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História
Professor José Knust.
2º Bimestre de 2014 - Leitura básica 3
O sucesso da expansão árabe, Albert Hourani
HOURANI, Albert. Uma História dos povos árabes. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p.44-5
No espaço de alguns anos, portanto, as fronteiras políticas do Oriente Próximo haviam mudado (...). A
mudança foi tão súbita e inesperada que exige explicação. Indícios descobertos por arqueólogos mostram que
a prosperidade e a força do mundo mediterrânico se achavam em declínio, devido às invasões bárbaras, à não-
manutenção de terraços e outras obras agrícolas, e ao encolhimento do mercado urbano. Tanto o Império
Bizantino quanto o Sassânida tinham sido enfraquecidos por epidemias de peste e longas guerras (...) Os árabes
que invadiram os dois impérios não eram uma horda tribal, mas uma força organizada, e alguns de seus
membros haviam adquirido habilidade e experiência militares a serviço dos impérios ou na luta após a morte
do Profeta. O uso dos camelos proporcionou-lhes uma vantagem em campanhas travadas em grandes áreas; a
perspectiva de conquista de terra e riqueza criou uma coalizão de interesses entre eles; e o fervor da convicção
deu-lhes um tipo diferente de força.
Mas talvez se possa dar outro tipo de explicação para a aceitação do domínio árabe pela população dos países
conquistados. Para a maioria deles, não importava muito que fossem governados por iranianos, gregos ou
árabes. O governo interferia muito na vida das cidades e regiões circundantes; tirando as autoridades e as
classes com interesses associados ao governo, e também as hierarquias de algumas comunidades religiosas,
os citadinos talvez não se incomodassem com quem os governava, contanto que tivessem segurança, paz e
impostos razoáveis. O povo do campo e das estepes vivia sob seus próprios chefes e segundo seus próprios
costumes, e pouca diferença fazia para eles quem governava as cidades. Para alguns, a substituição de gregos
e iranianos por árabes até trazia vantagens. Aqueles cuja oposição ao governo bizantino se manifestava em
termos de dissidência religiosa podiam achar mais fácil viver sob um governante imparcial em relação a vários
grupos cristãos, sobretudo quando a nova fé, que ainda não tinha um sistema plenamente desenvolvido de
doutrina ou lei, talvez não lhes parecesse estranha. Nas regiões da Síria e do Iraque já ocupadas por pessoas
de origem árabe, foi fácil para os líderes transferir sua lealdade dos imperadores para a nova aliança árabe,
tanto mais que desaparecera o controle antes exercido sobre eles por lakhmidas e gassânidas, estados clientes
árabes dos dois grandes impérios.
Glossário
Terraços: técnica de adaptação de terrenos montanhosos para melhor aproveitamento agrícola.
Estados clientes: Estados parcialmente autônomos que exercem um papel submisso ao poder de outro Estado
ou Império.
Questões:
1) Qual era a situação dos Impérios Bizantino e Sassânida quando da invasão árabe?
2) Quais eram os méritos militares árabes que explicam parcialmente seu sucesso na expansão?
3) Porque a população desses impérios muitas vezes não se incomodou com a conquista árabe?

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O suceso da expansão árabe, Albert Hourani

  • 1. História Professor José Knust. 2º Bimestre de 2014 - Leitura básica 3 O sucesso da expansão árabe, Albert Hourani HOURANI, Albert. Uma História dos povos árabes. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p.44-5 No espaço de alguns anos, portanto, as fronteiras políticas do Oriente Próximo haviam mudado (...). A mudança foi tão súbita e inesperada que exige explicação. Indícios descobertos por arqueólogos mostram que a prosperidade e a força do mundo mediterrânico se achavam em declínio, devido às invasões bárbaras, à não- manutenção de terraços e outras obras agrícolas, e ao encolhimento do mercado urbano. Tanto o Império Bizantino quanto o Sassânida tinham sido enfraquecidos por epidemias de peste e longas guerras (...) Os árabes que invadiram os dois impérios não eram uma horda tribal, mas uma força organizada, e alguns de seus membros haviam adquirido habilidade e experiência militares a serviço dos impérios ou na luta após a morte do Profeta. O uso dos camelos proporcionou-lhes uma vantagem em campanhas travadas em grandes áreas; a perspectiva de conquista de terra e riqueza criou uma coalizão de interesses entre eles; e o fervor da convicção deu-lhes um tipo diferente de força. Mas talvez se possa dar outro tipo de explicação para a aceitação do domínio árabe pela população dos países conquistados. Para a maioria deles, não importava muito que fossem governados por iranianos, gregos ou árabes. O governo interferia muito na vida das cidades e regiões circundantes; tirando as autoridades e as classes com interesses associados ao governo, e também as hierarquias de algumas comunidades religiosas, os citadinos talvez não se incomodassem com quem os governava, contanto que tivessem segurança, paz e impostos razoáveis. O povo do campo e das estepes vivia sob seus próprios chefes e segundo seus próprios costumes, e pouca diferença fazia para eles quem governava as cidades. Para alguns, a substituição de gregos e iranianos por árabes até trazia vantagens. Aqueles cuja oposição ao governo bizantino se manifestava em termos de dissidência religiosa podiam achar mais fácil viver sob um governante imparcial em relação a vários grupos cristãos, sobretudo quando a nova fé, que ainda não tinha um sistema plenamente desenvolvido de doutrina ou lei, talvez não lhes parecesse estranha. Nas regiões da Síria e do Iraque já ocupadas por pessoas de origem árabe, foi fácil para os líderes transferir sua lealdade dos imperadores para a nova aliança árabe, tanto mais que desaparecera o controle antes exercido sobre eles por lakhmidas e gassânidas, estados clientes árabes dos dois grandes impérios. Glossário Terraços: técnica de adaptação de terrenos montanhosos para melhor aproveitamento agrícola. Estados clientes: Estados parcialmente autônomos que exercem um papel submisso ao poder de outro Estado ou Império. Questões: 1) Qual era a situação dos Impérios Bizantino e Sassânida quando da invasão árabe? 2) Quais eram os méritos militares árabes que explicam parcialmente seu sucesso na expansão? 3) Porque a população desses impérios muitas vezes não se incomodou com a conquista árabe?