades enfrentadas neste processo. Para tanto realizamos uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa,
tendo como sujeitos 85 professores de Educação Física da rede Municipal de Cuiabá e como instrumento um
questionário contendo seis questões fechadas com possibilidades de justificativa de respostas. Constatou-se que 47%
dos professores elaboram planos de aulas contendo objetivos, conteúdos, estratégias, recursos e avaliação, porém,
professores que não fazem planos, mas apenas descrição das atividades ou não responderam a pergunta equivale
a 53%. Sobre a seleção e escolha dos objetivos, observou-se que 36% dos professores selecionam seus objetivos
de acordo com a faixa etária dos alunos e 25% selecionam objetivos de acordo com as necessidades de vivência
dos alunos. Em relação aos conteúdos privilegiados nas aulas, os jogos e brincadeiras, foram citados por 36% e
25% respectivamente; os menos assinalados foram lutas, ginásticas e esportes, com 6%, 5% e 1% respectivamente.
Sobre as dificuldades relacionadas à utilização dos conteúdos, à estrutura física inadequada e a falta de materiais
didáticos são os itens mais citados, totalizando 70% das respostas dos professores. No que se refere à superação
das dificuldades encontradas na aplicação de alguns conteúdos, verificamos que a troca de experiências entre
os professores e a utilização de materiais alternativos foram assinaladas por 65% dos professores. Na avaliação,
destacou-se a alternativa “trabalhos práticos” com 38%, apenas 15% dos professores consideram todos os aspectos
planejados como critérios avaliativos. Percebe-se que, o planejamento das aulas deve ser repensado, de forma que os
objetivos educacionais estejam coerentes com o projeto da escola, os conteúdos ampliados diante das possibilidades
da cultura corporal e, consequentemente, a avaliação realizada a partir de critérios que possibilitem avaliação dos
alunos e dos elementos da prática pedagógica do professor.
16 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.
17. 033
PROFESSORES-PESQUISADORES: USO DE VINHETAS PARA ANÁLISE DE SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
RELACIONADAS ÀS DEMANDAS AMBIENTAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
OKIMURA-KERR T, SANCHES NETO L, VENÂNCIO L, CONCEIÇÃO WL, CORSINO LN, ULASOWICZ C.
tiemiok@yahoo.com
EE Dona Ana Rosa de Araújo; Centro Universitário Sant’Anna; FAPESP
Um grupo de quatro professores se reuniu para discutir suas inquietações na Educação Física Escolar em 2005.
Desde então, outros “professores-pesquisadores”, como se autodenominam, juntaram-se a eles para discutirem
suas práticas pedagógicas. Há oito anos apontaram coletivamente uma proposta de sistematização dos conteúdos
que contempla os seguintes blocos: elementos da Cultura de Movimento, Se-Movimentar, aspectos pessoais/
interpessoais e demandas ambientais. Em suas reuniões mensais, entre os anos de 2006 e 2008, os professores
organizaram laboratórios didáticos dos temas que tratavam em suas aulas, vivenciaram e refletiram em conjunto
sobre diversos elementos culturais: brincadeira e jogo, dança, esporte, ginástica e circo, luta e capoeira, vivências
e atividades da vida diária. Variavam a ênfase no tema que aprofundariam, integrando à dinâmica da cultura
os demais blocos referentes ao movimento, ao corpo (aspectos pessoais/interpessoais) e ao ambiente. Neste
trabalho, o foco é apresentar os temas tidos como mais complexos no trato desses professores em suas aulas: as
demandas do ambiente, através de situações cotidianas evidenciadas com a elaboração de vinhetas. As demandas
foram classificadas como: administrativas e econômicas, estéticas e filosóficas, virtuais, históricas e geográficas,
sociológicas e políticas, físicas e naturais. No contexto da intervenção cotidiana, há perspectivas de adaptação e de
transformação dessas demandas do ambiente, que podem ser aprofundadas em conjunto com os alunos durante
as aulas. Ao longo de 2009, os professores buscaram referenciais que lhes permitissem avançar na teorização
sobre esses temas, tentando compreendê-los com mais distanciamento. Por meio da análise de vinhetas – relatos
breves de casos de ensino vivenciados pelos professores – compartilharam possibilidades concretas para trabalhar
tais temas, a partir do método de pesquisa-ação. Podemos perceber que os professores partiram de suas próprias
práticas educativas para teorizar e refletir coletivamente acerca da dinâmica do ambiente.
034
TORNAR-SE PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA: EXPERIÊNCIAS, NARRATIVAS E PRÁTICAS COLABORATIVAS
RIBEIRO MVR, RODRIGUES AB, BERTO RC.
maiquevinicius@hotmail.com
Universidade Federal do Espírito Santo; PIBID/CAPES
Este estudo objetiva produzir reflexões acerca do processo de tornar-se professor, numa perspectiva de aprender a
ser investigador da própria prática. Para isso, recorre às narrativas de formação (CHIENÉ, 2010) como dispositivos
metodológicos que nos permitiram substanciar o nosso ser nos termos da formação. Nelas, elencamos as experiências
vinculadas às atividades do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, desenvolvido na Universidade
Federal do Espírito Santo (PIBID/Ufes). Os dados foram produzidos na relação com uma escola municipal de
Vitória-ES, parceira do Programa, na qual desenvolvemos um projeto de ensino da Educação Física juntamente
com a turma do 7º ano do ensino fundamental. Em busca de compreender as relações de troca que acontecem
entre a escola e a universidade e produzir reflexões sobre elas, teve como foco a ação colaborativa (LOCATELLI,
2007), em diálogo com a noção de experiência (BENJAMIN, 1994), como elemento da coletividade e da partilha,
que ganha vida pela capacidade humana de intercambiar, compreendendo a aproximação e os intercâmbios
entre a escola e a universidade como meios para a formação docente tanto inicial quanto continuada dos sujeitos
envolvidos. Considera que o trabalho coletivo e colaborativo contribui para a elaboração de intervenções mais
significativas, tendo em vista o envolvimento dos sujeitos que assumem o compromisso de trabalhar em conjunto.
