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As Mulheres da 1ª República Portuguesa

 Apesar de terem lutado pelos ideais republicanos e terem sido pioneiras, são
 pouco conhecidas as Mulheres da 1ª República.
 Elas defenderam ideais patrióticos e lutaram pelo desenvolvimento da sociedade e pela
 Implantação da República.


 “A República, minhas senhoras, não sendo uma forma de governo nova, nem
 perfeita – porque não há nada que em absoluto o seja – é no entanto mais
 lógica, mais compreensível à nossa inteligência e mais tolerável à nossa
 razão, dando-nos também mais garantias de progresso”. Citação do Discurso de
 Ana de Castro Osório na sessão fundadora da Liga Republica na das Mulheres Portuguesas, 28-
 08-1908.




                                                               Para   recordar   o   ideário
                                                               republicano e a vida de
                                                               figuras menos conhecidas do
                                                               movimento revolucionário de
                                                               há 100 anos, como é o caso
                                                               das mulheres que então se
                                                               destacaram, os CTT- Correios
                                                               de Portugal dedicaram uma
                                                               emissão de selos a essas
                                                               personalidades femininas.




A história tradicional não abriu espaço para que as mulheres surgissem como
sujeitos históricos. Do empenho dessas mulheres feministas e republicanas ficou,
apenas, na história oficial, que elas bordaram a bandeira da República!
Destacar tal facto, sem mencionar o seu pensamento e acção é muito pouco, por
isso recordemos algumas dessas figuras femininas.
Ana de Castro Osório
                                    Mangualde – 18 de Junho de 1872
                                    Setúbal – 23 de Março de 1935


                                    Intelectual, pedagoga, jornalista, ensaísta, conferencista,
                                    feminista e republicana, considerada uma das mais notáveis
                                    teóricas dos problemas da emancipação das mulheres foi uma
                                    dedicada e incansável lutadora pela igualdade de direitos,
                                    tendo sido pioneira em Portugal na luta pela igualdade de
                                    direitos entre homens e mulheres. Escreveu em 1905, Às
                                    Mulheres Portuguesas, o primeiro manifesto feminista.
                                    O poder dos homens na sociedade portuguesa de então fazia
com que ser mulher - e interventiva - fosse inevitavelmente uma arte. Ana de Castro Osório teve
essa destreza.
Neste âmbito, foi uma das fundadoras do Grupo de Estudos Feministas, em 1907, da Liga
Republicana das Mulheres Portuguesas, em 1909, da Associação de Propaganda Feminista, em
1912, da Comissão Feminina “Pela Pátria”, em 1916, a partir da qual se formou, no mesmo ano, a
Cruzada das Mulheres Portuguesas.
Casada com Paulino de Oliveira, membro do Partido Republicano, esta mulher aproximou-se desse
Partido, tendo após a instauração da República, colaborado com o Ministro da Justiça, Afonso
Costa, na elaboração da Lei do Divórcio.
É considerada a criadora da literatura infantil em Portugal, com a série de contos infantis “Para as
crianças” que publicou, entre 1897 e 1935, em fascículos. Muitas das suas obras foram traduzidas
para francês, espanhol e italiano
Foi iniciada na Maçonaria, passando a militar na Loja Humanidade.
Às Mulheres Portuguesas, escrita em 1905, foi uma colectânea de 250 páginas de artigos
fundamentais, sobre as principais questões femininas, onde exortou as mulheres ao “trabalho e ao
estudo”, que considerava “passo definitivo para a libertação feminina”, apelando para que as
mulheres não fizessem do amor “o ideal único da existência”. Ser feminista, dizia, é “desejá-las
criaturas de inteligência e de razão”. Sobre a rapariga portuguesa da época era implacável e
irónica: “não tem opiniões para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver
espavoridos os noivos”. Defendeu a igualdade de salários, “por igual trabalho, igual paga” e
afirmou que “nada mais justo, nada mais razoável, do que este caminhar seguro, embora lento, do
espírito feminino para a sua autonomia”. Em Às mulheres Portuguesas analisou detalhadamente a
situação da mulher e o casamento, da mulher casada perante o código civil e perante o trabalho.
Adelaide Cabete
                                                     Elvas – 25 de Janeiro de 1867
                                                     Lisboa – 14 de Setembro de 1935