Nesta pesquisa, o intercâmbio de experiências atuou diretamente na constituição de modos diversos de tornar-se
professor de Educação Física, contribuindo para o desenvolvimento de outro olhar diante das situações que envolvem
o cotidiano da escola, especialmente, para pensar sobre o caminho que seguimos em nossos processos particulares
de nos tornarmos professores, seja qual for o nível de formação no qual nos encontramos, sem desconsiderarmos
que a escola é locus da produção docente, ou seja, um espaço no qual os professores podem aprender e apreender
a sua profissão (ABDALLA, 2006).
Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 17
18. Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras
XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação
035
UNIVERSIDADE PRIVADA E ESCOLA PÚBLICA: SEMANA DA CRIANÇA ESTREITANDO RELAÇÕES
MARCO M, ZACHARIAS V, MONTEIRO RAC.
meldemarco@uninove.br
Universidade Nove de Julho
No processo de formação do professor de Educação Física é fundamental a oportunidade de vivências práticas
no ambiente escolar. Assim como é relevante a relação estreita entre a Universidade e a comunidade por meio de
projetos de extensão. Betti e Betti (1996) afirmam que as experiências práticas ao longo da formação do profissional
de Educação Física são de extrema valia. Desta forma, este relato de experiência tem como objetivo apresentar e
divulgar as atividades recreativas que foram desenvolvidas na EMEF Dom Pedro I, situada no bairro de Vila Maria,
como parte da comemoração da semana da criança. Uma turma de 35 universitários em Educação Física organizou
e conduziu jogos e brincadeiras a 120 alunos de 3º e 4º anos do Ensino Fundamental – Ciclo I. Esta intervenção
deu-se pelo interesse da escola em realizar atividades comemorativas e as professoras responsáveis pela disciplina
de Recreação e Lazer, na Universidade, necessitarem de visita técnica aos alunos. As atividades consistiram em
rodas cantadas e brincadeiras populares com duração de 1 hora e 40 minutos sem o uso de materiais específicos.
Os alunos da escola foram divididos em grupos iguais para a realização de atividades na quadra coberta e no
campo de futebol. Os universitários apresentaram ao mesmo tempo entusiasmo e temor, pois era a primeira vez
que tinham tal oportunidade. Em pouco tempo houve boa interação com os alunos da escola, assim como com as
professoras responsáveis por cada sala. Registramos que o alto nível de satisfação dos funcionários da escola, dos
universitários e suas professoras e principalmente das crianças é algo a se destacar. Concluímos que se tratou de uma
relevante oportunidade de aprendizagem e interação entre a escola pública e a universidade, por isso, ressaltamos
a importância de valorizar e oportunizar mais vezes atividades de extensão.
036
UNIVERSO DE VALORES E CONHECIMENTO INTEGRAL DO PROCESSO FORMATIVO
MARANZANA MCF.
marileneferreira3@hotmail.com
EE Brasilio Machado - SP; Governo do Estado de São Paulo
A formação atual comtemporânea encontra-se em conflito entre o querer e o fazer. Todos queremos alunos em
condições de praticar os conhecimentos, da forma que nos façam sentir seguros quanto ao conteúdo administrado.
No entanto, os formatos apresentados desde o início da formação infantil, são voltados para um descompromisso
pessoal que os leva a uma leitura superficial do significado de uma etapa da vida que é a escola. Tem uma frase
que gosto muito que diz “ainda não inventaram nada para substituir a escola, portanto, não há como fugir”. Esse
papel formativo dentro do contexto escolar,deve ter um papel fundamental na vida dos alunos, porque nessa
realidade haverá uma cobrança mútua e com as necessidades aproximadas. O professor em início de formação
superior deve ter conhecimento que a sua escolha profissional, poderá não ser o mundo que ele imaginou e
idealizou. Ao contrário pode até representar o avesso de tudo que ele tinha imaginado. Isso está dentro daquela
preocupação inicial e final que os cursos devem buscar, para que o aprimoramento seja cultivado desde o início. Os
profissionais da educação física, ao fazerem sua escolha precisam de uma identidade harmonica entre o ser humano
e o ambiente em que ele vive. É muito difícil a condução de uma carreira que está em contato de hora em hora
com uma quantidade de pessoas de diversas faixas etárias, sem uma equipe auxiliar de qualidade e compromisso.
Costumo falar que a educação física é a bussola de uma instituição de ensino e seu termometro. Ela precisa estar
sempre muito bem trabalhada e teremos alguma chance de nos creditarmos, e repassarmos credibilidade enquanto
cidadãos e formadores de opinião. A prática da educação física é essencial e necessária em qualquer tempo por se
tratar de um benefício voltado para a saude individual e pública. O universo da formação deverá ser voltado para
a necessidade em resgatar e firmar os valores morais do cidadão, e a necessidade de um amplo conhecimento que
deverá ser reciclado e mantido ao longo de sua carreira.
18 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0.