                                                     Nasceu em Elvas no dia 25 de Janeiro de 1867.
                                                     Foi médica, professora, pedagoga e militante
                                                     republicana, tendo sido defensora da luta feminista.
                                                     De origem modesta, só iniciou estudos depois de
                                                     casar (1885) com Manuel Ramos Fernandes Cabete,
                                                     um sargento autodidacta, explicador de latim e grego,
                                                     que a incentivou e acompanhou naquele propósito.
Fez aos 23 anos, o exame da instrução primária e concluiu, aos 33 anos, a licenciatura em Medicina da
Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, com a tese A Protecção às Mulheres Grávidas Pobres.
Como médica, distinguiu-se no apoio às mulheres grávidas, na divulgação dos cuidados materno-infantis
(puericultura) e no combate ao alcoolismo, publicando sobre o assunto a obra Papel que o Estudo da
Puericultura, da Higiene Feminina deve Desempenhar no Ensino Doméstico (1913), Protecção à Mulher
Grávida (1924) e A Luta Anti-Alcoólica nas Escolas (1924). No Instituto Feminino de Odivelas foi professora
de Higiene.
Como republicana e feminista, desenvolveu intensa actividade militante a favor do estabelecimento
daquele regime político e pela dignificação do estatuto da mulher. Colaborou na imprensa feminista da
época e, designadamente, na revista Alma Feminina, que também dirigiu. Promoveu os primeiros
congressos abolicionistas da prostituição, participou na fundação da Liga Republicana das Mulheres
Portuguesas.
Em 1910 com duas companheiras, coseu e bordou a bandeira nacional hasteada na implantação da
República.
Colaborou também na organização do 1º Congresso Feminista e de Educação (1924). Representou o
governo português no 1º Congresso Feminista Internacional (1923) que decorreu em Itália.
Desiludida com a nova situação política do país resultante da imposição da ditadura do Estado Novo (1926),
saiu de Portugal e partiu para Angola, onde se dedicou sobretudo à medicina.
Foi iniciada na Maçonaria em 1907, na loja Humanidade (Lisboa), como o nome simbólico de Louise Michel.
ANGELINA VIDAL
                                                Lisboa – 11 de Março de 1847
                                                Lisboa - 1 de Agosto de 1917


                                                Nascida num meio culto, (o pai era maestro) e
                                                apesar de não ser uma família endinheirada,
                                                Angelina Vidal recebeu a educação própria das
                                                meninas “prendadas” do seu tempo.
                                                Órfã de pai aos 9 anos, vai para Viseu aos cuidados
                                                da família da mãe. Foi nessa cidade que deu início
                                                à sua vida literária sob o pseudónimo “republicana
                                                viseense”. Casou aos 19 anos com o médico
Augusto de Campos Vidal, diplomado pela Universidade de Coimbra. Ficou viúva, com cinco filhos
para educar.
A sua actividade de republicana, começou a evidenciar-se. Proclamou-se livre pensadora,
anticlerical. A projecção do seu nome levou-a ao Porto em 1880, iniciando em 1881 colaboração
com A Voz do Operário e foi evoluindo para ideias socialistas.
Uma controvérsia se instalou então: o seu marido servia a Monarquia. Ela combatia-a.
Viveu mal, com crises económicas gravíssimas, tendo colocado a hipótese de suicídio.
Angelina Vidal, notabilizou-se como educadora sobretudo na alfabetização das classes operárias
após a instauração da República. Como era contra a Monarquia, nunca lhe foi dado um lugar de
destaque no ensino, pois era vista como uma inimiga daquele regime político.
Mulher muito à frente para a época, hospedava-se com seus filhos em hotéis quando tinha de dar
conferências, coisa pouco vista na época. Era vaiada por uns, aplaudida por outros, mas legou-nos
imensos escritos em defesa da República, do operariado, da Mulher trabalhadora.
Foi das primeiras femininistas portuguesas que dizia entre outras coisas, que se ela “reconhecia
que a mulher tem os mesmos direitos que o homem e que é necessário instruí-la”. Conhece-se a
sua participação em pelo menos 78 jornais e periódicos, certamente um recorde nacional. Na
vastidão da sua obra, é difícil discernir as publicações jornalísticas ou literárias que não devam ser
consideradas educativas. O seu trabalho revelou sempre preocupação com a divulgação, a
formação e educação de crianças, jovens e adultos.
CAROLINA BEATRIZ ÂNGELO.
                                               Guarda – 1878
                                               Lisboa - 1911

                                               Nasceu na Guarda, onde frequentou o Liceu. Mais tarde
                                               ingressou na Escola Médico-Cirúrgica em Lisboa, onde
                                               concluiu o curso de Medicina em 1902.
                                               Foi médica, lutadora sufragista e fundadora da Associação
                                               de Propaganda Feminista, foi a primeira mulher a votar em
                                               Portugal, embora vivesse num país em que o sufrágio
                                               universal só seria instituído passados mais de sessenta
anos, ou seja, depois do 25 de Abril de 1974, pois só a democracia conferiu esse direito a todas as
mulheres em Portugal, ricas ou pobres, cultas ou não, solteiras ou casadas.
O voto depositado nas urnas para as eleições da Assembleia Constituinte, em 1911, pela médica Carolina
Beatriz Ângelo, constitui um episódio deveras exemplar de luta pela cidadania e pela emancipação da
situação das mulheres em Portugal, numa altura em que o direito de voto era reconhecido apenas a
"cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família".
Invocando a sua qualidade de chefe de família, uma vez que era viúva e mãe, Carolina Beatriz Ângelo
conseguiu que um tribunal lhe reconhecesse o direito a votar (à revelia) com base no sentido do plural da
expressão “cidadãos portugueses” cujo masculino se refere, ao mesmo tempo, a homens e a mulheres.
Como consequência do seu acto, e para evitar que tal exemplo pudesse ser repetido, a lei foi alterada no
ano seguinte, com a especificação de que apenas os chefes de família do sexo masculino poderiam votar.
Carolina Beatriz Ângelo foi assim, também, a primeira mulher a votar no quadro dos doze países europeus
que vieram a constituir a União Europeia (até ao alargamento, em 1996).
Foi a primeira médica a operar no Hospital de S. José.
Encontrámo-la com Maria Veleda, Adelaide Cabete e Ana de Castro Osório na Liga Republicana das
Mulheres Portuguesas, onde lutaram pela implantação da República e pelo direito de voto das
mulheres portuguesas.
MARIA VELEDA
                                    Faro – 1871
                                    Lisboa – 1955

                                     Professora     do   ensino     primário,    feminista,
                                    republicana,     livre-pensadora     e   espiritualista.
                                    Maria Veleda foi uma mulher pioneira na luta pela
                                    educação das crianças e dos direitos das mulheres e
                                    na propaganda dos ideais republicanos, tendo-se
revelado uma importante feminista portuguesa, no combate pelos direitos das mulheres.
Tendo-se estreado na imprensa algarvia e alentejana com a publicação de poesia, contos
e novelas, dedicou-se depois aos temas feministas e educativos. Defendia a educação
laica e integral, em que se aliassem a teoria e a prática, a liberdade, a criatividade, o
espírito crítico e os valores éticos e cívicos. Num tempo em que a literatura infantil quase
não existia em Portugal, publicou, em 1902, uma colecção de contos para crianças,
intitulada «Cor-de-Rosa» e o opúsculo “Emancipação Feminina”.
Em 1909, por sua iniciativa, a «Liga Republicana das Mulheres Portuguesas» fundou a
«Obra Maternal» para acolher e educar crianças abandonadas ou em perigo moral,
instituição que se manterá até 1916, graças à solidariedade da sociedade civil e às receitas
obtidas em saraus teatrais, cujas peças dramáticas e cómicas Maria Veleda também
escrevia e levava à cena. Em 1912, o governo nomeou-a Delegada de Vigilância da Tutoria
Central da Infância de Lisboa, instituição destinada a recolher as crianças desamparadas,
pedintes ou delinquentes, cargo que ocupou até 1941.
Consciente da situação de desigualdade em que as mulheres viviam, numa sociedade
conservadora e pouco aberta à mudança, iniciou, nos primeiros anos do século XX, um
dos maiores combates da sua vida: defender a igualdade de direitos jurídicos, cívicos e
políticos entre os sexos. Nesse sentido, criou cursos nocturnos no Centro Republicano
Afonso Costa, onde era professora do ensino primário, e nos Centros Republicanos
António José de Almeida e Boto Machado, para as ensinar a ler e a escrever e as educar
civicamente.
Entre 1910 e 1915, como dirigente da «Liga Republicana das Mulheres Portuguesas» e
das revistas A Mulher e a Criança e A Madrugada, empenhou-se na luta pelo sufrágio
feminino, escrevendo, discursando, fazendo petições e chefiando delegações e
representações aos órgãos de soberania. Combateu a prostituição, sobretudo, a de
menores, e o direito de fiança por abuso sexual de crianças.
Convertida ao livre-pensamento e iniciada na Maçonaria, em 1907, aderiu também aos
ideais da República e tornou-se oradora dos Centros Republicanos.
O combate à monarquia e ao clericalismo valeu-lhe a condenação por abuso de liberdade
de imprensa, em 1909, além das constantes perseguições e ameaças de morte, movidas
por alguns sectores católicos e monárquicos mais conservadores.
Desiludida com a actuação dos governos republicanos que não cumpriram as promessas
de conceder o voto às mulheres nem souberam orientar a República de modo a
estabelecer as verdadeiras Igualdade, Liberdade e Fraternidade e construir uma
sociedade mais justa e melhor, abandonou o activismo político e feminista em 1921.
Maria Veleda dedicou a vida aos ideais de justiça, liberdade, igualdade e democracia e
empenhou-se na construção de uma sociedade melhor, onde todos pudessem ser felizes.
VIRGÍNIA QUARESMA
                                     Elvas – 1882
                                     Brasil - 1973


                                Foi a primeira mulher a exercer jornalismo em
                                Portugal. Foi colaboradora muito activa nas redacções
                                dos jornais O Século e A Capital.
                                Foi das primeiras mulheres a licenciarem-se pela
                                Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
                                Fundou        a   primeira   agência   de   publicidade   no
jornalismo. No período que se seguiu à Implantação da República até ao Movimento de
28 de Maio de 1926, esta jornalista distinguiu-se em importantes reportagens de teor
político e social.




                     Trabalho realizado pelos alunos do 9º Ano, Turma G
                     Disciplina de História
                     Professora – Teresa Paula Rodrigues

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2011 07-27 - mulheres republicanas

  • 1. As Mulheres da 1ª República Portuguesa Apesar de terem lutado pelos ideais republicanos e terem sido pioneiras, são pouco conhecidas as Mulheres da 1ª República. Elas defenderam ideais patrióticos e lutaram pelo desenvolvimento da sociedade e pela Implantação da República. “A República, minhas senhoras, não sendo uma forma de governo nova, nem perfeita – porque não há nada que em absoluto o seja – é no entanto mais lógica, mais compreensível à nossa inteligência e mais tolerável à nossa razão, dando-nos também mais garantias de progresso”. Citação do Discurso de Ana de Castro Osório na sessão fundadora da Liga Republica na das Mulheres Portuguesas, 28- 08-1908. Para recordar o ideário republicano e a vida de figuras menos conhecidas do movimento revolucionário de há 100 anos, como é o caso das mulheres que então se destacaram, os CTT- Correios de Portugal dedicaram uma emissão de selos a essas personalidades femininas. A história tradicional não abriu espaço para que as mulheres surgissem como sujeitos históricos. Do empenho dessas mulheres feministas e republicanas ficou, apenas, na história oficial, que elas bordaram a bandeira da República! Destacar tal facto, sem mencionar o seu pensamento e acção é muito pouco, por isso recordemos algumas dessas figuras femininas.
  • 2. Ana de Castro Osório Mangualde – 18 de Junho de 1872 Setúbal – 23 de Março de 1935 Intelectual, pedagoga, jornalista, ensaísta, conferencista, feminista e republicana, considerada uma das mais notáveis teóricas dos problemas da emancipação das mulheres foi uma dedicada e incansável lutadora pela igualdade de direitos, tendo sido pioneira em Portugal na luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres. Escreveu em 1905, Às Mulheres Portuguesas, o primeiro manifesto feminista. O poder dos homens na sociedade portuguesa de então fazia com que ser mulher - e interventiva - fosse inevitavelmente uma arte. Ana de Castro Osório teve essa destreza. Neste âmbito, foi uma das fundadoras do Grupo de Estudos Feministas, em 1907, da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, em 1909, da Associação de Propaganda Feminista, em 1912, da Comissão Feminina “Pela Pátria”, em 1916, a partir da qual se formou, no mesmo ano, a Cruzada das Mulheres Portuguesas. Casada com Paulino de Oliveira, membro do Partido Republicano, esta mulher aproximou-se desse Partido, tendo após a instauração da República, colaborado com o Ministro da Justiça, Afonso Costa, na elaboração da Lei do Divórcio. É considerada a criadora da literatura infantil em Portugal, com a série de contos infantis “Para as crianças” que publicou, entre 1897 e 1935, em fascículos. Muitas das suas obras foram traduzidas para francês, espanhol e italiano Foi iniciada na Maçonaria, passando a militar na Loja Humanidade. Às Mulheres Portuguesas, escrita em 1905, foi uma colectânea de 250 páginas de artigos fundamentais, sobre as principais questões femininas, onde exortou as mulheres ao “trabalho e ao estudo”, que considerava “passo definitivo para a libertação feminina”, apelando para que as mulheres não fizessem do amor “o ideal único da existência”. Ser feminista, dizia, é “desejá-las criaturas de inteligência e de razão”. Sobre a rapariga portuguesa da época era implacável e irónica: “não tem opiniões para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver espavoridos os noivos”. Defendeu a igualdade de salários, “por igual trabalho, igual paga” e afirmou que “nada mais justo, nada mais razoável, do que este caminhar seguro, embora lento, do espírito feminino para a sua autonomia”. Em Às mulheres Portuguesas analisou detalhadamente a situação da mulher e o casamento, da mulher casada perante o código civil e perante o trabalho.
  • 3. Adelaide Cabete Elvas – 25 de Janeiro de 1867 Lisboa – 14 de Setembro de 1935 Nasceu em Elvas no dia 25 de Janeiro de 1867. Foi médica, professora, pedagoga e militante republicana, tendo sido defensora da luta feminista. De origem modesta, só iniciou estudos depois de casar (1885) com Manuel Ramos Fernandes Cabete, um sargento autodidacta, explicador de latim e grego, que a incentivou e acompanhou naquele propósito. Fez aos 23 anos, o exame da instrução primária e concluiu, aos 33 anos, a licenciatura em Medicina da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, com a tese A Protecção às Mulheres Grávidas Pobres. Como médica, distinguiu-se no apoio às mulheres grávidas, na divulgação dos cuidados materno-infantis (puericultura) e no combate ao alcoolismo, publicando sobre o assunto a obra Papel que o Estudo da Puericultura, da Higiene Feminina deve Desempenhar no Ensino Doméstico (1913), Protecção à Mulher Grávida (1924) e A Luta Anti-Alcoólica nas Escolas (1924). No Instituto Feminino de Odivelas foi professora de Higiene. Como republicana e feminista, desenvolveu intensa actividade militante a favor do estabelecimento daquele regime político e pela dignificação do estatuto da mulher. Colaborou na imprensa feminista da época e, designadamente, na revista Alma Feminina, que também dirigiu. Promoveu os primeiros congressos abolicionistas da prostituição, participou na fundação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas. Em 1910 com duas companheiras, coseu e bordou a bandeira nacional hasteada na implantação da República. Colaborou também na organização do 1º Congresso Feminista e de Educação (1924). Representou o governo português no 1º Congresso Feminista Internacional (1923) que decorreu em Itália. Desiludida com a nova situação política do país resultante da imposição da ditadura do Estado Novo (1926), saiu de Portugal e partiu para Angola, onde se dedicou sobretudo à medicina. Foi iniciada na Maçonaria em 1907, na loja Humanidade (Lisboa), como o nome simbólico de Louise Michel.
  • 4. ANGELINA VIDAL Lisboa – 11 de Março de 1847 Lisboa - 1 de Agosto de 1917 Nascida num meio culto, (o pai era maestro) e apesar de não ser uma família endinheirada, Angelina Vidal recebeu a educação própria das meninas “prendadas” do seu tempo. Órfã de pai aos 9 anos, vai para Viseu aos cuidados da família da mãe. Foi nessa cidade que deu início à sua vida literária sob o pseudónimo “republicana viseense”. Casou aos 19 anos com o médico Augusto de Campos Vidal, diplomado pela Universidade de Coimbra. Ficou viúva, com cinco filhos para educar. A sua actividade de republicana, começou a evidenciar-se. Proclamou-se livre pensadora, anticlerical. A projecção do seu nome levou-a ao Porto em 1880, iniciando em 1881 colaboração com A Voz do Operário e foi evoluindo para ideias socialistas. Uma controvérsia se instalou então: o seu marido servia a Monarquia. Ela combatia-a. Viveu mal, com crises económicas gravíssimas, tendo colocado a hipótese de suicídio. Angelina Vidal, notabilizou-se como educadora sobretudo na alfabetização das classes operárias após a instauração da República. Como era contra a Monarquia, nunca lhe foi dado um lugar de destaque no ensino, pois era vista como uma inimiga daquele regime político. Mulher muito à frente para a época, hospedava-se com seus filhos em hotéis quando tinha de dar conferências, coisa pouco vista na época. Era vaiada por uns, aplaudida por outros, mas legou-nos imensos escritos em defesa da República, do operariado, da Mulher trabalhadora. Foi das primeiras femininistas portuguesas que dizia entre outras coisas, que se ela “reconhecia que a mulher tem os mesmos direitos que o homem e que é necessário instruí-la”. Conhece-se a sua participação em pelo menos 78 jornais e periódicos, certamente um recorde nacional. Na vastidão da sua obra, é difícil discernir as publicações jornalísticas ou literárias que não devam ser consideradas educativas. O seu trabalho revelou sempre preocupação com a divulgação, a formação e educação de crianças, jovens e adultos.
  • 5. CAROLINA BEATRIZ ÂNGELO. Guarda – 1878 Lisboa - 1911 Nasceu na Guarda, onde frequentou o Liceu. Mais tarde ingressou na Escola Médico-Cirúrgica em Lisboa, onde concluiu o curso de Medicina em 1902. Foi médica, lutadora sufragista e fundadora da Associação de Propaganda Feminista, foi a primeira mulher a votar em Portugal, embora vivesse num país em que o sufrágio universal só seria instituído passados mais de sessenta anos, ou seja, depois do 25 de Abril de 1974, pois só a democracia conferiu esse direito a todas as mulheres em Portugal, ricas ou pobres, cultas ou não, solteiras ou casadas. O voto depositado nas urnas para as eleições da Assembleia Constituinte, em 1911, pela médica Carolina Beatriz Ângelo, constitui um episódio deveras exemplar de luta pela cidadania e pela emancipação da situação das mulheres em Portugal, numa altura em que o direito de voto era reconhecido apenas a "cidadãos portugueses com mais de 21 anos, que soubessem ler e escrever e fossem chefes de família". Invocando a sua qualidade de chefe de família, uma vez que era viúva e mãe, Carolina Beatriz Ângelo conseguiu que um tribunal lhe reconhecesse o direito a votar (à revelia) com base no sentido do plural da expressão “cidadãos portugueses” cujo masculino se refere, ao mesmo tempo, a homens e a mulheres. Como consequência do seu acto, e para evitar que tal exemplo pudesse ser repetido, a lei foi alterada no ano seguinte, com a especificação de que apenas os chefes de família do sexo masculino poderiam votar. Carolina Beatriz Ângelo foi assim, também, a primeira mulher a votar no quadro dos doze países europeus que vieram a constituir a União Europeia (até ao alargamento, em 1996). Foi a primeira médica a operar no Hospital de S. José. Encontrámo-la com Maria Veleda, Adelaide Cabete e Ana de Castro Osório na Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, onde lutaram pela implantação da República e pelo direito de voto das mulheres portuguesas.
  • 6. MARIA VELEDA Faro – 1871 Lisboa – 1955 Professora do ensino primário, feminista, republicana, livre-pensadora e espiritualista. Maria Veleda foi uma mulher pioneira na luta pela educação das crianças e dos direitos das mulheres e na propaganda dos ideais republicanos, tendo-se revelado uma importante feminista portuguesa, no combate pelos direitos das mulheres. Tendo-se estreado na imprensa algarvia e alentejana com a publicação de poesia, contos e novelas, dedicou-se depois aos temas feministas e educativos. Defendia a educação laica e integral, em que se aliassem a teoria e a prática, a liberdade, a criatividade, o espírito crítico e os valores éticos e cívicos. Num tempo em que a literatura infantil quase não existia em Portugal, publicou, em 1902, uma colecção de contos para crianças, intitulada «Cor-de-Rosa» e o opúsculo “Emancipação Feminina”. Em 1909, por sua iniciativa, a «Liga Republicana das Mulheres Portuguesas» fundou a «Obra Maternal» para acolher e educar crianças abandonadas ou em perigo moral, instituição que se manterá até 1916, graças à solidariedade da sociedade civil e às receitas obtidas em saraus teatrais, cujas peças dramáticas e cómicas Maria Veleda também escrevia e levava à cena. Em 1912, o governo nomeou-a Delegada de Vigilância da Tutoria Central da Infância de Lisboa, instituição destinada a recolher as crianças desamparadas, pedintes ou delinquentes, cargo que ocupou até 1941. Consciente da situação de desigualdade em que as mulheres viviam, numa sociedade conservadora e pouco aberta à mudança, iniciou, nos primeiros anos do século XX, um dos maiores combates da sua vida: defender a igualdade de direitos jurídicos, cívicos e políticos entre os sexos. Nesse sentido, criou cursos nocturnos no Centro Republicano Afonso Costa, onde era professora do ensino primário, e nos Centros Republicanos António José de Almeida e Boto Machado, para as ensinar a ler e a escrever e as educar civicamente. Entre 1910 e 1915, como dirigente da «Liga Republicana das Mulheres Portuguesas» e das revistas A Mulher e a Criança e A Madrugada, empenhou-se na luta pelo sufrágio feminino, escrevendo, discursando, fazendo petições e chefiando delegações e representações aos órgãos de soberania. Combateu a prostituição, sobretudo, a de menores, e o direito de fiança por abuso sexual de crianças.
  • 7. Convertida ao livre-pensamento e iniciada na Maçonaria, em 1907, aderiu também aos ideais da República e tornou-se oradora dos Centros Republicanos. O combate à monarquia e ao clericalismo valeu-lhe a condenação por abuso de liberdade de imprensa, em 1909, além das constantes perseguições e ameaças de morte, movidas por alguns sectores católicos e monárquicos mais conservadores. Desiludida com a actuação dos governos republicanos que não cumpriram as promessas de conceder o voto às mulheres nem souberam orientar a República de modo a estabelecer as verdadeiras Igualdade, Liberdade e Fraternidade e construir uma sociedade mais justa e melhor, abandonou o activismo político e feminista em 1921. Maria Veleda dedicou a vida aos ideais de justiça, liberdade, igualdade e democracia e empenhou-se na construção de uma sociedade melhor, onde todos pudessem ser felizes.
  • 8. VIRGÍNIA QUARESMA Elvas – 1882 Brasil - 1973 Foi a primeira mulher a exercer jornalismo em Portugal. Foi colaboradora muito activa nas redacções dos jornais O Século e A Capital. Foi das primeiras mulheres a licenciarem-se pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Fundou a primeira agência de publicidade no jornalismo. No período que se seguiu à Implantação da República até ao Movimento de 28 de Maio de 1926, esta jornalista distinguiu-se em importantes reportagens de teor político e social. Trabalho realizado pelos alunos do 9º Ano, Turma G Disciplina de História Professora – Teresa Paula Rodrigues